lingua portuguesa parte i

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LÍNGUA PORTUGUESA Parte I www.didaticadosconcursos.com.br 1. ORTOGRAFIA: SISTEMA OFICIAL VIGENTE. 2.2. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS. 2.3. CLASSES DE PALAVRAS: EMPREGO, FLEXÕES E VALORES SEMÂNTICOS. 2.4. FLEXÃO NOMINAL E VERBAL. 2.5. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. 1. Ortografia: Sistema oficial vigente. TERMINAÇÕES OSO(S), OSA(S) • Sufixo formador de muitos adjetivos da Língua Portuguesa. Os vocábulos bondoso(s), bondosa(s), gasoso(s), gasosa (s), maravilhoso(s), maravilhosa(s) serão sempre escritos com “s”. • Nota: o substantivo gozo e todas as formas do verbo gozar (eu gozo, tu gozas, ele goza, etc.) apesar de serem grafados com z não constituem exceção, porque essas palavras não têm sufixos, são derivadas de outra, que é grafada dessa forma. AGEM, IGEM, UGEM • Essas terminações geralmente se grafam com g: garagem, viagem, fuligem, ferrugem, vertigem. • Os verbos em -ajar, -ijar e -ujar (ex: viajar, alijar, enferrujar) mantêm, na conjugação, o J. Por isso, temos: que eles viajem, que eles alijem, que eles enferrujem etc. Nota: Há certa dificuldade em distinguir, na frase, o substantivo viagem do verbo viajem. Basta lembrar que o substantivo admite o plural viagens e que o verbo pode mudar para qualquer outra pessoa (viaje, viajemos etc.); (Que viagem! Na próxima vez, viajem vocês.) / (Que viagens! Na próxima vez, viaje você.) INHO Esse sufixo liga-se ao radical por duas maneiras: • diretamente: eliminando, quando muito, uma vogal da palavra primitiva (ex: curral + inho = curralinho, dent(e) + inho = dentinho, nariz + inho = narizinho, lag(o) + inho = laguinho, barc(o) + inho = barquinho, cant(o) + inho = cantinho) Observe que quando a consoante final do radical for c, elas é transformada em qu e quando essa consoante é g, ela é transformada em gu, para que esta ligação direta aconteça. Quando a consoante final da palavra primitiva, tomada no singular, for o “s”, temos: país + inho = paisinho; mes(a) + inha = mesinha; Luís(a) + inha = Luisinha. Nestes exemplos, seria tão absurdo substituir o s por outra letra (z), como seria absurdo substituir as consoantes dos exemplos anteriores. Indiretamente: se o radical não oferecer uma consoante que permita essa ligação espontânea, será preciso recorrer a uma, que se acrescenta; e essa consoante deverá ser apenas o z, como nos exemplos: pai + z + inho = paizinho; mãe + z + inha = mãezinha; Observação: As palavras formadas com sufixos como - ito - al - ão - arão - arrão obedecem à mesma norma ortográfica: lápis + ito = lapisito, Luís + ão = Luisão; piá + z + ito = piazito, pai + z + ão = paizão, capim + z + al = capinzal, homem + z + arrão = homenzarrão. EAR; IAR Eis alguns verbos terminados em -ear e -iar: • Como evitar trocas entre e e i na hora de empregar essas formas infinitivas? Conjugando o verbo na primeira pessoa do presente do indicativo: se esta terminar em -eio, o infinitivo será com -ear; se terminar em -io, o infinitivo será com –iar: Campear Negociar Passear Aviar Recear Amaciar Page 1 of 25 1 5/3/2010 https://www.antssoft.com/1%20portuguesa_tj_rs_parte%20i.htm

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Page 1: Lingua Portuguesa Parte I

LÍNGUA PORTUGUESA – Parte I

www.didaticadosconcursos.com.br

1. ORTOGRAFIA: SISTEMA OFICIAL VIGENTE.

2.2. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS.

2.3. CLASSES DE PALAVRAS: EMPREGO, FLEXÕES E VALORES SEMÂNTICOS.

2.4. FLEXÃO NOMINAL E VERBAL.

2.5. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS.

1. Ortografia: Sistema oficial vigente. TERMINAÇÕES OSO(S), OSA(S) • Sufixo formador de muitos adjetivos da Língua Portuguesa. Os vocábulos bondoso(s), bondosa(s), gasoso(s), gasosa(s), maravilhoso(s), maravilhosa(s) serão sempre escritos com “s”. • Nota: o substantivo gozo e todas as formas do verbo gozar (eu gozo, tu gozas, ele goza, etc.) apesar de serem grafados com z não constituem exceção, porque essas palavras não têm sufixos, são derivadas de outra, que é grafada dessa forma. AGEM, IGEM, UGEM • Essas terminações geralmente se grafam com g: garagem, viagem, fuligem, ferrugem, vertigem. • Os verbos em -ajar, -ijar e -ujar (ex: viajar, alijar, enferrujar) mantêm, na conjugação, o J. Por isso, temos: que eles viajem, que eles alijem, que eles enferrujem etc. • Nota: Há certa dificuldade em distinguir, na frase, o substantivo viagem do verbo viajem. Basta lembrar que o substantivo admite o plural viagens e que o verbo pode mudar para qualquer outra pessoa (viaje, viajemos etc.); (Que viagem! Na próxima vez, viajem vocês.) / (Que viagens! Na próxima vez, viaje você.) INHO Esse sufixo liga-se ao radical por duas maneiras: • diretamente: eliminando, quando muito, uma vogal da palavra primitiva (ex: curral + inho = curralinho, dent(e) + inho = dentinho, nariz + inho = narizinho, lag(o) + inho = laguinho, barc(o) + inho = barquinho, cant(o) + inho = cantinho)

Observe que quando a consoante final do radical for c, elas é transformada em qu e quando essa consoante é g, ela é transformada em gu, para que esta ligação direta aconteça. Quando a consoante final da palavra primitiva, tomada no singular, for o “s”, temos: país + inho = paisinho; mes(a) + inha = mesinha; Luís(a) + inha = Luisinha.

Nestes exemplos, seria tão absurdo substituir o s por outra letra (z), como seria absurdo substituir as consoantes dos exemplos anteriores.

• Indiretamente: se o radical não oferecer uma consoante que permita essa ligação espontânea, será preciso recorrer a uma, que se acrescenta; e essa consoante deverá ser apenas o z, como nos exemplos: pai + z + inho = paizinho; mãe + z + inha = mãezinha; Observação: As palavras formadas com sufixos como - ito - al - ão - arão - arrão obedecem à mesma norma ortográfica: lápis + ito = lapisito, Luís + ão = Luisão; piá + z + ito = piazito, pai + z + ão = paizão, capim + z + al = capinzal, homem + z + arrão = homenzarrão. EAR; IAR Eis alguns verbos terminados em -ear e -iar:

• Como evitar trocas entre e e i na hora de empregar essas formas infinitivas? Conjugando o verbo na primeira pessoa do presente do indicativo: se esta terminar em -eio, o infinitivo será com -ear; se terminar em -io, o infinitivo será com –iar:

Campear Negociar Passear Aviar Recear Amaciar

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Obs.: Apenas cinco verbos fazem “eu - eio”, apresentando, contudo, o infinitivo com -iar. São eles: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar. (E)EIRO, (E)EIRA, (I)EIRO, (I)EIRA • A dúvida entre o emprego de e ou i antes das terminações eiro, eira desaparece, se atentarmos para a origem da palavra formada com essas terminações, pois a letra da dúvida (e ou i) será a mesma que estiver na palavra primitiva:

AM, ÃO • AM: se a sílaba tônica for a penúltima (paroxítona) Ex: captaram, fizeram, comeram, realizaram. • ÃO: se a sílaba tônica for a última (oxítona) Ex: cantarão, venderão, farão, comerão. EXPRESSÕES AFIM • Significa afinidade e, geralmente, é usado no plural (ex: Nós temos idéias afins.) A FIM DE • Se há um DE separado, separe o A. ACERCA DE • Significa a respeito de. (ex: Só falava acerca de suas aventuras) HÁ CERCA DE • Indica tempo transcorrido, em que há é igual a faz (ex: Há cerca de dez anos, estávamos no início desta obra) A CERCA DE • Indica um tempo futuro (ex: Daqui a cerca de três meses iniciaremos a obra). AO INVÉS DE • Traz a idéia de ao contrário de. (ex:Quando ouviu a piada, ao invés de rir, chorou.) EM VEZ DE • Significa em lugar de. (ex: Em vez de trabalhar, foi ao cinema.) A PAR • “A par de” é sinônimo da expressão “de par com” Ex: A par da (ou de par com a) beleza, devemos ressaltar sua inteligência. AO PAR • Expressão usada no mundo financeiro para indicar equivalência de moedas e títulos. AFORA • Pode ser usada em dois sentidos, como mostram os exemplos abaixo: Andava pelo mundo afora. Afora o líder, todos riram. Obs.: Existem de fora, por fora, em fora; mas não existe à fora. É, pois, erro grosseiro escrever: “Andava pelo mundo à fora”. IR AO ENCONTRO • Significa mover-se com o intuito de encontrar. (ex: Foi ao encontro da namorada) IR DE ENCONTRA À (AO) • Ir de encontra a significa chocar-se, abalroar. (ex: O automóvel foi de encontro ao barranco.) TAMPOUCO • Significa também não. (ex: Não fuma, tampouco bebe.)

