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  • 7/24/2019 Limeira_39_issuu (1)

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    Limeira no 39 | Novembro de 2015jornal brasil atualdistribuio gratuita

    @jorbrasilatual (11) 7757-7331

    SadeTodos os imveis dacidade podero serfiscalizados na campanha

    de combate dengue

    DiversidadePrimeira ConfernciaMunicipal LGBT vaidebater intolerncia e

    avano conservador

    Por uma mesa

    sem venenoLoja de produtos orgnicosoferece alternativas paraalimentao saudvelno Jardim Piratininga

    EducaoGoverno Alckmindetermina fechamentode 94 escolas; comunidade

    escolar critica medida

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    Depois do cartel da CPTM e do Metr em2013 (arquivado pelo Judicirio e abafadopela imprensa tradicional), da crise hdricaem 2014 (que segue com racionamentos emvrias regies), o escndalo da vez do governoGeraldo Alckmin (PSDB) o chamado Planode Reorganizao Escolar, que prev o fecha-mento de 94 escolas em 35 municpios do Es-tado de So Paulo (leia mais na pgina 5).

    De imediato, este um caso que no envol-ve supostas manobras corruptas na mquinapblica, como os exemplos supracitados. En-tretanto, uma medida que abre um debateno campo da ica polica. Quem, em plenodomnio de suas faculdades mentais, capazde naturalizar o fechamento de insituiesde ensino, seja por qual moivo for, em ummomento da histria que vem sendo chama-do de A Era da Informao?

    Parece que o governador e seu secretriode Educao, o engenheiro mecnico Her-man Voorwald, escolheram um caminhogrosseiro para tentar melhorar a educa-o no Estado, afetando toda a comunidadeescolar: alunos, professores e pais.

    Segundo a prpria Secretaria Estadual deEducao, 311 mil alunos, de um total de 3,8milhes, devero mudar de escola em 2016,

    gerando a superlotao das salas de aula.Cerca de 74 mil professores tambm devemser aingidos pela reforma.

    A Apeoesp (Sindicato dos Professores do En-sino Oficial do Estado de So Paulo) teme quemuitos educadores fiquem desempregados.Pais j falam em se mudar caso seus filhos se-jam transferidos, exterminando dinmicas co-munitrias consolidadas, onde a escola geral-

    mente a extenso da vida social dos bairros.Curiosamente, a imagem do governo pau-lista passa inclume pela opinio pblica.Os vrios protestos de alunos, pais e profes-sores lembrando que, no incio do ano, oprofessorado paulista protagonizou a maiorgreve da histria, com 92 dias de paralisao quase no so mencionados pelos jornais.Afinal, apenas a educao de crianas e jo-vens das periferias que est em jogo, aqueles

    que j esto marginalizados desde sempre.O fenmeno que tambm chama ateno que se voc anuncia essa notcia para umapessoa que desconhece as atribuies do pactofederaivo, possvel que ela responsabilize apresidenta Dilma (PT) ou o prefeito da cidade.O governo do Estado, s vezes, parece simples-mente inexisir. Imagina, ento, como ficaresse quadro com menos escolas abertas?

    EXPEDIENTE REDE BRASIL ATUAL LIMEIRA

    Editora Grfica Atitude Ltda.

    Diretor de RedaoPaulo Salvador EditorEnio Loureno Reprteres Giovanni

    Giocondo Editor de ArteAdriano Kitani RevisoraMalu Simes Foto capa

    Giovanni Giocondo Telefone (11) 3295-2819 EndereoRua So Bento, 365, 19o

    andar Centro, So Paulo, SP CEP 01011-100

    Tiragem15 mil exemplares Distribuio Gratuita

    Editorial

    O desgoverno paulista na educao

    Alm da edio impressa,acompanhe tambm oBrasil Atual no Facebook

    www.facebook.com/jornalbrasilatual

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    3Limeira

    Justia garante acesso irrestrito da Vigilncia Sanitria em

    imveis com suspeita de criadouros do mosquito da dengue

    Efetivo de guerra para combater a dengue

    Sade

    rgos pblicos preparam mutiro com a chegada das estaes climticas quentes e midas, para evitar nova crise epidmica

    AVigilncia Sanitria estmontando uma grandeoperao para prevenirnovo surto de dengue em

    Limeira. Entre 2014 e 2015 foramregistrados mais de 20 mil casos dadoena no municpio, um recordena lima dcada.

