lição 01 - deus dá sua lei ao povo de israel

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Pr. Andre Luiz

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1. A solenidade. 2. A credibilidade de Moisés. 3. A lei.

1. Classificação. 2. O que há de concreto?

1. O que é um concerto? 2. Preparativos. 3. O concerto do Sinai.4. O livro do concerto.

1. Os holocaustos.2. O sangue.3. A aspersão.

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Quando lemos os Dez Mandamentos, quase sempre, não paramos para refletir no contexto de libertação em que o povo judeu estava situado. Geralmente olhamos para os mandamentos como “leis fixas ou regras duras” e não damo-nos conta de que a existência deste código divino tinha o objetivo de garantir a liberdade recém-conquistada pelos israelitas. Há pouco, o povo judeu fora liberto da opressão dos egípcios. Os mandamentos foram dados pelo Eterno para conduzir Israel a uma vida de santidade prática. Neles, o povo poderia ver a natureza de Deus e seu plano, segundo o qual deveriam viver. Os israelitas sofreram as influências da cultura, da religião, da filosofia de vida egípcia, etc. Não há como ficar incólume sob 430 anos de influência em uma cultura majoritária como a do Egito Antigo. Por isso, a providência divina foi a de estabelecer princípios divinos e de vida para os judeus a fim de que o processo de libertação do povo não fosse em vão. Voltar ao “espírito” do Egito, em pleno deserto, seria a sombra que os hebreus conviveriam por 40 longos anos. Mas, Deus estava disposto a libertá-los para sempre dessa sombra

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1. A solenidade. 2. A credibilidade de Moisés. 3. A lei.

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O ritual do concerto e da promulgação da lei no pé do monte Sinai aconteceu cerca de três meses após a saída de Israel do Egito (Êx 19.1-3). Os israelitas permaneceram ali durante um ano (Nm 10.11,12). A revelação da lei começa aqui e vai até o livro de Levítico (Lv 27.34). O livro de Números registra as jornadas de Israel no deserto, e Deuteronômio é o discurso em que Moisés recapitula a lei e traz ao povo uma reflexão sobre os acontecimentos no deserto desde a saída do Egito, exortando Israel à fidelidade a Deus (Dt 1.3; 4.1).

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O local onde nos encontramos é o Monte Sinai, de significado desconhecido, sendo uma possível derivação da palavra seneh, um arbusto espinhoso daquela região, ou pode ser uma referência ao deus lua Sin, cujo culto havia-se espalhado por toda a Arábia. Às vezes esse monte é chamado apenas de "a montanha de Deus" como em Ex 3.1 e 4.27; Sinai e Horebe. Essas variações podem referir-se ao mesmo monte, ou podem estar em vista montanhas diferentes localizadas na península. O escritor protestante americano Norman Russel Champlin afirma que foram necessários três meses para que Israel chegasse ao Sinai, depois de haver escapado da servidão no Egito. Na ocasião, um grande acontecimento esperava por eles, o pacto sinaítico. No terceiro mês. Ou seja, no terceiro mês do calendário religioso, que tinha início na páscoa, no mês de abibe (nisã). Entre os israelitas também havia um calendário civil. O terceiro mês do calendário religioso chamava-se sivã, correspondente ao nosso mês de maio. O Targum de Jonathan diz que a chegada de Israel ao Sinai ocorreu quarenta e cinco dias depois da partida do Egito, presumivelmente cinco dias antes da lei ter sido dada, ou seja, no sexto dia do mês de sivã.

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Diante de tudo o que aconteceu, quem poderia questionar a legitimidade de Moisés como mediador entre Deus e o povo? Quem podia duvidar da autenticidade e da autoridade da lei (Êx 20.22)? Não seria exagero afirmar que Deus quis fortalecer a autoridade de Moisés com aquelas manifestações sobrenaturais (Êx 19.9). A manifestação visível do poder de Deus ao povo era uma prova irrefutável de sua origem divina (Êx 20.18-22; 19.16-19). As coisas de Deus são sempre às claras. Uma das grandezas do cristianismo é que ele foi erigido sobre fatos. Os evangelhos estão repletos dos milagres que Jesus operou diante do povo (Jo 18.19-21).

