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LINGUAGEM CONTEMPORÂNEA

ENSINO FUNDAMENTAL 3º AO 5º ANO

FASCÍCULO I

ELABORADORES

Ana Moraes Rosa Bernadete de Andrade Sotero

COLABORADORES

Jailson Silva de Oliveira Adailton Brandão de Melo

Júlia Luisa de Andrade Sotero

2019

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SUGESTÕES DE

SEQUÊNCIAS DE

ATIVIDADES

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1- UM POUCO DO NOSSO CURRÍCULO

No Currículo de Pernambuco, os gêneros textuais são considerados objetos

de ensino-aprendizagem, não havendo gêneros fixados para serem trabalhados em

determinado ano. Um mesmo gênero poderá ser trabalhado em diversos anos.

Assim, o que vai ser considerado e o que está em jogo é a complexidade de sua

abordagem a cada ano. Outro ponto a considerar é a função social desse ”artefato”,

que perpassa pela consciência de gênero do professor. O mesmo precisa conhecer

minimamente as funções, os valores e o papel social dos gêneros com os quais se

propõe a trabalhar.

É também um ponto alto do Currículo o trabalho com as Práticas de

Linguagem que se integram e são indissociáveis nesse documento. Assim, na

atividade proposta, as práticas de leitura encontram aporte nas práticas de

oralidade, produção textual e análise linguística/semiótica que, por sua vez,

relacionam-se com os campos de atuação, que são as áreas de uso da linguagem

na vida do aluno.

Outro diferencial desse documento é a presença robusta do letramento digital

que possibilita trazer para o espaço da sala de aula - através dos gêneros digitais -

a cultura juvenil e suas múltiplas formas de linguagem que, por vezes, estão

presentes em um único texto: verbal escrita, verbal oral, sonora, não verbal, visual

etc.

O TRABALHO COM CONJUNTO DE GÊNERO COM FOCO NA

PRODUÇÃO TEXTUAL DO GÊNERO RELATO

AUTOBIOGRÁFICO

Professor/a, as atividades propostas nesse caderno de

Orientação Didático metodológica de língua portuguesa

podem ser vivenciadas em espaço de sala de aula,

possibilitando articulação com outros materiais didáticos. As

atividades aqui propostas estão em consonância com o

Currículo de Pernambuco do Componente de Língua

Portuguesa. Neste fascículo, as atividades são apresentadas

numa sequência didático-metodológica, organizadas por

práticas de linguagem, campo de atuação, objeto de

conhecimento, conteúdos e habilidades. Destacamos, mais

uma vez, que as atividades sugeridas podem e devem ser

alteradas, visando aos objetivos pretendidos, levando em

consideração a realidade da turma, o nível de alfabetização e

a abordagem de cada professor/a nos mais distintos

contextos de sala de aula.

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2- O QUE NOS MOTIVA A TRABALHAR COM CONJUNTO DE GÊNERO COMO FOCO NA PRODUÇÃO TEXTUAL DO GÊNERO RELATO AUTOBIOGRÁFICO?

Trataremos na sequência abaixo da produção do gênero relato autobiográfico

para os 3º, 4º e 5º anos do ensino fundamental a partir do trabalho com um conjunto

de gêneros com características afins. A escolha se deu pelo fato de que nessa fase

há uma necessidade dos estudantes se conhecerem, falarem de si, seus medos,

suas alegrias, sua identidade, entre outras questões. Levamos em conta também

que, desde muito cedo, os estudantes são capazes de contar o que acontece com

eles ou sobre algo que aprenderam. Apesar do evento deflagrador do gênero (fatos

mais ou menos imediatos considerados relevantes) ser uma provocação do

professor, o que leva a uma didatização do gênero, a atividade oportuniza uma

condição de produção real, explorando a função social do gênero na sua essência.

O gênero proporciona oportunidade do trabalho com todas as práticas de

forma sistematizada e com todos os campos de atuação. Para isso, consideramos

uma orientação didático-metodológica que, partindo de situações corriqueiras de

produção, contemple a prática da leitura, passando pelo oral e pela escrita,

ampliando-se ao longo dos anos de escolaridade na medida em que se tornam

mais complexos a linguagem, o léxico e o tema em destaque. Consideramos,

nessa sequência, que um gênero não surge isolado de outros, o que se dá - na

prática - são conjuntos de gêneros que dialogam, complementam-se, possuem

traços comuns e distanciam-se a partir dos seus propósitos comunicativos

(finalidades para as quais os textos de um mesmo gênero são recorrentemente

utilizados).

Desta forma, estamos trazendo para a nossa sequência de atividades os

gêneros (biografia, autobiografia, fotografia, autorretrato, selfie), utilizando o gênero

livro e playlist de vídeos como instrumento de divulgação do gênero relato

autobiográfico. Consideramos também nesse trabalho a possibilidade de trazer

para sala de aula uma linguagem contemporânea, numa perspectiva do

multiletramento, da multimodalidade e da multissemiose.

