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LISTA DE EXERCÍCIOS PARA PROVA FINAL/2015 Disciplina: Literatura Prof.: Gessica Gomes Turmas: 7º ano 1 e 2 1º BIMESTRE Leia a lenda abaixo: Lenda do Véu da Noiva Uma moça, filha de um fazendeiro que morava perto de um rio onde havia uma bela cachoeira, gostava de um de seus empregados e dizia que queria se casar com ele. Usaria no seu casamento um véu bem comprido e largo. Porém, o pai a deu em casamento para um homem rico e desconhecido. Sem conseguir terminar o noivado indesejável, ela foi à cachoeira e escorregou lentamente no lugar mais perigoso das pedras. Seus longos cabelos, levados pelas águas, se abriram enroscando-se nas raízes e pedras e ela morreu. Quando acharam o corpo, chamaram aquele local de Véu da Noiva. 1) Por que o local Véu da Noiva ganhou esse nome? 2) Reflita sobre a diferença entre um conto e uma lenda. Comente. ESCOLA ADVENTISTA SANTA EFIGÊNIA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL Rua Prof Guilherme Butler, 792 - Barreirinha - CEP 82.700-000 - Curitiba/PR Fone: (41) 3053-8636 - e-mail: [email protected] site: www.ease.org.br

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LISTA DE EXERCÍCIOS PARA PROVA FINAL/2015

Disciplina: Literatura

Prof.: Gessica Gomes

Turmas: 7º ano 1 e 2

1º BIMESTRE

Leia a lenda abaixo:

Lenda do Véu da Noiva

Uma moça, filha de um fazendeiro que morava perto de um rio onde havia uma bela cachoeira, gostava

de um de seus empregados e dizia que queria se casar com ele. Usaria no seu casamento um véu bem

comprido e largo. Porém, o pai a deu em casamento para um homem rico e desconhecido. Sem conseguir

terminar o noivado indesejável, ela foi à cachoeira e escorregou lentamente no lugar mais perigoso das

pedras. Seus longos cabelos, levados pelas águas, se abriram enroscando-se nas raízes e pedras e ela

morreu. Quando acharam o corpo, chamaram aquele local de Véu da Noiva.

1) Por que o local Véu da Noiva ganhou esse nome?

2) Reflita sobre a diferença entre um conto e uma lenda. Comente.

ESCOLA ADVENTISTA SANTA EFIGÊNIA EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL

Rua Prof Guilherme Butler, 792 - Barreirinha - CEP 82.700-000 - Curitiba/PR Fone: (41) 3053-8636 - e-mail: [email protected] – site: www.ease.org.br

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Leia os textos abaixo:

ARAUCÁRIA

Araucária,

Nasci forte e altiva,

Solitária.

Ascendo em linha reta

- Uma coluna verde-escura

No verde cambiante da campina.

Estendo braços hirtos e serenos.

Não há na minha fronde

Nem veludos quentes de folhas,

Nem risos vermelhos de flores,

Nem vinhos estonteantes de perfumes.

Só há o odor agreste da resina

E o sabor primitivo dos frutos.

Espalmo a taça verde no infinito.

Embalo o sono dos ninhos

Ocultos em meus espinhos,

Na silente nudez do meu isolamento.

(in Paisagem Interior, 1941) Helena Kolody

LENDA DA GRALHA AZUL

De acordo com a lenda, a muito tempo atrás, a gralha azul era apenas uma gralha parda,

semelhante as outras de sua espécie. Mas um dia a gralha azul resolveu pedir para Deus lhe dar

uma missão que lhe faria muito útil e importante. Deus lhe deu um pinhão, que a gralha pegou com

seu bico com toda força e cuidado. Abriu o fruto e comeu a parte mais fina. A outra parte mais

gordinha resolveu guardar para depois, enterrando a no solo. Porém, alguns dias depois ela havia

esquecido o local onde havia enterrado o restante do pinhão.

A gralha procurou muito, mas não encontrou aquela outra parte do fruto. Porém, ela percebeu

que havia nascido na área onde havia enterrado uma pequena araucária. Então, toda feliz, a gralha

azul cuidou daquela árvore com todo amor e carinho. Quando o pinheiro cresceu e começou a dar

frutos, ela começou a comer uma parte dos pinhões e enterrar a parte mais gordinha (semente),

dando origem a novas araucárias. Em pouco tempo, conseguiu cobrir grande parte do Estado do

Paraná com milhares de pinheiros, dando origem a floresta de Araucária.