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Os israelitas tinham pedido que Moisés atuasse como mediador entre Deus e eles mesmos (vs. 19), quando Moisés já estava atuando nessa capacidade. YAHWEH ( ( יהוה instruiu Moisés para que transmitisse ao povo a Sua palavra, e assim teve início a multiplicação dos dez mandamentos básicos; e essa multiplicação, mediante a Interpretação, nunca terminou para o judaísmo. YAHWEH ( ( יהוה enviava a Sua mensagem do Seu céu, o que significa que estamos falando em termos de revelação. As coisas ditas pelo Senhor seriam posteriormente formuladas nas Escrituras. O fato de que a voz de YAHWEH ( ( יהוה era ouvida por Moisés servia de motivo para o povo de Israel obedecer, pois as palavras subiam acima da compreensão imediata deles. Segundo o comentarista bíblico e pastor presbiteriano inglês Matthew Henry, isto pareceu, também, ter particularmente a finalidade de honrar Moisés: “Para que o povo ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente”, v. 9. Desta maneira, a correspondência devia ser primeiro estabelecida por uma manifestação perceptível da glória divina, e depois deveria ter continuidade, de modo mais silencioso, pelo ministério de Moisés. De igual maneira, o Espírito Santo desceu visivelmente sobre Cristo, no seu batismo, e todos os que estavam presentes ouviram Deus falando com Ele (Mt 3.17), para que posteriormente, sem a repetição de tais sinais visíveis, pudessem crer nele.

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A lei de Moisés é o alicerce de toda a Bíblia, e os judeus a consideram"a expressão máxima da vontade de Deus". O termo hebraico torah aparece noAntigo Testamento como "instrução, ensino, lei, decreto, código legal, norma",e vem da raiz de um verbo que significa "instruir, ensinar". A Septuagintaemprega a palavra grega nomos, "lei, norma", usada também no NovoTestamento. Além de designar toda a legislação mosaica (Dt 1.5; 30.10) - oPentateuco (Lc 24.44; Jo 1.45) - indica também o Antigo Testamento (Jo 10.34,35; Rm 3.19; 1 Co 14.21). Segundo os antigos rabinos, a lei contém 613 preceitoscontendo 248 mandamentos e 365 proibições.

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A Bíblia de Estudo Genebra (Cultura Cristã e SBB) traz a seguinte nota: “Os seres humanos não foram criados autônomos (isto é, seres livres para seguirem sua própria lei), mas foram criados seres teônomos, ou seja, para estarem sujeitos à lei de Deus. Isso não constituía uma privação para o homem, porque Deus o criou de tal maneira que uma obediência agradecida poderia proporcionar-lhe a mais alta felicidade. Dever e prazer seriam coincidentes, como ocorreu com Jesus (Jo 4.34; cf. SI 112.1; 119.14, 16,47-48,97-113, 127-128, 163-167). O coração humano decaído odeia a lei de Deus, tanto pelo fato de ser uma lei quanto por ela vir de Deus. Os que conhecem a Cristo, contudo, descobrem não só que amam a lei e querem guardá-la tanto para agradarem a Deus e como gratidão pela graça (Rm 7.18-22; 12.1-2) mas também que o Espírito Santo os conduz a um grau de obediência que nunca tiveram antes (Rm7 .6; 8.4-6; Hb 10.16). A lei moral de Deus está abundantemente exposta nas Escrituras, no Decálogo (Os Dez Mandamentos), em outros estatutos de Moisés, em sermões de profetas, no ensino de Jesus e nas cartas do Novo Testamento. A lei reflete o caráter santo de Deus e seu propósito para os seres humanos que criou. Deus ordena o comportamento que lhe agrada e proíbe aquilo que o ofende. Jesus resume a lei moral nos dois grandes mandamentos: o amor a Deus e o amor ao próximo (Mt 22.37-40).

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A Lei foi entregue a Moisés

no Monte Sinai. O legislador de Israel cumpriu o papel de mediador entre a vontade de Deus e o povo de Israel

Deus revelou a sua Lei aos

homens através de Moisés, o seu servo. Mas a revelação plena consiste em Cristo,o Filho de Deus.

Monte Sinai: O lugar onde

Moisés recebeu a lei de DeusO legislador de Israel se encontrou com Deus no Monte Sinai e dElerecebeu os Dez Mandamentos. Para conhecer mais leia Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos, CPAD, pp.287-295.

