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LIGUE E ANUNCIE: 2532-5000 www.odia.com.br Novos mercados para produção audiovisual DIVULGAÇÃO R$ 115 BI Feira, no Rio, reúne as principais empresas e produtoras latino-americanas para gerar negócios CONTRATOS Negócios & Carreiras STEPHANIE TONDO [email protected] QUARTA-FEIRA 12/3/2014 D esde a criação da lei que estabelece cotas de conteúdo nacional para canais de TV por assinatura, em 2011, o merca- do audiovisual no país tem apresentado forte crescimen- to. Nesse contexto, Associa- ção Brasileira de Produtoras Independentes de TV (ABPI- TV) promove de hoje até sex- ta-feira a quarta edição do RioContentMarket. O evento, focado na indús- tria de televisão e mídias digi- tais da América Latina, tem como principal objetivo pro- mover negócios entre as pro- dutoras latino-americanas e os canais de televisão estran- geiros e nacionais, distribui- doras e investidores, entre ou- tros. Também faz parte da fei- ra viabilizar parcerias, além de promover palestras. Diretor executivo da ABPI- TV, Mauro Garcia conta que a edição do ano passado ren- deu negócios fechados em torno de US$ 50 bilhões, cer- ca de R$ 115 bilhões. “O histó- rico do evento é de bons resul- tados. Convidamos pratica- mente todos os executivos dos canais brasileiros e es- trangeiros para a rodada de negócios. Eles selecionam, em média, de 12 a 15 projetos, e na feira se encontram com os produtores. É um local pa- ra negócios”, explica. Foi a quantia movimentada com negócios fechados na última edição do evento, no ano passado. Para este ano, a organização espera um sucesso ainda maior. Palestras e debates fazem parte da programação da feira

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Page 1: LIGUEEANUNCIE:2532-5000 QUARTA-FEIRA Negócios Carreiras · esde a criação da leique estabelece cotas ... roteiro, desenvolvi-mento de projetos, ... ordem de R$ 4 milhões. Se-

LIGUE E ANUNCIE: 2532-5000 www.odia.com.br

Novosmercadosparaproduçãoaudiovisual

DIVULGAÇÃO

R$ 115 BI

Feira, no Rio, reúne as principais empresas e produtoras latino-americanas para gerar negócios

CONTRATOS

Negócios&Carreiras

STEPHANIE [email protected]

QUARTA-FEIRA12/3/2014

Desde a criação da leique estabelece cotasde conteúdo nacionalpara canais de TV por

assinatura, em 2011, o merca-do audiovisual no país temapresentado forte crescimen-to. Nesse contexto, Associa-

ção Brasileira de ProdutorasIndependentes de TV (ABPI-TV) promove de hoje até sex-ta-feira a quarta edição doRioContentMarket.

O evento, focado na indús-tria de televisão e mídias digi-tais da América Latina, temcomo principal objetivo pro-mover negócios entre as pro-dutoras latino-americanas e

os canais de televisão estran-geiros e nacionais, distribui-doras e investidores, entre ou-tros. Também faz parte da fei-ra viabilizar parcerias, alémde promover palestras.

Diretor executivo da ABPI-TV, Mauro Garcia conta que aedição do ano passado ren-deu negócios fechados emtorno de US$ 50 bilhões, cer-

ca de R$ 115 bilhões. “O histó-ricodo evento é de bons resul-tados. Convidamos pratica-mente todos os executivosdos canais brasileiros e es-trangeiros para a rodada denegócios. Eles selecionam,em média, de 12 a 15 projetos,e na feira se encontram comos produtores. É um local pa-ra negócios”, explica.

Foi a quantia movimentadacom negócios fechados naúltima edição do evento, noano passado. Para este ano,a organização espera umsucesso ainda maior.

Palestras edebatesfazem parte daprogramaçãoda feira

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R$ 400 MIINVESTIMENTO

Filmagem do programa ‘Vamos combinar seu estilo’, da Bossa Nova

Denise Gomes, sócia da produtora Bossa Nova Filmes, acredita que alei das cotas para TV paga foi positiva para o mercado. Presidente daAncine, Manoel Rangel, diz que determinações têm sido cumpridas

FOTOS DIVULGAÇÃO

Apesar de a RioCon-tentMarket ser volta-da para a indústria datelevisão, todo o setor

do audiovisual — incluindocinema e publicidade, porexemplo — terá espaço noevento. “Hoje a gente trata oaudiovisual como uma coisasó. A forma de distribuiçãopassou a ser secundária, oque importa mesmo é o con-teúdo”, explica Mauro Garcia.

Até porque, não só os pro-gramas de televisão nacio-nais têm ganhado destaqueno exterior, mas também o ci-nema, os diretores e atoresbrasileiros. “Mensalmente, te-mos visto filmes nacionais en-tre as dez maiores bilheteriasdo país. Isso também influen-cia esse aumento de partici-pação e de relevância do con-teúdo brasileiro lá fora”, con-firma o diretor da ABPI-TV.

Gerente Executiva de Ca-pacitação da Associação Bra-sileira da Produção dasObras Audiovisuais (Apro),Odete Cruz conta que muitasempresas de outros paísestêm vindo ao Brasil conhecera produção nacional.

“Acho que o país já se posi-cionou internacionalmente etem mostrado um crescimen-to significativo no exterior.Ainda não é um mercadogrande, mas tem crescidosubstancialmente nos últi-mos cinco anos”, avalia.

Diretor executivo do nú-cleode TV da produtora Cons-

piração Filmes, que estarápresente no evento, ZicoGoes acredita que o mercadoestá aquecido, mas ainda emfase de experimentação. “Ain-da existe uma relação cheiade faíscas entre os canais detelevisão e as produtoras, jus-tamente porque ainda hámuito a ser ajustado”, afirma.