3- O QUE A SEQUÊNCIA DE ATIVIDADE PROPÕE AO PROFESSOR

A sequência de atividade a seguir apresenta-se como sugestão para o

trabalho com a produção do gênero relato autobiográfico. Não temos a pretensão

aqui de considerar esgotadas outras formas de atividades. Esta é uma

possibilidade - entre tantas outras - e está aberta ao professor refletir, ampliar,

experimentar. Tentamos de alguma forma contribuir para a prática docente de

nossos colegas na perspectiva de buscar caminhos, traçar rumos e melhorar o

processo de ensino-aprendizagem.

Para tanto, sugerimos o trabalho com a produção do gênero relato

autobiográfico, gênero presente no cotidiano escolar nos momentos em que os

estudantes falam de si, das suas experiências e, por vezes, não encontram um

espaço tão aberto à escuta dessas vivências. Ao enfocar o trabalho com o gênero

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proposto, buscamos trazer exemplares de outros gêneros que dialogam com a

autobiografia para que assim os estudantes, com ajuda do professor, pudessem

manusear, observar semelhanças, diferenças, linguagens utilizadas,

funcionalidade, propósitos comunicativos, marcas linguísticas, para quem o texto

se destina e quem fala no texto. Assim, apresentamos uma sequência de atividades

que articula a Prática de Leitura, Oralidade, Produção de Texto e Análise

Linguística/Semiótica, envolvendo todos os campos de atuação (vida cotidiana,

vida pública, estudo e pesquisa, artístico-literário). Essas atividades podem

contribuir para que você, professor:

Proporcione momento de leitura;

Aproxime a linguagem contemporânea, comum aos

estudantes, ao espaço de sala de aula;

Proporcione à turma uma experiência de produção

de texto articulando leitura, oralidade e escrita;

Possibilite à criança o manuseio com diversos

gêneros textuais;

Medeie a relação da criança com a estrutura do

gênero em foco, seu conteúdo, em comparação

com outros gêneros que se relacionam;

Desenvolva o gênero em situação real de uso;

Proporcione à turma momentos de planejamentos

da oralidade, da escrita e momentos de escuta

atenta;

Trabalhe com os gêneros digitais;

Proporcione para sua turma momentos de

retextualização do gênero, passando da

modalidade oral para a escrita;

Produza textos escritos;

Trabalhe com a revisão textual;

Proponha a produção de vídeos e de edição de

playlist dos vídeos produzidos e exposição dos

trabalhos realizados em ferramentas digitais;

Explore habilidades propostas pelo Currículo de

Pernambuco.

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Prática de Linguagem

Campo de Atuação

Objeto de conhecimento

Conteúdo Habilidades

Leitura/escuta (compartilhada e

autônoma)

Todos os campos de

atuação

Reconstrução das condições de produção e recepção de

textos

Função social e comunicativa dos

textos

(EF15LP01PE) Identificar a função social de textos que circulam no cotidiano, nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam e que gêneros possuem funções sociais relacionadas aos campos de atuação nos quais circulam.

Leitura/escuta (compartilhada e

autônoma)

Todos os campos de

atuação

Estratégia de leitura

Expectativas e pressuposições

antecipadoras de sentido no texto

(EF15LP02PE) Estabelecer expectativas em relação ao texto que vai ler (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da função social do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre as condições de produção e recepção desse texto, o gênero, o suporte e o universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos, checando a adequação das hipóteses realizadas.

Leitura/escuta (compartilhada e

autônoma)

Todos os campos de

atuação

Estratégia de leitura

Informações explícitas

(EF15LP03PE) Localizar informações explícitas em diferentes gêneros lidos, ouvidos e/ou sinalizados.

Leitura/escuta (compartilhada e

autônoma)

Todos os campos de

atuação

Estratégia de leitura

Efeito de sentido

de recurso expressivo e

gráfico

(EF15LP04PE) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos e gráficos visuais (letra capitular, negrito, itálico, som em movimento, cores e imagens etc.), em textos multissemióticos e multimodais.

Leitura/escuta (compartilhada e

autônoma)

Todos os campos de

atuação

Estratégia de leitura

Informações implícitas

(EF35LP04PE) Inferir informações implícitas em textos lidos, ouvidos e/ou sinalizados.

Leitura/escuta (compartilhada e

autônoma)

Todos os campos de

atuação

Estratégia de leitura

Inferência (EF35LP05PE) Inferir o sentido de palavras ou expressões em textos com base no contexto de uso.

Oralidade Todos os

campos de atuação

Escuta atenta Escuta atenta com interação

(EF15LP10PE) Escutar/visualizar, com atenção, falas de professores e colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e solicitando esclarecimentos sempre que necessário.

Oralidade Todos os campos

de atuação

Características da conversação espontânea

Conversação espontânea

(EF15LP11PE) Reconhecer características da conversação espontânea presencial, respeitando os turnos de fala, selecionando e utilizando, durante a conversação, formas adequadas de tratamento de

ORGANIZADOR COM PRÁTICAS, CAMPOS DE ATUAÇÃO, OBJETOS

DE CONHECIMENTOS, CONTEÚDOS E HABILIDADES UTILIZADAS

NAS SEQUÊNCIAS DE ATIVIDADES PROPOSTAS.

