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Marco Antônio Andrade de Souza LEVANTAMENTO MALACOLÓGICO, ASPECTOS ECOLÓGICOS E MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE RISCO PARA TRANSMISSÃO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO MUNICÍPIO DE MARIANA, MINAS GERAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA BELO HORIZONTE 2006

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Marco Antônio Andrade de Souza

LEVANTAMENTO MALACOLÓGICO, ASPECTOS

ECOLÓGICOS E MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE

RISCO PARA TRANSMISSÃO DA

ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO MUNICÍPIO DE

MARIANA, MINAS GERAIS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA

BELO HORIZONTE

2006

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2

LEVANTAMENTO MALACOLÓGICO, ASPECTOS

ECOLÓGICOS E MAPEAMENTO DAS ÁREAS DE

RISCO PARA TRANSMISSÃO DA

ESQUISTOSSOMOSE MANSONI NO MUNICÍPIO DE

MARIANA, MINAS GERAIS

Tese apresentada ao Colegiado do Programa de Pós - Graduação

em Parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas da

Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para

obtenção do título de Doutor em Ciências, área de concentração

Parasitologia.

Orientador: Prof. Dr. Alan Lane de Melo - ICB/UFMG

Co-Orientador: Prof. Dr. George Luiz Lins Machado Coelho - DEFAR/UFOP

Co-Orientador: Prof. Dr. Wilson Mayrink – ICB/UFMG, Pesquisador - CNPq

3

Trabalho desenvolvido no Laboratório de Taxonomia e Biologia de Invertebrados do

Grupo Interdepartamental de Estudos sobre Esquistossomose- GIDE - Departamento de

Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais e no Laboratório de

Epidemiologia - Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto, com o

auxílio financeiro da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior

(CAPES), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) e

Prefeitura Municipal de Mariana - MG.

4

“Os homens olham para as coisas que existem e se perguntam: Por quê?

Eu sonho com as que nunca existiram e me pergunto: Por que não?”

Bernard Shaw

Aos meus pais Antônio Leandro e Ana e aos

meus irmãos Vívian, Leonardo e Anelise

5

Agradecimentos

Ao Professor Alan Lane de Melo pela acolhida em seu laboratório, confiança, amizade,

orientação segura e ensinamentos, os quais me proporcionaram compreender e muito

aprender sobre este fascinante mundo da helmintologia parasitária.

Ao Professor Paulo Graça Castanheira Júnior pela consideração, amizade,

disponibilidade e toda ajuda no início desta empreitada.

Ao Professor Wilson Mayrink pela receptividade na UFMG, orientando-me e

indicando-me o melhor caminho.

Ao Professor George Luiz Lins Machado Coelho pelo apoio e sugestões que muito

contribuíram para o desenvolvimento deste trabalho.

Ao Professor Roney Elias da Silva pela extraordinária contribuição nos procedimentos

de identificação de moluscos e larvas de trematódeos.

À Farmacêutica Sandra Costa Drummond, da Secretaria do Estado da Saúde de Belo

Horizonte, pelo fornecimento, sempre que solicitada, de dados epidemiológicos sobre

esquistossomose.

À Bióloga e amiga Wanderlany Martins pelo companheirismo, ajuda no laboratório e

por todos os momentos de alegria em suas festas maravilhosas.

Ao técnico e amigo Aírton Lobo por toda ajuda, disponibilidade, ensinamentos e pelas

conversas agradáveis e alegres em todas as tardes de trabalho.

Aos técnicos do Grupo Interdepartamental de Estudos sobre Esquistossomose (GIDE),

Florence, Selma, Sr. Alberto, Zenir, José Carlos e Atenágoras, pela fundamental ajuda,

sem os quais seria impraticável o desenvolvimento deste trabalho.

Aos grandes amigos do Laboratório de Taxonomia e Biologia de Invertebrados,

6

Sandro Gazzinelli, Gustavo Vianna, Stênio Alves, Vítor Mati, Hudson Alves, Diego

Pujoni e Fernando Barbosa, pelos memoráveis momentos de descontração em nosso

laboratório, cujo ambiente de trabalho é sempre de uma energia altamente contagiante.

À grande amiga Sumara Ferreira, pela força, amizade, auxílio e disponibilidade em

resolver os problemas, a qualquer momento, sempre com um sorriso aberto.

Às grandes amigas Daniella e Geane, pelo companheirismo desde o início deste

trabalho e pelas conversas agradáveis, reveladoras, reflexivas, alegres e, sobretudo

amigas.

Aos grandes amigos da república, Raul Ribeiro, Weverton Sampaio, Filipe Carrijo e

Guilherme Tosi, pela união, descontração, pelos “papo-cabeça”, e por todo auxílio

durante este período de aprendizado.

Ao grande amigo Ricardo Barata, sempre presente, desde os tempos de mestrado na

inesquecível cidade de Ouro Preto.

Aos amigos da pós-graduação Rodolfo, Adriana, Raquel, Rodrigo, Lívio, Jorge, Artur e

Marcelo, colegas de curso, pelo convívio alegre e pela amizade formada.

Às amigas Ana Carolina Carneiro e Vânia Santos, pela doçura, descontração, energia,

simpatia e amizade.

Aos amigos do curso de espanhol, Cida Fernandes, Thaís Maia, Ana Carolina, Daise,

Larissa, Isabela, Soraya, Vinícius, Juliana, Ruiter, Sílvia, Tatyane e Marcos, cuja

alegria, motivação e descontração proporcionaram momentos extremamente agradáveis.

À minha família, pai Antônio Leandro, mãe Ana, irmãos Vívian, Leonardo e Anelise,

sempre ao meu lado, em todos os momentos, apoiando-me e incentivando-me.

7

Resumo

Em levantamento malacológico realizado no município de Mariana - MG, Brasil,

entre abril de 2003 e fevereiro de 2004, período este compreendendo duas estações distintas

do ano (seca e chuva), foram coletados 23.271 moluscos, representados por 6 espécies e 4

famílias.

Foram coletados 11.147 exemplares de Biomphalaria glabrata (Say, 1818), 12.092

de Physa marmorata Guilding, 1828, 24 de Lymnaea columella Say, 1817, 02 de

Melanoides tuberculatus (Muller, 1774), 04 de Drepanotrema anatinum (Orbigny, 1835) e

02 de Drepanotrema lucidum (Pfeiffer, 1839). O encontro de moluscos dos gêneros Physa,

Lymnaea, Melanoides e Drepanotrema representou o primeiro relato para o município de

Mariana.

Descendentes dos moluscos Biomphalaria coletados foram submetidos à infecção

em massa e à infecção individual com a cepa LE de Schistosoma mansoni Sambon, 1907

tendo sido verificados índices de positividade de 72% e 66% respectivamente.

Entre os exemplares de Biomphalaria coletados, 111 mostraram-se positivos para

S. mansoni e 23 mostraram-se positivos para outras larvas de trematódeos. Um exemplar de

P. marmorata mostrou-se positivo para larvas de trematódeo.

As larvas de trematódeos encontradas foram caracterizadas a partir de estudos em

câmara clara, tendo sido verificado a ocorrência de seis novas larvas (estrigeocercária BM2,

ocelífera BM3, equinóstoma SM1, xifidiocercária SM3, gimnocéfala SM4 e gimnocéfala

SM5) para o município e para o estado de Minas Gerais. As áreas positivas para S. mansoni

foram avaliadas de acordo com um protocolo de diversidade de hábitats o qual auxiliou na

determinação de ambientes em situações natural, leve ou bastante alteradas.

Foram verificados os ambientes lóticos e lênticos para o município, como também a

associação entre áreas positivas para S. mansoni e variáveis como cobertura vegetal, relevo,

altitude e bacias hidrográficas.

A utilização de um receptor do sistema GPS possibilitou a localização precisa dos

locais de coleta e a carta planorbídica para o município de Mariana foi elaborada,

fornecendo informações sobre locais com presença de moluscos e as áreas de risco para a

transmissão da esquistossomose.

Determinou-se também a fauna de heterópteros aquáticos e semi-aquáticos para o

município, verificando-se a presença de 35 gêneros e 64 espécies, distribuídas em 13

famílias. Para alguns gêneros encontram-se novos registros de espécies para a região,

aumentando-se assim a área de distribuição conhecida.

8

Abstract

In a malacological survey carried out in Mariana county, Minas Gerais state,

Brazil, from April 2003 to February 2004, during dry and rainy seasons, there were

collected 23,271 mollusks, belonging to six species and four families.

There were collected 11,147 Biomphalaria glabrata (Say, 1818) specimens,

12,092 Physa marmorata Guilding, 1828, 24 Lymnaea columella Say, 1817, 02

Melanoides tuberculatus (Muller, 1774), 04 Drepanotrema anatinum (Orbigny, 1835)

and 02 Drepanotrema lucidum (Pfeiffer, 1839). Physa, Lymnaea, Melanoides and

Drepanotrema represented the first report to Mariana county.

The mollusks descendents from Mariana were submitted to individual and mass

infection with Schistosoma mansoni Sambon, 1907 LE cepa, and revealed infection

rates of 66% and 72% respectively.

Among B. glabrata collected, 111 specimens showed to be positive for

S. mansoni cercaria and 23 specimens showed to be positive for several other

trematodes larvae. One P. marmorata specimen showed to be positive for trematode

larvae.

The trematodes larvae found were characterized according to studies performed

using camera lucida and revealed the occurrence of six new larvae (estrigeocercária

BM2, ocelífera BM3, equinóstoma SM1, xifidiocercária SM3, gimnocéfala SM4 and

gimnocéfala SM5) for the county and for Minas Gerais state. The positive sites for

S. mansoni were evaluated according to an habitat diversity protocol, which aided in the

environment discrimination as follows: natural, weakly or very modified.

County lotics and lentics environment were verified as well as the association

among positive sites for S. mansoni and variables such vegetal covering, relief, altitude

and drainage basin.

The utilization of a system GPS receptor possibilited the exact localization of

collecting sites and the planorbid chart for Mariana county was elaborated, providing

information about mollusks presence sites and risk’ areas for schistosomiasis

transmission.

The aquatic and semi aquatic Heteroptera fauna of Mariana was also identified

and revealed the occurrence of 13 families (35 genera and 64 species), some of them

pointed out as new records for the region, increasing thus the known distribution area.

9

Sumário

Resumo............................................................................................................................. 7

Abstract ............................................................................................................................ 8

Lista de Figuras ............................................................................................................. 11

Lista de Tabelas ............................................................................................................. 12

Lista de Gráficos ............................................................................................................ 13

Lista de Abreviaturas..................................................................................................... 14

1- Introdução ................................................................................................................. 15

2- Justificativa e Objetivos ............................................................................................ 21

3- Metodologia ............................................................................................................... 27

3.1- Aspectos gerais da área de estudo.................................................................... 28 3.1.1- Breve histórico do município de Mariana .................................................... 28 3.1.2- Localização e vias de acesso ........................................................................ 29 3.1.3- Caracterização sócio-econômica .................................................................. 33 3.1.4- Clima ............................................................................................................ 33 3.1.5- Vegetação ..................................................................................................... 35 3.1.6- Rede de drenagem ........................................................................................ 35 3.1.7- Aspectos geomorfológicos ........................................................................... 35

3.2- Áreas e fatores de risco responsáveis pela transmissão da esquistossomose 36

3.3- Coleta de moluscos ............................................................................................ 38

3.4- Mensuração e exame de planorbídeos............................................................. 38

3.5- Determinação do Índice Cercárico Global e Índice Cercárico Específico... 38

3.6- Identificação de moluscos ................................................................................. 39

3.7- Criação de moluscos em laboratório ............................................................... 39

3.8- Testes de suscetibilidade ................................................................................... 39 3.8.1- Obtenção de miracídios................................................................................ 39 3.8.2- Infecção em massa ....................................................................................... 40 3.8.3- Infecção individual....................................................................................... 40 3.8.4- Exame dos moluscos testados ...................................................................... 41

3.9- Caracterização de formas larvares.................................................................. 41

3.10- Confecção da carta planorbídica ................................................................... 41

3.11- Coleta dos heterópteros aquáticos ................................................................. 42

3.12- Análise estatística ............................................................................................ 42

4- Resultados.................................................................................................................. 43

4.1- Locais estudados................................................................................................ 44

4.2- Aplicação do protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats ..... 45

4.3- Coleta de moluscos ............................................................................................ 46

10

4.4- Mensuração e taxa de infecção de moluscos ................................................... 47

4.5- Índice Cercárico Global (ICG) e Índice Cercárico Específico (ICE) ........... 50

4.6- Associação do protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats com as áreas e fatores de risco responsáveis pela transmissão da esquistossomose mansoni no município de Mariana. ........................................................................ 50

4.7- Associação entre as áreas positivas para Schistosoma mansoni e aspectos geográficos do município de Mariana..................................................................... 52 4.7.1- Associação com a cobertura vegetal do município ...................................... 52 4.7.2- Associação com o relevo do município ....................................................... 52 4.7.3- Associação com a hipsometria do município............................................... 52 4.7.4- Associação com as bacias hidrográficas do município ................................ 53

4.8- Testes de suscetibilidade ................................................................................... 58 4.8.1- Infecção em massa com a Cepa LE.............................................................. 58 4.8.2- Infecção individual com a Cepa LE ............................................................. 58

4.9- Caracterização das formas larvares emergentes dos moluscos de água doce.................................................................................................................................... 59 4.9.1- Cercárias de cauda bifurcada ....................................................................... 59 4.9.1.1- Schistosoma mansoni BM1................................................................... 59 4.9.1.2- Estrigeocercária BM2............................................................................ 60 4.9.1.3- Cercária ocelífera BM3 ......................................................................... 63

4.9.2- Cercárias de cauda simples .......................................................................... 66 4.9.2.1- Equinóstoma SM1................................................................................. 66 4.9.2.2- Xifidiocercária SM2.............................................................................. 69 4.9.2.3- Xifidiocercária SM3.............................................................................. 72 4.9.2.5- Gimnocéfala SM4 ................................................................................. 75 4.9.2.5- Gimnocéfala SM5 ................................................................................. 78

4.10- Confecção da carta planorbídica ................................................................... 81

4.11- Coleta de heterópteros aquáticos ................................................................... 84

5- Discussão ................................................................................................................... 86

6- Conclusões................................................................................................................. 95

7- Bibliografia................................................................................................................ 97

Anexo A........................................................................................................................ 117

Anexo B........................................................................................................................ 144

Lista de Figuras

Figura 1. Vista parcial da cidade de Mariana - MG 28

Figura 2. Mapa político-administrativo do município de Mariana 31

Figura 3. Mapa rodoviário de Minas Gerais - acesso a Mariana 32

Figura 4. Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e

cobertura vegetal do município de Mariana 54

Figura 5. Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e

relevo do município de Mariana 55

Figura 6. Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e

hipsometria do município de Mariana 56

Figura 7. Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e

bacias hidrográficas do município de Mariana 57

Figura 8. Estrigeocercária BM2 62

Figura 9. Cercária ocelífera BM3 65

Figura 10. Equinóstoma SM1 68

Figura 11. Xifidiocercária SM2 71

Figura 12. Xifidiocercária SM3 74

Figura 13. Gimnocéfala SM4 77

Figura 14. Gimnocéfala SM5 80

Figura 15. Carta planorbídica para o município de Mariana 82

Figura 16. Mapa de locais positivos para Schistosoma mansoni no município de

Mariana 83

12

Lista de Tabelas

Tabela 1. Prevalência da esquistossomose humana, em percentual, em bairros da

cidade de Mariana 25

Tabela 2. Prevalência da esquistossomose humana, em percentual, em distritos e

subdistritos do município de Mariana 25

Tabela 3. Distritos de Mariana com suas áreas, subdistritos e localidades 30

Tabela 4. Acessos da sede do município de Mariana a seus distritos, subdistritos e

localidades 32

Tabela 5. Avaliação rápida da diversidade de hábitats em trechos de bacias

hidrográficas, modificado do protocolo da Agência de Proteção Ambiental de Ohio

(EUA) 37

Tabela 6. Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana

durante o período de 30/04/03 a 26/02/04 46

Tabela 7. Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana

durante o período de 30/04/03 a 16/10/03 - Período de seca 46

Tabela 8. Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana

durante o período de 10/11/03 a 26/02/04 - Período de chuva 47

Tabela 9. Suscetibilidade de Biomphalaria glabrata provenientes de Mariana, MG,

à cepa LE de Schistosoma mansoni de Belo Horizonte. Infecção em massa 58

Tabela 10. Suscetibilidade de Biomphalaria glabrata provenientes de Mariana, MG,

à cepa LE de Schistosoma mansoni de Belo Horizonte. Infecção individual 58

Tabela 11. Espécies de heterópteros aquáticos e semi-aquáticos encontrados no

município de Mariana, entre abril de 2003 e fevereiro de 2004 85

13

Lista de Gráficos

Gráfico 1. Índices de pluviosidade coletados entre os anos de 1995 e 2004, na

estação pluviométrica da empresa Samarco Mineração Ltda - Unidade Germano 34

Gráfico 2. Número e tipo de ambiente trabalhados em levantamento malacológico

no município de Mariana entre abril de 2003 e fevereiro de 2004 44

Gráfico 3. Avaliação rápida da diversidade de hábitats nos distritos de Mariana,

entre abril de 2003 e fevereiro de 2004 - análise por distrito 45

Gráfico 4. Diâmetro de concha, em percentual, de Biomphalaria glabrata coletados

no município de Mariana no período de 30/04/2003 a 26/02/2004 (seca e chuva) 48

Gráfico 5. Número de Biomphalaria glabrata mortos, negativos e positivos para

larvas de trematódeos, encontrados em Mariana 48

Gráfico 6. Número de Physa marmorata mortos, negativos e positivos para larvas

de trematódeos, encontrados em Mariana 49

Gráfico 7. Número de Biomphalaria glabrata mortos, negativos e positivos para

Schistosoma mansoni, encontrados em Mariana 49

Gráfico 8. Avaliação rápida da diversidade de hábitats em áreas positivas para

Schistosoma mansoni no município de Mariana 51

Gráfico 9. Percentual de ambientes lóticos e lênticos nos quais foram encontrados

caramujos positivos para Schistosoma mansoni no município de Mariana 51

14

Lista de Abreviaturas

Alc Aleta caudal

Ca Cauda

Cc Colar cefálico

Ce Ceco intestinal

Cex Canal excretor

Con Concreções

Es Esôfago

Esp Espinhos

Est Estilete

Fa Faringe

Fu Furca

Gp Glândula de penetração

Oc Ocelos

Ov Órgão vírgula

Pfa Pré-faringe

Pg Primórdio genital

Vex Vesícula excretora

Vo Ventosa oral

Vv Ventosa ventral

BM1 Cercária de cauda bifurcada 1

BM2 Cercária de cauda bifurcada 2

BM3 Cercária de cauda bifurcada 3

SM1 Cercária de cauda simples 1

SM2 Cercária de cauda simples 2

SM3 Cercária de cauda simples 3

SM4 Cercária de cauda simples 4

SM5 Cercária de cauda simples 5

15

1- Introdução

16

A esquistossomose é uma doença causada por trematódeos sanguíneos

digenéticos membros da família Schistosomatidae. Dentro desta família somente o

gênero Schistosoma possui espécies que parasitam o homem.

