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    ESTADO DO PAR

    DEFENSORIA PBLICA

    EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2 VARA PENAL DACOMARCA DE ..................................................

    REF.FLAG N

    "... um bom legislador deveriaesforar-se mais para prevenir odelito do que para castig-lo".( MONTESQUI EU, na obra "Do Esp r i t odas Lei s") .

    (NOME), j qual i f i cado nos aut os do pr ocesso em

    ep gr af e, assi st i do pel a Def ensori a Pbl i ca do Est ado do Par, por

    i nt er mdi o da Def ensor a Pbl i ca si gnat r i a, cuj o ender eo

    pr of i ssi onal , par a os f i ns de di r ei t o, encont r a- se decl i nado no

    r odap da pr esent e, vem, r espei t osament e pr esena de VossaExcel nci a, LIBERDADE PROVISRIA com ar bi t r ament o de FIANA, e,

    r espect i va, DISPENSA, com f undament o no ar t . 5, i nci so LXVI e LXV

    da Const i t ui o Feder al c/ c ar t . 323 do Cdi go de Pr ocesso Penal ,

    pel os segui nt es f at os e f undament os:

    DOS FATOS:

    O Pet i ci onri o t eve sua l i berdade const r angi da por f or a

    de pr i so em f l agr ant e, dat ada de 16 de dezembr o do ano de 2008,

    t udo conf orme const a dos aut os do f l agr ant e em quest o.

    O pet i ci onr i o se encont r a recol hi do nas dependnci as da

    Del egaci a Secci onal do Di st r i t o de I coar aci , pr eso em f l agr ant e

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    del i t o pel o cr i me de t ent at i va de f ur t o, capi t ul ado no ar t . 155,

    4, i nc. I c/ c ar t . 14 do CPB.O acusado homem t r abal hador, bem r el aci onado, t endo

    r esi dnci a f i xa, e t ecni cament e pr i mr i o, conf or me compr ova com

    cpi a dos document os em anexo.

    Possui ou ao menos possu a, ant es da pr i so, ocupao

    l ci t a per manent e com o desempenho da f uno de aj udant e de

    pedr ei r o.

    DO DIREITO:

    Di spe o ar t . 5, LXVI da Lei Mai or que: ningum ser

    levado priso ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade

    provisria, com ou sem fiana.

    Neste diapaso, tem-se que a fiana um direito

    constitucional do acusado que lhe permite, mediante o pagamento de

    fiana ou cumprimento de certas condies, conservar sua liberdade

    at sentena condenatria irrecorrvel.

    No caso post o a desl i nde, o f ato del i t uoso que ora

    i mput ado ao i ndi ci ado, amol da- se perf ei t ament e aos casos pr evi st os

    como af i anvei s, quai s sej am, no serem puni dos com pena m ni ma

    de recl uso no superi or a 02 ( doi s) anos, nos t er mos do ar t . 323,

    i nci so I do Di pl oma Pr ocessual .

    No que se r el aci ona s condi es f i nancei r as do

    Requerent e h que se ressal t ar que o ar t . 350, do CPP, pr econi zaque:

    Nos casos em que couber f i ana, o j ui z,ver i f i cando ser i mposs vel pr est - l a, por mot i vode pobr eza, poder conceder - l he a l i ber dade

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    DEFENSORIA PBLICA

    pr ovi sr i a, suj ei t ando- o s obr i gaes const ant esdos ar t s. 327 e 328 ( . . . )

    Dout r o modo, no est o pr evi st as as hi pt eses enumeradas

    no ar t . 312, do Cdi go de Pr ocesso Penal , aut ori zadoras da

    decretao da cust di a caut el ar , seno vej amos:

    A gar ant i a da or dem pbl i ca no ser abal ada, poi s o

    del i t o i mputado ao acusado no f oi de reper cusso soci al de gr ande

    vul t o.

    A conveni nci a da i nst r uo cr i mi nal no serdesequi l i br ada, at porque o acusado o mai or i nt eressado na

    busca da verdade r eal .