    Em abril, a Prefeitura chegou a re-correr a Veculos Areos No Tripula-dos (Vants) para encontrar criadou-ros do mosquito Aedes Aegypi, masteve de suspender o monitoramentoaps sofrer um processo da Agncia

    Nacional de Aviao Civil (Anac) objeto de reportagem do Brasil Atual.A Anac s regulamentou o uso dos

    Vants em agosto. Sem o aparato ele-trnico, mas com o auxlio da DefesaCivil, o rgo diz que pretende redu-zir de maneira drsica a quanidadede focos do mosquito e, consequente-mente, de pessoas contaminadas.

    Em julho, sentena definiiva do Tri-

    bunal de Jusia do Estado de So Pauloconcedeu parecer favorvel ao civilpblica impetrada pelo municpio,para garanir que todos os imveis deLimeira, abandonados ou ocupados,possam ser alvo de varredura das equi-pes do Centro de Zoonoses em caso desuspeita da existncia de ovos ou lar-vas do mosquito transmissor.

    De acordo com Alexandre Ferrari,

    coordenador da Vigilncia Sanit-ria, as casas desabitadas ou onde omorador resiste visita do agente deendemias via de regra concentrammais criadouros do mosquito. Noadianta fazermos o trabalho no bair-ro inteiro se em um imvel no con-seguimos verificar a existncia dosfocos da dengue, que pode compro-meter todo o restante, jusifica.

    Com duas equipes divididas

    pela cidade, a Defesa Civil consisteno principal mecanismo de apoio Vigilncia Sanitria na identi-ficao e destruio dos criadou-ros da dengue, principalmente naprimavera e no vero, quando astemperaturas altas e os temporaiscriam o ambiente perfeito para areproduo do mosquito.

    A ao do rgo ocorre a partir

    de denncias, mas tambm pode

    ser feita como consequncia da ob-servao dos prprios integrantesda corporao no dia a dia. A po-pulao nos conhece e confia emns, ento dificilmente h resis-tncia para abrir as casas, relataAparecido Severo, coordenador daDefesa Civil de Limeira.

    Nessa operao, a Vigilncia Sani-tria tambm deve ganhar o apoio de

    membros do Tiro de Guerra, da Guar-

    da Civil Municipal e de formandosda Academia da Polcia Militar. Sopessoas que conhecem bem Limeirae que podero auxiliar nesse trabalhoostensivo, explica Ferrari.

    As multas para moradores queforem lagrados com criadouros domosquito variam de R$ 660 a atR$ 3.300. Os valores podem dobrarem caso de reincidncia.

    GiovanniGiocondo

    No adianta fazermos

    o trabalho no bairrointeiro se em um imvel

    no conseguimosverificar a existncia

    dos focos da dengue, quepode comprometer todo

    o restante

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    Eleies para Conselho de Sade tm inscries abertas

    Causa LGBT ter primeiraConferncia Municipal

    Bancrios encerramgreve aps reajustesalarial de 10%

    Cidadania

    DiversidadeTrabalho

    Mecanismo delibera sobre destino de verbas do SUS para o municpio, e tem vagas para participao da sociedade civil e poder pblico

    Evento refora necessidade de luta pela igualdade entre gneros

    Acordo ficou acima dainflao, que deve fechar 2015em 9,5%, segundo o IPCA

    Importante ferramenta da socieda-de civil para cobrar do poder pblicoaes efeivas no atendimento sadeda populao, o Conselho Municipalde Sade de Limeira tem eleies mar-cadas para os dias 10 e 11 de dezembro.

    As inscries esto abertas at 19 denovembro, e podem ser feitas junto Se-cretaria Execuiva do Conselho, que ficadentro da Secretaria Municipal de Sa-de, no prdio da Prefeitura, com atendi-mento das 8h s 12h e das 13h s 19h.

    No total, sero disponibilizadas 24vagas para um mandato de dois anos,sendo 50% delas divididas entre usu-rios do Sistema nico de Sade (SUS)e membros de enidades da socieda-de civil ou de movimentos sociais.

    Outras seis cadeiras sero desina-das a representantes do municpio emais seis para prestadoras de serviode sade. A gesto 2016/2017 do Con-selho comea a se reunir na primeiraquinzena de janeiro.

