lista b - democracia, equidade, rigor e transparência

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1 LISTA B DEMOCRACIA, EQUIDADE, RIGOR E TRANSPARÊNCIA 1. Há quatro anos, em 2011, a candidatura da Lista B rompeu com décadas de unanimismo artificial, inaugurando uma nova época de pluralismo e de livre discussão de perspectivas e de disputa democrática entre as várias visões de Universidade que existem entre nós. Por sua vez, quando em 2013 o candidato da Lista B foi eleito Director da Escola, iniciámos a ruptura com o imobilismo, com os métodos de gestão amadora e anacrónica, com o facilitismo e com a falta de transparência. Sem prejuízo do reconhecimento de erros que sempre ocorrem ao longo de um mandato, que assumimos e que corrigimos, a verdade é que os dois últimos anos puderam mostrar o que pode ser uma Faculdade a funcionar com rigor, equidade, visão de futuro e ambição modernizadora. Com a responsabilidade de dar conta da realização do programa com que fomos eleitos para a Direcção da Escola e o orgulho pelo muito que conseguimos concretizar, propomo-nos agora renovar o mandato para dar continuidade ao profundo movimento de reforma da Faculdade que iniciámos há quatro anos, quando ousar apresentar uma lista alternativa às eleições na Faculdade era visto como atrevimento ou até heresia. 2. Nestes dois anos, num ambiente nacional e num contexto universitário de fortes constrangimentos financeiros e de redução de recursos humanos, uma gestão motivada, racional e profissionalizada permitiu uma redução substancial de despesas e uma diversificação e aumento de receitas que colocaram a Faculdade numa situação de equilíbrio financeiro invejável e inédito. O reforço e a sustentabilidade dessa base material permitiu-nos, em apenas dois anos, desenvolver um trabalho de renovação e de modernização da Escola que não tem objectivamente termo de comparação possível com o que se (não) fez nos mandatos anteriores. 3. Durante demasiados anos, a distribuição de serviço docente foi marcada por iniquidades tidas como normais e inevitáveis, em que a sobrecarga horária discricionariamente imposta a muitos docentes mais jovens se combinava com situações de privilégio absolutamente injustificadas. Em dois anos, apesar de algumas excepções ainda persistentes, pusemos termo a essa situação de abuso generalizado. Se muitos docentes, sobretudo os mais jovens, têm hoje serviço distribuído dentro dos limites da lei e dos contratos, devem-no à firmeza com que a Direcção da Escola se opôs à homologação de distribuições de serviço incompatíveis com a legalidade vigente.

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Lista B - Democracia, Equidade, Rigor e Transparência

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LISTA B

DEMOCRACIA, EQUIDADE, RIGOR E TRANSPARÊNCIA

1. Há quatro anos, em 2011, a candidatura da Lista B rompeu com décadas de unanimismo

artificial, inaugurando uma nova época de pluralismo e de livre discussão de perspectivas e de

disputa democrática entre as várias visões de Universidade que existem entre nós.

Por sua vez, quando em 2013 o candidato da Lista B foi eleito Director da Escola, iniciámos a

ruptura com o imobilismo, com os métodos de gestão amadora e anacrónica, com o facilitismo

e com a falta de transparência. Sem prejuízo do reconhecimento de erros que sempre ocorrem

ao longo de um mandato, que assumimos e que corrigimos, a verdade é que os dois últimos

anos puderam mostrar o que pode ser uma Faculdade a funcionar com rigor, equidade, visão

de futuro e ambição modernizadora.

Com a responsabilidade de dar conta da realização do programa com que fomos eleitos para a

Direcção da Escola e o orgulho pelo muito que conseguimos concretizar, propomo-nos agora

renovar o mandato para dar continuidade ao profundo movimento de reforma da Faculdade

que iniciámos há quatro anos, quando ousar apresentar uma lista alternativa às eleições na

Faculdade era visto como atrevimento ou até heresia.

2. Nestes dois anos, num ambiente nacional e num contexto universitário de fortes

constrangimentos financeiros e de redução de recursos humanos, uma gestão motivada,

racional e profissionalizada permitiu uma redução substancial de despesas e uma

diversificação e aumento de receitas que colocaram a Faculdade numa situação de equilíbrio

financeiro invejável e inédito.

O reforço e a sustentabilidade dessa base material permitiu-nos, em apenas dois anos,

desenvolver um trabalho de renovação e de modernização da Escola que não tem

objectivamente termo de comparação possível com o que se (não) fez nos mandatos anteriores.

