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LISBOA DE 29 DE FEVEREIRO A 2 DE MARÇO SISAB PORTUGAL | a maior feira do mundo de exportação de produtos portugueses CEREALIS GRAÇA AMORIM “A Cereais é líder nas massas e farinhas com dimensão internacional” A Cerealis é um dos maiores grupos por- tugueses vocacionados para a atividade in- dustrial e comercial do setor agroalimentar, com forte presença em Portugal e em gran- de dinamização internacional. Focalizado em produtos derivados da transformação de ce- reais, é líder nas massas alimentícias e fa- rinhas industriais, complementando a sua gama com bolachas, cereais de pequeno-al- moço e farinhas culinárias. É detentora das marcas Nacional, Milaneza, Harmonia e Con- cordia, emprega 675 colaboradores, e trans- forma anualmente mais de 380 mil tonela- das de cereais nos 5 centros de produção em Portugal. Carlos Carvalho tem 39 anos e é natural de Valença do Douro, no concelho do Tabua- ço. Independentemente de ter estudado fora da região confessa que as suas ligações e me- mórias de infância e juventude estão em Ta- buaço onde regressou para viver e trabalhar em 2001. Está, desde novembro de 2013 na frente do executivo da Câmara Municipal onde desenvolve um projeto impar de proxi- midade com a população e empresários do município. CARLOS CARVALHO PRESIDENTE DA CÂMARA DE TABUAÇO “Estamos a fazer o melhor para a nossa população e território” Somos um país produtor de vinhos e um bom exportador dos mesmos para o mundo. Aqui num micro-clima único, sem influência Atlântica; circundado por serras, numa bacia banhada pelo Rio Minho encontra-se o terroir para tamanho sucesso, sendo que a herança cultural do saber fazer do povo a isso ajudou e contribuiu. A amplitude térmica, os verões quentes e os invernos muito frios, aliados a uma grande casta, são o meio de cultivo para grandes vinhos. Segundo se pode ler no La- rousse dos vinhos “Tradição, grande diver- sidade de clima, diferentes regiões e, princi- palmente, variedades únicas fazem do país um porto seguro dos bons vinhos.” PROVAM - PRODUTORES DE VINHOS ALVARINHO E MONÇÃO Exportação já representa 30 por cento mas querem chegar aos 50 A Casa Santos Lima está situada em Al- deia Galega da Merceana no concelho de Alenquer, a cerca de 45 km a norte de Lis- boa, numa região onde a tradição vitiviníco- la é secular e onde as típicas paisagens ru- rais aparecem com enorme beleza. Trata-se de uma empresa familiar há já várias gera- ções, fundada por Joaquim Santos Lima, que no virar do século XIX era um grande produ- tor e exportador de vinhos. José Luís Santos Lima Oliveira da Silva deixou há 20 anos a sua bem-sucedida carreira na banca e sec- tor financeiro e dedicou-se de corpo e alma à continuidade da tradição da família com notável sucesso. CASA SANTOS LIMA “Um crescimento de 40% só é possível com vinhos de qualidade e preço competitivo”

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LISBOA DE 29 DE FEVEREIRO A 2 DE MARÇO

SISAB PORTUGAL | a maior feira do mundo de exportação de produtos portuguesesCEREALISGRAÇA AMORIM

“A Cereais é líder nas massas e farinhas com dimensão internacional”

A Cerealis é um dos maiores grupos por-tugueses vocacionados para a atividade in-dustrial e comercial do setor agroalimentar, com forte presença em Portugal e em gran-de dinamização internacional. Focalizado em produtos derivados da transformação de ce-reais, é líder nas massas alimentícias e fa-rinhas industriais, complementando a sua gama com bolachas, cereais de pequeno-al-moço e farinhas culinárias. É detentora das marcas Nacional, Milaneza, Harmonia e Con-cordia, emprega 675 colaboradores, e trans-forma anualmente mais de 380 mil tonela-das de cereais nos 5 centros de produção em Portugal.

Carlos Carvalho tem 39 anos e é natural de Valença do Douro, no concelho do Tabua-ço. Independentemente de ter estudado fora da região confessa que as suas ligações e me-mórias de infância e juventude estão em Ta-buaço onde regressou para viver e trabalhar em 2001. Está, desde novembro de 2013 na frente do executivo da Câmara Municipal onde desenvolve um projeto impar de proxi-midade com a população e empresários do município.

CARLOS CARVALHOPRESIDENTE DA CÂMARA DE TABUAÇO

“Estamos a fazer o melhor para a nossa população e território”

Somos um país produtor de vinhos e um bom exportador dos mesmos para o mundo. Aqui num micro-clima único, sem influência Atlântica; circundado por serras, numa bacia banhada pelo Rio Minho encontra-se o terroir para tamanho sucesso, sendo que a herança cultural do saber fazer do povo a isso ajudou e contribuiu. A amplitude térmica, os verões quentes e os invernos muito frios, aliados a uma grande casta, são o meio de cultivo para grandes vinhos. Segundo se pode ler no La-rousse dos vinhos “Tradição, grande diver-sidade de clima, diferentes regiões e, princi-palmente, variedades únicas fazem do país um porto seguro dos bons vinhos.”

PROVAM - PRODUTORES DE VINHOS ALVARINHO E MONÇÃO

Exportação já representa 30 por cento mas querem chegar aos 50

A Casa Santos Lima está situada em Al-deia Galega da Merceana no concelho de Alenquer, a cerca de 45 km a norte de Lis-boa, numa região onde a tradição vitiviníco-la é secular e onde as típicas paisagens ru-rais aparecem com enorme beleza. Trata-se de uma empresa familiar há já várias gera-ções, fundada por Joaquim Santos Lima, que no virar do século XIX era um grande produ-tor e exportador de vinhos. José Luís Santos Lima Oliveira da Silva deixou há 20 anos a sua bem-sucedida carreira na banca e sec-tor financeiro e dedicou-se de corpo e alma à continuidade da tradição da família com notável sucesso.

CASA SANTOS LIMA

“Um crescimento de 40% só é possível com vinhos de qualidade e preço competitivo”

REGIONALp.16 1 DE JANEIRO DE 2016

Santa Marta de Penaguião, ícone do vinho duriense

Caracterizada pela natureza envolvente de campos de vinha a perder de vista, dispos-ta em socalcos, Santa Marta de Penaguião é uma bonita vila, sede de concelho, da região norte do país.

Situa-se na fantástica Região Demarcada do Douro e muito afamada pela sua adega cooperativa, produtora de vinhos muito apre-ciados. Nesta região podemos ainda encon-trar vestígios de ocupação humana bem re-motos, com algumas fortificações castrejas, como em Fontes, Lobrigos, Cumieira, Loure-do e Medrões.

Rodeada por uma paisagem magnífica, a vila é caracterizada pelos socalcos cultiva-dos, pela imensa vinha, e pelo Rio Corgo, que confere uma beleza única ao conjunto. É ain-da enriquecida com o património arquitetóni-co da vila, como a igreja paroquial, com uma

À DESCOBERTA DO INTERIOR DE PORTUGAL

original torre sineira, o pelourinho da vila ou os muitos moinhos existentes por toda a re-gião. A destacar são também os marcos gra-níticos da Demarcação da Região do Dou-ro, efetuada em 1756 e que tanto alterou o rumo destas terras.

Encontram-se por toda a região diversos solares e casas senhoriais, mormente dos sé-culos XVII e XVIII, como o Solar dos Pinhei-ros ou a Quinta do Bertelo, que são o marco da importância económica que os férteis so-los da região possibilitaram.

As tradições de Santa Marta de Pena-guião estão muito ligadas à viticultura, como se pode observar no interessante artesanato da região, nomeadamente em técnicas liga-das à cestaria e à tanoaria, bem como a ta-peçaria, rendas e bordados que eram utili-zados para servir doces e o Vinho do Porto.

Trancoso, aldeia e muralha histórica de Portugal

Ao acercar-se das muralhas vislumbra--se o maravilhoso cartão-de-visita da cidade, as Portas d’El Rei. Com os seus numerosos monumentos da arquitetura civil e religiosa, Trancoso constitui um dos mais expressivos centros históricos do país, visitado anual-mente por muitos milhares de pessoas.

É devido às suas características únicas e ao seu estado de preservação que Trancoso faz parte do restrito programa das “Aldeias Históricas de Portugal”. Situado num vasto planalto, a 885 metros de altitude, Tranco-so impõe-se na paisagem raiana com o seu castelo altaneiro e cintura de muralhas, aco-lhendo os visitantes num cenário medieval que os transporta para um tempo de sonho e maravilha.