    De acordo com Silvana Ananias,secretria execuiva do Conselho, aparicipao popular no grupo fun-damental para garanir a aplicao dasdiretrizes do SUS, fiscalizar e direcio-nar os caminhos dos recursos federais sade municipal.

    O Conselho atua junto a todas as ca-madas da sociedade limeirense, tem po-der deliberaivo e, portanto, a possibili-dade de elencar as prioridades para cadabairro e unidade de sade, explica.

    A comunidade LGBT (Lsbicas,Gays, Bissexuais, Transexuais e Trans-gneros) de Limeira realizar, em 14de novembro, a primeira ConfernciaMunicipal da histria, para debateraes coordenadas que mirem a cons-

    truo de um Conselho MunicipalLGBT e formas de desconstruir a into-lerncia da sociedade.

    Larcio Baraldi, 32, fundador e vo-luntrio do Centro de Apoio Diversi-dade, ONG que luta pelos direitos dosLGBTs em Limeira desde 2010, ressaltaque a conferncia tem como principalfuno poliizar a comunidade parao enfrentamento ideolgico contra o

    fundamentalismo religioso.A bancada evanglica do Legislai-

    vo tenta nos impedir de exigir nossosdireitos. Por isso queremos usar a con-ferncia para conscienizar os LGBTsde que essa uma luta polica, explicaLarcio, preocupado com a escalada deprojetos como o Estatuto da Famlia e asupresso do termo gnero do PlanoMunicipal de Educao.

    A bancada evanglicado Legislaivo tenta nosimpedir de exigir nossos

    direitos. Por isso queremos

    usar a conferncia paraconscienizar os LGBTsde que essa uma luta

    polica

    GiovanniGiocondo

    Depois de permanecerem em grevedurante 21 dias, os bancrios consegui-ram 10% de aumento e decidiram en-cerrar o movimento em 26 de outubro.

    Segundo Ana Lcia Ramos Pinto,presidente do Sindicato dos Bancrios

    de Limeira, o resultado foi uma vitriapara a categoria, que tambm fechouum acordo para a reposio dos diasno trabalhados.

    Ainda ser assinado um termo deentendimento entre o sindicato e osbancos, para que sejam revistas as po-licas de metas das insituies, prin-cipais causadoras de adoecimento eafastamento dos bancrios.

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    5Limeira

    Plano de Alckmin anuncia o fechamento

    de 94 escolas no Estado de So Paulo

    Educao

    Comunidade escolar protesta contra reorganizao dos ciclos; em Limeira, duas escolas sero atingidas

    Com a jusificaiva de re-organizar e qualificar oensino no Estado, a Secre-taria Estadual de Educao

    apresentou um projeto que separafisicamente os dois ciclos do EnsinoFundamental e o do Ensino Mdio,sob jusificaiva de desempenho 10%superior em escolas de ciclo nico,segundo o Insituto Nacional de Pes-quisas Educacionais Ansio Teixeira(Inep). No entanto, em 26 de outu-bro, o governador Geraldo Alckmin(PSDB) anunciou tambm o fecha-

    mento de 94 escolas em 35 cidades.Unidades com alunos da mesma fai-xa etria concebem um ambiente mais

    propcio para a aprendizagem, assina-la Herman Voorwald, secretrio es-tadual de Educao, em texto no siteda pasta. De acordo com a secretaria,a proposta baseada em um mapea-mento de vagas ociosas.

    As comunidades afetadas fazem re-

    sistncia ao projeto, porque esto cien-tes de que a medida deve provocar ain-da mais fechamentos de salas de aula s em 2015, o governo do Estado jfechou 3.390 classes. Vinicius Santos,16, aluno da Escola Estadual Antniode Almeida Jnior, em Osasco, diz queos alunos foram avisados pela direto-ria de que a escola fecharia devido aocorte de gastos do governo estadual.

    Segundo o estudante, outros cincocolgios da cidade correm o mesmorisco. Vamos perder um vnculo, aescola a nossa segunda famlia.Com certeza a sala ser superlotadaem outra escola. E quanto mais gen-te, mais difcil aprender, explicou ojovem, que tem paricipado dos pro-testos contra os fechamentos.

    As manifestaes tomaram conta de

    todo o Estado. Em So Paulo, alunos daEscola Estadual Padre Sabia de Me-deiros, no bairro Chcara Santo Anto-nio, ficaram revoltados aps serem co-municados do possvel fechamento daescola, que referncia em educaopara alunos com deficincia audiivae atende a pessoas de vrios bairroscarentes do extremo sul da capital.

