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LEVANTAMENTO EDAFOLÓGICO (SEMIDETALHADO) DA SUB-BACIA DO RIBEIRÃO DAS ANTAS RELATÓRIO TÉCNICO - OUTUBRO / 2012 -

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LEVANTAMENTO EDAFOLÓGICO

(SEMIDETALHADO) DA SUB-BACIA

DO RIBEIRÃO DAS ANTAS

RELATÓRIO TÉCNICO

- OUTUBRO / 2012 -

LEVANTAMENTO EDAFOLÓGICO

(SEMIDETALHADO) DA SUB-BACIA DO

RIBEIRÃO DAS ANTAS RELATÓRIO TÉCNICO

UNAVALE Organização não governamental

OUTUBRO / 2012 –

3 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

REALIZAÇÃO:

UNAVALE Organização Não Governamental.

Praça Monsenhor silva Barros nº 296 – CJ 1 – Sala 02.

Centro – Taubaté – SP

Presidente: - Fernando Benvenuti Bindel

EXECUÇÃO:

E-Consulting – Consultoria Ambiental e Tecnologia da Informação Ltda.

Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução de dados e de

informações contidos nesta publicação, desde que citada a fonte.

EQUIPE TÉCNICA

Prof. Dr. Julio Cesar Raposo de Almeida

Prof. Dr. João Luiz Gadioli

Geógrafo M.Sc. Celso de Souza Catelani

Administrador M.Sc. Benedito Jorge dos Reis

Engenheiro de Telecom. (MBA Gest. Estr. Proj.) Leandro Barbosa Reis

Estagiária de Engenharia Ambiental Thais Aparecida Barbosa

Jornalista Renata Egydio de Carvalho Costa Manço

CONTRATO:

FEHIDRO – PS – 181/2009

CBH-PS

4 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Sumário RESUMO......................................................................................................................... 5 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6 2. DESCRIÇÃO GERAL DO MEIO FÍSICO DA ÁREA DA BACIA .................... 7 2.1. Situação e localização ...................................................................................... 7 2.2. Geologia e Relevo ............................................................................................. 8 2.3. Clima .................................................................................................................... 9 2.4. Vegetação e uso atual .................................................................................... 10 3. MÉTODOS DE TRABALHO............................................................................... 11 3.1. Sistema de amostragem e trabalho de campo ........................................... 11 3.2. Análises laboratoriais e critérios para distinção de classes de solos...... 12 4. ELABORAÇÃO DO MAPA FINAL DE SOLOS ............................................... 15 5. DESCRIÇÃO DOS SOLOS:............................................................................... 16 5.1. Latossolos ......................................................................................................... 16 5.2. Cambissolos ..................................................................................................... 19 5.3. Neossolos ......................................................................................................... 19 5.4. Características dos perfis de solos amostrados na bacia......................... 21 6. MAPA DE SOLOS DA BACIA DO RIBEIRÃO DAS ANTAS ........................ 42 7. Referências Bibliográficas .................................................................................. 43

5 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

LEVANTAMENTO EDAFOLÓGICO (SEMIDETALHADO) DA BACIA DO RIBEIRÃO DAS ANTAS – TAUBATÉ - SP

RESUMO

O levantamento de solos (pedológico) é constituído de dois

componentes: o mapa e o relatório técnico. O mapa mostra a distribuição

espacial dos solos, e o relatório técnico aborda as características dos solos

(químicas, físicas, morfológicas, mineralógicas e biológicas). Este trabalho

refere-se ao estudo de solos realizado na Bacia do Ribeirão das Antas, Bairro

do Registro no município de Taubaté (SP), que abrange uma área de 3000 ha,

compreendida entre as coordenadas (UTM) 23 K de 442000 a 450000 m, e de

7442000 a 7431000m. Constitui um levantamento semidetalhado na escala de

1:20.000 e tem como objetivo subsidiar trabalhos de planejamento

agroambiental e de exploração eficaz e racional que venham a ser

desenvolvidos nesta bacia hidrográfica pela UNAVALE com recurso do Fundo

Estadual de Recursos Hídricos (Contrato: FEHIDRO – PS – 181/2009) .

6 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

1. INTRODUÇÃO

Processos erosivos, contaminação e assoreamento de cursos d’água,

redução da produtividade são exemplos de problemas ambientais inerentes à

utilização inadequada do solo e demais recursos naturais, muitos dos quais

irreversíveis (Bertolani et al., 2000).

A utilização correta dos recursos naturais deve ser traduzida de modo a

assegurar a conservação das características físicas, químicas e biológicas do

solo. Quando esses fatores são considerados dentro de uma bacia percebe-se

uma recuperação do meio ambiente. Dentro deste contexto, o uso e o manejo

dos solos só podem ser exercidos, após a sua identificação e classificação.

Para tanto, o levantamento pedológico de uma região é um procedimento

básico para adequar o uso e o aproveitamento de terras, pois os solos

diferenciam-se na paisagem de acordo com a posição no relevo e esses

podem ser reconhecidos pelas diferenças verticais dos horizontes observados

nos perfis de solo (Prado, 2003).

Os levantamentos de solos envolvem pesquisas de gabinete, campo e

laboratório, compreendendo o registro de observações, análises e

interpretações de aspectos do meio físico e de características morfológicas,

físicas, químicas, mineralógicas e biológicas dos solos, visando à sua

caracterização, classificação e principalmente cartografia. Um levantamento

pedológico é um prognóstico da distribuição geográfica dos solos como corpos

naturais, determinados por um conjunto de relações e propriedades

observáveis na natureza. O levantamento identifica solos que passam a ser

reconhecidos como unidades naturais, prevê e delineia suas áreas nos

mapas/cartas, em termos de classes definidas de solos (IBGE, 2007).

A complexidade do relevo do Vale do Paraíba permite encontrar

diferentes paisagens e tipos de solos em distâncias relativamente curtas.

Nesse sentido, este trabalho foi elaborado com a finalidade de delimitar as

7 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

principais classes de solo ocorrentes na área da bacia hidrográfica do Ribeirão

das Antas (Taubaté, SP) em nível de detalhamento maior que as disponíveis

atualmente seguindo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos

(EMBRAPA, 2006) para subsidiar os trabalhos de planejamento agroambiental

de exploração eficaz e racional que venham a ser desenvolvidos nesta bacia

hidrográfica.