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acordo com a situação e a posição do interlocutor.

Oralidade Todos os

campos de atuação

Aspectos não linguísticos

(paralinguísticos) no ato da fala

Aspectos não linguísticos no ato

de fala

(EF15LP12PE) Atribuir significado a aspectos não linguísticos (paralinguísticos) observados na fala, como direção do olhar, riso, gestos, movimentos da cabeça (de concordância ou discordância), expressão corporal, tom de voz, em situação comunicativa

Oralidade Todos os

campos de atuação

Relato oral/Registro

formal e informal

Finalidades da interação oral

(EF15LP13PE) Identificar finalidades da interação oral em diferentes contextos comunicativos (solicitar informações, apresentar opiniões, informar, relatar experiências etc.).

Oralidade Todos os

campos de atuação

Forma de composição de gêneros orais

Planejamento e produção de gêneros orais

(EF35LP10PE) Identificar, planejar e produzir gêneros textuais orais utilizados em diferentes situações e contextos comunicativos e suas características linguístico-expressivas e composicionais (conversação espontânea, debate, seminários, aulas expositivas, conversação telefônica, entrevistas pessoais, entrevistas no rádio ou na TV, noticiário de rádio e TV, narração de jogos esportivos no rádio e TV, aula, debate etc.).

Oralidade

Campo das práticas de estudo e pesquisa

Escuta de textos orais

Escuta atenta/respeitosa

e interativa

(EF35LP18PE) Escutar, com atenção e respeito, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes a temas sociais locais/regionais/nacionais relevantes e solicitando esclarecimentos sempre que necessário, visando à construção de sentidos a partir de textos orais.

Oralidade

Campo das práticas de estudo e pesquisa

Planejamento de texto oral

Exposição oral

Exposição de trabalhos e pesquisa

(EF35LP20PE) Expor oralmente trabalhos ou pesquisas escolares em sala de aula, atentando para as especificidades desses gêneros, com apoio de recursos multissemióticos (imagens, diagrama, tabelas etc.), orientando-se por roteiro escrito, planejando o tempo de fala e adequando a linguagem à situação comunicativa.

Oralidade

Campo artístico-literário

Contagem de histórias

Reconto de gêneros literários

(EF15LP19PE) Recontar oralmente, com e sem apoio de imagem, textos literários, nacionais e regionais lidos ou sinalizados pelo professor ou pelo próprio estudante.

Produção de textos (escrita

compartilhada e autônoma)

Todos os campos de

atuação

Planejamento de texto

Planejamento/ produção/reescrita

textual/situação comunicativa

(EF15LP05PE) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa:(os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular; o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema), pesquisando em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas

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Produção de textos (escrita

compartilhada e autônoma)

Todos os campos de

atuação Revisão de textos

Releitura/revisão/ reescrita textual

(EF15LP06PE) Reler e revisar o texto produzido, individualmente ou com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para ajustá-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação, visando aos efeitos de sentido pretendidos.

Produção de textos (escrita

compartilhada e autônoma)

Todos os campos de

atuação Edição de textos Edição de texto

(EF15LP07PE) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.

Produção de textos (escrita

compartilhada e autônoma)

Todos os campos de

atuação

Construção do sistema alfabético/ Estabelecimento de relações anafóricas na referenciação e

construção da coesão

Recurso de referenciação/

coesão/articuladores de sentido

(EF35LP08PE) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade, que contribuem para a construção de sentidos dos textos.

Produção de textos (escrita

compartilhada e autônoma)

Todos os campos de

atuação

Planejamento de texto/Progressão

temática e paragrafação

Planejamento de texto/Progressão

temática e paragrafação

(EF35LP09PE) Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos, atentando para pertinência temática, progressão, segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

Análise Linguística/ Semiótica

(ortografização)

Todos os campos de

atuação Morfologia

Identificação /uso dos pronomes em

situação de produção textual

(EF35LP14PE) Identificar em textos e usar na produção textual pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, como recurso coesivo anafórico, visando à construção de sentidos dos textos lidos e escritos.

Análise linguística/ semiótica

(Ortografização)

Todos os campos de

atuação

Construção do sistema alfabético e

da ortografia

Reflexão sobre a escrita/

correspondência fonema-grafema

(EF04LP01PE) Ler e grafar palavras, refletindo sobre a escrita, utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares diretas e contextuais, em atividades de produção textual.

Análise linguística/ semiótica

(Ortografização)

Todos os campos de

atuação

Construção do sistema alfabético e

da ortografia

Grafia de correspondências

regulares contextuais e

morfológicas e correspondências

irregulares

(EF05LP01PE) Grafar palavras utilizando regras de correspondência fonema-grafema regulares contextuais, e morfológicas e palavras de uso frequente com correspondências irregulares em atividades de análise e reflexão na produção de diferentes gêneros.

