liderança no reino: capítulo 15 - autoridade bíblica

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  • 8/13/2019 Liderana no Reino: Captulo 15 - Autoridade Bblica

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    Traduziremos apenas os captulos 6, 12, 15, 17 e 18

    DO LIVROLIDERANA NO REINO

    por DR. IAN FAIR

    CAPTULO 15: AUTORIDADE BBLICA

    As igrejas de Cristo tm sido um grupo bblico conservador desde o comeo

    do Movimento de Restaurao. Tem sido um dos seus maiores pontos fortes e um

    que no deve ser rendido de qualquer forma ou modo se as igrejas de Cristo vo

    permanecer leais sua herana de buscar ser a igreja descrita no Novo Testamento.

    No devemos, no entanto, confundir conservadorismo bblico com conservadorismo

    institucional ou com conservadorismo tradicional.

    Conservadorismo bblico significa que desejamos permanecer bblicos em

    tudo que fazemos; que desejamos permanecer leais aos ensinamentos bblicos.

    aceito como verdade fundamental que a Bblia a palavra inspirada de Deus.

    Conservadorismo bblico significa que no queremos mudar o que pode ser

    aprendido das Escrituras, e que as Escrituras tm precedncia sobre cultura.

    Conservadorismo institucional um compromisso para permanecer fiel

    instituio sem mudar a instituio de qualquer maneira. Da mesma forma,conservadorismo tradicional um desejo de permanecer fiel sua tradio sem

    mexer de qualquer forma com aquela tradio. No h nada de errado com

    conservadorismo institucional ou tradicional enquanto forem vistos como

    princpios de direo em vez de normas ou leis absolutas.

    Dada a natureza conservadora das igrejas de Cristo, membros devem

    favorecer conservadorismo institucional e tradicional enquanto esses princpios de

    direo no se tornam a convico primria da sua f. Cristos biblicamentecompromissados devem ter como seu primeiro compromisso permanecer fiel aos

    princpios bblicos. Devem estar dispostos a render seus compromissos

    institucionais e tradicionais conservadores s verdades bblicas.

    H uma advertncia a esta proposta com respeito ao conservadorismo

    bblico versus conservadorismoinstitucional e tradicional. que as Escrituras

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    devem ser interpretadas corretamente. Interpretao bblica fundamental

    validade de conservadorismo bblico. Deveria ser o compromisso de cada

    conservador bblico voltar regularmente s Escrituras para entend-las

    corretamente, e quando necessrio alinhar nossa compreenso de acordo com a

    verdade das Escrituras.

    Foi isso, de fato, o compromisso dos lderes do movimento da Restaurao:

    voltar aos velhos caminhos das Escrituras e entregar todas as pressuposies

    pessoais s pressuposies da Bblia. Voltar constantemente s Escrituras para sua

    f e doutrina deve ser um compromisso primrio dos membros das igrejas de Cristo.

    AUTORIDADE BBLICA E SEUS PROBLEMAS

    Relacionado convico das igrejas de Cristo para voltar s Escrituras e ser

    verdadeiramente bblico na sua f a questo de autoridade bblica. Termos como

    autoridade bblica, autoridade das Escrituras e usurpando autoridade

    destacam-se das pginas da literatura da igreja de Cristo. A preocupao sobre

    autoridade das Escrituras , sem dvida, um dos maiores pontos fortes das igrejas

    de Cristo. Ao mesmo tempo, porm, tem sido um dos fatores que mais causam

    divises entre as igrejas de Cristo. Divises sobre cooperao entre congregaes,

    orfanatos, Escola Dominical, comer no prdio da igreja e um ou mais recipientes naceia tm rasgado as igrejas de Cristo ao longo dos anos. A base destas divises o

    assunto de autoridade bblica.

