lírica camoniana
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MoteDe que me serve fugir de morte, dor e perigo, se me eu levo comigo?
VoltasTenho-me persuadido,por razão conveniente,que não posso ser contente,pois que pude ser nacido.Anda sempre tão unidoo meu tormento comigoque eu mesmo sou meu perigo.
E se de mi me livrasse,nenhum gosto me seria;que, não sendo eu, não teriamal que esse bem me tirasse.Força é logo que assi passe:ou com desgosto comigo,ou sem gosto e sem perigo.
Trabalho realizado por Catarina Oliveira nº4 e Ana filipa Alves nº5 10ºH.
Estrutura externa (esquema rimático e rimas)
MoteDe que me serve fugir Ade morte, dor e perigo, Bse me eu levo comigo? B
VoltasTenho-me persuadido, c por razão conveniente, dque não posso ser contente, dpois que pude ser nacido. cAnda sempre tão unido co meu tormento comigo bque eu mesmo sou meu perigo. b
E se de mi me livrasse, enenhum gosto me seria; fque, não sendo eu, não teria f mal que esse bem me tirasse. eForça é logo que assi passe: eou com desgosto comigo, bou sem gosto e sem perigo. b
Rima emparelhada
Rima interpolada
Perigo/comigo: rima ricaPersuadido/nacido: rima pobreConveniente/contente: rima pobreNacido/unido: rima pobreLivrasse/tirasse: rima pobreTirasse/passe: rima pobre
Recursos estilísticosMoteDe que me serve fugir de morte, dor e perigo, se me eu levo comigo?
VoltasTenho-me persuadido,por razão conveniente,que não posso ser contente,pois que pude ser nacido.Anda sempre tão unidoo meu tormento comigoque eu mesmo sou meu perigo.
E se de mi me livrasse,nenhum gosto me seria;que, não sendo eu, não teriamal que esse bem me tirasse.Força é logo que assi passe:ou com desgosto comigo,ou sem gosto e sem perigo.
Interrogação retórica
Enumeração
Trocadilho
Anástrofe