    Conforme relata Alexsandro Fon-tes, de 18 anos, estudante do 2 ano doensino mdio, a jusificaiva da dire-toria foi a falta de alunos, mas todasas salas esto lotadas, algumas commais de 40 pessoas, denunciou.

    Municipalizao e evasoA Secretaria Estadual de Educa-

    o incluiu no Plano Estadual de

    Educao (PEE) metas que, segundoa Apeoesp (Sindicato Estadual dosProfessores), preveem municipali-zar todos os ciclos. O governo querresponsabilizar as prefeituras comofez com o primeiro ciclo, que pioroumuito, conta Edivaldo da Costa, co-ordenador da enidade em Limeira.

    Outra medida sugere que os estu-

    dantes dos cursos noturnos se matri-culem no diurno o que deve aumen-tar a evaso, atualmente em 50% noensino mdio. Para Rogria de Palma,professora de lngua portuguesa naEscola Estadual Professor Ely de Al-meida Campos, no Centro, a propostadesrespeita o aluno que trabalha.

    O aluno j desesimulado por-que falta tempo. Agora ele vai aban-

    donar e depois fazer a EJA (Educaopara Jovens e Adultos). O governono est preocupado com a educa-o pblica, at porque so pessoasdas classes sociais mais baixas quedependem da escola pblica. Paraque o governo vai invesir nessa gen-te?, quesiona com ironia.

    Escolas atingidas em LimeiraNa cidade, duas escolas tero a ad-

    ministrao transferida para o mu-nicpio. A Escola Estadual LuiginoBurigotto, que fica na Vila Labaki eoferece apenas o ensino fundamen-tal, e a Escola Professora Maria Apa-recida Soares de Lucca, no JardimGloria, que alm do ensino funda-mental tambm possui EJA.

    UMES

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    antena atual o que acontece no mundo voc confere aqui

    viralizouNo primeiro episdio do programaMaster Chef Jnior,concurso de gastronomia entre crianas da Band,internautas fizeram comentrios pedfilos sobre uma

    paricipante de 12 anos. O coleivo feminista ThinkOlga, porm, rebateu de imediato e lanou a hashtag#PrimeiroAssedio, que reuniu mais de 80 mil relatos noTwitter sobre essa forma de abuso sexual na infncia.

    Fotos:M

    arceloCamargo,N

    ASA,reproduoTwittereRicardoFadelli

    Fale conoscoleia, opine, criique, sugira, curta, comparilhe

    www.redebrasilatual.com.br/jornais

    jornal brasil atual (11) 7757-7331 @jorbrasilatual

    No dia 28 de outubro, ndios interromperam a realizao dos

    Jogos Mundiais Indgenas para se manifestarem contra a PEC 215,que transfere as atribuies de demarcao de terra do Execuivo

    para o Congresso. A terra nossa, os povos originrios dessa

    terra esto morrendo, protestou a estudante Narbia Karaj.

    sem rudosSe as mquinas produzirem tudo de que precisamos, o resultado vai depender de

    como as coisas so distribudas. Todos podem desfrutar de uma vida de luxuoso

    lazer se a riqueza produzida pelas mquinas for comparilhada. Ou a maioria das

    pessoas pode acabar miseravelmente pobre se os donos das mquinas se posicionaremcom sucesso contra a redistribuio da riqueza. At agora,

    a tendncia parece apontar para a segunda opo, com

    a tecnologia conduzindo para uma desigualdade cada

    vez maior,disse o cienista Stephen Hawking aositeReddit aps ser quesionado sobre a possibilidade dedesemprego mundial em massa em um horizonte demaior produo automaizada.

    20 anos da Orquestra Sinfnica

    A Orquestra Sinfnica de Limeira preparaconcertos especiais para a comemorao dos20 anos. No dia 17 de novembro ser abertauma exposio de fotos sobre a histria daOSLI, seguida de apresentao do duo de voze violo Emanuel Massaro e Dbora Vidoreti,s 20 h, no Palacete Levy. A programaosegue at o dia 27 com recitais, apresentaese ensaios da orquestra abertos comunidade.