    Autoridade tambm tem sido uma grande preocupao na questo

    estressante sobre o papel de mulheres na igreja. Talvez esta seja com alguma

    justificativa devido s presses de uma sociedade secular que questiona no apenas

    o assunto de autoridade, mas de fato a rejeita estridentemente. A tendncia da

    sociedade contempornea de rejeitar ou distanciar-se de autoridade tradicionalinstitucional e mudar para um sistema pluralista de autoridade egosta

    egocntrico (self-centered) faz pessoas conservadoras suspeitas de algumas

    exigncias seculares. desafortunado porque mal-informado simplesmente

    interpretar as preocupaes das mulheres para um papel maior na igreja no

    contexto de usurpando autoridade ou um desejo de mandar na igreja (run the

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    church). Mas a questo de autoridade agiganta-se nas mentes daqueles contra

    quaisquer mudanas no papel de mulheres na igreja. Talvez seria melhor entender

    as preocupaes das mulheres para um papel maior na igreja como um desejo de

    estarem mais compromissadas e ativas na vida e ministrio da igreja sem desejar

    tomar conta da igreja ou usurpar autoridade.

    Fechamos esta breve introduo sobre autoridade bblica com o comentrio

    que a declarao e compromisso para autoridade bblica permanecem ou

    enfraquecem com interpretao bblica alicerada. Todo esforo deve ser feito para

    interpretar as Escrituras dentro do seu prprio contexto, ou seja, dentro do seu

    contexto histrico e teolgico, dentro seu contexto literrio e dentro do seu contexto

    lingustico. O assunto de autoridade bblica deve ser colocado dentro do contexto do

    texto bblico e autoridade bblica, e no no contexto de ofcio eclesistico ou

    tradio, seja catlica, anglicana ou igreja de Cristo.

    AUTORIDADE BBLICA E LIDERANA NA IGREJA

    O assunto que estamos estudando neste captulo uma subdiviso de

    autoridade bblica geral, ou seja, a autoridade de presbteros, diconos e

    ministros/evangelistas. A palavra grega traduzida como autoridade no Novo

    Testamento exousia (liberdade, escolha, poder, autoridade, autoridade absoluta,poder governante, poder oficial). Pode ser vista na curta lista de opes disponvel

    que o termo tem um grande leque de significado. um termo, porm, que favorece o

    sentido de oficial ou poder absoluto.

    No Novo Testamento, exousia usado frequentemente num sentido secular

    do oficial ou poder dominante dos oficiais do governo (Lc. 19:17; 20:20; Jo. 19:10;

    Ap. 17:12). Refere-se ao sentido geral de poder ou direito de fazer algo (Lc. 12:5;

    Jo. 1:12; At 8:19). Alm disso, usado em referencia ao sentido de liberdade parafazer escolhas ou fazer algo (1 Co. 9:12; 2 Tss 3:9).

    Apesar de Deus ser reconhecido como tendo toda autoridade no sentido

    csmico completo, aplica-se de maneira especial em questes de religio. A

    autoridade de Deus ao mesmo tempo axiomtica e absoluta. Ele o Alfa e o

    mega... o Todo Poderoso (Ap. 1:8). O cu se curva diante do seu trono (Ap. 4). Ele

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    concede autoridade para quem deseja. Deus tem permitido autoridade absoluta ao

    seu Filho, Jesus (Mt. 28:18; Jo. 17:2) que, atravs dessa autoridade julgar o mundo

    (At. 17:30, 31). Jesus, por sua vez, tem concedido esta autoridade aos seus apstolos

    (2 Co. 10:3; 13:10). Tudo o que eles sujeitarem na terra ser sujeito no cu.

    Das observaes acima, notamos que exousia no sentido de autoridade

    absoluta reservado para Deus, Cristo, os apstolos e as Escrituras. No reside na

    igreja ou qualquer oficial da igreja. Tais perspectivas como as mantidas pela Igreja

    Catlica Romana que passam autoridade apostlica atravs dos papas que

    supostamente falam ex cathedrea por Deus, no so sustentveis luz das

    Escrituras. Apesar disso, muitos mantm a perspectiva, derivada do modelo

    hierrquico das igreja anglicanas e catlicas, que autoridade religiosa vestida em

    algumas formas de cargo na igreja.