Análise linguística/ semiótica

(Ortografização)

Campo do estudo e da

pesquisa

Forma de composição dos

textos

Adequação do texto às normas de escrita

Padronização de textos científicos

(EF05LP26PE) Utilizar, ao produzir textos, conhecimentos linguísticos e gramaticais: regras sintáticas de concordância nominal e verbal, bem como convenções de escrita de citações, pontuação (ponto final, dois-pontos, vírgulas em enumerações) e regras ortográficas, refletindo sobre o uso.

Análise linguística/ semiótica

(Ortografização)

Campo do Estudo e da

pesquisa

Forma de composição dos

textos Coesão e

articuladores

Recursos de coesão

pronominal e suas relações de

sentido

(EF05LP27PE) Utilizar, ao produzir o texto, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação) com nível adequado de informatividade.

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1º etapa – Descobrindo nomes

Para iniciar o trabalho propomos ao professor realizar uma dinâmica, na qual

utilizaria as primeiras letras dos nomes dos estudantes, assim cimi sugere a capa

do livro que será lido “Elê...o quê?”. Os estudantes deverão, com ajuda do

professor/a, produzir placas, como o exemplo que segue:

Observe que uma sequência didática é capaz de abarcar

habilidades de todas as práticas de linguagem referentes a

determinados campos de atuação (geralmente atrelados à

esfera discursiva onde os gêneros circulam), objetos de

ensinos diferentes e diversas habilidades. O critério utilizado

para a sequência abaixo foi, elencar práticas de linguagens

e habilidades que estivessem atreladas ao gênero

trabalhado. Salientamos que não há uma ordem rígida na

abordagem das práticas de linguagem, entretanto sugerimos

que as atividades partam da prática de leitura. Acreditamos

que a atividade de leitura será um elemento facilitador da

prática de produção textual, ajudando o estudante no seu

dizer, para quem dizer.

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES

RECOMENDAÇÕES

Iniciar a atividade com uma dinâmica de apresentação;

A atividade é ideal para o início do ano;

A atividade pode ser realizada em círculo ou em dupla;

É importante trazer sempre a ludicidade para o espaço

de sala.

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A turma será disposta em círculo. Cada um mostrará sua placa e os demais

tentarão acertar o nome do colega. (EF15LP13); (EF35LP20); (EF15LP05);

(EF04LP01);

Em seguida, com a ajuda do professor/a, os colegas tirarão fotos uns dos

outros com o celular do professor/a, fazendo poses ou performances engraçadas.

As fotos deverão ser impressas e coladas em cada placa, após cada nome ser

descoberto e escrito nas mesmas. As placas deverão ficar expostas na sala. Nessa

etapa é possível o trabalho com as habilidades: (EF15LP13); (EF35LP20);

(EF15LP05); (EF04LP01). As habilidades 15 devem ser trabalhadas do 1º ao 5º

ano, já as 35 poderão ser trabalhadas do 3º ao 5º ano, a partir da realidade de cada

turma e a no 4º ano.

2ª etapa – Quem sou eu?

Para iniciar essa atividade o professor entregará a cada aluno uma tarjeta

para eles completarem com as seguintes informações:

Habilidades: (EF04LP01) ;(Ef05LP26) ;(EF05LP26).

Professor/a, a dinâmica possibilitará:

Um trabalho lúdico;

Uma preparação para a leitura que

segue;

Mais integração entre os colegas;

Uma reflexão sobre o uso da letra

maiúscula;

A valorização do nome como

identidade própria;

Discussão sobre a história do nome

de cada um;

Discussão sobre nomes iguais e

pessoas diferentes;

Sobre igualdade;

Sobre quem gosta do nome, quem

não gosta e porquê, entre outras.

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Após o preenchimento, o professor recolherá as tarjetas e as colocará numa

caixinha. Cada estudante pegará uma tarjeta (não poderá ser a sua) e apresentará

o colega para a turma. Habilidades: (EF15LP10); (EF15LP11); (EF15LP13);

(EF15LP03).

3ªetapa – História que eu quero ouvir

Nessa etapa, o professor fará a leitura do livro de forma envolvente. Ouvir histórias é sempre um momento mágico, dessa forma, colocar as crianças em círculo, bem próximas, criará um ambiente propício. A leitura prosódica possibilita à percepção de aspectos extratextuais, como a entonação representada pela pontuação, a modulação da fala a partir dos diálogos presentes no texto, a identificação dos elementos da narrativa (narrador, personagem, espaço, tempo, entre outros). A atividade também possibilita o trabalho com a imagem e os sentidos

que ela carrega no texto numa análise linguística/semiótica. Assim, explorar a capa do livro no momento da apresentação da obra é uma atividade de grande importância, estabelecendo expectativas em relação à história que será lida (pressuposições antecipadoras dos sentidos), apoiando-se nos conhecimentos prévios das crianças. Seguem algumas sugestões de questões para explorar a capa do livro:

Quem escreveu o livro?