As espécies do gênero Schistosoma chegaram às Américas durante o tráfico de

escravos e com os imigrantes orientais e asiáticos. Entretanto apenas o Schistosoma

mansoni Sambon, 1907, aqui se fixou, seguramente pelo encontro de hospedeiros

intermediários suscetíveis e condições ambientais semelhantes à região de origem

(Morgan et alii, 2001).

O clima tropical do país permite, na maioria dos estados brasileiros, o

desenvolvimento de condições necessárias para a transmissão da esquistossomose. A

enorme variedade de hábitats aquáticos que funcionam como criadouros de moluscos

transmissores, as altas temperaturas e a luminosidade intensa contribuem para a

manutenção e propagação desta doença. Associado a isso, a falta de educação sanitária e

de saneamento público são fatores fundamentais para o estabelecimento de focos de

transmissão, proporcionando a contaminação dos locais de criadouros de moluscos

suscetíveis por fezes contendo ovos viáveis de S. mansoni.

Em condições adequadas (água, luminosidade, oxigenação, salinidade e

temperatura), dos ovos de S. mansoni, eliminados pelos indivíduos infectados, eclodem

os miracídios. Para a continuação do ciclo, estas formas larvais, em água, movimentam-

se e penetram nos moluscos suscetíveis do gênero Biomphalaria que são os seus

hospedeiros intermediários. O desenvolvimento dos miracídios no molusco envolve

duas ou mais gerações de esporocistos e a produção das cercárias (forma larval

infectante dos hospedeiros definitivos). Estas larvas, quando maduras, emergem

ativamente do molusco e movimentam-se em água à procura do hospedeiro vertebrado.

O homem é infectado quando entra em contato com águas contaminadas durante

suas atividades diárias normais ou lazer. Uma vez em contato com os hospedeiros, as

larvas penetram ativamente através da pele ou mucosa, adaptam-se às condições

fisiológicas do meio interno, transformando-se em seguida em esquistossômulos (Faust

& Meleney, 1924), que são levados pela via sanguínea até os pulmões e em seguida ao

sistema porta (Standen, 1953; Wilson et alii, 1978). Uma vez neste sistema completam

o seu desenvolvimento sexual, acasalam-se e migram para a região da veia mesentérica

inferior onde as fêmeas farão a oviposição. Os primeiros ovos são vistos nas fezes cerca

17

de 40 dias após a infecção do hospedeiro definitivo (Melo & Coelho, 2000).

Desde que a atuação humana desempenha papel preponderante na ampliação do

território colonizado pelos hospedeiros do S. mansoni, a migração de populações tem

contribuído para a expansão da esquistossomose para regiões em desenvolvimento.

O estabelecimento da esquistossomose em uma determinada região dependerá

das espécies de planorbídeos existentes, do grau de saneamento básico, das condições

climáticas que possibilitem a realização das diversas fases do ciclo larvário do parasito e

do contato da população humana com os criadouros de moluscos (Coelho, 1959;

Michelson, 1987).

Entre os planorbídeos hospedeiros intermediários do S. mansoni as três

principais espécies ocorrem em Minas Gerais.

Segundo Paraense (1972) a espécie mais importante, tanto pela amplitude de

distribuição quanto pela eficiência na transmissão é a Biomphalaria glabrata

(Say, 1818). É responsabilizada atualmente pela quase totalidade dos focos da doença

no Estado de Minas Gerais (Lambertucci et alii, 1987; Souza et alii, 2001).

B. straminea (Dunker, 1848), apesar de ser a espécie encontrada em quase todas

as bacias hidrográficas do Brasil e adaptada às variações climáticas, a sua infecção

natural em Minas Gerais foi verificada apenas na represa Samambaia, divisa dos

municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo (Dias Pinto et alii, 1984), o que não foi

confirmado em coletas posteriores (Melo, com. pess). Souza et alii (1981) relatam o

encontro de B. straminea em Belo Horizonte, MG, porém negativa para S. mansoni. O

mesmo fato é relatado por Machado et alii (1992) em Uberlândia, MG e por Silva et alii

(1996 a, b) ao verificar a dispersão dessa espécie na represa da Pampulha sem

apresentar, contudo, importância epidemiológica relevante no estado. Recentemente,

Massara et alii (2002) relataram o primeiro encontro de B. straminea em Jaboticatubas,

MG, porém negativa para S. mansoni.

A principal espécie hospedeira intermediária da esquistossomose no sul

(Paraense, 1972, 1984) e parte do sudeste do país (Telles et alii, 1991), a B. tenagophila

(Orbigny, 1835) foi encontrada naturalmente infectada pelo S. mansoni em Minas

Gerais, no município de Jaboticatubas, por Melo et alii (1982, 1983 a). Posteriormente,

Carvalho et alii (1985 a) relataram o encontro de B. tenagophila com infecção natural

por S. mansoni na cidade de Itajubá, Sul do Estado de Minas Gerais e também na

18

represa da Pampulha, em Belo Horizonte (Carvalho et alii, 1985 b).

Melo & Pereira (1985) sugeriram a possibilidade de a B. tenagophila

desempenhar um papel de transmissor secundário da esquistossomose em Minas Gerais,

gerando uma preocupação no controle da endemia, fato este observado atualmente,

tendo em vista a ampliação de sua distribuição no estado (Souza et alii, 1998, 2001).

Corrêa et alii (1979), testaram a suscetibilidade experimental de B. tenagophila

da Pampulha, Belo Horizonte, MG, às cepas de S. mansoni SJ (proveniente de São José

dos Campos, SP, mantida em B. tenagophila) e LE (proveniente de Belo Horizonte,

MG, mantida em B. glabrata). A obtenção de taxas de infecção de 35 e 0%,

respectivamente, com as duas linhagens do trematódeo, sugere uma possível adaptação

da B. tenagophila à linhagem SJ do parasito.

B. tenagophila oriunda de diferentes regiões de Minas Gerais, de modo geral,

tem apresentado maior afinidade à infecção pela cepa SJ, mais adaptada a essa espécie

de molusco (Paraense & Corrêa, 1978, 1981; Santos et alii, 1979; Carvalho et alii,

1979; Carvalho & Souza, 1979).

Entretanto, Souza et alii (1983), utilizando outras 3 populações de

B. tenagophila, oriundas do Estado de Minas Gerais, em testes de suscetibilidade,

relataram que a população de moluscos de Belo Horizonte foi suscetível às cepas SJ e

LE, enquanto que a oriunda de Nova Lima foi refratária à cepa LE e a de Sabará

refratária a todas as linhagens testadas, reafirmando os dados já existentes na literatura.

Posteriormente, utilizando descendentes de exemplares de B. tenagophila

oriundos da Lagoa da Pampulha, Souza et alii (1987), obtiveram as seguintes taxas de

infecção experimental: 4% para LE (Belo Horizonte, MG); 6% para HK (Belo

Horizonte, MG); 30% para SJ (São José dos Campos, SP) e 40% para AL (Alagoas).

No Lago Soledade, em Ouro Branco, MG, construído em virtude da necessidade

de fornecimento de água para o abastecimento da Usina Artur Bernardes, datam de

1983 (b) os primeiros relatos da presença de moluscos B. tenagophila. Melo et alii

(1983 b), realizando testes de suscetibilidade, não conseguiram infectar estes moluscos

com linhagens LE, BV (Jaboticatubas, MG, mantida em B. tenagophila) e SJ de S.

mansoni.

Em setembro de 1986 foram coletados no mesmo Lago 254 espécimes de

B. tenagophila. Nenhum deles apresentava infecção por S. mansoni. Descendentes

19

destes moluscos foram submetidos por Melo et alii (1987) à infecção experimental

pelas linhagens LE, SJ e BV de S. mansoni. Estes autores verificaram que a geração F1

de B. tenagophila oriunda de Ouro Branco continuava refratária a todas as amostras

testadas. Em novos testes de suscetibilidade, os descendentes de B. tenagophila oriunda

de Ouro Branco, MG, mostraram-se positivos para a cepa SJ de S. mansoni com taxas

de 5%, 6% e 10%, enquanto que para a cepa LE as taxas foram de 1% e 2%,

demonstrando contudo uma certa adaptação a esta cepa (Silva, 1992).

Em levantamento malacológico na bacia hidrográfica de Belo Horizonte, MG,

Souza et alii (1981), encontraram, além da positividade para S. mansoni, outros tipos de

larvas de trematódeos (Cercaria macrogranulosa Ruiz, 1952 c, Cercaria caratinguensis

Ruiz, 1953, Cercaria ocellifera Lutz, 1919 e Cercaria minense Ruiz, 1952 c).

Silva et alii (1989), em coletas realizadas na bacia hidrográfica do Lago

Soledade, verificaram que 39,2% dos planorbídeos estavam positivos para vários tipos

de larvas de trematódeos.

Apesar de terem sido descritos vários tipos de larvas de trematódeos no Brasil

(Lutz, 1922, 1924, 1933, 1934; Ruiz, 1943, 1952 a, b, c, d, 1953, 1957; Veitenheimer-

Mendes, 1981, 1982; Veitenheimer-Mendes & Almeida - Caon, 1989; Boaventura et

alii, 2002), o impacto ecológico das infecções em populações de planorbídeos por estes

trematódeos ainda é pouco conhecido. Trata-se, pois, de problema amplamente aberto a

investigações de campo e que interessa às eventuais tentativas de controle ou

erradicação das populações naturais dos caramujos e dos parasitos através do chamado

controle biológico (Milward de Andrade, 1965 a, b; Lie et alii, 1976; Combes, 1982;

Loker et alii, 1986; Jourdane et alii, 1990).

Entre os representantes das classes que atuam no controle biológico estão os

heterópteros aquáticos, insetos de hábito alimentar predador e que ocupam os mais

diversos nichos dentro de comunidades aquáticas, possuindo a capacidade de responder

rapidamente a perturbações ambientais, sejam de origem antrópica ou não. As

alterações funcionais e estruturais sofridas por esta comunidade de insetos, quando

exposta a algum tipo de modificação de seu hábitat, conferem à mesma uma

característica interessante para o estudo das condições ecológicas de um ecossistema.

Assim, uma possível utilização desta comunidade para a avaliação dos impactos

ambientais provocados por atividades agrícolas, industriais, mineradoras, como também

20

pelas descargas de esgotos provenientes dos centros urbanos tem sido testada

(Vianna & Melo, 2003; Pereira & Melo, 2006).

Apesar de ser um grupo de insetos de grande interesse, mundialmente

distribuídos, os registros de distribuição geográfica e aspectos bioecológicos são ainda

escassos em Minas Gerais, como por todo o Brasil (Nieser, 1994; Nieser & Pelli, 1994;

Nieser & Melo, 1997, 1999 a, b; Nieser et alii, 1997, 1999; Nieser & Polhemus, 1999;

Nieser & Lopez Ruf, 2001; Nieser & Chen, 2002; Vianna & Melo, 2003; Melo &

Nieser, 2004), sendo necessário portanto, estudos mais aprofundados sobre a

participação desses insetos no controle biológico de moluscos.

21

2- Justificativa e Objetivos

22

Os recursos naturais constituem a fonte de energia e de materiais indispensáveis a

existência e ao desenvolvimento humano. Primordialmente, quando ainda possuía

hábitos nômades, coube ao homem adaptar as suas atividades à sua associação com a

vida natural. O crescimento da população e o desenvolvimento tecnológico modificaram

seu comportamento, que passou a dominante na comunidade biótica, utilizando-a de

acordo com suas necessidades.

À evolução natural do planeta, resultado da ação dos processos endógenos

(sismicidade, vulcanismo e deformação crustal) e dos processos exógenos

(intemperismo, erosão e transporte de materiais) somou-se, recentemente, as ações

decorrentes do homem, reduzindo ou acelerando o processo natural de evolução do

meio físico (Teixeira et alii, 2000).

Os modelos econômicos e sociais de sobrevivência humana estão sendo

constantemente modificados, principalmente, após a instituição da Revolução Industrial

na segunda metade do século XVIII, que provocou mudanças profundas nos meios de

produção até então conhecidos. Registrou-se nesse período uma explosão demográfica,

e com ela o início de um processo excessivo de degradação do ambiente e uma depleção

exagerada de recursos naturais (Chiavenato, 1993).

No Brasil, os primeiros séculos de ocupação do território foram marcados pela

presença de núcleos de povoamento dispersos nas áreas litorâneas, ampliados pelas

primeiras expedições, denominadas bandeiras, no século XVII. A descoberta de ouro e

pedras preciosas no século XVIII nos atuais estados de Minas Gerais, Mato Grosso,

Goiás e Bahia colaborou para o aumento da população, além de estimular a abertura de

estradas e intensificar significativamente a relação destas áreas com as responsáveis

pelo fornecimento de suprimentos. Muitas cidades surgiram ligadas a essas atividades e

outras ganharam maior importância com a intensificação do comércio, como as cidades

portuárias. O século XIX abriu novas perspectivas de povoamento do território

brasileiro, sendo marcado, ainda, pelo início da mecanização do território com a

instalação das ferrovias, dos telégrafos e das primeiras companhias de navegação,

repercutindo no processo de urbanização do país (Ferreira, 1959; Souza, 2004).

O fenômeno da urbanização propriamente dita só desponta no Brasil em meados

do século XX. Após a década de 50, como reflexo da industrialização, os vínculos

econômicos e o fator urbano tornam-se correlatos. Impõe-se uma nova lógica na

23

organização da sociedade brasileira. As inovações econômicas e sociais são enormes,

pois se associam, neste contexto, à revolução demográfica, ao êxodo rural e à integração

do território pelos transportes e comunicações. Crescem cidades de todos os tipos e com

diferentes níveis funcionais (Chiavenato, 1993).

A evolução da taxa de urbanização no Brasil indica a importância e a velocidade

das transformações. Em 1940 este índice alcançava 31,24% sobre o total da população

do país. Em 1970 representava 55,92%, ou seja, mais da metade da população, e em

2000 chegou a 81,24%.

A industrialização, a mecanização da agricultura e o êxodo rural são também

responsáveis por algumas cidades brasileiras passarem a acolher enormes contingentes

populacionais em busca de emprego e acesso a serviços diversos, contingente este sem

qualificação e perspectivas. Intensificou-se nesse período o fenômeno das favelizações,

instalando-se agregados populacionais, sem qualquer controle técnico-administrativo,

nas periferias das regiões metropolitanas. A década de 1970 do século passado foi

também marcada pela construção e expansão de estradas de rodagem e pela criação de

um moderno sistema de telecomunicações, o que tornou possível uma maior fluidez no

território, além de permitir a unificação do mercado em escala nacional (IBGE, 2000).

Os efeitos do processo de urbanização e a implantação dos grandes centros

urbanos podem ser percebidos pela escassez de espaços favoráveis à ocupação territorial

e a dificuldade crescente de exploração dos recursos naturais. O crescimento

desordenado trouxe consigo grandes desequilíbrios ambientais, o que pode ser

evidenciado pela dispersão de doenças, inicialmente restritas a determinadas áreas, para

diversas regiões do Brasil. Dentro deste contexto podemos analisar a esquistossomose

mansoni, uma das doenças que está ligada ao meio de vida das populações e que tem

avançado no Brasil por migrações humanas em várias direções.

Apesar do primeiro registro de infecção humana pelo S. mansoni no Brasil ter

sido relatado por Pirajá da Silva (1908), a importância da esquistossomose no país só foi

evidenciada quando Pellon & Teixeira (1950, 1953), realizando o primeiro grande

inquérito coproscópico nacional, demonstraram a prevalência da doença em 612 das 877

localidades pesquisadas na região Nordeste e no estado de Minas Gerais.

Posteriormente, foi evidenciada a presença da esquistossomose no Norte e em outros

estados da região Sudeste e Sul. Até os dias atuais, o que se observa é cada vez mais sua

24

dispersão para novas regiões do país (Barbosa et alii, 1996, 2000, 2001; Freese de

Carvalho et alii, 1998; Graeff-Teixeira et alii, 1999; Barbosa, 2005).

Representando um dos principais problemas de saúde pública no Brasil, estima-se

que a esquistossomose, doença também conhecida como “xistose”, “barriga d’água” ou

“mal do caramujo”, afete 4,6% da população brasileira (~ 8.000.000), sendo que no

estado de Minas Gerais são 1.396.000 (7,8%) de infectados (Katz & Peixoto, 2000).

Especificamente em Mariana, como grande parte dos municípios do Brasil,

observam-se problemas de saneamento público como também problemas resultantes de

intensa atividade antrópica, o que propicia condições ideais para manutenção de

criadouros de moluscos e ao desenvolvimento desta doença.

De fato, o único relato da presença de moluscos para região data de 1952 (d),

quando Ruiz examinou alguns planorbídeos B. glabrata coletados no Córrego do

Seminário, ao final da Rua Santana, no centro da cidade, estando alguns exemplares

positivos para S. mansoni.

A partir de 1996 a Prefeitura Municipal vem disponibilizando dados referentes à

prevalência da doença, obtidos em inquéritos coproscópicos realizados em bairros da

cidade de Mariana, seus distritos e subdistritos, como podem ser observados nas tabelas

1 e 2 (SMS, 2003).

25

Tabela 1: Prevalência da esquistossomose humana, em percentual, em bairros da cidade

de Mariana. Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2003.

Bairros 1996 1997 1999 2000 2002

Arraial Novo - 1,7 - - -

Galho - 19,5 - - -

Matadouro - - 4,6 - -

Morro do Galego - - 6,0 - -

Morro do Sapé - - - 6,4 -

N. Sra. do Carmo - 2,0 - - -

Prainha 22,4 - - - -

Rosário 6,0 - - - -

Santana - - 1,6 - -

Santana de Cima - - - 5,3 -

São Gonçalo - - 4,6 5,6 -

Santa Cruz 9,1 - - - -

Santo Antônio 7,2 11,8 - - 5,3

Vila do Carmo - - - - 15,2

Tabela 2: Prevalência da esquistossomose humana, em percentual, em distritos e

subdistritos do município de Mariana. Fonte: Secretaria Municipal de Saúde, 2003.

Distritos e subdistritos 1997 1998 1999 2002 2003

Bandeirantes 22,6 - 4,8 - -

Bento Rodrigues - - - 10,2 -

Bicas - - - 8,3 -

Cachoeira do Brumado 22,6 - - 11,7 -

Camargos - - - 5,0 -

Furquim 4,8 - - - -

Monsenhor Horta 27,4 - - - 10,5

Padre Viegas - - - 6,9 -

Passagem de Mariana - - - - 3,1

Ribeirão do Carmo 17,0 22,1 9,9 - -

Santa Rita Durão - - - 17,9 -

26

Apesar dos resultados esparsos, notam-se índices significativos de prevalência da

esquistossomose com variações entre 1,7% e 27,4%, e por se tratar de um problema de

saúde pública torna-se interessante e importante o conhecimento das causas básicas que

mantém a prevalência da doença no município visando utilização de medidas de

controle para diminuição da incidência.

Assim, o presente estudo, visando identificar os atuais focos de transmissão da

doença no município de Mariana, observar as condições ambientais, presença dos

moluscos suscetíveis e de fauna de heterópteros associada, as condições higiênicas e de

saneamento da área estudada e mapear as áreas de risco para transmissão da doença,

teve como objetivos:

1- Determinar as áreas de risco para a incidência e prevalência da doença no município.

2- Identificar os criadouros de moluscos ocorrentes no município.