    O CARGO DE BISPO

    No incomum para lderes na igreja referirem-se ao seu ministrio como

    um cargo. O histrico para isso encontrado em 1 Timteo 3:1. A palavra cargo,

    porm, simplesmente no existe no grego de 1 Timteo 3:1. Algum pode perguntar

    como este termo veio a ser usado em 1 Timteo 3:1? Devemos lembrar que a

    maioria das nossas bblias hoje em dia, especialmente aquelas que contm a palavracargo, encontram-se dentro da tradio da verso King James de 1.611, que por

    sua vez veio de uma histria longa e rica de tradues que vieram de pelo menos

    1.525-1.530 nas tradues de William Tyndale.160 Devido ao fato que a King James

    Version e suas predecessoras foram traduzidas no ambiente das igrejas catlica e

    anglicana, no surpreendente que a palavra cargo seria usada para expressar o

    servio do bispo. Nas duas igrejas dominantes da poca, bispos tinham um cargo, e

    esse cargo era autoridade.O termo cargo simplesmente no faz parte do sentido no grego original de

    1 Timteo 3:1. Uma boa traduo seria Se algum aspira ser um bispo... ou talvez,

    Se algum aspira ao ministrio ou servio do bispo...

    Alguns argumentam que a palavra cargo inerente na palavra episcopos

    porque a palavra episcope traduzida cargo em Atos 1:20. De novo devemos

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    insistir que a razo pela qual episcope traduzida cargo em Atos 1:20 a mesma

    de 1 Timteo 3:1. Foi traduzida no contexto de uma igreja que acreditava que

    autoridade era vestida num cargo. Note, porm, que no Revised Standard Version,

    Atos 1:25 afirma para fazer parte neste ministrio e apostolado. O episcope de

    Judas no era um cargo mas um ministrio. O NVI sabiamente traduz episcope em

    Atos 1:20 como liderana. uma boa traduo, mantendo o sentido do contexto da

    passagem. Pr cargo na palavra episcope, simplesmente porque devia ser includo

    no episcope, no funciona!

    MINISTRIO COMO AUTORIDADE

    Argumentamos que, apesar de exousia no caso de Deus, Cristo, os apstolos e

    as Escrituras seja absoluta, autoridade no caso de presbteros, diconos e

    ministros/evangelistas funcional ou relacionada ao ministrio. Estamos

    enfatizando o ponto que presbteros, diconos e ministros/evangelistas tm

    autoridade, somente que a autoridade deles diferente da autoridade de Deus,

    Cristo e os apstolos. A autoridade de presbteros, diconos e

    ministros/evangelistas limitada funo do ministrio que Deus tem concedido a

    eles. Os seguintes grficos diagramam efetivamente o ponto que estaremos

    desenvolvendo o restante deste captulo. 161

    Observaremos que a funo do ministrio que cada servo recebe como dom

    da graa de Deus contm dentro dele a definio ou limite da autoridade envolvida.

    Nos ajudar a comear enfatizando que Deus concedeu alguns servos tarefas

    especficas e na prpria tarefa a descrio da sua autoridade. Por exemplo,

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    FIGURA 9: TIPOS DE AUTORIDADE DEUS

    FIGURA 10: TIPOS DE AUTORIDADE - ESCRITURAS

    AUTORIDADE PRIMRIA DE:

    DEUSCRISTO

    ESPRITO SANTOAUTORIDADE ABSOLUTA

    AUTORIDADE

    AUTORIDADE SECUNDRIA DE:

    APSTOLOSESCRITURAS AUTORIDADE

    NORMATIVA

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    FIGURA 11: TIPO DE AUTORIDADE MINISTRIO