Professor(a), a atividade que segue parte da leitura do livro

Elê...o quê?, de Norma Sofia Coelho de Lima, uma estrutura

textual em que o menino Eleotério conta a história do seu nome

e os problemas que esse nome lhe causa. A leitura do livro dará

mote para o tema a ser abordado posteriormente no relato

autobiográfico dos estudantes. A partir da narrativa, as crianças

refletem sobre sua própria identidade, uma vez que a história de

Eleotério permite a identificação com situações vividas por elas

mesmas ou pessoas próximas. A literatura tem esse papel, o de

romper com horizontes de expectativas, provocar reflexões e

permitir construções conscientes de emoções e sentimentos ao

compartilhar com os personagens suas alegrias, tristezas e

angústias. A narrativa lida permitirá também uma aproximação

com a produção do relato autobiográfico, proposta final dessa

sequência de atividades. Aos poucos, os estudantes vão

descobrindo aspectos da história que podem servir de

elementos estruturais para sua escrita.

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Qual a editora?

Quem fez a ilustração?

O que o título nos leva a imaginar?

Em sua opinião a história vai falar de quê?

Os três pontinhos utilizados no título quer dizer o quê?

O que o título nos diz?

4ª etapa – Um mergulho na história

Antes de iniciar a leitura propomos uma conversa com os estudantes sobre

nomes de pessoas que eles conhecem (estranhos, engraçados, comuns),

questionando se conhecem pessoas que “sofrem” ou “sofreram” por não gostarem

dos seus nomes.

Nesse momento, os estudantes são convidados a conversar sobre a história

lida. Para iniciar a conversa, peça às crianças para que numa folha de papel

desenhem a parte que mais gostaram. A seguir, possibilite a socialização das

impressões a partir dos desenhos e da compreensão da história lida. Em seguida,

reflita com as crianças sobre o tema central da história lida com o objetivo de levar

os estudantes a se colocarem frente às situações vividas pelas personagens,

argumentando sobre suas atitudes. A atividade permite a transposição da situação

problema vivida pelo personagem com a história de vida de cada um. É uma

oportunidade também para que as crianças falem sobre as experiências vividas na

escola, na família e com eles mesmos. Seguem alguns questionamentos que

podem ser trabalhados nesse momento:

Professor/a, para essa atividade não é preciso ter um

livro para cada estudante. Caso o livro não seja

encontrado na biblioteca da escola, você poderá

adquiri-lo pela internet em estantes virtuais por preços

bem acessíveis. LIMA, Norma Sofia Coelho de. Êle...o quê? Rio de Janeiro: Lê, 1986

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Professor/a, numa mesma atividade é possível vivenciar várias habilidades,

em campos e práticas diferenciadas de forma dinâmica. Nessa 4ª etapa as

habilidades trabalhadas são:

(EF15LP01PE);(EF15LP03PE);(EF15LP04);(EF35LP04PE);(EF35LP05PE);(EF1

5LP10PE) e (EF15LP13PE).

5ª etapa – Histórias que sei contar

As crianças serão convidadas anteriormente a trazerem para sala de aula

fotografias que mostrem momentos importantes que tenham vivido. A partir dessas

fotografias, as crianças, em roda de conversa, serão estimuladas a apresentarem

as fotografias e contarem as lembranças de como foi o momento retratado,

produzindo curtas narrativas. O objetivo do trabalho é desenvolver a prática da

oralidade, desenvolver a atividade do ouvir e respeitar o turno do outro e estimular

a capacidade criadora.

O que você achou da história?

O que o autor quis mostrar para nós com essa

história?

Qual personagem você achou mais interessante?

Por quê?

O que você achou da atitude dos colegas de Êle, que

faziam gozação com o nome dele?

Se você fosse Êle, o que faria?

Você já passou situação parecida ou viu acontecer

com alguém? Como se sentiu?

Que relação tem a imagem na página 7 do livro com

o texto?

Que relação tem o título do livro com a história?

No texto é usada a expressão “torrar a paciência”. O

que essa expressão significa?

Por que no texto, Êle sentiu vontade de voar?

Você gosta das brincadeiras dos seus colegas?

Quem é o personagem principal da história? Que

problema ele tem?

Como o personagem resolveu o seu problema?

Qual a diferença entre a reação do personagem

Saulo e o personagem Eleotério com relação às

brincadeiras dos colegas?

O que fez Êle gostar do nome?

Quais os fatos importantes nessa história?

Que lições podemos tirar dessa história?

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6ª etapa- Nossas histórias misturadas

Nessa etapa, as crianças serão distribuídas em grupos (mesclando crianças

alfabetizadas com crianças em processo de alfabetização). Crie nesse momento

uma situação problema para que os estudantes possam contar quantos colegas

têm na sala, como podem dividir para que os grupos fiquem com quantidades iguais

ou bem próximas. Após a divisão dos grupos pelas crianças, com a ajuda do

professor, elas serão convidadas a escrever abaixo de cada foto o que aquele

momento representa, criando uma legenda para cada foto (nesse momento, as

crianças poderão ajudar umas às outras no processo de escrita. O professor

entregará a cada grupo um cartaz com o título “Histórias que sei contar...” e uma

meia folha de papel para que colem as fotos e escrevam as micronarrativas; abaixo

do título, as crianças colocarão as fotos com as micronarrativas, criando um painel

coletivo para ser revisitado por toda turma. O objetivo da atividade é desenvolver a

apropriação da linguagem escrita, retextualizando o material produzido passando

da prática da oralidade à prática da produção escrita.

