lista de exercícios capítulo 1

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Exercícios de Imunologia Básica – ACL 702 - Lista 7 - Capítulo 11: Hipersensibilidade 1- Nas diferentes reações de hipersensibilidade são produzidas diferentes classes de Ac. Isso tem algum efeito no tipo de resposta observado? Comentar e dar 2 exemplos de tipos de reação de hipersensibilidade com o tipo de resposta detectado. 2- Por que alérgenos monovalentes não capazes de provocar a degranulação dos mastócitos? 3- Por que os sintomas da hipersensibilidade tipo I ocorrem poucos minutos após o contato com o alérgeno (ex: espirros após contato com mofo). 4- Por que os sintomas de alergia só aparecem a partir do 2º contato com o alérgeno? 5- O que é “sensibilização” do mastócito? Qual o papel do mastócito na hipersensibilidade imediata? 6- O que é dessensibilização para alergia? Que alterações este tratamento pode induzir na resposta a um alérgeno? 7- Qual o papel dos Ac na miastenia grave? E no hipertireoidismo? 8- Como ocorre a lesão tecidual nas reações de hipersensibilidade mediadas por células T? 9- O que são alérgenos? Por que a alergia é causada por proteínas ou outras substâncias químicas ligadas a proteínas? 10- Citar 1 exemplo de uma doença em que ocorre reação de hipersensibilidade do tipo II (mediada por Ac). Comentar sobre a lesão tecidual nessa doença. 11- Falar sobre os 2 tipos de reação de hipersensibilidade que ocorrem em alguns indivíduos como seqüela de infecção pelo estreptococo. 12- Por que uma reação de hipersensibilidade à penicilina pode levar à morte? 13- As reações de transfusão podem ocorrer imediatamente após o receptor entrar em contato com as hemácias do doador ou alguns dias depois. Que antígenos de sistema sanguíneo são responsáveis pela reação imediata e que mecanismo do sistema imune provoca a lise intravascular das hemácias? 14- Comentar sobre as reações de hipersensibilidade que ocorrem no lúpus eritematoso sistêmico. Caso clínico – Doença Hemolítica Perinatal Maria tinha 31 anos quando engravidou pela terceira vez. Seu grupo sanguíneo era A, Rh- negativo. O marido era A, Rh-positivo. Seu primeiro filho era um menino saudável. Maria ficou grávida novamente e, durante a 2 a gestação, foi detectado um teste de Coombs indireto de 1:16. O feto foi acompanhado e, após 36 semanas de gestação, o parto foi induzido. Na 3 a gestação, o teste de Coombs indireto foi positivo (título de 1:8 na 14 a semana e de 1:16 na 18 a semana de gestação). O líquido amniótico foi coletado de 2 em 2 semanas e mostrou uma quantidade elevada de bilirrubina mostrando que as hemácias fetais haviam sido lisadas. Na 29 a semana de gestação, uma amostra de sangue foi obtida através da veia umbilical mostrando um hematócrito de 6,2% (normal: 45%). Como o feto estava muito anêmico, foram transfundidos 85 mL de papa de hemácias O, Rh-negativo pela veia umbilical. Na 34 a semana de gestação, o hematócrito da amostra de sangue retirada da veia umbilical era de 21% e 80 mL de papa de hemácias O negativo foram transfundidos. Na 35 a semana de gestação, verificou-se que o feto estava suficientemente maduro e o parto foi induzido. Nasceu uma menina saudável e o hematócrito foi de 29%. Não foi necessário tomar medidas terapêuticas adicionais. Obs.: - A partir da 20ª semana de gestação, o feto começa a urinar no líquido amniótico, no qual se pode determinar o grau de hemólise pela dosagem de bilirrubina. Pergunta-se: 1- Que antígeno presente nas hemácias fetais provocou a anemia observada no feto? Por que os problemas só foram detectados a partir do 2ª gestação?

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Page 1: Lista de Exercícios Capítulo 1

Exercícios de Imunologia Básica – ACL 702 - Lista 7 -Capítulo 11: Hipersensibilidade

1- Nas diferentes reações de hipersensibilidade são produzidas diferentes classes de Ac. Isso tem algum efeito no tipo de resposta observado? Comentar e dar 2 exemplos de tipos de reação de hipersensibilidade com o tipo de resposta detectado.

