limeira registra saldo positivo na balança comercial pelo ... · vizinhos em segundo plano. o...

4
Página 1 Limeira registra saldo positivo na balança comercial pelo 5º mês consecutivo Julho foi o quinto mês consecutivo que Limeira registrou balança comercial positiva. Isto quer dizer que as empresas aqui sediadas, mais exportaram do que importaram bens e serviços. O volume financeiro negociado no exterior, neste período, foi de US$ 43,2 milhões nas exportações e US$ 36 milhões nas importações. No acumulado de 2015, as exportações registraram US$ 295,5 milhões, que supera em 7,83% o mesmo período do ano passado. Já as importações chegaram a US$ 266,5 milhões em 2015, contra US$ 292,7 milhões de janeiro até julho de 2014, uma redução de 9%. O gráfico ao lado demonstra a série histórica comparativa da Balança Comercial mensal. Nele é possível identificar que nos dois primeiros meses de 2015, houve mais importação que exportação. Já a partir de março, o cenário se alterou e as exportações se sobrepuseram às importações. No acumulado de 2015, a balança comercial de Limeira registra o volume positivo de US$ 24 milhões, resultado oposto ao cenário apresentado ao mesmo período de 2014, onde estávamos negativo em US$ 23 milhões. Um dos fatores que pode tentar explicar a diferença do volume negociado entre os dois anos é que as empresas devem ter encontrado no exterior Competitividade & Comércio Exterior Boletim de Relações Internacionais Edição nº 02 | Agosto de 2015 Limeira: Principais destinos das exportações (Jan/Jul de 2015) FONTE: Elaboração própria com dados do MDIC. Disponível em: <www.mdic.gov.br> www.limeira.sp.gov.br/desenvolvimento Dos produtos exportados pelo município, no período de Janeiro a Julho de 2015, os principais foram os compostos aminados, as pastas químicas de madeira e as partes e acessórios de veículos, que juntos somam 52% de nossa pauta exportadora. Apenas para uma ideia inicial, o mapa do rodapé da página apresenta os dez países que mais recebem produtos originados em Limeira. Os quatro principais destinos internacionais da produção de Limeira concentram 47,75% do total exportado. O restante está diluído em mais de 30 países. Assim como no mês passado, a Argentina figurou novamente como o principal destino das exportações. Argentina é o principal destino das exportações em 2015 um mercado para escoamento de sua produção não demandada no mercado interno. Além disso, o câmbio desvalorizado é outra opção interessantes aos empresários que recebem em dólar. Segundo os dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil e o Estado de São Paulo, respectivamente exportaram US$ 18,53 e 4,3 bilhões; e, importaram 16,14 e 5,6 bilhões. Por outro lado, 45% do que importamos são: Partes e acessórios de veículos; instrumentos e aparelhos para regulação; assentos; partes destinadas aos motores; e, máquinas e aparelhos mecânicos. Os principais países dos quais importamos são: China, México, Coreia do Sul, Alemanha, Estados Unidos e Japão. FONTE: Elaboração própria com dados do MDIC. Disponível em: <www.mdic.gov.br>

Upload: lykhanh

Post on 15-Dec-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Página 1

Limeira registra saldo positivo na balançacomercial pelo 5º mês consecutivo

Julho foi o quinto mês consecutivo que Limeiraregistrou balança comercial positiva. Isto quer dizerque as empresas aqui sediadas, mais exportaram doque importaram bens e serviços. O volume financeironegociado no exterior, neste período, foi de US$ 43,2milhões nas exportações e US$ 36 milhões nasimportações. No acumulado de 2015, as exportaçõesregistraram US$ 295,5 milhões, que supera em 7,83%o mesmo período do ano passado. Já as importaçõeschegaram a US$ 266,5 milhões em 2015, contra US$292,7 milhões de janeiro até julho de 2014, umaredução de 9%.