Professor/a, a atividade proposta por essa

sequência didático-metodológica possibilita o

trabalho com temas transversais, especificamente

com reflexões sobre respeito às diferenças e

bullying, tema de grande importância a ser

discutido no espaço da escola, haja vista a

frequência com que esse fato ocorre nos espaços

de sala de aula.

Professor/a, essa atividade possibilita refletir com

as crianças que tanto a fala quanto a escrita devem

ser planejadas, que cada uma tem uma forma

própria de representação e que em alguns

momentos essas formas se aproximam e em

outros se distanciam. A atividade também

possibilita o trabalho com a Matemática numa

perspectiva interdisciplinar.

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7ª etapa – Um dizer que orienta

ALGUMAS SUGESTÕES DE LEITURA DE RELATO AUTOBIOGRÁFICO:

Ana Maria Machado

Meu nome é Ana Maria Machado e eu vivo inventando histórias. Algumas delas, eu escrevo. E dessas que eu escrevo, algumas andam virando livros. Em sua maioria, livros infantis, quer dizer, livro que criança também pode ler. Adoro meu trabalho. Ainda bem, porque acho que não ia conseguir viver se não escrevesse. Tanto assim, que já fui professora, já fui jornalista (já fui até chefe de uns trinta jornalistas ao mesmo tempo), já fiz programa de rádio e acabei largando tudo para só viver de livro: escrevendo e cuidando da Malasartes, que é a minha livraria para crianças. Coisas de que gosto: gente, mar, sol, natureza em geral, música, fruta, salada, cavalo, dançar, carinho. Coisas que não aguento: qualquer forma de injustiça ou prisão e gente que quer cortar a alegria dos outros. Mas isso nem precisava dizer - é só ler meus livros que todo mundo fica sabendo.

Fonte:http://deusnuncapisca.blogspot.com

MAIS UM RELATO...

Meu nome é Gleyson. Eu tenho 13 anos e estou na 5 série. Faço muitas coisas que qualquer um não pode fazer: montar a cavalo, jogar bola, soltar pipa, jogar bolinha de gude. Nasci no Nordeste , no Piauí, por isso tenho este apelido - Piauí - entre meus colegas. Eu não tinha condições de morar lá, por causa da seca . Então, o meu pai pensou em vir para São Paulo e aqui ele conseguiu um emprego. Agora, nós não estamos passando mais aquele mesmo sufoco que passávamos lá. Eu me divirto como qualquer outra criança. Brinco e faço coisas como as outras. Leio gibis, a Bíblia e as lendas do folclore. Esse sou eu...

Fonte:http://deusnuncapisca.blogspot.com

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O professor/a trará exemplares de relatos autobiográficos e biografias para ler

em voz alta para as crianças (autobiografias de pintores, artistas, cantores,

crianças). Por meio delas, as crianças vão se familiarizar com esse tipo de texto,

vão percebendo semelhanças e diferenças entre eles (quem conta a história em

cada um dos textos, quem é mais objetivo e menos objetivo), além de reconhecer

um pouco da vida dessas pessoas percebendo como elas viviam, o que gostavam,

podendo comparar com os dias atuais. O professor deve aproveitar para destacar

as características do texto, o propósito comunicativo, o que diferencia esse texto

de uma lista, um poema etc. Em seguida, o professor convidará a turma a elaborar

com ele um roteiro, contemplando todos os assuntos que eles gostariam de

escrever no próprio relato autobiográfico: nome, local em que nasceu, irmãos, avós,

nome dos pais, o que mais gosta de fazer na escola e fora dela, as comidas

preferidas, animais de estimação, lembranças de pessoas queridas, histórias

divertidas, entre outros (segue sugestão abaixo). O professor pede para que eles

levem para casa e façam com os pais. A atividade proporcionará uma familiaridade

com o gênero, o que facilitará o processo de escrita do mesmo, bem como

possibilitará conhecer sua própria história, construindo identidade.

Questões que podem orientar esse trabalho:

Professor/a, para iniciar o trabalho da organização de parágrafos, você pode

sugerir que os estudantes agrupem as questões 1, 2 e 3, no 1º parágrafo; a questão

10 e 11, no 2º; as questões 4, 5, 6, 7e 9, no 3º; a questão 8, no 4º e a questão 10,

no 5º parágrafo. Essa estrutura é apenas uma sugestão, diante de tantas outras

maneiras de organizar as ideias para construção do texto.

1-Por que me chamam assim?

2- Quem escolheu meu nome?

Onde moro?

3-O que gosto e o que não gosto de fazer?

4-Quantos irmãos eu tenho e como

eles são?

5-O que meu pai e minha mãe fazem?

6-Quem são meus avós?

7-Quem são meus amigos?

8-Que fato engraçado já aconteceu comigo?

9-Quem são as pessoas mais queridas?

10-Como sou?

11-O que pretendo ser quando crescer?