3. Durante demasiados anos, a distribuição de serviço docente foi marcada por iniquidades tidas

como normais e inevitáveis, em que a sobrecarga horária discricionariamente imposta a

muitos docentes mais jovens se combinava com situações de privilégio absolutamente

injustificadas. Em dois anos, apesar de algumas excepções ainda persistentes, pusemos termo a

essa situação de abuso generalizado.

Se muitos docentes, sobretudo os mais jovens, têm hoje serviço distribuído dentro dos limites

da lei e dos contratos, devem-no à firmeza com que a Direcção da Escola se opôs à

homologação de distribuições de serviço incompatíveis com a legalidade vigente.

2

Para além disso, mesmo em contexto de dificuldades financeiras sem igual, a Faculdade pôde

contratar docentes convidados em número suficiente para permitir uma distribuição atempada

de serviço docente, o aumento do número de subturmas e a redução de alunos por turma (mais

13 subturmas de Licenciatura e 11 turmas de Mestrado Profissionalizante).

4. Conforme previsão estatutária, criámos o Gabinete de Consultoria Jurídica e o Centro de

Arbitragem e Resolução de Litígios, que foram dotados de instalações adequadas no terceiro

piso (até então totalmente desaproveitado) e estão já ambos em funcionamento com

resultados práticos visíveis, em serviços jurídicos prestados (formação e parecerística),

arbitragens realizadas e receitas arrecadadas para a Faculdade.

Para além da prestação de serviços e extensão à comunidade, um e outro vão permitir aos

nossos docentes, segundo os critérios de igualdade e de transparência a que a Faculdade, como

entidade pública, está vinculada, o acesso remunerado a actividades a que, de outro modo,

apesar da disponibilidade e competência científicas, nunca poderiam aceder, seja pelas

limitações legais vigentes, seja pelo domínio fáctico do mercado de arbitragens e de consultoria

por um número muito reduzido de colegas.

5. A Faculdade adoptou uma atitude proactiva relativamente à investigação científica, colocando

em funcionamento um Serviço de Apoio dedicado e disponibilizando acompanhamento técnico

aos processos de acreditação dos Centros de Investigação; criou, com a Associação Académica,

uma linha editorial de publicações para permitir a publicação de teses e o apoio a outros

trabalhos científicos; garantiu a reforma profunda da Revista da Faculdade; garantiu a

acreditação dos novos cursos de mestrado científico e profissionalizante cujo processo estava

paralisado e havia fracassado durante anos sucessivos; celebrou protocolos com tradutores e

com o Centro de Línguas da Faculdade de Letras para garantir condições especiais de acesso

aos nossos docentes.

6. Melhorámos substancialmente a capacidade de prestação da Faculdade no relacionamento e

acompanhamento dos alunos, designadamente no apoio à integração dos novos alunos, bem

como no apoio à integração profissional após a conclusão dos estudos de licenciatura e pós-

graduação. Numa Escola até então parada no tempo, renovámos a sua imagem pública,

lançámos um novo site e criámos um sistema de comunicação e divulgação sem o qual a

Faculdade não poderia competir nas novas condições de concorrência do século XXI.

Foram contratados trabalhadores técnicos e administrativos especialmente qualificados,

abertos concursos e apoiada a requalificação do pessoal administrativo, pelo que também a

organização interna e o apoio técnico e administrativo hoje proporcionado ao funcionamento

da Faculdade não tem paralelo com a situação de escassez e bloqueamento que encontrámos

quando iniciámos funções de Direcção.

3

7. Em dois anos, assistimos a uma notável renovação, melhoria e aproveitamento de espaços

físicos na Faculdade, com vantagens evidentes e facilmente verificáveis, tanto para alunos

como para o pessoal não docente e para as tarefas de docência e de investigação: Sala de

Estudo climatizada a funcionar 24 horas por dia, suporte informático e secretaria virtual,

instalação progressiva de wireless, renovação e relocalização dos serviços administrativos com

substancial melhoria da capacidade de prestação e de condições de trabalho, libertação e

reabilitação de novas salas de aula com condições optimizadas, requalificação ambiental de

espaços de jardim, bar e esplanadas e beneficiação e certificação energéticas.

8. Sabíamos, naturalmente, que um tal esforço de modernização e de racionalização de recursos,

que mudou ostensivamente a imagem e o funcionamento da Faculdade, se depararia, como

sempre acontece em circunstâncias semelhantes, com a oposição dos interesses instalados e

com os hábitos atávicos de imobilismo, mas não podemos deixar de assinalar a invulgar

tenacidade dessas resistências que, por vezes, atingiram raias de puro irracionalismo,

desespero e instrumentalização que se concretizaram, designadamente, nos apelos

absolutamente inconsequentes à intervenção do Tribunal de Contas, dos sindicatos, da Reitoria

ou da ASAE na vida interna da Faculdade.