Ao chegar à cidade, os visitantes depa-ram-se com a frondosa mancha verde do Par-que Municipal, que convida ao exercício físi-co através do seu circuito de manutenção, ao qual se segue a capela de S. Bartolomeu, do século XVIII, monumento comemorativo do casamento de D. Dinis com a Rainha San-ta Isabel. Ao se aproximar das muralhas, o visitante tem a possibilidade de ver as ma-

ravilhosas Portas d’El Rei. Já dentro do cen-tro histórico, os interesses dividem-se entre a antiga Judiaria, os Paços do Concelho, o Pe-lourinho Manuelino, a Igreja da Misericórdia e a Igreja de S. Pedro - onde está sepulta-do o poeta-profeta Bandarra -, a casa-quar-tel do General Beresford, o Palácio Ducal, a Igreja de Santa Maria de Guimarães, a Rua dos Cavaleiros e o Castelo medieval, anterior à nacionalidade. No exterior, são ainda visí-veis mais algumas pérolas da nossa história. Entre elas destacam-se a Necrópole Antro-pomórfica, a Capela de Santa Luzia, a Igre-ja de Nossa Senhora da Fresta, a Capela do Senhor da Calçada, a Fonte da Vide, a Fonte Nova e o Convento dos Frades.

A rodear o centro histórico cresceu um meio urbano moderno e planeado, com diver-sas infraestruturas, cuja construção aprovei-tou o característico granito da região, e que proporcionam um valioso conjunto de ativi-dades e serviços, tanto à comunidade local como aos visitantes.

A cidade de Trancoso vive tempos de ine-gável crescimento urbano e desenvolvimento social, assim como económico.

Abraçada por duas serras e dois rios, Santa Marta de Penaguião é um daqueles paraísos que parece que continuam inalterados pelo tem-po. Permanecem as antigas tradições da tapeçaria, rendas e borda-dos e são nestas terras que os homens e as mulheres desafiam a du-reza da pedra para lhe extrair a ambrósia dos deuses - o vinho fino do Douro -, aquela a que o mundo chama de “Vinha do Douro”. A pele da montanha de xisto é feita de cepas, nuas ou cobertas de parras e uvas, dando à paisagem a capacidade de ao longo do ano se compor-tar como camaleão gigante, mudando de cor em cada estação.

A antiquíssima vila de Trancoso, que recentemente se tornou cidade, acolhe os visitantes num cenário medieval que os transporta para um tempo de sonho e maravilha. A cidade encontra-se ainda hoje rodea-da de muralhas da época dinisiana, com um belo castelo também medieval, a coroar esse majestoso conjunto fortificado.

p.17COISAS DO VINHO

Vinhos & Gastronomia Os novos rosés que se fazem em Portugal

1 DE JANEIRO DE 2016

Características: Os vinhos rosé são produzidos a partir de mosto de uvas tintas. A pigmentação é con-seguida através do contato entre as películas (casca) e o mosto, pelo que o vinho rosé não é uma mistu-ra de vinho tinto com vinho branco.

O seu sabor resulta do equilí-brio entre as características do vi-nho branco (a leveza e suavida-de) e do vinho tinto (sobressaem aromas a frutos, especialmente os vermelhos).

É um vinho muito versátil que

TEMPERATURA Os vinhos rosés secos são vinhos muito delicados e o seu equilíbrio deve manter-se a uma temperatu-ra correcta. Devem ser servidos a uma temperatura entre os 8 e os 9 graus Celsius.Os vinhos rosés meio-secos, dado o seu teor adocicado, deve ser con-trabalançado com uma temperatu-ra baixa: 6 a 7 graus Celsius.

deve ser bebido muito fresco. De cor rosa com poucos laivos alan-ranjados, apresenta um aroma fru-tado a frutos vermelhos e tropicais.

Normalmente, os vinhos rosés apresentam uma acidez ligeira, bai-xo teor alcoólico e um corpo leve, especialmente quando crescem em locais mais frios de influência ma-rítima ou altitude elevada. Portugal é um país de rosados, como o de-monstram tantas marcas de forte presença internacional. Não há ne-nhuma região portuguesa onde não

cresça um vinho rosado.

Quando e como beber: Os rosés são uma alternativa fresca e frutada aos brancos secos. A maior parte dos rosés combinam bem com qual-quer alimento e podem ser uma boa e pouco alcoólica forma de acom-panhar um churrasco de Verão. Os rosés secos e frutados são óptimos com uma variedade de comida li-geiramente temperada, incluindo vegetais e pratos de salada, graças à sua doçura suave (ainda que im-

perceptível conscientemente).Deve ser bebido a uma tempe-

ratura fresca (entre 10ºC e 13ºC), é leve, ideal para acompanhar pra-tos igualmente leves, como aves, peixes e massas, ou simplesmente para acompanhar uma boa conver-sa ao final da tarde. Mais solicita-do para as entradas, existem rosés cuja estrutura se adequa a pratos de carne vermelha. Com um teor alcoólico idêntico ao do vinho bran-co, o rosé ideal para os meses mais quentes do ano.

SALADAS E CARNES BRANCASO vinho rosé acompanha bem qualquer tipo de saladas, entradas e carnes brancas.

Muitos pensam que o rosé é um vinho mais de-dicado às senhoras...Mas os tempos têm mudado e muitas adegas têm feito destes vinhos uma verdadeira sinfonia de equilíbrio e de frescura e corpo que não param de surpreender quem os descobre pela primeira vez. Mais uma pérola portuguesa...

1 DE JANEIRO DE 2015p.18 EMPRESAS & MERCADOS

ENTREVISTA COM CARLOS CARVALHO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE TABUAÇO

“Estamos a fazer aquilo que entendemos ser o melhor para a nossa população e para o nosso território...”

Carlos Carvalho, Presidente da Câmara Municipal de Tabuaço

Qual a importância do setor vi-tivinícola para o Município de Tabuaço?A base da nossa economia assen-ta maioritariamente no setor primá-rio, na agricultura. Temos também outros subsetores como a fruticul-tura ou a produção de azeite, mas a base é claramente a cultura da vinha e a produção de vinho – vi-nho do Porto, que é uma tradição secular. Desde a altura em que a região foi demarcada que o vinho do Porto é a base central da nossa econo-mia, quer no território de Tabuaço, quer daquilo que é a nossa região, o Douro. Há alguns anos começaram tam-bém a surgir no mercado o setor dos vinhos DOC (Denominação de Origem Controlada), vinhos de

Carlos Carvalho tem 39 anos e é natural de Valença do Douro, no concelho do Tabuaço. Independentemente de ter es-tudado fora da região confessa que as suas ligações e memórias de infância e juventude estão em Tabuaço onde regres-sou para viver e trabalhar em 2001. Está, desde novembro de 2013 na frente do executivo da Câmara Municipal onde desenvolve um projeto impar de proximidade com a população e empresários do município.

mesa. Felizmente que isso aconte-ceu, porque hoje o peso da produ-ção acaba por ser superior àquilo que é a produção de vinho do Porto.

(...) Passados estes 30 anos, existem já várias gerações de en-genheiros agrícolas e enólogos que têm criado um valor acres-centado fantástico naquilo que são quer o processo produtivo, quer depois a produção final da-quilo que é o vinho e isso reflete--se na qualidade fantástica que os vinhos do Douro e Tabuaço têm hoje em dia (...)

Existiu este boom e hoje em dia quase existe uma aura de roman-ce à volta do setor dos vinhos de mesa na região do Douro, todos os enólogos, neste momento, querem

estar a desenvolver algum tipo de projeto nesta região. Este boom está também associa-do, na minha opinião, ao trabalho que tem sido feito pela Universida-de de Trás-os-Montes e Alto Dou-ro, que na década de oitenta criou cursos ligados à área produtiva, as engenharias agrícolas, os cursos de enologia e passados estes trin-ta anos, existem já várias gerações de engenheiros agrícolas e enólo-gos que têm criado um valor acres-centado fantástico naquilo que são quer o processo produtivo, quer de-pois a produção final daquilo que é o vinho e isso reflete-se na qua-lidade fantástica que os vinhos do Douro e Tabuaço têm hoje em dia e na cada vez maior projeção e publi-citação que esses vinhos têm pelo mundo fora.