3- Identificar as espécies de moluscos ocorrentes no município.

4- Verificar a taxa de infecção natural de moluscos com determinação do:

a- Índice Cercárico Global (ICG)

b- Índice Cercárico Específico (ICE)

5- Confeccionar a carta planorbídica para o município.

6- Caracterizar as larvas de trematódeos emergentes dos moluscos.

7- Realizar testes de suscetibilidade experimental dos descendentes dos moluscos

coletados.

8- Identificar as espécies de heterópteros aquáticos ocorrentes no município.

27

3- Metodologia

28

3.1- Aspectos gerais da área de estudo

3.1.1- Breve histórico do município de Mariana

A história da ocupação do Município de Mariana está vinculada à expansão da

busca de ouro pelos desbravadores no final do século XVII. Atribui-se às investidas do

Português Manoel Borba Gato a descoberta de ouro em Minas Gerais neste século. Os

primeiros registros de ocorrência se referem às margens do Rio das Velhas por volta de

1680 e às regiões de Vila Rica (atual Ouro Preto) e Arraial do Carmo (atual Mariana).

Em 16 de julho de 1696 uma expedição chefiada pelo Coronel Salvador

Fernandez Furtado de Mendonça, encontrou ouro em abundância às margens de um

ribeirão, hoje conhecido como Rio do Carmo. Os desbravadores (bandeirantes) ali se

fixaram, surgindo assim o primeiro povoamento da Capitania.

O crescimento da extração do ouro atraiu um grande número de aventureiros e

promoveu o aparecimento de novos povoados. O movimento crescente da mineração

despertou na Coroa Portuguesa a necessidade de atribuir maior atenção à região, o que

resultou na criação do Arraial do Carmo, que se tornou a sede do governo. Rapidamente

o Arraial foi elevado a condição de Vila, em 8 de abril de 1711. A categoria de Cidade

só foi concebida em 1745, quando ganhou o nome de Mariana em homenagem à Rainha

D. Maria Anna D’Áustria, assumindo, também, a posição de sede do primeiro bispado

de Minas (Bovo, 1976).

Na figura 1 uma vista parcial da cidade, com destaque ao fundo para a Igreja de

São Pedro e o pico do Itacolomi, ponto de referência aos desbravadores.

Figura 1: Vista parcial da cidade de Mariana - MG - acervo particular.

29

O final do século XVIII e o século XIX foram marcados pelo declínio da

produção de ouro e o conseqüente esvaziamento da região. A cidade passou por 100

anos de estagnação econômica, sem registro de crescimento urbano considerável.

Já o século XX foi evidenciado pelo surgimento da Mina da Passagem, pela

construção da Estrada de Ferro Central do Brasil (1914) e pela instalação de uma fábrica

de tecidos na cidade, o que impulsionou o desenvolvimento econômico local.

Em 1945 a cidade foi agraciada com o título de Cidade Monumento Nacional

(decreto lei no 7718 – 06/07/1945).

A partir de 1975, após a instalação das empresas de mineração Companhia Vale

do Rio Doce (CVRD), Samarco Mineração e S. A. Mineração Trindade (SAMITRI), a

cidade retomou o crescimento acelerado, triplicando a população do município em

apenas 10 anos. Junto com o aumento da população, Mariana deparou-se com uma

considerável expansão de sua malha urbana, dando origem a novos bairros, como o

Santo Antônio, Cabanas, Santa Rita de Cássia, Vila dos Inconfidentes, Vila Maquiné,

dentre outros (Ferreira, 1959; FJP, 1975; Bovo, 1976), além do aumento de problemas

decorrentes do crescimento desordenado.

3.1.2- Localização e vias de acesso

O município de Mariana está localizado na região Central de Minas Gerais,

Zona Metalúrgica/Campo das Vertentes, integrando com outros 22 municípios a micro-

região 187 - Espinhaço Meridional. Sua área, de 1199,418 Km2 (IBGE, 2000),

distribuída entre a sede, 09 distritos e 11 subdistritos (Tabela 3), corresponde a 14% da

superfície da micro-região 187. Limita-se com os municípios de Catas Altas e

Alvinópolis a norte, Barra Longa e Acaiaca a leste, Ouro Preto a oeste, Piranga e Diogo

de Vasconcelos a sul.

Na figura 2 está representada a área do município de Mariana e a divisão

político-administrativa em distritos, numerados a partir da tabela 3.

Para fins de planejamento, na divisão do Estado, localiza-se na Região 1, que

inclui também a capital Mineira. Geograficamente o município está situado entre os

meridianos 43º05’00” e 43º30’00” e os paralelos 20º08’00” e 20º35’00”. A área em

questão situa-se na Folha Mariana (SF–23–X-B-1) do esquema cartográfico do

Programa de Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil (PROJETO BARBACENA)

30

Tabela 3 – Distritos de Mariana com suas áreas, subdistritos e localidades.

DISTRITOS ÁREA (KM2) SUBDISTRITOS LOCALIDADES

Bandeirantes (1) 68,11 - -

Cachoeira do Brumado (2) 69,67 Barroca Cafundão

Camargos (3) 117,28 -

Bicas

Ponte do Gama

Cláudio Manuel (4) 130,32 Águas Claras

Caldeireiros

Cana do Reino

Campinas

Furquim (5) 141,51

Pedras

Constantino

Cuiabá

Goiabeira

Margarida

Paraíso

Monsenhor Horta (6) 111,97

Crasto

Paracatu de

Baixo

Paracatu de Cima

Padre Viegas (7) 198,85

Barro Branco

Mainart

Vargem

Engenho

Magalhães

Palmital

Serra do Carmo

Passagem de Mariana (8) 36,03 - -

Santa Rita Durão (9) 234,24 Bento Rodrigues -

Mariana (sede) (10) 91,39 Canela Serra

31

Figura 2: Mapa político-administrativo do município de Mariana. Fonte: Souza, 2004.

em escala 1: 100.000 (Baltazar & Raposo, 1993).

As principais rodovias de acesso são a BR-040 (Rodovia Juscelino Kubitschek),

a MG-262 (Rodovia Luiz Martins Soares), a MG-129 (Rodovia Humberto de Almeida)

e a BR-356 (Rodovia dos Inconfidentes). Através da rodovia federal BR-040, o acesso

realiza-se a partir de Belo Horizonte ou do Rio de Janeiro até o ramal BR-356,

seguindo-se até os municípios de Ouro Preto e Mariana. Outra possibilidade é pela

BR-262, saindo de Vitória (ES) em direção a Rio Casca - MG, por aproximadamente

320 km. Deste ponto em diante utiliza-se o ramal MG-262, sentido Ponte Nova e

Mariana, perfazendo mais 120 Km (DER, 2004) (figura 3).

Os acessos da sede do município aos distritos, principais subdistritos e

localidades são observados na tabela 4.

32

Figura 3 - Mapa rodoviário de Minas Gerais - acesso a Mariana. Fonte: DER, 2004.

Tabela 4 - Acessos da sede do município de Mariana a seus distritos, subdistritos e

localidades.

Distrito Estradas Extensão Condições

Bandeirantes MG-262 e ARM-127 10,0 km Boas

Cachoeira do Brumado MG-262 e ARM-122 19,0 km Boas

Camargos ARM-010

MG-129 e ARM-130

15,0 km

28,0 km

Más

Boas

Cláudio Manuel MG-262 e ARM-142 42,4 km Boas

Furquim MG-262 e ARM-365 27,5 km Boas

Monsenhor Horta MG-262 e ARM-124 17,4 km Boas

Padre Viegas MG-262 e ARM-370 7,0 km Boas

Passagem de Mariana BR-356 4,5 km Boas

Santa Rita Durão MG-129

ARM-130

45,0 km

32,0 km

Boas

Regulares

33

3.1.3- Caracterização sócio-econômica

Segundo o IBGE (2000), a população de Mariana está estimada em 46.670

habitantes, sendo que 38.679 habitantes estão na zona urbana e 8.031 nos distritos,

subdistritos e localidades do município.

As atividades sócio-econômicas do município são voltadas essencialmente para

a mineração, devido às importantes jazidas de minerais metálicos (ferro, bauxita,

manganês e ouro) e não metálicos (esteatito e quartzito). As mineradoras CVRD e

SAMARCO Mineração, responsáveis pela exploração do minério de ferro e ferro-

manganês, são as principais propulsoras do desenvolvimento econômico, seja através da

geração de empregos diretos para a comunidade, seja através da geração e recolhimento

de impostos. O desenvolvimento de atividades agrícolas não é expressivo, possuindo

caráter subsistente juntamente com as atividades de pecuária para corte, suinocultura e

avicultura. Destacam-se, entretanto, as extensas plantações de eucalipto, matéria prima

na manufatura do carvão.

O artesanato é outra fonte de geração de renda, principalmente para os

moradores da área rural, além do comércio centrado em atividades de prestação de

serviços e insumos básicos.

O turismo fundamenta-se na valorização do patrimônio histórico e artístico

(casario colonial, igrejas, museus, manifestações culturais, notadamente a literatura e a

música) e pelos locais de beleza cênica e ecológica (cachoeiras, minas, grutas).

Entretanto, observa-se uma concentração do turismo cultural praticado na sede e no

distrito de Passagem de Mariana e do turismo de compras e lazer em Cachoeira do

Brumado, devido ao artesanato e a cachoeira.

Recentemente, o incentivo à exploração do turismo, com a divulgação das festas

populares mais importantes, como carnaval e o Festival de Inverno, tem se mostrado

como uma das principais vocações econômicas da cidade (IBGE, 2000).

3.1.4- Clima

Determinado pelas condições médias da circulação geral da atmosfera, pela

localização quanto às fontes de umidade e pela altitude do relevo, o clima de Minas

Gerais encontra-se sob o domínio e circulação do anticlone subtropical do Atlântico Sul,

caracterizando-se pela ocorrência de ventos predominantemente na porção nordeste-

34

leste.

Proveniente do oceano Atlântico, a umidade da região é transportada pelos

ventos de nordeste, contextualizando as Serras do Espinhaço e da Mantiqueira, como

um anteparo físico e dinâmico ao transporte de umidade disponível (CETEC, 1983).

Localmente, segundo Baltazar & Raposo (1993) e seguindo a classificação

climática de Koppen, descrevem-se dois tipos climáticos distintos (Cwa e Cwb)

(Strahler, 1963): o primeiro predomina nas partes menos elevadas, compreendendo um

clima úmido com verões quentes, estação seca curta e temperatura média anual entre

19,5 - 21,8 ºC. Já o segundo (Cwb), predominante nas porções mais elevadas,

caracteriza-se por verões mais brandos e temperatura média anual mais baixa (17,4 -

19,8 ºC). Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são os que registram as maiores

precipitações. O índice médio pluviométrico anual está na faixa dos 1.800 mm

(gráfico 1).

Gráfico 1: Índices de pluviosidade coletados entre os anos de 1995 e 2004, na estação

pluviométrica da empresa Samarco Mineração Ltda - Unidade Germano.

Índices Pluviométricos 1995/2004

1443,11615,5

1963,6 1914,8

1431,5

1987,9

1429,5

1887,5 1921,3

2334,1

0

500

1000

1500

2000

2500

Acum

ula

do a

nual (

mm

)

Pluviometria 1995 Pluviometria 1996 Pluviometria 1997 Pluviometria 1998

Pluviometria 1999 Pluviometria 2000 Pluviometria 2001 Pluviometria 2002

Pluviometria 2003 Pluviometria 2004

35

3.1.5- Vegetação

Partindo-se das diversas considerações geológicas, topográficas e climáticas do

território mineiro a região possui uma diversidade significativa de formas vegetais.

Podem-se destacar como mais representativas dentre a flora terrestre, as áreas de

campos naturais em zonas de relevo ondulado (caracterizado por declives entre 20% e

40%) com vegetação de gramíneas e ciperáceas; as áreas de pastos e terras utilizadas

como cultura; as áreas de matas naturais com árvores de porte médio e alto (mata

tropical latifoliada perene); as matas de galeria (possuem cobertura arbórea

significativa) em faixas estreitas ao longo dos rios, riachos e córregos e finalmente, as

áreas de reflorestamento, destacando-se as matas de eucalipto.

Predominantemente, a cobertura vegetal atual reflete a atuação do homem sobre

o meio natural, destacando-se uma paisagem combinada de pastagens e capoeira

(Baltazar & Raposo, 1993; Souza, 2004).

3.1.6- Rede de drenagem

Quatro importantes rios drenam o território marianense: A norte, destacam-se os

rios Gualaxo do Norte e Piracicaba, a sul, o rio Gualaxo do Sul e ao centro, o rio do

Carmo, historicamente importante, pois deu origem à cidade e aos distritos de Passagem

de Mariana, Bandeirantes, Monsenhor Horta e Furquim. Também importantes são o

ribeirão do Caraça (sub-bacia do rio Piracicaba), ribeirão Cachoeira do Brumado (sub-

bacia do rio Gualaxo do Sul), córrego Águas Claras (sub-bacia do rio Gualaxo do

Norte) e ribeirões Boa Vista/ Paciência (sub-bacia do rio Gualaxo do Norte)

(PDUAM, 2003).

3.1.7- Aspectos geomorfológicos

O município de Mariana situa-se no extremo leste do Quadrilátero Ferrífero,

uma das mais importantes regiões do Escudo Pré Cambriano brasileiro, devido às suas

reservas de Fe, Mg e Au. Localmente o município aloja-se entre duas importantes

províncias geológicas: a Província Geotectônica São Francisco a oeste, composta pelas

sequências vulcano-sedimentar, clasto-química e clástica, por rochas granitóides, por

depósitos detríticos-lateríticos e aluviais recentes. Já a leste, representando em área uma

pequena porção do território, descreve-se a Província Geotectônica Mantiqueira,

36

dominada, principalmente, por rochas gnáissicas e rochas granulíticas. Destaca-se,

ainda, a existência de uma grande estrutura regional, conhecida como Anticlinal de

Mariana, localizada a oeste da cidade.

Geomorfologicamente, a cidade está cercada por montanhas e seu relevo é

bastante dissecado com vales encaixados e formas do tipo cristas com vertentes

íngremes. Predominam encostas de declives considerados fortes, mas também ocorrem

colinas retilíneas, terrenos planos e áreas baixas correspondentes aos vales fluviais. O

ponto culminante é o Pico do Sol com 2070 metros de altitude (Baltazar & Raposo,

1993; Souza, 2004).

3.2- Áreas e fatores de risco responsáveis pela transmissão da esquistossomose

Foi aplicado um protocolo de avaliação da diversidade de hábitats, de acordo

com Callisto et alii (2002) e EPA (1987), com algumas modificações, como ferramenta

para o desenvolvimento do trabalho (Tabela 5).

Incluíram-se neste estudo as observações de localização, utilizando-se para tal o

aparelho GPS2 modelo Garmin, pH da água, vegetação, como também as características

hipsométricas (altitude) e de unidades morfológicas territoriais (relevo) do município de

Mariana.

37

Tabela 5 - Avaliação rápida da diversidade de hábitats em trechos de bacias hidrográficas,

modificado do protocolo da Agência de Proteção Ambiental de Ohio, EUA (EPA, 1987;

Callisto et alii, 2002).

OBS: 4 pontos (situação natural); 2 e 0 pontos (situações leve ou bastante alteradas).

Localização: Data da coleta: Hora da coleta: Tempo (situação do dia): Modo de coleta (coletor): Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) pH da água:

Parâmetros Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto

1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento

Residencial/ Comercial/ Industrial

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada

Acentuada

3-Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo)

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

6-Oleosidade da água

Ausente

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia

Cimento/ canalizado

38

3.3- Coleta de moluscos

Inicialmente, foi realizada uma verificação das coleções hídricas ocorrentes no

município. Os sistemas lóticos em diferentes níveis de utilização e conservação que

possam representar a variabilidade ecológica dentro das bacias que compõem o

município foram determinados.

Após escolha dos locais, os moluscos foram coletados semanalmente (2 dias de

coleta), durante 1 ano, utilizando-se de uma rede de mão (puçá), confeccionada com

nylon (50 cm de largura, 40 cm de altura, 30 cm de abertura e 1 mm2 de malha),

adaptada a um cabo de madeira ou aço (150 cm de comprimento). Foi aplicado um

esforço amostral individual de 30 minutos, por varredura, em cerca de 10 (dez) metros

de extensão, em cada um dos hábitats selecionados.

Todo o material coletado foi acondicionado em sacos plásticos, etiquetado e

transportado para o laboratório de Taxonomia e Biologia de Invertebrados do Grupo

Interdepartamental de Estudos sobre Esquistossomose (GIDE), Departamento de

Parasitologia, ICB/UFMG, onde foi examinado, após triagem manual.

3.4- Mensuração e exame de planorbídeos

No laboratório, os moluscos foram contados, observados macroscopicamente,

mensurados e, a seguir, colocados individualmente em pequenos recipientes de vidro

“snap-cap”, com capacidade para 10 ml, contendo 5 ml de água isenta de cloro e

deixados durante a noite para exame antes e após fotoestimulação artificial direta

(lâmpada de 60 W), no dia seguinte, durante aproximadamente 2 horas, para verificação

de emergência de cercárias de S. mansoni e de outros trematódeos. Os exames foram

realizados semanalmente. Após 90 dias aqueles moluscos que permaneceram negativos

foram esmagados entre placas de vidro para a pesquisa de possíveis esporocistos e/ou

metacercárias (Coutinho, 1950).

3.5- Determinação do Índice Cercárico Global e Índice Cercárico Específico

De posse dos resultados obtidos no item 3.4 foram determinados o Índice

Cercárico Global (ICG), que representa porcentagem de infecção por cercárias ou

formas larvárias de trematódeos encontradas em determinada espécie de molusco e o

Índice Cercárico Específico (ICE), que representa porcentagem de infecção por

39

determinada espécie de cercária em determinado molusco (Ruiz, 1952 b).

3.6- Identificação de moluscos

De cada lote de planorbídeos coletados retiraram-se cerca de 10% dos

exemplares que foram sacrificados em água a 70° C. As partes moles foram fixadas em

líquido de Railliet-Henry e dissecadas sob microscópio estereomicroscópio, como

recomendado por Paraense & Deslandes (1955).

Para a identificação das espécies foram considerados os parâmetros

conquiliológicos e morfológicos, segundo diversas fontes bibliográficas (Paraense &

Deslandes, 1956 a, b, 1957, 1958 a, b, c, 1959; Malek, 1962; PAHO, 1968; Paraense,

1965, 1972, 1975).

3.7- Criação de moluscos em laboratório

As desovas obtidas dos caramujos Biomphalaria positivos e negativos,

isoladamente, foram submetidas à criação e manutenção das linhagens de acordo com

Freitas (1973), com pequenas alterações, visando testes de suscetibilidade.

3.8- Testes de suscetibilidade

Foi utilizada para os testes de suscetibilidade, a linhagen LE de S. mansoni de

Belo Horizonte, mantida nos laboratórios do GIDE em sucessivas gerações, pela

passagem do parasito em hospedeiro invertebrado, caramujos do gênero Biomphalaria,

e em hospedeiro vertebrado, o hamster (Mesocricetus auratus) (Corrêa & Paraense,

1971).

3.8.1- Obtenção de miracídios

A obtenção de miracídios foi feita pela técnica preconizada por Chaia (1956),

com modificações.

