levantamento de cargas

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Elevaçã www ão E Movimen De Carga *** 28/4/2010 w.blogdamecanica.com.b ntação br

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Este trabalho fala dos principais métodos de transporte e elevação de cargas dentro de uma indústria.

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Page 1: Levantamento de Cargas

Elevação E Movimentação

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Elevação E Movimentação

De Carga

***

28/4/2010

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Elevação E Movimentação

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Page 2: Levantamento de Cargas

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Sumário

1 INTRODUÇÃO 5

2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS 5

2.1 CLASSIFICAÇÕES EMPÍRICAS 5

2.2 CLASSIFICAÇÃO BASEADA NA CARGA NOMINAL 6

2.3 CLASSIFICAÇÃO BASEADA NA F.E.M. 7

3 PRINCIPAIS RISCOS DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS 7

3.1 GRUAS, PONTES ROLANTES, GUINCHOS, DIFERENCIAIS E OUTROS APARELHOS DE ELEVAÇÃO 7

3.2 TRANSPORTADORES PNEUMÁTICOS, POR GRAVIDADE, DE CORREIA, DE CADEIAS, DE ROLOS E DE

PARAFUSOS SEM FIM. 9

3.3 CARROS DE TRANSPORTE MECÂNICO E MANUAL - EMPILHADEIRAS E CARROS DE MÃO 11

4 A CARGA: PESO E CENTRO DE GRAVIDADE 12

5 SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA 13

5.1 TRANSPORTADORES HIDRÁULICOS 13

5.1.1 DADOS TÉCNICOS PRINCIPAIS 14

5.2 ALAVANCA COM RODAS 14

5.3 GUINDASTE 15

5.3.1 TIPOS MAIS USUAIS 15

5.3.1.1 Guindaste sobre esteira com lança treliçada 15

5.3.1.2 Guindaste sobre caminhão com lança treliçada 16

5.3.1.3 Guindaste hidráulico sobre caminhão com lança telescópica 17

5.3.1.4 Guindaste autopropulsor com lança telescópica 17

5.3.1.5 Guindaste sobre pedestal 18

5.4 EMPILHADEIRAS 19

5.4.1 TIPOS DE ESTABILIDADE: 21

Page 3: Levantamento de Cargas

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5.5 PONTE ROLANTE 21

5.5.1 TIPOS DE PONTES ROLANTES 22

5.5.1.1 Ponte rolante apoiada univiga 22

5.5.1.2 Ponte rolante apoiada dupla-viga 23

5.5.1.3 Ponte rolante suspensa 24

5.6 PÓRTICO E SEMIPÓRTICO 25

5.7 TALHAS 26

6 DICAS DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE TALHAS E PONTES ROLANTES 27

7 SISTEMAS DE AMARRAÇÃO DE CARGA 29

1.1 QUAL LINGA PARA QUAL APLICAÇÃO? 29

1.2 CORDAS 31

1.3 CABOS DE AÇO 33

7.1.1 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALMA 34

7.1.2 TORÇÃO 34

7.1.3 FLEXIBILIDADE 36

7.1.4 TIPOS 36

7.1.5 TABELA DE DIÂMETROS IDEAIS DE TAMBORES E POLIAS 38

7.1.6 RESISTÊNCIA DOS CABOS DE AÇO 38

7.2 CINTAS 39

7.2.1 SEGURANÇA TAMBÉM REQUER INSPEÇÃO 42

7.2.2 10 ITENS PARA UM LEVANTAMENTO SEGURO : 42

7.2.3 FORMAS DE LEVANTAMENTO 43

7.3 CORRENTES PARA LINGAS 43

7.3.1 CORRENTES SOLDADAS 44

7.3.2 CORRENTES FORJADAS 44

7.3.3 LINGAS DE CORRENTES 44

7.4 LINGAS COMBINADAS 46

7.4.1 CABO - CORRENTE - CABO: 46

7.4.2 CORRENTE COM ENCURTADOR - CABO. 47

7.4.3 CORRENTE - CINTAS. 47

7.4.4 CORRENTE - LAÇO SINTÉTICO 47

7.4.5 COMBINAÇÃO CORRENTE + CINTA 47

Page 4: Levantamento de Cargas

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7.5 MODOS DE MOVIMENTAÇÃO 47

7.5.1 MOVIMENTAÇÃO COM TRAVESSÕES 52

8 CONCLUSÃO 53

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1 INTRODUÇÃO

A movimentação de cargas compreende as operações de elevação, transporte e

descarga de objetos, que pode ser efetuada manualmente ou com recurso a

sistemas mecânicos.

A movimentação mecânica de cargas permite que, de um modo planeado e seguro,

e com recurso a um determinado conjunto de materiais e meios, se movimentem

cargas de um determinado ponto para outro.

Esta operação compreende as seguintes fases:

� elevação (ou carga);

� manobra livre (ou movimentação);

� assentamento (ou descarga).

2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

Os sistemas de movimentação mecânica de cargas são normalmente classificados

de três formas diferentes:

� Classificações empíricas

� Classificação baseada na carga nominal

� Classificação baseada na F.E.M. ( Federação Europeia de Movimentação )

2.1 Classificações empíricas

Os sistemas selecionados para o desempenho das mais variadas operações estão

dependentes de muitos fatores. Os equipamentos de movimentação serão bem

escolhidos se obtivermos, relativamente às diversas fases de operação (elevação,

manobra livre e assentamento), respostas às seguintes questões:

O quê?

Onde?

Quando?

Como?

Durante?

Page 6: Levantamento de Cargas

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O quê? - A carga a movimentar é estudada em todas as suas características que

devem incluir o nome do material constituinte, a sua composição química, estado

físico, forma, capacidade, textura, tipo de embalagem, dados de segurança,

etiquetas de aviso de perigo, número de embalagens e massa total.

Onde? - É necessário conhecer, com precisão, o local da carga e descarga.

Quando? - A data e a hora, assim como as condições meteorológicas nos locais de

carga e descarga.

Como? – É necessário que durante a operação, se tenham em conta os

documentos oficiais necessários, tais como, licenças para o transporte ou eventual

necessidade de acompanhamento de autoridades oficiais.

Durante? - Quanto tempo será necessário para efetuar o transporte e quais os

meios humanos e equipamentos necessários.

Em resumo, os principais fatores a ter em consideração são os seguintes:

� Tipo e características da carga; � Tipo e importância da intervenção humana; � Nível da inclusão de meios auxiliares de movimentação; � Tipo e importância da participação de meios mecânicos; � Tipos de energias associadas ao sistema de movimentação de carga; � Tipo e importância da inclusão de meios de comando; � Tipo e importância da inclusão de sistemas inteligentes; � Ritmos e cadências do sistema de movimentação das cargas.

2.2 Classificação baseada na carga nominal

Os sistemas de movimentação de cargas incluem no seu grupo os aparelhos que

elevam e movimentam cargas cujas massas estão abrangidas pelos limites das suas

capacidades nominais.

Com base nesta classificação, entende-se por carga nominal, carga máxima de

elevação ou capacidade de carga a carga máxima que o aparelho de elevação pode

suspender.

Esta classificação dá uma primeira indicação da capacidade de um aparelho de

elevação.

Page 7: Levantamento de Cargas

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2.3 Classificação baseada na F.E.M.

