linguagem conotativa e denotativa

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GE301007 LINGUAGEM CONOTATIVA E DENOTATIVA Frente: 01 Aula: 37 Fale conosco www.portalimpacto.com.br Professor: Ildemar & Mauro 1 - Apóstrofe é uma figura de estilo caracterizada pela invocação de determinadas entidades, consoante o objetivo do discurso, que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor, imaginário ou não, da mensagem. Nas orações religiosas é muito freqüente ("Pai Nosso, que estais no céu", "Ave Maria, cheia de graça..." ou mesmo "Ó meu querido Santo António, rogai por nós...” são exemplos de apóstrofes. Em síntese, é a colocação de um vocativo numa oração. 2 - Aliteração é uma figura de linguagem que consiste em repetir consoantes, vogais ou sílabas num verso ou numa frase, especialmente as sílabas tônicas. A aliteração é largamente utilizada em poesia mas também pode ser empregada em prosa, especialmente em frases curtas. “Se você gritasse, se você gemesse se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José!”Calos Drummond de Andrade 3 - Anáfora é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. É uma figura de linguagem comuníssima nos quadrinhos populares, música e literatura em geral, especialmente na poesia. Ilha cheia de graça Ilha cheia de pássaros Ilha cheia de luz Ilha verde onde havia mulheres morenas e nuas" (Cassiano Ricardo) 4 - Antonomásia é uma figura de linguagem caracterizada pela substituição de um nome por uma expressão que lembre uma qualidade, característica ou fato que de alguma forma o identifique. A Rainha dos baixinhos já teve um caso com o Rei do Futebol. O poeta dos escravos não conheceu Belém. 5 – Anacoluto toda falta de nexo sintático entre o princípio da frase e o seu fim provoca um anacoluto. Ocorre geralmente quando o sujeito fica sem predicado e quando se usa um verbo no infinitivo, com sua repetição no meio da frase. “Morrer, lá em vasa todo mundo tem medo de cemitério. Eu já estamos acostumados a faltar aula às sextas-feiras. 6 – Antítese quando uma idéia se opõe a outra, sem impedi-la nem torná-la absurda. As idéias em si podem ser diametralmente opostas e até excludentes. Estava mais morto do que vivo. De repente, do riso fez-se o pranto. Que o casebre onde morava. Era a mansão do patrão 7 – Paradoxo é a antítese extremada, em que duas idéias que se excluem são apresentadas como ocorrendo ao mesmo tempo e no mesmo contexto, o que gera uma situação impossível, uma idéia absurda. “Amor é ferida que dói e não se sente./ É um contentamento descontente.” “Quer abrir a porta. Não existe porta./ Quer morrer no mar, mas o mar secou...” 8 – Comparação estabelece a aproximação de dois seres (objetos, idéias, realidades), por se perceber entre eles uma característica comum, se processa através de partículas como: como, tal como, tal qual, assim como... “A felicidade é como a pluma que o vento vai levando pelo ar "Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu..." Roda Viva - Chico Buarque 9 – Eufemismo figura através da qual a realidade é suavizada com o uso de uma palavra ou expressão agradável. Ex.: Elis se foi. Era uma excelente interprete! (= morreu) O menino faltou-me com a verdade. (= mentiu) 10 - Metáfora ocorre metáfora quando um termo substitui outro através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a cria. A metáfora também pode ser entendida como uma comparação abreviada, em que o conectivo não está expresso, mas subentendido. Você partiu meu coração, frágil cristal esloveno. Em Belém, hoje em dia, os edifícios brotam do chão. 11– Hipérbole quando há exagero numa idéia expressa, de modo a acentuar de forma dramática aquilo que se quer dizer, transmitindo uma imagem inesquecível. É frequente na linguagem corrente, como quando dizemos: "Já te avisei mais de cem vezes, para não voltares a falar- me alto!". “Por você, eu largo tudo: carreira, dinheiro, canudo...” 12- Hipérbato (também conhecido como Inversão) é o rompimento da ordem direta dos termos da oração (sujeito, verbo, complementos, adjuntos) ou de nomes e seus determinantes.

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  • GE301007

    LINGUAGEM CONOTATIVA E DENOTATIVA

    Frente: 01 Aula: 37

    Fale conosco www.portalimpacto.com.br

    Professor: Ildemar & Mauro

    1 - Apstrofe uma figura de estilo caracterizada pela invocao de determinadas entidades, consoante o objetivo do discurso, que pode ser potico, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor, imaginrio ou no, da mensagem. Nas oraes religiosas muito freqente ("Pai Nosso, que estais no cu", "Ave Maria, cheia de graa..." ou mesmo " meu querido Santo Antnio, rogai por ns... so exemplos de apstrofes. Em sntese, a colocao de um vocativo numa orao.

    2 - Aliterao uma figura de linguagem que consiste em repetir consoantes, vogais ou slabas num verso ou numa frase, especialmente as slabas tnicas. A aliterao largamente utilizada em poesia mas tambm pode ser empregada em prosa, especialmente em frases curtas.

    Se voc gritasse, se voc gemesse se voc tocasse a valsa vienense, se voc dormisse, se voc cansasse, se voc morresse... Mas voc no morre, voc duro, Jos!Calos Drummond de Andrade

    3 - Anfora a repetio da mesma palavra ou grupo de palavras no princpio de frases ou versos consecutivos. uma figura de linguagem comunssima nos quadrinhos populares, msica e literatura em geral, especialmente na poesia.

    Ilha cheia de graa Ilha cheia de pssaros Ilha cheia de luz Ilha verde onde havia mulheres morenas e nuas" (Cassiano Ricardo)

    4 - Antonomsia uma figura de linguagem caracterizada pela substituio de um nome por uma expresso que lembre uma qualidade, caracterstica ou fato que de alguma forma o identifique.