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Quando Deus viu o trabalho da gralha azul, resolveu dar um prêmio a ela: pintou suas penas

da cor do céu, para que as pessoas pudessem reconhecer aquele pássaro, seu esforço e dedicação.

Assim, a gralha que era parda, tornou-se azul.

3) Marque V (verdadeiro) e F (falso) para cada frase.

( ) O poema Araucária tem como principal objetivo relatar sobre o surgimento do Pinheiro.

( ) O poema Araucária tem como estrutura a rima e narrativa.

( ) O poema Araucária tem como estrutura a rima e a estrofe.

( ) O poema Araucária menciona que a árvore mencionada encontra-se num isolamento.

( ) O poema Araucária tem como principal objetivo apresentar uma árvore com frutos e flores

cheirosas.

( ) A Lenda da Gralha Azul retrata a sua estrutura lírica.

( ) A Lenda da Gralha Azul trata-se de uma narrativa.

( ) A Lenda da Gralha Azul retrata o surgimento e a proliferação da araucária.

( ) A Lenda da Gralha Azul menciona os deuses deu o pinhão para a gralha.

( ) A Lenda da Gralha Azul apresenta a gralha como uma heroína e obediente aos deuses.

4) Escolha a alternativa que melhor preenche os espaços:

Conto é uma ........ de ........... que cria um universo de ........ e acontecimentos, de fantasia ou

..............

(a) História – medo – mensagem – toda.

(b) Especial – desejo –invenção – das pessoas.

(c) Obra – ficção – seres – imaginação.

(d) Curta – ensinamento – alegoria – prática.

(e) Especial – ficção – obra – mensagem.

5) Marque as alternativas corretas em relação às características de lenda:

a) ( ) linguagem simples que usa animais como personagens.

b) ( ) fornece explicações plausíveis, e até certo ponto aceitáveis, para coisas que não têm

explicações científicas comprovadas.

c) ( ) narrativa que usa personagens seres inanimados na narrativa.

d) ( ) uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral através dos tempos.

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6) Reflita sobre as ações das personagens do livro A droga da obediência. Comente sobre as

personagens, o lugar que acontece a história e o ensinamento que o livro nos oferece para a

vida.

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Lenda da cobra Boiúna – Cataratas

Numa tribo do Paraná, vivia uma cobra enorme, a Boiúna Capei, que aterrorizava a todos.

Para que a Boiúna não atacasse os índios, o cacique prometeu que lhe daria sua filha Naipi em

casamento. A jovem Naipi tinha bom coração e queria salvar a tribo, mas era apaixonada por Titçatê,

um valente guerreiro. Quando chegou o momento de Naipi ser entregue à Boiúna, a jovem rompeu

em pranto e, de joelhos, suplicou ao pai que não a levasse. Titçatê, cheio de coragem, colocou-se à

frente da cobra grande, empunhando arco e flecha. Vendo que era rejeitada pela formosa índia,

Boiúna ficou furiosa. Usou seus poderes para transformar a moça numa cachoeira chorosa. E o

guerreiro foi transformado numa linda planta de flores roxas, que ficou boiando sobre a água. Vendo

a forma como o amor dos dois jovens foi destruído, os outros índios encheram-se de coragem.

Atacaram a Boiúna e arrancaram-lhe a cabeça. Como castigo por sua maldade, Tupã ordenou que

a imensa cabeça da cobra fosse pendurada no céu durante a noite. E, na forma de Lua, iluminasse

o amor de Naipi e Titçatê.

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7) Faça uma paráfrase da lenda acima.

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8) Qual foi a atitude de Titcatê para livrar Naipi das garras de Boiúna?

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9) Essa lenda tem como história um amor Impossível, por quê?

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10) Em poucas palavras, defina como surgiu as cataratas.

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Leia o poema e a lenda abaixo:

ARAUCÁRIA

Araucária,

Nasci forte e altiva,

Solitária.

Ascendo em linha reta

- Uma coluna verde-escura

No verde cambiante da campina.

Estendo braços hirtos e serenos.

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Não há na minha fronde

Nem veludos quentes de folhas,

Nem risos vermelhos de flores,

Nem vinhos estonteantes de perfumes.

Só há o odor agreste da resina

E o sabor primitivo dos frutos.

Espalmo a taça verde no infinito.

Embalo o sono dos ninhos

Ocultos em meus espinhos,

Na silente nudez do meu isolamento.