Esta classificação é baseada na “Terminologia Ilustrada dos Aparelhos de Elevação

de Série “ que a F.E.M. (Fédération Européenne de la Manutention) publicou em

1960, que após várias edições, possui atualmente as seguintes Seções:

� Seção I - Aparelhos pesados de elevação e movimentação

� Seção II - Transportadores contínuos

� Seção III - Transportadores aéreos ( Teleféricos )

� Seção IV - Empilhadeiras

� Seção V - Gruas móveis

� Seção VII - Elevadores, escadas rolantes e tapetes rolantes

� Seção IX - Aparelhos de elevação série

� Secção X - Equipamentos e processos de armazenagem

O quadro seguinte dá-nos uma ideia do tipo de equipamentos pertencentes a cada

uma destas seções.

Figura 1 - Classificação dos aparelhos de série segundo a FEM: a) Seção I ;b)II ;c)IV; d)V; e)VII; f)IX

3 PRINCIPAIS RISCOS DOS SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

3.1 Gruas, pontes rolantes, guinchos, diferenciais e outros aparelhos

de elevação

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Todos os elementos da estrutura, mecanismo, fixação e acessórios dos aparelhos

de elevação devem ser de boa construção, de materiais apropriados e resistentes, e

ser mantidos em bom estado de conservação e funcionamento.

Os ganchos dos aparelhos de elevação devem estar munidos de dispositivos de

segurança que impeçam a fuga do cabo de suspensão.

Os aparelhos de elevação acionados eletricamente devem ser equipados com

limitadores de elevação que cortem automaticamente a corrente elétrica quando a

carga ultrapassar o limite superior do curso que lhe está fixado.

Os guinchos dos aparelhos de elevação devem ser concebidos de modo a que a

descida das cargas se faça com o motor embraiado e não em queda livre.

Todos os aparelhos de elevação devem ser providos de freios calculados e

instalados de maneira a poder suportar eficazmente uma carga que atinja, pelo

menos, vez e meia a carga autorizada.

Os órgãos de comando devem ser colocados em locais de fácil acesso, indicar

claramente as manobras a que se destinam e ser protegidos contra acionamento

acidental.

Em cada aparelho de elevação acionado automaticamente deve-se apresentar, de

forma bem visível, a indicação da carga máxima admissível.

Deve ser fixada junto do condutor, assim como na parte inferior do aparelho, a

indicação dos seus limites de emprego, tendo em conta, especialmente, o valor e

posição do contrapeso, a orientação e inclinação da lança, a carga levantada em

função do vão e a velocidade do vento compatível com a estabilidade.

A estabilidade e a ancoragem de gruas e pontes rolantes que trabalham ao ar livre

devem ser asseguradas tendo em atenção as mais fortes pressões do vento,

segundo as condições locais e as solicitações mais desfavoráveis resultantes das

manobras de carga.

Nas extremidades dos caminhos de rolamento de aparelhos de elevação sobre

carris devem existir dispositivos de paragem.

A elevação e transporte de cargas por aparelhos de elevação devem ser regulados

por um código de sinalização que comporte, para cada manobra, um sinal distinto

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feito, de preferência, por movimentos dos braços ou das mãos, devendo os

sinaleiros ser facilmente identificáveis à vista.

Os aparelhos de elevação devem ser inspecionados e submetidos a prova por

pessoa competente antes da sua instalação e recomeço de funcionamento após

paragem prolongada ou avaria.

Os aparelhos de elevação devem ser examinados diariamente pelo respectivo

condutor e inspecionados periodicamente por qualquer outra pessoa habilitada,

variando o período que decorre entre as inspeções dos diferentes elementos com os

esforços a que estejam submetidos.

Os cabos, correntes, ganchos, lingas, tambores, freios e limitadores de curso devem

ser examinados completa e cuidadosamente, pelo menos, uma vez por semana.

Os condutores dos aparelhos de elevação devem evitar, tanto quanto possível,

transportar as cargas por cima dos trabalhadores e dos locais onde a sua eventual

queda possa constituir perigo.

Quando seja necessário deslocar, por cima dos locais de trabalho, cargas perigosas,

tais como metal em fusão ou objetos presos a eletroímãs, deve-se lançar um sinal

de advertência eficaz, a fim de alertar os trabalhadores para abandonarem a zona

perigosa.

Os condutores dos aparelhos de elevação não os devem deixar sem vigilância

quando estiver suspensa uma carga.

3.2 Transportadores pneumáticos, por gravidade, de correia, de

cadeias, de rolos e de parafusos sem fim.

Os elementos carregadores dos transportadores devem ser suficientemente

resistentes para suportarem, com toda a segurança, as cargas previstas.

O conjunto do mecanismo de transporte deve ser construído de maneira a evitar o

risco de esmagamento entre os órgãos móveis e entre estes e os órgãos ou objetos

fixos.

Os transportadores aéreos de acesso frequente devem ser providos de passadiços

ou plataformas estabelecidos em todo o seu comprimento. Estes passadiços ou

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plataformas devem ter, pelo menos, 0,45 m de largura, ser munidos, de ambos os

lados de guarda-corpos e rodapés e manter-se desembaraçados de quaisquer

materiais ou objetos.

Os pavimentos dos passadiços ao longo dos transportadores e os das plataformas

nos postos de carregamento e descarga não devem ser escorregadios.

Os passadiços dos transportadores aéreos e os transportadores que, não sendo

completamente fechados, estejam situados em fossas ou ao nível do pavimento

devem ser protegidos por guarda-corpos e rodapés adequados.

Quando os transportadores não sejam completamente fechados e passem por cima

de locais de trabalho ou de passagem, devem instalar-se protectores feitos de chapa

ou rede metálica para reterem qualquer material ou objecto susceptível de cair do

transportador.

As correias, cadeias, engrenagens e árvores motoras, cilindros tambores ou carretos

dos mecanismos dos transportadores devem ser protegidos.

Os transportadores acionados mecanicamente devem ser munidos, nos postos de

carga e descarga e nos pontos onde se efetue o acionamento mecânico e a

regulação das tensões, de dispositivos que permitam travar os órgãos motores em

caso de emergência.

Os transportadores que elevam as cargas segundo um plano inclinado devem ser

providos de dispositivos mecânicos de travagem automática, para o caso de corte

acidental da força motriz.

Quando os objetos ou materiais forem carregados manualmente nos transportadores

em movimento, a velocidade destes deve ser suficientemente pequena para que os

objetos ou materiais possam ser carregados sem perda de equilíbrio.

A descarga manual de materiais pensados ou volumosos não deve efetuar-se com

os transportadores em movimento, salvo nos locais designados para esse efeito.

Quando parte do transportador se situe fora do campo de visão do operador, devem

instalar-se sinais acústicos ou luminosos a acionar pelo operador, a título de aviso,

antes de pôr o mecanismo em movimento.

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Os transportadores devem ser inspecionados periodicamente a fim de assegurar

que se mantêm em bom estado.

3.3 Carros de transporte mecânico e manual - empilhadeiras e carros

de mão

Os carros de transporte manual e os carros de mão devem ser projetados,

construídos e utilizados tendo especialmente em atenção a segurança do seu

comportamento em serviço e serem apropriados para o transporte a efetuar.