2. DESCRIÇÃO GERAL DO MEIO FÍSICO DA ÁREA DA

BACIA

2.1. Situação e localização

A microbacia do Ribeirão das Antas está localizada nos municípios de

Taubaté e Redenção da Serra, cujo acesso se dá no km 13 da Rodovia

Osvaldo Cruz (SP-125). Possui aproximadamente 11 km de extensão e largura

variando entre 2 e 5 km e abrange uma superfície de aproximadamente 29

km2, equivalente a 2923,94 ha.

Figura 1: Mapa de localização da microbacia do Ribeirão das Antas, Bairro do Registro, Taubaté/Redenção da Serra (SP).

8 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

2.2. Geologia e Relevo

Integrante da Bacia de Taubaté, a microbacia do Ribeirão das Antas

deságua no Rio Una, um dos contribuintes do Rio Paraíba do Sul.

Caracterizada por terrenos cuja formação litológica predominante é de rochas

cristalinas com idade pré-cambriana englobando as diferentes unidades

compostas de rochas ígneas e metamórficas; as sequências sedimentares

englobam apenas depósitos sedimentares inconsolidados de idade Quaternária

correspondendo a aluviões e colúvios associadas aos principais cursos d’água

(Simões, 2011).

O revelo é movimentado podendo ser considerado ondulado onde

predominam colinas, formadas por vales encaixados, com declives maiores

que 8% até 20% a fortemente ondulado, formadas por conjunto de morros, ou

por superfície entrecortada por vales profundos, com declives maiores que 20

até 45%, e em ambos os casos com topos aguçados com espigões alongados

(IBGE, 2007).

9 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Figura 2: Detalhes do relevo da bacia do Ribeirão das Antas.

2.3. Clima

O clima, pela classificação de Koeppen, é do tipo Cwa, estacional com

verão quente com chuvas intensas e inverno marcado por frio e período de

seca. A temperatura média dos meses de verão são superiores a 22ºC

enquanto a do mês mais frio é inferior a 18ºC, momento em que a precipitação

é de aproximadamente 10% daquela obtida no mês de janeiro. A precipitação

anual é de 1335 mm, com 42% deste valor concentrando-se de dezembro a

fevereiro, meses que apresentam precipitações que excede a 200 mm (Fisch,

1995).

O balanço hídrico da região mostra que apesar de pouca precipitação no

inverno, devido às baixas temperaturas, não ocorre grande déficit hídrico

(Figura 3), principalmente se considerarmos os limites da bacia mais próximos

do município de Redenção da Serra (Sentelhas, 1999).

Figura 3: Balanço hídrico de Redenção da Serra e Taubaté, municípios (Sentelhas et al.,

1999).

10 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

2.4. Vegetação e uso atual

Inserida em região de ocorrência da Mata Atlântica, o ecossistema

original da microbacia do Ribeirão das Antas se caracteriza como Floresta

Estacional Semidecidual (Floresta Tropical subcaducifólia ou Matas de Interior).

Ultrapassada a Serra do Mar, em direção ao interior, a floresta semidecídua

ocupa áreas de altitude média acima de 600 m. A barreira de montanhas da

serra do mar retém o ar úmido originário do oceano restringindo o volume de

água disponível para a vegetação localizada a oeste das serras (Ferreira e

Fisch, 2007).

Uma área relevante (18%) (Batista et al., 2005) com remanescente da

floresta nativa, ainda são encontradas, principalmente nas encostas voltadas

para a face sul. Atualmente, pastagens de braquiárias predominam em grande

extensão, florestamentos com eucalipto de ciclo curto também são

encontrados.

Figura 4: Floresta secundária.

11 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

3. MÉTODOS DE TRABALHO

3.1. Sistema de amostragem e trabalho de campo

O trabalho de levantamento dos solos da bacia do Ribeirão das Antas

teve inicio com a elaboração de uma carta planialtimétrica na escala de

1:15.000, contendo o contorno externo da bacia, a rede de drenagem e a

malha viária da bacia. Nesta etapa, também utilizou-se imagens de satélite e

consultas a publicações diversas para conhecer mais detalhadamente aspectos

sobre a geologia, a vegetação, o clima e o relevo e, mesmo outros

levantamentos de solos já realizados na região (VERDADE et al., 1961;

PRADO, 1997; OLIVEIRA, 1999; BATISTA et al., 2005).

As primeiras incursões ao campo tiveram o objetivo de delimitar os

principais domínios e feições fisiográficas, bem como, identificar as principais

unidades de mapeamento. Para isto, percorreram-se quatro (4)

topossequências transversais ao rio, distribuídas ao longo da extensão da

bacia. Nestas topossequências, foram descritos 15 perfis e, em cada qual,

amostras das camadas superficiais (0 – 20 cm) e subsuperficiais (20 – 60 cm e

60 – 100 cm) foram coletadas e encaminhadas para análises químicas e físicas

necessárias a caracterização morfológica e identificação das principais classes

de solos existentes na bacia considerando o Sistema Brasileiro de

Classificação de Solos (EMBRAPA 2006, IBGE, 2007).

A partir do conhecimento adquirido na etapa anterior, a bacia foi

subdividida em setores, sendo cada um amostrado em caminhamento livre

sempre ao longo de topossequências para se estabelecer os limites entre as

unidades de mapeamento. Por este sistema foram descritos 120 perfis, em

profundidade de até 120 cm (quando possível), quanto a cor, textura,

consistência (seca, úmida e molhada). Todos os pontos amostrados foram

georreferenciados em coordenadas UTM sendo anotadas também

12 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

características inerentes a paisagem como a altitude, a declividade, o tipo de

vegetação, o uso atual, a ocorrência de erosão, a drenagem, a pedregosidade

e a rochosidade.

Ao final, sete pontos de amostragem, representando a diversidade de

solos existentes na bacia, foram selecionados e abriram-se trincheiras e se fez

a descrição completa do perfil. Amostras dos horizontes diagnósticos foram

coletadas e encaminhadas para análises físicas e químicas, conforme

recomendações EMBRAPA (2006) e IBGE (2007).