Eu campeio Eu negocio Eu passeio Eu avio Eu receio Eu amacio

Cume Cumeeira Estância Estancieiro Lume Lumeeira Espécie Especieiro

Candeia Candeeiro Frio Frieira

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TÃO POUCO • Traz a idéia de muito pouco. (ex: Ele estuda tão pouco, que não passará.) TÃO-SÓ e TÃO-SOMENTE • São expressões que servem para reforçar somente, e empregam-se com hífen. QUE / QUÊ(S) É a palavra que mais funções pode exercer numa frase. Mas, basta que saibamos os raros casos nos quais deve ser acentuado por adquirir tonicidade. Podemos reduzi-los a dois: • Quando encerra a frase ou quando for exclamativo, circunstâncias em que virá necessariamente seguido de ponto: Disseste o quê? Quê! Não acredito. • Quando for substantivado, caso em que admite ser pluralizado: Tinha um quê estranho no olhar. (Tinha uns quês estranhos no olhar) CORRELAÇÕES ND x NS • Escreva ns e não nc se houver outra palavra da família grafada com nd: compreensão (compreender), extensão (estender). C x Z • Na dúvida entre z ou s em certos vocábulos, basta ver se há um na família que se escreve com c: atroz, (atrocidade), falaz (falácia), vizinho (vicinal). T x C (Ç) • Outra correlação entre palavras da mesma família que soluciona muitas dúvidas: exceção (exceto), torcer, torção (torto). CED x CESS, PRIM x PRESS, GRED x GRESS, TIR x SSÃO • Concessão (conceder), excesso (exceder), agressão (agredir), progressivo (progredir), opressivo (oprimir), impressão (imprimir), discussão (discutir), repercussão (repercutir). QUIS (com S) e FIZ (com Z). Por quê? • Se o infinitivo do verbo contiver a letra Z, ela não deve ser trocada por S na conjugação. Fazer - fiz, fizemos, fizeste etc. Dizer - diz, dizemos etc. Aprazer - apraz, aprazia etc. • Se o infinitivo não contiver Z, então, na conjunção, devemos usar S: Querer - quis, quiseste, quisera etc. Pôr - pus, pôs, pusemos, pusera etc. POR QUE - POR QUÊ - PORQUE - PORQUÊ(S) Não se trata, como alguns dizem, da mesma palavra com grafias diferentes; trata-se, na verdade, de palavras de categorias diferentes, cujo emprego depende da frase em que se inserem. Vejamos cada caso: POR QUE • Funciona como advérbio interrogativo, nas frases interrogativas diretas ou indiretas: Por que discordas de mim? (interrogativa direta) Gostaria de saber por que discordas de mim. (interrogativa indireta) Por que há tanta celeuma? (interrogativa direta) Dize-me por que há tanta celeuma. (interrogativa indireta) • Pode ser, ainda, a preposição por e o pronome relativo que. Ora, se pode ser pronome precedido de preposição, à semelhança de a que, de que, em que etc., está errado quem diz que se usa por que somente nas perguntas: A causa por que lutamos vencerá. Os caminhos por que andamos são tortuosos. Comprova-se, na prática, o uso de por que (preposição e pronome separados), substituindo-os pela expressão PELO QUAL (PELOS QUAIS, PELA QUAL, PELAS QUAIS): A causa pela qual lutamos vencerá. Os caminhos pelos quais andamos são tortuosos. Embora não seja necessário, porque as frases interrogativas são fáceis de reconhecer, artifício semelhante pode ser aplicado ao advérbio interrogativo:

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Por qual razão há tanta celeuma? Dize-me a razão pela qual há tanta celeuma. • Resumindo, usa-se POR QUE, sempre que for possível substituí-lo por uma expressão onde apareça QUAL ou QUAIS. POR QUÊ • Só pode ser advérbio interrogativo: Vieste tão tarde, por quê? Podes sair, mas quero saber por quê. Por quê, afinal? O acento se justifica pelo fato de o quê haver adquirido tonicidade, o que acontece quando for insulado ou está em final de frase. Pelos exemplos, observa-se que é muito freqüente nos diálogos das narrativas. Seu reconhecimento, na prática, faz-se pelo mesmo artifício do anterior. Receberá o acento, se bater num sinal de pontuação. PORQUE • É sempre conjunção. Em geral, é substituível por POIS e nunca é substituível por uma expressão em que aparece QUAL ou QUAIS: Trabalha, porque o trabalho enobrece. Há pessoas que não se abatem, porque possuem muita força de vontade. Na prática, se não for substituível por POIS, reconhece-se pela exclusão de POR QUE e POR QUÊ PORQUÊ(S) • Trata-se de uma substantivação. Como ocorre com os substantivos em geral, admite ser pluralizado, ao contrário dos casos anteriores em que temos palavras invariáveis: Não é fácil compreender o porquê desse comportamento. Eram tantos os porquês, que começamos a duvidar. HÍFEN - Sempre exigirão hífen: a) prefixos tônicos, com acento: além, aquém, recém, pré, pró, pós, grã, grão Ex: além-túmulo, além-mar, aquém-fronteira, pró-creches, pós-guerra, grão-mestre, grã-finagem. b) soto, sota, vice. Ex: soto-mestre, sota- piloto, vice-governador, vice-almirante. c) bem, sem Ex: bem-humorado, sem-vergonha, bem-amado, bem-estar, sem-cerimônia. d) ex, significando estado anterior, que já foi Ex: ex-colega, ex-presidente, ex-empregado. e) não, quando empregado como prefixo. Ex: não-agressão, não-alinhado, não-violência. - Certos prefixos, às vezes, exigem hífen. a) pseudo, auto, neo, infra, supra, extra, proto, intra, contra, ultra, semi Exigem hífen quando a palavra se inicia com VOGAL, H, R ou S Ex: pseudo-homem, auto-retrato, neo-sectário, infra-assinado, supra-renal, extra-oficial, (“extraordinário” é a única exceção desse quadro), proto- história, intra-uterino, contra-revolucionário, ultra-som, semi-reta, semi-índio; b) circum, pan, mal Exigem hífen quando a palavra se inicia com VOGAL ou H Ex: circum-adjacente, circum-hospitalar, pan-americano, pan-helenismo, mal-estar, mal-humorado; circunsessão, circunrodar, pansexual, panruralismo, malroupido, malsão; c) ante, anti, arqui, sobre Exigem hífen quando a palavra se inicia com H, R ou S Ex: ante-histórico, ante-sala, ante-republicano, arqui-rabino, arqui-secular, sobre-humano, anteontem, antiimperialista, arquiavô, sobreaviso. d) super, inter, hiper·. Exigem hífen quando a palavra se inicia com H ou R Ex: super-homem, super-resistente, inter- humano, inter-radica;: superativo, superinfluente, superunião, interurbano, interagir, intersindical. Obs.: Atente-se bem para o fato de que todos esses prefixos se unirão à palavra radical, se esta não começar por vogal, h, r, ou s (HORAS – O e A representam as vogais). Sem HORAS, não haverá hífen.

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* Exceção: Prefixo SUB, que exige hífen apenas quando as palavras se iniciam com R ou B. Ex: sub-reitor, sub-base, sub-biblioteca; subalugar, suboficial, subumano, subsolo, subseção. - Nunca exigirão hífen Outros elementos de composição que não têm vida própria na língua, tais como: micro, macro, termo, bi, tri, tetra, penta, hexa, hepta, aero, angi, bio, cis, ego, eletro, fisio, hemi, hidro, mono, multi, mini, maxi, neuro, oni, psico, quadri, radio, retro, sesqui, tele, termo, turbo, zôo. Ex: microônibus, macroatacado, termodinâmica, bicampeão, aeroespacial, anfiteatro, bioexaustor, cisplatino, egocentrista, eletromagnético, fisioterapia, retropropulsor, telejornalismo, turboélice, zoobotânica. Obs.:: Quando os elementos que não exigem hífen se ligam a palavras iniciadas por H, R, e S poderá ser necessário fazer adaptação ortográfica: sub + humano = subumano turbo + hélice = turboélice, (não há “h” mudo no meio) mini + saia = minissaia (sem “ss” teríamos de ler “minizaia”) radio + repórter = radiorreporter ACENTUAÇÃO GRÁFICA – REGRAS ANTIGAS 1. Monossílabos: acentuam-se monossílabos tônicos terminados em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)” (ex: lá, fé, dó, pés, mês)

- Os monossílabos átonos nunca são acentuados: de (preposição), mas (conjunção), os (artigo) e outros. 2. Oxítonas: acentuam-se oxítonas terminadas em “a(s)”, “e(s)”, “o(s)”, “em(ns)” (ex: Pará, café, caetés, cipó, compôs, também, parabéns) 3. Paroxítonas em ditongo crescente: acentuam-se paroxítonas terminadas em “r”, “l”, “n”, “x”, “ps”, “ã(s)”, “ão(s)”, “i

(s)”, “us”, “um(ns)” (ex: revólver, ginásio, revólver, útil, hífen, tórax, bíceps, ímã, órfãs, órgão, táxi, lápis, vírus, álbum)

- Os paroxítonos terminados em ens nunca são acentuados. (ex: jovens, itens) 4. Proparoxítonas: acentuam-se todos os proparoxítonos

(ex: lâmpada, médico, árvore, matemática, pêssego) 5. Ditongos abertos: acentuam-se os ditongos abertos terminados em “éu(s)”, “éi(s)”, “ói(s)” (ex: chapéu, anéis, troféus, céu, Elói, herói) 6. Hiato decrescente: acentuam-se os “i(s)”, “u(s)” tônicos.

* Exceção: seguidos de “l”, “n”, “r”, “z”, “m” (ex: mo-í-do, re-ú-ne, ju-í-za, fa-ís-ca, he-ro-ís-mo)

7. Sem acento: avaro, filantropo, ibero, pudico, rubrica, gratuito, libido, fluido, fortuito, arcaico, judaico, bauru, pitu, peru, tabu, umbu, urubu, abençoa, doa, pessoa, voa, perdoe, voe.

2. Morfologia.

2.1. Fonética.

Letra S • Sufixos “isa” (indicador de ocupação feminina), “ês” e “esa” (derivados de substantivos e substantivos nobiliárquicos): (Ex.: poetisa, profetisa, francês, inglês, calabresa, burguesa. • Após ditongo: (Ex.: pausa, coisa) • Derivados dos verbos pôr, querer e usar (Ex.: pusesse, quiser, usou) • Adjetivos terminados em “oso”, “osa” e “ense” (ex: prazeroso, gostoso, gasosa, caldense) • Derivados de verbos em “erter” e “ender” (ex: reverter - reversão; converter - conversão; defender = defesa; despender - despesa ) • Palavras derivadas de outras grafadas com “s”: (Ex.: casarão – casa; analisar – análise) Z • Derivados em “zal”, “zinho” e “zito” (ex: irmãozinho, cafezal, cafezinho) • Derivados de outras palavras grafadas com “z” (ex: cruzeiro – cruz; enraizar - raiz) • Verbos em “izar” (ex: fertilizar, civilizar) • Palavras terminadas em “triz” (ex: bissetriz) • Substantivos abstratos femininos, derivados de adjetivos (aridez – árido; acidez – ácido; estupidez – estúpido) • Substantivo cuja base é um adjetivo, denotando qualidade física (ex: belo = beleza) • Sufixos “ez” e “eza” formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos. (ex.: surdez, avareza, singeleza) ISAR • Quando a palavra primitiva oferece IS (ex: análise – analisar; paralisia – paralisar; friso – frisar) IZAR

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• Ocorre quando a palavra primitiva não oferece IS (ex: canal – canalizar; bárbaro – barbarizar; nacional – nacionalizar; humano – humanizar) SS • Derivados de verbos terminados em “tir” (ex: discutir = discussão, repercutir = repercussão) Ç • Palavras de origem árabe, indígena ou africana (ex: miçanga, paçoca, açaí, jaçanã) ÇÃO • Substantivos derivados de verbo (ex: intuir = intuição) X • Após ditongo (ex: caixa, ameixa, frouxo) • Após “en” (enxugar, enxerido, enxada) *Exceções: a palavra encher e as derivadas dela; palavras iniciadas por ch, antecedidas do prefixo en: enchapelar (en + chapéu + ar) • Palavras indígenas, africanas ou traduzidas do inglês (ex: abacaxi, xavante, caxambú, xampu) • Após “me” (ex: mexer, mexerica) *Exceção: mecha I • Verbos no infinitivo terminados em air, oer e uir . (Ex.: caí, dói, atribui) E • Ditongos nasais: (Ex.: mãe, põe, cães) • Verbos com infinitivo em oar e uar: (Ex.: perdoe, continue, atue) J • Usado diante das letras a, o, u: (ex.: janela, bocejo, caju) • Palavras derivadas de outras grafadas com j: (Ex.: laranja – laranjada; varejo – varejista) • Verbos terminados em “jar” (Ex: viajar – viajo; arranjar - arranjo) • Palavras indígenas, africanas ou populares (ex: jequitibá, pajé, canjica) • Palavras terminadas em “aje” (Ex.: viaje, traje, laje) G • Usado diante das letras e e i (Ex.: beringela, ginástica – Exceções: jipe, jibóia, jiló) • Substantivos terminados em “agem”, “igem” e “ugem” (Ex.: libertinagem, vertigem, ferrugem) • Palavras terminadas em “gio” (Ex.: pedágio, litígio, refúgio, colégio, relógio) H • Mudo, no meio, só na palavra Bahia; • para escrever desonesto, desonra, subumano, elimina-se o H de honesto, honra e humano. K, W, Y • São usadas apenas em abreviaturas (W.C. - “water-closet”), símbolos (kg - quilograma) e nomes próprios (Kant, Byron) ou palavras derivadas deles (kantismo, byroniano).