Se possível, as rodas devem ser de borracha ou material com características

equivalentes.

Os carros manuais devem ser dotados de travões quando se utilizem em rampas ou

superfícies inclinadas.

Nunca se deve proceder ao carregamento dos carros enquanto estes

permanecerem em rampas.

As pegas ou varões de empurrar devem dispor de guarda-mãos.

As empilhadeiras devem ser projetadas, construídas e utilizadas tendo

especialmente em atenção a segurança do seu comportamento em serviço e, para o

efeito, ser dotadas de dispositivos de comando e sinalização adequados.

Os comandos de arranque, aceleração, elevação e travagem devem reunir

condições que impeçam movimentos involuntários.

Os veículos devem dispor de cabina de segurança ou, alternativamente, estar

providos de armação de segurança (quadro, arco ou pórtico) para salvaguardar o

trabalhador em caso de reviramento, capotagem ou empinamento.

A indicação da capacidade de carga a transportar deve ser afixada em local bem

visível do veículo.

Os carros automotores e reboques devem apresentar, de forma bem visível,

indicação da capacidade máxima de carga.

O carregamento deve fazer-se de maneira a baixar, tanto quanto possível, o centro

de gravidade da carga. Os carros em que a descarga se efetue por basculamento

Page 12: Levantamento de Cargas

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devem estar providos de dispositivos que impeçam que o mesmo se faça

acidentalmente.

A velocidade dos meios mecânicos de transporte deve ser condicionada às

características do percurso, natureza da carga e possibilidades de travagem.

Os carros automotores e os reboques devem ser munidos de engates automáticos

concebidos de maneira que não se afastem da via escolhida.

Os carros acionados por motores de combustão não devem ser utilizados na

proximidade de locais onde há poeiras explosivas ou vapores inflamáveis e no

interior de edifícios onde a ventilação não seja suficiente para eliminar os riscos

ocasionados pelos gases de escape.

Quando não estejam em serviço, os carros devem ser recolhidos em locais

reservados para o efeito, protegidos das intempéries e devidamente imobilizados.

Os diferentes elementos dos carros devem ser inspecionados a intervalos regulares

pelo pessoal encarregado da conservação, sendo postos fora de serviço e

devidamente reparados quando for caso disso.

4 A CARGA: PESO E CENTRO DE GRAVIDADE

Qual o peso da carga a ser elevada? Para responder a esta pergunta existem 4

possibilidades:

• conhecer, pesar, calcular e supor.

O ideal é quando a peça tem seu peso indicado (pintura ou plaqueta) para peças

prontas e em estaleiros, é normatizado que peças acima de uma tonelada tenham

seu peso indicado.

Esta norma deveria ser praxe em qualquer indústria. Fabricantes de máquinas e

peças têm se empenhado muito em indicar o peso em suas peças (e cargas). Outra

possibilidade de se encontrar o peso são os borderôs ou ordens de fabricação que

deveriam indicar o peso.

Quando tivermos que pesar uma carga o ideal é que tenhamos uma balança para

talhas, de preferência com leitura digital para facilitar a leitura, ou mesmo talhas com

balança embutida com mostrador digital no comando.

Page 13: Levantamento de Cargas

13 www.blogdamecanica.com.br

Quando essas possibilidades não existem não resta outra alternativa se não calcular

ou pedir à supervisão que calcule o peso. Chutar é a pior alternativa, pois somente

com muita experiência em peças semelhantes é que temos a possibilidade de

chegar a um resultado satisfatório.

Se a definição do peso é importante, ainda mais é a definição do centro de

gravidade. Nas peças simétricas esta definição é fácil, mas em máquinas e peças

assimétricas onde o centro de gravidade é deslocado, o ideal seria que houvesse

uma indicação na máquina, peça ou mesmo embalagem. Se o centro de gravidade é

desconhecido não se sabe onde alinhar o gancho de elevação. A capacidade de um

guindaste de lança depende de quanto se avança a sua lança. Quanto mais distante

a carga estiver, menor a capacidade de carga do guindaste. O limitador de carga da

máquina não deve ser usado por erros de cálculos do operador.

5 SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGA

5.1 Transportadores Hidráulicos

Os transportadores hidráulicos são perfeitos para movimentações horizontais de

paletes. Também conhecido como carrinho hidráulico, permite elevação e descida

estável do palete, fácil operação, segurança e confiabilidade para operações em

pisos planos de boas condições.

Page 14: Levantamento de Cargas

14 www.blogdamecanica.com.br

Figura 2 - Transportador hidráulico

5.1.1 Dados Técnicos Principais

5.2 Alavanca com rodas

É usada para levantar cargas pesadas e fazer pequenos transportes.

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Pode ser utilizada para fazer pequenas manobras com cargas volumosas e

pesadas.

Quando utilizar uma alavanca nunca se deve fazer força com o peso do corpo.

Segurando bem na ponta da alavanca, têm-se uma maior capacidade de

levantamento com menor força.

Figura 3 - Alavanca com rodas

5.3 Guindaste

É um aparelho com lança giratória e sistema de levantamento de carga, construído

segundo o princípio da gangorra.

Corretamente dimensionado, o guindaste executará a contento todo o serviço e,

corretamente operado, trará rapidez e segurança à operação.

Com manutenção preventiva em dia, o guindaste dificilmente falhará quando

solicitado.

5.3.1 Tipos mais usuais

5.3.1.1 Guindaste sobre esteira com lança treliçada

• Utilizado em serviços repetitivos, onde não é necessária a variação do

comprimento de lança.

• Utilizado em locais de difícil acesso, com terreno irregular ou sem firmeza.

• De grande capacidade de carga, pode se locomover com a mesma.

• Não é aconselhado para serviços que necessitem de grandes deslocamentos,

ou de deslocamentos constantes.

Page 16: Levantamento de Cargas

16 www.blogdamecanica.com.br

• Recomendado para serviços de escavação, bate-estacas, trabalhos

portuários e grandes movimentações de carga em geral.

Figura 4 - Guindaste sobre esteira de lança treliçada

5.3.1.2 Guindaste sobre caminhão com lança treliçada

• O acionamento do guindaste é independente do caminhão.

• Utilizado em serviços repetitivos, onde não é necessária a variação do

comprimento da lança.

• Devido à sua constituição sobre caminhão, pode vencer grandes

deslocamentos na área de trabalho.

• Necessita de terreno firme e regular para que possa operar.

• De grande capacidade de carga, não pode se locomover com a mesma.

• Recomendado para serviços de montagem industrial e grandes obras de

engenharia.

Figura 5 - Guindaste sobre caminhão com lança treliçada

Page 17: Levantamento de Cargas

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5.3.1.3 Guindaste hidráulico sobre caminhão com lança telescópica

• O acionamento do guindaste é independente do caminhão.

• Utilizado em serviços diversos, onde haja necessidade constante de variação

do comprimento da lança.

• Necessita de terreno firme e regular para que possa operar com segurança.

• Pode vencer grandes deslocamentos na área de trabalho, ou não.

• De grande capacidade de carga, não pode se locomover com a mesma.

• Devido à sua grande versatilidade na variação do comprimento da lança, é

recomendado para serviços de levantamento de cargas diversas, levando-se

em conta sua tabela de carga.