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    www.coquetel.com.br Revistas COQUETEL

    BANCO 6

    DanielDefoe,escritoringls

    Vogal te-mtica daterceira

    conjugao

    Substnciaartificial

    usada emdoces

    Vtimas deseques-tradores

    Dedoconhecidocomo "fu-ra-bolo"

    Tipo detela de

    TVsmodernas

    A maiorcidade

    de Gana

    Toma pro-vidncias

    Timede SantaCatarina

    (fut.)

    Tecla decomputa-

    dores

    (?)alcolico: alto noabsinto

    Parceirode Gua-rabyra(MPB)

    O objetodisputadopor cole-

    cionadores

    Conquistada Seleoem 1970

    (red.)

    Precede o

    nome damdica(abrev.)

    Media-dora derelaesamorosas

    Esportepraticadonos Alpes

    Suos

    O "com-bustvel"do artista

    Papagaio,pelicanoou beija-

    flor

    EmirSader,

    socilogopaulista

    Eva Pern,mito dapoltica

    argentina

    Agente decalor emchurras-queiras

    (?) Magos:Belchior,Baltazare Gaspar

    A face daLua com

    maiscrateras

    Pea queune asaduelasno barril

    Dia dos(?): 26de julho

    (?) de casamento: feito namorada

    Espantoso;impressionante

    Juliana

    (?), atrizPintura eEscultura

    Rede local(Inform.)Quaseelptica

    Que coisa?

    (?) ale-mo, tipode couro

    Revestir (caderno)

    Tobago, Aruba eBarbados (Geog.)

    Atividades que bene-ficiam a convivncia

    entre crianasDante Alighieri, poeta

    Ingra Libe-rato, atrizNu, emingls

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    3/arolcd.4/bare.5/alves.7/aplausoovalada.9/colorante.11/chapecoense.

    Soluo

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    Os que pensam e os que ignoramPor Enio Loureno

    Entrelinhas

    A grita moivada pelo teor das pro-vas do Exame Nacional do EnsinoMdio (Enem) mostrou no apenas onvel intelectual de algumas figuraspblicas do pas e de seus soldadosannimos nas redes sociais , comotambm trouxe tona o atual est-gio civilizatrio brasileiro.

    Nas questes, citaes a PauloFreire (educador brasileiro traduzi-do em dezenas de pases), a Slavoj Zi-zek (filsofo esloveno, um dos prin-cipais pensadores contemporneos)e a David Harvey (gegrafo britni-co, professor da City University ofNew York) foram coadjuvantes paraaqueles que acusaram o exame dedoutrinao ideolgica.

    Ningum nasce mulher: torna-semulher. Nenhum desino biolgico,psquico, econmico, define a for-ma que a fmea humana assume noseio da sociedade; o conjunto dacivilizao que elabora esse produtointermedirio entre o macho e o cas-trado que qualificam o feminino.

    Este trecho de O Segundo Sexo, dafrancesa Simone de Beauvoir fe-

    minista e importante intelectual dosculo XX , em uma questo, noentanto, escancarou o primiivismoem que nos encontramos e, para pio-rar, reafirmou o enunciado da provade redao, que inha como tema Apersistncia da violncia contra amulher na sociedade brasileira.

    Os basies da ignorncia (fal-ta de saber; ausncia de conheci-

    mentos; estado de quem ignora oudesconhece alguma coisa, no temconhecimento dela, segundo o Di-cionrio Aurlio) atendem pelos no-mes de Marco Feliciano (PSC-SP) eJair Bolsonaro (PP-RJ), dois deputa-dos que parecem viver os tempos dainquisio na Idade Mdia. Ambos

    tentaram desqualificar Beauvoir eo Ministrio da Educao (MEC),responsvel pelo Enem, com argu-mentos baseados em uma supostatradio familiar conservadora,que subjuga as mulheres.

    Os dois parlamentares so defen-sores do PL 5069/2013, em trmite naCmara dos Deputados, que obriga mu-lheres que foram estupradas a se sub-

    meterem a um exame de corpo de delitoe a comunicarem autoridade policialantes de interromper a gravidez pro-duzindo mais um ciclo de violncia. Soverdadeiros sdicos em um pas onde50 mil mulheres morreram vimas de fe-minicdio (bito provocado por homensdevido ao gnero) entre 2001 e 2011.