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SUGESTÕES DE BIOGRAFIAS:

Biografia

Bio=vida grafia=escrita. O gênero conta a história da vida

de alguém. É uma mistura entre literatura e história, em que

se relata e registra a história da vida de uma pessoa

enfatizando os principais fatos. É um gênero de narrativa

não ficcional oral, escrito, visual. Os fatos são contados em

ordem cronológica, isto é, do nascimento até os dias atuais.

Relato

Narração não ficcional escrita ou oral sobre um

acontecimento ou fato acontecido.

Relato autobiográfico

É um gênero que relata episódios marcantes da vida de

quem escreve. O gênero apresenta tempo e espaço bem

definidos e predomina nele o tempo passado. É um texto

escrito na primeira pessoa; o narrador é protagonista da

história e apresenta trechos descritivos.

Autorretrato

É um retrato que se faz de si mesmo e expressa tanto as

características físicas quanto as psicológicas.

Selfie

O selfie é a fotografia de si mesmo, é uma prática atual que

permeia todas as camadas da sociedade. As pessoas

querem ver e serem vistas. É uma forma de registrar

marcas do seu cotidiano, sobre o recorte de seu olhar sobre

a realidade.

Para saber um

pouco mais sobre

os gêneros!

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8ª etapa – Um dizer que revela

A partir da pesquisa feita em roda de conversa, as crianças farão sua

autoapresentação de acordo com a pesquisa realizada. A atividade oportunizará

falar sobre sua própria história, conhecer a do colega, percebendo semelhanças,

diferenças, desenvolvendo o respeito, a sensibilidade e a solidariedade. A seguir

cada estudante será convidado a escrever sua própria história com base nas suas

apresentações. A atividade pode ser feita de forma autônoma ou orientada pelo

professor de acordo com o desenvolvimento e o nível alfabético da turma.

9ª etapa- Teias de histórias

Sugerimos, nessa etapa, ao professor/a que oriente cada estudante a retomar

as placas produzidas por eles na primeira etapa dessas sequências e que nelas

escrevam as suas principais características. Em seguida construa com os

estudantes um painel como o modelo que segue abaixo (incremente-o, dê um título,

use sua criatividade). Nele cole as placas uma distante da outra. Peça em seguida

que encontrem colegas que tenham as mesmas características suas e com lápis

colorido liguem suas características a de outros colegas formando uma teia

harmoniosa. Aproveite a oportunidade para refletir com os estudantes sobre as

semelhanças e diferenças e o respeito ao outro.

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10ª etapa – Um olhar que revisita

Revisar e reescrever o texto possibilita à criança refletir sobre sua escrita e

compreender que o texto é uma construção que pode ser sempre revisitada e

melhorada. Proponha aos estudantes a revisão do texto a partir da sinalização de

problemas que porventura possa aparecer no texto por ele produzido. Propomos

para essa atividade duas formas:

A classificatória, que pode dar-se através de códigos de correção/revisão

com indicações do que precisará ser revisado, tanto nos aspectos textuais,

quanto nos aspectos gramaticais. Esses códigos deverão ser combinados e

compreendidos pelos estudantes com antecedência; o uso do código

estimulará o estudante a debruçar-se sobre o seu texto e refletir sobre as

novas responsabilidades de escrita que poderão tornar os sentidos de seus

textos mais claros;

A correção textual-interativa, que pode dar-se através de comentários feitos

pelo professor no final do texto do estudante. Os recadinhos deixados pelo

professor destacarão, a princípio, aspectos positivos do texto da criança,

estimulando-os a novos processos de escrita; tratará de aspectos textuais,

como gramaticais, com certa dose de afetividade. Diante das necessidades

da criança, o professor chama-o para uma conversa, apontando e discutindo

com a criança as observações feitas no recadinho deixado por ele no texto

da criança. Nessa perspectiva, o professor passa de mero observador para

coautor do texto da criança.

DICAS PARA AVALIAR O RELATO AUTOBIOGRÁFICO (A DEPENDER DO

NÍVEL DA TURMA):

Os fatos relatados acontecem no passado?

O tempo e o espaço estão bem definidos?

O narrador é protagonista e, portanto, os verbos e pronomes estão

predominantemente na 1ª pessoa?

O texto apresenta trechos descritivos?

A linguagem empregada está adequada aos leitores e ao gênero textual?

10ª etapa – Um olhar que recria

De posse de sua apresentação escrita ou só oral (a depender do nível da

turma), os estudantes serão convidados a fazer um desenho retratando a si mesmo

(autorretrato). Os autorretratos serão colados do lado da sua apresentação escrita.

O professor, junto com as crianças, fará um painel para ficar exposto na sala de

A esse respeito sugerimos, como fonte de pesquisa para o

professor, o livro: RUIZ, Eliana. Como se corrige redação na

escola. Campinas, SP: Mercado de Letras.

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aula. A atividade possibilitará, a princípio, pensar sobre quem somos, como ficamos

quando estamos zangados, felizes, tristes, ajudando a construir identidade. O

contato com gêneros que se relacionam, oportuniza o professor a refletir sobre a

funcionalidade de cada um, suas relações, as características, as semelhanças e

diferenças.