Figura 6 - Guindaste hidráulico sobre caminhão com lança telescópica

5.3.1.4 Guindaste autopropulsor com lança telescópica

• Utilizado em serviços repetitivos, onde é necessária a variação do

comprimento de lança.

• Necessita de terreno firme e regular, para que possa operar com segurança.

• Ideal para serviços em áreas apertadas, onde as manobras são dificultadas.

• Equipamento versátil no deslocamento, pois os comandos de acionamento do

guindaste situam-se na mesma cabine dos comandos de deslocamento.

Page 18: Levantamento de Cargas

18 www.blogdamecanica.com.br

Figura 7 - Guindaste autopropulsor com lança telescópica

5.3.1.5 Guindaste sobre pedestal

As grandes plataformas de perfuração e produção de petróleo utilizam guindastes

dotados de lanças treliçadas, de comprimento constante, fixos à estrutura da

plataforma.

A maioria destes guindastes possui dispositivos de segurança extras para o seu uso

em plataformas marítimas, como a balança de carga para aferir com exatidão o peso

de cada carga que está sendo içada.

• Utilizado em serviços repetitivos, onde não é necessária a variação do

comprimento da lança.

• São dotados de lanças treliçadas em tubo de aço mais leve, em cantoneiras

de aço mais pesadas, ou mistas.

• Empregado em plataformas marítimas, navios, balsas, etc.

• Guindaste de grande capacidade, não pode se deslocar.

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Figura 8 - Guindaste sobre pedestal

5.4 Empilhadeiras

Define-se empilhadeira como um veículo autopropulsor de três rodas, pelo menos,

projetado para levantar, transportar e posicionar materiais.

As empilhadeiras constituem um dos equipamentos mais versáteis no transporte

interno. Destina-se tanto à movimentação vertical quanto horizontal de praticamente

todos os tipos de materiais, sem as limitações de um trajeto fixo.

As cargas são carregadas em garfos, com movimento para cima e para baixo, sobre

um quadro situado na parte dianteira do veículo. As rodas traseiras são direcionadas

e as fronteiras, de tração, podem ser motorizadas ou manuais.

É uma máquina onde o peso da carga movimentada é balanceado por um

contrapeso colocado na parte traseira do veículo.

É construída segundo o princípio da "gangorra", onde a carga, nos garfos, é

equilibrada pelo peso da máquina. O centro de rotação ou o "apoio da gangorra" é o

centro das rodas dianteiras. Dessa maneira, é muito importante sabermos a

distância do centro das rodas até o centro da carga colocada.

A capacidade de elevação de uma empilhadeira é afastada por dois fatores:

1. Peso da carga;

2. Distância do centro de gravidade da carga.

Page 20: Levantamento de Cargas

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Segundo a norma P-NB-153 da ABNT, as capacidades são referidas com centro de

carga a 60cm.

Para informações exatas, deve-se referir ao gráfico de capacidade publicado nos

folhetos de especificações de cada empilhadeira, que indica a capacidade.

A maioria das empilhadeiras tem uma suspensão de três pontos, mesmo quando se

locomove em quatro rodas. Normalmente, o eixo traseiro pivota sobre um pino no

centro, de modo que a empilhadeira está suspensa em três pontos: no pino de

articulação do eixo traseiro e em cada uma das rodas dianteiras. A área

compreendida dentro dos pontos de suspensão é chamada de triângulo de

estabilidade.

Figura 9 – Empilhadeira

Se o ponto de equilíbrio incidir fora do triângulo da estabilidade, a empilhadeira

tomba ao longo de uma das linhas do triângulo.

Quando o ponto de equilíbrio se desloca também, em resposta a uma aceleração e

desaceleração repentina ou viradas bruscas, a empilhadeira tomba para a frente.

A estabilidade é resultante de vários fatores. Distância entre eixos, largura total do

eixo de tração, altura de elevação e distribuição do peso são os maiores. Acessórios

requeridos e tipos de cargas a serem manipulados também são considerações

importantes.

Page 21: Levantamento de Cargas

21 www.blogdamecanica.com.br

Até agora analisamos os fatores de estabilidade de uma empilhadeira, sem

considerar as forças dinâmicas que resultam quando a máquina e a carga são

colocadas em movimento.

A transferência de peso e os movimentos do centro de gravidade resultantes, as

forças dinâmicas criadas quando a máquina está em movimento, freando, elevando,

inclinando e descendo cargas, são considerações de estabilidade.

5.4.1 Tipos de estabilidade:

• Estabilidade lateral em movimento - considere a habilidade de a máquina

manobrar rapidamente, quando estava trabalhando vazia, a carga abaixada, a

30cm do chão.

• Estabilidade lateral de empilhamento - considere o alto empilhamento de

cargas e o efeito ao declive do solo, nas operações de alto empilhamento.

• Estabilidade longitudinal em movimento - considere a habilidade de parar a

máquina, estando ela em movimento, vazia ou carregada, com a carga

aproximadamente a 30 cm do solo.

• Estabilidade longitudinal de empilhamento - considere o manuseio de cargas

nas elevações do empilhamento e o efeito de paradas repentinas.

5.5 Ponte rolante

A ponte rolante tem seus movimentos longitudinal, transversal e vertical

motorizados. Dependendo de seu tamanho e potência, tem os seus movimentos

comandados por um operador na cabina, ou por botoeira ao nível do piso.

O movimento longitudinal esquerdo ou direito é feito pelas rodas sobre os trilhos. O

transversal esquerdo ou direito é feito pelo carro sobre a ponte. O vertical

ascendente ou descendente é feito pelo enrolamento ou desenrolamento do cabo de

aço ou corrente.

Os tipos de pontes rolantes variam em função dos fabricantes e são grandes opções

oferecidas. De forma geral, as pequenas têm uma potência de carga até 30000N (3t)

e as grandes podem chegar até 1200000N (120t).

As pontes rolantes podem ser montadas em pequenos vãos, de aproximadamente

8m, até em grandes vãos que chegam a 30m.

Page 22: Levantamento de Cargas

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Convencionou-se dividir as pontes em grupos. em função da capacidade de carga.

O grupo leve engloba as pontes de 30000 a 150000N (3 a 15t); o grupo médio, as de

200000 a 3 500000N ) (20 a 50t) e o grupo pesado, as de 500000 a 1200000N (50 a

120t).

Os grupos médios e pesados são equipados com gancho auxiliar no carro, que

permite maior versatilidade no levantamento da carga.

5.5.1 Tipos de pontes rolantes

Os tipos mais comuns são:

5.5.1.1 Ponte rolante apoiada univiga

Dependendo da capacidade do vão, as vigas principais podem ser constituídas de

viga tipo “I” laminada ou viga tipo “caixão” soldada.

Podem agüentar cerca de 15000 kg.

Page 23: Levantamento de Cargas

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Figura 10 - Ponte rolante apoiada univiga

5.5.1.2 Ponte rolante apoiada dupla-viga

O aproveitamento da altura é particularmente vantajoso nessa construção podendo

o gancho de carga ser içado entre as duas vigas principais da ponte rolante.

Geralmente agüentam uma carga de até 50000 kg.