Fonema A palavra falada constitui-se de uma combinação de unidades mínimas de som (fonemas). Essas unidades

sonoras são representadas graficamente na escrita através de letras. Não se deve confundir fonema com letra. Um é o elemento acústico, enquanto o outro é um sinal gráfico, que representa o fonema segundo a convenção da língua. Nem sempre há uma correspondência entre letra e som. Uma mesma letra pode representar sons diferenciados (próximo, exame, caixa); existem letras diferentes correspondendo ao mesmo som (seco, cedo, laço, próximo); uma letra pode representar mais de um som (fixo); há letra que não tem som algum (hora) e certos sons ora são representados por uma só letra, ora por duas (xícara/chinelo, gato/guitarra, rabo/carro). O fonema é, portanto, o menor elemento sonoro capaz de estabelecer distinção de significado. Tipos de fonemas

• Vogal - sons cuja produção não encontra obstáculos para a passagem de ar. Não precisam de amparo de outro fonema para serem emitidos, constituem assim a base da sílaba. Em quilo o u não é fonema, logo não há ditongo; já em quatro é pronunciado, constituindo o ditongo.

• Semivogal - sons i e u quando apoiados em uma vogal autêntica na mesma sílaba. Não desempenham o papel de núcleo silábico. Os fonemas e e o, nas mesmas circunstâncias, também serão semivogais.

• Consoante - fonemas produzidos através da obstrução à emissão de ar, precisando de uma vogal para serem

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emitidos. Para haver consoante, é necessário o fonema (som) e não a letra (representação). Na palavra fixo, há três fonemas consonantais, apesar de haver graficamente só duas consoantes.

Classificação dos fonemas Há quatro critérios de classificação para as vogais:

• Zona de articulação o média ou central: a o anteriores ou palatais: é, ê, i o posteriores ou velares: ó, ô, u

• Intensidade o tônicas: mais intensidade o átonas: intensidade fraca o a vogal átona pode ser: pretônica, postônica ou subtônica / facilmente = a (subton.), i (preton.), último e

(poston.) • timbre

o abertas - a, é, ó (em sílaba tônica ou subtônica) o fechadas - ê, ô, i, u (em sílabas tônicas, subtônicas ou átonas) o reduzidas - vogais átonas finais, proferidas fracamente

• papel das cavidades bucal e nasal o orais - a, é, ê, i, ó, ô, u - ressonância apenas da boca o nasais - todas as vogais nasalisadas - ressonância em parte da cavidade nasal. Índices de nasalidade:

~ e m ou n em fim de sílaba. Observação: as vogais nasais são sempre fechadas As consoantes também apresentam quatro critérios de classificação

• modo de articulação o oclusivas - corrente de ar encontra na boca obstáculo total - p, b, t, d, c(=k) e q, g (=guê) o constritivas - corrente de ar encontra obstáculo parcial na boca - f, v, s, z, x, j, l, lh, r, rr. Elas

subdividem-se em: fricativas - f, v, s, z, x, j / laterais - l, lh / vibrantes - r, rr Observação: as consoantes nasais (m, n, nh) são ponto de divergência entre gramáticos, no tocante a agrupá-las como oclusivas ou constritivas. Isso se deve ao fato de a oclusão ser apenas bucal, chegando o ar às fossas nasais onde ressoa. Para Faraco e Moura, são oclusivas. Hildebrando não as coloca em nenhum dos dois grupos.

• ponto de articulação o bilabiais - p, b, m o labiodentais - f, v o linguodentais - t, d, n o alveolares - s, z, l, r o palatais - x, j, lh, nh o velares - c(=k), qu, g (=guê), rr

• papel das cordas vocais o surdas - sem vibração - p, t, c(=k), qu, f, s, x o sonoras - com vibração - b, d, g, v, z, j, l, lh, m, n, nh, r (fraca), rr (forte)

• papel das cavidades bucal e nasal o nasais - m, n, nh o orais - todas as outras

2.2. Estrutura e formação de palavras.

Palavra e morfema

Observamos que em português as palavras estão constituídas de uma base fônica e de duas formas semânticas, a gramatical e a lexical. Essas unidades são conhecidas pelo nome técnico de morfema.

Morfema é a unidade mínima dotada de significado que integra a palavra; a classificação dos elementos mórficos está dada a seguir: Elementos mórficos: radical, afixo, desinência, vogal temática de verbo e nome, fonema de ligação, radicais gregos e latinos. RADICAL

É o elemento irredutível e comum às palavras de uma mesma família. Na série pedra, pedreiro, pedreira – o segmento pedr é o radical, pois satisfaz as exigências acima. A raiz da palavra também recebe a denominação de Semantena.

Palavras cognatas são aquelas que possuem o mesmo radical. Ex.: Terra, Terreno (radical terr)

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AFIXOS: PREFIXOS E SUFIXOS

Chamam-se afixos os elementos que se juntam ao radical para mudar-lhe o sentido, acrescentar-lhe uma idéia secundária ou ainda mudar a classe gramatical do vocábulo. Ex.: Padre/ padreco (houve uma mudança de sentido); bom/ bondade (o adjetivo bom passou ao substantivo bondade).

Os afixos, colocados antes do radical, denominam-se prefixos e os colocados depois do radical chamam-se sufixos. Estes, geralmente, provocam mudança de classe gramatical.

A diferença fundamental entre os prefixos e os sufixos, é que, diferente do sufixo, o prefixo não contribui para a mudança de classe do radical. Se acrescentarmos ao adjetivo leal o sufixo dade, ele passa a substantivo lealdade; o mesmo não ocorre se acrescentarmos o prefixo des, o adjetivo leal passa a desleal, que também é adjetivo.

Mudança de Classe

Sufixos Aumentativos – caldeirão, ricaço, fogaréu, poetastro, linguaraz Sufixos Diminutivos – pequenino, gorducho, casebre, lugarejo, ruela, lembrete, folhinha, cãozinho, petisco, florzita, rapazola, caixote, corpúsculo, minúscula DESINÊNCIAS

São os morfemas terminais das palavras variáveis. Existem desinências nominais, que encerram a idéia de gênero e número, e as desinências verbais que exprimem modo e tempo (modo-temporais) e indicam número e pessoa (número-pessoais).

Tanto sufixos quanto as desinências são morfemas terminais das palavras. No entanto, existem duas diferenças relevantes entre eles:

� a primeira é que, as desinências fazem a concordância das palavras na frase: Os homens trabalhadores prosperam.

Os e trabalhadores concordam com o sujeito homens em gênero e número; o sujeito homem e o verbo prosperam concordam em número e pessoa.

Já os sufixos possibilitam a criação de novas palavras. Se acrescentarmos o sufixo eira ao substantivo manga,teremos outro substantivo, mangueira;

� outra diferença é que as desinências são morfemas que não se podem dispensar – toda forma verbal portuguesa está associada às noções de modo e tempo e de número e pessoa.

Com estas considerações, pode-se dizer que o grau não constitui um caso de flexão e que o substantivo flexiona-

se apenas em gênero e número. Pois a expressão do grau não implica concordância, não havendo, portanto, obrigatoriedade do uso desse elemento em casinha bonita. Em vez de casinha poderíamos dizer casa pequena. Sendo assim, a expressão de grau é um caso de derivação prefixal.

São exemplos dos principais prefixos abstrair, além-mar, anteontem, bem-vindo, impossível, desatar, superpor, contracheque, divagar, ex-namorado, embeber, entrevista, extraordinário, intrometer, justaposição, mal-educado, obstruir, subjugar, sobrescrever, percorrer, pós-graduação, prosseguir, recomeçar, retroagir, semicírculo, vice-campeão, transbordar, ultrapassar.

São exemplos dos principais sufixos pequenino; dormitório, espiritual, felicidade

FORMAM A PARTIR DE SUBSTANTIVOS ADJETIVOS VERBOS ADVÉRBIOS

SUBSTANTIVOS

dentada, garfada, papelada, limonada, risada, principado, sindicato, portal, pastagem,

aprendizagem, lamaçal, gentio, canalha, dinheirama, vasilhame,

livraria, aquário, sorveteria, gritaria, pirataria, erário, vinhedo, rochedo,

livreiro, mangueira, pulseira, advocacia, bronquite, ferrugem,

chorume

maníaco, dentado, prosaico, causal, escolar, humano,

baiano, alemão, mineiro, tributário, terreno, turbulento, inglês,

forense, férreo, celeste, alimentício, estudantil,

florentino, jesuíta, risonho, orgulhoso, aromático, peludo

Murar, saborear, gotejar,

atormentar, florescer, falsificar, fervilhar,

chuviscar, arborizar

------------------

ADJETIVOS Bondade, escuridão, fraqueza,

alegria, meninice, longitude, verdura

Francamente, livremente

VERBOS

Lembrança, pretendente, salvador, aquecedor, nomeação,

repercussão, dormitório, formatura, conhecimento

Resistente, afirmativo, quebradiço,

preparatório, desejável ----------------- ------------------

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Desinências nominais a) De gênero – masculino – o, feminino – a . Muitas gramáticas consideram o –o como marca de masculino em oposição ao –a feminino. Mattoso Câmara diz

que não existe desinência de gênero masculino, ele considera o –o, como vogal temática. Ex.: palhaço – palhaça; médico – médica.

b) De número – singular (ausência de desinência), plural -s. Ex.: palhaço – palhaços; médica - médicas

Desinências verbais Indicam o modo e o tempo verbal (modo-temporal) ou o número e a pessoa verbais (número-pessoal). Ex.: pass-á-va-mos Pass – radical Á – vogal temática Va – desinência modo-temporal (pretérito imperfeito) Mos – desinência múmero-pessoal (1ª pessoa do plural) VOGAIS TEMÁTICAS

São vogais colocadas entre o radical e a desinência. Acrescentam-se ao radical para formar o tema da palavra. Têm a função de marcar classes de nomes e de verbos. Ex.: govern-a-va Govern – radical A – vogal temática Va – desinência Vogais temáticas nominais

São a, e e o, quando átonas finais, como nas palavras: livr-o, urs-o; cart-a, cas-a; mont-e, val-e. É necessário aqui diferenciar desinência de vogal temática. Para os principais gramáticos, o –o e o –a só serão

desinências, quando existir uma forma masculina e outra feminina para as palavras que as mesmas encerram. Caso contrário, serão vogais temáticas. Vogais temáticas verbais

São a, e e i, criando três grupos de verbos a que se dá o nome de conjugação. Ex.: 1ª conjugação ar - and-a-r; atac-a-va

2ª conjugação er - colh-e-r; mex-e-ra 3ª conjugação ir - part-i-r; defin-i-ra Vogais ou consoantes de ligação

São elementos que surgem para facilitar ou possibilitar a leitura/pronúncia. Ex.: tecnocracia; cafeteira. a) Vogais de ligação

As vogais temáticas de português são apenas duas: /i/, que compõe elementos de origem latina, e /o/, que compõe elementos de origem grega. Só serão vogais de ligação, quando puderem ser isoladas. Ex.: facilidade - fácil +i + dade; gasômetro – gás + ô + metro.