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Neste tópico consta a explicação do processo de promulgação

da Lei de Deus ao seu servo, Moisés. As perguntas "Como a Lei surgiu?", "Quem a ditou?" e "Quem a recebeu?" são pertinentes para ministrá-las na aula. Aqui, o autor propõe-se respondê-las. Por isso, o desenvolvimento deste tópico será de grande importância para o aluno conhecer a revelação da Lei a fim de que tenha o conhecimento bíblico básico para acompanhar o desdobramento dos Dez Mandamentos ao longo da revista. Portanto, algumas questões são importantes, também, serem esclarecidas para a classe: "Em que livro do Pentateuco inicia a revelação da Lei?"; "Quem fazia a mediação entre Deus e o povo?"; "Qual é o significado da palavra torah?"Sugerimos ao professor responder a essas perguntas de modo que os alunos compreendam as informações básicas a respeito da Lei revelada no Pentateuco. Bons comentários bíblicos sobre o Pentateuco poderão auxiliá-lo.

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1. Classificação. 2. O que há de concreto?

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Os críticos costumam fragmentar os escritos de Moisés. Consideram alegislação mosaica uma coleção de diversos códigos produzidos num longolapso de tempo. A classificação apresentada é a seguinte: os Dez Mandamentosencabeçam a lista desses expositores (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21). Em seguida, há oque eles denominam Código da Aliança (Êx 20.22-23.33). O que vem depois é oCódigo de Santidade (Lv 17.2-16). O Código Sacerdotal é o restante do livro deLevítico e o Código Deuteronômico (Dt 12-26).

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O comentarista deste trimestre, o Pastor Esequias Soares, escreve em sua obra que serve de apoio a estas lições, Os dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança (CPAD):“Os códigos do Pentateuco são seções distintas no sistema mosaico que a crítica considera porções legais produzidas durante um longo lapso de tempo. Os críticos afirmam ter encontrado sete grupos: os Dez Mandamentos (Êx 20.1-17; Dt5.6-21); o que eles costumam chamar de Código da Aliança (Êx 20.22-23.33); Ritual do Decálogo (Êx 34.10-26); Código de Santidade (Lv 17- 26); Código Sacerdotal (Lv 1-16); o Código Deuteronômico (Dt 12-26); além do discurso sobre as bênçãos e as maldições (Dt 27-28). Outros expositores mais ousados chegam a afirmar que o texto se constituía dos Dez Mandamentos sem as explicações de Êxodo 20.4-6, 9-11 e Deuteronômio 5.9, 10, 13-15, as quais teriam sido acrescentadas posteriormente. Há, na verdade, entre os críticos judeus e cristãos mais conservadores, a ideia de que Moisés recebeu as tábuas sem as respectivas explicações, mas que Deus mandou o próprio Moisés incluí-las no livro da Lei.” Esequias Soares. Os dez Mandamentos. Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Editora CPAD. pag.

21-22

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Estas seções ou códigos são realmente identificáveis no Pentateuco;no entanto, é inaceitável a ideia de sua existência independente de cada umdeles na história. O argumento dos críticos contraria todo o pensamento bíblico.Não existem provas bíblicas nem extrabíblicas de qualquer código isolado noAntigo Israel. A Bíblia inteira atribui a autoria a Moisés, e o próprio SenhorJesus Cristo chamava o Pentateuco de "lei de Moisés" (Lc 24.44).

Embora os críticos bíblicos afirmem que os escritos atribuídos a Moisés são

fragmentados, a Bíblia inteira, bem como o testemunho de Jesus Cristo, atribui a Moisés a autoria do Pentateuco (Lc 24.44).

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A visão das Escrituras de que Moisés era o autor humano do Pentateuco é sustentada pelas evidências. Há seis passagens no Pentateuco que declaram especificamente a autoria de Moisés (Êx 17.14; 24.4-8; 34.27; Nm33.1,2; Dt 31.9,24-26; 31.22,30-32.43).

Em todo o livro de Deuteronômio, Moisés aparece como a figura central. Nos demais livros e passagens do AT, o Pentateuco é uniformemente considerado como obra de Moisés. É correto dizer que a única lei autorizada que é reconhecida no AT é a lei de Moisés; o mesmo é verdade em relação ao NT. Citações feitas do Pentateuco atribuem sua autoria a Moisés (cf. Mt 19.8; Mc 10.3-5; Lc 24.27,44; Jo 5.46,47; 7.19; At 3.22; Ap 15.3 etc). Tanto o AT como o NT consideram Moisés como o autor humano da lei. No século XVIII, surgiu a visão de que o Pentateuco não era inteiramente uma obra de Moisés. Pensou-se que a presença de diferentes nomes divinos em Gênesis fosse uma marca de diferentes autores. Finalmente, assumiu-se que Gênesis consistia de três documentos principais, que foram finalmente reunidos por um redator. Pensou-se que estes 3 documentos, ou partes deles tivessem sido encontrados também em Êxodo, Levítico e Números, sendo que Deuteronômio foi atribuído a uma fonte diferente. No entanto, a hipótese documentária, como é chamada, embora sustentada por muitos estudiosos, destrói a verdadeira unidade e harmonia do Pentateuco. E uma teoria que não tem o suporte dos fatos e, portanto, deve ser abandonada. PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1499-1500.]