Assim, hamsters com 45 dias de infecção por S. mansoni, foram sacrificados por

deslocamento cervical para a obtenção de ovos do parasito. O fígado de cada animal foi

retirado, lavado em salina 0,85%, e em seguida homogeneizado em liquidificador com

250 ml de água isenta de cloro. Esta solução foi transferida para um cálice de

sedimentação, no qual foram adicionados 600 ml de solução salina 0,85%, e em seguida

40

acondicionada em geladeira a 4°C. Este procedimento foi realizado para evitar a eclosão

dos miracídios.

Decorridos 60 minutos, o sobrenadante foi descartado e o sedimento ressuspenso

em água isenta de cloro, previamente aquecida a 27°C. Este material foi transferido para

um balão volumétrico, completando-se o volume até o aferimento. A base do balão

volumétrico foi envolvida por papel alumínio, para impedir a incidência da luz. Um

foco de luz artificial foi direcionado na extremidade superior do balão, com a finalidade

de atrair os miracídios liberados dos ovos. Uma amostra desses miracídios foi obtida

por pipetagem, para observação em lâmina e estudos posteriores.

3.8.2- Infecção em massa

Cinqüenta exemplares descendentes de Biomphalaria encontrados em Mariana,

medindo entre oito e dez milímetros foram colocados em cristalizadores contendo 1000

ml de água isenta de cloro e sobre eles foram despejados 100 ml de solução contendo

um “pool” de miracídios. Os moluscos permaneceram entre 12 e 18 horas sob luz

artificial e na ausência de alimentação. Após este período, eles foram transferidos para

cubas plásticas contendo água isenta de cloro (trocada semanalmente) e alimentados

com alface e ração balanceada durante todo o experimento. Como controle foram

utilizados exemplares de B. glabrata oriundos de Belo Horizonte, criados e mantidos no

laboratório em gerações sucessivas, medindo entre oito e dez milímetros e sujeitos à

mesma metodologia de infecção (Corrêa & Paraense, 1971).

3.8.3- Infecção individual

Cinqüenta exemplares descendentes de Biomphalaria encontrados em Mariana,

medindo entre oito e dez milímetros foram colocados individualmente em pequenos

recipientes de vidro contendo aproximadamente cinco mililitros de água isenta de cloro.

Cada molusco recebeu um mililitro de solução contendo 10 miracídios. Após a

infecção, os moluscos foram mantidos sob luz artificial entre 12 e 18 horas na ausência

de alimentação. Após este período, foram transferidos para cubas de plástico contendo

água isenta de cloro (trocada semanalmente) e alimentados com alface e ração

balanceada durante todo o experimento. Como controle foram utilizados exemplares

descendentes de B. glabrata de Belo Horizonte, medindo entre oito e dez milímetros,

41

sujeitos à mesma metodologia de infecção (Corrêa et alii, 1979).

3.8.4- Exame dos moluscos testados

Para verificar a emergência de cercárias de S. mansoni foi realizado o mesmo

procedimento descrito no item 3.4.

3.9- Caracterização de formas larvares

Cercárias emergentes de moluscos foram concentradas como recomendado por

Pellegrino & Macedo (1955).

A caracterização das cercárias foi realizada sem coloração citoquímica, com

auxílio de coloração in vivo, após fixação seguida de coloração ou com auxílio de

solução de Lugol.

Para a coloração in vivo, duas a três gotas de solução aquosa de vermelho neutro

a 0,05% foram colocadas sobre a suspensão cercariana, em lâmina. O mesmo

procedimento foi utilizado com azul de metileno a 0,05% (Porter, 1938; Ruiz, 1952 a;

Frandsen & Christensen, 1984).

Quando da utilização de material fixado em líquido de Railliet-Henry ou

formalina 10 % a quente, o material foi corado com carmim acético, carmim clorídrico

ou carmim bórax (Ruiz, 1952 a; Veitenheimer-Mendes, 1982, Silva, 1992) e montado

em lâmina/ lamínula. Procedeu-se a observação em microscópio binocular (Wild

Heerbrugg - Switzerland) adaptado com câmara clara Wild Heerbrugg 1,25X.

As cercárias foram designadas por método alfa-numérico, levando-se em

consideração que o trabalho com formas larvares apresenta dificuldades para sua

designação (Porter, 1938).

A seguir, os desenhos obtidos foram comparados com as descrições e chaves de

identificação propostas por Lutz (1933); Ruiz (1943, 1952 b, c, d, 1953, 1957); Malek

(1962); Schell (1970); Veitenheimer-Mendes (1982); Frandsen & Christensen (1984);

Silva (1992) e Boaventura et alii (2002).

3.10- Confecção da carta planorbídica

A partir dos dados obtidos nas áreas amostradas foi confeccionada a carta

planorbídica para o município utilizando o “Software” AutoCad 2000 (Autodesk).

42

3.11- Coleta dos heterópteros aquáticos

Os insetos foram capturados com ajuda de rede entomológica confeccionada

com nylon (50 cm de largura, 40 cm de altura, 30 cm de abertura e 1mm2 de malha)

adaptada a um cabo de madeira ou aço (150 cm de comprimento), nos mesmos locais e

com a mesma metodologia em que foram coletados os moluscos e transferidos para

recipientes contendo álcool a 70o GL.

No laboratório foram separados, identificados basicamente de acordo com

Nieser & Melo (1997), e em seguida, depositados na coleção do Laboratório de

Taxonomia e Biologia de Invertebrados da Universidade Federal de Minas Gerais.

3.12- Análise estatística

Quando necessário foi aplicado o teste t de Student, de acordo com Snedecor &

Cochran, 1971.

43

4- Resultados

44

4.1- Locais estudados

Foram escolhidas 147 localidades distribuídas entre a sede, os 9 distritos e 11

subdistritos de Mariana (tabela 1), levando-se em consideração, para a determinação dos

pontos de captura, a presença humana e de coleções aquáticas, estas, com alterações

antrópicas ou não, ou sujeitas a elas.

Diversos tipos de ambientes foram observados, destacando-se entre os

ambientes lóticos, aqueles constituídos por coleções de água corrente, os córregos, as

cachoeiras e os rios, representados por 78, 19 e 16 locais de coleta, respectivamente.

Entre os ambientes lênticos, aqueles constituídos por coleções de água menos

corrente, destacaram-se os lagos e as lagoas, com 11 e 16 locais de coleta

respectivamente. Os ambientes lênticos representados por caixa d’água, canal de

drenagem, manilha, poço e tanque de lavar roupa contribuíram com uma única amostra

e com duas o ambiente representado pelo brejo (gráfico 2).

Gráfico 2: Número e tipo de ambiente trabalhados em levantamento malacológico no

município de Mariana entre abril de 2003 e fevereiro de 2004.

Município de Mariana - MG

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

Tipo de ambiente

Núm

ero

1-Brejo2-Cachoeira3-Caixa d'água4-Canal de drenagem5-Córrego6-Lago7-Lagoa8-Manilha9-Poço10-Rio11-Tanque de lavar roupa

45

4.2- Aplicação do protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats

Foram consideradas áreas impactadas aquelas cuja pontuação alcançada atingiu

até 20 pontos. Entre 20 e 36 pontos estão as áreas alteradas e acima de 36 pontos as

áreas naturais.

Verificou-se, através do protocolo utilizado, que o município de Mariana

apresenta áreas com alterações ambientais de natureza diversa, observadas nos distritos

de Bandeirantes, Cachoeira do Brumado, Camargos, Cláudio Manuel, Furquim

Monsenhor Horta, Padre Viegas, Passagem de Mariana, Santa Rita Durão e na sede do

município, a cidade de Mariana. Não foram observados, nos locais estudados, ambientes

em situação natural no município.

No gráfico 3 estão representados os distritos de Mariana com a pontuação

observada para cada um deles.

Gráfico 3: Avaliação rápida de diversidade de hábitats nos distritos de Mariana, entre

abril de 2003 e fevereiro de 2004 - análise por distrito.

26,428,7

30,3 30,6

27,7

30,229,0

27,8

32,0

28,6

0

5

10

15

20

25

30

35

Ponto

s

Bandeirantes

Cachoeira do Brumado

Camargos

Cláudio Manuel

Furquim

Monsenhor Horta

Padre Viegas

Passagem de Mariana

Santa Rita Durão

Mariana

Trechos impactados - até 20 pontosTrechos alterados - > 20 < 36 pontosTrechos naturais - > 36 pontos

46

4.3- Coleta de moluscos

O período de coleta ocorreu entre abril de 2003 e fevereiro de 2004 abrangendo

duas estações distintas do ano (seca e chuva), tendo sido coletado um total de 23.271

moluscos, representados por 6 espécies, como pode ser observado na tabela 6.

O número de moluscos coletados foi significativamente maior (p ≤ 0,05) no

período de seca com um total de 18.120 moluscos, ao passo que no período de chuva

foram coletados 5.151 moluscos (tabelas 7 e 8).

Tabela 6: Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana durante o

período de 30/04/03 a 26/02/04.

Total Vivos Mortos Positivos * Negativos

Biomphalaria glabrata 11.147 6.102 5.045 134 5.968

Physa marmorata 12.092 9.490 2.606 01 9.489

Lymnaea columella 24 16 08 00 16

Melanoides tuberculatus 02 02 00 00 02

Drepanotrema anatinum 04 03 01 00 03

Drepanotrema lucidum 02 02 00 00 02

Total 23.271 15.615 7.656 135 15.480

* Positivos para larvas de trematódeos

Tabela 7: Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana durante o

período de 30/04/03 a 16/10/03 - Período de seca.

Total Vivos Mortos Positivos * Negativos

Biomphalaria glabrata 9.341 4.947 4.394 115 4.832

Physa marmorata 8.747 6.482 2.265 01 6.481

Lymnaea columella 24 16 08 00 16

Melanoides tuberculatus 02 02 00 00 02

Drepanotrema anatinum 04 03 01 00 03

Drepanotrema lucidum 02 02 00 00 02

Total 18.120 11.452 6.668 116 11.336

* Positivos para larvas de trematódeos

47

Tabela 8: Moluscos coletados em coleções hídricas no município de Mariana durante o

período de 10/11/03 a 26/02/04 - Período de chuva.

Total Vivos Mortos Positivos * Negativos

Biomphalaria glabrata 1.806 1.155 651 19 1.136

Physa marmorata 3.345 3.008 337 00 3.008

Lymnaea columella 00 00 00 00 00

Melanoides tuberculatus 00 00 00 00 00

Drepanotrema anatinum 00 00 00 00 00

Drepanotrema lucidum 00 00 00 00 00

Total 5.151 4.163 988 19 4.144

* Positivos para larvas de trematódeos

Entre os moluscos coletados no município de Mariana o gênero Physa

apresentou o maior número de exemplares (12.092 Physa marmorata) seguido pelo

gênero Biomphalaria com 11.147 exemplares e cuja única espécie encontrada foi a B.

glabrata (tabela 6). Ambas espécies estão presentes em todos os distritos do município.

Os moluscos L. columella, D. anatinum e D. lucidum foram encontrados nos

distritos de Bandeirantes, Cachoeira do Brumado e Santa Rita Durão e os M.

tuberculatus em Mariana (sede), representando o primeiro relato para o município.

4.4- Mensuração e taxa de infecção de moluscos

O gráfico 4 representa a variação do diâmetro de concha, em percentual, obtida

de 6.102 exemplares analisados no período experimental (seca e chuva). Houve

diferença significativa (p ≤ 0,05) entre os planordídeos coletados, cujos diâmetros de

concha foram de 1 a 6 mm, 9, 11 e 12 mm, nestes dois períodos.

No período de seca foram encontradas maiores quantidades de Biomphalaria

com diâmetro de concha entre 1 e 6 mm.

Já no período de chuvas foram encontradas maiores quantidades de

Biomphalaria cujos diâmetros de concha foram 9, 11 e 12 mm.

48

Gráfico 4: Diâmetro de concha, em percentual, de Biomphalaria glabrata coletados no

município de Mariana no período de 30/04/2003 a 26/02/2004 (seca e chuva).

No gráfico 5 observa-se a positividade de B. glabrata para larvas de

trematódeos. De 11.147 moluscos coletados, 5.045 estavam mortos. O restante, 6.102

exemplares, foi examinado, sendo que 5.968 (97,81 %) mostraram-se negativos e 134

(2,19 %) mostraram-se positivos para diversos tipos de larvas de trematódeos.

Gráfico 5: Número de Biomphalaria glabrata mortos, negativos e positivos para larvas

de trematódeos, encontrados em Mariana.

134

5.968

5.045

mortos vivos positivos vivos negativos2,19 %

0

2

4

6

8

10

12

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35

Diâmetro de concha em mm

% d

e c

ara

mujo

s

Período de seca Período de chuva

49

111

5.991

5.045

mortos vivos positivos vivos negativos1,82 %

No gráfico 6 encontram-se os dados relativos aos moluscos do gênero Physa. De

12.092 exemplares capturados, 2.602 apresentaram-se mortos. O restante, 9.490, foi

examinado, sendo que 9.489 (99,992 %) mostraram-se negativos e apenas 1 exemplar

(0,008%) apresentou-se positivo para larvas de trematódeos.

Gráfico 6: Número de Physa marmorata mortos, negativos e positivos para larvas de

trematódeos, encontrados em Mariana.

O gráfico 7 mostra a positividade de B. glabrata para S. mansoni. De 11.147

moluscos coletados, 5.045 estavam mortos. O restante, 6.102 exemplares, foi

examinado, sendo que 5.991 (98,18 %) mostraram-se negativos e 111 (1,82 %)

mostraram-se positivos para S. mansoni.

Gráfico 7: Número de Biomphalaria glabrata mortos, negativos e positivos para

Schistosoma mansoni, encontrados em Mariana.

9.489

2.602

1

mortos vivos positivos vivos negativos

0,008%

50

Com relação aos outros moluscos coletados, foram examinados 16 exemplares

de L. columella, 02 exemplares de M. tuberculatus, 03 exemplares de D. anatinum e 02

exemplares de D. lucidum. Nenhum deles apresentou positividade para larvas de

trematódeos.

4.5- Índice Cercárico Global (ICG) e Índice Cercárico Específico (ICE)

Em moluscos B. glabrata, o índice cercárico global para larvas de trematódeos,

encontradas no município de Mariana, foi de 2,19%, enquanto o índice cercárico

específico foi de 1,82% para S. mansoni BM1, 0,11% para estrigeocercária BM2, 0,02%

para cercária ocelífera BM3, 0,03% para equinóstoma SM1, 0,18% para xifidiocercária

SM2, 0,02% para gimnocéfala SM4 e 0,02% para gimnocéfala SM5.

Já em moluscos P. marmorata o índice cercárico global para larvas de

trematódeos, encontradas no município de Mariana, foi de 0,008%. Apenas um único

exemplar foi encontrado eliminando larvas de trematódeos no distrito de Cachoeira do

Brumado, cujo índice cercárico específico foi de 0,008% para xifidiocercária SM3.

4.6- Associação do protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats com as

áreas e fatores de risco responsáveis pela transmissão da esquistossomose mansoni

no município de Mariana.

A análise individual, das 147 localidades trabalhadas no município de Mariana,

permitiu determinar e relacionar a presença de caramujos positivos para S. mansoni com

áreas alteradas e/ou impactadas pela atuação humana. Utilizando-se da classificação

descrita no item 4.1 para determinação de ambientes lóticos e lênticos e no item 4.2 para

a descrição de áreas com alterações ambientais, observou-se que a presença de

B. glabrata positivo para S. mansoni está diretamente relacionada à presença de áreas

com tais alterações antrópicas, além de ocorrer em maior prevalência em ambientes

lóticos. Nas tabelas 12 a 24 e nas figuras 17 a 29 (anexo A) estão representados os

dados obtidos no protocolo e as fotografias dos 13 locais positivos para S. mansoni no

município de Mariana. Os gráficos 8 e 9 representam a avaliação rápida da diversidade

de hábitats destes locais e o percentual de ambientes lóticos e lênticos nos quais foram

encontrados caramujos positivos para S. mansoni.

51

Gráfico 8: Avaliação rápida da diversidade de hábitats em áreas positivas para

Schistosoma mansoni no município de Mariana.

Gráfico 9: Percentual de ambientes lóticos e lênticos nos quais foram encontrados

caramujos positivos para Schistosoma mansoni no município de Mariana.

24 2426

2426

3028 28

24

20

28

20

28

0

5

10

15

20

25

30

35Ponto

sPedras

Paracatu de Baixo

Santa Rita Durão

Lagoa Preta

Águas Claras - Minério

Águas Claras - Ponte

Cláudio Manuel

Cana do Reino 1

Cana do Reino 2

Cafundão

Cachoeira do Brumado

Bento Rodrigues

Monsenhor HortaTrechos impactados - até 20 pontosTrechos alterados - > 20 < 36 pontosTrechos naturais - > 36 pontos

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Perc

entu

al

Ambientes lóticos Ambientes lênticos

52

4.7- Associação entre as áreas positivas para Schistosoma mansoni e aspectos

geográficos do município de Mariana

4.7.1- Associação com a cobertura vegetal do município

Foram encontrados caramujos positivos para S. mansoni em 04 localidades nas

quais há o predomínio de matas de topo, encosta e galeria (Lagoa Preta, Paracatu de

Baixo, Cana do Reino 1 e Cana do Reino 2), que são aquelas cujas áreas possuem

cobertura arbórea significativa.

Nas outras localidades em que foram encontrados caramujos positivos (Santa

Rita Durão, Bento Rodrigues, Águas Claras (ponte), Águas Claras (minério), Cláudio

Manuel, Pedras, Cafundão, Cachoeira do Brumado e Monsenhor Horta), há o

predomínio de campos e pastagens, cujas áreas são desprovidas de vegetação arbórea

(figura 4).

4.7.2- Associação com o relevo do município

Foram encontrados caramujos positivos para S. mansoni em 06 localidades onde

ocorre a presença do relevo suave ondulado, caracterizado por declives inferiores a

35%: Santa Rita Durão, Bento Rodrigues, Lagoa Preta, Cana do Reino 1, Cana do

Reino 2 e Cafundão.

Em Cachoeira do Brumado e Pedras outros locais positivos para S. mansoni o

relevo predominante é o escarpado, cujos declives se encontram, preferencialmente, na

faixa dos 30% a 70%.

Em outras 05 localidades com presença de caramujos positivos para S. mansoni

(Cláudio Manuel, Águas Claras (ponte), Águas Claras (minério), Paracatu de Baixo e

Monsenhor Horta), há o predomínio do relevo de planícies aluviais, caracterizado como

zonas de aporte de materiais provenientes dos relevos maiores, representados pelos

fundos dos vales mais abertos (figura 5).

4.7.3- Associação com a hipsometria do município

Foram encontrados caramujos positivos para S. mansoni em 07 localidades cujos

pontos de coleta encontravam-se entre 500 e 600 m de altitude: Pedras, Paracatu de

Baixo, Águas Claras (ponte), Águas Claras (minério), Cana do Reino 1, Cana do Reino

53

2 e Cláudio Manuel.

Em outras 04 localidades (Cafundão, Cachoeira do Brumado, Monsenhor Horta

e Bento Rodrigues), a altitude dos pontos de coleta variou de 600 a 700 m.

Já em Santa Rita Durão e na Lagoa Preta, os locais positivos encontravam-se

entre 700 e 800 m de altitude (figura 6).