Nas composições a partir de adjetivos terminados em –io, o /i/ possui variante /e/, que servem para evitar a eufonia. É o caso de: sério/ seriedade e próprio/ propriedade. b) Consoantes de ligação

As consoantes de ligação mais freqüentes são /z/ e /l/ , e podem ser observadas em palavras como: café-z-al; capin-z-al; pau-l-ada e cha-l-eira. São raras as ocorrências de outras vogais de ligação, como /g/ e /t/, que figuram em palavras como: mata-g-al e café-t-eira. Processos de Formação de Palavras: derivação, composição, hibridismo e outros processos não incluídos na Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB). DERIVAÇÃO

Cada língua tem seus mecanismos de formação de palavras novas, uns até mais condensados do que outros. No caso específico da língua portuguesa, dentre vários processos destacam-se a derivação e a composição. Compreende-se assim, que essa maneira de enriquecer o léxico articula-se em torno das formas presas – em posição anterior com os prefixos e posterior com os sufixos.

Derivação é, portanto, a obtenção de novas palavras, a partir de palavras primitivas, por meio de acréscimo de afixos. A partir da palavra primitiva pessoal, formamos impessoal ou pessoalmente.

Dentro desses lineamentos, há gramáticos que classificam o sufixo em três categorias: a) Verbal: quando concorre para a formação de verbos – entarde(cer), namor(icar), relamp(ejar); b) Nominal quando contribui para a produção de substantivo e adjetivos – orelh(udo), bel(íssimo); c) Adverbial: quando se agrupa a outro vocábulo para formar advérbio, tais como: tri(eza), real (mente).

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Vale lembrar que existem casos especiais em que o sufixo é aparentemente aumentativo. Veja-se o que acontece nesta frase: “João, traga-me, por favor, àquele calção...!”. Constata-se, no entanto, que o nome fixado não corresponde à calça grande.

A propósito, considerada um problema para alguns estudiosos e solução para outrem, a derivação parassindética abolida pela NGB, constitui um processo formado por prefixação ou sufixação simultânea. Ex.: desalmado, inquebrável, anoitecer.

Quanto a derivação regressiva ou deverbal, esta se propõe a formar palavras por analogia, pela retirada de algum sufixo, dando a falsa impressão de serem vocábulos derivantes. Ex.: lutar (luta), embarcar (embarque).

Insere-se também nesse processo, a reduplicação que é um recurso para criar palavra marcada pela expressividade. Consiste, entretanto, na repetição de uma vogal ou consoante. Ex.: vovô, tique-taque, titia.

Outro mecanismo muito limitado é a abreviatura de alguns compostos formados por radicais gregos ou latinos. De cinematográfico, obtêm-se a abreviatura cinema; automóvel - auto; motocicleta - moto.

A título de ilustração, note-se nos vocábulos esquec-i-mento e grat-i-dão, um elemento destituído de significação, o qual une o radical a um infixo. Para tanto, esse fragmento que realiza a articulação entre a raiz de certos derivados é o que classificamos de interfixo.

Derivação Prefixal ou Prefixação Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, alterando o seu significado. Ex.: pôr – repor, interpor, recompor, contrapor, decompor. Derivação Sufixal ou Sufixação Resulta do acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Ex.: valor – valorizar (verbo), valorização (substantivo). É possível, após obter uma palavra por prefixação, formar outra por sufixação, ou vice-versa. Ex.: igual – igualdade – desigualdade. Não confundir com a derivação parassintética que é um processo simultâneo, concomitante de acréscimo de prefixo e sufixo. Ex.: expropriar, provém de próprio, e não de propriar ou expróprio. Derivação Imprópria Ocorre quando determinada palavra sem sofrer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Ex.: Só aceitarei um sim como resposta. A palavra Sim, um advérbio, se converteu em substantivo.

COMPOSIÇÃO

Na composição ocorre a formação de novas palavras, a partir da junção de pelo menos dois radicais, que inclusive adquirem outro significado. Ex.: Guarda-chuva, beija-flor, girassol (gira + sol). As palavras resultantes são chamadas de palavras compostas. Tipos de composição

a) Por justaposição: se dá quando dois vocábulos se unem formando um novo, sem que haja perda de elemento. Ex.: Couve-flor, sexta-feira, girassol.

b) Por aglutinação: é a união de dois radicais, onde um deles perde sua integridade sonora, sofrendo modificações. Ex.: planalto (plano + alto), aguardente (água + ardente)

Uso de Hífen nos compostos

� Apresentar unidades semânticas: a significação global deve ser diferente da significação individual dos elementos constitutivos. Examine-se a título de exemplo o contraste: mesa-redonda/ mesa redonda;

� Ter consciência dos elementos constitutivos que conservam a realização prosódica normal dos fonemas e acentos. Note-se, por exemplo, os timbres diferentes do o nos contrastes: roda-gigante (com o aberto)/ rodapé (com o fechado);

� Serem formas livres os elementos componentes: alça/ pé/ alçapão (de alça e põe). Obviamente na disposição dos termos compostos, há obediência à uma seqüência, na qual não pode ser

inscrito outro elemento. Ex.: Honesto guarda-civil / Guarda – honesto – civil Sabe-se que os compostos têm formação sintática que foge ao padrão. Ex.: surdo-mudo (há uma junção de dois

substantivos sem o auxilio de uma conjunção); sempre-viva (advérbio + substantivo). HIBRIDISMO Hibridismos ou palavras híbridas são vocábulos que se formam a partir da combinação de elementos (radicais) gregos e latinos. Ex.: automóvel (auto – grego + móvel – latim). OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS Abreviação Vocabular

Consiste na eliminação de um segmento de uma palavra a fim de se obter uma forma mais curta, sem perder o significado original. Essa forma é de amplo uso coloquial, mas, geralmente, já faz parte da língua escrita.

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Siglonimização

É o processo de formação de siglas, a partir das letras iniciais das palavras.

Onomatopéia

Uma nova palavra é formada por meio da imitação de sons. Ex.: Cacarejar, xixi, tico-tico, bangue-bangue.

PROCESSOS DE ENRIQUECIMENTO DO LÉXICO

Neologismo Semântico Significa acrescentar significados a determinadas palavras sem que elas passem por qualquer processo de modificação formal. Soma-se um novo significado àquele que a palavra já possuía. Ex.: Papagaio (ave) e Papagaio (pessoa falante)

Empréstimos lingüísticos ou Estrangeirismo Ao analisarmos o léxico do português contemporâneo, observamos que este é constituído principalmente por palavras de origem latina e palavras estrangeiras. “Os empréstimos” de outras línguas ocorrem diante do intercâmbio cultural e comercial entre as nações e da necessidade de incorporação ao português de termos que se referem aos avanços científicos e tecnológicos. Empréstimos lingüísticos ou Estrangeirismo consiste, portanto, no emprego de palavras de línguas estrangeiras, tais como a Francesa e a Inglesa Norte-Americana. Geralmente, as palavras tomadas passam por um processo de “aportuguesamento”, como por exemplo, em: abajur, xampu, futebol. Outras se mantêm: shopping, delete, enter,show,stress.

OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS DERIVAÇÃO

Cada língua tem seus mecanismos de formação de palavras novas, uns até mais condensados do que outros. No caso específico da língua portuguesa, dentre vários processos destacam-se a derivação e a composição. Compreende-se assim, que essa maneira de enriquecer o léxico articula-se em torno das formas presas – em posição anterior com os prefixos e posterior com os sufixos.

Derivação é, portanto, a obtenção de novas palavras, a partir de palavras primitivas, por meio de acréscimo de afixos. A partir da palavra primitiva pessoal, formamos impessoal ou pessoalmente.

Dentro desses lineamentos, há gramáticos que classificam o sufixo em três categorias: d) Verbal: quando concorre para a formação de verbos – entarde(cer), namor(icar), relamp(ejar); e) Nominal quando contribui para a produção de substantivo e adjetivos – orelh(udo), bel(íssimo); f) Adverbial: quando se agrupa a outro vocábulo para formar advérbio, tais como: tri(eza), real (mente).

Vale lembrar que existem casos especiais em que o sufixo é aparentemente aumentativo. Veja-se o que

acontece nesta frase: “João, traga-me, por favor, àquele calção...!”. Constata-se, no entanto, que o nome fixado não corresponde à calça grande.

A propósito, considerada um problema para alguns estudiosos e solução para outrem, a derivação parassindética abolida pela NGB, constitui um processo formado por prefixação ou sufixação simultânea. Ex.: desalmado, inquebrável, anoitecer.

Quanto a derivação regressiva ou deverbal, esta se propõe a formar palavras por analogia, pela retirada de algum sufixo, dando a falsa impressão de serem vocábulos derivantes. Ex.: lutar (luta), embarcar (embarque).

Insere-se também nesse processo, a reduplicação que é um recurso para criar palavra marcada pela expressividade. Consiste, entretanto, na repetição de uma vogal ou consoante. Ex.: vovô, tique-taque, titia.

Outro mecanismo muito limitado é a abreviatura de alguns compostos formados por radicais gregos ou latinos. De cinematográfico, obtêm-se a abreviatura cinema; automóvel - auto; motocicleta - moto.

A título de ilustração, note-se nos vocábulos esquec-i-mento e grat-i-dão, um elemento destituído de significação, o qual une o radical a um infixo. Para tanto, esse fragmento que realiza a articulação entre a raiz de certos derivados é o que classificamos de interfixo.

Derivação Prefixal ou Prefixação Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, alterando o seu significado. Ex.: pôr – repor, interpor,

Cinematográfico → Cinema → Cine Belo Horizonte → BH Otorrinolaringologista → Otorrino Ex-namorada, ex-marido → Ex Telefone → Fone Videocassete → Vídeo Japonês → Japa Vice-governador, vice-presidente → Vice

CPI → Comissão Parlamentar de Inquérito SUS → Sistema Único de Saúde

CNPJ → Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

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recompor, contrapor, decompor. Derivação Sufixal ou Sufixação Resulta do acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical. Ex.: valor – valorizar (verbo), valorização (substantivo). É possível, após obter uma palavra por prefixação, formar outra por sufixação, ou vice-versa. Ex.: igual – igualdade – desigualdade. Não confundir com a derivação parassintética que é um processo simultâneo, concomitante de acréscimo de prefixo e sufixo. Ex.: expropriar, provém de próprio, e não de propriar ou expróprio. Derivação Imprópria Ocorre quando determinada palavra sem sofrer acréscimo ou supressão em sua forma, muda de classe gramatical. Ex.: Só aceitarei um sim como resposta. A palavra Sim, um advérbio, se converteu em substantivo.