(...) Nós quando tomámos posse e conscientes do que sempre de-fendemos, que as nossas estra-tégias para o município além de terem que tocar em quem está cá dentro, também têm clara-mente o objetivo de chegar fora, onde temos um mundo cada vez mais imediato, cada vez mais glo-bal (...)

A Câmara Municipal de Tabuaço marca regularmente presença no SISAB PORTUGAL com as diver-sas marcas da região. Como é que surgiu esta ideia? Nós quando tomámos posse e conscientes do que sempre defen-demos, que as nossas estratégias para o município além de terem que tocar em quem está cá dentro, tam-bém têm claramente o objetivo de

chegar fora, onde temos um mun-do cada vez mais imediato, cada vez mais global. Essa globalização permite-nos muitas vezes com re-cursos mais escassos fazer muito mais do que aquilo que seria possí-vel fazer há 20 anos. Nessa estraté-gia de promoção, de divulgação, de internacionalização, logo no início do nosso mandato, quando tomá-mos posse, tivemos algumas reu-niões, conforme ainda temos, com aqueles que nós entendemos se-rem os diferentes setores, entre os quais o vitivinícola, dos produtores de vinho e foi colocada em cima da mesa a presença em alguns even-tos que nós realmente entendêsse-mos marcantes para essa promo-ção e divulgação. Na época, falou-se no SISAB POR-TUGAL, alguns produtores já ti-nham participado, quer na área dos vinhos, quer no setor agroali-mentar, falou-se na dimensão que o evento já tinha, falou-se na mul-ticulturalidade do próprio evento, porque realmente existe uma so-ciedade das nações que ali está, existem compradores de todo o mundo e quem já lá tinha estado realmente manifestou que seria o evento mais importante e onde nós poderíamos, já numa fase imedia-ta, conseguir marcar a diferença a nível de resultados. Na altura esbarrámo-nos com a perspetiva de um conceito, porque existiam empresas que já tinha par-ticipado numa perspetiva individu-al, com stand próprio e é sempre complexo nós conseguirmos satis-fazer as vontades de todos, para mais quando as empresas não es-tão habituadas a trabalhar em con-junto e em entreajuda. Na altura, a nossa ideia foi o se-guinte: para que realmente isto fun-cione, nós temos que criar uma es-tratégia que, em primeiro lugar, nos permita a divulgação da marca ‘Ta-buaço’, o nome ‘Tabuaço’ e depois os vinhos e os produtos de Tabuaço. Como é lógico cada produtor, cada empresa que quisesse estar presen-

1 DE JANEIRO DE 2015 p.19EMPRESAS & MERCADOS

te contribuía de alguma forma para aquilo que é o custo global da nossa instalação. E assim foi. No primeiro ano levámos várias empresas de vi-nho, levámos uma empresa agroa-limentar e levámos também a nos-sa cooperativa do azeite, o que foi fantástico. As coisas correram de uma forma fantástica.

(...) É sempre complexo nós conseguirmos tornar mensurável aquilo que é o resultado de um evento destes, mas nós conse-guimos percecionar claramente a mais-valia que este evento signifi-ca na nossa estratégia e percebe-mos também que o aspeto nego-cial, que é claramente o principal em todo o evento, funciona (...)

Qual é a sua opinião acerca do evento?Realmente, estando lá, temos a tal perceção que nos tinha sido aqui transmitida de que a feira é dife-rente. O evento é diferente. Há a noção de que aquilo que ali acon-tece é realmente negócio. Muitas das vezes nós vamos a eventos em que há muito mais uma perspeti-va de divulgação única e exclusi-vamente. No SISAB PORTUGAL nós conseguimos ter a perceção de que há um equilíbrio entre a divul-gação, a promoção, mas também entre aquilo que é o escoamento do produto e isto pareceu-nos que era o mais importante. Na altura, ficámos bastante satisfeitos, por-que muitas das pessoas que pas-savam, quer empresas, quer regi-ões, ficavam surpreendidas pela forma como nós tínhamos partici-pado naquele ano, porque havia a representação de algumas câma-ras, de alguns territórios, mas não com aquela dimensão e não daque-la forma, com a representação de cada uma das empresas num es-paço comum. Nesse ano, as coi-sas correram muito bem e o impac-to foi claramente positivo, quer nas pessoas que participaram, quer na-quilo que foi a nossa sensibilidade. É sempre complexo nós conseguir-mos tornar mensurável aquilo que é o resultado de um evento destes, mas nós conseguimos percecionar claramente a mais-valia que este evento significa na nossa estraté-gia e percebemos também que o aspeto negocial, que é claramen-te o principal em todo o evento, funciona, mas tem que funcionar numa perspetiva de continuidade. Ou seja, tem que haver confiança e esta confiança apenas se cria, es-tes laços apenas se fortalecem com a continuidade e com as pessoas a encontrarem-se. Nessa perspeti-va, nós agarrámos e dissemos cla-ramente: isto tem de ter uma lógica

de continuidade, porque além da-quilo que é o objetivo claramente alcançado este ano, nós acredita-mos que vamos conseguir subir e melhorar. No ano seguinte, voltá-mos a fazer a proposta à semelhan-ça daquilo que também já fizemos este ano. Já confirmámos a nossa inscrição, faltando apenas depois perceber o número de empresas que vão estar representadas.

O que é que Tabuaço tem para ofe-recer numa visita?Tabuaço está situado numa zona de transição. Metade do nosso conce-lho está encostada ao rio Douro, com todas as características fan-tásticas que tem. Esta arquitetura paisagística, que é única. A bele-za natural e a própria forma como o homem duriense foi transforman-do esta paisagem ao longo dos sé-culos é um colosso. A verdade é esta. Depois tudo o que está agar-rado a essa arquitetura paisagísti-ca. O facto de os vinhos e os azeites serem únicos prende-se claramente com o tipo de solo, com a exposi-ção solar a que muitas vezes essas culturas são beneficiadas. Nós con-seguimos contrabalançar ou com-plementar isso com a nossa liga-ção à Beira. Esta parte muito mais crua, a natureza virgem das serras e que nos abre um universo comple-tamente distinto, quer naquilo que é o desenvolvimento agrícola, por-que temos a fruticultura, a casta-nha, a cereja, a área da floresta, diversifica-nos muito mais a nível agrícola e, por outro lado, consegui-mos ter aqui duas zonas completa-mente díspares num espaço territo-rial bastante pequeno para turismo. Enquanto nós temos a zona liga-da ao Douro com um turismo mui-to mais massificado, onde exis-te o rio, os barcos, o enoturismo com as quintas, as visitas, as pro-vas de vinho, todo aquele turismo ligado ao Douro, nós depois con-seguimos complementar a 10/15 quilómetros com tudo aquilo que é um turismo de natureza, a parte do BTT, a escalada, os caminhos pedestres, um turismo patrimonial e religioso que é já de si próprio rico, através da rota do românico e das rotas de turismo religioso que já existem. Esta nossa situação ge-ográfica permite-nos realmente ser um caso único. Tabuaço, neste momento, além de todo este potencial, seja agrí-cola, seja turístico, começou tam-bém, nos últimos anos, a desen-volver uma série de infraestruturas que, hoje em dia, permitem que consigamos já ter uma oferta ex-tremamente satisfatória ao nível daquilo que é a hotelaria e a nível daquilo que é a nossa restauração.

Uma bela paisagem sobre a vila de Tabuaço

1 DE JANEIRO DE 2016p.20 EMPRESAS & MERCADOS

PROVAM |PRODUTORES DE VINHOS ALVARINHO DE MONÇÃO

“A exportação dos Vinhos Verdes da PROVAM já representa os 30% mas queremos chegar aos 50%”

João Marques director comercial deste agrupamento de produtores e o enólogo Abel Francisco Codesso

Viajámos até ao “topo” de Portugal à região em que o rio Minho nos separa da Galiza e apesar de ser pequeno em extensão, somos um país produtor de vinhos e um bom exportador dos mesmos para o mun-do. Aqui num micro-clima único, sem influência Atlântica; circundado por serras, numa bacia banhada pelo Rio Minho encontra-se o terroir para tamanho sucesso, sendo que a herança cultural do saber fa-zer do povo a isso ajudou e contribuiu. A amplitude térmica, os verões quentes e os invernos muito frios, aliados a uma grande casta, são o meio de cultivo para grandes vinhos. Segundo se pode ler no Larousse dos vinhos “Tradição, grande diversidade de clima, diferentes regiões e, principalmente, variedades úni-cas fazem do país um porto seguro dos bons vinhos.”

