lição 1 deus dá a sua lei ao povo de israel
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E. B. D Lição 1 Deus Dá Sua Lei ao Povo de Israel
Os Dez Mandamentos Valores divinos para uma sociedade
em constante mudança
04 de janeiro de 2015
Pb. Daniel Viana
E. B. D Texto Áureo
“Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas” (Rm 9.4)
Pb. Daniel Viana
E. B. D Verdade Prática
Uma nova nação despontava no horizonte e precisava de
uma legislação que definisse as bases em que o povo
devia viver, isto é, fundamentada nas
promessas feitas aos patriarcas.
Pb. Daniel Viana
E. B. D
Pb. Daniel Viana
E. B. D Leitura Bíblica em Classe
18.E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe.19.E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos.20.E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.21.E o povo estava em pé de longe. Moisés, porém, se chegou à escuridão, onde Deus estava.22.Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que, dos céus, eu falei convosco.24.Um altar de terra me farás, e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas, e as tuas vacas; em todo o lugar, onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei.
4.Moisés escreveu todas as palavras do Senhor, e
levantou-se pela manhã de madrugada, e edificou um altar ao pé do monte, e doze monumentos, segundo as doze tribos de Israel;6.E Moisés tomou a metade do sangue, e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar.7.E tomou o livro da aliança e o leu aos ouvidos do povo, e eles disseram: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos.8.Então tomou Moisés aquele sangue, e espargiu-o sobre o povo, e disse: Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor tem feito convosco sobre todas estas palavras.
Ê x o d o 2 0 . 1 8 - 2 2 , 2 4 ; 2 4 . 4 , 6 - 8
Pb. Daniel Viana
E. B. D Objetivo Geral
• Explicar o processo de desenvolvimento da Lei de Deus
Pb. Daniel Viana
E. B. D Objetivos Específicos
• Conhecer como a lei foi promulgada.• Afirmar a autoria de Moisés.• Conceituar “Concerto” ou “Aliança”.• Classificar os sacrifícios que foram
estabelecidos com a Lei.
Pb. Daniel Viana
E. B. D Uma visão do Trimestre
• Nesse primeiro trimestre iremos estudar um assunto “temático”, os Dez Mandamentos.
• Sabemos que os Dez Mandamentos, embora sejam direcionados a Israel, por meio de Moisés, mostra-nos o caráter divino, que tem muito a nos ensinar a respeito de Deus.
Pb. Daniel Viana
E. B. D Blocos do Trimestre
1º Bloco: lições 1 e 2 – introdução: a lei e seu padrão moral
2º Bloco: lições 3 a 7 – a “primeira” tábua da lei
3º Bloco: lições 8 a 12 – a “segunda” tábua da lei
4º Bloco: lição 13 – a conclusão: A Igreja e a lei de Deus
Pb. Daniel Viana
E. B. D Introdução
• Veremos no início desse trimestre, a forma como Deus dá a Sua lei ao seu povo (Israel).
• Com a Lei, podemos ver qual é a vontade de Deus para a convivência do homem na Terra.
• Deus, não é Deus de confusão (I Co 14.33), pois ao criar todas as coisas, Ele estabelece uma ordem, tudo submetido a regras, a preceitos, que são as “leis”.
• Deus não apenas fez leis para o universo, mas também para os homens, dessa maneira as Leis feitas por Deus e entregues ao homem, demonstrando como deve o homem portar-se diante de Deus, do próximo e de si mesmo.
Pb. Daniel Viana
E. B. D• Quando lemos os dois primeiros capítulos de Gênesis, podemos ler e entender que ali podemos observar sete princípios éticos:
1. Princípio do domingo sobre o restante da criação na terra ou principio da dignidade da pessoa humana (Gn 1.27).
2. Principio da Sexualidade (Gn 1.27).
3. Princípio da igualdade (Gn 2.15).
4. Princípio do trabalho (Gn 2.15).
5. Principio da liberdade (Gn 2.16).
6. Principio da sociabilidade (Gn 2.18).
7. Princípio da família monogâmica (Gn 2.24).
Todos esses princípios eram lembrados por Deus que ia ao encontro do homem, todos os dias, para manter a comunhão com ele, dessa maneira ensinando-o como deveria ser sua conduta diária (Gn 3.8).
Mas o homem ao pecar, se distancia de Deus e esquece destes princípios éticos. O resultado dessa atitude foi a separação entre o homem e seu Criador (Is 59.2), a morte espiritual (Rm 5.12).