4.7.4- Associação com as bacias hidrográficas do município

Foram encontrados caramujos positivos para S. mansoni em três das quatro

bacias hidrográficas do município: Na bacia do rio Piracicaba foram encontrados no

distrito de Santa Rita Durão; na bacia do rio Gualaxo do Norte em Bento Rodrigues,

Paracatu de Baixo e Pedras; na sub-bacia do córrego Águas Claras em Cana do Reino 1,

Cana do Reino 2, Águas Claras (minério) e Águas Claras (ponte); na sub-bacia dos

córregos Boa Vista/ Paciência em Cláudio Manuel; na bacia do ribeirão do Carmo em

Monsenhor Horta e Mariana e na sub-bacia do ribeirão Cachoeira do Brumado em

Cafundão e Cachoeira do Brumado (figura 7).

54

Figura 4: Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e

cobertura vegetal do município de Mariana (arquivo anexo em autocad).

55

Figura 5: Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e relevo

do município de Mariana (arquivo anexo em autocad).

56

Figura 6: Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e

hipsometria do município de Mariana (arquivo anexo em autocad).

57

Figura 7: Mapa de associação entre áreas positivas para Schistosoma mansoni e bacias

hidrográficas do município de Mariana (arquivo anexo em autocad).

58

4.8- Testes de suscetibilidade

4.8.1- Infecção em massa com a Cepa LE

A tabela 9 apresenta os resultados das infecções experimentais em massa.

Observa-se que a geração F1 de B. glabrata provenientes de Mariana, apresentou 72%

de positividade à cepa LE de S. mansoni de Belo Horizonte. Já os exemplares de

B. glabrata, provenientes de Belo Horizonte, usados como grupo controle, apresentaram

70% de positividade.

Tabela 9. Suscetibilidade de Biomphalaria glabrata provenientes de Mariana, MG, à

cepa LE de Schistosoma mansoni de Belo Horizonte: Infecção em massa.

Grupo experimental No de moluscos

utilizados Período de

observação (dias) Positividade (%)

B. glabrata

(Mariana, MG)

50 90 72

B. glabrata – controle

(Belo Horizonte, MG)

50 90 70

4.8.2- Infecção individual com a Cepa LE

A tabela 10 apresenta os resultados das infecções experimentais individuais.

Observa-se que a geração F1 de B. glabrata provenientes de Mariana, apresentou 66%

de positividade à cepa LE de S. mansoni, mesmo valor encontrado para os exemplares

de B. glabrata, provenientes de Belo Horizonte, usados como grupo controle.

Tabela 10. Suscetibilidade de Biomphalaria glabrata provenientes de Mariana, MG, à

cepa LE de Schistosoma mansoni de Belo Horizonte: Infecção individual.

Grupo experimental No de moluscos utilizados

Período de observação (dias)

Positividade (%)

B. glabrata

(Mariana, MG)

50 90 66

B. glabrata – controle

(Belo Horizonte, MG)

50 90 66

59

4.9- Caracterização das formas larvares emergentes dos moluscos de água doce

Foram encontrados 135 caramujos positivos para diversas larvas de trematódeos

no município de Mariana. Dentre as larvas encontradas, as cercárias de S. mansoni

foram observadas em 111 caramujos B. glabrata. Em outros 23 exemplares de

B. glabrata e em um único exemplar de P. marmorata foram verificadas outras larvas

de trematódeos. As larvas de cauda bifurcada foram observadas em 119 caramujos e

todas emergiram após fotoestimulação. Já as larvas de cauda simples foram observadas

em 16 caramujos e todas emergiram durante a noite.

4.9.1- Cercárias de cauda bifurcada

4.9.1.1- Schistosoma mansoni BM1

Larva emergente, após fotoestimulação artificial, de B. glabrata provenientes

das localidades descritas abaixo. O índice cercárico específico foi de 1,82%.

Molusco Hospedeiro: B. glabrata

Localidades:

Pedras (S 20o 17’ 6.1’’/ W 040º 11’ 12.1’’)

Paracatu de Baixo (S 20º 18’ 13.9’’/ W 043º 13’ 46.3’’)

Santa Rita Durão (S 20º 10’ 42.9’’/ W 043º 24’ 47.7’’)

Lagoa Preta (S 20º 20’ 37.3’’/ W 043º 26’ 26.0’’)

Águas Claras (Minério) (S 20º 15’ 8.2’’/ W 043º 14’ 0.7’’)

Águas Claras (Ponte) (S 20º 15’ 12.2’’/ W 043º 13’ 14.0’’)

Cláudio Manuel (Cachoeira do Jaci) (S 20º 12’ 50.3’’/ W 043º 11’ 42.4’’)

Cana do Reino 1 (S 20º 14’ 31.5’’/ W 043º 12’ 6.2’’)

Cana do Reino 2 (S 20º 14’ 28.8’’/ W 043º 12’ 6.9’’)

Cafundão (S 20º 24’ 21.6’’/ W 043º 17’ 7.1’’)

Cachoeira do Brumado (20º 24’ 03.3’’/ W 043º 16’ 10.1’’)

Bento Rodrigues (S 20º 14’ 18.7’’/ W 043º 25’ 10.4’’)

Monsenhor Horta (S 20º 20’ 43.2’’/ W 043º 17’ 28.2’’)

As características referentes ao S. mansoni não serão aqui abordadas por ser este

trematódeo bastante estudado e conhecido em nosso meio.

60

4.9.1.2- Estrigeocercária BM2

Larva emergente, após fotoestimulação artificial, de B. glabrata provenientes da

localidade de Cana do Reino 1.

O índice cercárico específico foi de 0,11%.

Molusco Hospedeiro: B. glabrata

Localidade: Cana do Reino 1 (S 20o 14’ 31.5’’ / W 043o 12’ 6.2’’)

Medidas em micrômetros:

� Corpo: 87,4 (85,0 – 95,5) de comprimento por 43,9 (40,8 – 45,9) de largura

� Cauda: 244,1 (238,0 – 249,9) de comprimento por 11,9 (10,2 – 13,6) de largura

� Ventosa Oral: 17,7 (17,0 – 20,4) de comprimento por 17,3 (17,0 – 18,7) de largura

� Ventosa Ventral: 20,7 (20,4 – 22,1) de comprimento por 20,7 (20,4 – 22,1) de

largura

� Furca: 139,4 (136,0 – 144,5) de comprimento

� Relação corpo/ corpo da cauda: 0,83: 1

� Relação corpo/ cauda total: 0,36: 1

� Relação corpo da cauda/ furca: 0,75: 1

Características:

Caracterizada como sendo cercária distoma faringeada, longifurcada, do grupo

das estrigeocercárias, produzida por espécies das famílias Strigeidae e Diplostomatidae

(parasitos intestinais de pássaros répteis e mamíferos) (figura 8).

Apresenta o comprimento do corpo cerca de duas vezes maior que a largura.

Ventosa oral arredondada, não se percebendo musculatura radial, um pouco

menor que a ventosa ventral, e situada na porção subterminal do corpo.

Ventosa ventral esférica, situada um pouco acima da região equatorial do corpo.

Faringe curta e estreita.

Esôfago longo que se bifurca antes da ventosa ventral. Cecos ultrapassam a

ventosa ventral.

Primórdio genital situado na região subequatorial do corpo.

Vesícula excretora bem desenvolvida em forma de Y.

61

Canais excretores estreitos que percorrem lateralmente o corpo da cercária,

alcançando a extremidade anterior, próximo à ventosa oral.

Cauda longifurcada, apresentando um canal excretor em sua região mediana,

percorrendo toda sua extensão.

62

0,10 mm

Figura 8: Estrigeocercária BM2.

Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Es: esôfago, Fa: faringe, Fu: furca,

Pg: primórdio genital, Vo: ventosa oral, Vex: vesícula excretora, Vv: ventosa ventral.

Vo

Fa

Cex

Pg

Es

Ce

Vv

Vex

Cex Ca

Fu

63

4.9.1.3- Cercária ocelífera BM3

Larva emergente, após fotoestimulação artificial, de B. glabrata provenientes do

subdistrito de Bento Rodrigues.

O índice cercárico específico foi de 0,02%.

Molusco Hospedeiro: B. glabrata

Localidade: Bento Rodrigues (S 20o 14’ 2.6’’ / W 043o 25’ 32.3’’)

Medidas em micrômetros:

� Corpo: 107,7 (102,0 – 113,9) de comprimento por 30,6 (27,2 – 34,0) de largura

� Cauda: 287,9 (280,5 – 299,2) de comprimento por 20,4 (17,0 – 23,8) de largura

� Ventosa Oral: 26,1 (25,5 – 27,2) de comprimento por 19,3 (17,0 – 20,4) de largura

� Ventosa Ventral: 10,8 (10,2 – 11,9) de comprimento por 14,2 (13,6 – 15,3) de

largura

� Ocelos: 5,6 (5,3 – 5,8) de diâmetro

� Furca: 81,0 (68,0 – 90,1) de comprimento

� Relação corpo/ corpo da cauda: 0,52: 1

� Relação corpo/ cauda total: 0,37: 1

� Relação corpo da cauda/ furca: 2,55: 1

Características:

Caracterizada como sendo do grupo das cercárias ocelíferas, produzidas por

trematódeos das famílias Schistosomatidae e Spirorchiidae (parasitos de vasos

sanguíneos de répteis, pássaros e mamíferos) (figura 9).

Apresenta o comprimento do corpo cerca de três vezes maior que a largura.

Ventosa oral ovalada, não se percebendo musculatura radial.

Ventosa ventral esférica, menor que a ventosa oral, situada na região

subequatorial do corpo.

Esôfago curto, que se bifurca anteriormente aos ocelos.

Cecos curtos terminando próximo a ventosa ventral.

Faringe ausente.

64

Glândulas de penetração saculiformes, bem desenvolvidas, com ductos longos,

situadas na região próxima à ventosa ventral.

Ocelos grandes, pigmentados, situados um pouco acima da região equatorial do

corpo.

Vesícula excretora bem desenvolvida.

Cauda longa, relativamente larga, bifurca-se na extremidade posterior formando

uma furca típica das cercárias brevifurcadas.

Estendendo-se por toda a cauda em sua porção mediana, observa-se o canal do

sistema excretor, que se bifurca um pouco antes do entroncamento das furcas,

terminando na extremidade destas.

65

0,10 mm

Figura 9: Cercária ocelífera BM3.

Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Es: esôfago, Fu: furca, Gp: glândula de

penetração, Oc: ocelos, Vo: ventosa oral, Vex: vesícula excretora, Vv: ventosa ventral.

Vo

Es

Ce

Gp Oc

Vv

Vex

Ca

Fu

66

4.9.2- Cercárias de cauda simples

4.9.2.1- Equinóstoma SM1

Larva emergente durante a noite de B. glabrata provenientes do distrito de

Cachoeira do Brumado e do subdistrito de Bento Rodrigues.

O índice cercárico específico foi de 0,03%.

Molusco hospedeiro: B. glabrata

Localidades: Cachoeira do Brumado (S 20o 24’ 03.3’’/ W 043o 16’ 5.5’’)

Bento Rodrigues (S 20o 14’ 2.6’’/ W 043o 25’ 32.3’’)

Medidas em micrômetros:

� Corpo: 274,5 (258,4 – 283,9) de comprimento por 102,0 (83,3 – 122,4) de largura

� Cauda: 508,0 (493,0 – 542,3) de comprimento por 33,7 (27,2 – 44,2) de largura

� Ventosa Oral: 46,5 (42,5 – 56,1) de comprimento por 43,2 (42,5 – 44,2) de largura

� Ventosa Ventral: 53,4 (45,9 – 59,5) de comprimento por 37,4 (34,0 – 40,8) de

largura

� Relação corpo/ cauda: 0,54: 1

Características:

Caracterizada como sendo do grupo das cercárias equinóstomas, produzida por

trematódeos da família Echinostomatidae (parasitos intestinais de pássaros, répteis e

mamíferos) (figura 10). Encistam em invertebrados, peixes e anfíbios.

Corpo alongado com a extremidade anterior mais afilada.

Ventosa oral rodeada de espinhos, típicos das cercárias equinóstomas, que formam

o colar cefálico. O número de espinhos não foi determinado usando-se as técnicas de

coloração apresentadas na metodologia. Um conjunto de três espinhos destaca-se

lateralmente entre a ventosa oral e a faringe.

Ventosa oral subterminal e ventosa ventral situada na região subequatorial do

corpo. Esta é um pouco maior que a ventosa oral.

Pré-faringe longa e a faringe musculosa e alongada.

Esôfago curto comunicando-se com os dois cecos logo após a faringe.

67

Cecos bem desenvolvidos prolongando-se até a extremidade posterior do corpo,

terminando em fundo cego, próximo à vesícula excretora.

Na região abaixo e atrás do acetábulo notam-se dois grupos de células que

provavelmente constituem os primórdios genitais.

Sistema excretor formado por dois canais excretores que percorrem as margens

laterais do corpo. Estes partem da vesícula excretora, terminando próximo à ventosa

oral. Entre a faringe e a ventosa ventral os canais excretores são preenchidos por

inúmeras concreções circulares.

Vesícula excretora em forma de Y com paredes espessas, sugerindo ser do tipo

epitelial.

Cauda longa e afilada na extremidade posterior, contendo inúmeras células em toda

sua extensão.

68

0,10 mm

Figura 10: Equinóstoma SM1.

Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Conc: concreções, Es: esôfago, Esp: espinhos,

Fa: faringe, Pfa: pré-faringe, Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora,

Vo: ventosa oral, Vv: ventosa ventral.

Vo

Esp

Pfa

Cex

Fa

Conc

Pg

Ce

Vex

Vv

Es

Ca

69

4.9.2.2- Xifidiocercária SM2

Larva emergente durante a noite de B. glabrata provenientes da localidade de

Cana do Reino 1 e do subdistrito de Pedras.

O índice cercárico específico foi de 0,18%.

Molusco hospedeiro: B. glabrata

Localidades: Cana do Reino 1 (S 20o 14’ 2.6’’/ W 043o 25’ 32.3’’)

Pedras (S 20o 17’ 6.1’’/ W 043o 11’ 12.1’’)

Medidas em micrômetros:

� Corpo: 167,2 (149,0 – 186,2) de comprimento por 88,2 (73,2 – 101,1) de largura

� Cauda: 86,1 (77,2 – 102,3) de comprimento por 27,7 (20,0 – 37,3) de largura

� Ventosa Oral: 41,8 (39,9 – 46,6) de comprimento por 42,7 (39,9 – 46,6) de largura

� Ventosa Ventral: 27,3 (26,6 – 30,6) de comprimento por 26,9(26,6 – 29,3) de

largura

� Estilete: 17,6 (16,0 – 20,0) de comprimento

� Relação corpo/ cauda: 1,9: 1

Características:

Caracterizada como sendo do grupo das xifidiocercárias, cercária virgulata,

produzida por espécies da família Lecithodendriidae (parasitos intestinais de pássaros e

anfíbios) (figura 11).

Apresenta o corpo bem mais longo que largo, com um estilete ou lanceta na

região da ventosa oral, que a caracteriza como xifidiocercária.

Ventosa oral maior que a ventosa ventral. Na região posterior da ventosa oral foi

observada uma estrutura que lembra o órgão vírgula, reservatório para as secreções das

células glandulares mucóides, característico de algumas xifidiocercárias.

Faringe não foi observada.

Esôfago curto.

Cecos ultrapassando a ventosa ventral, que está situada abaixo da região

mediana do corpo.

Glândulas de penetração em forma de cacho, situadas lateralmente à ventosa oral

70

e relativamente bem desenvolvidas.

Sistema excretor com vesícula excretora em forma de Y, com a bifurcação

pouco abaixo do acetábulo.

Furcas excretoras largas que recebem os canais excretores com ramos anteriores

e posteriores. Estes percorrem os campos laterais da cercária, continuando-se finos e

sinuosos para as extremidades da larva.

Cauda muito curta e estreita, com constrições laterais. São observadas

numerosas células espalhadas em seu interior.

71

0,10 mm

Figura 11: Xifidiocercária SM2

Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Es: esôfago, Est: estilete, Gp: glândulas de

penetração, Ov: órgão vírgula, Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora,

Vo: ventosa oral, Vv: ventosa ventral.

Est

Vo

Gp

Ov

Es

Ce

Cex

Vv

Pg

Vex

Ca

72

4.9.2.3- Xifidiocercária SM3

Larva emergente durante a noite de P. marmorata proveniente do subdistrito da

Barroca.

O índice cercárico específico foi de 0,008%.

Molusco hospedeiro: P. marmorata

Localidade: Barroca (S 20o 26’ 25.8’’/ W 043o 14’ 16.5’’)

Medidas em micrômetros:

� Corpo: 185,0 (173,4 – 207,4) de comprimento por 136,0 (117,3 – 144,5) de largura

� Cauda: 366,2 (348,5 – 382,5) de comprimento por 33,0 (30,6 – 35,7) de largura

� Ventosa Oral: 50,0 (47,6 – 52,7) de comprimento por 47,9 (45,9 – 51,0) de largura

� Ventosa Ventral: 41,8 (39,1 – 44,2) de comprimento por 41,5 (37,4 – 44,2) de

largura

� Relação corpo/ cauda: 0,51: 1

Características:

Caracterizada como sendo do grupo das ornatas, produzidas por espécies das

famílias Macroderoididae (parasitos intestinais de peixes, anfíbios e répteis) e

Haplometridae (parasitos pulmonares de anfíbios) (figura 12).

Apresenta um espinho em forma de estilete, situado na extremidade anterior do

corpo, na região da ventosa oral, ultrapassando mais da metade desta.

Corpo curto, largo, com formato oval.

Ventosa oral esférica e subterminal.

Ventosa ventral um pouco menor que a ventosa oral, situada na região mediana do

corpo, sobreposta ao primórdio genital. Este é bastante evidente.

Pré-faringe ausente ou muito reduzida, seguida de faringe musculosa, piriforme.

Esôfago curto, que se bifurca anteriormente e junto à ventosa ventral.

Cecos relativamente longos, que ultrapassam a ventosa ventral, terminando

próximo à vesícula excretora.

Vesícula excretora em forma de Y com furcas excretoras largas, bifurcando-se

abaixo da ventosa ventral.

73

As furcas excretoras recebem os canais excretores que percorrem lateralmente o

corpo da cercária até sua extremidade anterior, próximo à ventosa oral.

Cauda afilada e mais longa que o corpo, apresentando uma expansão lateral (aleta

caudal) fina e delgada na sua região posterior.

74

0,10 mm

Figura 12: Xifidiocercária SM3.

Alc: aleta caudal, Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Es: esôfago, Est: estilete,

Fa: faringe, Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora, Vo: ventosa oral,

Vv: ventosa ventral.

Vo

Cex

Ce

Pg

Vex

Fa Vv

Es

Est

Ca Alc

75

4.9.2.5- Gimnocéfala SM4

Larva emergente durante a noite de B. glabrata proveniente do distrito de

Bandeirantes.

O índice cercárico específico foi de 0,02%.