2- Por que alérgenos monovalentes não capazes de provocar a degranulação dos mastócitos?3- Por que os sintomas da hipersensibilidade tipo I ocorrem poucos minutos após o contato com o

alérgeno (ex: espirros após contato com mofo).4- Por que os sintomas de alergia só aparecem a partir do 2º contato com o alérgeno?5- O que é “sensibilização” do mastócito? Qual o papel do mastócito na hipersensibilidade

imediata?6- O que é dessensibilização para alergia? Que alterações este tratamento pode induzir na resposta

a um alérgeno?7- Qual o papel dos Ac na miastenia grave? E no hipertireoidismo?8- Como ocorre a lesão tecidual nas reações de hipersensibilidade mediadas por células T?9- O que são alérgenos? Por que a alergia é causada por proteínas ou outras substâncias químicas

ligadas a proteínas?10- Citar 1 exemplo de uma doença em que ocorre reação de hipersensibilidade do tipo II (mediada

por Ac). Comentar sobre a lesão tecidual nessa doença.11- Falar sobre os 2 tipos de reação de hipersensibilidade que ocorrem em alguns indivíduos como

seqüela de infecção pelo estreptococo.12- Por que uma reação de hipersensibilidade à penicilina pode levar à morte?13- As reações de transfusão podem ocorrer imediatamente após o receptor entrar em contato com

as hemácias do doador ou alguns dias depois. Que antígenos de sistema sanguíneo são responsáveis pela reação imediata e que mecanismo do sistema imune provoca a lise intravascular das hemácias?

14- Comentar sobre as reações de hipersensibilidade que ocorrem no lúpus eritematoso sistêmico.

Caso clínico – Doença Hemolítica Perinatal Maria tinha 31 anos quando engravidou pela terceira vez. Seu grupo sanguíneo era A, Rh-negativo. O marido era A, Rh-positivo. Seu primeiro filho era um menino saudável. Maria ficou grávida novamente e, durante a 2a gestação, foi detectado um teste de Coombs indireto de 1:16. O feto foi acompanhado e, após 36 semanas de gestação, o parto foi induzido. Na 3a gestação, o teste de Coombs indireto foi positivo (título de 1:8 na 14a semana e de 1:16 na 18a semana de gestação). O líquido amniótico foi coletado de 2 em 2 semanas e mostrou uma quantidade elevada de bilirrubina mostrando que as hemácias fetais haviam sido lisadas. Na 29a semana de gestação, uma amostra de sangue foi obtida através da veia umbilical mostrando um hematócrito de 6,2% (normal: 45%). Como o feto estava muito anêmico, foram transfundidos 85 mL de papa de hemácias O, Rh-negativo pela veia umbilical. Na 34a semana de gestação, o hematócrito da amostra de sangue retirada da veia umbilical era de 21% e 80 mL de papa de hemácias O negativo foram transfundidos. Na 35a semana de gestação, verificou-se que o feto estava suficientemente maduro e o parto foi induzido. Nasceu uma menina saudável e o hematócrito foi de 29%. Não foi necessário tomar medidas terapêuticas adicionais.

Obs.: - A partir da 20ª semana de gestação, o feto começa a urinar no líquido amniótico, no qual se pode determinar o grau de hemólise pela dosagem de bilirrubina.

Pergunta-se:1- Que antígeno presente nas hemácias fetais provocou a anemia observada no feto? Por que os

problemas só foram detectados a partir do 2ª gestação?2- Por que são usadas hemácias O Rh negativo para a transfusão intrauterina (ex-sanguíneo-

transfusão)?3- Sabendo que o medicamento usado para prevenir a eritroblastose fetal é constituída de plasma

humano com alto título de IgG anti-Rh (Rhogan®), existe algum problema para o feto deste medicamento ser administrado com 28 semanas de gestação? Por que este tratamento impede a produção de Ac anti-Rh na mãe?

4- Que teste é usado para detectar a presença de anticorpos anti-Rh na mãe. Mostrar como ele é feito.

5- Que teste laboratorial é usado para pesquisar Ac maternos ligados nas hemácias fetais? Explicar o teste.