3.2. Análises laboratoriais e critérios para distinção de classes de

solos

As análises físicas e químicas dos solos foram realizadas no Laboratório

de Análises de Solos e Plantas do Departamento de Ciências Agrárias da

Universidade de Taubaté, o qual é integrante do Programa de Proficiência em

Analises de Solos do Instituto Agronômico.

A descrição dos atributos morfológicos seguiu nomenclatura atual do

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (EMBRAPA 2006, IBGE, 2007).

A textura foi determinada a partir de análise granulométrica realizada

pelo método da pipeta em material disperso com hexametafosfato de sódio e

hidróxido de sódio, obtendo-se os valores de silte por diferença e empregando-

se a escala textural de Atteberg parcialmente modificada: areia total (2 - 0,05

mm), silte (0,05 - 0,002 mm) e argila ( < 0,002 mm).

Os atributos químicos, que compreendem pH em H2O, KCl e CaCl2,

Carbono Orgânica, Soma de bases, Capacidade de Troca catiônica, Saturação

por Bases, Saturação por Alumínio e Retenção de Cátions, de acordo com

metodologia preconizada pela EMPBRAPA (1997).

13 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

pH em água, em solução de KCl (1 mol/L) e em solução de CaCl2 (0,01

mol/L): utilizou-se a determinação potenciométrica após agitação seguida por

três horas de repouso; relação solo-líquido 1:2,5.

Carbono orgânico: oxidação da matéria orgânica com solução de

bicromato de potássio (1 mol/L), em meio ácido e titulação do excesso de

bicromato com solução de sulfato ferroso amoniacal (0,5 mol/L), usando

difenilamina como indicador.

Bases trocáveis: extração de K, Ca e Mg por agitação de 2,5 g de terra

fina seca ao ar (T.F.S.A.) em resina trocadora de íons utilizando 50 mL de

solução com NH4Cl (0,8 mol/L) + HCl (0,2 mol/L). Extração de Na por agitação

de 5g de T.F.S.A. em 100 mL de acetado de amônio a pH 7. O cálcio e o

magnésio foram determinados no extrato por espectrofotometria de absorção

atômica, utilizando-se solução de óxido de lantânio a 0,1%. O potássio e o

sódio foram determinados por fotometria de chama.

Acidez potencial (H + Al): a partir da suspensão de 10 mL de T.F.S.A.

com solução de CaCl2.2H2O 0,01 (mol/L) determinado por potenciometria em 5

mL de solução tampão SMP.

Alumínio trocável (Al): extração por agitação de 5 g de T.F.S.A. com

100 mL de KCl 1 mol/L e titulação com NaOH 1 mol/L, empregando-se

fenolftaleína como indicador.

Alguns atributos diagnósticos foram calculados do seguinte modo:

Soma de bases: SB = Ca + Mg + K + Na;

Saturação por alumínio (%): m = 100 x Al / (S + Al);

Capacidade de troca de cátions: CTC = S + H + Al;

Saturação por bases (%): V = 100 x S / CTC.

14 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Alguns atributos diagnósticos utilizados neste trabalho serão

conceituados para melhor compreensão (EMBRAPA, 2006; IBGE, 2007):

Caráter eutrófico e distrófico: refere-se à proporção de cátions básicos

trocáveis em relação à CTC determinada a pH 7. Distrófico especifica os solos

com saturação por bases inferior a 50%; eutrófico, os solos com saturação por

bases igual ou superior a 50%, ambos avaliados no horizonte B (ou no

horizonte C quando inexiste o B), ou ainda, no horizonte superficial dos Solos

Litólicos e alguns Regossolos;

Caráter álico: especifica saturação por alumínio igual ou superior a 50%,

avaliada no horizonte B (ou no horizonte C quando inexiste o B), ou ainda, no

horizonte superficial dos Solos Litólicos e alguns Regossolos;

Caráter abrupto ou mudança textural abrupta: consiste em grande

aumento de argila numa distância curta (<7,5cm) entre os horizontes A ou E e

o horizonte subjacente B. Se argila for < 20% no horizonte A ou E, então Bt

deve ter pelo menos o dobro do conteúdo, mas se for > 20%, então no Bt deve

ser pelo menos de 20% a mais em valor absoluto.

Contato lítico: constitui o limite entre o solo e material coeso subjacente.

O material subjacente tem que ser contínuo na extensão de alguns metros de

superfície horizontal, excetuadas fendas produzidas in situ, não resultando em

deslocamento significativo do material entre as fendas que devem ser poucas e

distanciadas horizontalmente de 10 cm ou mais. Mesmo quando úmido, a

coesão deste material subjacente torna impraticável sua escavação manual

com a pá, embora possa ser fragmentado ou raspado;

Argila de atividade alta (Ta) e de atividade baixa (Tb): atividade das

argilas refere-se à capacidade de troca de cátions (CTC) da fração mineral.

Atividade alta designa valor igual ou superior a 27 cmolc/kg de argila e

atividade baixa, valor inferior a esse, sem descontar a contribuição da matéria

orgânica.

15 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

4. ELABORAÇÃO DO MAPA FINAL DE SOLOS

O mapa final de solos foi realizado em escala de 1:20.000

(semidetalhado: 0,046 observações/ha) e é apresentado no Anexo I deste

Relatório.

16 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

5. DESCRIÇÃO DOS SOLOS:

Os trabalhos para o levantamento e classificação dos solos da bacia

hidrográfica do Ribeirão das Antas desenvolvidos a partir do mês de março de

2011 consistiram de incursões de identificação, caracterização morfológica e

coleta de solos em 4 (quatro) toposequências transversais ao rio, distribuídas

ao longo da bacia. Ao todo, foram avaliados 16 pontos, os quais tiveram sua

localização determinadas as coordenadas UTM.

A amostragem do solo foi realizada em profundidade de até 120 cm

(quando possível), utilizando trado holandês. A descrição morfológica do perfil

foi realizada diretamente no campo considerando-se: profundidade, cor, textura

e consistência (seca, úmida e molhada).

