[lisiane paulon] jogos educativos em segurança e medicina do trabalho
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Jogos Educativos em Segurança e Medicina do Trabalho
Não é de hoje que os jogos se proliferaram para todo tipo de idade e gênero, sendo
uma atividade comum para muitas pessoas, sejam eles digitais ou da vida real.
Pac-man, Tetris, Mario, Pokemon, Angry Birds, Candy Crush, Paciência, Futebol, Xadrez…
já é suficiente para ter compreendido do que se trata, certo? Se ainda não, então bem-
vindo ao universo dos jogos. Jogos? Sim, jogos. “Ah, jogos! Aquilo que as crianças brincam,
né?”. Se ainda possui este tipo de pensamento, ainda bem, pois a hora de mudar é agora.
Não é de hoje que os jogos se proliferaram para todo tipo de idade e gênero, sendo uma
atividade comum para muitas pessoas, sejam eles digitais ou da vida real (por exemplo
Super Mario e uma partida de futebol com os amigos, respectivamente). Ainda, de maneira
geral, envolvem muito dinheiro (muito mesmo!), tanto para produção quanto retorno de
capital. Mas, muito mais importante que isso, é a função e objetivo a que estes sistemas
foram adaptados.
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Primeiro, temos que compreender que com o surgimento dos videojogos, foi inaugurado um novo tipo de
“poder” as pessoas: a capacidade de interagir com o que está a sua frente. E não se enganem, esta nova
espécie de poder, é tão poderoso, que elas são “sugadas” para dentro do mundo do jogo, realizando escolhas
que geram resultados, fazendo-a sentir-se parte dele e, é justamente nesse aspecto, que os jogos se
diferenciam das demais mídias como livros, cinema, TV e teatro. E se parar para analisar, muitos sistemas na
sociedade estão incorporando elementos de jogos, processo conhecido como gamification, que vale a pena
saber que existe, porém não será o foco deste texto.
Como diria Tio Ben no filme Homem Aranha, “com grandes poderes vem grandes responsabilidades”,
criadores de jogos perceberam que o poder da interação poderia servir para muito mais do que o único
objetivo de diversão, mas também, incorporar elementos de:
• Educação: são diversos os exemplos de jogos voltados para educação;
• Treinamento: exército americano que utiliza jogos para simular táticas de guerra, empresas que utilizam
simuladores para contratar pessoas através de suas escolhas no sistema, simuladores de voo para pilotos,
etc.
• Saúde: existem jogos voltados a ajudar doentes a melhorarem autoestima, coordenação motora, superar
depressão, melhorar percepção, foco, etc.
Quer saber o melhor de tudo? “Eureka”, funciona! E não é difícil encontrar, estudos e experimentos de jogos
aplicados a estes exemplos, que demonstram que os jogos funcionam, sim, para estes fins! Há sim melhoria
das habilidades, maior motivação, maior vontade de participação pelas pessoas em sistemas interativos.
Logo, os jogos têm um potencial muito grande para serem explorados. Para isso, se você pretende criar algum
jogo com este tipo de conteúdo, deve ter um objetivo claro do que pretende que os
jogadores/funcionários/utilizadores experimentem ao usar a aplicação. E, tão importante quanto, é a
plataforma que irá escolher para esta ser utilizada e que melhor se adapte aos objetivos de sua empresa e
necessidades dos funcionários: para PC? Web (internet)? Portáteis (Tablet, iphone, android, etc.)? Jogo de
tabuleiro ou de cartas? Consoles (Xbox, Wii, Playstation, etc)? Facebook? Entre outros. Tudo isto deve ser
levado em consideração, porque quem utilizará, onde, como, muda não só o projeto em si, mas também, a
tecnologia utilizada e quantidade de pessoas envolvidas.
Jogos Educativos em Segurança e Medicina do Trabalho
SafeMed – O Blog de Segurança e Saúde no Trabalho
Lisiane Paulon
Lisiane Paulon, profissional da área de Segurança do Trabalho, com
atuação na prevenção de riscos à saúde e à vida do trabalhador,
visando a não ocorrência de acidentes em sua atividade
profissional, sejam eles danos físicos ou psicológicos. Atualmente
ministrando aula na Universidade Paulista de Sorocaba.
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Com base nisso, a ideia desse artigo é propor desenvolvimento de jogos para o comportamento
seguro em segurança e medicina do trabalho, simulações de acidentes, com exemplos práticos
apontados na Portaria nº 3.214 de 08/08/1978, trabalhos em altura – NR-35, atividades em
espaços confinados – NR-33, acidentes com eletricidade – NR-10, atividades na contrução civil
(plataformas e andaimes) – NR-18, trabalhos com inflamáveis e combustíveis – NR-20. Desse
modo estimular os funcionários a pensar preventivamente. A conscientização dos funcionários é
de longe a prática mais importatne para uma gestão de segurança do trabalho de sucesso. É
importante que a empresa faça ser ouvida, é porque não de um modo prático, agil, interativo e
divertido? Quem disse que treinamentos em segurança e medicina do trabalho precisam ser
chatos, cansativos e sonolentos?
Artigo realizado pelo Designer de Games – Lucas Paulon com
contribuição de Lisiane Paulon – Eng. Segurança do Trabalho
Jogos Educativos em Segurança e Medicina do Trabalho