COMPOSIÇÃO

Na composição ocorre a formação de novas palavras, a partir da junção de pelo menos dois radicais, que inclusive adquirem outro significado. Ex.: Guarda-chuva, beija-flor, girassol (gira + sol). As palavras resultantes são chamadas de palavras compostas. Tipos de composição

a) Por justaposição: se dá quando dois vocábulos se unem formando um novo, sem que haja perda de elemento. Ex.: Couve-flor, sexta-feira, girassol.

b) Por aglutinação: é a união de dois radicais, onde um deles perde sua integridade sonora, sofrendo modificações. Ex.: planalto (plano + alto), aguardente (água + ardente)

Uso de Hífen nos compostos

� Apresentar unidades semânticas: a significação global deve ser diferente da significação individual dos elementos constitutivos. Examine-se a título de exemplo o contraste: mesa-redonda/ mesa redonda;

� Ter consciência dos elementos constitutivos que conservam a realização prosódica normal dos fonemas e acentos. Note-se, por exemplo, os timbres diferentes do o nos contrastes: roda-gigante (com o aberto)/ rodapé (com o fechado);

� Serem formas livres os elementos componentes: alça/ pé/ alçapão (de alça e põe). Obviamente na disposição dos termos compostos, há obediência à uma seqüência, na qual não pode ser

inscrito outro elemento. Ex.: Honesto guarda-civil / Guarda – honesto – civil Sabe-se que os compostos têm formação sintática que foge ao padrão. Ex.: surdo-mudo (há uma junção de dois

substantivos sem o auxilio de uma conjunção); sempre-viva (advérbio + substantivo). HIBRIDISMO Hibridismos ou palavras híbridas são vocábulos que se formam a partir da combinação de elementos (radicais) gregos e latinos. Ex.: automóvel (auto – grego + móvel – latim).

Abreviação Vocabular Consiste na eliminação de um segmento de uma palavra a fim de se obter uma forma mais curta, sem perder o significado original. Essa forma é de amplo uso coloquial, mas, geralmente, já faz parte da língua escrita.

Siglonimização É o processo de formação de siglas, a partir das letras iniciais das palavras.

Onomatopéia Uma nova palavra é formada por meio da imitação de sons. Ex.: Cacarejar, xixi, tico-tico, bangue-bangue. PROCESSOS DE ENRIQUECIMENTO DO LÉXICO Neologismo Semântico

Cinematográfico → Cinema → Cine Belo Horizonte → BH Otorrinolaringologista → Otorrino Ex-namorada, ex-marido → Ex Telefone → Fone Videocassete → Vídeo Japonês → Japa Vice-governador, vice-presidente → Vice

CPI → Comissão Parlamentar de Inquérito SUS → Sistema Único de Saúde CNPJ → Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

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Significa acrescentar significados a determinadas palavras sem que elas passem por qualquer processo de modificação formal. Soma-se um novo significado àquele que a palavra já possuía. Ex.: Papagaio (ave) e Papagaio (pessoa falante) Empréstimos lingüísticos Consiste no emprego de palavras de línguas estrangeiras, tais como a Francesa e a Inglesa Norte-Americana. Geralmente, as palavras tomadas passam por um processo de aportuguesamento, como por exemplo, em: abajur, xampu, futebol. Outras se mantêm: shopping,delete, enter,show,stress.

2.3. Classes de palavras: emprego, flexões e valores semânticos.

As palavras agrupam-se em dez classes gramaticais. Existem classes gramaticais de palavras variáveis e classes gramaticais de palavras invariáveis. Palavra variável é aquela que altera sua forma para indicar um acidente gramatical. A invariável é a palavra de forma fixa. São elas:

1. Substantivo: são palavras que nomeiam seres, sejam eles pessoas, lugares, grupos, entes da natureza (Ex.:

Douglas, Belo Horizonte, sociedade, vegetação, anjo, sereia). Além disso, indicam ações, estados, desejos, sentimentos e idéias (Ex.:correria, felicidade, carinho, liberdade). � Simples: apresentam apenas um radical em sua estrutura. Ex.: régua, apostila, vento. � Compostos: apresentam pelo menos dois radicais. Ex.: beija-flor, lágrima-de-nossa-senhora. � Comum: é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica. Por exemplo, pedra, computador,

cachorro, mulher, caderno. � Próprio: é aquele que designa um ser específico, determinado, individualizado. Deve ser escrito com letra

maiúscula. Por exemplo: Londrina, Dílson, Brasil, Éster. � Concreto: é aquele que designa seres de existência independente, reais ou imaginários. Por exemplo: ar,

som, Deus, computador, pedra, Andréa, saci. � Abstrato: é aquele que designa pratica de ações verbais, existência de qualidades ou sentimentos e estados

humanos. Por exemplo: saída (pratica de sair), beleza (existência do belo), tristeza (estar triste), ética. � Coletivos: é um tipo de substantivo comum que nomeia um conjunto de seres de uma mesma espécie. Ex.:

batalhão (conjunto de soldados); quadrilha (conjunto de ladrões); caravana (conjunto de viajantes, peregrinos); buquê (flores); enxame (abelhas); atlas (mapas); vocabulário (palavras); fauna (animal)

� Biformes: quando apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino. Ex.: menino/menina; pato/pata; cidadão/cidadã; cão/cadela; avô/avo; genro/nora; boi/vaca.

� Comuns de Dois Gêneros: apresentam uma única forma para o dois gêneros. Ex.: o/a dentista; o/a cliente; o/a modelo.

� Sobrecomuns: designam seres humanos e são sempre do mesmo gênero. Ex.: a criança; o indivíduo; a testemunha; o cônjuge.

� Epicenos: têm um único gênero para designar animais e algumas plantas. Ex.: a cobra; o jacaré; a borboleta; o coqueiro.

Flexão de Número – Substantivos Compostos

A formação plural desses substantivos depende de como são grafados. a) Substantivos compostos que são grafados sem hífen comportam-se como os simples. Ex.: girassol/girassóis; pontapé/pontapés. b) Segundo elemento vai para o plural - quando o primeiro elemento é um verbo ou uma palavra variável e o segundo elemento é um substantivo ou um adjetivo. Ex.: beija-flor/beija-flores; alto-falante/alto-falantes; sempre-viva/sempre-vivas. - substantivos formados por acréscimo de prefixo ligado por hífen. Ex.: vice-presidente/vice-presidentes - compostos formados por palavras repetidas ou onomatopaicas. Ex.: reco-reco/reco-recos c) Apenas o primeiro elemento varia. - compostos formados por dois substantivos, onde o segundo elemento dá idéia de finalidade, semelhança ou limita o primeiro. Ex.: pombo-correio/pombos-correio; escola-modelo/escolas-modelo; banana-maçã/bananas/maçã. - compostos em que os elementos são unidos por preposição. Ex.: pé-de-moleque/pés-de-moleque d) Ambos os elementos variam.

• Substantivo • Adjetivo • Numeral • Artigo • Advérbio • Pronome • Preposição • Conjunção • Interjeição • Verbo

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- compostos em que os dois elementos são variáveis. Ex.: guarda-civil/guardas-civis; bóia-fria/bóias/frias e) Não possuem plural. Ex.: o, os salva-vidas; o, os louva-a-deus; o, os topa/tudo; f) Exceções: bem-te-vi/bem-te-vis; bem-me-quer/bem-me-queres

2. Adjetivo: é a palavra que caracteriza o substantivo. Atribui ao substantivo qualidades e modos de ser, indicando-lhe aspecto ou estado. Ex.: Aquele Curso é virtual, preparatório e eficiente.

� Adjetivo Simples: apresentam um único radical em sua estrutura. Ex.: preto, pequeno, alegre � Adjetivo Composto: apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura. Ex.: socioeconômico, luso-africano � Adjetivo Primitivo: não derivam de outras palavras, mas podem formar outras. Ex.: verde, cumprido, claro. � Adjetivo Derivados: são formados por derivação de outras palavras. Ex.: insatisfeito, azulado, caloroso. � Adjetivos Pátrios: referentes a países, estados, cidades, regiões. Ex.: Mineiro, Belo Horizontino, Caribenho,

Belga, Norte Americano. � Adjetivos Biformes: possuem uma forma para o gênero masculino e outra para o feminino. Ex.: honesto/honesta;

pomposo/pomposa; português/portuguesa; mau/má; bom/boa; blusa azul-escura/casaco azul-escuro; � Adjetivos Uniformes: possuem a mesma forma para o masculino e o feminino. Ex.: cortês; bicolor; superior;

melhor; menina frágil/menino frágil; vida exemplar/comportamento exemplar. Flexões Os adjetivos se flexionam em gênero, número e grau. � Gênero: Ex.: um pedagogo ativo – uma pedagoga ativa � Número: Ex.: professor capaz/professores capazes; intervenção jurídico-trabalhista/intervenções jurídico-

trabalhistas.

� Grau: � Comparativo de Igualdade: compara-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas a um mesmo ser. Ela é tão exigente quanto inteligente. � Comparativo de Superioridade: Estamos mais atentos que ansiosos. A preocupação social é maior que a preocupação econômica. Ele é menor (mais pequeno) do que sua irmã. Trabalhar é pior (mais mau) que estudar. � Comparativo de Inferioridade: Somos menos questionadores que passíveis. � Superlativo Relativo de Superioridade: intensificação da característica atribuída a todos os demais seres de um conjunto que a possuem. Ex.: Ele é o mais exigente de todos os alunos. Aquele professor é o melhor (mais bom) dos docentes da Faculdade. � Superlativo Relativo de Inferioridade: Ex.: Carlos é o menos crítico de todos. Pedrinho é o menor de todos os irmãos. � Superlativo Absoluto Analítico: intensifica-se a característica atribuída a um determinado ser, transmitindo idéia de excesso. É formado normalmente com advérbio. Ex.: Somos demasiadamente inteligentes. � Superlativo Absoluto Sintético: expresso com a participação de sufixos. Ex.: Drummond é um escritor originalíssimo. Aquelas anedotas são superdivertidas (usado na língua coloquial)

Obs.: Adjetivos e Locuções Adjetivas – materno ou maternal/de mãe; abdominal/de abdômen; urbano ou citadino/de cidade; leonino/de leão; venoso/de veias; viril ou humano/de homem; rupestre/de rocha.

3. Numeral: é a palavra que expressa quantidade exata de seres, coisas ou conceitos ou o lugar que elas ocupam

numa determinada seqüência. Cardinal é o numeral que apenas nomeia. Ex.: um, dois..., um milhão... Quando indica a ordem ocupada numa série, é chamado ordinal. Ex.: primeiro, segundo, nonagésimo...etc. Multiplicativos: dobro, triplo, .... Fracionários: metade, um terço, um quinto...