Pb. Daniel Viana
E. B. D•Mesmo com esse distanciamento do homem,
Deus nunca deixou de amá-lo, pois após o pecado, Ele começa a atuar na consciência do homem, pelo qual os preceitos são lembrados a cada um de nós, quer seja nos acusando, ou nos defendendo (Rm 2.14,15).
•Mas o homem continua a se afastar da presença de Deus, sempre cauterizando sua consciência pela multiplicação do pecado e da maldade, isso pode ser observado “...toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente...” (Gn 6.5). E com essa atitude do homem, Deus destrói toda a raça humana com o dilúvio, permanecendo vivos apenas Noé e sua família.
Pb. Daniel Viana
E. B. D• Após o dilúvio, Deus, de uma maneira mais
explicita, estabelece com Noé um pacto, chamado de “pacto noaico”, onde foram estabelecidas leis que são chamadas pelos rabinos judeus de “os Sete Preceitos dos Descendentes de Noé”, que são:
1. Avodah zarah – Não cometer idolatria.
2. Shefichat damim – Não assassinar.
3. Gezel – Não roubar.
4. Gilui arayot – Não cometer imoralidade sexuais.
5. Birkat Hashem – Não blasfemar.
6. Ever min há - chai – Não maltratar aos animais.
7. Dinim – Estabelecer sistemas e leis de honestidade e justiça.
Pb. Daniel Viana
E. B. D • Deus mostra dessa maneira a Sua vontade para o homem, mas mais uma vez o homem não aceita a proposta divina e quer construir uma comunidade onde ele pudesse estabelecer suas próprias regras, torre de Babel (Gn 11.1-4).• Deus então destrói aquela comunidade
política única, com a confusão das línguas, onde todos se espalham sobre a face da Terra, com a formação de diversas nações.• Deus então começa a criar uma nação com
o chamado de Abrão de Ur dos Caldeus (Gn 12.1,2), nação que seria especial diante das demais, tendo em vista que seria formada para ser porta-voz de Deus para toda a humanidade.
Pb. Daniel Viana
E. B. D I. A promulgação da Lei1. A solenidade
• A tradição judaica mostra-nos que Deus apresentou a Moisés uma proposta no segundo dia do mês de Sivã, no dia seguinte que Israel chegou ao monte Sinai.
• A promulgação da lei se dá cerca de três meses após a saída de Israel do Egito (Êx 19.1-3).
• Após receber o “código da aliança” como também as promessas e instruções, Moisés desceu do monte, com uma instrução: a de que deveria voltar na companhia de Arão, Nadabe, Abiú e setenta anciãos de Israel (Êx 24.1).
Pb. Daniel Viana
E. B. D 2. A credibilidade de Moisés
• Ao analisarmos tudo o que ocorreu no percurso do Egito até o Sinai, quem poderia questionar a legitimidade de Moisés como o mediador entre Deus e o povo?
• Êx 20.22 Os israelitas tinham pedido que Moisés atuasse como mediador entre DEUS e eles mesmos (vs. 19), quando Moisés já estava atuando nessa capacidade. Yahweh instruiu Moisés para que transmitisse ao povo a Sua palavra, e assim teve início a multiplicação dos dez mandamentos básicos; e essa multiplicação, mediante a Interpretação, nunca terminou para o judaísmo. Yahweh enviava a Sua mensagem do Seu céu, o que significa que estamos falando em termos de revelação (ver a esse respeito no Dicionário). As coisas ditas pelo Senhor seriam posteriormente formuladas nas Escrituras (ver os Artigos Introdutórios no primeiro volume desta obra, em sua primeira seção).
• O fato de que a voz de Yahweh era ouvida por Moisés servia de motivo para o povo de Israel obedecer, pois as palavras subiam acima da compreensão imediata deles. Pb. Daniel Viana
E. B. D 3. A Lei
• Os seres humanos não foram criados autônomos (isto é, seres livres para seguirem sua própria lei), mas foram criados seres teônomos, ou seja, para estarem sujeitos à lei de DEUS.
• A lei moral de DEUS está abundantemente exposta nas Escrituras, no Decálogo (Os Dez Mandamentos), em outros estatutos de Moisés, em sermões de profetas, no ensino de JESUS e nas cartas do Novo Testamento. A lei reflete o caráter santo de DEUS e seu propósito para os seres humanos que criou.
Pb. Daniel Viana
E. B. D • DEUS ordena o comportamento que lhe agrada e proíbe aquilo que o ofende. JESUS resume a lei moral nos dois grandes mandamentos: o amor a DEUS e o amor ao próximo (Mt 22.37-40). Ele diz que desses dois dependem todas as instruções morais do Antigo Testamento.