Amostras das camadas superficiais (0 – 20 cm) e subsuperficiais (20 –

60 cm e 60 – 100 cm) foram coletadas e encaminhadas para análises

laboratoriais (químicas e físicas). As classes de solo encontradas na bacia do

Ribeirão das Antas é apresentada na Tabela 1.

Tabela 1:Classes de solo da bacia do Ribeirão das Antas.

Classe de solo Área % Latossolo 2240,31 76,62

Cambissolo 475,65 16,27 Neossolo Flúvico 11,18 0,38

Neossolo Regolítico 196,80 6,73 Área total das classes 2923,94 100,00

5.1. Latossolos

Em geral são solos muito intemperizados, profundos e de boa

drenagem. Caracterizam-se por grande homogeneidade de características ao

longo do perfi l, mineralogia da fração argila predominantemente caulinítica ou

caulinítica-oxídica, que se reflete em valores de relação Ki baixos, inferiores a

2,2, e praticamente ausência de minerais primários de fácil intemperização.

17 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Distribuem-se por amplas superfícies no Território Nacional, ocorrendo

em praticamente todas as regiões, diferenciando-se entre si principalmente

pela coloração e teores de óxidos de ferro, que determinaram a sua separação

em quatro classes distintas ao nível de subordem no Sistema brasileiro de

classificação de solos (1999).

Latossolos Brunos

São em geral profundos, com horizonte superficial (A) escurecido e o

subsuperficial (B) em tons brunados, com matiz mais amarelo que 2,5YR no

horizonte BA ou em todo horizonte B, e com: horizonte A com mais de 30 cm

de espessura e teor de carbono maior que 10g.kg-1, inclusive no BA; textura

argilosa ou muito argilosa em todo o B; alta capacidade de retração com a

perda de umidade, evidenciada pelo fendilhamento acentuado em cortes de

barrancos expostos ao sol por curto espaço de tempo (uma semana ou mais),

formando uma estrutura do tipo prismática.

São comuns na Região Sul do País em grandes altitudes (> 800m), em

condições de clima subtropical. A fertilidade natural é baixa, e têm teores de

alumínio trocável relativamente elevados. Assim como outros Latossolos são

muito utilizados com agricultura.

Latossolos Amarelos

Solos profundos, de coloração amarelada, perfis muito homogêneos,

com boa drenagem e baixa fertilidade natural em sua maioria. Ocupam grandes

extensões de terras no Baixo e Médio Amazonas e Zonas Úmidas Costeiras

(tabuleiros). São cultivados com grande variedade de lavouras.

Latossolos Vermelhos aluminoférricos, acriférricos, distroférricos e

eutroférricos

18 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Como os demais latossolos, têm também grande homogeneidade de

características ao longo do perfil, são bem drenados e de coloração vermelho-

escura, geralmente bruno-avermelhado escuro. A estrutura é quase sempre do

tipo forte pequena granular com aparência de “pó de café”.

A presença de quantidade significativa de óxidos de ferro (entre 180 e

400 g.kg-1) faz com que, em campo, apresente atração moderada a forte pelo

imã (quando secos e pulverizados).

Têm baixa e alta fertilidade natural (são distróficos ou eutróficos) e

muitas vezes apresentam relativa riqueza em micronutrientes. Originam-se de

rochas básicas e têm grande ocorrência no País, especialmente na parte do

território referente à bacia do Paraná, derivados de basaltos da Formação

Serra Geral (Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio

Grande do Sul). São importantíssimos pelo seu elevado potencial agrícola,

sendo responsáveis por grande parcela da produção agrícola nacional,

podendo-se destacar a produção de cana-de-açúcar em São Paulo, e uma

grande variedade de grãos na Região Sul.

Latossolos Vermelhos

Solos vermelhos, geralmente com grande profundidade, homogêneos,

de boa drenagem e quase sempre com baixa fertilidade natural (necessitam

correções químicas para aproveitamento agrícola). Ocorrem em praticamente

todas as regiões do Brasil, mas têm grande expressividade nos chapadões da

Região Central (Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais e outros).

São responsáveis por boa parte da produção de grãos em sistema de manejo

desenvolvido desta região do País.

19 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Latossolos Vermelho-Amarelos

Têm cores vermelho-amareladas, são profundos, com boa drenagem e

normalmente baixa fertilidade natural, embora se tenha verificado algumas

ocorrências de solos eutróficos. Ocorrem em praticamente todo o território

brasileiro, entretanto, são pouco expressivos nos estados nordestinos e no Rio

Grande do Sul. Quando de textura argilosa são muito explorados com lavouras

de grãos mecanizadas e quando de textura média são usados basicamente

com pastagens.

5.2. Cambissolos

São solos que apresentam grande variação no tocante a profundidade,

ocorrendo desde rasos a profundos, além de apresentarem grande

variabilidade também em relação às demais características. A drenagem varia

de acentuada a imperfeita e podem apresentar qualquer tipo de horizonte A

sobre um horizonte B incipiente (Bi), também de cores diversas. Muitas vezes

são pedregosos, cascalhentos e mesmo rochosos.

Ocorrem disseminados em todas as regiões do Brasil, preferencialmente

em regiões serranas ou montanhosas. Em condição de relevo suave

(mecanizável) e sem presença de cascalhos ou pedregosidade,

5.3. Neossolos

Solos constituídos por material mineral ou material orgânico pouco

espesso (menos de 30 cm de espessura), sem apresentar qualquer tipo de

horizonte B diagnóstico e satisfazendo os seguintes requisitos:

20 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

- Ausência de horizonte glei, exceto no caso de solos com textura areia

ou areia franca, dentro de 50cm da superfície do solo, ou entre 50cm e 120cm

de profundidade, se os horizontes sobrejacentes apresentarem mosqueados de

redução em quantidade abundante;

- Ausência de horizonte vértico imediatamente abaixo de horizonte A;

- Ausência de horizonte plíntico dentro de 40cm, ou dentro de 200cm da

superfície se imediatamente abaixo de horizontes A, E ou precedidos de

horizontes de coloração pálida, variegada ou com mosqueados em quantidade

abundante, com uma ou mais das seguintes cores:

• Matiz 2,5Y ou 5Y; ou

• Matizes 10 YR a 7,5 YR com cromas baixos, normalmente iguais ou

inferiores a 4, podendo atingir 6, no caso de matiz 10 YR;

- Ausência de horizonte A chernozêmico conjugado a horizonte cálcico

ou horizonte C carbonático.