    No grfico acima temos listado um nmero de servos especiais, cada um com um

    ministrio especfico. Poderamos, por convenincia e para ilustrar um ponto,

    comear com a classe especial de servo depais. H instrues especficas nas

    Escrituras relacionadas responsabilidade de pais. No so exaustivas, mas

    adequadas para definir o ministrio que Deus tem em mente para pais. Brevemente,

    pais devem criar seus filhos na disciplina e instruo do Senhor, e no devem

    provoca-los ira (Ef. 6:4, Cl. 3:21). Presume-se da lista de Paulo de qualidades de

    presbteros e bispos que pais devem cuidar das suas famlias, lev-los a Cristo e

    ensin-los a serem obedientes. A autoridade do progenitor(a) relacionada e

    limitada especificamente criao de filhos. Consequentemente, a autoridade de

    pais nem absoluta nem universal. limitada sua prpria famlia e a criar sua

    famlia obedientemente no Senhor. Todos ns reconhecemos que a autoridade dos

    pais muda medida que as crianas amadurecem ao ponto de ser inexistente ou

    pelo menos limitada anos depois ao respeito dos seus filhos. A autoridade dos pais

    consequentemente funcional e relacionada ao ministrio.

    Professores(as) de aulas bblicas tm autoridade para ensinar a palavra de

    Deus. Na congregao local, os presbteros designam uma aula para o(a)

    AUTORIDADE DE:

    PRESBTEROSDICONOS

    MINISTROSREGENTES DE CNTICOS

    SECRETRIASFAXINEIRAS

    BBLIAPROFESSORES

    PAISTODOS OS CRISTOS

    FUNCIONALRELACIONADO AO

    MINISTRIOCONDICIONAL

    AUTORIDADE

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    professor(a) da Bblia. Essa responsabilidade no faz do(a) professor(a) um pai ou

    me em absentia, porque o(a) professor(a) no assume as responsabilidade dos

    pais. A responsabilidade ou autoridade do(a) professor(a) manter ordem na

    classe e ensinar a palavra de Deus aos alunos, e nada mais. O(a) professor(a) tem

    autoridade; relacionada ao ministrio e funcional. O mesmo poderia ser dito

    relativo a ministros de jovens e lderes do grupo de jovens.

    A secretria uma ilustrao interessante. Considere o seguinte cenrio. Um

    presbtero liga para o escritrio da igreja e pede para falar com o evangelista. A

    secretria diz que o evangelista est em reunio com algum. O presbtero responde

    que ele sabe, mas mesmo assim deseja falar com o evangelista. A secretria

    responde que isso no possvel. Ela vai pedir para o evangelista ligar de volta

    quando ele termina com a pessoa com quem est conversando. A secretria est

    exercendo sua autoridade. Ela no usurpou autoridade, mas est meramente

    exercendo o papel dado para ela pelos presbteros e seu ministrio. Ela foi

    contratada pelos presbteros com a instruo especfica de proteger o tempo do

    evangelista quando est em conferncia. Sua autoridade verdadeira, porm

    limitada ao seu papel ministerial. funcional, relacionada ao ministrio e no

    absoluta.

    Conclumos esta seo com a observao que presbteros, diconos eevangelistas tm autoridade, mas sua autoridade, diferente da de Deus, Cristo, os

    apstolos e das Escrituras, no absoluta, mas limitada funo do seu papel

    ministerial. imperativo, no entanto, que gastamos tempo explorando o papel

    ministerial de presbteros, diconos e evangelistas para melhor entender sua funo

    e autoridade.

    TERMOS E FUNES MINISTERIAISAprenderemos do seguinte estudo que cada termo ministerial descritivo do

    ministrio ou funo realizada pela pessoa sendo descrita. Isso no deve ser

    surpreendente desde que em tempos bblicos nomes em muitas ocasies foram

    mudados para descrever a personalidade envolvida. O nome de Abro (Abro pai

    exaltado) foi mudado para Abrao (pai de muitas naes) e o nome de Jac foi

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    mudado para Israel porque ele lutou com Deus, ilustrando o ponto que nomes e

    termos ministeriais descrevem a funo e carter da pessoa.

    Pr esbt er o. Com j aprendemos, o termo grego para presbtero presbteros.

    Este termos tem vrios usos. Pode referir-se a uma pessoa mais velha, e s vezes

    usado assim no Novo Testamento (Atos 2:17, ... e seus velhos sonharo). Mais

    pertinente ao nosso estudo so as referncias s funes de liderana em algum

    corpo ou grupo de pessoas. Haviam presbteros da cidade em comunidades locais,

    presbteros no Sindrio (Mt. 16:21, At. 6:12) e presbteros na igreja primitiva (At.