(in Paisagem Interior, 1941) Helena Kolody

LENDA DA GRALHA AZUL

De acordo com a lenda, a muito tempo atrás, a gralha azul era apenas uma gralha parda,

semelhante as outras de sua espécie. Mas um dia a gralha azul resolveu pedir para Deus lhe dar

uma missão que lhe faria muito útil e importante. Deus lhe deu um pinhão, que a gralha pegou com

seu bico com toda força e cuidado. Abriu o fruto e comeu a parte mais fina. A outra parte mais

gordinha resolveu guardar para depois, enterrando a no solo. Porém, alguns dias depois ela havia

esquecido o local onde havia enterrado o restante do pinhão.

A gralha procurou muito, mas não encontrou aquela outra parte do fruto. Porém, ela percebeu

que havia nascido na área onde havia enterrado uma pequena araucária. Então, toda feliz, a gralha

azul cuidou daquela árvore com todo amor e carinho. Quando o pinheiro cresceu e começou a dar

frutos, ela começou a comer uma parte dos pinhões e enterrar a parte mais gordinha (semente),

dando origem a novas araucárias. Em pouco tempo, conseguiu cobrir grande parte do Estado do

Paraná com milhares de pinheiros, dando origem a floresta de Araucária.

Quando Deus viu o trabalho da gralha azul, resolveu dar um prêmio a ela: pintou suas penas

da cor do céu, para que as pessoas pudessem reconhecer aquele pássaro, seu esforço e dedicação.

Assim, a gralha que era parda, tornou-se azul.

11) Ambos os textos tratam da Araucária, porém um deles diz sobre o surgimento dessa árvore.

Comente como se deu o surgimento e a proliferação da Araucária.

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12) Já, o outro texto, menciona sobre a característica e a função da Araucária na natureza.

Comente como é descrita essa árvore no texto.

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2º BIMESTRE

Leia atentamente o conto abaixo de Machado de Assis:

Um Apólogo

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa

neste mundo?

— Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim,

e falarei sempre que me der na cabeça.

— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o

meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.

— Decerto que sou.

— Mas por quê?

— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo

ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.

— Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o

caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em

casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira,

pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra

iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira,

ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

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— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se

importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa,

como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava

resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que

o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte.

Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada

no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de

um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha,

perguntou-lhe:

— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da

elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da

costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência,

murmurou à pobre agulha:

— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas

na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:

— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.

1) Leia a frase “— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar

da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para

ninguém. Onde me espetam, fico.” Por que o alfinete mencionou essa fala?

2) Comente sobre o desfecho do conto “Um apólogo”.

“Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:

— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!”

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3) Leia o trecho do conto “Três tesouros perdidos” de Machado de Assis.

Uma tarde, eram quatro horas, o Sr. X... voltava à sua casa para jantar. O apetite

que levava não o fez reparar em um cabriolet que estava parado à sua porta.

Entrou, subiu a escada, penetra na sala e... dá com os olhos em um homem que

passeava a largos passos como agitado por uma interna aflição.

Cumprimentou-o polidamente; mas o homem lançou-se sobre ele e com uma voz

alterada, diz-lhe:

— Senhor, eu sou F..., marido da senhora Dona E...

— Estimo muito conhecê-lo, responde o Sr. X...; mas não tenho a honra de

conhecer a senhora Dona E...

— Não a conhece! Não a conhece! ... quer juntar a zombaria à infâmia?

— Senhor!...

E o Sr. X... deu um passo para ele.

Identifique e escreva sobre o narrador (onisciente ou personagem) do trecho acima.

4) Leia o trecho da crônica “O nascimento da crônica” de Machado de Assis.

Não posso dizer positivamente em que ano nasceu a crônica; mas há toda a

probabilidade de crer que foi coetânea das primeiras duas vizinhas. Essas vizinhas,

entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia.

Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Um dia que não pudera comer ao

jantar, outra que tinha a camisa mais ensopando que as ervas que comera. Passar

das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito

morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem

da crônica.

Identifique e escreva sobre o narrador (onisciente ou personagem) do trecho acima.

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5) Há alguns elementos da narrativa que são essenciais para analisarmos um conto, um

romance ou uma crônica. Defina cada elemento mencionado.

a) Espaço:

b) Clímax:

6) Qual é o nome completo de Machado? Marque a resposta correta.

a) Manoel Joaquim Machado de Assis.

b) Machado de Assis.

c) Machado Joaquim de Assis.

d) Manoel Machado de Assis.

e) Joaquim Maria Machado de Assis.