Molusco hospedeiro: B. glabrata

Localidade: Bandeirantes (S 20o 21’ 19.3’’/ W 043o 22’ 04.7’’)

Medidas em micrômetros:

� Corpo: 180,7 (170,0 – 195,5) de comprimento por 92,5 (73,1 – 100,3) de largura

� Cauda: 371,8 (345,1 – 394,4) de comprimento por 37,4 (28,9 – 44,2) de largura

� Ventosa Oral: 39,3 (34,0 – 42,5) de comprimento por 35,5 (34,0 – 37,4) de largura

� Ventosa Ventral: 50,3 (42,5 – 52,7) de comprimento por 49,5 (42,5 – 52,7) de

largura

� Relação corpo/ cauda: 0,49: 1

Características:

Caracterizada como sendo do grupo das cercárias gimnocéfalas, produzidas por

espécies da família Fasciolidae (parasitos do intestino e fígado de mamíferos

herbívoros) (figura 13).

Corpo ovalado, de aspecto achatado.

Ventosa oral subterminal, menor que a ventosa ventral.

Pré-faringe curta, seguida de faringe musculosa e alongada.

Esôfago relativamente longo, bifurcando-se na região mediana do corpo,

anteriormente e próximo à ventosa ventral.

Cecos longos, ultrapassando a ventosa ventral e terminando próximo à extremidade

do corpo da cercária.

Ventosa ventral maior que a ventosa oral, situada logo após a linha equatorial do

corpo.

Primórdio genital bem desenvolvido, situado abaixo e atrás da ventosa ventral.

Vesícula excretora desenvolvida, com os canais excretores percorrendo os campos

laterais do corpo, alcançando a ventosa oral.

76

Nas áreas laterais, situadas entre a ventosa ventral e a faringe, são observados dois

grupos de concreções esféricas, um de cada lado. Estes parecem estar acumulados

dentro de alargamentos dos canais excretores laterais.

Cauda longa e envolvida por uma fina cutícula transparente. Em toda a sua

extensão são observadas numerosas células.

77

0,10 mm Figura 13: Gimnocéfala SM4.

Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Conc: concreções, Es: esôfago, Fa: faringe,

Pfa: pré-faringe, Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora, Vo: ventosa oral,

Vv: ventosa ventral.

Vo

Pfa

Fa

Conc

Cex

Pg Vv

Ce

Vex

Es

Ca

78

4.9.2.5- Gimnocéfala SM5

Larva emergente durante a noite de B. glabrata proveniente do distrito de Santa

Rita Durão.

O índice cercárico específico foi de 0,02%.

Molusco hospedeiro: B. glabrata

Localidade: Santa Rita Durão (S 20o 10’ 42,9/ W 043o 24’ 47.7’’)

Medidas em micrômetros:

� Corpo: 213,2 (202,3 – 226,1) de comprimento por 110,2 (102,0 – 115,6) de largura

� Cauda: 413,8 (404,6 – 425,0) de comprimento por 34,0 (27,2 – 42,5) de largura

� Ventosa Oral: 37,7 (34,0 – 40,8) de comprimento por 35,4 (34,0 – 37,4) de largura

� Ventosa Ventral: 50,0 (45,9 – 51,0) de comprimento por 50,3 (47,6 – 52,7) de

largura

� Relação corpo/ cauda: 0,51: 1

Características:

Caracterizada como sendo do grupo das cercárias gimnocéfalas, produzidas por

espécies da família Fasciolidae (parasitos do intestino e fígado de mamíferos

herbívoros) (figura 14).

Corpo alongado, de forma relativamente elíptica.

Pré-faringe não observada.

Faringe musculosa e alongada.

Esôfago longo, bifurcando-se na região mediana do corpo, anterior à ventosa

ventral.

Cecos longos, ultrapassam a ventosa ventral e alcançam as laterais da vesícula

excretora, terminando em fundo cego.

Ventosa ventral maior que a ventosa oral, situada na região subequatorial do corpo.

Primórdio genital desenvolvido, situado abaixo e atrás da ventosa ventral.

Vesícula excretora bem desenvolvida, com os canais excretores percorrendo os

campos laterais do corpo, os quais terminam próximo à ventosa oral.

79

São observados dois grupos de concreções esféricas situados, um de cada lado, nas

áreas laterais do corpo, entre a faringe e a vesícula excretora. Estes grupos parecem

estar acumulados dentro de alargamentos dos canais excretores laterais.

Cauda longa, com a extremidade afilada, envolvida por uma fina cutícula

transparente. Em toda a sua extensão, lateralmente, são observadas numerosas células.

80

0,10 mm

Figura 14: Gimnocéfala SM5.

Ca: cauda, Ce: ceco, Cex: canal excretor, Conc: concreções, Es: esôfago, Fa: faringe,

Pg: primórdio genital, Vex: vesícula excretora, Vo: ventosa oral, Vv: ventosa ventral.

Vo

Cex

Conc

Fa

Es

Ce

Vv

Vex

Pg

Ca

81

4.10- Confecção da carta planorbídica

Os 147 pontos de coleta trabalhados, devidamente registrados com a utilização

de um receptor do sistema GPS, estão representados nas tabelas 25 a 34 (anexo B).

Na figura 15 encontra-se representada a carta planorbídica para o município de

Mariana e na figura 16 estão representados os locais com presença de planorbídeos

positivos para S. mansoni.

82

Figura 15: Carta planorbídica para o município de Mariana (arquivo anexo em autocad).

83

Figura 16: Mapa de locais positivos para S. mansoni no município de Mariana (arquivo

anexo em autocad).

84

4.11- Coleta de heterópteros aquáticos

Foram verificados 35 gêneros e 64 espécies, distribuídas em 13 famílias, sendo

que na infra-ordem Gerromorpha, constituída por insetos semi-aquáticos, as famílias

Gerridae e Veliidae apresentaram o maior número de espécies encontradas, 14 (73,68%)

de um total de 19.

A infra-ordem Nepomorpha, cujos representantes são os insetos verdadeiramente

aquáticos, apresentou o maior número de espécies, 45 (70,31%), das 64 encontradas.

Dentro dos Nepomorpha, a família Naucoridae apresentou o maior número de espécies,

12, representando 26,67% do total encontrado nesta infra-ordem.

Para alguns gêneros encontram-se novos registros de espécies para a região,

aumentando-se assim a área de distribuição conhecida. A lista destes insetos encontra-se

na tabela 11.

85

Tabela 11. Espécies de heterópteros aquáticos e semi-aquáticos encontrados no

município de Mariana, entre abril de 2003 e fevereiro de 2004.

Nível Taxonômico Infra-ordem/ Família/ Espécie

GERROMORPHA NEPOMORPHA

Gerridae Brachymetra furva Cylindrosthetus palmaris Halobatopsis platensis Limnogonus profugus Limnogonus aduncus Rheumatobates crassifemur Hebridae Lipogomphus laccuniferus Veliidae Microvelia pulchella Rhagovelia hambletoni Rhagovelia pachymeri Rhagovelia sbolos Rhagovelia tenuipes Rhagovelia whitei Paravelia sp. Platyvelia brachialis Mesoveliidae Mesovelia amoena Mesovelia mulsanti Mesoveloidea williamsi Hydrometridae Hydrometra argentina

Ochteridae Ochterus perbosci Gelastocoridae Gelastocoris flavus Montandonius angulatus Nertra cf. raptoria Belostomatidae Belostoma anurum Belostoma candidulum Belostoma cummingsi Belostoma elongatum Belostoma micantulum Belostoma oxyurum Belostoma plebejum Belostoma testaceopallidum Lethocerus annulipes Nepidae Curicta brasiliensis Curicta cf. lenti Curicta granulosa Curicta longimanus Curicta volxemi Ranatra brevicauda Ranatra chagasi Ranatra lanei Ranatra montei

Notonectidae Buenoa cf. koina Buenoa paranaensis Enithares braziliensis Martarega uruguayensis Notonecta polystolisma Notonecta sp. (imaturos) Corixidae Heterocorixa nigra Tenagobia incerta Tenagobia schadei Trichocorixa sp. (imaturos) Naucoridae Ambrysus cf. attenuatus Ambrysus teutonius Cryphocricos vianai Ctenipocoris spinipes Limnocoris lanemeloi Limnocoris maculiceps Limnocoris pusillus Limnocoris submontandoni Pelocoris bipunctulus Pelocoris magister Pelocoris subflavus Placomerus micans Pleidae Neoplea cf. argentina

86

5- Discussão

87

Na dinâmica de transmissão da doença o ambiente tem papel preponderante.

Dentre os ambientes analisados em Mariana, os lóticos, aqueles representados por

coleções de água corrente, contribuíram com o maior número de locais trabalhados

(113), ao passo que os ambientes lênticos, aqueles representados por coleções de água

menos corrente, contribuíram com 34 locais trabalhados. Destacando-se entre os

ambientes lóticos, verificam-se os córregos, com 78 ocorrências no município.

A avaliação da diversidade de hábitats oferece oportunidade para analisar os

níveis de impactos antrópicos em trechos de bacias hidrográficas (Galdean et alii,

2000), constituindo-se em importante ferramenta em programas de monitoramento

ambiental (Callisto et alii, 2001). Dessa forma, a utilização do protocolo de avaliação,

em cada distrito de Mariana, permitiu analisar os locais de coleta com a determinação

de trechos em condições naturais, alterados ou impactados.

Pela pontuação obtida, verifica-se que o município, nos locais estudados, não

apresenta trechos em situação natural, somente alterados, como resultado de processos

de crescimento desordenado que ocorre também na maioria dos municípios do Brasil,

fato este de extrema relevância, visto que a presença de doenças está diretamente

relacionada ao processo de degradação ambiental e à participação humana.

Com relação às coletas, foram realizadas em duas estações distintas do ano,

abrangendo os períodos de seca e de chuva, tendo sido verificado que a presença de

moluscos em períodos de seca foi significativamente maior que em períodos de chuva,

visto que nas estações chuvosas os moluscos são prontamente carreados.

De hábitos relacionados a ambientes poluídos, o encontro de moluscos do

gênero Physa em maior proporção, é condizente com as características alteradas

verificadas no município de Mariana. Há de se ressaltar também o encontro de

exemplares de L. columella, D. anatinum, D. lucidum, M. tuberculatus, além de

P. marmorata, representando o primeiro relato para o município.

A família Lymnaeidae possui grande importância em medicina veterinária e

saúde pública por incluir os hospedeiros intermediários de Fasciola hepatica Linnaeus,

1758, trematódeo parasito do fígado de ruminantes, equinos, suínos e do homem. Três

espécies são descritas para o Brasil: L. columella Say, 1817, L. viatrix Orbigny, 1835 e

L. rupestris Paraense, 1982. Quanto à distribuição geográfica, L. columella encontra-se

amplamente distribuída no território brasileiro, L. rupestris é endêmica no estado de

88

Santa Catarina e L. viatrix ocorre nos estados do Rio Grande do Sul e Minas Gerais,

sendo registrada uma única vez no estado do Rio de Janeiro, em 1973, como L. cubensis

Pfeiffer, 1839 (Amarante et alii, 2005).

Com especial importância, os tiarídeos (M. tuberculatus), têm se dispersado

muito e o seu potencial reprodutivo tem facilitado o rápido desenvolvimento de

populações (Thiengo et alii, 2002; Callil, 2005). De origem asiática, são encontrados

em muitos países tropicais e subtropicais (Vaz et alii 1986; Freitas et alii, 1987; Madsen

& Frandsen, 1989; Silva, 1992; Thiengo et alii, 1998, 2001; Carneiro et alii 2004), e

cuja capacidade para colonizar vários tipos de hábitats, limita ou exclui certas espécies

de pulmonados, particularmente aqueles relacionados à esquistossomose (Pointier &

McCullough, 1989; Guimarães, 2001; Giovanelli, 2003, 2005; Gouveia, 2005).

Em Minas Gerais, o principal vetor da esquistossomose é a B. glabrata, única

espécie encontrada em Mariana.

Todos os exemplares desse molusco capturados no município foram

mensurados, tendo sido verificado que os menores planorbídeos, cujos diâmetros de

concha variavam de 1 a 6 mm, foram encontrados em maior quantidade na estação de

seca, o que demonstra que o encontro desses planorbídeos, neste período, está

relacionado a um menor carreamento dos mesmos.

A análise individual dos moluscos, antes e após fotoestimulação, permitiu

avaliar a positividade dos mesmos para diversas larvas de trematódeos, tendo sido

encontradas cercárias de S. mansoni, xifidiocercária, estrigeocercária, cercária ocelífera,

cercária gimnocéfala e cercária equinóstoma.

O encontro de B. glabrata infectados em seis dos dez distritos de Mariana

(Cachoeira do Brumado, Cláudio Manuel, Furquim, Monsenhor Horta, Santa Rita

Durão e Mariana), demonstra a presença do parasito em grande parte do município,

fator este de extrema importância na disseminação da esquistossomose.

Associando os locais positivos com o protocolo de avaliação rápida da

diversidade de hábitats, observa-se que a presença de moluscos infectados com

S. mansoni está diretamente relacionada a trechos impactados e a trechos alterados pela

atividade humana.

Dentre os ambientes analisados, verifica-se que a maior prevalência de moluscos

infectados encontra-se nos ambientes lóticos, evidenciando a dispersão desses moluscos

89

e, por conseguinte, da doença no município.

No presente estudo também foram analisadas algumas variáveis geográficas do

município, relacionando-as às áreas positivas para S. mansoni. O maior número de

localidades com presença de moluscos positivos apresentava como cobertura vegetal um

predomínio de campos e pastagens. Embora o município de Mariana não possua um

perfil agropecuário bem desenvolvido, a unidade campos e pastagens é a que tem maior

distribuição em área, sendo representada indistintamente pelas regiões desprovidas de

vegetação arbórea e por regiões desmatadas pela atividade humana (Baltazar & Raposo,

1993).

Analisando as unidades morfológicas territoriais (relevo), observa-se que os

locais positivos foram aqueles cujas presenças mais destacadas são as do relevo suave

ondulado e do relevo de planícies aluviais.

A unidade relevo suave ondulado tem a maior distribuição em área no território

de Mariana, na qual predominam declives inferiores a 35%, com vertentes mais suaves.

As planícies aluviais são as zonas de materiais provenientes dos relevos maiores,

representadas pelos fundos dos vales mais abertos. Possuem altitudes inferiores a

600 m (PDUAM, 2003), fator este concordante com a análise hipsométrica realizada no

município, na qual o maior número de localidades positivas para S. mansoni,

encontrava-se entre 500 e 600 m. Embora só representem 3,5% da área total do

município, as planícies aluviais são importantes por condicionarem o desenvolvimento

de muitos povoados, seja pela concentração de ouro de aluvião, seja pelo relevo mais

plano ou pela fertilidade do solo (PDUAM, 2003). Em ambas as unidades, verificam-se

as melhores condições para o desenvolvimento urbano, e por conseqüência, há maior

atuação humana.

Associando-se a presença de moluscos e de moluscos positivos com as bacias

hidrográficas do município, verifica-se uma ampla dispersão destes, estando os mesmos

presentes em três das quatro principais bacias. Vale ressaltar, que estas bacias são

importantes, pois além de drenarem o território marianense, estão presentes em cidades

circunvizinhas.

Em Mariana, como também em todos os outros municípios brasileiros com

população superior a 20.000 habitantes, de acordo com as novas leis de política de

administração pública, estabeleceu-se a criação do plano diretor municipal, que é um

90

conjunto de normas e medidas, visando elaboração de planos de ação específicos para a

melhoria das condições de vida da população (PDUAM, 2003).

Dentro desse contexto, a carta planorbídica para o município surgiu como

necessidade de se documentar locais com potencial risco de transmissão da

esquistossomose. Como verificado, dos 86 locais com presença de planorbídeos no

município, 13 estavam infectados por S. mansoni.

Aliado a isso torna-se importante o estudo sobre suscetibilidade de moluscos do

gênero Biomphalaria ao S. mansoni possibilitando desta forma avaliar o potencial de

uma determinada área para se tornar endêmica, bem como analisar possíveis

mecanismos relacionados à capacidade destes moluscos de se infectarem ou não com

cepas do parasito provenientes de diferentes regiões do Brasil. Considerando as

implicações epidemiológicas relativas aos resultados obtidos, como a taxa de infecção

em laboratório de 66% de moluscos B. glabrata provenientes de Mariana à cepa LE de

S. mansoni de Belo Horizonte, é importante salientar a necessidade da utilização de

medidas de controle dos hospedeiros intermediários porventura encontrados no

município, campanhas educativas à população local e aos turistas, principalmente

àqueles provenientes da cidade de Belo Horizonte, facilitadas com o conhecimento das

áreas de risco para a transmissão da doença no município.

Lie et alii (1976), Combes (1982), Loker et alii (1986) e Jourdane et alii (1990)

comentam sobre a importância da relação entre a infecção de planorbídeos por larvas de

S. mansoni e por outras larvas de trematódeos, as quais poderiam ser antagonistas do

S. mansoni na natureza. Entretanto, somente estudos em laboratório, mais elaborados,

poderão evidenciar tais antagonismos.

No Brasil, as formas larvais de trematódeos foram inicialmente estudadas por

Pirajá da Silva que descreveu Cercaria blanchardi, forma larvar do S. mansoni Sambon,

1907 (Pirajá da Silva, 1912).

O pioneiro nos estudos de outras formas larvais foi Lutz (1919) que descreveu

Cercaria ocellifera, proveniente de B. tenagophila, além de fornecer a primeira chave

de classificação de cercárias para o Brasil (1922).

Posteriormente, Ruiz, contribui intensamente para o estudo das formas larvais

propondo uma nova chave de classificação morfológica e uma metodologia para o

estudo de cercárias (1952 a) e, apesar de relatar o parasitismo por larvas de S. mansoni

91

em Mariana (1952 d), o mesmo não verificou outras larvas de trematódeos, aqui

caracterizadas no presente estudo, divididas em dois grupos: cercárias de cauda

bifurcada e cercárias de cauda simples.

Entre as cercárias de cauda bifurcada, encontram-se as de S. mansoni BM1, a

estrigeocercária BM2 e a ocelífera BM3.

A estrigeocercária BM2 é produzida por espécies das famílias Strigeidae e

Diplostomatidae (parasitos intestinais de pássaros e mamíferos). Apesar de estruturas

desta cercária serem parecidas a outras descritas na literatura, como tamanho e aspecto

da cauda semelhantes à cercária amplicoecata descrita por Ruiz em 1953 e à cercária B5

descrita por Silva em 1992, ela não se enquadra a nenhuma espécie descrita até o

presente momento, em virtude da largura do seu corpo ser muito desproporcional à

largura da cauda.

A cercária ocelífera BM3 aqui caracterizada é de acordo com Schell (1970) e

Frandsen & Christensen (1984) brevifurcada, afaringeada e distoma cercária. Produzida

por trematódeos das famílias Schistosomatidae e Spirorchiidae (parasitos de vasos

sanguíneos de répteis, pássaros e mamíferos), sua principal característica são os ocelos

presentes na região mediana do corpo.

Lutz (1934) e posteriormente Ruiz (1953) descreveram uma cercária ocelífera

como sendo a forma larvar de Clinostomum heluans Braum, 1889. As dimensões da

cercária BM3 aqui caracterizada se assemelham bastante àquelas descritas por estes

autores, não se enquadrando contudo a nenhuma espécie descrita até o momento.

Entre as cercárias de cauda simples, encontram-se a equinóstoma SM1, a

xifidiocercária SM2, a xifidiocercária SM3, a gimnocéfala SM4 e a gimnocéfala SM5.