Congregam solos rasos, Neossolos Litólicos; ou profundos e arenosos,

Neossolos Quartzarênicos; ou profundos e arenosos com presença

considerável de minerais primários de fácil intemperização, Neossolos

Regolíticos; ou ainda, solos constituídos por sucessão de camadas de natureza

aluvionar, sem relação pedogenética entre si, Neossolos Flúvicos.

Boa parte dos Neossolos ocorre em praticamente todas as regiões do

País, embora sem constituir representatividade espacial expressiva, ou seja,

ocorrem de forma dispersa em ambientes específicos, como é o caso das

planícies à margem de rios e córregos (Neossolos Flúvicos) e nos relevos

muito acidentados de morrarias e serras (Neossolos Litólicos). Os Neossolos

Quartzarênicos, muito expressivos no Brasil, são comuns na região litorânea e

em alguns estados do Nordeste, ocupam também grandes concentrações em

alguns Estados do Centro-Oeste e Norte, como Mato Grosso, Mato Grosso do

Sul e Tocantins.

21 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Os Neossolos Regolíticos, por sua vez, são encontrados em alguns

pontos da região serrana do Sudeste, e têm maiores concentrações nas zonas

do semi-árido Nordestino e no Mato Grosso do Sul.

5.4. Características dos perfis de solos amostrados na bacia

Perfil: 01

Classificação: LATOSSOLO VERMELHO Distróficos Argissólicos

Unidade de mapeamento: LVd

Localização: 23K 447730 7438363

Altitude: 683 m

Relevo e Situação: Forte Ondulado/ Terço médio

Vegetação e uso atual: Pastagem

Erosão: hídrica em sulcos ocasionais

Drenagem: Acentuadamente drenado

Pedregosidade e rochosidade: Ausente

Descrito e coletado por Julio Cesar Raposo de Almeida e João Luiz Gadioli.

Descrição morfológica

A - 0 – 28 cm; Vermelho (2,5 YR 4/6, úmido); franco argilo arenoso; blocos

angulares e sub-angulares; macia; friável; ligeiramente plástico e ligeiramente

pegajoso; transição difusa e plana;

AB - 28 – 55 cm; Vermelho (2,5 YR 4/6, úmido); franco argilo arenoso; blocos

angulares e sub-angulares; macia; friável; ligeiramente plástico e ligeiramente

pegajoso; transição difusa e plana.

BA - 55 - 100 cm; Vermelho (2,5 YR 4/6, úmido); argilosa; blocos angulares

e sub-angulares; macia; pegajoso e ligeiramente plástico; transição difusa e

plana.

22 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Bw - 100 - 150 cm+; Vermelho (2,5 YR 4/6, úmido); argilosa; blocos

angulares e sub-angulares; macia, pegajoso e ligeiramente plástico.

Observações: raízes comuns e finas no A e poucas no AB e raras em BA e Bw.

Tabela 2: Atributos químicos e físicos do perfil 1, representativo do LATOSSOLO

VERMELHO Distróficos Argissólicos.

Horizontes A AB BA Bw Profundidade cm (0-28) (28-55) (55-100) (100-150+)

pH CaCl2 4,3 4,2 4,3 4,6 pH H2O 5 5 5,1 5,2 pH KCl 4 3,9 4,1 4,5

∆pH 1 1,1 1 0,7 Ca mmolc/dm3 7 5 9 8 Mg mmolc/dm3 4 2 3 2 K mmolc/dm3 1,3 0,6 0,4 0,4

Na mg/dm3 0,2 0,2 0,2 0,2 SB mmolc/dm3 12,3 7,6 12,4 10,4 Al mmolc/dm3 7 8 5 3 H mmolc/dm3 33 28 30 24 T mmolc/dm3 52,3 43,6 47,4 37,4 V % 24 17 26 28 m % 36,3 51,3 28,7 22,4 C % 1 0,6 0,4 0,2 S mg/dm3 8 7 18 92 P mg/dm3 2 4 4 4

RC % 2,4 2,3 1,1 0,6 Areia Total % 51 58 30 35

Silte % 14 15 15 13 Argila % 36 27 55 52

Silte/Argila 0,39 0,55 0,27 0,24 Textura

Franco argilo

arenoso

Franco argilo

arenoso

Argila Argila

Argila B/A 1,5 Atividade de argila Tb Tb Tb Tb

23 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Figura 5: LATOSSOLO VERMELHO Distróficos Argissólicos, Bacia do Ribeirão das

Antas, Taubaté (SP).

24 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Perfil: 02

Classificação: NEOSSOLO FLÚVICOS Distróficos gleicos

Unidade de mapeamento: RYdg

Localização: 23 K 447288 7431504

Altitude: 1001 m

Relevo e Situação: Plano/ Baixada

Vegetação e uso atual: Pastagem e taboas

Erosão: Laminar

Drenagem: moderadamente drenado

Pedregosidade e rochosidade: ausente

Descrito e coletado por Julio Cesar Raposo de Almeida e João Luiz Gadioli.

Descrição morfológica

A - 0 – 20 cm; Bruno amarelado (10 YR 5/6, úmido); franco argilo arenoso;

pequena blocos angulares e sub-angulares; macia; ligeiramente plástico e

ligeiramente pegajoso ; transição plana e difusa.

AC - 20 – 65 cm; Bruno amarelado escuro (10 YR 4/4, úmido); franco arenoso;

blocos angulares e sub-angulares; macio; friável; ligeiramente plástico e

ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.

1C - 65 - 105 cm; Bruno amarelado (10 YR 5/4, úmido); franco argilosa; blocos

angulares e sub-angulares; macio; friável; ligeiramente plástico e ligeiramente

pegajoso; transição abrupta.

2Cg - 105+ cm; Cinza (5 YR 5/2, úmido); franco arenoso; blocos sub-angulares;

friável; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso.

Raízes comuns e finas no horizonte A e AC

Observações: Mosqueamento no horizonte 2Cg

25 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Tabela 3: Atributos químicos e físicos do perfil 2, representativo do NEOSSOLO

FLÚVICOS Distróficos gleicos.