(...) Estamos nos 30% e o objectivo para 2016 é chegar aos 40% e subir nos anos seguintes aos 45% ou mesmo 50% (...)

Nesta região o que se afirma ainda se aplica com mais evidência- boa gastrono-mia, natureza ímpar, boa gente, qualidade de vida.

É aqui na “pátria” da casta Alvarinho ; uma das mais notáveis castas brancas por-tuguesas. É uma casta muito antiga e de baixa produção que é sobretudo plantada na zona de Monção e Melgaço (região dos Vi-nhos Verdes).

Esta casta é responsável pelo suces-so dos primeiros vinhos portugueses mo-novarietais (uma só casta). A casta Alva-rinho produz vinhos bastante aromáticos e que atingem graduações alcoólicas elevadas conservando uma acidez muito equilibrada.

Estamos em Monção na PROVAM, em Cabo – Barbeita, uma das freguesias do con-celho de Monção.

Uma sociedade por quotas, constituída por 10 viticultores da sub-região de Mon-ção e Melgaço, perseverantes e apaixona-dos pelas coisas do vinho que decidiram, em 1992, construir uma adega moderna funcio-

nal para a produção dos vinhos das castas Alvarinho e de Alvarinho/Trajadura. Somos recebidos por João Marques director comer-cial deste agrupamento de produtores e pelo enólogo Abel Francisco Codesso que nos dão a conhecer melhor os vinhos e a empresa.

Para começarmos não estamos perante uma cooperativa, mas sim um agrupamento de produtores. Diga-nos o que é a PROVAM?João Marques – Estamos perante uma so-ciedade por quotas que tem a sua própria produção (dos sócios), que representa 10 a 15% da produção da adega e a restante uva é comprada a cerca de 200 viticultores de Monção e Melgaço.

Ou seja só trabalham com a casta Alvarinho?Abel Codesso (enólogo) - Com a casta Alva-rinho, Trajadura e Loureiro. Só vinificamos vinhos brancos e a produção da última colheita cifra-se nos 380 mil li-tros. Temos uma capacidade instalada para 560 mil litros

Estamos numa região que se pode conside-rar o ex-libris dos vinhos verdes?AC- Eu penso que sim. O Alvarinho é uma das melhores castas brancas do mundo e nesta sub- região Monção/Melgaço graças ao nos-so “terroir” é onde ela melhor se comporta. Tem produções baixas, há quem diga que já se conseguem maiores produções noutras regiões, mas nós continuamos nas 6 tone-ladas/hectare ou menos. Vinificamos outra casta que é bastante emblemática, o Lourei-ro e temos a Trajadura, uma casta mal ama-da, mas que, a meu ver, é uma grande cas-ta. Esta dá origem a vinhos com uma acidez presente, tem uns aromas a pêra e pêssego interessantes e por vezes um toque citrino. Monocasta a PROVAM só vinifica Alvarinho.

Este é o terroir por excelência para o Alva-rinho, apesar de se cultivar noutras regiões.AC- O terroir depende de vários factores: do clima, do solo e do saber das pessoas. É nes-ta região(Monção e Melgaço), que o Alvari-nho dá origem a vinhos brancos de excelên-

cia e de nível mundial. Já no início do Século passado se começaram a vinificar os primei-ros vinhos monocasta de Alvarinho, que ocu-pa 90% do encepamento, e é aqui que os

CT.03.00

PRÉMIOS E DISTINÇÕES / AWARDS AND DISTINCTIONS PORTAL DO FIDALGO

COLHEITA / VINTAGE 2014 Wine Enthusiast Rating: 91 points Escolha de Imprensa pela Revista de Vinhos - Award for Press by Wine Magazine VINHO RECOMENDADO” / “RECOMMENDED WINE” – Decanter World Wine Awards “MEDALHA DE BRONZE” / “BRONZE MEDAL” - Concurso da Região dos Vinhos Verdes 2015

COLHEITA / VINTAGE 2013 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” - Selection Mundiales dês Vins - Canada 2014 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” Concurso Vinhos de Portugal 2014 Wine Enthusiast Rating: 92 points

COLHEITA / VINTAGE 2012 “ALBARIÑO DE ORO” – II Concurso Internacional Albariños Al Mundo 2013 “MEDALHA DE BRONZE” / “BRONZE MEDAL” - Concurso Vinhos de Portugal 2013 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” - Selection Mundiales dês Vins - Canada 2013 Wine Enthusiast Rating: 92 points

COLHEITA / VINTAGE 2011 " 50 Grandes Vinhos de Portugal no Brasil por Dirceu Viana" “Medalha UVA D’ OURO 2013 – Organizado pelo Continente “MEDALHA DE BRONZE” / “BRONZE MEDAL” China Wine & Spirits Awards 2012 “BEST OF VINHO VERDE” – Concurso da Região dos Vinhos Verdes 2012 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” - Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2012

COLHEITA / VINTAGE 2010 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” - The International Wine Challenge - UK 2012 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” – Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2011

COLHEITA / VINTAGE 2009 “MEDALHA DE BRONZE” / “BRONZE MEDAL” – Challenge International du Vin - França 2011 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – International Wine & Spirit Competition 2010 “MEDALHA DE PRATA” /“SILVER MEDAL” – Selection Mundiales dês Vins - Canada 2010

COLHEITA / VINTAGE 2008 “BOA COMPRA 2009”/ “BEST PURCHASE 2009” – Revista de Vinhos Fevereiro 2010 “OS MELHORES DE CADA REGIÃO 2009” / THE BEST WINES FOR 2009” – Revista de Vinhos Fevereiro 2010 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2009

COLHEITA / VINTAGE 2007 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” - X Concurso de Vinhos ACIC – Cidade de Coimbra 2008 “MEDALHA DE BRONZE” / “BRONZE MEDAL” – Concurso de Vinhos Rotary Clube de Vila Verde 2008

COLHEITA / VINTAGE 2006 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” – IX Concurso de Vinhos ACIC – Cidade de Coimbra 2007 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Concurso C.V.R.V.V. “Vinho Verde Engarrafado 2007” “VINHO RECOMENDADO” / “RECOMMENDED WINE” – International Wine Challenge

Ver mais/Looking more: www.provam.com

PROVAM, LDA

CT.03.00

VARANDA DO CONDE

COLHEITA / VINTAGE 2014 “Boa Compra 2014” pela Revista de Vinhos Wine Enthusiast Rating: 91 points

COLHEITA / VINTAGE 2013

“MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Selection Mundiales dês Vins - Canada 2014 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Concurso de Vinhos de Portugal 2014 “Boa Compra 2014” pela Revista de Vinhos Wine Enthusiast Rating: 90 points “MEDALHA DE BRONSE” / “BRONZE MEDAL” – China Wine & Spirits 2014

COLHEITA / VINTAGE 2012 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” - International Wine Competition U.K. 2014 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Premios Zarcillo – Espanha 2013 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Selection Mundiales dês Vins - Canada 2013 Wine Enthusiast Rating: 90 points

COLHEITA / VINTAGE 2011 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” – China Wine & Spirits Best Value 2013 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” - China Wine & Spirits Awards 2012 “VERDE HONRA” – Concurso da Região dos Vinhos Verdes 2012

COLHEITA / VINTAGE 2010 “MEDALHA DE BRONZE” / “BRONZE MEDAL” – Challenge International du Vin França 2012

COLHEITA / VINTAGE 2009 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – International Wine & Spirit Competition U.K. 2011 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” – Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2010

COLHEITA / VINTAGE 2008 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2009

COLHEITA / VINTAGE 2007 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” - Concurso Mundial de Bruxelas 2008 “MEDALHA DE BRONZE” / “BRONZE MEDAL” – Concurso de Vinhos Rotary Clube de Vila Verde 2008

COLHEITA / VINTAGE 2006 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” - Concurso C.V.R.V.V. Vinho Verde Engarrafado 2007 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2007 – Santarém

COLHEITA / VINTAGE 2005 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” - Concurso Mundial de Bruxelas 2006 “VERDE HONRA” - Concurso C.V.R.V.V. Vinho Verde Engarrafado 2005

PROVAM, LDA

CT.03.00

VINHA ANTIGA

COLHEITA / VINTAGE 2014 Wine Enthusiast Rating: 91 points

COLHEITA / VINTAGE 2010 “GRANDE MEDALHA DE OURO” / “ BIG GOLD MEDAL” – ALVARINHOS AL MUNDO – UK - 2012 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” - China Wine & Spirits Awards 2012