Algarismos Arábicos: 1, 2, 3, 19, 50, 900, 1000 ... Algarismos Romanos: I, II, III, XIX, L, CM, M ...

Flexões Os numerais se flexionam em gênero, número e grau. � Gênero: alguns numerais cardinais Ex.: um/uma, dois/duas, trezentos/trezentas � Número: alguns numerais cardinais Ex.: milhão/milhões, bilhão/bilhões � Gênero e Número: numerais ordinais e fracionários. Ex.: primeiro(s)/primeira(s), milésimo(s)/milésima(s), um

terço/dois terços/duas terças partes. � Grau: mais comum na linguagem coloquial. Ex.: O time foi para a segundona. A apostila é de primeiríssima

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qualidade. Emprego dos numerais:

� Na designação de séculos, Reis, Papas, Imperadores, Capítulos, festas, feiras, etc., quando o número vem depois do substantivo, utilizam-se os ordinais até décimo e cardinais os seguintes. Ex: Século XX (vinte); Século X (décimo); Papa João Paulo II (segundo); Papa João XXIII (vinte e três), Capítulo XIV (quatorze ou catorze)

� Para leis, decretos, portarias, utiliza-se o ordinal até o nono e o cardinal do dez em diante. Ex.: Artigo 1º(primeiro), Artigo 9º (nono), Artigo 10 (dez), Artigo 51 (cinqüenta e um).

� Para designar dia do mês, utilizam-se os cardinais, exceto na indicação do primeiro dia. Ex.: dia primeiro de abril; dia 19 de julho.

� Quando o numeral vem antes do substantivo, utiliza-se números ordinais. Ex.: o vigésimo primeiro capítulo, o décimo primeiro dia do mês de julho, o segundo domingo de maio.

Obs.: a) Ambos/ambas são considerados numerais, pois indicam um(a) e outro(a)/os(as) dois(duas).Podem ser usados na forma enfática: ambas as duas, ambos de dois. b) Milhão e milhares são palavras masculinas. Ex.: os vinte milhões de mulheres; os três milhares de mudas de árvore.

4. Artigo: é a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número e, ao mesmo tempo, servindo para determinar ou generalizar esse substantivo. Ex.: uma apostila/ a apostila.

Os artigos podem ser:

� Definidos: indica seres determinados dentro de uma mesma espécie; seu sentido é particularizante – São eles: O, A, OS, AS. Ex.: Minha avó gosta muito de flores: você precisa ver o Cravo, a Violeta, os Jasmins e as Rosas que ela plantou.

� Indefinidos: indica seres quaisquer dentro de uma mesma espécie; seu sentido é genérico - São eles: UM, UMA, UNS, UMAS. Ex.: Eu queria ter um passarinho, uma galinha, uns cachorrinhos e umas gatinhas.

Obs.: Artigos combinados com preposições: ao (a +o), pelos (por + os), das (de + as), num (em + um).

5. Advérbio: é a palavra que caracteriza o processo verbal, indicando circunstâncias em que esse se desenvolve.

Por exemplo, na frase “Ontem, ela não agiu muito bem.”, destacam-se quatro advérbios: ontem, de tempo, não,de negação; muito; de intensidade; bem, de modo. As circunstancias podem também ser expressas por uma Locução Adverbial, ou seja, duas ou mais palavras exercendo a função de um advérbio. Ex.: “Maria, às vezes, age às escondidas”. Há duas locuções adverbiais: às vezes, de tempo; às escondidas, de modo. Classificação:

� Advérbios de Modo: assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), adrede (de caso pensando, de propósito, para esse fim), depressa, devagar, melhor, pior, de cor, face a face, às claras, bondosamente, e muitos outros terminados em mente. � Advérbios de Lugar: abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, algures, (em algum lugar), alhures (em outro lugar), ali, aquém, atrás, cá, dentro, embaixo, externamente, lá, longe, perto. � Advérbios de Tempo: afinal, agora, amanhã, ontem, breve, cedo, depois, tarde, jamais, nunca, sempre, já, quando, às vezes, logo, de repente. � Advérbios de Negação: não, tampouco (também não), absolutamente, de modo algum, de jeito nenhum. � Advérbios de Duvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, talvez, quiçá, eventualmente. � Advérbios de Intensidade: assaz (bastante, suficiente), bastante, demais, mais, menos, muito, quanto, quão, quase, tanto, pouco, apenas, mal, de todo. � Advérbios de Afirmação: certamente, certo, decididamente, efetivamente, realmente, deveras (realmente), decerto, � Advérbios Interrogativos: onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa)

Flexões Alguns advérbios, principalmente os de modo, apresentam flexão de grau.

• Comparativo de Igualdade, Superioridade e Inferioridade: Ele agia tão friamente quanto o autor do crime. Ele agia menos friamente que o autor do crime.

• Superlativo Analítico e Sintético: Rodrigo procedeu muito calmamente. Acordo cedíssimo todos os dias.

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6. Pronome: é a palavra que substitui ou acompanha o substantivo e indica as pessoas do discurso. É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo e indica as pessoas do discurso.

• Pronome Substantivo: quando um pronome representa um substantivo. Ex.: Eu pus as minhas mãos na terra e acho que não as molhei. (o pronome as substitui o substantivo mãos)

• Pronome Adjetivos: acompanham os substantivos a fim de caracterizá-los ou determiná-los. Ex.: Eu pus as minhas mãos na terra e acho que não as molhei. (o pronome minhas acompanha, determina o substantivo mãos)

Tipos Pronominais 1. Pronomes Pessoais

São aqueles que substituem os nomes e indicam diretamente as pessoas do discurso: 1ª pessoa - a pessoa que fala - EU/NÓS

2ª pessoa - a pessoa com que se fala - TU/VÓS 3ª pessoa - a pessoa de quem se fala - ELE/ELA/ELES/ELAS

Pronomes pessoais retos: são os que têm por função principal representar o sujeito ou predicativo. Ex.: Ela estuda para Concursos. Pronomes pessoais oblíquos: são os que desempenham as funções de complemento verbal (objeto direto e indireto) ou complemento nominal.

• Átonos: aqueles que não são precedidos de preposição. Ex.: Deu-me a apostila. • Tônicos: precedidos de uma preposição. Ex.: Não existe nada entre mim e ti.

2. Pronomes de Tratamento

São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e outros em situações de intimidade. Conheça alguns:

Você (v.) tratamento familiar Senhor (Sr.), Senhora (Srª.) tratamento de respeito Senhorita (Srta.) moças solteiras Vossa Senhoria (V.Sª.) para pessoa de cerimônia Vossa Excelência (V.Exª.): para altas autoridades e oficiais generais Vossa Eminência (V.Emª.) para cardeais Vossa Santidade (V.S.) para o Papa Vossa Majestade (V.M.) para reis e rainhas Vossa Majestade Imperial (V.M.I.) para imperadores Vossa Alteza (V.A.) para príncipes, princesas e duques Vossa Magnificência (V. Magª.) para reitores de universidades Vossa Santidade (V.S.) para Papa

Obs.: Para designar a 3ª pessoa, ou seja, aquela de quem se fala, é necessário substituir Vossa por Sua. Ex.: Charles, Sua Excelência o aguarda. 3. Pronomes Possessivos

São aqueles que indicam idéia de posse. Além de indicar a coisa possuída, indicam a pessoa gramatical possuidora.

Pessoas do discurso Pronomes pessoais retos Pronomes pessoais oblíquos

Átonos Tônicos

Singular

1ª pessoa eu me mim, comigo

2ª pessoa tu te ti, contigo

3ª pessoa ele/ela se, o, a, lhe si, ele, consigo

Plural

1ª pessoa nós nos nós, conosco

2ª pessoa vós vos vós, convosco

3ª pessoa eles/elas se, os, as, lhes si, eles, consigo

Masculino Feminino

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4. Pronomes Demonstrativos

Os pronomes demonstrativos possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas, ao tempo e sua posição no interior de um discurso. Apresentam formas variáveis e invariáveis.

5. Pronomes Indefinidos

São pronomes que acompanham o substantivo, mas não o determinam de forma precisa. Ex.: Alguém esteve lá na Didática dos Concursos.

6. Pronomes Interrogativos

Os pronomes interrogativos levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em frases interrogativas diretas ou indiretas. Não existem pronomes exclusivamente interrogativos e sim que desempenham função de pronomes interrogativos, como por exemplo: QUE, QUANTO(S), QUEM, QUAL etc. Ex.: "Quanto custa o livro?" "Quero saber que foi isso.” "Qual foi o motivo do seu atraso?" “Gostaria de enxergar quem é essa mocinha.”

Singular Plural Singular Plural

Primeira Pessoa meu, meus nosso, nossos minha, minhas nossa, nossas

Segunda Pessoa teu, teus vosso, vossos tua, tuas vossa, vossas

Terceira Pessoa seu, seus seu, seus sua, suas sua, suas

Pronomes Espaço Tempo Ao dito Enumeração

1ª PESSOA este, esta,

estes, estas, isto

Perto de quem fala ou escreve Presente Referente aquilo que

ainda não foi dito. Referente ao último elemento citado em uma enumeração.

Ex.: Esta blusa que estou usando é

nova.

Ex.: Nestes últimos dias, tenho realizado bons

negócios.

Ex.: Esta afirmação me deixou surpresa: gostava

de química.

Ex.: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual,

mas esta é mais oprimida.

2ª PESSOA esse, essa,

esses, essas, isso

Perto da pessoa a quem se fala ou

escreve

Passado ou futuro próximos

Referente àquilo que já foi dito.

Ex.: Não gostei desse livro que está

em tuas mãos.

Ex.: Nesse último ano, realizei bons negócios.

Ex.: Gostava de química. Essa afirmação me deixou

surpresa

3ª PESSOA aquele, aquela,

aqueles, aquelas, aquilo

Distante de quem ou a quem se fala ou

escreve. Passado vago ou remoto Referente ao primeiro elemento

citado em uma enumeração.

Ex.: Não gostei daquele livro que a

Roberta trouxe.

Ex.: Tenho boas recordações de 1960, pois naquele ano realizei bons

negócios.

Ex.: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual, mas esta é mais oprimida que

aquele.

Invariáveis Variáveis Locuções pronominais

Alguém, ninguém Algum, alguns, alguma, algumas cada qual

tudo, nada nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas sejam quem for

algo todo, todos, toda, todas todo aquele que

cada outro, outros, outra, outras qualquer um

outrem muito, muitos, muita, muitas, todo aquele

mais, menos, demais pouco, poucos, pouca, poucas tais e tais

certo, certos, certa, certas, tal e qual

vário, vários, vária, várias, quem quer que

tanto, tantos, tanta, tantas, tal qual

quanto, quantos, quanta, quantas, cada um

um, uns, uma, umas Tido o mais

Bastante, bastantes seja qual for

Qualquer, quaisquer uma ou outra

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7. Pronomes Relativos São subclasse de palavras que estabelecem uma relação entre uma palavra antecedente que representam

(nomes que já foram citados) e aquilo que a seu respeito se vai dizer na oração que introduzem. O nome citado denomina-se ANTECEDENTE do pronome relativo.