Horizontes A AC 1C 2Cg Profundidade cm (0-20) (20-65) (65-105) (105+)

pH CaCl2 4,1 4 4,2 4,1 pH H2O 4,9 4,7 4,8 5,1 pH KCl 3,8 3,7 3,8 3,7

∆pH 1,1 1 1 1,4 Ca mmolc/dm3 3 2 2 3 Mg mmolc/dm3 1 1 1 1 K mmolc/dm3 0,5 0,7 0,9 1,3

Na mg/dm3 0,2 0,2 0,2 0,1 SB mmolc/dm3 4,5 3,7 3,9 5,3 Al mmolc/dm3 18 15 17 12 H mmolc/dm3 8 55 41 24 T mmolc/dm3 30,5 73,7 61,9 41,3 V % 15 5 6 13 m % 80 80,2 81,3 69,4 C % 0,8 0,6 0,1 0,1 S mg/dm3 2 1 2 2 P mg/dm3 3 4 4 4

RC % 2,9 2,8 2,6 3,8 Areia Total % 51,8 59,1 49 63,2

Silte % 20,5 21,3 25 20,2 Argila % 27,6 19,6 26 16,6

Silte/Argila 0,74 1,08 0,96 1,22 Textura

Franco argilo

arenoso Franco Franco Franco

arenoso Atividade de

argila Tb Tb Tb Tb

26 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Figura 6: NEOSSOLO FLÚVICOS Distróficos gleicos, Bacia do Ribeirão das Antas,

Taubaté (SP).

27 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Perfil: 03

Classificação: LATOSSOLO VERMELHO Álico câmbico argiloso

Unidade de mapeamento: LVd

Localização: 23K 0446866 7431537

Altitude: 1049 m

Relevo e Situação: Forte ondulado/ Terço médio

Vegetação e uso atual: Pastagem

Erosão: laminar

Drenagem: Acentuadamente drenado

Pedregosidade e rochosidade: ligeiramente pedregosa.

Descrito e coletado por Julio Cesar Raposo de Almeida e João Luiz Gadioli.

Descrição morfológica

A - 0 – 40 cm; Bruno avermelhado escuro (2,5 YR 2,5/4, úmido); argilosa;

blocos angulares e sub-angulares; macia; friável; ligeiramente plástico e

ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.

AB - 40 – 75 cm; Vermelho escuro (2,5 YR 3/6, úmido); argilosa; blocos

angulares e sub-angulares; macia; friável; ligeiramente plástico e ligeiramente

pegajoso; transição plana e difusa.

BA - 75 - 115 cm; Vermelho escuro (2,5 YR 3/6, úmido); argilosa; blocos

angulares e sub-angulares; macia; friável; ligeiramente plástico e ligeiramente

pegajoso; transição plana e difusa.

Bw - 115 cm+; Vermelho escuro (10 Y 3/6, úmido); argilosa; blocos angulares e

sub-angulares; macia; friável; plástico e pegajoso;

Presença de raízes finas até 60 cm de profundidade.

28 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Tabela 4: Atributos químicos e físicos do perfil 3, representativo do LATOSSOLO

VERMELHO Álico câmbico argiloso.

Horizontes A AB BA Bw Profundidade cm (0-40) (40-75) (75-115) (115+)

pH CaCl2 4,1 4,1 4,2 4,3 pH H2O 4,9 4,8 4,8 4,8 pH KCl 4 4,1 4,1 4,2

∆pH 0,9 0,7 0,7 0,6 Ca mmolc/dm3 5 3 2 2 Mg mmolc/dm3 2 1 1 1 K mmolc/dm3 0,9 0,6 0,6 0,6

Na mg/dm3 0,2 0,3 0,2 0,2 SB mmolc/dm3 7,9 4,6 3,6 3,6 Al mmolc/dm3 13 15 12 7 H mmolc/dm3 97 80 53 22 T mmolc/dm3 117,9 99,6 68,6 32,6 V % 7 5 5 11 m % 62,2 76,5 76,9 66 C % 2,9 1,4 0,9 0,1 S mg/dm3 7 15 24 123 P mg/dm3 1 4 4 4

RC % 2,6 1,5 0,9 0,6 Areia Total % 43,6 36,7 34,3 38,1

Silte % 16,4 16 16,4 18,9 Argila % 40 47,3 49,3 43

Silte/Argila 0,41 0,34 0,33 0,44 Textura

Franco argiloso

Argila Argila Argila

Argila B/A 1,1 Atividade de

argila mmolc/dm3 Tb Tb Tb Tb

29 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Figura 7: LATOSSOLO VERMELHO Distróficos Argissólicos. Bacia do Ribeirão das

Antas, Taubaté (SP).

30 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Perfil: 04

Classificação: CAMBISSOLO HÁPLICOS Distróficos latossólicos

Unidade de mapeamento: CHd

Localização: 23K 444022 7437373

Altitude: 846 m

Relevo e Situação: Forte Ondulado/ Terço superior

Vegetação e uso atual: Eucalipto

Erosão: frequente

Drenagem: Acentuadamente drenado

Pedregosidade e rochosidade: ausente

Descrito e coletado por Julio Cesar Raposo de Almeida e João Luiz Gadioli.

Descrição morfológica

A - 0 – 30 cm; Bruno avermelhado (5 YR 5/4, úmido); arenosa; blocos

angulares e sub-angulares; dura; firme; ligeiramente plástico e ligeiramente;

transição ondulada.

AB - 30 – 58 cm; Amarelo avermelhado (5 YR 6/6, úmido); argilosa; blocos

angulares e sub-angulares; macia; friável; ligeiramente plástico e ligeiramente

pegajoso; transição ondulada.

Bi - 58 - 110 cm; Vermelho amarelado (5 YR 5/6, úmido); argilosa; blocos

angulares e sub-angulares; macia; friável; pegajoso e plástico.

C - 110+ cm; Saprólito

Observações: Cascalho pouco e pequenos e presença de raízes grossas.

31 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Tabela 5: Atributos químicos e físicos do perfil 4, representativo do CAMBISSOLO

HÁPLICOS Distróficos latossólicos.