Page 24: Levantamento de Cargas

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Figura 11 - Ponte rolante apoiada dupla-viga

5.5.1.3 Ponte rolante suspensa

Transladam na aba inferior da viga de rolamento que é montada diretamente na

estrutura do prédio, aproveitando assim o máximo de altura disponível e eliminando

a necessidade de estrutura auxiliar no piso.

As aproximações laterais do gancho são menores do que qualquer outro tipo de

construção de ponte rolante, pois a viga principal avança além do vão do caminho

de rolamento, possibilitando o máximo aproveitamento da largura do prédio.

Outra particularidade dessa construção de ponte rolante é a possibilidade de

combinação com outras pontes rolantes ou monovias utilizando-se de um único

mecanismo de elevação e translação da carga.

Em geral suportam até 10000 kg.

Page 25: Levantamento de Cargas

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Figura 12 - Ponte rolante suspensa

5.6 Pórtico e semipórtico

Pórticos e semipórtícos são equipamentos de uma ou duas vigas, com ou sem trave

em balanço.

Possuem comando desde o piso, por botoeiras ou cabina, podendo esta ser fixa na

viga ou móvel junto ao carro.

As velocidades de elevação e translação são de acordo com as necessidades. Sua

capacidade de carga chega atingir 800kN e seu vão chega atingir 40m.

O pórtico, devido a seu tipo de construção, não precisa de nenhum apoio como o

semipórtico, para ser montado, por isso é a solução ideal para o transporte de

materiais em espaços livres ou em prédios que não foram dimensionados para este

fim.

Page 26: Levantamento de Cargas

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O pórtico ou semipórtico deslocam-se longitudinalmente sabre trilhos, à esquerda ou

à direita. Transversalmente, à esquerda ou à direita, sobre a ponte e, verticalmente,

ascendente ou descendente, através do enrolamento dos cabos de aço.

5.7 Talhas

A talha é montada no carro trolley e é resposável pelo movimento de elevação da

ponte rolante. Geralmente a talha utiliza um cabo de aço para levantar um bloco de

gancho ou dispositivo de elevação. Para parar o movimento de elevação é utilizado

um motor elétrico com freio chamado de motofreio.

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Figura 13 - Vista explodida de uma talha de corrente

6 DICAS DE SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE TALHAS E PONTES ROLANTES

� Estudar o manual de instruções do fabricante, mesmo que você seja um

experiente operador de talhas.

� Manter sempre a talha centralizada sobre a carga antes do içamento. Tração

lateral excessiva pode danificar a talha, o trole ou a corrente de carga. Não

transporte cargas lateralmente.

� Nunca torcer a corrente ou virar o bloco inferior ao contrário.

� Nunca enrole uma corrente de roletes.

Page 28: Levantamento de Cargas

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� Proceder sempre uma inspeção visual da talha antes de iniciar uma

operação, que inclui os ganchos, a corrente de carga, chaves limitadoras e

freios. Certifique-se de que os mesmos se encontram em condições de

operação.

� Nunca usar a corrente de carga como uma linga. Utilizar sempre lingas

apropriadas.

� Nunca exceder a capacidade de carga da talha. Existe um modelo apropriado

para cada tarefa. Certifique-se que os suportes de suspensão estão

dimensionados para a carga a ser içada. Em caso de dúvidas não realizar a

operação.

� Não operar uma talha até os limites extremos da corrente de carga. A chave

limitadora destina-se somente a paradas de fim de curso.

� Nunca deixar cargas suspensas por longo período ou quando o operador não

estiver presente.

� Utilizar um recolhedor de correntes, quando necessário.

� Nunca colidir a talha com outras talhas ou objetos.

� Nunca utilizar uma talha para transportar pessoas.

� Nunca transportar cargas sobre pessoas.

� Levantar cuidadosamente a carga. Nunca levantar aos trancos.

� Sempre faça a elevação da carga em linha reta. Nunca em ângulos.

� Nunca utilizar uma talha além de seu ciclo projetado de trabalho.

� Não acione a talha em solavancos desnecessários.

� Assegurar que a carga esteja livre para movimentação. A área deve estar

desobstruída.

� Assegure-se sempre que a área de desembarque esteja desobstruída.

� Assegurar-se que a carga está equilibrada e presa na corrente de carga.

� Assegurar-se que a linga é própria para a carga e se o gancho é próprio e

que esteja fechado.

� Ao operar a talha, estar atento ao movimento da carga para evitar acidentes

com pessoas que possam estar passando pelo local.

� Utilizar o bom senso no transporte de cargas, observando onde ela está indo.

� Assegurar-se que a corrente de carga está bem assentada de maneira

apropriada no côncavo do gancho e com a trava fechada.

Page 29: Levantamento de Cargas

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7 SISTEMAS DE AMARRAÇÃO DE CARGA

1.1 Qual linga para qual aplicação?

Para movimentar cargas com meios de elevação são utilizados lingas e dispositivos

de movimentação.

As Lingas são, por exemplo: cabos, correntes, cintas e laços sintéticos. Por meio

delas é que fazemos o acoplamento da carga ao meio de elevação.

Dispositivos de movimentação são aqueles que fazem um acoplamento direto ou

mesmo através de uma Linga à carga. São considerados dispositivos de

movimentação: ganchos e garras especiais, suportes para eletroimãs, travessões,

etc. A escolha da Linga deveria ser feita pela engenharia de produção ou pelo

planejamento, mas na maioria das vezes, quem tem de escolher é o próprio

movimentador.

Figura 14 - O cabo é passado por baixo da carga e a corrente a suporta com menor desgaste

Page 30: Levantamento de Cargas

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Aplicáveis são:

• Cabos de Aço: para cargas com superfície lisa, oleosa ou escorregadia,

assim como laços de cabo de aço com ganchos para aplicação nos olhais da

carga.

• Correntes: para materiais em altas temperaturas e cargas que não tenham

chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho podem ser acoplados aos

olhais da carga.

• Cintas e Laços Sintéticos: para cargas com superfícies extremamente

escorregadias ou sensíveis, como por exemplo, cilindros de calandragem,

eixos, peças prontas e pintadas.

• Cordas de Sisal e Sintéticas: para cargas com superfície sensível, de baixo

peso, como tubos, peças de aquecimento e refrigeração ou outras peças

passíveis de amassamento.

• Combinação Cabo e corrente: para o transporte de perfis e trefilados. Neste

caso a corrente deve ficar na área de desgaste onde possivelmente existam

cantos vivos e o cabo fica nas extremidades exercendo função de suporte e

facilitando a passagem da Linga por baixo das cargas.

Não aplicáveis são:

• Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas temperaturas.

• Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia.

• Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em altas

temperaturas.

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Figura 15 - Transporte usando cintas

Para o transporte de chapas na perpendicular devemos usar grampos pega-chapa.

Desde abril de 1979 é obrigatório que estes ganchos tenham uma trava. A pega

(abertura) do grampo deve ser indicada na própria peça.

Para o transporte de chapas devemos usar sempre dois grampos que tenham uma

pega compatível com a espessura da chapa. Os dois grampos são necessários para

que se garanta a estabilidade da carga, pois, se a chapa balança, as ranhuras da

garra desgastam rapidamente, podendo se quebrar nos cantos. Antes de

movimentar, sempre travar os grampos.