7) Qual dessas profissões Machado de Assis não exerceu?

a) Jornalista;

b) Escritor;

c) Vendedor de bananas;

d) Vendedor de doces;

e) Revisor;

Escolha uma das opções abaixo:

a) Reflita sobre as ações das personagens do livro “A droga da obediência”. Comente sobre cada

membro do grupo Karas (características físicas e psicológicas). (Mínimo 5 linhas).

b) Mencione a respeito da velhice e o destino do narrador no livro “O cavaleiro das palavras”.

(Mínimo 5 linhas).

c) Comente sobre o envolvimento das crianças na luta contra o aumento dos preços dos alimentos

no livro “Maggie e a guerra do chocolate”. O que Maggie teve que fazer para conseguir comprar

o presente da amiga Jo? (Mínimo 5 linhas).

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3º BIMESTRE

Lampião & Lancelote (Fernando Vilela)

Agora eu lhes apresento

Um grande cangaceiro

Nascido em nosso país

Leal e bom companheiro

Para uns foi criminoso

Para outros justiceiro

Criado nas terras secas

Vaqueiro trabalhador

Cuidava de um ralo gado

Com coragem e com valor

Seu nome era Virgulino

Mas um dia veio a dor

Ao ver seu pai baleado

Ele partiu pra vingança

À frente dos cangaceiros

Se pôs logo em liderança

Bando de cabras armados

Ao inimigo com ganância!

Cajarana Jurity

Caixa de Foço Corisco

Quinta-Feira Ponto Fino

Homens sem temor de risco

Volta-Seca Mergulhão

Luiz Pedro o mais arisco

Para um homem uma mulher

Português e sua Cristina

Dadá Maria Pancada

Inácia Maria Jovina

Lampião com sua Maria

Bonita fiel divina

Com este bando temido

Atirava igual canhão

Com seu rifle poderoso

Tornava a noite um clarão

Por isso todo orgulhoso

Se chamou de Lampião

Montado no seu jumento

Cruzava todo o sertão

Leitor agora eu lhe falo

Preste muita atenção

Este homem foi guerreiro

Que inventou rebelião

Invoco este personagem

De nosso seco Nordeste

Desça logo neste livro

Venha cá Cabra da Peste

Mostre o que tem de melhor

Vem chegando e desembeste

1) Retire do poema versos que contam sobre quem era Virgulino antes de se tornar Lampião.

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2) O que motivou Virgulino a entrar para um bando de cangaceiros? Justifique sua resposta

com versos do poema.

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3) Que características do cordel você observa no texto lido?

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4) No Brasil, em que época a literatura teve seu apogeu e onde destacou a maioria de suas

produções?

a) Marque a resposta correta.

Século XIX, no norte.

Século XX, no nordeste.

Século XIX, no nordeste.

Século XXI, no nordeste.

b) Por quê?

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Leia o poema abaixo:

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5) Comente sobre a importância do Pilão-Deitado como personagem da história.

6) Qual é a diferença entre cordel e repente?

7) Defina xilogravura.

8) O livro Era uma vez Dom Quixote conta a história de Dom Quixote e Sancho Pança. Comente

sobre as atitudes e as ações de Dom Quixote. (Mínimo 5 linhas).

4º BIMESTRE

Leia este trecho de um poema de Manuel Bandeira, poeta pernambucano.

Em seguida, responda ao que se pede.

TREM DE FERRO

Café com pão

Café com pão

Café com pão

Virge Maria que

foi isso maquinista?

Agora sim

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Café com pão

Agora sim

Voa, fumaça

Corre, cerca

Ai seu

foguista

Bota fogo

Na

fornalha

Que eu preciso

Muita força

Muita força

Muita força

Oô...

Foge, bicho

Foge, povo

Passa ponte

Passa poste

Passa pasto

Passa boi

Passa boiada

BANDEIRA, Manuel. Para querer bem. São Paulo: Moderna, 2005. p. 43-45.

1) Quantos versos tem o poema de Manuel Bandeira? Marque a resposta certa.

a) 26

b) 28

c) 4

d) 27

e) 5

2) O poema diz respeito a um trem de ferro, mas podemos relacionar com o ser humano. Como

isso acontece?

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3) Qual é a diferença entre poema e poesia?

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Leia este trecho de um poema e responda às questões:

CANÇÃO DO VENTO E DA MINHA VIDA

O vento varria as folhas,

O vento varria os frutos,

O vento varria as flores...