• A lei bíblica é de várias espécies. As leis morais ordenam o comportamento pessoal e comunitário, que sempre são de nosso dever observar. As leis políticas do Antigo Testamento aplicavam princípios da lei moral à situação nacional de Israel, quando Israel era uma teocracia, como povo de DEUS na terra.
• As leis do Antigo Testamento a respeito de purificação cerimonial, regime alimentar e sacrifícios eram estatutos temporários, com o objetivo de instruir o povo. Essas leis foram canceladas pelo Novo Testamento, porque o seu significado simbólico foi cumprido (Mt 15.20; Me 7.15-19; At 10.9-16; Hb 10.1-14: 13.9-10).
Pb. Daniel Viana
E. B. D II. Os Códigos1. Classificação
• Os críticos afirmam ter encontrado sete grupos:
1. Os Dez Mandamentos (Êx 20.1-7; Dt5.6-21);
2. Código da Aliança (Êx 20.22-23.33);
3. Ritual do Decálogo (Êx 34.10-26);
4. Código de Santidade (Lv 17-26);
5. Código Sacerdotal (Lv 1-16);
6. Código Deuteronômico (Dt 12-26);
7. Discurso sobre as bênçãos e as maldições (Dt 27-28).
Pb. Daniel Viana
E. B. D 2. O que há de concreto?
• O argumento dos críticos questiona a tradição judaico – cristã no que diz respeito à paternidade mosaica do Pentateuco e à sua antiguidade.
• Muitas coisas que foram ciência no passado, hoje, não passam de bobagens; da mesma forma, o que é ciência hoje pode ser bobagem amanhã.
• A Bíblia, diferentemente da ciência, permanece para sempre (Is 40.8). O Cristianismo se fundamenta na fé e não revelação e não na ciência (Hb 11.3).
• O próprio Jesus Cristo atribui a Moisés a autoria do Pentateuco declarando a seguinte frase: “lei de Moisés” em Lc 24.44.
Pb. Daniel Viana
E. B. D III. O Concerto1. O que é um concerto?
• Em hebraico, uma "aliança" é determinada pelo termo berit, e berit karat significa "fazer (lit., 'cortar' ou 'lapidar') uma aliança". Em grego o termo é diatheke (que pode significar tanto "pacto“ como "último desejo e testamento"), e o verbo é diatithemi (At 3.25; Hb 8.10; 9.16; 10.16). Uma aliança é um acordo entre duas ou mais pessoas em que quatro elementos estão presentes: partes, condições, resultados, garantias. As alianças bíblicas são importantes como uma chave para duas grandes facetas da verdade: Soteriologia - O plano de DEUS através de JESUS CRISTO para redimir os seus eleitos, está revelado de uma maneira ampla e profunda nas sucessivas alianças.
Pb. Daniel Viana
E. B. D Podemos ver na Bíblia Sagrada algumas Alianças.
1. Aliança Edêmica;
2. Aliança Adâmica;
3. Aliança Noética;
4. Aliança Abraâmica;
5. Aliança Mosaica;
6. Nova Aliança (graça);
7. Aliança Milênica.
Pb. Daniel Viana
E. B. D 2. Preparativos
• Nesse momento os israelitas tinham chegado ao monte Sinai. Naquele local permaneceram, pelo resto dos eventos registrado no trecho que compreende entre Êx 19.1 e Nm 10.10. permaneceram por onze meses e seis dias.
• Naquele lugar, um novo pacto seria estabelecido que tornaria Israel a nação distintiva em que ela se tornou.
• A lei de Moisés era a constituição de Israel, a base do estado teocrático.
Pb. Daniel Viana
E. B. D 3. O Concerto do Sinai
• Nesta aliança (concerto), podemos ver o surgimento de um novo fator. A aliança Abraâmica era muito simples e direta, a Mosaica, mesmo sendo direta, era muito mais complexa, empregava a forma contemporânea das alianças de suserania e vassalagem em voga no antigo Oriente.
• O que diferencia a Lei Mosaica é o que Deus declara que fará dependendo de como o seu povo se comportará. O povo de Deus será abençoado e protegido se amar e obedecer ao Senhor. Se o povo se desviar para cultuar outros deuses e abandonar os caminhos corretos, então Deus o disciplinará e o punirá.
Pb. Daniel Viana
E. B. D 4. O livro do concerto
• Moisés lê o livro do concerto como base do pacto de Yahweh com Israel (Êx 24.7).