Horizontes A AB Bi C Profundidade cm (0-30) (30-58) (58-110) (110+)

pH CaCl2 3,9 3,9 4,1 4,1 pH H2O 4,5 4,4 4,6 4,7 pH KCl 3,7 3,6 3,8 3,7

∆pH 0,8 0,8 0,8 1 Ca mmolc/dm3 2 2 1 2 Mg mmolc/dm3 1 1 1 1 K mmolc/dm3 0,9 0,8 0,7 0,7

Na mg/dm3 0,2 0,2 0,2 0,2 SB mmolc/dm3 3,9 3,8 2,7 3,7 Al mmolc/dm3 20 23 16 17 H mmolc/dm3 52 87 41 30 T mmolc/dm3 75,9 113,8 59,7 50,7 V % 5 3 5 7 m % 83,7 85,8 85,6 82,1 C % 1 1 0,6 0,2 S mg/dm3 15 18 35 17 P mg/dm3 2 5 4 5

RC % 2,6 2,3 1,1 1,9 Areia Total % 41,1 40,2 39,2 39,6

Silte % 28,4 21,4 20,2 27,5 Argila % 30,5 38,4 40,7 32,9

Silte/Argila 0,93 0,56 0,5 0,84 Textura

Franco argiloso

Franco argiloso

Franco argiloso

Franco argiloso

Argila B/A 1,1 Atividade de

argila mmolc/dm3 Tb Tb Tb Tb

32 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Figura 8: CAMBISSOLO HÁPLICOS Distróficos latossólicos, Bacia do Ribeirão das

Antas, Taubaté (SP).

33 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Perfil: 05

Classificação: CAMBISSOLO HÁPLICOS Distróficos

Unidade de mapeamento: CHd

Localização: 23 K 444928 7437705

Altitude: 794 m

Relevo e Situação: Forte Ondulado/ Topo

Vegetação e uso atual: Floresta secundária

Erosão: laminar

Drenagem: Bem drenado

Pedregosidade e rochosidade: moderadamente pedregosa.

Descrito e coletado por Julio Cesar Raposo de Almeida e João Luiz Gadioli.

Descrição morfológica

A - 0 – 22 cm; Bruno avermelhado escuro (2,5 YR 2,5/4, úmido); argilo

arenosa; blocos angulares e sub-angulares; macia; friável; ligeiramente plástico

e ligeiramente pegajoso; transição plana e difusa.

AB - 25 – 47 cm; Vermelho (2,5 YR 4/6, úmido); argilo arenosa; blocos

angulares e sub-angulares; macia; friável; ligeiramente plástico e ligeiramente

pegajoso; transição plana e difusa.

Bi - 47 - 83 cm; Vermelho (2,5 YR 4/6, úmido); argilo arenosa; blocos

angulares e sub-angulares; macia; friável; ligeiramente plástico e ligeiramente

pegajoso; transição plana e difusa.

C – 83 cm+; Bruno avermelhado (2,5 YR 4/4, úmido); franco; macia; friável;

blocos angulares e sub-angulares; ligeiramente plástico e ligeiramente

pegajoso.

Raízes comuns e finas no horizonte A e poucas no AB

Observações: presença de linha de cascalho no horizonte B.

34 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Tabela 6: Atributos químicos e físicos do perfil 5, representativo do CAMBISSOLO

HÁPLICOS Distróficos.

Horizontes A AB Bi C Profundidade cm (0-22) (22-47) (47-83) (83+)

pH CaCl2 4 3,9 4,1 4,1 pH H2O 4,8 4,6 4,6 4,7 pH KCl 3,7 3,8 3,8 3,9

∆pH 1,1 0,8 0,8 0,8 Ca mmolc/dm3 6 3 2 2 Mg mmolc/dm3 2 1 1 1 K mmolc/dm3 2,5 1,2 0,5 0,6

Na mg/dm3 0,2 0,2 0,2 0,2 SB mmolc/dm3 10,5 5,2 3,5 3,6 Al mmolc/dm3 12 17 13 11 H mmolc/dm3 73 43 24 17 T mmolc/dm3 95,5 65,2 40,5 31,6 V % 11 8 9 11 m % 53,3 76,6 78,8 75,3 C % 1,5 0,6 0,1 0,1 S mg/dm3 4 12 54 78 P mg/dm3 1 4 4 5

RC % 4,1 2,6 1,5 1,9 Areia Total % 48,8 44,7 46,1 45,7

Silte % 20,1 21,1 23,9 33,3 Argila % 31 34,2 30 21

Silte/Argila 0,65 0,62 0,8 1,58 Textura

Franco argilo arenoso

Franco argilo arenoso

Franco argilo arenoso

Franco

Argila B/A 0,7 Atividade de

argila Tb Tb Tb Tb

35 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Figura 9: CAMBISSOLO HÁPLICOS Distróficos, Bacia do Ribeirão das Antas, Taubaté

(SP).

36 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Perfil: 06

Classificação: LATOSSOLO VERMELHO Álico típico argiloso

Unidade de mapeamento: LVd

Localização: 23K 448152 74441187

Altitude: 644 m

Relevo e Situação: Forte Ondulado/ Terço médio

Vegetação e uso atual: Pastagem

Erosão: laminar

Drenagem: acentuadamente drenado

Pedregosidade e rochosidade: ausente

Descrito e coletado por Julio Cesar Raposo de Almeida e João Luiz Gadioli.

Descrição morfológica

A - 0 – 30 cm; Vermelho (2,5 YR 4/6, úmido); argilosa; blocos angulares e

sub-angulares; macia; friável; plástico e pegajoso; transição plana e difusa.

AB - 30 – 100 cm; Vermelho (2,5 YR 4/6, úmido); argilosa; blocos angulares e

sub-angulares; macia; friável; plástico e pegajoso; transição ondulada.

Bw – 100 – 220 cm+; Vermelho (2,5 YR 4/6, úmido); argilosa; blocos angulares

e sub-angulares; macia; friável; pegajoso e plástico.

Raízes comuns e finas até 65 cm de profundidade.