COLHEITA / VINTAGE 2008 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2010

COLHEITA / VINTAGE 2007 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Concurso Nacional de Vinhos Engarrafados 2009 “OS MELHORES DA REGIÃO 2008” / “THE BEST BY THE REGION 2008” – Revista de Vinhos 2009

COLHEITA / VINTAGE 2006 “89 PONTOS – OS MELHORES VINHOS DE 2007” / “89 POINTS – THE BEST WINES 2007” - Revista Néctar 2008 “1º PRÉMIO DA CATÉGORIA VINHO VERDE ALVARINHO” / “1º AWARD OF THE CATEGORY VNHO VERDE

CÔTO DE MAMOELAS COLHEITA / VINTAGE 2011

“MEDALHA DE BRONZE”/ “BRONZE MEDAL” – Challenge International du Vin 2015 “MEDALHA DE OURO”/ “GOLD MEDAL” – China Wine & Spirits Awards 2015

COLHEITA / VINTAGE 2010 “MEDALHA DE PRATA”/ “SILVER MEDAL” – China Wine & Spirits Awards 2014

COLHEITA / VINTAGE 2007 “MEDALHA DE PRATA”/ “SILVER MEDAL” – International Wine & Spirit Competition 2010

COLHEITA / VINTAGE 2006 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” - Concurso Internacional du Vin 2009

COLHEITA / VINTAGE 2005 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” - Concurso Mundial de Bruxelas 2008 CASTAS DE MONÇÃO

COLHEITA / VINTAGE 2010 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Concurso da Região dos Vinhos Verdes 2013 “MEDALHA DE BRONZE”/ “BRONZE MEDAL” – China Wine & Spirits Awards 2014

COLHEITA / VINTAGE 2009 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – Concurso da Região dos Vinhos Verdes 2012

COLHEITA / VINTAGE 2008 “MEDALHA DE PRATA” / “SILVER MEDAL” – International Wine & Spirit Competition 2011

COLHEITA / VINTAGE 2007 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” - Concurso C.V.R.V.V. Vinho Verde Engarrafado 2009

COLHEITA / VINTAGE 2006 “MEDALHA DE OURO” / “GOLD MEDAL” - Concurso da Região dos Vinhos Verdes 2008

Ver mais/Looking more: www.provam.com

PROVAM, LDA

LISTAGEM DE PRÉMIOS CONQUISTADOS

1 DE JANEIRO DE 2016 p.21

“A exportação dos Vinhos Verdes da PROVAM já representa os 30% mas queremos chegar aos 50%”

EMPRESAS & MERCADOS

João Marques director comercial deste agrupamento de produtores e o enólogo Abel Francisco Codesso

PU

B

(...) Estamos nos 30% e o objectivo para 2016 é chegar aos 40% e subir nos anos seguintes aos 45% ou mesmo 50% (...)

nha Antiga, Alvarinho fermentado e estagia-do em barrica de carvalho francês; Varanda do Conde, uma combinação de Alvarinho com Trajadura; e o PROVAM que é uma mis-tura das várias castas que vinificamos.AC- Temos o Côto de Mamoelas, espuman-te 100% Alvarinho com estágio de 36 me-ses em garrafa. Vamos lançar o grande Re-serva de 2012 agora pelo Natal. Produzimos também um espumante Alvarinho/Trajadura, o Castas de Monção, que conta com 24 me-ses de estágio em garrafa. Estes espumantes já contam com uma legião de fieis seguido-res e apreciadores.

Brevemente vamos lançar um novo vi-nho, o Contradição. Parte deste vinho foi vi-nificado recuperando as técnicas e os sabores do antigamente e parte foi vinificado recor-rendo às técnicas mais modernas. Penso que conseguimos um bom vinho , será um dos nossos ex-libris em 2016.

Vamos às vendas. Onde vendem os vinhos que a PROVAM produz, quer nos mercados nacionais quer internacionais?JM- Estamos em todo o mercado nacional, mas temos vindo a crescer no mercado inter-nacional. Candidatámo-nos a alguns proje-tos de internacionalização, os quais, nos tem ajudado a crescer. O Brasil é um dos nosso melhores mercados.

Na Europa estamos em Espanha, Fran-ça, Suíça,Holanda, Rússia, Noruega, Suécia, Polónia e República Checa. Na América esta-mos nos EUA, Canadá e Brasil. Na Ásia esta-mos na China e Macau. E já chegamos tam-bém à Austrália.

Quanto representa a exportação para a PROVAM?JM- Estamos nos 30% e o objectivo para 2016 é chegar aos 40% e subir nos anos se-guintes aos 45% ou mesmo 50%.AC- O objetivo é exportar o maior número de garrafas, para dependermos menos do mer-cado Nacional, uma vez que a cada dia que passa fica mais saturado. A região dos Vi-nhos verdes cresceu muito na qualidade dos seus vinhos, principalmente nos brancos, daí haver uma maior procura destes em todo o mundo.

Tem marcado presença no SISAB POR-TUGAL e o que nos podem referir sobre o evento.JM- Fomos vários anos em parceria com a Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes. Nos últimos três anos temos ido com stand próprio, vamos também estar presentes na edição de 2016.

Através do SISAB temos conseguido al-guns contactos, parte desses traduziram-se em negócio.

vinhos nasceram, evoluíram e ganharam a notoriedade nacional e internacional que co-nhecemos. Dado ser uma casta de baixas produções, o preço das uvas, tem que se re-fletir no preço final.

Com que marcas a PROVAM chega ao consumidor?JM- Portal do Fidalgo, 100% Alvarinho; Vi-

1 DE JANEIRO DE 2016p.22 EMPRESAS & MERCADOS

CASA SANTOS LIMA

A Casa Santos Lima está situada em Aldeia Galega da Merceana no concelho de Alenquer, a cerca de 45 km a norte de Lisboa, numa região onde a tradição vitivinícola é secular e onde as típicas paisagens ru-rais aparecem com enorme beleza. Trata-se de uma empresa familiar há já várias gerações, fundada por Joaquim Santos Lima, que no virar do século XIX era um grande produtor e exportador de vinhos. José Luís Santos Lima Oliveira da Silva deixou há 20 anos a sua bem-sucedida carreira na banca e sector fi-nanceiro e dedicou-se de corpo e alma à continuidade da tradição da família com notável sucesso. É pos-sível encontrar na Casa Santos Lima cerca de 50 diferentes variedades nacionais e internacionais e com Vinhas e Adegas no Algarve, Alentejo, Douro e Verdes.

“Um crescimento de cerca de 40%, só é possível com vinhos de qualidade a preço competitivo nos mais de 40 países para onde exportamos.”

O EMIGRANTE/MUNDO PORTUGUÊS visitou mais uma vez, uma empresa que re-gista crescimento e investimentos notáveis e, falou com o bisneto do fundador que recorda “o meu bisavô no final do Séc. XIX era já um grande produtor e exportador de vinho, com quintas em várias regiões do país, sobretu-do no Dão e aqui em Alenquer. Era natural de Santar e começou a exportar vinho para o Brasil na segunda metade do Século XIX onde foi bem-sucedido. Depois, fruto da ati-vidade que foi desenvolvendo foi comprando mais terras e começou a produzir o próprio vinho que exportava, daí estas quintas onde é a sede da Casa Santos Lima.

O investimento numa nova adega, cons-truída de raiz, na Quinta da Boavista, junto à casa da família e tão bem inserida na paisa-gem, numa arquitetura aliada às mais avan-çadas tecnologias, e a moderna linha de en-garrafamento, é um claro sinal que os Vinhos produzidos com a chancela “Santos Lima” mostram o seu crescimento.