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1. O que é um concerto? 2. Preparativos. 3. O concerto do Sinai.4. O livro do concerto.

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O termo usado no Antigo Testamento para "concerto" é berit, "pacto, aliança", que literalmente indica obrigação entre pessoas como amigos, marido e mulher; entre grupos de pessoas; ou entre divindade e indivíduo ou um povo. Sua etimologia é incerta. A Septuaginta emprega o termo grego diatheke, "pacto, aliança, testamento", ou seja, a mesma palavra usada por Jesus ao instituir a Ceia do Senhor. O Antigo Testamento fala de três concertos: com Noé, com Abraão e com Israel no monte Sinai (Gn 9.8-17; 15.18; Êx24.8). O Novo Testamento fala do novo concerto que o Senhor Jesus fez com toda a humanidade (Mt 26.28; Hb 8.13).

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Em hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit, e beritkarat significa "fazer (lit., 'cortar' ou 'lapidar') uma aliança". Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto "pacto"como "último desejo e testamento"), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias. As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de Deus através de Jesus Cristo para redimir os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças.

1. O pacto edênico (Gn 1.26-28). Esse pacto condicionava a vida do homem em seu estado de inocência;2. O pacto adâmico (Gn 3.14-19). Esse pacto condicionava a vida do homem

após a queda, dando-lhe a promessa da redenção;3. Opacto noético (Gn 9.1 e ss). Esse pacto estabeleceu o principio do governo humano;4. Opacto abraâmico (Gn 15.8). Esse pacto diz respeito à fundação física e espiritual de Israel, impondo condições aos que quisessem pertencer ao Israel espiritual; 5. O pacto mosaico(Êx 19.25; 20.1-24.11 e 24.12-31.18). A lei foi dada,

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supostamente como meio de vida, mas terminou por ser o motivo da morte e da condenação;6. O pacto palestiniano (Dt 28-30). Esse prometeu a restauração de Israel no tempo devido;7. O pacto davidico (2 Sm 7.8-17). Esse pacto estabeleceu a perpetuidade da família e do reino davídico, cumprido em Cristo como Rei (Mt 1.1; Lc 1.31-33; Rm1.3). Isso inclui o reino milenar (2 Sm 7.8-17; Zc 12.8; Lc 1.31,33; At 15.14-17; I Co 15.24), que tipifica o reino eterno de Cristo.8. O novo pacto. Esse repousa sobre a obra sacrificial e sacerdotal de Cristo, tendo por fito garantir a bênção eterna e a salvação para os homens. Apesar dos homens não poderem produzir nada que esse pacto exigia, por si mesmos, a verdade é que ele está condicionado à fé e à outorga da alma nas mãos de Cristo. O trecho de Hb 10.19 – 12.3 é, essencialmente, uma descrição de como esse novo pacto é melhor. Ê o pacto mosaico que está em foco no trecho de Hb8.6, contrastado com o novo. Fazia exigências impossíveis aos homens, transformando-os em escravos. Mas não era capaz de dar-lhes a força para viverem à altura dessas exigências. Portanto. o pacto baseado na lei estava condenado ao fracasso. No novo pacto foi dada a lei do Espírito de Deus que opera no coração e em que as operações intimas do Espírito garantem o cumprimento das condições. Dai vem o sucesso desse novo pacto. CHAMPLIN, Russell

Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 6.

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Até este ponto na história dos israelitas, Deus vinha agindo emcumprimento às promessas feitas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Gn15.18; 17.19; Êx 2.24). Essa promessa precisava ser levada avante. Agora osfilhos de Israel formavam um grande aglomerado de pessoas, e essa multidãoprecisava ser organizada como nação e estabelecida uma forma de governocom estatutos que constituíssem sua lei.

E disse o Senhor a Moisés: Eis que eu virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça,

falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao Senhor.Disse também o Senhor a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas roupas,E estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o Senhor descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai.E marcarás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, não subais ao monte, nem toqueis o seu termo; todo aquele que tocar o monte, certamente morrerá.Nenhuma mão tocará nele; porque certamente será apedrejado ou asseteado; quer seja animal, quer seja homem, não viverá; soando a buzina longamente, então subirão ao monte.