    11:30). 162

    Nesta capacidade especial como dignitrios em alguma organizao, o termo

    era sinnimo de lder. Uma pessoa se tornava um lder na comunidade porque era

    reconhecido pela comunidade como lder e umapessoa de grande dignidade.

    Presbteros, ento, eram nomeados como lderes nas suas comunidades porque era

    altamente respeitados como pessoas de carter e virtude, e porque possuam

    dignidade na conduta das suas vidas. Seriam pessoas que a comunidade poderia

    respeitar e seguir. A nfase seria na sua capacidade de liderana atravs do exemplo

    pessoal.

    Ento o que presbteros faziam? Serviam as comunidades como lderes com

    dignidade e virtude. Na comunidade da igreja, por causa da sua dignidade eliderana reconhecidas, serviam como pastores-servos seguindo o papel modelo do

    seu lder, Jesus. Mas eles fariam isso na dignidade das suas vidas pessoais e carter

    e seu exemplo, no de maneira dominadora.

    Bispo. O termo grego para bispo episkopos (administra, zela, supervisiona e

    protege aqueles sob sua responsabilidade. Era usado para deus na antiguidade

    grega, na Septuaginta, pseudoepigrafia, nos Apcrifos e nos Patrsticos (1 Clem.

    59:3). No Novo Testamento usado de maneira especial para Cristo (1 Pe. 2:25, oPastor e Bispo da vossa alma).

    Na igreja, o termo episkopos usado como sinnimo para os presbteros

    como lderes da igreja. Atos 20:17-20 um excelente exemplo disso. Paulo est

    dirigindo-se aos presbteros quando refere-se a eles como episkopoi

    (administradores) que devem cuidar da igreja de Deus. A responsabilidade de

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    bispos como lderes cuidar e proteger o povo de Deus, a igreja. Fazendo isso,

    tambm supervisionam as atividades da igreja.

    Pastores. Tanto Paulo como Pedro adotam a metfora pastoral, referindo-se

    igreja como o rebanho de Deus (At. 20:28, 1 Pe. 5:2). Referir-se aos lderes do

    povo de Deus comopastores (poimen um pastor, pastor de ovelhas) no era

    incomum nas Escrituras (Ez. 34:1ff, Jr. 2:8, o hebraico usa pastor aqui traduzido no

    RSV como governadores, e Jr. 3:15). Jesus adotou o termo para si mesmo (Jo.

    10:11), e Pedro referiu-se a Jesus como o pastor supremo e o Pastor e Guardio

    das suas almas (1 Pe. 5:4, 2:25).

    No surpreendente, ento, que os presbteros como lderes do povo de

    Deus eventualmente seriam referidos por Paulo (Ef. 4:11) atravs da analogia de

    pastoreio comopastores (poimen -- Pastor). Como pastores, presbteros conhecem

    bem o seu rebanho, alimentam seu rebanho, protegem seu rebanho e lideram seu

    rebanho. A nfase no pastoreio conhecer os indivduos; pastoreando um

    ministrio intensivo com pessoas. De maneira nica, presbteros como pastores so

    responsveis pelas almas do povo de Deus. Eles realizam esta responsabilidade no

    simplesmente atravs de administrar um programa da igreja, mas por conhecer as

    pessoas por nome e sendo pessoalmente responsveis e envolvidos com seu

    rebanho. Eles nutrem, alimentam, protegem e lideram o rebanho.A autoridade do presbtero/bispo/pastor encontra-se na responsabilidade

    que Deus tem colocado sobre eles para ensinar, liderar, equipar, cuidar, guardar e

    proteger o rebanho. Sua autoridade funcional, relacionado ao ministrio e atado

    pelo seu ministrio.