Ex.:"A rua onde moro é muito escura à noite." (onde é pronome relativo que representa "a rua"; a rua é antecedente do pronome "onde")

Funções Sintáticas dos Pronomes Relativos

São utilizados em períodos compostos, pois retomam a termo anteriormente mencionando, projetando-o na oração seguinte.

• QUEM sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas personificadas, vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de "O QUAL”. Ex.: "Aquela menina, de quem lhe falei, viajou para Paris." (Antecedente: menina; pronome relativo antecedido de preposição: de quem) • CUJO, CUJA sempre precedem a um substantivo sem artigo; estabelecem relação de posse entre o antecedente e o termo que especificam. Equivalem a "DO QUAL" "DA QUAL", “DE QUE”, “DE QUEM”. Ex.: "O livro cujo autor não me recordo é recorde de vendas”. • QUANTO(s) e QUANTA(s) aparecem geralmente precedidos dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Ex.: "Você é tudo quanto queria na vida". • ONDE tem sempre como antecedente palavra que indica lugar. Equivale a em que. Ex.: "A casa ondemoro é muito espaçosa”. O pronome AONDE indica lugar, porém, é empregado com verbos que dão a idéia de movimento, equivalendo a para onde. Ex.: Gostaria de saber aonde você pensa que vai. • QUE admite diversos tipos de antecedentes, como nome de uma coisa ou pessoa, no singular ou no plural. Chamado de pronome relativo universal. Ex.: Quero agora aquilo que ele me prometeu. Aqui estão os livros que lerei nas férias. • O QUAL, OS QUAIS, A QUAL E AS QUAIS são usados como referência a pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas preposições. Ex.: Maria trabalha na seção do Tribunal, a qual ocorrem as audiências. (o emprego do que geraria ambigüidade, pois poderia recuperar seção ou Tribunal). Os textos sobre os quais ninguém tem perguntas já foram tema de discussão em sala.

Os pronomes relativos, na maioria das vezes, funcionam como conectivos, permitindo-nos unir duas orações em um só período. Ex.: Bia parece interessada. Bia comprou o livro. (Bia que parece interessada comprou o livro.) Flexão Pronominal Quanto à forma, o pronome varia em gênero, número e pessoa. Gênero (masculino/feminino) Ele saiu. /Ela saiu. Meu carro. /Minha casa. Número (singular/plural) Eu saí/Nós saímos. Minha casa. /Minhas casas. Pessoa (1ª/2ª/3ª) Eu saí. /Tu saíste. /Ele saiu. Meu carro. /Teu carro. /Seu carro. 7. Preposição: é a palavra invariável (não sofre flexões) que une termos de uma oração, estabelecendo sempre

uma relação de subordinação, de dependência. Ex.: “As alunas da Faculdade de Educação assistiram ao filme Sociedade dos Poetas Mortos comovidas”. As alunas – subordinante; da Faculdade de educação – subordinado.

Também indicam diferença de sentido. Ex.: Pus o livro sob a mesa. Pus o livro sobre a mesa. Tipos de Preposição:

� Essenciais: atuam exclusivamente como preposições: por, para, perante, a, antes, até, após, de, desde, em, entre, com, contra, sem, sob, trás. � Acidentais: são palavras de outras classes gramaticais que eventualmente são empregadas como preposições, sendo, também, invariáveis. Ex.: afora, fora, exceto, salvo, malgrado, durante, mediante, como, visto, consoante, senão. � Locução Prepositiva: correspondem a duas ou mais palavras, exercendo a função de uma preposição. Têm sempre como ultimo termo uma preposição. Ex.: acerca de, a fim de, apesar de, através de, de acordo

FORMAS VARIÁVEIS FORMAS INVARIÁVEIS

Masculino Feminino quando

o qual / os quais a qual / as quais quem

quanto / quantos quanta / quantas que

cujo / cujos cuja / cujas onde

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com, em vez de, junto de, para com, à procura de, a respeito de, por causa de. � Combinação: junção de algumas proposições a outras palavras, sem que haja alteração fonética. Ex: ao (a + o); aonde (a + onde) � Contração: junção de algumas preposições a outras palavras, vindo a preposição sofrer redução. Ex: do (de + o); neste (em + este); naquela (em + aquela), pelos (per + os). � Circunstâncias: podem indicar diversas circunstancias. Ex.: Lugar = Estivemos em Minas Gerais; Origem = Essas goiabas vieram da Bolívia; Causa = Ele chorou, por ter perdido nota na prova.; Assunto = Conversamos bastante sobre você; Meio = Andei a cavalo ontem.

8. Conjunção: é a palavra invariável usada para ligar orações ou termos semelhantes de uma oração. Ex.: e, mas,

que. Locuções conjuntivas são os conjuntos de palavras que atuam como conjunções. Ex.: visto que, por mais que, ainda que, desde que.

Classificação:

� Coordenativas: ligam termos ou orações sintaticamente equivalentes. - Aditivas: exprimem adição, soma. Ex.: e, nem, mas também. - Adversativas: oposição, contraste. Ex.: mas, porém, contudo, não obstante, entretanto. - Alternativas: alternância ou exclusão. Ex.: ou, ora. - Conclusivas: logo, portanto. - Explicativas: pois, porque, porquanto. - Integrantes: introduzem orações subordinadas substantivas. Ex.: que, se, como. - Condicionais: condição ou hipótese. Ex.: se, caso, desde que, contanto que.

� Subordinativas: ligam uma oração principal a uma oração que lhe é subordinada. 9. Interjeição: é a palavra invariável usada para exprimir emoções e sentimentos. Ex.; ah!, psiu!, ufa!, oba!, rua!,

meu Deus!, hem?! Obs.: Alguns gramáticos consideram as Interjeições não uma classe de palavras, mas um possível tipo de frase, uma vez que geralmente transmitem conteúdos significativos e são sempre seguidas de um ponto de exclamação. 10.Verbo: é a palavra que se flexiona em número, pessoa, tempo e voz. Em termos significativos, o verbo costuma

indicar uma ação, um estado ou fenômeno da natureza. � Há três conjugações para os verbos da língua portuguesa

1a conjugação: verbos terminados em ar 2a conjugação: verbos terminados em er

3a conjugação: verbos terminados em ir

2.4. Flexão nominal e verbal. Flexão Nominal (plural) • Em vogal ou ditongo: “+s” (ex: asas, táxis) • Derivados em “r”, “z”: “+es” (ex: colheres, colares) • Em “al”, “el”, “ol”, “ul”: l = “is” (ex: jornais, anéis) *Exceções: males, meles, cônsules • Oxítonos em “il”: il = “is” (ex:barris, funis) • Paroxítonos em “il”: il = “eis” (ex: fósseis, répteis) • Em “m”: m = “ns” (ex: nuvens, jovens, fins) • Monossílabos ou oxítonos em “s”: “+es” (ex: ingleses, lilases, gases) • Em “x”, paroxítonos ou proparoxítonos em “s”: invariáveis (ex: lápis, tórax) Flexão dos Substantivos Compostos Regra geral: substantivos e adjetivos variam, verbo não. OS DOIS • Subst + Subst (ex: couves-flores) • Subst + Adj (ex: amores-perfeitos) • Adj + Subst (ex: bons-dias) • Numeral + Subst (ex: segundas-feiras, primeiros-ministros) SÓ O PRIMEIRO • Com preposição (ex: pés-de-moleque) • O segundo é finalidade ou semelhança (ex: sofás-cama, peixes-boi) SÓ O SEGUNDO • Verbo + Subst (ex: guarda-roupas) • Invariável/Prefixo + Variável (ex: sempre-vivas, ex-chefes)

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• Repetidos (ex: reco-recos) *Exceção: corres-corres NENHUM • Verbo + Advérbio (ex: bota-fora) • Verbo + Subst Plural (ex: saca-rolhas) Obs: mangas-rosa, meios-fios, os leva-e-traz Flexão dos Adjetivos Compostos SÓ O ÚLTIMO • Adj + Adj (ex: verde-claros) *Exceção: surdos-mudos • Invariável + Adj (ex: mal-educados) NENHUM • Adj + Subst (ex: verde-oliva, amarelo-limão) • Cor + de + Subst (ex: cor-de-rosa) • Azul-celeste, azul-marinho Flexão dos Diminutivos • Em “zinho”, “zito”: “+s” (limãozitos, papeizinhos) • Em “r”: 2 formas (ex: florezinhas, florzinhas) *Invariável: bem-te-vi, arco-íris Flexão dos Substantivos VARIAM EM NÚMERO • Numerais (ex: milhão, bilhão) VARIAM GÊNERO • Cardinais: um, dois e > Duzentos • “Ambos” substituindo “os dois” VARIAM EM NÚMERO E GÊNERO • Ordinais (ex: primeiro, segundo) NENHUM • Multiplicativos (ex: triplo, dobro) Flexões Verbais Flexão de número e pessoa A indicação de número será singular quando o verbo se referir a um único ser e plural a dois ou mais seres. Essa é sempre acompanhada pela indicação da pessoa a que o verbo se refere.

Eu Aprovo – 1ª pessoa do singular Eles/Elas Aprovam – 3ª pessoa do plural

Flexão de tempo e modo

A flexão de tempo indica o momento ou a época em que se realiza o fato. São três os tempos: presente, pretérito (perfeito, mais-que-perfeito e imperfeito) e futuro (do presente ou do pretérito).

Os tempos verbais são simples quando formados por um só verbo; são compostos quando formados com o auxílio dos verbos ter e haver.

A indicação de tempo está, normalmente, ligada à de modo. A flexão de modo indica a maneira, o modo como o fato se realiza.

� Modo Indicativo: expressa o fato como certo, verdadeiro: As meninas brincavam na praça. Faz muito calor na sala de aula. � Modo Subjuntivo: expressa o fato como incerto, duvidoso ou apenas de possível realização:

Talvez as meninas brincassem na praça. Se fizesse calor nesses dias, as sorveterias ganhariam muito dinheiro.

� Modo Imperativo: expressa o fato como uma ordem, um desejo, um conselho ou uma súplica: - Afirmativo: Meninas, cantem lá na praça hoje à noite! Socorram-me! - Negativo: Candidatos, não desistam dos concursos!

2.5. Emprego de tempos e modos verbais.

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Verbo significa palavra. Conjugar um verbo é, portanto, fazer o emprego de palavras. Logo, são palavras que podem sofrer flexões de número (singular/plural), pessoa (1ª, 2ª e 3ª), tempo (pretérito, presente, futuro), modo (imperativo, subjuntivo, indicativo) e voz (ativa, passiva, reflexiva). Ao conjunto de flexões verbais se dá o nome de conjugação. Podem ainda indicar ação, fenômeno natural, estado e outros processos.

Ex.: penteei (singular, 1ª pessoa, pretérito perfeito e indicativo). .

Flexões Verbais Flexão de número e pessoa A indicação de número será singular quando o verbo se referir a um único ser e plural a dois ou mais seres. Essa é sempre acompanhada pela indicação da pessoa a que o verbo se refere.