O gráfico ao lado demonstra a série históricacomparativa da Balança Comercial mensal. Nele épossível identificar que nos dois primeiros meses de2015, houve mais importação que exportação. Já apartir de março, o cenário se alterou e as exportaçõesse sobrepuseram às importações. No acumulado de2015, a balança comercial de Limeira registra ovolume positivo de US$ 24 milhões, resultado opostoao cenário apresentado ao mesmo período de 2014,onde estávamos negativo em US$ 23 milhões.

Um dos fatores que pode tentar explicar adiferença do volume negociado entre os dois anos éque as empresas devem ter encontrado no exterior

Competitividade & Comércio ExteriorBoletim de Relações Internacionais

Edição nº 02 | Agosto de 2015

Limeira: Principais destinos das exportações (Jan/Jul de 2015)

FONTE: Elaboração própria com dados do MDIC. Disponível em: <www.mdic.gov.br>

www.limeira.sp.gov.br/desenvolvimento

Dos produtos exportados pelo município, no período de Janeiro aJulho de 2015, os principais foram os compostos aminados, as pastasquímicas de madeira e as partes e acessórios de veículos, que juntossomam 52% de nossa pauta exportadora. Apenas para uma ideiainicial, o mapa do rodapé da página apresenta os dez países que maisrecebem produtos originados em Limeira.

Os quatro principais destinos internacionais da produção de Limeiraconcentram 47,75% do total exportado. O restante está diluído emmais de 30 países. Assim como no mês passado, a Argentina figurounovamente como o principal destino das exportações.

Argentina é o principal destino das exportações em 2015

um mercado para escoamento de sua produção não demandada nomercado interno. Além disso, o câmbio desvalorizado é outra opçãointeressantes aos empresários que recebem em dólar.

Segundo os dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior (MDIC), o Brasil e o Estado de São Paulo,respectivamente exportaram US$ 18,53 e 4,3 bilhões; e, importaram16,14 e 5,6 bilhões.

Por outro lado, 45% do que importamos são: Partes e acessórios deveículos; instrumentos e aparelhos para regulação; assentos; partesdestinadas aos motores; e, máquinas e aparelhos mecânicos. Osprincipais países dos quais importamos são: China, México, Coreia doSul, Alemanha, Estados Unidos e Japão.

FONTE: Elaboração própria com dados do MDIC. Disponível em: <www.mdic.gov.br>

Página 2

Bolsa de Valores e câmbio sempre devem estar no radar do exportador

Um dos fatores que mais influencia asempresas a buscar o mercado internacional ésem dúvida a taxa de câmbio entre o Real (R$)e a moeda do país com qual se faz negócio.

Um exemplo disso pode ser observado natabela abaixo. Nela é possível compreenderquanto vale 1 R$ em comparação com outras 11moedas de diferentes territórios, ou seja, qual éa quantidade da outra moeda que eu consigocomprar com apenas 1R$.

Exemplo disso é que, em tese, euconseguiria trocar 1R$, por 0,18 Libras, doReino Unido ou por 0,29 US$. Por outro lado,1R$ vale o equivalente a 2,70 Pesos Argentinoou ainda 5 Pesos Mexicanos.

Competitividade & Comércio ExteriorBoletim de Relações Internacionais

FONTE: Finacial Times. Disponível em: <http://markets.ft.com/research/Markets/Equity-Indices>. Acesso em 19/08/2015.

Fale conosco:

Prefeitura Municipal de LimeiraSecretaria de DesenvolvimentoGestão de Relações Internacionais

Rua Prefeito Dr. Alberto Ferreira, 179, CentroLimeira/SP – CEP 13481-900

Fone: + 55 19 [email protected] |

www.limeira.sp.gov.br

O índice das principaisBolsas de Valores também éoutro indicador importante edeve sempre estar no radar dosgestores de Comércio Exterior,pois, a evolução da cotaçãodiária pode refletir o cenárioeconômico. Em tese, o índice funciona como um termômetro, queserve de parâmetro da intenção do mercado e dos investidores.