Êxodo 19:9-13

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Preparação para o Pacto (19.1-25): Agora os israelitas tinham chegado ao monte Sinai. Ali eles permaneceram, pelo resto dos eventos registrados no trecho compreendido entre Êxodo 19.1 e Números 10.10. Estiveram ali pelo período de onze meses e seis dias, desde o décimo quinto dia do terceiro mês de seu primeiro ano de jornadas (ver Êx 12.2,6 e 19.1) até ao vigésimo dia do segundo mês de seu segundo ano de jornadas (Nm 10.11). Ao receber a lei de Moisés, o povo de Israel tornou-se uma virtual teocracia, ganhando assim a característica distintiva que fez deles o povo de Israel. Desse modo, o Pacto Abraâmico estava adquirindo novas dimensões. Israel era agora a nação consagrada à lei, porquanto aquilo que o evangelho é para a Igreja, a lei o é para Israel. Somente em Cristo o Pacto Abraâmico receberia ainda maiores dimensões e espiritualidade do que recebeu com Moisés (Gl. 3.14 ss). A redenção da servidão ao Egito tinha sido completa; muitos milagres tinham levado Israel até àquela parada prolongada, no Sinai. Naquele lugar, um novo pacto seria estabelecido que tornaria Israel a nação distintiva em que ela se tornou. A lei de Moisés era a constituição de Israel, a base do estado teocrático, sob YAHWEH ( , (יהוה o Deus único e verdadeiro. Ficou assim estabelecido, de modo absoluto, o monoteísmo, se porventura isso já não tinha acontecido antes. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.

382.

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O concerto do Sinai não era apenas a ratificação da promessa feita aAbraão, mas sua aprovação oficial (Gn 15.18; Gl 3.17). As duas partesenvolvidas eram, de um lado, o grande Deus Jeová: "se diligentemente ouvirdesa minha voz" (Êx 19.5); e, de outro, Israel: "Tudo o que o SENHOR tem faladofaremos" (Êx 19.8). O povo reafirma esse compromisso mais adiante (Êx 24.7).Era um concerto temporal, local e nacional com mediador falível, ao passo queo de Cristo tinha aplicação universal, foi em favor de toda a raça humana e oMediador era perfeito.

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A aliança original que Deus fez com Abraão continha um número de declarações “E far-te-ei” feitas pelo Senhor (Gn 12). Foram dadas a essas promessas força legal e formal em um pacto de sangue (Gn 1 5). Nessa época, Deus fez Abraão adormecer, e o Senhor passou sozinho entre as partes dos animais sacrificados. O Senhor, então, demonstrou que manteria as promessas feitas a Abraão não importando o que ele fizesse. Outras alianças, tais como a de Davi e a Nova Aliança, são também compromissos unilaterais. Deus fará o que prometeu independente da forma como o homem se comporte. O que distingue a Aliança (Lei) Mosaica é o que Deus declara que fará dependendo de como o seu povo se comportará. O povo de Deus será abençoado e protegido se amar e obedecer ao Senhor. Se, por outro lado, o povo de Deus desviar-se para cultuar divindades pagãs e abandonar os caminhos corretos, então o Todo-Poderoso o disciplinará e o punirá. Somente aqui o que Deus fizer será em resposta às escolhas de Israel. Há outras diferenças entre o Pacto Mosaico e os outros. Os outros tratam do que Deus fará no final da história. Este pacto refere-se ao que Deus fará a cada geração enquanto a história se desenrola. Os outros são pactos permanentes. O Mosaico é um pacto temporário, valendo somente até Jesus, o Redentor prometido. Hoje o Deus da Lei do AT continua a revelar a natureza santa do Senhor e seus padrões morais. Entretanto, hoje o Santo Espírito de Deus nos capacita a ter uma vida de amor que cada vez mais demonstre perfeitamente o caráter do nosso Senhor. RICHARDS. Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Uma análise de Gênesis a Apocalipse

capítulo por capítulo. Editora CPAD. pag. 62.

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Moisés "tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo" (24.7). O concerto foi feito sob as palavras desse livro que continha os mandamentos e os direitos e deveres para a vida de Israel (24.8). Deus já havia mandado Moisés escrever os acontecimentos ocorridos até a guerra dos amalequitas (Êx 17.14). Mas aqui o texto se refere a uma coleção de ordenanças escritas pelo próprio Moisés (24.4). Segundo Umberto Cassuto, professor das universidades de Milão, Roma e Jerusalém, esse livro continha Êxodo 19-20.19 e 20.22-23.33. Nessa época, a revelação do Sinai ainda estava em andamento.