    A apl i cao da Lei penal no ser f r ust r ada, caso vem a

    ser condenado uma vez que possui residncia nesta comarca, como

    declarado na pea flagrancial e, ai nda, t o l ogo sai a vol t ar a

    desempenhar at i vi dade l ci t a, qual sej a de auxi l i ar em ger al , como

    demonst r a decl arao const ant e dos aut os

    Nest e mesmo sent i do, di z o i nsi gne J ULI O FABBRI NI

    MI RABETE, in CDI GO DE PROCESSO PENAL I NTERPRETADO, 8 edi o,

    pg. 670:

    Como, em pr i nc pi o, ni ngum dever ser r ecol hi do pr i so seno aps a sent ena condenatr i at r ansi t ada em j ul gado, pr ocur a- se est abel eceri nst i t ut os e medi das que assegur em odesenvol vi ment o regul ar do pr ocesso com a

    pr esena do acusado sem sacri f ci o de sual i ber dade, deixando a custdia provisria apenas

    para as hipteses de absoluta necessidade.Dest aquei .

    Trata-se, pois, de um direito subjetivoprocessual do acusado, e no uma f acul dade doj ui z, que permi t e ao preso em f l agrant er eadqui r i r a l i ber dade por no ser necessri a sua

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    DEFENSORIA PBLICA

    cust di a. No pode o j ui z, r econhecendo que noh el ement os que aut or i zari am a decr etao da

    pr i so pr event i va, dei xar de conceder a l i berdadepr ovi sr i a. Dest aquei .

    Acer ca da concesso do benf i co da l i berdade pr ovi sr i a

    un ssona a j ur i spr udnci a dos Tri bunai s Super i or es, t r azi das

    bai l a:

    RECURSO ORDI NRI O EM HABEAS CORPUS. PROCESSUALPENAL. FURTO QUALI FI CADO NA FORMA TENTADA.FLAGRANTE. LI BERDADE PROVI SRI A. AUSNCI A DEFUNDAMENTAO I DNEA PARA A CUSTDI A CAUTELAR.RECURSO A QUE SE D PROVI MENTO. 1. Oi ndef er i ment o do benef ci o da l i ber dadepr ovi sr i a par a o pr eso em f l agr ant e deve, sobpena de const r angi ment o i l egal , est arf undament adamente af ei t o r bi t a do ar t . 312 doCPP. 2. No havendo demonstrao concreta daocorrncia de ao menos uma hiptese autorizadorada custdia preventiva, mister a concesso deliberdade provisria ao recorrente, nos termos do

    pargrafo nico do art. 310 do CPP. 3. Recur so a

    que se d pr ovi ment o para conceder ao r ecorr ent eo benef ci o da l i ber dade pr ovi sri a, medi ant econdi es a ser em est abel eci das pel o J u zo depr i mei r a i nst nci a, e det er mi nar sua i medi at asol t ur a, se por out r o mot i vo no est i ver pr eso. 1

    PROCESSUAL PENAL. FURTO SI MPLES ( TENTADO) .FLAGRANTE. LI BERDADE PROVI SRI A. FI ANA.POSSI BI LI DADE. 1 - Inocorrentes os motivos da

    priso preventiva e no se adequando a hiptesevertente a nenhuma daquelas previstas no art.323, do CPP, inexiste vedao legal expressa a

    impedir a concesso da liberdade provisriamediante fiana que, sendo assim, apresenta-secomo direito do acusado e no apenas faculdade dojuiz. 2 - Or dem concedi da2. Gr i f amos

    1RHC 18.927/MG, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, QUINTA TURMA, julgado em 16.05.2006, DJ 12.06.2006 p.

    502.2HC 10.689/GO, Rel. Ministro FERNANDO GONALVES , SEXTA TURMA, julgado em 04.11.1999, DJ 22.11.1999 p. 201,

    REPDJ 29.11.1999 p. 209.

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    DO PEDIDO:

    Di ant e do expost o, com espeque no ar t . 5, i nci so LXVI ,da Const i t ui o Feder al , somado i nexi st nci a dos r equi si t os

    aut or i zador es da pr i so pr event i va, r equer que sej a CONCEDIDA

    LIBERDADE PROVISRIA COM FIANA, nos t ermos do ar t . 322 do CPP e,

    que est a sej a DISPENSADA, vi st o que o Requerent e no t em condi es

    f i nancei r as de pag- l a, sem o compr omet i ment o do seu sust ent o e de

    sua f am l i a, post ul ando- se a concesso do benef ci o do ar t . 350 do

    Cdi go de Processo Penal , expedi ndo- se o compet ent e al var de

    sol t ura.

    Ter mos em que

    Pede Def er i ment o.

    Local e Dat a

    Def ensor Pbl i co

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