A cercária equinóstoma SM1 é produzida por trematódeos da família

Echinostomatidae (parasitos intestinais de pássaros, répteis e mamíferos), cuja principal

característica é a presença de um colar cefálico com espinhos que contornam toda parte

dorsal do corpo. Outras características tais como o tamanho do corpo, da cauda e

ventosa a aproxima-se muito da cercária macrogranulosa descrita por Ruiz (1952 c), da

cercária equinóstoma 2 descrita por Veitenheimer-Mendes (1982) e da cercária

equinóstoma S2 descrita por Boaventura et alii (2002). Ruiz (1952 c) descreve a

cercária macrogranulosa emergente de B. glabrata de Minas Gerais, Veintenheimer-

Mendes de Biomphalaria peregrina do Rio Grande do Sul e Boaventura et alii de

92

P. marmorata do Rio de Janeiro. Entretanto, a cercária aqui descrita não apresenta o

grupo de corpos refringentes relatados por Ruiz (1952 c).

As xifidiocercárias são caracterizadas pela presença de um espinho (estilete) na

região da ventosa oral.

A xifidiocercária SM2 é produzida por espécies da família Lecithodendriidae

(parasitos intestinais de pássaros e anfíbios), cuja principal característica é a presença de

uma discreta estrutura, de difícil visualização, que lembra o órgão vírgula, situada na

porção posterior da ventosa oral.

Ruiz (1952 c) descreve uma xifidiocercária emergente de B. glabrata coletada

em Jaboticatubas e em Belo Horizonte, Minas Gerais, denominando-a Cercaria

minense, cujas medidas são maiores que as da cercária SM2 aqui caracterizada. O

mesmo acontece com a Cercaria lutzi e a Cercaria santense descritas por Ruiz

(1952 b), cujas medidas são diferentes da cercária aqui descrita.

A xifidiocercária SM3 é produzida por espécies das famílias Macroderoididae

(parasitos intestinais de peixes, anfíbios e répteis) e Haplometridae (parasitos

pulmonares de anfíbios). Devido a presença da aleta caudal foi colocada no grupo das

cercárias ornata, de acordo com Schell (1970), Ostrowski de Nuñez (1974) e Frandsen

& Christensen (1984). Diferencia-se da xifidiocercária 1 descrita por Veintenheimer-

Mendes (1982) pelo maior comprimento da cauda e por não apresentar os longos pêlos

sensitivos característicos da xifidiocercária 1. As características principais que a

diferencia das xifidiocercárias SM2 são o comprimento da cauda, a presença da aleta

caudal, além da ausência do órgão vírgula.

As cercárias gimnocéfalas são produzidas por espécies da família Fasciolidae

(parasitos do intestino e fígado de mamíferos herbívoros).

Porter (1938) descreveu diversas cercárias gimnocéfalas emergentes de várias

espécies de moluscos. As cercárias gimnocéfalas SM4 e SM5, aqui caracterizadas,

diferenciam destas com relação às medidas do corpo, cauda e ventosas. Diferem

também da cercária de Fasciola hepatica devido ao hospedeiro invertebrado e aos

comprimentos do corpo e cauda. As duas espécies, entre si, diferenciam-se através da

localização da faringe e pela disposição das concreções circulares.

A gimnocéfala SM5 apresenta a faringe próxima à ventosa oral, sem pré-faringe,

e as concreções circulares dispostas por quase toda a lateral do corpo, ao passo que a

93

gimnocéfala SM4 apresenta a faringe mais afastada da ventosa oral, pré-faringe

presente, e as concreções circulares próximas, situadas na região mediana do corpo.

O estudo de caracterização das larvas é minucioso, necessitando que estudos

posteriores sejam realizados com o intuito de elucidar questões ainda não totalmente

esclarecidas com relação aos aspectos morfológicos, epidemiológicos, parasitológicos e

ecológicos. Somente tais estudos poderão permitir a completa identificação destas

larvas de trematódeos.

Por outro lado, as evidências observadas indicam que fatores bióticos e abióticos

influenciam a distribuição da população de insetos aquáticos, especificamente os

heterópteros, no referido município.

Da fauna encontrada, a família Naucoridae é a mais bem adaptada à vida em

águas correntes (Nieser & Melo, 1997). Esta se encontra representada na maioria dos

ambientes lênticos e lóticos amostrados, além de ter sido a família com maior número

de representantes entre os Nepomorpha. Limnocoris maculiceps foi a espécie mais

encontrada (em 130 dos 147 ambientes amostrados). Não foi possível correlacionar o

grau de antropização com a distribuição desta espécie. No entanto, parece confirmar que

é uma espécie bastante tolerante aos níveis de degradação ambiental por ter sido

encontrada tanto em ambientes com pouco impacto humano até os mais poluídos. Por

outro lado, L. lanemeloi, L. pusillus e L. submontandoni somente foram encontrados em

ambientes lóticos com pouca correnteza e sem impacto humano, da mesma forma que

Cryphocricos e Placomerus. Ainda, dentro da família, o encontro de Ambrysus

attenuatus, em locais lóticos com pouco impacto humano, vem confirmar os dados de

Montandon (1897) como localidade provável para a espécie, desfazendo-se assim a

suposição de De Carlo (1950) de que seria Villa Rica no Paraguay.

Entre os Belostomatidae, verificou-se o encontro de Belostoma anurum, B.

oxyurum e B. plebejum em locais altamente impactados enquanto B. testaceopallidum

somente em locais sem muita alteração causada pela atividade humana e com águas

ainda oligotróficas. Ressalta-se que o registro de Belostoma cummingsi para o

município de Mariana amplia a distribuição da espécie ao norte da América do Sul. Na

família Nepidae, poucos exemplares de Ranatra foram coletados sendo que R. chagasi

foi coletada exclusivamente em ambientes lóticos com alto grau de poluição, R. lanei

em ambientes lênticos e pouco degradados, enquanto R. montei somente em um

94

pequeno córrego de 2a. ordem sem impacto humano. O encontro de exemplares de

Curicta volxemi associados a exemplares de C. longimanus em um dos ambientes

lênticos ainda bem preservados, permitiu o estudo de ambas e as diferenças encontradas

sugerem a validade de C. longimanus apesar de a mesma ter sido colocada em

sinonímia por Keffer (1996). De fato, os exemplares se encaixam respectivamente na

descrição original das espécies.

De interesse regional, vale registrar a ampliação da distribuição geográfica para

Lipogomphus lacuniferus sendo o segundo registro definitivo para Minas Gerais e

primeiro para Mariana.

Entre os Gerromopha, Gerridae foi a família encontrada em ambos os tipos de

ambientes amostrados (lênticos e lóticos). Algumas espécies (Cylindrosthetus palmaris,

Rheumatobates crassifemur) foram observadas à superfície de riachos com correnteza e

em locais sem presença de macrófitas enquanto outras (Brachymetra furva, Limnogonus

spp.) sempre associadas a macrófitas e com menor fluxo de água. Da mesma forma,

entre os Veliidae, Rhagovelia spp. associadas a maior correnteza enquanto Microvelia,

Mesovelia e Paravelia associadas a remansos e macrófitas, principalmente dos

ambientes lóticos.

Apesar de ter sido registrado um grande número de heterópteros aquáticos para a

região de Mariana, estudos mais aprofundados são necessários para uma completa

análise biogeográfica como também análises da associação com outros

macroinvertebrados ocorrentes na região, como os moluscos hospedeiros do

S. mansoni.

95

6- Conclusões

96

O presente estudo permite concluir:

• Ocorre Biomphalaria glabrata no município de Mariana

• Seis distritos do município de Mariana apresentam Biomphalaria glabrata positivos

para Schistosoma mansoni.

• Os moluscos Physa marmorata, Lymnaea columella, Melanoides tuberculatus,

Drepanotrema anatinum e Drepanotrema lucidum ocorrem no município de Mariana.

• Os descendentes de Biomphalaria glabrata encontrados no município de Mariana são

suscetíveis à cepa LE de Schistosoma mansoni.

• Os moluscos apresentam-se infectados por larvas de cauda simples e cauda bifurcada.

• Cercárias do tipo estrigeocercária, ocelífera, equinóstoma, xifidiocercária e

gimnocéfala são caracterizadas para o município de Mariana.

• Pelo menos 64 espécies de heterópteros aquáticos ocorrem no município de Mariana.

• Limnocoris maculiceps é a espécie que apresenta ampla distribuição no município de

Mariana.

97

7- Bibliografia

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THIENGO, S. C.; FERNANDEZ, M. A.; BOAVENTURA, M. F.; GRAULT, C. E.;

SILVA, H. F. R.; MATTOS, A. C.; SANTOS, S. B. Freshwater snails and

schistosomiasis mansoni in the state of Rio de Janeiro, Brazil: I- Metropolitan

Mesoregion. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 96,

(suplemento), p. 177-184, 2001.

THIENGO, S. C.; FERNANDEZ, M. A.; DE SIMONE, L. R. L. On the spread of

Melanoides tuberculatus (Muller, 1774) in Brazil. Tentacle, v. 10, p. 17, 2002.

VAZ, J. F.; TELES, H. M. S.; CORREA, M. A.; LEITE, S. P. S. Ocorrência no Brasil

de Thiara (Melanoides) tuberculata (Muller, 1774) (Gastropoda, Prosobranquia),

primeiro hospedeiro intermediário de Clonorchis sinensis (Cobbold, 1875) (Trematoda,

Plathyelmintes). Revista de Saúde Pública, v. 20, p. 318-322, 1986.

VEITENHEIMER-MENDES, I. L. Cercárias em Biomphalaria tenagophila (Orbigny,

1835) (Mollusca, Planorbidae) de Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia. Série

Zoologia, v. 60, p. 3-12, 1981.

VEITENHEIMER-MENDES, I. L. Cercárias em moluscos planorbídeos de Camaquã,

Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biologia, v. 42, p. 545-551, 1982.

VEITENHEIMER-MENDES, I. L.; ALMEIDA-CAON, J. E. M. Drepanotrema

kermatoides (D’Orbigny, 1835) (Mollusca, Planorbidae), hospedeiro de um

paranfistomídeo (Trematoda), no Rio Grande do Sul, Brasil. Memórias do Instituto

Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 84, p. 107-111, 1989.

VIANNA, G. J. C.; MELO, A. L. Distribution patterns of aquatic and semi aquatic

Heteroptera in Retiro das Pedras, Brumadinho, Minas Gerais, Brazil. Lundiana, v. 4.

p, 125-128, 2003.

WILSON. R. A.; DRASKAU. T.; MILLER. P.; LAWSON. R. J. Schistosoma mansoni:

The activity and development of the schistosomulum during migration from the skin to

116

the hepatic portal system. Parasitology, v. 77, p. 57-73, 1978.

117

Anexo A

118

Tabela 12: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de

Pedras.

Localização: Pedras Data da coleta: 24/6/2003 Hora da coleta: 13:30h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 592m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Antiga Caixa d’água S 20o 17’ 6.1’’ 23K 0689362 W 043o 11’ 12.1’’ UTM 7755929 pH da água: 6,0 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa

Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento

Residencial/ Comercial/ Industrial X

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial X

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente

Moderada X

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia

Cimento/ canalizado X

Total de pontos: 24

119

Figura 17: Subdistrito de Pedras. Reservatório (caixa d’água desativada) onde foram

encontrados Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

120

Tabela 13: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de

Paracatu de Baixo.

Localização: Paracatu de Baixo Data da coleta: 24/6/2003 Hora da coleta: 15:15h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 553m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego dentro do distrito S 20o 18’ 13.9’’ 23K 0684866 W 043o 13’ 46.3’’ UTM 7753891 pH da água: 6,0 Pontuação

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento

Residencial/ Comercial/ Industrial X

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial X

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente X

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia X

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 24

121

Figura 18: Subdistrito de Paracatu de Baixo. Córrego onde foram encontrados

Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

122

Tabela 14: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no distrito de Santa

Rita Durão.

Localização: Santa Rita Durão Data da coleta: 8/7/2003 Hora da coleta: 14:25h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 826m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) (Tanque de lavar roupa) S 20o 10’ 42.9’’ 23K 0665810 W 043o 24’ 47.7’’ UTM 7767954 pH da água: 7,0 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa

Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X

Residencial/ Comercial/ Industrial

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo)

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio). X

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial

Total

Ausente X

5- Odor da água

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente X

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho X

Lama/ areia

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 26

123

Figura 19: Distrito de Santa Rita Durão. Reservatório (tanque de lavar roupa) onde

foram encontrados Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

124

Tabela 15: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats na Lagoa Preta em

Mariana (sede do município).

Localização: Lagoa Preta Data da coleta: 3/6/2003 Hora da coleta: 14:15h Tempo (situação do dia): céu azul sem nuvens Altitude: 791m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( x ) Cachoeira ( ) Próximo ao Córrego do Canela S 20o 20’ 37.3’’ 23K 0662785 W 043o 26’ 26.0’’ UTM 7749716 pH da água: 6,0 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa

Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento

Residencial/ Comercial/ Industrial X

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio)

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial X

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente X

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia X

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 28

125

Figura 20: Mariana (sede do município). Lagoa onde foram encontrados Biomphalaria

glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

126

Tabela 16: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de

Águas Claras (Minério).

Localização: Águas Claras (Minério) Data da coleta: 23/6/2003 Hora da coleta: 14:05h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 562m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( x ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Ribeirão Águas Claras S 20o 15’ 8.2’’ 23K 0684508 W 043o 14’ 0.7’’ UTM 7759608 pH da água: 5,0 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X

Residencial/ Comercial/ Industrial

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo)

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio). X

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial

Total

Ausente X

5- Odor da água

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente X

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia X

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 24

127

Figura 21: Subdistrito de Águas Claras (Minério). Rio onde foram encontrados

Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

128

Tabela 17: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de

Águas Claras (Ponte).

Localização: Águas Claras (ponte dentro do distrito) Data da coleta: 23/6/2003 Hora da coleta: 15:00h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 560m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( x ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Ribeirão Águas Claras S 20o 15’ 12.2’’ 23K 0685862 W 043o 13’ 14.0’’ UTM 7759472 pH da água: 6,0 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X

Residencial/ Comercial/ Industrial

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial X

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente X

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente

Moderado X

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho X

Lama/ areia

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 26

129

Figura 22: Subdistrito de Águas Claras (Ponte). Rio onde foram encontrados

Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

130

Tabela 18: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no distrito de

Cláudio Manuel.

Localização: Cláudio Manuel (Cachoeira do Jaci) Data da coleta: 23/6/2003 Hora da coleta: 11:45h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 563m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( x ) Córrego do Trigo S 20o 12’ 50.3’’ 23K 0688569 W 043o 11’ 42.4’’ UTM 7763805 pH da água: 6,0 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa

Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X

Residencial/ Comercial/ Industrial

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo)

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio). X

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial X

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente X

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente X

Turva

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia X

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 30

131

Figura 23: Distrito de Cláudio Manuel. Cachoeira onde foram encontrados

Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

132

Tabela 19: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats na localidade de

Cana do Reino 1.

Localização: Cana do Reino 1 Data da coleta: 24/6/2003 Hora da coleta: 11:00h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 561m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego Cana do Reino S 20o 14’ 31.5’’ 23K 0687845 W 043o 12’ 6.2’’ UTM 7760700 pH da água: 5,5 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa

Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento X

Residencial/ Comercial/ Industrial

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial X

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente

Moderada X

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia X

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 28

133

Figura 24: Localidade de Cana do Reino 1. Córrego onde foram encontrados

Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

134

Tabela 20: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats na localidade de

Cana do Reino 2.

Localização: Cana do Reino 2 (Brejo) Data da coleta: 24/6/2003 Hora da coleta: 11:35h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 591m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Próximo ao córrego Cana do Reino S 20o 14’ 28.8’’ 23K 0687824 W 043o 12’ 6.9’’ UTM 7760785 pH da água: 6,0 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa

Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento

Residencial/ Comercial/ Industrial X

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente X

Moderada

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial

Total X

Ausente

5- Odor da água

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente X

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia X

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 28

135

Figura 25: Localidade de Cana do Reino 2. Brejo onde foram encontrados Biomphalaria

glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

136

Tabela 21: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats na localidade de

Cafundão.

Localização: Cafundão (córrego que deságua no Rio Brumado) Data da coleta: 10/6/2003 Hora da coleta: 10:15h Tempo (situação do dia): céu azul com nuvens Altitude: 601m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego Laranjeiras S 20o 24’ 21.6’’ 23K 0678923 W 043o 17’ 7.1’’ UTM 7742649 pH da água: 6,0 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa

Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento

Residencial/ Comercial/ Industrial X

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada

Acentuada X

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial

Total

Ausente X

5- Odor da água

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente X

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente X

Turva

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum X

Esgoto (ovo podre)

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia X

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 24

137

Figura 26: Localidade de Cafundão. Córrego onde foram encontrados Biomphalaria

glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

138

Tabela 22: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no distrito de

Cachoeira do Brumado.

Localização: Cachoeira do Brumado (canal dentro do distrito) Data da coleta: 21/7/2003 Hora da coleta: 12:15h Tempo (situação do dia): céu azul Altitude: 674m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego que deságua no Ribeirão do Carmo S 20o 24’ 03.3’’ 23K 0680581 W 043o 16’ 10.1’’ UTM 7743194 pH da água: 5,5 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento

Residencial/ Comercial/ Industrial X

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial X

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente

Moderada X

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente

Moderado X

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia X

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 20

139

Figura 27: Distrito de Cachoeira do Brumado. Córrego onde foram encontrados

Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

140

Tabela 23: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no subdistrito de

Bento Rodrigues.

Localização: Bento Rodrigues (chegada) Data da coleta: 04/8/2003 Hora da coleta: 12:25h Tempo (situação do dia): céu azul com nuvens Altitude: 692m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Córrego do Fraga S 20o 14’ 18.7’’ 23K 0665089 W 043o 25’ 10.4’’ UTM 7761327 pH da água: 6,0 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento

Residencial/ Comercial/ Industrial X

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial X

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente X

Moderada

Abundante

7- Transparência da água

Transparente X

Turva

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente X

Moderado

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho X

Lama/ areia

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 28

141

Figura 28: Subdistrito de Bento Rodrigues. Córrego onde foram encontrados

Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

142

Tabela 24: Protocolo de avaliação rápida da diversidade de hábitats no distrito de

Monsenhor Horta.

Localização: Monsenhor Horta (agência dos correios) Data da coleta: 15/9/2003 Hora da coleta: 10:20h Tempo (situação do dia): céu nublado Altitude: 643m Modo de coleta (coletor): puçá Tipo de Ambiente: Córrego ( x ) Rio ( ) Lago ( ) Lagoa ( ) Cachoeira ( ) Braço do córrego da Ressaca S 20o 20’ 43.2’’ 23K 0678380 W 043o 17’ 28.2’’ UTM 7749371 pH da água: 5,5 Parâmetros

Pontuação

4 pontos 2 pontos 0 ponto 1- Tipo de ocupação das margens do corpo d’água (principal atividade)

Vegetação nativa Campo de pastagem/ Agricultura/ Monocultura/ Reflorestamento

Residencial/ Comercial/ Industrial X

2- Erosão próxima e/ ou nas margens do rio e assoreamento em seu leito

Ausente

Moderada X

Acentuada

3- Alterações antrópicas

Ausentes

Alterações de origem doméstica (esgoto, lixo) X

Alterações de origem industrial/ urbana (fábricas, siderurgias, canalização, retilização do curso do rio).