Enquanto o Antigo Testamento fala de três concertos - os de Noé, Abraão e

Israel - o Novo revela uma nova e suficiente aliança: Jesus Cristo se fez homem.

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O livro da aliança (hebraico aepher habberit) foi lido por Moisés como a base do pacto de YAHWEH ( ( יהוה com Israel (Êx 24.7). Não há certeza sobre que livro era esse, mas, provavelmente, era ou incluía o decálogo, isto é, Êxodo 20.2-17. Entretanto, a expressão também foi aplicada a Êxodo 20.22 22: 33. Estamos tratando da mais antiga codificação da lei de Israel, que consiste em juízos (mispatim) e estatutos (debarim). Os juízos eram mandamentos positivos: ...faze isto... e os estatutos eram mandamentos negativos: Não. Também havia provisões chamadas leis participiais, porquanto, no hebraico, são expressos por algum verbo no tempo particípio: Fazendo isto ou aquilo, morrerá. A grosso modo, podemos dizer que o ..livro da aliança.. é o decálogo, com seus comentários e implicações. Um código, similar quanto. a certos pontos, é o de Hamurabi, embora ali os homens estivessem divididos em três classes: a aristocracia, a classe comum dos cidadãos e os escravos. E as leis eram bastante desiguais, quando aplicadas a essas três classes. Algumas das provisões, porém, eram idênticas, como, para exemplificar, a sentença de morte contra o sequestro. (Êx 21.16; Dt 24.7; Código de Hamurabi, nº 14). Quanto ao furto, as leis hebraicas não requeriam a morte, e o código de Hamurabi requeria a punição capital, embora com o tempo, isso fosse relaxado para o roubo de objetos religiosos ou de propriedades do estado, posteriormente, foi requerida uma sêxtupla devolução. Ambos esses códigos permitiam que as dividas fossem

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saldadas mediante a servidão, havendo provisões para a redenção, a fim de que os cidadãos não se tomassem escravos permanente Êx 21.2-11; Dt 15.12-18; Código de Hamurabi nº 117-119. A lei de Talião, em face da qual o castigo aplicado correspondia exatamente ao dano praticado, era aplicada de forma um tanto mais dura no código de Hamurabi (nº 198), do que na lei mosaica. Diz Êxodo 21.23-25: «Mas se houver dano grave, então darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por golpe... O povo comum e 'os escravos eram menos protegidos nas leis babilônicas do que na lei mosaica. Um pastor que perdesse uma ou várias ovelhas, tinha de fazer reparação em valores, de acordo com o Código de Hamurabi nº 267. A lei. mosaica (Êx 22.10-13) era mais suave, porquanto admitia perdas que não se deviam à culpa do pastor, como o ataque de algum animal feroz. Nesses casos, bastava-lhe fazer um juramento de sua inocência, e nada precisava pagar. Essas e outras comparações demonstram que o Código de Hamurabi, bem como outras legislações existentes na região, juntamente com as leis do Antigo Testamento, estavam alicerçadas sobre algum fundo comum de leis. Mas, em diversas provisões, as leis do Antigo Testamento elevaram os padrões, injetando um maior espírito de misericórdia do que outros códigos. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora Hagnos. pag. 869.

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1. Os holocaustos.2. O sangue.3. A aspersão.

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A solenidade foi celebrada com sacrifícios de animais (20.4). Oholocausto, olah, em hebraico, significa "o que sobe", pois a queima subia emforma de fumaça, como cheiro suave diante de Deus. Neste sacrifício, a vítimaera completamente queimada como sinal de consagração do ofertante a Deus.A Septuaginta emprega holokautoma, derivado de duas palavras gregas: holos,"inteiro, completo, total", e kaustos, "queima". Ou seja, uma oferta totalmentequeimada, ou completamente queimada no altar, era considerada o maisperfeito dos sacrifícios.

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Essa palavra vem do grego hol«inteiro». E kautoI. «queimar». A Septuaginta usa essa palavra para. traduzir o termo hebraico olah, que significa «trazido a Deus». Um sinônimo, kalil, significa «queima completa», referindo-se ao consumo dos sacrifícios em sua totalidade, incluindo os órgãos internos, a gordura e tudo o mais, até tudo tornar-se em cinzas. A olah era oferecida como expiação pelo pecado. Outros sacrifícios expiavam pelos pecados particulares, mas a olahvisava a uma expiação geral. Os holocaustos, no decorrer da sua história eram efetuados privada e publicamente. Posterior: mente transformaram-se na tamid diária, o grande sacrifício nacional, em favor de toda a nação de Israel. Essa cerimônia é que deu origem à oração judaica diária, que prevalece no judaísmo moderno. Em um sentido secundário, o termo é usado para indicar qualquer grande e terrível destruição, como a destruição de seis milhões de judeus, por determinação de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial. Qualquer grande destruição, sem importar a sua causa, pode ser assim denominada.CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 3. Editora

Hagnos. pag. 150.