    A Rainha dos baixinhos j teve um caso com o Rei do Futebol. O poeta dos escravos no conheceu Belm.

    5 Anacoluto toda falta de nexo sinttico entre o princpio da frase e o seu fim provoca um anacoluto. Ocorre geralmente quando o sujeito fica sem predicado e quando se usa um verbo no infinitivo, com sua repetio no meio da frase.

    Morrer, l em vasa todo mundo tem medo de cemitrio. Eu j estamos acostumados a faltar aula s sextas-feiras.

    6 Anttese quando uma idia se ope a outra, sem impedi-la nem torn-la absurda. As idias em si podem ser diametralmente opostas e at excludentes. Estava mais morto do que vivo. De repente, do riso fez-se o pranto. Que o casebre onde morava. Era a manso do patro 7 Paradoxo a anttese extremada, em que duas idias que se excluem so apresentadas como ocorrendo ao mesmo tempo e no mesmo contexto, o que gera uma situao impossvel, uma idia absurda. Amor ferida que di e no se sente./ um contentamento descontente. Quer abrir a porta. No existe porta./ Quer morrer no mar, mas o mar secou... 8 Comparao estabelece a aproximao de dois seres (objetos, idias, realidades), por se perceber entre eles uma caracterstica comum, se processa atravs de partculas como: como, tal como, tal qual, assim como... A felicidade como a pluma que o vento vai levando pelo ar "Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu..." Roda Viva - Chico Buarque 9 Eufemismo figura atravs da qual a realidade suavizada com o uso de uma palavra ou expresso agradvel. Ex.: Elis se foi. Era uma excelente interprete! (= morreu) O menino faltou-me com a verdade. (= mentiu) 10 - Metfora ocorre metfora quando um termo substitui outro atravs de uma relao de semelhana resultante da subjetividade de quem a cria. A metfora tambm pode ser entendida como uma comparao abreviada, em que o conectivo no est expresso, mas subentendido.

    Voc partiu meu corao, frgil cristal esloveno.

    Em Belm, hoje em dia, os edifcios brotam do cho.

    11 Hiprbole quando h exagero numa idia expressa, de modo a acentuar de forma dramtica aquilo que se quer dizer, transmitindo uma imagem inesquecvel. frequente na linguagem corrente, como quando dizemos: "J te avisei mais de cem vezes, para no voltares a falar-me alto!". Por voc, eu largo tudo: carreira, dinheiro, canudo... 12- Hiprbato (tambm conhecido como Inverso) o rompimento da ordem direta dos termos da orao (sujeito, verbo, complementos, adjuntos) ou de nomes e seus determinantes.

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    Por voc, eu largo tudo: carreira, dinheiro, canudo... Ao pr do Sol, eu vou te dizer, que o nosso amor no pode morrer... 13 - Ironia ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonao, pela contradio de termos, sugere-se o contrrio do que as palavras ou oraes parecem exprimir. A inteno depreciativa ou sarcstica. Que alunos inteligentes, no sabem nem somar. Se voc gritar mais alto, eu agradeo. 14 - Pleonasmo ocorre pleonasmo quando h repetio da mesma idia, isto , redundncia de significado. " mar salgado, quando do teu sal So lgrimas de Portugal" (Fernando Pessoa) Vi tudo com os meus prprios olhos. 15 - A personificao ou prosopopia uma figura de estilo que consiste em atribuir a objetos inanimados ou seres irracionais sentimentos ou aes prprias dos seres humanos. As rvores no se despem na primavera na Amaznia. O tigre pensou e falou: estou frito!

    16 Sinestesia consiste na fuso de impresses sensoriais diferentes.

    bom sentir o verde frescor e aroma da manh de primavera.

    Corbelha tem um olhar frio, calculista, desesperador. Aquela criana tem um sorriso doce e um olha com sabor de mel. 17- Metonmia: a substituio de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. Tal substituio se realiza principalmente destes modos: a) autor pela obra: Ler Dalcdio Jurandir. Ter um Picasso em casa. b) O possuidor (P) pelo possudo (p), ou vice-versa: Ir ao barbeiro. (Barbeiro, P, est por barbearia, p.)

    c) O lugar pela coisa ou pelo produto: Ir ao correio. (Correio esta pro edifcio,onde funciona o servio do correio) d) A causa pelo efeito, ou vice-versa: Viver pro trabalho. (Trabalho est por alimento) e) O continente pelo contedo: Bebi dois copos de leite. (Copos est por leite) f) O instrumento pela causa ativa: Ser uma pena brilhante. (Pena est por escritor) g) A coisa pela sua representao: Ser defensor intransigente do lar. (Lar est por famlia)

    18 - Elipse a omisso de termos que esto subentendidos na frase mas, que no foram enunciados anteriormente, veja um exemplo disso:

    Na frase: No deserto, o Sol escaldante. A elipse ocorre com o verbo arder, pois, ele no escrito na frase, porm, sabemos que est l, veja: No deserto, o Sol arde escaldante.

    19 - Onomatopia representao de algo por meio do som de uma palavra ou expresso.

    Exemplo: No consegui entender a explicao por causa do zumzumzum da classe.

    20 - Silepse consiste em se efetuar a concordncia com palavras implcitas na mente do falante , e no com as que esto explcitas na frase . A silepse subclassifica-se em : silepse de gnero : ( Vossa Excelncia pouco conhecido ) . silepse de nmero ( Os Lusadas glorificou nossa literatura ) . silepse de pessoa ( Os alunos sois culpados do que ocorreu ) .