Eu Aprovo – 1ª pessoa do singular Eles/Elas Aprovam – 3ª pessoa do plural

Flexão de tempo e modo

A flexão de tempo indica o momento ou a época em que se realiza o fato. São três os tempos: presente, pretérito (perfeito, mais-que-perfeito e imperfeito) e futuro (do presente ou do pretérito).

Os tempos verbais são simples quando formados por um só verbo; são compostos quando formados com o auxílio dos verbos ter e haver.

A indicação de tempo está, normalmente, ligada à de modo. A flexão de modo indica a maneira, o modo como o fato se realiza.

� Modo Indicativo: expressa o fato como certo, verdadeiro: As meninas brincavam na praça. Faz muito calor na sala de aula. � Modo Subjuntivo: expressa o fato como incerto, duvidoso ou apenas de possível realização:

Talvez as meninas brincassem na praça. Se fizesse calor nesses dias, as sorveterias ganhariam muito dinheiro.

� Modo Imperativo: expressa o fato como uma ordem, um desejo, um conselho ou uma súplica: - Afirmativo: Meninas, cantem lá na praça hoje à noite! Socorram-me! - Negativo: Candidatos, não desistam dos concursos!

Formas Nominais São três: infinitivo (pessoal e impessoal), gerúndio e particípio.

Locuções Verbais São conjuntos de verbos que numa frase, desempenham papel de um único verbo. Observe:

Nenhum aluno poderá sair antes do período de sigilo. Quero ver um mundo melhor!

Júlia começou a dançar no meio do salão. Todos devem estudar.

Flexão de Voz Há três vozes verbais na nossa língua:

� Voz ativa: a ênfase recai na ação verbal praticada pelo sujeito. A estudante arrumou o quarto. � Voz passiva: cuja ênfase é a ação verbal sofrida pelo sujeito - Analítica: O quarto foi arrumado pela estudante. - Sintética: Vendem-se apostilas para concursos. � Voz reflexiva: em que a ação verbal é praticada e sofrida pelo sujeito. Júlia machucou-se com uma lâmina.

As Três Conjugações Verbais

Conjugação verbal é a exposição dos diversos tempos e modos que podem flexionar um verbo.

Infinitivo Apresenta o processo verbal em si mesmo, sem noção de tempo ou modo.

- Pessoal: São muitos os falares mineiros. (pode apresentar flexão de nº) - Impessoal: Estudar é direito de todas as crianças.

Gerúndio Pode desempenhar função de advérbio e de adjetivo.

O candidato está estudando para ser aprovado no concurso.

Particípio É a forma nominal que apresenta, ao mesmo tempo, características de verbo e de adjetivo.

O candidato tem estudado muito. Tem atuação destacada na sala de aula.

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Há três grupos de flexões, as chamadas conjugações, que podem ser identificadas pelas vogais temáticas a, e, i. As tabelas seguintes trazem um exemplo de cada uma das três conjugações verbais (AR, ER, IR) flexionadas em todos os tempos.

Obs.: Os tempos compostos são formados pelos verbos auxiliares ter e haver mais o particípio do verbo principal. Apenas os auxiliares flexionam. Quanto à flexão, o verbo pode ser:

1. VERBOS REGULARES DA PRIMEIRA CONJUGAÇÃO: AR (Exemplo: andar)

Regular Seu radical não se altera e suas terminações seguem um modelo.

Amo; Amava; Amemos; Amasse; Amaria; Amaremos.

Irregular Sofrem transformações no radical ou suas terminações não seguem o paradigma da conjugação a que pertencem, como em dar, estar, fazer, pedir etc .

Estou; Estamos; Ouço; Ouves. Perco; Perdes

Anômalo Apresentam mais de um radical em sua conjugação. Ir = vou, fui, irei Ser = sede, fui, era

Defectivo ou Incompleto

Não apresentam certas formas de sua conjugação. São eles: banir, colorir, ruir, abolir, adequar, falir, reaver, sortir, dentre outros.

Adequar – Pres. do Indicativo Eu --- ; Tu --- ; Ele --- ; Nós adequamos; Vós adequais Eles ---

Abundante Apresentam mais de uma forma para determinada flexão.

Suspender,suspendido,suspenso Imprimir,Impresso,imprimido Aceitado, aceito,aceite

Ter/Haver elegido (regular) Ser/estar eleito (irregular)

Formas nominais

Infinitivo impessoal Particípio

Infinitivo pessoal

Infinitivo impessoal composto

Infinitivo pessoal composto

Andar

andado Andar

ter andado

ter andado andares teres andado andar ter andado

Gerúndio andarmos

Gerúndio composto Termos andado

andardes terdes andado andando andarem tendo andado terem andado

Modo indicativo

Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

Ando andava Andei Andara andarei Andaria Andas andavas andaste andaras andarás Andarias Anda andava andou andara andará Andaria

Andamos andávamos andamos andáramos andaremos Andaríamos Andais andáveis andastes andáreis andareis Andaríeis Andam andavam andaram andaram andarão Andariam

Pretérito perfeito

composto

Pretérito mais-que-perfeito composto

Futuro do presente composto

Futuro do pretérito composto

tenho andado tinha andado terei andado Teria andado tens andado tinhas andado terás andado Terias andado tem andado tinha andado terá andado Teria andado

temos andado tínhamos andado teremos andado

Teríamos andado

tendes andado

tínheis andado tereis andado Teríeis andado

têm andado tinham andado terão andado Teriam andado

Modo subjuntivo Presente Pretérito imperfeito Futuro

Ande andasse Andai

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2. VERBOS REGULARES DA SEGUNDA CONJUGAÇÃO: ER (Exemplo: dever)

Andes andasses

Andares Ande andasse Andar

Andemos andássemos Andarmos Andeis andásseis Andardes Andem andassem Andarem

Pretérito perfeito composto Pretérito mais-que-perfeito

composto Futuro composto

tenha andado tivesse andado tiver andado tenhas andado tivesses andado tiveres andado tenha andado tivesse andado tiver andado

tenhamos andado tivéssemos andado Tivermos andado tenhais andado tivésseis andado Tiverdeis andado tenham andado tivessem andado Tiverem andado

Modo imperativo Afirmativo Negativo Anda (tu) não andes (tu)

Ande não ande Andemos não andemos

Andai não andeis Andem não andem

Formas nominais Infinitivo

impessoal Particípio Infinitivo pessoal

Infinitivo impessoal composto

Infinitivo pessoal composto

Dever

devido dever

ter devido

ter devido deveres teres devido dever ter devido

Gerúndio devermos

Gerúndio composto Termos devido

deverdes terdes devido devendo deverem tendo devido terem devido

Modo indicativo

Presente Pretérito

imperfeito Pretérito perfeito

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro do presente Futuro do pretérito

Devo devia devi devera deverei Deveria Deves devias deveste deveras deverás Deverias Deve devia deveu devera deverá Deveria

Devemos devíamos devemos devêramos deveremos Deveríamos Deveis devíeis devestes devêreis devereis Deveríeis Devem deviam deveram deveram deverão Deveriam

Pretérito perfeito composto

Pretérito mais-que-perfeito composto

Futuro do presente composto

Futuro do pretérito composto

tenho devido tinha devido terei devido Teria devido tens devido tinhas devido terás devido Terias devido tem devido tinha devido terá devido Teria devido

temos devido tínhamos devido teremos devido Teríamos devido tendes devido tínheis devido tereis devido Teríeis devido

têm devido tinham devido terão devido Teriam devido

Modo subjuntivo Presente Pretérito imperfeito

Futuro Deva devesse Dever Devas devesses Deveres Deva devessem Dever

Devamos devêssemos Devermos Devais devêsseis Deverdes Devam devessem Deverem

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3. VERBOS REGULARES DA SEGUNDA CONJUGAÇÃO: IR (Exemplo: partir)

Pretérito perfeito composto

Pretérito mais-que-perfeito composto

Futuro composto

tenha devido tivesse devido tiver devido tenhas devido tivesses devido tiveres devido tenha devido tivesse devido tiver devido

tenhamos devido tivéssemos devido Tivermos devido tenhais devido tivésseis devido Tiverdes devido tenham devido tivessem devido Tiverem devido

Modo imperativo Afirmativo Negativo Deve (tu) não devas (tu)

Deva não deva Devamos não devamos

Devei não devais Devam não devam

Formas nominais

Infinitivo impessoal Particípio Infinitivo pessoal Infinitivo impessoal composto

Infinitivo pessoal composto

Partir

partido partir

ter partido

ter partido partires teres partido partir ter partido

Gerúndio partirmos Gerúndio

composto Termos partido

partirdes terdes partido partindo partirem tendo partido terem partido

Modo indicativo

Presente Pretérito

imperfeito Pretérito perfeito

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro do presente

Futuro do pretérito

Parto partia parti partira partirei Partiria Partes partias partiste partiras partirás Partirias Parte partia partiu partira partirá Partiria

Partimos partíamos partimos partíramos partiremos Partiríamos Partis partíeis partistes partíreis partireis Partiríeis

Partem partiam partiram partiram partirão Partiriam

Pretérito perfeito composto

Pretérito mais-que-perfeito composto

Futuro do presente composto

Futuro do pretérito composto

tenho partido tinha partido terei partido Teria partido tens partido tinhas partido terás partido Terias partido tem partido tinha partido terá partido Teria partido

temos partido tínhamos partido teremos partido Teríamos partido tendes partido tínheis partido tereis partido Teríeis partido

têm partido tinham partido terão partido Teriam partido

Modo subjuntivo Presente Pretérito imperfeito

Futuro parta partisse Partir partas partisses Partires parta partisse Partir

partamos partíssemos Partirmos partais partísseis Partirdes partam partissem Partirem

Pretérito perfeito composto Pretérito mais-que-perfeito

composto Futuro composto

tenha partido tivesse partido tiver partido tenhas partido tivesses partido tiveres partido

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4. CONJUGAÇÃO DO VERBO SER – FORMAS SIMPLES

LÍNGUA PORTUGUESA – Parte I

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tenha partido tivesse partido tiver partido tenhamos partido tivéssemos partido Tivermos partido

tenhais partido tivésseis partido Tiverdes partido tenham partido tivessem partido Tiverem partido

Modo imperativo Afirmativo Negativo parte (tu) não partas (tu)

parta não parta partamos não partamos

parti não partais partam não partam

Formas nominais Modo subjuntivo Modo imperativo Infinitivo pessoal

Infinitivo impessoal Presente

Pretérito imperfeito

Futuro Afirmativo Negativo

Ser ser seja fosse for sê (tu) não sejas (tu) Seres Particípio sejas fosses fores seja não seja Ser sido seja fosse for sejamos não sejamos

Sermos Gerúndio sejamos fôssemos formos sede não sejais Serdes

sendo sejais fôsseis fordes sejam não sejam

Serem sejam fossem forem Atenção: não existem as formas: seje nem sejem

Modo indicativo

Presente Pretérito imperfeito Pretérito perfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro do presente

Futuro do pretérito

Sou era fui fora serei Seria És eras foste foras serás Serias É era foi fora será Seria

Somos éramos fomos fôramos seremos Seríamos Sois éreis fostes fôreis sereis Seríeis São eram foram foram serão Seriam

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