Recordemos que foi em 1996 que José Luís Santos Lima Oliveira da Silva iniciou a comercialização dos primeiros vinhos engar-rafados – Quinta da Espiga, Quinta das Se-tencostas e Palha-Canas, que imediatamente tiveram grande sucesso nos mercados nacio-nal e internacional, tendo recebido inúme-

ros prémios e críticas favoráveis por parte da imprensa especializada. Hoje, refere que já não manda emoldurar os diplomas e prémios conquistados, dado o seu elevado número. A Casa Santos Lima é uma empresa que pro-duz actualmente vinhos em diversas regiões do País. Tem também uma garrafeira no cora-ção de Lisboa e oferece uma grande varieda-de de produtos e serviços. Estamos perante uma empresa moderna que cresceu cerca de 40% no volume de vendas em 2015.MP - Duas décadas sempre em crescimento! Quantos milhões de litros hoje a Casa San-tos Lima vinifica?José Luís Oliveira da Silva – Sempre em cres-cimento e vinificamos muitos litros de vinho. Hoje em dia, a Casa Santos Lima já não é só a Quinta da Boavista e as quintas que estão aqui próximas; não é só Alenquer!A Casa Santos Lima hoje em dia, alargou a oferta em Alenquer com mais vinhas que plantou, com mais vinho que vinifica e co-mercializa, mas sobretudo a Casa Santos Lima, alargou-se para outras regiões. Hoje temos vinhas no Algarve, na região de Tavira para produzir vinho regional do Algarve; te-mos uma parceria no Alentejo com um pro-dutor local e amigo de longa data, do qual estamos a produzir o vinho e a comercializar e, entrámos na região do Douro e dos Vinhos

Verdes através de aquisição total ou parcial-mente, de sociedades já existentes. Dispo-mos na nossa oferta global, ainda que nem sempre sobre a identidade Casa Santos Lima, (dado serem sociedades com a sua denomi-nação feita) que é Sociedade Agrícola Quin-ta de Porrais perto de Murça e a Casa de Vila Verde - Sociedade Agrícola Lda em Lousada e isso permitiu-nos poder responder a pedi-dos dos nossos clientes de vinhos de outras regiões e que, até à data íamos encaminhan-do para produtores dessas regiões.MP - Passou a ser um produtor global de vi-nhos portugueses?JLOS – Passámos a ter uma posição maior e entretanto entrámos na distribuição com aquisição de uma garrafeira, que nos permite um contacto mais direto com o cliente final. Portugal como sabem, não é o nosso princi-pal mercado de destino, não por opção mas porque assim aconteceu desde o início, mas o mercado nacional vai crescendo natural-mente em diversas frentes, quer em distri-buidoras regionais, grandes superfícies, pe-quenos e médios retalhistas.

Iremos de uma forma mais proactiva den-tro de poucas semanas entrar no Enoturismo, dado agora dispormos de excelentes condi-ções de receção para a promoção da região e de divulgação dos nossos vinhos. Com es-tas novas instalações passamos a poder ofe-recer essa mais-valia. Fruto do crescimento da Casa Santos Lima comprámos as instala-ções do ex-IVV no Carregado, comprámos as antigas instalações do IVV na Merceana e es-tamos a concretizar a aquisição das antigas instalações da Adega Cooperativa da Merce-ana adjacentes ao ex-IVV. Isso permite-nos um espaço adicional de vinificação, armaze-namento e estágio de vinhos que vai supor-tar o maior crescimento da Casa Santos Lima nos próximos anos.MP – “Mais de 90% da produção total é exportada para 30 países espalhados pelo mundo inteiro”, foi uma das suas afirmações numa das últimas entrevistas que concedeu ao nosso jornal. O forte continua a ser o mer-cado internacional?JLOS – Esses países continuam todos, mas hoje estamos perto dos cinquenta países. O crescimento é grande, cerca de 40%, fruto de uma enorme equipa constituída por cola-boradores que aliam competência, forte de-

dicação, larga experiência e um conhecimen-to aprofundado da realidade dos mercados para que exportamos. Aliás um dos pilares do crescimento da Casa Santos Lima tem sido a atitude, dinamismo e dedicação de toda a nossa equipa.MP - Não deixa de ser curioso as suas recen-tes apostas em termos de viticultura. Apos-tou no Algarve e na cidade de Lisboa em que, imagine-se junto à Rotunda do Relógio/Aeroporto vemos uma vinha plantada sobre a sua chancela.JLOS – A região do Algarve já foi muito co-nhecida no passado em termos vitivinícolas. Teve grandes adegas cooperativas (Lagoa--Tavira), porém outros valores se levantaram em termos do turismo e valorização dos ter-renos que desviaram a atenção do mundo rural. Hoje assiste-se a uma maior atenção para a agricultura, quer no campo das estu-fas (framboesas e frutos vermelhos) quer no campo do vinho em que se assiste a diversas plantações. É uma região que produz bons vi-nhos, quente e seca, mas com uma boa am-plitude térmica pelo que não há razão para não fazer bons vinhos no Algarve.

Aliás já obtivemos excelentes prémios com os vinhos do Algarve, incluindo duas

1 DE JANEIRO DE 2016 p.23EMPRESAS & MERCADOS

“Um crescimento de cerca de 40%, só é possível com vinhos de qualidade a preço competitivo nos mais de 40 países para onde exportamos.”

medalhas de ouro no “Austrian Wine Challen-ge 2015” e “Concurso de Vinho de Portugal 2015” para o nosso tinto “Al-Ria”.

A par disso a Casa Santos Lima vai inves-tir no medronho da Serra Algarvia, estando a promover uma plantação de medronheiro. MP - E o cultivo da vinha ajuda a amenizar e paisagem…JLOS – Sim, conseguem-se paisagens mara-vilhosas quer junto à costa quer junto ao sopé da montanha, e na região de Tavira temos vi-nhas muito bonitas e diferentes. Vai permitir enriquecer a oferta turística algarvia, e vamos incluir visitas à nossa adega e nossas vinhas, como um atractivo adicional na oferta turís-tica. Em relação a Lisboa, agora no regresso do Brasil e na aproximação à pista, sobrevoei a vinha que plantámos no âmbito de uma ex-celente parceria com a Câmara Municipal de Lisboa. É uma aposta numa diversificação da paisagem em Lisboa e que não há razão para não produzir bons vinhos!

Tem uma área de dois hectares junto à Avenida Marechal Gomes da Costa, logo a seguir à Rotunda do Relógio e resulta de um desafio conjunto nosso e da Câmara Munici-pal de Lisboa que tem feito um trabalho no-tável no âmbito do aproveitamento de ter-

renos camarários, com hortas urbanas e a vinha é uma nova cultura que nunca se ti-nha desenvolvido. De um vazadouro anárqui-co nasce uma nova paisagem. A ideia não é minha, é da Câmara Municipal de Lisboa e nós apenas, como maiores produtores da Re-gião, aceitámos este desafio com muito en-tusiasmo. A vinha vai poder ser visitada por turistas, pelos lisboetas, vai ser um novo es-paço e cartão-de-visita de Lisboa, dos que queiram aprender o ciclo da vinha. Não é a questão económica que levou a Casa Santos Lima a aceitar o desafio.MP - Fora disso vinifica as uvas da produção do Instituto de Agronomia na Ajuda?JLOS – Foi o segundo ano que o fizemos e correu muito bem. Lançámos um vinho dessa produção “Experiências” um vinho premiado e que entretanto já é comercializado em Por-tugal e no estrangeiro.MP - E como se vai chamar o vinho pro-duzido nesta freguesia lisboeta de Marvila?JLOS – Já pensei no nome mas não o quero ainda divulgar. A seu tempo… MP - A Casa Santos Lima nas referências internacionais e falamos da revista america-na do mundo dos vinhos Wine Spectator e das melhores “wineries for value”, além de referir que é o maior produtor de “Vinho Re-gional Lisboa” e DOC Alenquer e o produ-tor mais premiado nos concursos internacio-nais, que, considera ainda a adega do país com melhor desempenho no que diz respei-to à relação qualidade/preço!JLOS – Foi sempre a nossa aposta. A mi-nha vida profissional antes dos vinhos foi na área financeira incluindo a banca, quer em Portugal, França e Londres e acabei por se-guir as pisadas do meu bisavô, que era um dos grandes produtores deste país. Se lhe dissesse que há 20 anos projetei estar no patamar em que estamos no setor vitiviní-cola, estaria a mentir. As oportunidades fo-ram surgindo. Continuamos a ser dominantes nos mercados da Escandinávia, onde somos, destacadamente, o maior produtor nacional e a crescer todos os anos! Acaba por ser recon-fortante, que a nossa qualidade seja reconhe-cida, porque nesses mercados de monopólio,

é preciso efetivamente ter qualidade, é pre-ciso ter preço, é preciso ter reconhecimento por parte do público consumidor. O número de referências disponíveis é imenso, são mi-lhares de vinhos e marcas com quem concor-remos, as opções são múltiplas e sobreviver nesse contexto competitivo, é a melhor pro-va que podemos ter, em que estamos a se-guir um dos caminhos certos, porque não há um caminho certo.