11ª etapa

O professor dividirá a sala em grupos, trará para os estudantes vários

exemplares de selfie, bem como os autorretratos produzidos, fará uma reflexão

sobre em que esses gêneros se aproximam e em que eles se distanciam e que

relação eles possuem com a autobiografia. O professor poderá explicar para as

crianças o que significa a palavra “selfie”. Aproveitar e fazer alguns selfies com as

crianças para registrar o momento, refletindo sobre sua funcionalidade. Em

seguida, o professor recortará as imagens e os autorretratos, fazendo um mosaico

e misturando, como quebra-cabeça, as crianças vão tentar remontar as imagens.

O professor poderá aproveitar o momento para discutir com as crianças sobre

diferenças, características físicas e semelhanças consigo mesma. O trabalho

comporá outro painel na sala.

Professor/a você pode sugerir que os estudantes trabalhem com a cor

preferida utilizando a monocromia, fazendo gradações de cores ou

com várias cores fazendo uso da policromia, criando imagem de

fundo. Possibilita também comparar o retrato com o autorretrato,

questionando: qual a diferença entre você se auto fotografar e alguém

lhe fotografar? O trabalho pode ser estendido, pedindo a cada

estudante que diga o que ele priorizou no seu autorretrato, se os

aspectos físicos ou psicológicos. A atividade oportuniza a

interdisciplinaridade com o Componente de Arte.

Professor/a, aproveite a ocasião e peça para que cada estudante

faça sua selfie. O selfie fará parte da capa do livrinho ou da

playlist de vídeo com o relato autobiográfico de cada um. A

oportunidade oportuniza também refletir juntos aos estudantes

questões como autoaceitação e autoimagem via internet.

Possibilita também uma análise crítica sobre crianças e jovens

que criam imagens e comportamentos que não condizem com a

realidade. Sugerimos para ajudar nessas discussões filmes

como: X-Men 1; X-Men 2 e Frozen. Os filmes podem contribuir

com a construção do cartaz com as selfies. A partir deles os

estudantes poderão criar personalidades enquanto heróis,

aceitando suas diferenças e fragilidades.

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Fonte: https://novaescola.org.br

12ª etapa – Um olhar que propaga

Para finalizar, proponha às crianças a produção de pequenos vídeos. Após a

gravação das crianças contando suas histórias, os vídeos serão compilados numa

playlist. Em seguida poderá ser marcado um momento para exposição da playlist

para as crianças, pais ou responsável, utilizando o Datashow e tornando o

momento significativo para as crianças e familiares. Outra possibilidade é de

colocar a playlist no youtube. Para tanto será necessário a autorização prévia dos

pais ou responsáveis. Há também a possibilidade de compilar os textos e propor

para as crianças a produção de um livrinho com o relato autobiográfico de cada um.

A capa do livro será o selfie que cada um fez em aulas anteriores. Nesse caso

poderá ser marcado o dia de autógrafo da turma, com a participação da família,

amigos etc.

COMO CRIAR UMA PLAYLIST?

1- Escolha qual aplicativo irá utilizar. Para o Smarthphones, AndroideIOS

(gratuitos): Spotify, Deezer, Google Play Music, palco MP3, etc.

2- Se o usuário não possuir nenhum cadastro, será necessário fazer um;

.Professor/a, a sequência didática sugerida

possibilita o trabalho com um conjunto de gêneros

que embora distintos, possuem uma inter-relação e

uma influência de uns com os outros, o que convida

a uma reflexão sobre as dimensões verbais e sociais

dos textos.

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3- Se for o primeiro acesso, o usuário deverá escolher suas preferências

musicais ou os vídeos de sua preferência;

4- Selecione o perfil no menu de opções “Playlists”;

5- Crie nova playlists e nomeie como desejar;

6- Pesquise dentro do aplicativo a música/álbum/vídeos preferidos;

7- Após selecionar a música ou vídeo escolhido em opções, clique em

‘adicionar à playlists;

8- Automaticamente a música ou o vídeo selecionado fará parte da playlist

criada.

ATENÇÃO

Essa orientação foi elaborada tendo

como base o aplicativo Deezer. Caso

o aplicativo usado seja o spotify basta

ir na biblioteca e criar a playlist

adicionar músicas ou vídeos.

As atividades propostas por essa sequência didático-

metodológica possibilitam o trabalho com o

Componente de Arte, História, Geografia e Matemática,

numa perspectiva interdisciplinar, assim como propõe o

Currículo de Pernambuco. As atividades são apenas

sugestões aos professores, que a partir do ano de

escolarização, do nível de alfabetização dos

estudantes, da sua realidade local poderão aplicar,

suprimir, ampliar as sequências para atender as

necessidades de aprendizagem da turma.

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BEZERRA, Maria Auxiliadora; REINALDO, M. A. G; Gêneros textuais como práticas sociais e seu ensino. In: REINALDO, Maria Augusta; MARCUSCHI, Beth; DIONISIO, A. P. (Orgs.). Gêneros textuais: práticas de pesquisa e práticas de ensino. Recife: Ed. Universitária de UFPE, 2012. 73-96.

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REFERÊNCIAS

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