    A verdadeira polarizao que te-mos no Brasil existe entre aqueles

    que pensam e aqueles que ignoram.O MEC fez um imo trabalho nasprovas do Enem 2015, fomentando de-bates cricos. Aos fundamentalistasdo Congresso, que pretendem levar oBrasil para a Era das Trevas, recomen-do cuidado. Cada vez mais pessoasingressam nas universidades, e comodizia aquela velha frase: livros so pe-rigosos, eles fazem pensar.

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    Alimentao

    Saboroso por natureza e longe dos agrotxicos

    Onmero de produtores dealimentos orgnicos temcrescido no Brasil. Segun-do dados do Ministrio

    da Agricultura, Pecuria e Abaste-cimento (Mapa), entre janeiro de2014 e janeiro de 2015, houve alta de51,7% na quanidade de agricultorese pecuaristas que passaram a optarpelos produtos orgnicos (saram de6.719 para 10.194), considerados maissaudveis, duradouros e com menosimpacto sobre o meio ambiente.

    Na mesma medida, comerciantestm obido resultados expressivoscom a venda desses alimentos quesaisfazem o paladar e proporcio-

    nam melhor qualidade de vida aosclientes. o caso de uma empresade Limeira que, h 17 anos, busca naagricultura familiar, nas pequenaslavouras e laicnios o melhor que anatureza pode oferecer.

    A Terra e Vida Alimentos Org-nicos, que fica no Jardim Pirainin-ga, teve origem com o ex-mecnicoJos Roberto Dalfr, de 58 anos, que

    resolveu largar a profisso no fimda dcada de 1990 para montar umnegcio que, at ento, no inhamuitos adeptos no pas. O desafio eragrande, mas aos poucos ele percebeuque fornecer alimentos nutriivos esem agrotxicos aos consumidorespoderia render frutos.

    H uns 10 anos, o setor cresceumuito, se disseminou entre os mais

    jovens, entre as mulheres, que ao en-gravidar j procuram o alimento or-gnico, preocupadas com o que seusfilhos vo comer, conta.

    Entre os clientes esto pessoascom histrico de cncer ou alergia aagrotxicos, outras que receberam aindicao de nutricionistas, e mesmoaquelas que pretendem manter-sesempre saudveis.

    GiovanniGiocondo

    Apesar de ser o dono, Dalfr pas-sa a maior parte do tempo longe daquitanda, pois viaja quase todos osdias para buscar produtos frescosem Itapira, Campinas, So Carlos,Rio Claro e outras cidades do inte-rior do Estado. Parte das frutas vem

    do Nordeste. Abobrinhas, tomates,alfaces, meles, mas, iogurte,queijo, manteiga, suco, castanhas,doces, torradas e at sorvetes soalgumas das opes.

    Enquanto o empreendedor estna estrada, a equipe de apoio vem decasa. Dona Maria, me de Jos Rober-to, responsvel pela limpeza dos ali-mentos e pela produo das cestas. A

    filha Renata organiza a loja ao lado daav, faz o atendimento e recebe listasde encomenda dos clientes pelo apli-caivo de celular Whatsapp.

    Quem prefere escolher os ali-mentos pessoalmente pode ir lojade segunda-feira a sbado. A fam-

    lia oferece uma brinquedoteca aospais que quiserem levar os filhos en-quanto escolhem as iguarias. Logoteremos uma oficina de horta paraa crianada, at para eles saberemde onde vem a comida que est namesa, diz Dalfr.

    Aos 32 anos e formada em Enge-nharia Ambiental, Renata ressaltaque o alimento orgnico engloba o

    Quitanda vende produtos orgnicos abre alternativa de alimentos saudveis no Jd. Piratininga

    cuidado do produtor com a natureza.Existe uma forma mais artesanal deproduzir esses alimentos, alm de essemtodo respeitar a sade do trabalha-dor e dos animais, destaca.

    O valor final dos alimentos org-nicos no considerado popular, at

    porque parte do custo est ligada sexigncias tcnicas que garantem oselo orgnico junto s organizaescerificadoras. No queremos con-correr com os convencionais, e emmatria de produto orgnico, somosmais compeiivos do que os super-mercados. O nosso preo s se man-tm [estvel] porque o tempo da natu-reza respeitado, esclarece Dalfr.

    Existe uma forma maisartesanal de produzir

    esses alimentos, alm de

    esse mtodo respeitar asade do trabalhador e

    dos animais

    Por Giovanni Giocondo