Temos também uma presença forte e em crescimento em mercados tão diversos como a Angola, Brasil, China e Austrália, Japão, Polónia, Irlanda, Cabo Verde e Moçambique. Adicionalmente também nos orgulhamos de ter presença em países com pouca tradição de consumo de vinhos, como a Coreia do Sul, Tailândia, Malásia ou Singapura. A qua-lidade/preço foi o princípio que sempre nos orientou e no âmbito da atividade do engar-rafamento de vinho de qualidade, a empre-sa desenvolveu uma estratégia multi-marca, privilegiando produtos de excelente relação qualidade/preço, frequentemente reconheci-dos pela imprensa com a atribuição de refe-rências “Best Buy”.

A Casa Santos Lima apresenta também, uma estratégia de grande flexibilidade e aten-ção às necessidades do cliente, quer através de uma resposta rápida aos seus requisitos, quer antecipando tendências de mercado. Temos no entanto a nível internacional um imenso potencial e um longo caminho a “des-bravar” e percorrer. Há que ir por fases e não partilho de opiniões que certos organismos suportam que – “temos que apostar sobre-tudo em vinhos caros” - mas sim apontar às exigências da maioria dos clientes. Os vinhos mais caros vêm por acréscimo. Este ano cres-cer cerca de 40%, só é possível com vinhos de qualidade a um preço competitivo e que deixem margem para reinvestir, plantar mais vinhas e financiar a estratégia do crescimen-to da empresa. Esse devia ser o foco principal dos vinhos portugueses, porque há condições para produzir vinhos com preços atractivos para o consumidor e compensadores para os produtores.

Portugal continua a ter pouca visibilidade

lá fora e por vezes, o mais difícil é levar os clientes a provar os vinhos portugueses. Esse é o trabalho! Ainda hoje, acontece com fre-quência, em feiras de vinhos no estrangeiro darmos à prova vinhos a pessoas que estão naquele preciso momento a provar vinho por-tuguês pela primeira vez. Quem prova pela primeira vez surpreende-se quase sempre pela qualidade e, quando questiona o preço surpreende-se novamente de forma positiva.

É nessa estratégia que temos apostado!Por exemplo nós exportamos muito vinho

para a Austrália e, numa das últimas provas em que estava presente e, em que muitos nunca ti-nham provado vinho português; reparando no preço e distância de onde era exportado, ficam admirados. É importante que o preço do vinho nos mercados internacionais cresça, mas mais importante é vender os vinhos.

Competimos num mundo global não nos podemos esquecer! Aliás falando na Austrália, deixe-me referir que há cerca de 2 anos o nosso vinho tinto “Bons-Ventos” foi considerado com o “Melhor Vinho Importado” do país.

E este ano o tinto “LAB” foi considerado um dos 100 melhores vinhos do “Sydney Interna-tional Wine Competition” recebendo, ainda, o prémio especial de melhor vinho feito a par-tir de variedade de uvas menos comuns (“The Ted Radke Perpetual Trophy for Best Table Wine made from a Lesser Recognised Grape Varie-ty“). Cerca de 30% dos nossos vinhos são co-mercializados em “bag in box” (BIB). Deixe que refira que o “bag in box” foi um dos produtos em que fomos pioneiros em Portugal e quan-do começámos a exportar BIB para a Norue-ga (onde mais de 50% do consumo de vinho é em BIB), fomos dos primeiros produtores de vi-nho portugueses a ser exportador neste tipo de embalagem. Este produto foi vital para o nos-so crescimento nos mercados nórdicos, onde 50% a 60% do consumo dos vinhos é em BIB. MP - Casa Santos Lima sempre uma presen-ça assídua no SISAB PORTUGAL?JLOS – O evento é muito bem organizado e muito profissional e temos garantido a pre-sença da Casa Santos Lima nas várias edi-ções que se têm realizado, sempre com mui-to sucesso. AF

José Luís Santos Lima Oliveira da Silva

(...) Este ano crescer cerca de 40%, só é possível com vinhos de qualidade a um preço competitivo e que deixem margem para reinvestir, plantar mais vinhas e financiar a estratégia do crescimento da empresa. Esse devia ser o foco principal dos vinhos portugueses, porque há condições para produzir vinhos com preços atractivos para o consumidor e compensadores para os produtores. (...)

1 DE JANEIRO DE 2016p.24 EMPRESAS & MERCADOS

GRAÇA OLIVEIRA AMORIM| ADMINISTRADORA DA CEREALIS

“Grupo português líder nas massas e farinhas com dimensão internacional e 96 anos a crescer”

Graça Oliveira Amorim

A Cerealis é um dos maiores grupos portugueses vocacionados para a atividade industrial e comercial do setor agroalimentar, com forte presença em Portugal e em grande dinamização internacional. Focalizado em produtos derivados da transformação de cereais, é líder nas massas alimentícias e farinhas indus-triais, complementando a sua gama com bolachas, cereais de pequeno-almoço e farinhas culinárias. A Cerealis é detentora das marcas Nacional, Milaneza, Harmonia e Concordia, emprega 675 colaboradores, e transforma anualmente mais de 380 mil toneladas de cereais nos 5 centros de produção em Portugal.

Com mais de três mil clientes em cartei-ra, os seus mais de 160 produtos produzi-dos (de diferentes famílias de produto) são hoje comercializados nos cinco continentes.

Estamos perante um dos principais fabri-cantes de massas da Península Ibérica que em 2014 teve uma faturação de 200 mi-lhões de euros e que exportou mais de 25% do volume de negócios dos produtos de gran-de consumo.UMA DAS SEMOLARIAS MAIS MODERNAS

A Cerealis tem cinco centros de produ-ção em Portugal – Maia, Lisboa, Trofa, Por-to e Coimbra, com capacidade para produ-zir diariamente 1.200 toneladas de farinhas, 450 toneladas de massa, 86 toneladas de Cereais de pequeno almoço e 25 toneladas de bolachas. A CEREALIS NA VANGUARDA INDUSTRIAL

Como Grupo de referência no setor, a ce-realis vive hoje numa verdadeira ‘vanguarda industrial’, resultado de um ciclo de investi-mentos iniciado após aquisição da Nacional em 1999, superior a 150 milhões de eu-ros. O objetivo foi posicionar todas as suas unidades industriais no mais elevado padrão tecnológico e de modernidade e segundo os mais rigorosos sistemas de gestão de quali-dade e certificação, incorporado num plano

que incluiu um processo de racionalização dos centros produtivos, concentrando produ-ções e especializando-os. Este parque tecno-lógico de excelência está relacionado não só com a maior capacidade produtiva, mas so-bretudo com a inovação como modelo chave para surpreender o consumidor. Os números falam por si e entrevistámos Graça Oliveira Amorim, administradora deste grupo portu-guês, em Águas Santas na Maia, empresa que todos conhecem e onde desde 1919 ano da fundação da Amorim, Lage – gerações de famílias aqui trabalharam e trabalham.

MP - Estamos perante uma das maiores em-presas do sector da Península Ibérica como os números que falam por siGraça Amorim – A CEREALIS é o maior grupo em agro-alimentar no processamento de ce-reais. Dentro da sua actividade tem duas áre-as distintas a CEREALIS – Produtos alimenta-res, que processa os cereais e dá origem aos produtos de grande consumo (as massas, ce-reais de pequeno almoço, bolachas e farinhas culinárias) e, a CEREALIS – moagem, que está vocacionada para a panificação e pas-telarias. Mas a base de tudo são os cereais daí a nosso nome CEREALIS. Entre 2010 e 2013 o grupo investiu na construção da nova moagem em Lisboa. Uma nova moagem de Trigo Mole (720 Toneladas/24H), sendo hoje uma das mais modernas moagens da Euro-pa e a maior da Península Ibérica inaugurada oficialmente em Março de 2013.