Segundo ele, o mercado écompetitivo, mas há espaço

para todos. “Grandes canaisgeralmente vão atrás de gran-des produtoras. Mas, ao mes-mo tempo, há muita deman-da por produções mais sim-ples, feitas pelas produtorasmenores”, argumenta.

De acordo com a diretorada Bossa Nova Filmes, Deni-se Gomes, houve um aumen-to de 30% da demanda pelaprodução brasileira nos últi-

mos cinco anos. Para ela, opropósito do evento vai alémde fechar contratos.

“O valor está na formaçãode novas parcerias e na possi-bilidade de novos projetos. Éfundamental esse encontro fí-sico”, considera Denise. Alémdisso, ela destaca a importân-cia das palestras para conhe-cer a opinião dos estrangei-ros sobre a produção do país.

>A Associação Brasileirada Produção de Obras Au-diovisuais (Apro) e o Se-brae vão participar pelo se-gundo ano consecutivo daRioContentMarket. Ama-nhã, às 15h, as entidadesvão apresentar na feira oProjeto de Capacitação Au-diovisual para produtorasde micro e pequeno portesem todo o país. No local,empresas interessadas po-derão esclarecer dúvidas efazer o cadastro.

Serão oferecidos cursosde gestão empresarial, dis-tribuição, formatação deprojetos para leis de incen-tivo, roteiro, desenvolvi-mento de projetos, aspec-

tos jurídicos, modelos de con-tratos, entre outros.

A primeira etapa do proje-to terá duração de dois anos econsumirá investimentos daordem de R$ 4 milhões. Se-

rão contempladas produto-ras do Rio e de São Paulo,além de outras capitais, co-mo Porto Alegre e Brasília.

Para Odete Cruz, gerente

executiva da Apro, existeuma necessidade de estru-turar a indústria para aten-der aos mercados internoe externo. “Nosso foco é de-senvolver o empreendedo-rismo. O objetivo é que asempresas desse segmentose fortaleçam”, afirma.

Segundo Leyla Fernan-des, presidente da associa-ção, os cursos irão “preen-cher uma lacuna no merca-do de produção audiovi-sual, pois grande parte dasprodutoras tem forte atua-ção em publicidade, maspouca experiência em pro-dução de conteúdo de en-tretenimento ou artístico.Ou vice-versa”.

Valor do investimentoanunciado pela Ancine, emdezembro, por meio do FundoSetorial do Audiovisual. Osrecursos são destinados àprodução, distribuição eexibição para cinema e TV.

Indústria brasileira já seposicionou internacionalmente

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Mercado de audiovisual está em crescimento no país e oferece oportunidade denegócios tanto para as grandes produtoras quanto para aquelas de menor porte

Set de gravaçãoda série de TV‘Amor Verissimo’,produzida pelaConspiração,e exibida pelocanal GNT

Número de longa-metragensbrasileiros lançados em 2013,um recorde histórico. Os filmesnacionais atraíram 27,8 milhõesde espectadores. Dez delesultrapassaram a marca de ummilhão de bilhetes vendidos.

“O valor está naformação de novasparcerias e napossibilidade denovos projetos”

Capacitação para microprodutoras

LEI DA TV PAGA

“Os cursos vãopreencher umalacuna no mercadode produçãoaudiovisual”

COTAS■ A Lei 12.485 foi aprovada noCongresso Nacional em agostode 2011 e sancionada em setem-bro do mesmo ano. O texto es-tabelece cotas de conteúdo na-cional na programação dos ca-nais de TV por assinatura.

OBJETIVOS■ De acordo com a Agência Na-cional do Cinema (Ancine),“um dos principais objetivos dalei é aumentar a produção e acirculação de conteúdo audiovi-sual brasileiro, diversificado ede qualidade, gerando empre-go, renda, royalties, mais profis-sionalismo e o fortalecimentoda cultura nacional”.

PERCENTUAL■ Os canais que exibem predo-minantemente filmes, séries,animação e documentários —chamados de canais de espaçoqualificado — passam a ter aobrigação de dedicar 3 horas e30 minutos semanais de seu ho-rário nobre à veiculação de con-teúdos audiovisuais brasileiros,sendo que no mínimo metadedeverá ser produzida por produ-tora brasileira independente.Além disso, todos os pacotesoferecidos aos consumidores

pelas operadoras de TV por as-sinatura deverão incluir um ca-nal de espaço qualificado deprogramadora brasileira paracada três estrangeiros.

EFEITOS■ Diretor-presidente da Ancine,Manoel Rangel explica que asconsequências da medida já po-dem ser notadas. “O especta-dor já percebe a presença de no-vos conteúdos na programaçãodos canais. Hoje, os assinantesligam a TV no horário nobre eencontram diversas alternati-vas de conteúdo nacional. Issosinaliza que os produtores inde-pendentes estão fazendo a suaparte, redobrando esforços pa-ra atender a demanda criadapor novos conteúdos. As obriga-ções de carregamento de con-teúdos e canais brasileiros têmsido plenamente cumpridas,com uma elevação substancialda presença de obras brasilei-ras diversificadas na programa-ção”, diz ele.

NEGÓCIOS■ Diretora e sócia da Bossa No-va Filmes, Denise Gomes afir-ma que a lei reforçou o interes-se dos estrangeiros na produ-ção audiovisual do Brasil.

2 . NEGÓCIOS & CARREIRAS QUARTA-FEIRA, 12.3.2014 I O DIA