    Lder es. Uma funo primria de presbteros como pastores alimentar seu

    rebanho. Isso ser feito mais pelo seu ministrio de ensinamento da igreja no qual

    presbteros funcionam como professores proeminentes. Parte deste ensinamentoser feito em aulas congregacionais, parte nos lares e ainda outra parte em situaes

    particulares um-a-um. Seja qual for o caso, presbteros como pastores provero

    muito deste ensinamento. Nesta capacidade, eles so considerados como lderes no

    sentido bblico de hegoumenois (Hb. 13:7) que pregam a palavra de Deus ao seu

    povo. Somos lembrados que Efsios 4:11 inclui pastores e professores ou

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    pastores que ensinam na lista daqueles ministrios de ensinamento responsveis

    para equipara igreja pelo servio de ministrio. Presbteros funcionam como lderes

    de maneira profunda quando esto ensinando a palavra de Deus.

    Di conos. Diconos, como servos especiais escolhidos com qualidades

    especficas, so designados pela igreja para ministrios especiais. Estes ministrios

    no esto especificados, mas supomos das Escrituras, especialmente Atos 6:1-7,163

    que so escolhidos para ajudar os presbteros e a congregao para que os

    presbteros possam avanar no seu papel de pastorear e ensinar a congregao. Tem

    sido o costume em algumas situaes para o servio de diconos ser limitado s

    responsabilidades mais fsicas da congregao como o prdio da igreja e

    manuteno e no h nada essencialmente errado com esta prtica. No devemos

    chegar concluso, porm, que o servio dos diconos deve limitar-se ao fsico.

    Diconos podem assistir os presbteros e congregao em questes espirituais

    como o programa da Escola Dominical, benevolncia, evangelismo, misses,

    aconselhamento e uma variedade de outros ministrios que enriquecem a

    congregao. falcia, porm, considerar o prdio da igreja e manuteno

    meramente como uma entidade fsica na vida da igreja sem implicaes

    espirituais. Ao manter o prdio em bom estado, os diconos esto ministrando ao

    povo, no meramente mantendo a propriedade fsica.Algumas congregaes escolhem diconos para ministrios especficos e por

    um perodo especfico. Esta prtica tima. Outras congregaes escolhem diconos

    porque j esto provendo liderana espiritual qualitativa, e depois guiam os

    diconos na escolha de ministrios pelos quais os diconos tm interesse e dons.

    Muitas vezes os diconos recebem a oportunidade de fazer um rodzio por vrios

    ministrios.

    um srio erro considerar ser um dicono como um passo antes de serpromovido para o presbitrio. Esta prtica vem de uma estrutura hierrquica da

    igreja. Diconos devem ser to espirituais, to maduros e to capacitados quanto os

    presbteros. A grande diferena no esto nas qualidades espirituais dos dois, mas

    nos ministrios para os quais so designados a trabalhar. Se ser um presbtero

    significa sentar numa reunio dos presbteros tomando decises pela congregao,

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    ento os diconos so to bem qualificados como presbteros para fazer isso. O

    ministrio dos presbteros no o ministrio de tomar decises da igreja, mas o

    ministrio de pastorear, ensinar, proteger e cuidar. As qualidades distintivas

    requisitadas para presbteros so especificamente relacionadas ao ministrio do

    pastoreio. Tomar decises fcil demais! Na minha opinio, o papel dos

    presbteros/bispos mais focado especificamente no ministrio de ensinamento,

    educao, e amadurecimento, enquanto que o papel dos diconos mais geral.

    Presbteros devem ser os guardies e lderes que do direo aos diconos que

    funcionam como equipe com os presbteros.

    A autoridade dos diconos est nas suas qualidade espirituais, exemplo e

    ministrios especiais para os quais a congregao os escolheu e capacitou. Sua

    autoridade na funo do seu ministrio especfico.