Ainda assim, e apesar das diferenças, desde sempre nos empenhámos, e também agora, no

estabelecimento de pontes e na proposta de acordos e de trabalho em conjunto com outras

sensibilidades da Escola. Não se trata de mera retórica eleitoral. Num momento em que muitos

clamam por consensos e compromissos, é importante que se saiba que, em distintos

momentos, a Lista B teve a iniciativa e procurou activamente alcançar entendimentos firmes e

duradouros que permitissem pacificar a Escola. Dirigimo-nos a outros sectores da Faculdade,

tentando definir um caminho comum de trabalho e de reforma. Sem sucesso, porém, por falta

de disponibilidade das outras partes. Mas não desistimos e a bem da Faculdade voltaremos,

após o acto eleitoral, a promover as diligências necessárias com vista à pacificação da Escola e

à comunhão de esforços em torno de um objectivo maior, que é o sucesso da FDUL.

9. Da nossa parte, para o próximo mandato, para além da continuidade dos objectivos

programáticos cuja realização iniciámos há dois anos e que constam do Programa que vamos

apresentar, centrar-nos-emos em alguns objectivos essenciais:

(i) Esforço e atenção permanentes à manutenção e à preservação da observância dos

limites máximos e mínimos de carga horária legalmente instituídos;

(ii) Desenvolvimento do apoio à investigação científica, designadamente dos docentes

mais jovens, o que pressupõe a activação de um fundo de apoio à investigação e um

correspondente esforço de concentração dos horários e de limitação das disciplinas

leccionadas por ciclo de estudos e por semestre;

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(iii) Afirmação institucional do Centro de Arbitragem e Resolução de Litígios e do

Gabinete de Consultoria Jurídica, com a possibilidade de neles se integrarem e

empenharem todos os docentes, bem como alunos, através da Bolsa de

Colaboradores;

(iv) Esforço de cumprimento efectivo, acompanhamento e balanço do regime de

avaliação da licenciatura e reforma global do regime de avaliação específico dos 2.º e

3.º ciclos;

(v) Empenho na internacionalização da Faculdade, designadamente através da oferta de

novos formatos lectivos, virados para o exterior, como o LL.M..

10. Finalmente, pretendemos colocar à discussão da Faculdade uma reformulação global do

sistema de funcionamento escolar, através de uma revisão do Plano de Curso da Licenciatura,

que se oriente para a generalização, na maior parte das disciplinas, de um modelo de aulas

teórico-práticas em turmas mais pequenas, asseguradas por diferentes regentes em cada

unidade curricular.

O aumento dos docentes doutorados e o incremento do número de salas de aula que foi

conseguido nestes dois últimos anos permitem encarar seriamente essa possibilidade, que

será, porventura, a forma mais adequada de superar as insuficiências de um ensino

massificado e de garantir a todos os docentes, especialmente aos mais jovens, a possibilidade

de desenvolvimento pleno da carreira de investigação e de docência nas condições particulares

da nossa Faculdade.

Pela LISTA B,

Jorge Duarte Pinheiro Maria Luísa Duarte Jorge Reis Novais

LISTA B

Conselho de Escola

1. Jorge Duarte Pinheiro

2. Tiago Antunes

3. Helena Morão

4. David Duarte

5. Pedro Delgado Alves

6. Tiago Fidalgo de Freitas

7. Heloísa Oliveira

8. Nuno Oliveira Garcia

9. João Tiago Silveira

LISTA B

Conselho Científico

1. Maria Luísa Duarte

2. Miguel Moura e Silva

3. Helena Morão

4. David Duarte

5. Jorge Duarte Pinheiro

6. Jorge Reis Novais

7. Cláudio Monteiro

8. Domingos Farinho

9. Ana Gouveia Martins

10. Daniel Silva Morais

11. Miguel Prata Roque

12. Inês Ferreira Leite

13. Eduardo Correia Baptista

LISTA B

Conselho Pedagógico

1. Jorge Reis Novais

2. Heloísa Oliveira

3. João Matos Viana

4. Tiago Fidalgo de Freitas

5. Francisco Marques

6. Jorge Sampaio

7. Cecília Anacoreta Correia

8. Jorge Pação

9. Pedro Moniz Lopes

10. Rui Lanceiro