O gráfico abaixo revela a forte oscilação do IBOVESPA,principal índice da Bolsa Brasileira, ao longo de 2015. Podemosverificar que no início do ano, até meados de março, a bolsatrabalhou em baixa; e, no mês de maio, houve uma tendência dealta, batendo o seu máximo valor do ano aos 58.574 pontos. Já osmeses junho e julho voltaram a ter queda, fechando o 1º semestrecom 50.864 pontos, o que representa uma alta de 4,85% nosprimeiros seis meses de 2015.

Performance dos principais índices globais: comparativo 1 mês

Edição nº 02 | Agosto de 2015

FONTE: Dados do Finacial Times. Acesso em 19/09/2015 FONTE: Dados da BM&FBOVESPA. Acesso 20/09/2015

Tabela de Equivalência de moedas

www.limeira.sp.gov.br/desenvolvimento

Página 3

Competitividade & Comércio ExteriorBoletim de Relações Internacionais

A Prefeitura Municipal de Limeira, porintermédio da Secretaria de Desenvolvimento,Turismo e Inovação, deu sequência às atividadesdo Programa de Apoio a Competitividade eComércio Exterior.

Lançado em julho de 2015, o Programa játrouxe à Limeira rodadas de negócios com asCâmaras de Comércio Exterior do Canadá, dosEstados Unidos (AMCHAM) e do Panamá. Naocasião, apresentaram oportunidades de negóciose de internacionalização de empresas.

No mês de agosto, cerca 60 pessoas, entreempresários, gestores de Comércio Exterior erepresentantes de prefeituras da região,participaram do ciclo de palestras internacionais.

Visando o fomento do comércio exterior emnosso município, no dia 25 de agosto contamoscom a palestra do Sr. Rui Mucaje, Presidente daAFROCHAMBER, que representa 53 países do

Edição nº 02 | Agosto de 2015

Programa de Limeira traz 6 agências de negócios internacionais na ALJOIAS

Os painéis ocorreram durante a XIX Edição da ALJOIAS - FeiraInternacional de Joias Folheadas, Brutos, Máquinas, Insumos eServiços. Segundo Rodolfo Mereb Jr., Presidente da AssociaçãoLimeirense de Joias (ALJ), os temas abordados foram relevantes para oatual momento econômico e todos que participaram dos encontrosforam unanimes em dizer que as palestras tiveram um direcionamentoacertado e que darão continuidade ao relacionamento com as Câmaras,visando os mercados apresentados. “Essas ações engrandecem a Feira emostram que, se empresários e poder público trabalharem juntos, comobjetivos bem traçados, quem ganha é a cadeia produtiva e a cidadecomo um todo”, ressaltou Mereb Jr.

Para Wladimir dos Santos, Secretário Municipal deDesenvolvimento, Turismo e Inovação, a atividade realizada atingiu oobjetivo proposto, que é o de oferecer informações estratégicas eprivilegiadas aos empresários de Limeira, para que possam ampliar aschances de inserir o seu produto no mercado externo.

O Programa ainda contou com as palestras do norte-americanoAdam Benjamin, Assessor de Negócios de Carga do Aeroporto deViracopos; e, Carlos Contiero, coordenador do grupo de ComércioExterior do CIESP-Limeira.

André Bonini, coordenador do Programa informa que as atividadescontinuarão ao longo de todo o semestre, com novas participações dasCâmaras de Comércio do Mundo Árabe e as do continente asiático.

Também em agosto, a Prefeitura apoiou dois programas decapacitação. O curso de “Exportação”, realizado pela Sima Logistcs e o“Treinamento em Práticas Cambiais”, realizado pelo Banco do Brasil.

continente africano. Já no dia 26, proferiram palestras o Secretário-Geralda centenária Câmara Italiana de Comércio, Sr. Fancesco Paternò; aSecretária-Geral da Câmara Portuguesa, Sra. Daniela Guiomar, além daGerente de Desenvolvimento de Negócios do Departamento Comercialda Embaixada da Bélgica, Sra. Cláudia Rolim. No dia 27, o Presidente daCâmara Texana de Comércio no Brasil, Sr. Max Paul, fez a concorridaexplanação sobre como fazer negócios no Estado americano que maisrecebeu investimentos brasileiros entre 2003 e 2015.