37 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Tabela 7: Atributos químicos e físicos do perfil 6, representativo do LATOSSOLO

VERMELHO Álico típico argiloso

Horizontes A AB Bw Profundidade cm (0-30) (30-100) (100-220+)

pH CaCl2 4,1 3,9 4,2 pH H2O 4,7 4,9 5 pH KCl 3,8 3,9 4,1

∆pH 0,9 1 0,9 Ca mmolc/dm3 2 2 2 Mg mmolc/dm3 1 1 1 K mmolc/dm3 0,8 0,6 0,5

Na mg/dm3 0,2 0,2 0,3 SB mmolc/dm3 3,8 3,6 3,5 Al mmolc/dm3 17 16 12 H mmolc/dm3 53 34 27 T mmolc/dm3 73,8 53,6 42,6 V % 5 7 8 m % 81,7 81,6 76,9 C % 1 0,3 0,1 S mg/dm3 6 27 81 P mg/dm3 2 5 4

RC % 1,8 1,2 0,8 Areia Total % 39,8 31 29,5

Silte % 23,3 20,3 20 Argila % 36,9 48,7 50,5

Silte/Argila 0,63 0,42 0,4 Textura Franco Argiloso Argila Argila

Argila B/A 1,4 Atividade de

argila Tb Tb Tb

38 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Figura 10: LATOSSOLO VERMELHO Álico típico argiloso. Bacia do Ribeirão das Antas,

Taubaté (SP).

39 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Perfil: 07

Classificação: NEOSSOLO REGOLÍTICO distrófico típico

Unidade de mapeamento: RRd

Localização: 23 K 448207 7441366

Altitude: 622 m

Relevo e Situação: Forte Ondulado/ Terço inferior

Vegetação e uso atual: Floresta secundária

Erosão: laminar

Drenagem: Acentuadamente drenado

Pedregosidade e rochosidade: muito pedregosa e ligeiramente rochosa

Descrito e coletado por Julio Cesar Raposo de Almeida e João Luiz Gadioli.

Descrição morfológica

A - 0 – 15 cm; Vermelho (2,5YR 4/6, úmido); argilo arenosa; blocos sub-

angulares; macia; ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição

irregular.

C – 15 – 90 cm; Vermelho (2,5YR 4/6, úmido); arenoso; granular; macia;

ligeiramente plástico e ligeiramente pegajoso; transição irregular.

Cr – 90 cm+; Vermelho amarelado (5YR 4/6, úmido); arenoso; granular; friável;

não plástica; não pegajoso.

Raízes comuns e finas no horizonte A e poucas no C

Observações: pedregosidade branda no horizonte C.

40 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Tabela 8: Atributos químicos e físicos do perfil 7, representativo do NEOSSOLO

REGOLÍTICO distrófico típico.

Horizontes A C Cr Profundidade Cm (0-15) (15-90) (90+)

pH CaCl2 4 4,1 4,2 pH H2O 4,8 5 5 pH KCl 3,7 3,8 3,6

∆pH 1,1 1,2 1,4 Ca mmolc/dm3 2 2 2 Mg mmolc/dm3 1 1 1 K mmolc/dm3 2,5 0,7 1,5

Na mg/dm3 0,2 0,2 0,2 SB mmolc/dm3 5,5 3,7 4,5 Al mmolc/dm3 17 18 20 H mmolc/dm3 60 40 17 T mmolc/dm3 82,5 61,7 41,5 V % 7 6 11 m % 75,6 82,9 81,6 C % 1 0,5 0 S mg/dm3 6 9 4 P mg/dm3 3 4 4

RC % 3,1 2,4 18,4 Areia Total % 41,6 37,3 56,4

Silte % 28,5 34,4 38,7 Argila % 29,9 28,3 4,9

Silte/Argila 0,96 1,22 7,81 Textura

Franco argiloso Franco Franco arenoso

Argila B/A 0,2 Atividade de

argila Tb Tb Tb

41 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

Figura 11: NEOSSOLO REGOLÍTICO distrófico típico. Bacia do Ribeirão das Antas,

Taubaté (SP).

42 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

6. MAPA DE SOLOS DA BACIA DO RIBEIRÃO DAS ANTAS

Os resultados das análises de campo e de laboratório foram inseridos

como pontos classificados numa base de dados georreferenciada, da qual

foram delineados os critérios de similaridade nas toposequências, altitude,

declividade e embasamento geológico, que deram origem ao mapa pedológico

da bacia, Figura 12.

Figura 12: Mapa Pedológico da Bacia do Ribeirão das Antas

43 E-Consulting – Consultoria Ambiental & Tecnologia da Informação Ltda.

7. Referências Bibliográficas ARGUELLO, F. V. P.; SAUSEN, T. M. Geografia. In.: A biologia e a geografia do Vale do Paraíba: Trecho paulista. FERREIRA, P.C. (Coord). São José dos Campos: IEPA, 2007. p.9-34. FERREIRA, P. C.; FISCH, S. T V. Vegetação. In.: A biologia e a geografia do Vale do Paraíba: Trecho paulista. FERREIRA, P.C. (Coord). São José dos Campos: IEPA, 2007. p.35-64. FISCH, G. Caracterização climática e balanço hídrico de Taubaté (SP). Biociências, Taubaté, v.1, n.1, p.81-90, jul-dez, 1995. OLIVEIRA, J. B. Solos do Estado de São Paulo: descrição das classes registradas no mapa pedológico. Campinas. IAC, 1999. 112p. PRADO, H. Os solos do estado de São Paulo : Mapas pedológicos. Piracicaba. 1997. 205p. SENTELHAS,P.C.;PEREIRA, A.R; MARIN,F.R; ANGELOCCI, L.R;ALFONSI, R.R; CARAMORI, P.H; SWART, S. Balanços hídricos climatológicos do Brasil – 500 balanço hídricos de localidades brasileiros. Piracicaba: ESALQ, 1999. 1 CD-ROM SIMÕES, S. J. C. Geologia da sub-bacia do ribeirão das antas (Relatório técnico: UNAVALE (CONTRATO: FEHIDRO – PS – 181/2008) out-2011) VERDADE, F. C.; HUNGRIA, L. S.; RUSSO, R.; NAXCIMENTO, A. C.; GROHMANN, F.; PENNA MEDINA, H. Solos da bacia de Taubaté (Vale do Paraíba). Bragantia. V.20, n.4, Campinas, 1961. 322p.