MP- A internacionalização é claramente ou-tra das apostas do Grupo. E pelos números que apresentam tem aumentado em mui-to as exportações do Grupo, atendendo que estão a concorrer num competitivo mercado internacional. Falemos da exportaçãoGA - Exportamos 25% do nosso negócio de produtos de grande consumo e estamos em 42 países. Espanha e os Palops (onde Ango-la representa mais de 60%) são os principais mercados externos. Em termos de interna-cionalização, o Grupo conta ainda com uma participação numa empresa de massas na República Checa. A aquisição de uma par-ticipação de 33% no capital social da Euro-pasta, líder no setor de massas alimentícias

na República Checa, enquadra-se na estra-tégia de crescimento do Grupo Cerealis in-ternacionalmente. Com esta operação o Gru-po Cerealis materializou a sua estratégia de crescimento, com a expansão do negócio nos mercados do Centro da Europa. Na área da exportação, a Cerealis é fornece-dora das principais cadeias de distribuição mundiais e está presente nos 5 continentes em mais de 42 países. Em 2014, a exportação continuou a crescer, tendo representado mais de 25% do volume de negócios dos produtos de grande consu-mo de todos os produtos que são produzidos e expedidos a partir de Portugal. Presentes ainda na áfrica francófona, países europeus francófonos, Cuba, Singapura e Emirados Árabes.

MP- E qual é o produto que mais venda tem ou que contribui para o volume das exportações?GA – São as massas e as farinhas indus-triais. No entanto os cereais de pequeno al-moço tem um enorme potencial, dado o cara-ter inovador que incorporam, permitindo-nos entrar em novos mercados. Embora esteja-mos a competir com grandes marcas multi-nacionais, temos uma oferta de qualidade, vasta e muito interessante. A Cerealis tem um departamento de I&D ( inovação e desen-volvimento) e, mesmo nas massas alimen-tícias que é um produto tão básico, temos vindo a conseguir inovar. Por ano as mar-cas Milaneza e Nacional têm vindo a lançar produtos novos e inovadores. Entre muitas outras temos massas com sabores (sabores 100% naturais), massas com betaglucano, uma gama recente para crianças, o Milane-za Kids, enriquecida com vitamina D e vege-tais. Felizmente temos vindo a ser reconhe-cidos por associações importantes como a Associação Portuguesa dos Nutricionistas, e premiados pelos “Nutrition Awards” nos úl-timos dois anos. Assumimos uma preocu-pação na nossa oferta em inovar, mas não é um inovar por inovar. Queremos ter produ-tos que sejam atractivos com uma dinâmica que faça com que a marca seja reconhecida pelo consumidor e estamos atentos não só às tendências mas às necessidades do con-

sumidor a nível nutricional. Arrancamos este novo século, iniciando um importante ciclo de investimentos, que demonstram a aposta na tecnologia, inovação e dimensão do Gru-po que, entre outros, envolveu os seguintes centros de produção: Entre 2000 e 2004 – Nova fábrica de mas-sas na Maia e ampliação da fábrica de Ce-reais de Pequeno-Almoço na Trofa, com um novo centro logístico automatizado e uma nova linha de cereais extrudidos que a tor-nam numa das mais recentes fábricas de ce-reais de pequeno-almoço. Entre 2005 e 2009 – Nova semolaria na Maia (420 Toneladas/24H) uma das mais modernas do mundo, que integra totalmente todo o processo produtivo de massas, des-de a receção da matéria-prima (trigo duro) até ao produto final. Renovação de linhas de produção na Maia. Novo armazém na Trofa e reestruturação da ‘supply chain’ do Grupo.

(...) Exportamos 25% do nosso negócio de produtos de grande consumo e estamos em 42 países. Espanha e os Palops (onde Angola representa mais de 60%) são os principais mercados externos. (...)

1 DE JANEIRO DE 2016 p.25

“Grupo português líder nas massas e farinhas com dimensão internacional e 96 anos a crescer”

EMPRESAS & MERCADOS

Graça Oliveira Amorim

2010-2013 – Construção da nova moagem em Lisboa. Uma nova moagem de Trigo Mole (720 Toneladas/24H), sendo hoje uma das mais modernas moagens da Europa (inaugu-rada oficialmente em Março de 2013 com a presença de sua Excelência Senhor Presiden-te da Republica Portuguesa). Nova amplia-ção da fábrica de Cereais Pequeno-Almoço na Trofa, novas linhas de produção e emba-lamento nas fábricas de massas na Maia e renovação da fábrica de bolachas também na Maia.

MP- Tem marcas muito fortes como a Mila-neza, a Nacional…GA- São um dos nossos maiores ativos. A Milaneza é líder no mercado das massas em Portugal, existindo desde 1919. Para além da forte presença nas massas seca, a marca tem uma gama de massas frescas, estando ainda

presente no mercado das refeições congela-das à base de massa. É conhecida por 92% dos portugueses. Tem uma imagem de qua-lidade e confiança, sendo uma marca forte com uma alargada gama de produtos. Vai de encontro ao estilo de vida atual, é simples, jovem e prática, e muito querida pelos seus consumidores.

A Nacional é uma marca com um valioso património histórico, presente há 166 anos no mercado, tendo acompanhado a evolução dos estilos de vida e hábitos de consumo dos Portugueses. É uma marca presente em qua-tro categorias – massas secas, farinhas, cere-ais de pequeno-almoço e bolachas. Próxima do consumidor, acessível e para toda a famí-lia. Tem uma imagem única e diferenciadora apoiada no reconhecido “claim” – “O que é Nacional é bom”.

Temos ainda a Harmonia, que ao longo dos seus 125 anos tem vindo a procurar for-talecer a sua notoriedade no fabrico e comer-cialização de todos os tipos de farinhas de tri-go para usos industriais.

Um reconhecimento alcançado pela pro-cura constante de elevados níveis de quali-dade no desenvolvimento dos seus produtos, através de procedimentos que asseguram o controlo e seleção das melhores matérias-pri-mas que entram nos processos produtivos e que garantem a satisfação total das necessi-dades dos seus clientes. Uma aposta ganha, que faz com que a marca supere novos de-safios, permitindo desenvolver cada vez mais e melhores produtos. A nível de exportação expedimos contentores mistos com todo o tipo de produtos e os portugueses que estão no estrangeiro, procuram as nossas farinhas e os nossos produtos.

MP- Há uma apetência dos portugueses que laboram a industria da panificação e paste-laria pelos produtos da CEREALIS? GA – A Cerealis tem vindo a ser reconhecida como um parceiro importante de confiança no fornecimento das farinhas para a indús-tria. A confiança na qualidade da farinha é algo essencial para os Padeiros ou Técnicos que laboram no sector da panificação e pas-telaria. Fruto do enorme investimento do Gru-po nesta área, conseguimos oferecer farinhas que apresentam um comportamento estável, fator muito importante. Para além disso, pre-ocupamo-nos com a rentabilidade e produ-tividade da farinha no processo industrial do nosso cliente.

A cultura da Cerealis tem por base o prin-cípio de fazer bem. Por isso temos vindo a investir ao longo destes anos na moderniza-ção tecnológica, procurando sempre produ-zir melhor que se fabrica a nível mundial. Desde logo adquirindo a melhor matéria pri-ma, processando-a com a maior qualidade

nos nossos centros produtivos e garantindo o controlo total de todo o processo. É muito importante dominar a arte do fabrico dado serem produtos muito transparentes.

O crescimento do Grupo ao longo dos anos tem sido fomentado pela sua capaci-dade de dar resposta aos constantes desa-fios do setor. Essas respostas têm contribuí-do para que o Grupo seja hoje uma referência a nível nacional e internacional.

MP- E sendo a inovação e o lançamento de produtos uma constante, o que nos espera o próximo ano?GA- 2016 vai ser um ano muito interessan-te para as nossas duas marcas, no entanto, devo destacar a marca NACIONAL. Estamos a finalizar um processo profundo de renova-ção da marca a vários níveis, incluindo o lan-çamento de novos produtos. Vai ser um ano muito interessante para reforçarmos a nossa promessa - “que é Nacional é bom”.

MP- As presenças no SISAB PORTUGAL são constantes e em todas as edições. O even-to tem indo ao encontro dos vossos anseios?GA - Estamos no SISAB PORTUGAL desde a 2ª edição que decorreu no Hotel Solverde em Espinho e isso é revelador da nossa aposta. O SISAB PORTUGAL tem evoluído muito e, o facto de estar no Pavilhão Atlântico acrescen-ta valor. Em 2016 iremos uma vez mais estar presentes acompanhando assim os nossos clientes habituais e, procurando novos poten-ciais clientes. É fundamental continuarmos a ter capacidade de captarmos novos clientes.

O SISAB PORTUGAL cumpre o seu pa-pel cá dentro, ou seja em Portugal mas, nas feiras internacionais temos instituições que têm cumprido um papel positivo na divulga-ção e promoção.

Acreditamos na qualidade dos nossos produtos e do nosso trabalho. Só desta for-ma poderemos encarar a exportação com oti-mismos e como uma área com potencial de crescimento.