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Deus mandou Moisés oferecer o sacrifício do concerto e aspergir osangue sobre o altar e o povo (24.6, 8). Todo o sistema sacrifical fundamenta-sena ideia de substituição, e isso implica expiação, redenção, perdão e sacrifíciovicário à base de sangue (Lv 17.11). O sangue aqui era o ponto de união entreDeus e seu povo; com ele, Israel começava uma nova etapa em sua história (Sl50.5). O escritor aos Hebreus lembra que o concerto do Sinai foi celebrado comsangue e faz uma analogia com a Nova Aliança, porque o Senhor Jesus a seloucom seu próprio sangue (Hb 9.18-22).

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Por muitas vezes, o sangue fala de expiação; e, talvez, essa idéia esteja incluída no rito, embora a noção principal tenha sido a ratificação feita pelas duas partes interessadas: YAHWEH ( ( יהוה representado pelo altar, e o povo de Israel, que foi aspergido. Entre vários povos antigos havia pactos de sangue. Algumas vezes, o sangue dos sacrifícios era sorvido pelas partes envolvidas no acordo. “Deus e o povo uniram-se em sagrado companheirismo. Houve uma refeição sagrada (vss. 9-11), que também servia de meio comum de estabelecimento dessa comunhão. Provavelmente devemos pensar aqui em uma forma mais antiga, e que a aspersão do sangue simbolizava aquilo que se fazia mais antigamente, ou seja, o sangue era bebido”. A aversão de Israel ao uso de sangue como alimento não permitiria que eles bebessem do sangue. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 411.

Aqui é fornecida uma razão para esta lei (v. 11): “Porquanto é o sangue que fará expiação pela alma”. E, por isto, é através do sangue que se faz a expiação, porque a vida da carne é o sangue. O pecador merece a morte. Por isto, o sacrifício deve morrer. Mas, sendo o sangue, de tal forma, a vida, a ponto de que os animais normalmente eram mortos para o uso do homem, com a extração de todo o seu sangue, Deus recomendou o espargir ou o derramar do sangue do sacrifício sobre o altar, para significar que a vida daquele sacrifício era dada a Deus, em lugar da vida do pecador, e como um resgate ou contra-oferta por ela. Por isto, sem derramamento de sangue não há remissão, Hebreus 9.22. HENRY. Matthew. Comentário

Matthew Henry Antigo Testamento Gênesis a Deuteronômio. Editora CPAD. pag. 404-405.

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Moisés colocou metade do sangue em bacias e aspergiu outra metadesobre o altar (24.6). O sangue das bacias foi aspergido sobre o povo, comorecipiente das bênçãos de Deus e parte do concerto. O sangue do altarrepresenta o próprio Deus, a outra parte da aliança, visto que semderramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22). Tudo isso era também umprenúncio da redenção em Cristo.

Deus informou a Moisés, na Lei, a constituição de sacrifícios santos: os

holocaustos; derramamento de sangue; aspersão do sangue.

E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.

Hebreus 9:22

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ASPERSÃO No AT, essa palavra envolve o uso de sangue, água ou azeite. O Comentário Bíblico Beacon (CPAD) traz o seguinte: “A necessidade de derramamento de sangue, tipificando a doação de vida, é resumida no versículo 22. No que tange à purificação cerimonial, as coisas, i.e., o Tabernáculo e seus acessórios de adoração, lemos o seguinte: E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue. Mas ainda mais indispensável é o sangue remidoroferecido em favor dos pecadores. Coisas requerem o aspergir de sangue quando são consagradas. Mas pessoas requerem perdão; e embora possa haver exceções em relação às coisas, não há exceção no perdão; porque sem derramamento de sangue não há remissão de forma alguma. Esta é a grande diferença entre o caminho de Deus e o caminho do homem, entre a verdadeira religião e a falsa. O homem tem uma visão inadequada do pecado e despreza o sangue como inerentemente necessário para o perdão. Mas ao exigir sangue, Deus ressalta a excessiva pecaminosidade do pecado; e ao prover o Sangue, Ele revela o seu infinito amor. O sangue do pecador pode ser poupado — mesmo o de animais — porque Deus sacrificou seu próprio “Cordeiro [...] que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).”Richard S. Taylor. Comentário Bíblico Beacon. Hebreus. Editora CPAD. Vol.