• Temos que ter em mente que o concerto foi feito sob as palavras desse livro que continha os mandamentos e os direitos e deveres para a vida de Israel (Êx 24.8).
Pb. Daniel Viana
E. B. D • O livro da Aliança inclui vários estatutos (ou julgamentos) para o povo de Israel. Estes três capítulos (Êx 21-23) apresentam vários estatutos e instruções a respeito dos seguintes tópicos:
1. As instruções relativas ao altar do senhor (Êx 20.22-26);
2. normas a respeito dos servos e dos escravos (Êx 21.1-11);
3. Preceitos acerca de ações violentas (Êx 21.12-27);
4. Instruções que fazem alusão aos animais (Êx 21.28-36);
5. Instruções a respeito de propriedade (Êx 22.1-15);
6. Uma variedade de normas acerca de comportamento pessoal (Êx 22.16-31);
7. Instruções relativas à justiça equilibrada (Êx 23.1-9);
8. Normas que falam do sábado (Êx 23.10-13);
9. As instruções acerca das três festas anuais (Êx 23.14-19);
10. A promessa do anjo de Yahweh e a conquista da terra (Êx 23.20-33). Pb. Daniel Viana
E. B. D IV. O sacrifício1. Os holocaustos
• Holocausto tem no grego holos (inteiro) e kaustos (queima). E no hebraico olah (o que sobe).
• A olah era oferecida como expiação pelo pecado.
• Os holocaustos, no decorrer da sua história eram efetuados privada e publicamente.
• Em um sentido secundário, esse termo é usado para indicar qualquer grande e terrível destruição, como a que aconteceu na destruição de seis milhões de judeus, por determinação de Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial. Pb. Daniel Viana
E. B. D 2. O sangue
• Sangue no grego haima, o fluído vermelho que circula no corpo de homens e animais significa o princípio da “vida” no AT (Gn 9.4; Lv 17.11; Dt 12.23). Dessa forma, como “a vida” está no sangue, o At proibia comer sangue ou carne sangrenta (Lv 3.17; Dt 12.16).
• Embora todos os alimentos tenham sido purificados por Cristo (Mc 7.18,19; At 10.13-15), essa proibição foi aplicada aos gentios cristãos no decreto apostólico de Atos 15 em consideração à consciência de seus irmãos judeus (At 15+19,20).
Pb. Daniel Viana
E. B. D• Podemos ler em Êx 24.6,8 a ordem de
Deus para que Moisés oferecesse o sacrifício do concerto e aspergir o sangue sobre o altar e o povo.
• O sistema sacrificial estava fundamentado na substituição, e com isso implica expiação, redenção, perdão e sacrifício vicário à base de sangue (Lv 17.11).
Pb. Daniel Viana
E. B. D 3. A aspersão
• Essa palavra envolve o uso de sangue, água ou azeite. Ligada ao sistema sacrificial, a aspersão de sangue ocorria nos sacrifícios e na consagração do sacerdote, assim como nas vestes e nos vasos. A aspersão podia ser feita com um irrigador, o dedo ou aos punhados (Êx 24.6-8; Nm 19.13; Êx 29.21).
• Como bem nota o comentarista judeu Rabi Chizkuni, “…é um costume antigo que, quando duas partes fazem uma aliança, elas dividem um animal em partes e passam entre os pedaços — como encontramos na aliança de Abraão com Deus (Gn.15:17)…” (CHUMASH: o livro de Êxodo, p.174). Daí ter sido o sangue dividido em duas metades, como a selar este novo compromisso entre Deus e Israel, um compromisso precário e transitório, que, ante a incapacidade do povo de Israel em crer plenamente em Deus, estaria como servindo interinamente de substituto daquele concerto que havia sido feito entre Deus e Abraão.
Pb. Daniel Viana
E. B. D Conclusão
• Nós, se perseverarmos fiéis ao Senhor, também, um dia, entraremos numa nuvem (I Ts.4:17), mas não para lá recebermos instruções a respeito de algo existente no céu que deveria ser replicado na terra, mas, sim, para ingressarmos no santuário celestial, para sempre habitarmos com o Senhor. Estamos preparados para entrar na nuvem? Pensemos nisto!
• - A lei estabelece um padrão moral, que, por ter origem em Deus, é perene, imutável, como, aliás, afirma o próprio subtítulo deste trimestre que fala em “valores imutáveis para uma sociedade em constante mudança”. É este padrão que haveremos de estudar na próxima lição.
Pb. Daniel Viana