E a minha vida ficava

Cada vez mais cheia

De frutos, de flores, de folhas.

[...]

BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1990. p. 150.

4) Escolha a melhor resposta para o poema de Manuel Bandeira?

a) O vento varre a coisas boas e traz coisas boas.

b) O vento transforma e o que fica são as coisas boas.

c) O passado morre, mas o que fica é a experiência.

d) As coisas passam e o que fica é a alegria.

e) Os momentos bons voltam sempre.

Leia o poema de Fernando Pessoa e responda as questões abaixo:

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda

Gira, a entreter a razão,

Esse comboio de corda

Que se chama coração.

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Vocabulário

Em língua portuguesa de Portugal, calhas de roda são trilhos e comboio de corda é um trem de

brinquedo.

5) O que você compreende dos quatro primeiros versos? Marque a resposta certa:

"O poeta é um fingidor.

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente"

a) O poeta finge porque sente dor.

b) O poeta é falso.

c) O poeta transmite a dor de uma forma intensa como se realmente a sentisse.

d) O poeta sente pouca dor, porém transmite com mais intensidade.

6) Analise os versos seguintes e marque a resposta certa.

"E os que lêem o que escreve,

Na dor lida sentem bem,

Não as duas que ele teve,

Mas só a que eles não têm"

a) O poeta ao ler sobre a dor sente-se bem por não a tê-la.

b) O poeta se sente bem em transmitir a dor que ele sente.

c) O poeta sente dor e ao escrever se sente bem.

d) O poeta precisa entender sua dor para se sentir bem.

7) Sobre a poesia, é correto afirmar:

a) A poesia é um gênero literário com características bem definidas, portanto, é facilmente possível

identificá-la na literatura.

b) A poesia é exclusividade da literatura e não pode ser encontrada em outras manifestações artísticas,

como a pintura ou a música.

c) A poesia apresenta forma fixa e não admite variações em sua estrutura. Os moldes clássicos

obedecem aos princípios hedonistas de que a poesia deve sempre contemplar aquilo que é belo e

agradável.

d) A poesia pode ser encontrada em diversas manifestações artísticas, como na música, na literatura,

na fotografia e até mesmo em situações corriqueiras de nosso cotidiano.

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8) Leia o poema e responda:

Mãe (Sérgio Capparelli)

De patins, de bicicleta,

de carro, de avião,

nas asas da borboleta

e nos olhos do gavião;

de barco, de velocípedes,

a cavalo num trovão,

nas cores do arco-íris,

no rugido de um leão;

na graça de um golfinho

e no germinar do grão.

Teu nome eu trago, mãe,

na palma da minha mão.

Sobre o poema MÃE, marque (V) para verdadeiro e (F) para falso:

a) ( ) Ele é composto de 12 estrofes e 1 verso.

b) ( ) Ele é composto de 1 estrofe e 12 versos.

c) ( ) Fala sobre o amor da mãe para o filho.

d) ( ) Fala sobre o amor do filho para a mãe.

9) Leia o poema “Meus oito anos” (Casimiro de Abreu)

Oh! Que saudades que tenho

Da aurora da minha vida,

Da minha infância querida

Que os anos não me trazem mais!

Que amor, que sonhos, que flores,

Aquelas tardes fagueiras

À sombra das bananeiras,

Debaixo dos laranjais.

Marque a frase que faz referência ao poema acima.

a) O eu lírico, em sua vida adulta, revela estar feliz e animado.

b) O eu lírico, em sua vida adulta, expressa a saudade que tem da infância.

c) O eu lírico, em sua vida adulta, fala de sua paixão na adolescência.

d) O eu lírico, em sua vida adulta, reclama do tempo e da vida que tem.

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Leia:

O bicho

Vi ontem um bicho

Na imundice do pátio

Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa;

Não examinava nem cheirava:

Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,

Não era um gato,

Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

Manuel Bandeira. Rio, 27 de dezembro de 1947

10) A expressão “Meu Deus” significa que o autor:

a) ( ) alegrou-se com a cena.

b) ( ) ficou indiferente.

c) ( ) solucionou um problema social.

d) ( ) fiou chocado com o espetáculo

11) A causa principal da nossa admiração pela poesia é porque:

a) ( ) o autor retratou a cena que humilha a condição humana.

b) ( ) o autor procurou comparar o homem com cães e gatos.

c) ( ) o homem já não vive mais nesse ambiente de miséria.

d) ( ) é falsa a notícia de que a humanidade passa fome.