4- Cobertura vegetal no leito

Parcial X

Total

Ausente

5- Odor da água

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

6- Oleosidade da água

Ausente

Moderada X

Abundante

7- Transparência da água

Transparente

Turva X

Opaca ou colorida

8- Odor do sedimento (fundo)

Nenhum

Esgoto (ovo podre) X

Óleo/ Industrial

9- Oleosidade do fundo

Ausente

Moderado X

Abundante

10- Tipo de fundo

Pedras/ cascalho

Lama/ areia X

Cimento/ canalizado

Total de pontos: 20

143

Figura 29: Distrito de Monsenhor Horta. Córrego onde foram encontrados

Biomphalaria glabrata positivos para Schistosoma mansoni.

144

Anexo B

145

Tabela 25: Pontos de coleta no distrito de Bandeirantes. Coordenadas geodésicas e

plano altimétricas.

Bandeirantes

Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1 S 20o 22’ 02.8’’ W 043o 22’ 30.8’’

23K 0669580 UTM 7747012

2

S 20o 21’ 06.6’’ W 043o 21’ 12.3’’

23K 0671874 UTM 7748717

3

S 20o 21’ 07.5’’ W 043o 21’ 13.6’’

23K 0671836 UTM 7748690

4

S 20o 21’ 06.6’’ W 043o 21’ 50.8’’

23K 0670757 UTM 7748728

5

S 20o 21’ 15.9’’ W 043o 21’ 49.7’’

23K 0670786 UTM 7748442

6

S 20o 21’ 09.0’’ W 043o 21’ 56.1’’

23K 0670603 UTM 7748656

7

S 20o 21’ 19.3’’ W 043o 22’ 04.7’’

23K 0670350 UTM 7748342

8

S 20o 21’ 26.3’’ W 043o 22’ 8.7’’

23K 0670231 UTM 7748129

9

S 20o 21’ 28.5’’ W 043o 22’ 12.1’’

23K 0670134 UTM 7748060

10

S 20o 21’ 29.6’’ W 043o 24’ 23.4’’

23K 0666324 UTM 7748063

146

Tabela 26: Pontos de coleta no distrito de Cachoeira do Brumado. Coordenadas

geodésicas e plano altimétricas.

Cachoeira do Brumado Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1 S 20o 25’ 27.3’’ W 043o 16’ 56.9’’

23K 0679195 UTM 7740622

2

S 20o 24’ 21.6’’ W 043o 17’ 7.1’’

23K 0678923 UTM 7742649

3

S 20o 24’ 24.8’’ W 043o 16’ 50.9’’

23K 0679390 UTM 7742543

4

S 20o 24’ 24.8’’ W 043o 16’ 50.9’’

23K 0679390 UTM 7742543

5

S 20o 24’ 18.9’’ W 043o 16’ 39.1’’

23K 0679734 UTM 7742721

6

S 20o 24’ 20.6’’ W 043o 16’ 34.7’’

23K 0679862 UTM 7742669

7

S 20o 24’ 24.9’’ W 043o 16’ 31.1’’

23K 0679964 UTM 7742536

8

S 20o 24’ 7.2’’ W 043o 16’ 39.3’’

23K 0679732 UTM 7743082

9

S 20o 23’ 39.9’’ W 043o 16’ 14.7’’

23K 0680453 UTM 7743912

10

S 20o 26’ 25.8’’ W 043o 14’ 16.5’’

23K 0683827 UTM 7738776

11

S 20o 26’ 6.4’’ W 043o 14’ 26.8’’

23K 0683534 UTM 7739376

12

S 20o 26’ 6.6’’ W 043o 14’ 27.3’’

23K 0683521 UTM 7739369

13

S 20o 22’ 57.3’’ W 043o 14’ 40.0’’

23K 0683213 UTM 7745194

14

S 20o 25’ 49.9’’ W 043o 12’ 1.2’’

23K 0687761 UTM 7739835

15

S 20o 24’ 17.6’’ W 043o 16’ 34.5’’

23K 0679869 UTM 7742761

16

S 20o 24’ 0.7’’ W 043o 16’ 32.0’’

23K 0679946 UTM 7743279

17

S 20o 24’ 03.3’’ W 043o 16’ 10.1’’

23K 0680581 UTM 7743194

18

S 20o 24’ 30.4’’ W 043o 18’ 7.1’’

23K 0677180 UTM 7742396

19

S 20o 25’ 2.9’’ W 043o 17’ 35.08’’

23K 0678098 UTM 7741385

20

S 20o 23’ 16.9’’ W 043o 15’ 42.9’’

23K 0681385 UTM 7744610

21

S 20o 23’ 15.7’’ W 043o 15’ 50.4’’

23K 0681167 UTM 7744651

22 S 20o 24’ 9.1’’ W 043o 16’ 39.4’’

23K 0679730 UTM 7743024

147

Tabela 27: Pontos de coleta no distrito de Camargos. Coordenadas geodésicas e plano

altimétricas.

Camargos Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1 S 20o 17’ 55.7’’ W 043o 19’ 19.6’’

23K 0675201 UTM 7754553

2

S 20o 15’ 55.5’’ W 043o 17’ 50.2’’

23K 0677833 UTM 7758223

3

S 20o 15’ 18.2’’ W 043o 21’ 25.2’’

23K 0671606 UTM 7759434

4

S 20o 15’ 27.0’’ W 043o 21’ 37.0’’

23K 0671260 UTM 7759167

5

S 20o 16’ 10.9’’ W 043o 24’ 15.6’’

23K 0666646 UTM 7757859

6

S 20o 15’ 59.4’’ W 043o 24’ 22.2’’

23K 0666458 UTM 7758218

7

S 20o 15’ 29.8’’ W 043o 22’ 33.2’’

23K 0669630 UTM 7759097

8

S 20o 15’ 29.1’’ W 043o 21’ 34.1’’

23K 0671345 UTM 7759102

9

S 20o 15’ 22.5’’ W 043o 21’ 26.2’’

23K 0671576 UTM 7759302

10

S 20o 16’ 25.5’’ W 043o 23’ 59.9’’

23K 0667097 UTM 7757409

148

Tabela 28: Pontos de coleta no distrito de Cláudio Manuel. Coordenadas geodésicas e

plano altimétricas.

Cláudio Manuel Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1 S 20o 15’ 24.4’’ W 043o 10’ 19.3’’

23K 0690929 UTM 7759041

2

S 20o 16’ 4.47’’ W 043o 10’ 14.9’’

23K 0691042 UTM 7757807

3

S 20o 16’ 1.7’’ W 043o 11’ 53.2’’

23K 0688190 UTM 7757923

4

S 20o 12’ 50.3’’ W 043o 11’ 42.4’’

23K 0688569 UTM 7763805

5

S 20o 12’ 34.7’’ W 043o 11’ 54.7’’

23K 0688217 UTM 7764290

6

S 20o 15’ 8.2’’ W 043o 14’ 0.7’’

23K 0684508 UTM 7759608

7

S 20o 15’ 12.2’’ W 043o 13’ 14.0’’

23K 0685862 UTM 7759472

8

S 20o 12’ 42.1’’ W 043o 15’ 3.5’’

23K 0682734 UTM 7764120

9

S 20o 13’ 0.4’’ W 043o 14’ 54.5’’

23K 0682988 UTM 7763553

10

S 20o 14’ 31.5’’ W 043o 12’ 6.2’’

23K 0687845 UTM 7760700

11

S 20o 14’ 28.8’’ W 043o 12’ 6.9’’

23K 0687824 UTM 7760785

12

S 20o 12’ 11.5’’ W 043o 12’ 17.4’’

23K 0687566 UTM 7765010

13

S 20o 15’ 51.5’’ W 043o 12’ 01.3’’

23K 0687960 UTM 7758240

149

Tabela 29: Pontos de coleta no distrito de Furquim. Coordenadas geodésicas e plano

altimétricas.

Furquim Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1

S 20o 26’ 33.2’’ W 043o 8’ 35.2’’

23K 0693717 UTM 7738439

2

S 20o 26’ 18.8’’ W 043o 8’ 34.3’’

23K 0693749 UTM 7738881

3

S 20o 26’ 26.1’’ W 043o 8’ 37.0’’

23K 0693666 UTM 7738657

4

S 20o 23’ 07.0’’ W 043o 10’ 55.4’’

23K 0689724 UTM 7744826

5

S 20o 22’ 59.2’’ W 043o 12’ 7.7’’

23K 0687631 UTM 7745088

6

S 20o 20’ 46.9’’ W 043o 9’ 34.1’’

23K 0692129 UTM 7749106

7

S 20o 20’ 26.4’’ W 043o 9’ 14.3’’

23K 0692709 UTM 7749731

8

S 20o 19’ 54.4’’ W 043o 9’ 49.0’’

23K 0691716 UTM 7750726

9

S 20o 19’ 53.4’’ W 043o 10’ 25.5’’

23K 0690657 UTM 7750771

10

S 20o 19’ 47.5’’ W 043o 10’ 18.4’’

23K 0690865 UTM 7750949

11

S 20o 20’ 50.9’’ W 043o 12’ 7.1’’

23K 0687692 UTM 7749034

12

S 20o 21’ 54.6’’ W 043o 13’ 8.7’’

23K 0685884 UTM 7747095

13

S 20o 22’ 3.8’’ W 043o 13’ 12.9’’

23K 0685758 UTM 7746812

14

S 20o 21’ 25.3’’ W 043o 12’ 24.9’’

23K 0687164 UTM 7747983

15

S 20o 17’ 6.1’’ W 043o 11’ 12.1’’

23K 0689362 UTM 7755929

16

S 20o 17’ 15.6’’ W 043o 11’ 43.6’’

23K 0688446 UTM 7755648

17

S 20o 22’ 49.4’’ W 043o 13’ 13.2’’

23K 0685733 UTM 7745412

18

S 20o 19’ 28.4’’ W 043o 10’ 27.8’’

23K 0690599 UTM 7751540

19

S 20o 20’ 47.9’’ W 043o 12’ 25.7’’

23K 0687153 UTM 7749133

20

S 20o 18’ 14.3’’ W 043o 12’ 03.4’’

23K 0687851 UTM 7753849

21

S 20o 18’ 21.5’’ W 043o 12’ 03.8’’

23K 0687837 UTM 7753628

22

S 20o 18’ 00.6’’ W 043o 12’ 03.7’’

23K 0687847 UTM 7754271

150

Tabela 30: Pontos de coleta no distrito de Monsenhor Horta. Coordenadas geodésicas e

plano altimétricas.

Monsenhor Horta Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1

S 20o 21’ 26.7’’ W 043o 15’ 6.1’’

23K 0682488 UTM 7747989

2

S 20o 18’ 13.9’’ W 043o 13’ 46.3’’

23K 0684866 UTM 7753891

3

S 20o 18’ 19.0’’ W 043o 13’ 13.8’’

23K 0685805 UTM 7753726

4

S 20o 18’ 21.5’’ W 043o 13’ 33.5’’

23K 0685233 UTM 7753656

5

S 20o 18’ 22.1’’ W 043o 14’ 26.9’’

23K 0683684 UTM 7753653

6

S 20o 18’ 29.6’’ W 043o 14’ 29.6’’

23K 0683603 UTM 7753423

7

S 20o 17’ 46.1’’ W 043o 13’ 58.9’’

23K 0684508 UTM 7754751

8

S 20o 17’ 50.8’’ W 043o 13’ 57.5’’

23K 0684548 UTM 7754608

9

S 20o 18’ 14.1’’ W 043o 14’ 49.7’’

23K 0683026 UTM 7753907

10

S 20o 20’ 47.8’’ W 043o 17’ 32.2’’

23K 0678262 UTM 7749230

11

S 20o 20’ 46.6’’ W 043o 17’ 31.6’’

23K 0678282 UTM 7749266

12

S 20o 21’ 16.7’’ W 043o 17’ 21.1’’

23K 0678574 UTM 7748338

13

S 20o 21’ 10.9’’ W 043o 17’ 26.7’’

23K 0678415 UTM 7748516

14

S 20o 20’ 44.9’’ W 043o 17’ 49.3’’

23K 0677767 UTM 7749322

15

S 20o 20’ 46.3’’ W 043o 18’ 14.5’’

23K 0677037 UTM 7749289

16

S 20o 18’ 22.6’’ W 043o 13’ 46.0’’

23K 0684872 UTM 7753626

17

S 20o 20’ 43.2’’ W 043o 17’ 28.2’’

23K 0678380 UTM 7749371

18

S 20o 20’ 52.4’’ W 043o 17’ 58.4’’

23K 0677501 UTM 7749096

19

S 20o 18’ 23.1’’ W 043o 13’ 50.4’’

23K 0684743 UTM 7753611

20

S 20o 16’ 48.3’’ W 043o 15’ 46.0’’

23K 0681421 UTM 7756563

21

S 20o 19’ 13.4’’ W 043o 18’ 28.7’’

23K 0676654 UTM 7752150

151

Tabela 31: Pontos de coleta no distrito de Padre Viegas. Coordenadas geodésicas e

plano altimétricas.

Padre Viegas Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1

S 20o 31’ 55.1’’ W 043o 22’ 30.4’’

23K 0669423 UTM 7728801

2

S 20o 32’ 10.1’’ W 043o 22’ 17.1’’

23K 0669795 UTM 7728336

3

S 20o 31’ 58.7’’ W 043o 22’ 25.9’’

23K 0669538 UTM 7728677

4

S 20o 30’ 25.3’’ W 043o 23’ 3.4’’

23K 0668494 UTM 7731578

5

S 20o 30’ 13.1’’ W 043o 24’ 29.9’’

23K 0665977 UTM 7731972

6

S 20o 29’ 37.3’’ W 043o 24’ 50.4’’

23K 0665409 UTM 7733085

7

S 20o 28’ 27.5’’ W 043o 25’ 26.3’’

23K 0664378 UTM 7735232

8

S 20o 20’ 1.9’’ W 043o 19’ 15.5’’

23K 0675126 UTM 7734064

9

S 20o 28’ 22.1’’ W 043o 17’ 29.9’’

23K 0678211 UTM 7735262

10

S 20o 28’ 51.7’’ W 043o 20’ 9.1’’

23K 0673565 UTM 7734387

11

S 20o 26’ 40.4’’ W 043o 18’ 27.7’’

23K 0676533 UTM 7738417

12

S 20o 26’ 30.4’’ W 043o 18’ 9.1’’

23K 0677087 UTM 7738718

13

S 20o 26’ 50.8’’ W 043o 17’ 15.2’’

23 K 0678646 UTM 7738056

14

S 20o 23’ 33.7’’ W 043o 20’ 55.4’’

23K 0672330 UTM 7744180

15

S 20o 23’ 27.6’’ W 043o 20’ 55.3’’

23K 0672332 UTM 7744364

16

S 20o 26’ 23.1’’ W 043o 18’ 09.0’’

23K 0677089 UTM 7738931

17

S 20o 23’ 23.1’’ W 043o 22’ 09.0’’

23K 0670188 UTM 7744536

18

S 20o 23’ 36.9’’ W 043o 21’ 4.5’’

23K 0672054 UTM 7744092

19

S 20o 23’ 41.2’’ W 043o 21’ 13.9’’

23K 0671780 UTM 7743963

20

S 20o 32’ 30.7’’ W 043o 22’ 46.0’’

23K 0668948 UTM 7727709

21

S 20o 26’ 58.2’’ W 043o 20’ 27.3’’

23K 0673069 UTM 7737892

22

S 20o 26’ 53.5’’ W 043o 20’ 29.1’’

23K 0673020 UTM 7738036

23

S 20o 26’ 52.3’’ W 043o 20’ 27.7’’

23K 0673061 UTM 7738075

24

S 20o 25’ 2.8’’ W 043o 18’ 34.6’’

23K 0676374 UTM 7741407

25

S 20o 25’ 6.6’’ W 043o 18’ 42.6’’

23K 0676140 UTM 7741291

152

Tabela 32: Pontos de coleta no distrito de Passagem de Mariana. Coordenadas

geodésicas e plano altimétricas.

Passagem de Mariana

Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1 S 20o 24’ 44.7’’ W 043o 26’ 32.9’’

23K 0662510 UTM 7742092

2

S 20o 23’ 49.8’’ W 043o 26’ 46.4’’

23K 0662149 UTM 7743787

3

S 20o 23’ 47.2’’ W 043o 26’ 45.1’’

23K 0662179 UTM 7743879

4

S 20o 23’ 57.2’’ W 043o 26’ 49.3’’

23K 0662051 UTM 7743567

Tabela 33: Pontos de coleta no distrito de Santa Rita Durão. Coordenadas geodésicas e

plano altimétricas.

Santa Rita Durão

Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1 S 20o 14’ 18.9’’ W 043o 24’ 46.5’’

23K 0665781 UTM 7761313

2

S 20o 14’ 2.6’’ W 043o 25’ 32.3’’

23K 0664459 UTM 7761829

3

S 20o 11’ 39.2’’ W 043o 24’ 54.9’’

23K 0665586 UTM 7766227

4

S 20o 11’ 27.3’’ W 043o 24’ 44.7’’

23K 0665886 UTM 7766591

5

S 20o 10’ 42.9’’ W 043o 24’ 47.7’’

23K 0665810 UTM 7767954

6

S 20o 10’ 35.3’’ W 043o 25’ 17.4’’

23K 0664952 UTM 7768198

7

S 20o 14’ 18.7’’ W 043o 25’ 10.4’’

23K 0665089 UTM 7761327

8

S 20o 10’ 50.5’’ W 043o 24’ 50.6’’

23K 0665725 UTM 7767724

9

S 20o 09’ 15.8’’ W 043o 25’ 58.8’’

23K 0663772 UTM 7770654

10

S 20o 16’ 37.9’’ W 043o 28’ 01.9’’

23K 0660072 UTM 7754094

153

Tabela 34: Pontos de coleta em Mariana (sede do município). Coordenadas geodésicas e

plano altimétricas.

Mariana

Pontos de coleta

Coordenadas geodésicas Coordenadas plano altimétricas

1

S 20o 20’ 37.3’’ W 043o 26’ 26.0’’

23K 0662785 UTM 7749716

2

S 20o 20’ 45.8’’ W 043o 26’ 15.1’’

23K 0663101 UTM 7749436

3

S 20o 21’ 5.6’’ W 043o 25’ 41.9’’

23K 0664053 UTM 7748812

4

S 20o 21’ 10.4’’ W 043o 25’ 27.1’’

23K 0664486 UTM 7748685

5

S 20o 21’ 37.7’’ W 043o 25’ 4.3’’

23K 0665145 UTM 7747817

6

S 20o 20’ 56.7’’ W 043o 26’ 27.5’’

23K 0662735 UTM 7749110

7

S 20o 20’ 55.2’’ W 043o 26’ 26.2’’

23K 0662774 UTM 7749157

8

S 20o 22’ 30.2’’ W 043o 25’ 07.2’’

23K 0665037 UTM 7746213

9

S 20o 22’ 49.0’’ W 043o 24’ 54.8’’

23K 0665391 UTM 7745632

10

S 20o 22’ 36.7’’ W 043o 24’ 35.1’’

23K 0665966 UTM 7746004

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