LIMEIRA CONECTADA AO MUNDO

www.limeira.sp.gov.br/desenvolvimento

Página 4

A INSERÇÃO DO BRASIL NO CENÁRIO INTERNACIONAL A PARTIR DA MUDANÇA DO CONCEITO DE REGIONALISMO

Competitividade & Comércio ExteriorBoletim de Relações Internacionais

Entende-se por regionalismo umprocesso de integração entre ospaíses, ou seja, formação de blocoseconômicos em diferentes regiõesque tem por objetivo promover odesenvolvimento de tais regiões.Após a Segunda Guerra Mundial,contudo, o regionalismo sofreu uma

mudança no seu conceito, passando a sercaracterizado como “regionalismo aberto”, onde aintegração passou a ser promovida não somenteentre países próximos e com característicashomogêneas, mas com países além daquelesfronteiriços.

A mudança experimentada pelo Regionalismo sedeu no intuito de encontrar alternativas parapromover a dinamização de economias emdesenvolvimento, que haviam sido afetadas pelacrise de 1980, além da insatisfação com asnegociações multilaterais do Acordo Geral deTarifas e Comércio (GATT).

No que tange o Brasil, a mudança doregionalismo acompanhou o novo caráter daPolítica Externa Brasileira, a partir dos anos 1990,que passou a incorporar a multilateralidade e quebuscava uma maior projeção mundial. A demandapor uma maior inserção do Brasil no cenáriointernacional foi favorecida por esse novoregionalismo no que se refere à aspectos como aintegração deste com países emergentes, como nocaso dos BRICS – Bloco Econômico composto porBrasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

O Brasil conseguiu, através desse processo,diminuir a dependência de grandes potências eestabelecer relações com países que possuíameconomias em ascensão. As relações entre o Brasil eos países membros do Mercosul não foramesquecidas com o surgimento do novo conceito deregionalismo, mas passaram a ter um menor grau deimportância para o país.

A influência do Brasil na América Latina, e maisespecificamente no Mercosul, também não diminuiudevido ao movimento que acabou deixando osvizinhos em segundo plano. O crescimento daeconomia do Brasil – que passou à posição desétima maior economia mundial –, apoiada nasnovas características de sua Política Externa foi degrande importância para os países sul americanos, ea importância do país na região é inquestionável.

Contudo, na perspectiva da Política Externa, oBrasil passou a se preocupar mais com a sua posiçãono cenário global, dando preferência às relações comoutros países emergentes que possibilitassem à elepromover seu desenvolvimento.

Brasil conseguiu diminuir a dependência de grandes potências,

ganhando destaque global

Contribuíram nesta Edição:André Bonini | Mariana Rodrigues da Silva

Isabella GimenesEstudante do último ano do cursode Relações Internacionais na UNIMEP.

Caracterizou-se uma “nova ordem econômicamundial”, promovida a partir das mudançaseconômicas e políticas consequentes deste novoregionalismo, principalmente as que consideravamrelevantes os países em desenvolvimento,caracterizando o que seria uma “maior justiça nasrelações econômicas internacionais”. Os países emdesenvolvimento, agora, passavam a integrar oGATT o que tornava as soluções mais complexas,não unilaterais como antes. Neste momento há umaintensificação no processo de formação dos blocoseconômicos, começando as negociações entre opaíses que dariam “vida” ao Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta) e o MercadoComum do Sul (Mercosul).

A nova ordem econômica mundial, com maior justiça nas relações

econômicas internacionais

Edição nº 02 | Agosto de 2015

www.limeira.sp.gov.br/desenvolvimento