Para o transporte de perfis existem diversos tipos de dispositivos de movimentação,

os quais nem sempre são dotados de travas que não permitam que a carga se solte.

Estes dispositivos são projetados para cargas específicas e só devem ser usados

para as quais foram construídos.

Também para movimentar as chapas na horizontal, devemos usar grampos com

trava, pois chapas finas tendem a se dobrar o que pode fazer com que se soltem

dos grampos e caiam.

1.2 Cordas

As cordas são o mais antigo tipo de Linga, que se conhece. Elas são produzidas a

partir de fibras que são torcidas, trançadas ou encapadas.

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Antigamente as fibras que se utilizavam na fabricação de cordas eram fibras naturais

como Sisal ou Cânhamo. Hoje estas fibras são substituídas por fibras sintéticas

como Poliamida, Poliester ou Polipropileno que às vezes são comercializadas com

nomes comerciais como nylon, diolen, trevira e outros.

Como diferenciar as diversas fibras:

Uma vez que existem diversos tipos de fibras com diferentes capacidades, é

necessário que se saiba qual é a fibra para se conhecer sua capacidade de carga.

Em cordas, a partir de 3mm de diâmetro devemos ter uma filaça de uma

determinada cor para identificar a fibra mas, cordas abaixo de 16mm de diâmetro,

são muito finas e não devem ser utilizadas para movimentação.

Em cordas a partir de 16mm deveria haver identificação do fabricante e do ano de

fabricação. Por normalização internacional as cores que identificam as fibras são:

Cânhamo -------------------------------------------- Verde

Sisal --------------------------------------------- Vermelho

Cânhamo de Manilha ----------------------------- Preto

Poliamida -------------------------------------------- Verde

Poliester ----------------------------------------------- Azul

Polipropileno-------------------------------------- Marrom

A cor verde, para cânhamo e poliamida, não é passível de ser confundida uma vez

que o cânhamo tem um acabamento rústico e a poliamida um acabamento muito

liso.

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Figura 16 - Alguns tipos de cordas

1.3 Cabos de aço

Terminologia:

PERNA - É o agrupamento de arames torcidos de um cabo.

ALMA - É o núcleo do cabo de aço.

Um cabo é feito com diversas pernas em redor de um núcleo ou alma.

LEITURA - Exemplo: cabo 6 x 19

O primeiro número ( 6 ) representa a quantidade de pernas de que é

constituído.

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O segundo número ( 19 ) especifica a quantidade de arames que

compõe cada perna.

Portanto, o cabo 6 x 19 tem 6 pernas, tendo cada uma delas 19 fios ou seja um total

de 114 fios.

Figura 17 - Cabo de aço do exemplo

7.1.1 Classificação quanto à Alma

AF - Alma de fibra (canhamo) maior flexibilidade.

AA - Alma de Aço - maior resistência à tração.

AACI - Alma de Aço com Cabo Independente: combinação de flexibilidade com

resistência à tração.

Nota: Os cabos AA (Alma de aço) tem 7,5% de resistência à tração a mais e 10%

no peso em relação aos AF (alma de fibra).

7.1.2 Torção

− Torção à DIREITA: quando as pernas são torcidas da esquerda para a

direita.

− Torção à ESQUERDA: quando as pernas são torcidas da direita para a

esquerda.

Figura 18 - Torção das pernas dos cabos de aço

Page 35: Levantamento de Cargas

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− Torção REGULAR: quando os fios de cada perna são torcidos em sentido

oposto á torção das próprias pernas (em cruz). Maior estabilidade.

− Torção LANG: quando os fios e as pernas são torcidas na mesma direção

(paralelo). A torção LANG tem por característica o aumento da resistência à

abrasão e da flexibilidade do cabo.

Figura 19 - Lang nos cabos de aço

Cabos de aço com alta capacidade de carga são construídos a partir de arames

trefilados a frio com uma resistência de 1770 mm2

Arames individuais são trançados primeiramente para formar uma perna e estas

pernas por sua vez são trançadas para formar o cabo de aço. O arame individual

fica numa helicoidal dupla, sendo a primeira na perna e a segunda na torcedura do

cabo. Com aplicação de carga no cabo é feita uma alteração no seu volume, o que

se explica pela acomodação das pernas sobre a alma, com isso o diâmetro do cabo

é reduzido.

Para apoio das pernas existe, no interior do cabo, uma alma que pode ser feita a

partir de fibras naturais, sintéticas ou de aço. A alma não tem somente função de

apoio, mas funciona também como reservatório de óleo. Quando o cabo é solicitado,

as pernas comprimem a alma que libera o óleo, com isso o atrito dentro do cabo é

reduzido.

Cabos velhos onde o óleo já foi consumido e cabos que trabalham em temperatura

que já perderam seu óleo por evaporação ainda não perderam resistência mas,

perderam vida útil. Por isso devemos periodicamente lubrificar os cabos

externamente com óleo adequado.

Page 36: Levantamento de Cargas

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Um único arame rompido é de pouca importância pois logo a frente estará prensado

entre outros e ainda contribuindo para a capacidade de carga. Somente quando

temos vários arames rompidos é que a capacidade de carga diminui. Aqui, fica

demonstrada uma boa característica do cabo de aço. Ele nunca se rompe sem que

antes vários arames se rompam. O cabo de aço, habitualmente, é composto de seis

pernas e da alma que retém o lubrificante. O cabo assim composto é utilizado para

Lingas, guindastes ou talhas. Ele tem uma boa deformidade e, portanto, é aplicável

para diversas finalidades.

Cabos de aço fabricados em espiral (cordoalhas) ou uma perna simples, não devem

ser utilizados para movimentação, pois tem uma estrutura muito rígida e são feitos

apenas para tensionamento.

O tipo mais flexível é o cabo de aço que é composto de diversas pernas e da alma.

A alma no interior e a diferença de área metálica fazem com que num mesmo

diâmetro, a cordoalha tenha uma maior capacidade de carga que o cabo.

7.1.3 Flexibilidade

A flexibilidade está condicionada ao número de arames que o compõe.

São os cabos classificados em:

a)Pequena flexibilidade: construção 3 x 7, 6 x 7, 1 x 7 (cordoalha);

b)Flexíveis: construção 6 x 19, 6 x 21, 6 x 25, 8 x 19, 18 x 7;

c)Extra flexível: construção 6 x 31, 6 x 37, 6 x 41, 6 x 43, 6 x 47, 6 x 61.

7.1.4 Tipos

WARRINGTON - Pernas do cabo construídas com duas bitolas de arames; bastante

flexível e menos resistente ao desgaste, pois os arames mais finos encontram-se na

periferia.

SEALE - Pernas do cabo construídas com três bitolas de arame, sendo o cabo

menos flexível da série, porém mais resistente ao desgaste à abrasão.

FILLER - Pernas do cabo construídas com vinte e cinco arames (seis de

enchimento) apresentando boa flexibilidade.

Page 37: Levantamento de Cargas

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COMUM - As pernas do cabo são construídas por um só tipo de arame. É um termo

intermediário entre a flexibilidade e resistência ao desgaste, dos outros tipos acima.

Figura 20 - Tipos de cabos de aço

Para definir a carga de trabalho de um cabo pelo seu diâmetro devemos medi-lo,

conforme demonstrado na figura abaixo.