    Evangelistas/ Ministros. Em 2 Timteo 4:1-5, Paulo alerta o Timteo para pregar a

    palavra, insta, quer seja oportuno, quer no...faa o trabalho de um evangelista,

    realize o seu ministrio. Em Efsios 4:11 ele faz referncia aos evangelistas sendo

    envolvidos no ministrio de equipar a igreja atravs do seu ensinamento. Em 1

    Timteo 4:6-16, ele encoraja Timteo a colocar estas instrues perante os irmos

    e observa que ao fazer isso ser um bom ministro de Cristo Jesus. Ele fica maissrio quando cobra Timteo a ordenar e ensinar estas coisas... torna-te padro dos

    fiis, na palavra, no procedimento, no amor, na f, na pureza. At minha chegada,

    aplica-te leitura, exortao, ao ensino.

    Seria difcil no entender a nfase dada por Paulo ao trabalho do evangelista

    ou ministro em pregar e ensinar as Escrituras. Infelizmente, muitas congregaes e

    ministros aceitam o modelo de ministrio eclesistico praticado por algumas

    denominaes nas quais o ministro tem se tornado ou o conselheiro em residnciaou o administrador local da igreja. Outros na congregao abenoados com o dom de

    administrao e aconselhamento devem estar envolvidos nestes ministrios. O

    evangelista deve estar liberado para praticar os dons que Deus os concedeu, ou seja,

    pregar e ensinar a Palavra de Deus como evangelista.

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    uma situao decididamente triste quando institutos bblicos e

    universidades da igreja de Cristo preparam ministros para serem capeles da

    igreja que cuidam do aconselhamento, visitas ao hospital e outras tarefas de casa.

    No de se admirar que muitas igrejas de Cristo no so mais evangelsticas quando

    seus evangelistas no so nem treinados para serem evangelistas e nem praticarem

    o evangelismo atravs da pregao e ensinamento. Em muitas casos, evangelistas

    esto pastoreando enquanto os presbteros esto sentados em reunies fazendo o

    trabalho de diconos e tomando decises. Em algum lugar no caminho ao se tornar

    parte do estabelecimento religioso do sculo 20 na Amrica, igrejas de Cristo

    perderam a viso do papel bblico de presbteros e ministros/evangelistas.

    Presbteros tornaram-se executivos da diretoria e evangelista tornaram-se

    capeles da igreja.

    A autoridade do ministro/evangelista est na sua responsabilidade de pregar

    a Palavra de Deus fielmente e atrair pessoas, tanto os membros da igreja como os

    desigrejados a Cristo atravs do seu ministrio de ensinar e pregar.

    ______________________________________

    CONCLUSONeste captulo tempos explorado o conceito de autoridade bblica. Temos

    examinados o termo exousia nos seus vrios contextos e notados que no

    cristianismo, autoridade normativa pertence a Deus, Cristo, os apstolos e

    Escrituras. Observamos que presbteros, diconos e ministros tambm tm

    autoridade, mas em contraste de Deus, sua autoridade limitada funo do seu

    ministrio.

    Observamos tambm que autoridade a respeito dos presbteros, diconos eministros o resultado do seu ministrio. Os termos bblicos traduzidos

    presbteros, diconos e ministros cada so descrevem a natureza de liderana

    designada a eles pelas Escrituras, e a autoridade para realizar estes ministrios

    inerente no prprio ministrio. Quando autoridade colocada na posio ou cargo,

    volta-se ao modelo catlico ou anglicano de governo da igreja. Autoridade bblica

  • 8/13/2019 Liderana no Reino: Captulo 15 - Autoridade Bblica

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    enfatiza ministrio e funo em vez de posio ou cargo. Quando autoridade bblica

    vista no contexto de ministrio, estamos livres das preocupaes de usurpar

    autoridade.Autoridade bblica liberdade para funcionar em ministrio, no

    permisso para tomar posse, administrar ou dominar a igreja.

    A respeito de todos os ministrios da igreja, seja do presbtero, dicono,

    ministro, secretria, professor(a) de aulas bblicas, ministro de jovens, ou pais, como

    exercem sua autoridade em relao funo crtica sua efetividade e resposta

    dos seus seguidores. Eles, e em particular os presbteros, no devem se impor de

    maneira dominadora. Todos deve liderar atravs do seu exemplo pessoa, carter

    pessoa e f, e funo de ministrio.