10. pag. 83.

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A grandeza do acontecimento no Sinai mostra a natureza sem igual da cerimônia, algo nunca visto. Era a manifestação do próprio Deus de maneira explícita diante de todo o povo. O que devemos aprender é que a observância meramente exterior, destituída de significado interior, não passa de simples cerimônia. A riqueza espiritual e seu significado residem na figura do Filho de Deus e no cumprimento do concerto em Cristo.

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Sobre a lei de Moisés e a lei de Cristo, responda:

Qual é a maior e a mais completa lei: a de Moisés ou a de Cristo?Ouça as respostas dos alunos com atenção. Em seguida, explique que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, de modo que toda a moral contida no sistema mosaico foi incorporada e restaurada sob a graça derramada por Jesus através do sacrifício do Calvário. O mandamento de Cristo é a lei do amor, o mais importante mandamento (Rm 13.10).

É correto anular a lei de Moisés em nome da Graça?Embora a lei tenha a sua importância, servindo durante um longo tempo como um "pedagogo" para o pecador, ela não tem mais domínio sobre nós. Isso não quer dizer que a lei foi anulada, mas efetivamente cumprida por Jesus e, por essa razão, vivemos debaixo da Graça (Gl 3.23-25).

O sistema de sacrifício judaico tem algum significado para os cristãos?Sim, mas se trata de um significado simbólico. Todo o sistema de sacrifício do judaísmo fundamentava-se na ideia de substituição, expiação, redenção, perdão e sacrifício à base de sangue. Todo esse sistema era como sombra, porque Jesus Cristo selou uma nova aliança com a humanidade por meio do seu sangue (Hb 9.18-22). Ele expiou todos os nossos pecados.

A quem devemos obedecer: a Moisés ou a Jesus? Jesus é maior que Moisés. Logo, todo o ensino de Moisés, no Antigo Testamento, deve ser compreendido à luz do Evangelho de Cristo (Hb 3.1-6).

Qual é o nosso maior modelo de vida?Jesus Cristo (Fp 2.5-11).

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"O Pentateuco apresenta-se basicamente como obra de Moisés, um dos primeiros e certamente o maior profeta do Antigo Testamento (Nm 12.6-8; Dt 34.10-12). Deus comumente falava por Moisés de viva voz, como também fez mais tarde com os profetas, mas a atividade de Moisés como escritor também é mencionada muitas vezes (Êx 17.14; 24.4,7; 34.27; Nm 33.2; Dt 28.58,61; 29.20-27; 30.10; 31.9-13,19,22,24-26).[...] A razão de Moisés e os profetas registrarem por escrito a mensagem de Deus, não se contentando apenas em entregá-la oralmente, era que às vezes a enviavam a outros lugares (Jr 29.1; 36.1-8; 51.60,61; 2 Cr 21.12). Mas, na maioria das vezes, era para preservá-la para o futuro, como um memorial (Êx 17.14) ou uma testemunha (Dt 31.24-26), a fim de que ficasse escrita para o tempo vindouro (Is 30.8). A falibilidade da tradição oral era bem conhecida entre os escritores do Antigo Testamento. Temos uma lição prática disso quando da perda do Livro da Lei durante os maus reinados de Manassés e Amom. Quando foi redescoberto por Hilquias, seus ensinamentos causaram grande choque, pois haviam sido esquecidos (2 Rs 22-23; 2 Cr 34).

O (concerto) de Cristo foi em favor de toda a raça humana e o Mediador era perfeito.

Não podemos ter certeza de quanto tempo levou para que o Pentateuco alcançasse a sua forma final. Entretanto, vimos no caso do livro do concerto, cuja alusão reporta-se a Êxodo 24, que foi possível um documento pequeno, como Êxodo 20-23, tornar-se canônico antes que tivesse atingido o tamanho do livro do qual hoje faz parte. O livro de Gênesis também incorpora documentos antigos (Gn 5.1). Números inclui um trecho proveniente de uma antiga coleção de poemas (Nm 21.14,15), e Deuteronômio já era considerado canônico mesmo no tempo em que Moisés vivia (Dt 31.24-26), pois foi colocado ao lado da arca do concerto. Contudo, a parte final de Deuteronômio foi escrita depois da morte de Moisés" (COMFORT, Philip Wesley (Ed.). A Origem da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, pp.81-83).

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