Figura 21 - Como medir cabos de aço

Cabos já utilizados em guindastes ou outros meios de elevação não podem ser

utilizados novamente numa composição de Linga. Ele pode ter um grande desgaste

interno que não é visível externamente.

Page 38: Levantamento de Cargas

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7.1.5 Tabela de Diâmetros Ideais de Tambores e Polias

Seguem os diâmetros ideais das polias ou tambores conforme a formação do cabo:

Diâmetro do Tambor ou Polia

Tipo de Cabo MínimoRecomendado

6 x 7 42 vezes o ∅ do cabo 72 vezes

6 x 19 30 vezes o ∅ do cabo 51 vezes

6 x 25 30 vezes o ∅ do cabo 45 vezes

6 x 37, 41, 43 18 vezes o ∅ do cabo 27 vezes

8 x 19 21 vezes o ∅ do cabo 31 vezes

18 x 7 34 vezes o ∅ do cabo 51 vezes

7.1.6 Resistência dos Cabos de Aço

A resistência teórica dos cabos se determina somando-se a resistência dos arames

que o compõe, excluindo-se as almas dos mesmos, quer sejam de aço ou de fibra.

A carga de ruptura efetiva diminui conforme aumenta o número de arames:

Exemplos:

a) Cordoalhas 3 a 7 fios, resistência efetiva 96% da teórica

b) Cordoalhas 19 fios, resistência efetiva 94% da teórica

c) Cabos 6x7, 6x25, 8x19, resistência efetiva 85% da teórica

d) Cabos 6x37, 6x41, resistência efetiva 80% da teórica

e) Cabos 6x42, 6x43, 6x47, 6x61, resist. efetiva 72% da teórica

A carga de trabalho de um cabo em movimento é 1/5 (um quinto) de sua carga

de ruptura mínima.

O fator de segurança é a relação entre a carga de ruptura mínima e a carga

aplicada. Exemplo:

a) Cordoalhas e cabos estáticos, fator 3 a 4

b) Cabos tração horizontal, fator 4 a 5

Page 39: Levantamento de Cargas

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c) Cabos p/ guinchos e terraplan., fator 5

d) Pontes rolantes, talhas elétricas, fator 6 a 8

e) Elevadores baixa velocidade, fator 8 a 10

f) Elevadores alta velocidade, fator 10 a 16

Pré-formação:

É processo de fabricação cuja finalidade é a de eliminar as tensões internas e

torções inerentes aos arames de alto carbono, utilizados na fabricação de cabos de

aço.

As pernas dos cabos pré-formados se acomodam na posição Helicoidal que ocupam

no conjunto.

São as seguintes as vantagens apresentadas pelos cabos pré-formados:

a) aumento à flexibilidade;

b) maior resistência à fadiga de flexão;

c) eliminação das tensões internas;

d) manutenção na sua posição original dos arames que se quebram, não se

desfiando;

e) o não desenrolamento das extremidades cortadas.

7.2 Cintas

As cintas de movimentação são fabricadas a partir de fibras sintéticas.

Com relação ao seu próprio peso, as cintas têm uma capacidade de carga e não

prejudicam a sua superfície.

Page 40: Levantamento de Cargas

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Figura 22 - Cinta de poliester com etiqueta

As cintas de poliester devem ter uma etiqueta azul para que sejam reconhecidas.

Elas têm uma boa resistência quanto à luz e calor e também ácidos solventes. Elas

têm também uma boa elasticidade, o que faz com que seja o tipo de cinta mais

utilizada. Ela só não resiste à base e por isso não deve ser lavada com sabão.

As cintas de poliamida devem ter uma etiqueta verde de identificação e são

resistentes à bases. A desvantagem das cintas de poliamida está no fato de que

elas absorvem muita água em ambientes úmidos o que reduz sua capacidade. Esta

acumulação de água pode também fazer com que em dias muito frios ela possa se

enrijecer (congelar) e ficar quebradiça.

Cintas de movimentação feitas de polipropileno (etiqueta marrom) tem uma baixa

capacidade de carga, levando-se em conta seu peso próprio, e são pouco flexíveis.

Mas elas têm uma boa resistência química e são utilizadas em casos especiais.

O NYLON é a mais forte das fibras sintéticas e apresenta uma alta capacidade de

absorção de força, além de excepcional resistência a sucessivos carregamentos.

Para utilização de cintas em banhos químicos, o fabricante deveria ser consultado

para maiores esclarecimentos.

As formas mais comuns de cintas são:

• cesto sem fim

• com olhais sem reforço

Page 41: Levantamento de Cargas

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• com olhais reforçados

• com terminais metálicos

No caso de terminais metálicos, eles devem ser feitos de forma que seja possível

passar um pelo outro para que se possa fazer uma laçada.

Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando usadas ao ar livre ou em

banhos químicos, a data de fabricação das cintas deve estar na etiqueta.

Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar revestimentos com

materiais sintéticos resistentes, em especial de poliuretano. Normalmente estes de

perfis são ajustáveis à cinta.

Figura 23 - Levantamento de carga utilizando uma cinta

Para utilização de cintas existem algumas regras especiais:

Page 42: Levantamento de Cargas

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• Quando se eleva uma carga, o ângulo de abertura entre as pontas da cinta

não deve ultrapassar 120º.

• Somente cintas com olhais reforçados podem ser utilizadas em laço.

• Para utilizar diversas cintas num travessão todas devem estar numa perna

perpendicular para não haver esforço maior numa das pernas.

• As cargas não podem ser depositadas sobre as cintas para que não sejam

danificadas.

• Não se pode dar nó nas cintas.

• Após utilização em banhos químicos, as cintas devem ser neutralizadas e

enxaguadas para que não haja concentração química.

7.2.1 Segurança também requer Inspeção

As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a duas semanas,

quando usadas em levantamentos gerais de diferentes tipos de cargas.

1º. Coloque a cinta em uma superfície plana com área apropriada.

2º. Examine os dois lados da cinta.

3º. Cintas tipo Anel devem ser examinadas em todo seu comprimento e perímetro.

4º. As alças dos olhais devem ser examinadas particular e cuidadosamente.

5º. Todo equipamento deve ser examinado somente por uma pessoa,designada

para esta inspeção.

7.2.2 10 itens para um levantamento seguro :

1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e

estabilidade.

2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação.

3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além de evitar

desgaste do equipamento e acidentes.

4. Nunca use cintas avarariadas.

5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fácil remoção,

após o uso.

6. Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque calços ao

descarregá-la para melhor poder elevá-la.

Page 43: Levantamento de Cargas

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7. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes.

8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”, de seção lisa e

redonda.

9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho.

10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o total

do peso está bem distribuído na tensão dos vértices da cinta.

7.2.3 Formas de Levantamento

As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro formas

diferentes de levantamento ilustrado .Algumas cintas são especificamente

designadas para serem utilizadas em somente um tipo de levantamento.

Figura 24 - Formas de utilização das cintas

7.3 Correntes para Lingas

Correntes são fabricadas em diversas formas e qualidades. Primeiramente os elos

são dobrados e depois soldados. Posteriormente é feito o tratamento térmico

(correntes de grau) e ensaio de tração. Diversos testes são feitos durante e após a

fabricação para que as correntes sejam certificadas. Durantea produção, alguns elos

são dobrados em diversos sentidos para verificar a solda e após a produção e

tratamento térmico, são realizados testes de tração e ruptura.

O passo de um elo é o seu comprimento interno. Somente correntes que tenham

elos com passo igual a três vezes o seu diâmetro podem ser utilizadas para

movimentação e amarração de cargas. Esta regra se explica pelo fato de que

correntes assim construídas, quando aplicadas em ângulos retos, os elos se apóiam

nos elos vizinhos, evitando assim que a corrente se dobre.

Page 44: Levantamento de Cargas

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7.3.1 Correntes Soldadas

Comuns, Galvanizadas, Calibradas (Especiais para Talhas)

Figura 25 - Corrente de aço forjado e amarras até 3"

7.3.2 Correntes Forjadas

Tabela de Medidas e Pesos Aproximados

As correntes calibradas têm as medidas exatas, são testadas em máquinas de

provas de acordo com a tabela acima e com o coeficiente 2, ou seja, 100% da carga

admissível (carga de segurança)

7.3.3 Lingas de Correntes

Lingas simples - em aço forjado usadas em fundições, Pontes rolantes, Empreiteiros

de Construção e para todos os trabalhos onde se tornam necessários Guindastes

Page 45: Levantamento de Cargas

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para remoção de material, como cargas e descargas de navios e caminhões. Segue

tabela de cargas de trabalho.

Figura 26 - Lingas de Correntes

Quadro de Cargas de Trabalho

Page 46: Levantamento de Cargas

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Figura 27 - Lingas Duplas, Triplas, Quadruplas, etc

7.4 Lingas Combinadas

Para a movimentação de cargas temos alternativas para melhorar a durabilidade,

facilitar o manuseio e também poupar a carga. Podemos conseguir isso combinando

diversos materiais.

7.4.1 Cabo - corrente - cabo:

Usa-se o cabo para passar por baixo da carga. A parte que envolve a carga é uma

corrente de grau 8 o que, por exemplo, no transporte de trefilados garante uma boa

durabilidade e bons custos.

Page 47: Levantamento de Cargas

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7.4.2 Corrente com encurtador - cabo.

Quando o cabo é necessário para que se envolva a carga e precisamos também de

ajuste no comprimento da Linga, usamos esta combinação.

7.4.3 Corrente - cintas.

As cintas são utilizadas principalmente no transporte de peças acabadas ou semi-

acabadas onde a superfície não pode ser danificada. Com essa combinação temos

a vantagem da durabilidade da corrente e da facilidade de substituir a cinta quando

necessário. Fora a possibilidade de ajuste no comprimento da Linga usando garras

de encurtamento.

7.4.4 Corrente - laço sintético

Assim como a cinta, o laço sintético pode ser conjugado com a corrente e seus

acessórios e manter a boa característica do laço que é a de poupar a carga de

danos superficiais. Em Lingas combinadas devemos atentar para que a plaqueta de

identificação seja feita de acordo com a parte mais frágil da Linga. Nunca considerar

a carga pelo dimensional da corrente, pois nestes casos normalmente ela está super

dimensionada com relação aos outros materiais aplicados.

7.4.5 Combinação corrente + cinta

7.5 Modos de Movimentação

Para efeito de cálculos usamos, como exemplo, sempre Lingas que comportam

1000Kg por perna.

• corrente 10mm grau 2

• cabo de aço 12mm

Page 48: Levantamento de Cargas

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• corda de polipropileno 24mm

• corrente 8mm grau 5

• corrente 6mm grau 8

Devemos demonstrar com isto o quanto a carga pode pesar em cada modo de

operação.

• A movimentação com Lingas de duas pernas. Quanto maior a angulação

menor a capacidade de carga da Linga pois as forças resultantes são

Crescentes

• A movimentação com Lingas de uma perna

é mais simples. A carga pode ser igual a

capacidade de carga da perna.

Page 49: Levantamento de Cargas

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• Linga em cesto perpendicular à carga

pode ter o peso igual a capacidade de

quatro pernas independentes somadas.

Mas isso somente se o diâmetro da

peça for grande o suficiente e não

houver cantos vivos. Só pode ser usada

quando não houver risco da carga

escorregar

• Dois laços em perpendicular, por causa da

força aplicada no lançamento. Devemos

contar com apenas 80% da capacidade da

carga.

• Cesto duplo com angulação: por causa da

angulação não podemos contar com a

capacidade de 4 pernas individuais

(4x700kg). Quando temos Lingas de quatro

pernas podemos apenas contar como se

fossem três pernas portanto, a menos que

se tenha certeza de que as quatro pernas

estejam igualmente carregadas.

Page 50: Levantamento de Cargas

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• Dois laços com angulação: a carga está

depositada em duas pernas. Devemos

consultar a tabela e ver qual o diâmetro e

qual a angulação temos e posteriormente

descontar 20% da capacidade de carga

por causa do laçamento.

• Se utilizarmos uma Linga em cesto onde as

extremidades estão presas a um único elo de

sustentação onde a corrente trabalhe sem dobras ao

redor da carga e com uma angulação inexpressiva.

Podemos calcular com a capacidade de cada perna

como cheia.

Page 51: Levantamento de Cargas

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• Se utilizarmos uma Linga em cesto ou em laço

devemos contar com apenas 80% de sua

capacidade de carga por causa da dobra que é feita

no laçamento.

• Se utilizarmos uma Linga em cesto sem fim onde

a corrente trabalhe sem dobras ao redor da carga

e com uma angulação inexpressiva. Devemos

contar com 80% da capacidade da carga de suas

pernas uma vez que ela trabalha dobrada sobre o

gancho.

Page 52: Levantamento de Cargas

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7.5.1 Movimentação com Travessões

Com travessões podemos fazer movimentações mesmo com pouca altura de

elevação, evitando total ou parcialmente a angulação das pernas.

As cargas abaixo do Travessão devem ser presas de tal forma que não possam se

dobrar e cair (carga ou peças individuais).

Devemos considerar como única desvantagem do Travessão o seu próprio peso,

pois quanto maior seu peso menor o peso que poderemos transportar, devido a

limitação do meio de elevação.

Se utilizarmos Travessões e a carga não for alinhada em seu centro a carga pende e

pode escorregar e cair

• Se utilizarmos uma Linga sem fim em laço, devemos

contar também com apenas 80% da capacidade de

suas pernas uma vez que ela sofre dobramentos no

laço e no gancho.

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8 CONCLUSÃO

Nas indústrias é crescente a utilização de meios de elevação com operação a partir

do solo (controle remoto), onde o movimentador é também operador, ou seja, ele é

responsável pelas duas funções. O perigo é que tanto o pessoal da produção quanto

o pessoal da manutenção operam e movimentam, com isso exercem uma atividade

a qual não estão acostumados ou mesmo preparados. A facilidade com que os

meios de elevação movimentam a carga engana quanto às situações de perigo. Pela

demonstração de condições de acidentes típicos é preciso que elas sejam

conhecidas e consequentemente evitadas.

No setor de transportes, apesar do alto grau de automatização, ainda existe um

grande percentual de trabalho manual, especialmente na movimentação de cargas

por meio de talhas, guindastes, etc. que de agora em diante chamaremos de meios

de elevação.