leucemia - pediatria

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LEUCEMIAS

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Leucemia em pediatria Cuidados de enfermagem

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Page 1: Leucemia - Pediatria

LEUCEMIAS

Page 2: Leucemia - Pediatria

DEFINIÇÃO

A leucemia é uma doença maligna

dos glóbulos brancos (leucócitos) de

origem, na maioria das vezes não

conhecida, ou seja, que afeta a

produção dos glóbulos brancos.

Page 3: Leucemia - Pediatria

CLASSIFICAÇÃO

Morfológica;

Marcadores citoquímicos;

Estudos cromossômicos;

Marcadores imunológicos de

superfície celular.

Page 4: Leucemia - Pediatria

CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA Linfo: indica leucemias que afetam o sistema

linfático;

Mielo: indica as leucemias de origem mielóide

(medula óssea);

Blástica e aguda: indicam leucemias

envolvendo células imaturas;

Cítica e crônica: indicam as leucemias que

envolvem células maduras.

Page 5: Leucemia - Pediatria

TIPOS DE LEUCEMIA

Leucemia linfocítica crônica;

Leucemia mielóide crônica;

Leucemia linfocítica aguda;

*Leucemia mielóide aguda.

Page 6: Leucemia - Pediatria

INCIDÊNCIA

O tipo mais freqüente de câncer em crianças e

adolescentes no Brasil são as leucemias, alcançando

uma média de 29% entre os casos nessa faixa

etária. O percentual é o mesmo ao índice mundial.

O dado consta de estudo inédito feito pelo Instituto

Nacional de Câncer (Inca). A incidência máxima está

em crianças entre 2 e 6 anos de idade.

Page 7: Leucemia - Pediatria

FATORES DETERMINANTES

Radiação;

Vírus oncogênicos;

Agentes químicos e drogas;

Fatores genéticos;

Fatores imunológicos.

Page 8: Leucemia - Pediatria

FISIOPATOLOGIA

Proliferação irrestrita de leucócitos imaturos nos

tecidos hematopoéticos;

As células leucêmicas exibem as mesmas propriedades

neoplásicas do cânceres sólidos;

Há uma infiltração e substituição de qualquer tecido do

organismo pelas células leucêmicas não funcionais;

As células em proliferação deprimem a produção dos

elementos figurados do sangue na medula óssea;

Page 9: Leucemia - Pediatria

Há comprometimento do baço, fígado e

linfonodos podendo ocasionar fibrose;

Comprometimento do SNC;

As células leucêmicas podem invadir os

testículos, rins, próstata, ovários, trato GI e

pulmões;

As células leucêmicas privam todas as outras

dos nutrientes necessários.

Page 10: Leucemia - Pediatria

SINAIS E SINTOMAS (GERAIS) Diminuição na produção de glóbulos

vermelhos (hemoglobina): sinais de anemia

levando a palidez, cansaço fácil, sonolência.

Diminuição na produção de plaquetas:

manchas roxas que ocorrem em locais onde

não relacionados a traumas, podem aparecer

petéquias ou sangramentos prolongados

resultantes de pequenos ferimentos.

Page 11: Leucemia - Pediatria

Diminuição na produção de glóbulos

brancos: aumentando o risco de

infecção. Pode ocasionar gânglios,

dores de cabeça e vômitos.

Dor óssea (no inicio crianças

pequenas podem mancar ou recusar-

se a andar)

Page 12: Leucemia - Pediatria

SINAIS E SINTOMAS (ESPECIFICOS)

Disfunção da medula óssea: palidez,

fadiga, febre, hemorragia, tedência a

fraturas, dor;

Fígado, baço e linfonodos:

hepatomegalia, esplenomegalia,

linfadenopatia;

Page 13: Leucemia - Pediatria

SNC (meninges): cefaléia intensa,

vômitos, irritabilidade, letargia,

papiledema, coma eventual, dor,

rigidez do pescoço e dorso;

Hipermetabolismo: atrofia muscular,

perda de peso, anorexia e fadiga.

Page 14: Leucemia - Pediatria

COMPLICAÇÕES

Anemia;

Infecção;

Tendência hemorrágica.

Page 15: Leucemia - Pediatria

DIAGNÓSTICO

Clínico;

Mielograma;

Hemograma;

Punção da medula óssea;

Biópsia de medula;

Citoquímica e citogenética;

Marcadores imunológicos.

Page 16: Leucemia - Pediatria
Page 17: Leucemia - Pediatria
Page 18: Leucemia - Pediatria

PROGNÓSTICO

A contagem inicial de leucócitos;

A idade da criança por ocasião do

diagnóstico;

O tipo de célula envolvida;

O sexo da criança;

A análise do cariótipo.

Page 19: Leucemia - Pediatria

TRATAMENTO

Quimioterapia:

• Indução da remissão

• Profilaxia do SNC

• Manutenção ou consolidação

Radioterapia

Transplante de Medula Óssea

Page 20: Leucemia - Pediatria

TRATAMENTO

Indução da remissão

• Inicia quase que imediatamente após a confirmação do diagnóstico e dura de 4 a 6 semanas;

• Tem objetivo de eliminar as células leucêmicas e restaurar a função medular normal;

• Ocorre mielossupressão dos elementos sanguíneos normais, com alto risco de infecção (↓dos leucócitos), hemorragia (↓ das plaquetas) e anemia (↓ das hemácias).

Page 21: Leucemia - Pediatria

TRATAMENTO

Profilaxia do SNC

• A maioria dos agentes quimioterápicos não penetra no SNC, por isso é utilizada a terapia intratecal ou a irradiação craniana, para prevenir a invasão das células leucêmicas neste local.

• O tratamento no SNC pode levar ao desenvolvimento de tumores, além do risco de prejudicar a função intelectual e motora, principalmente em crianças menores de 5 anos.

Page 22: Leucemia - Pediatria

TRATAMENTO

Profilaxia do SNC

• Após a administração do fármaco, o paciente deve ficar de repouso, de preferência em decúbito ventral;

• As reações esperadas são cefaléia, náuseas e febre. Outros efeitos graves incluem rigidez da nuca, vômitos, paresias, dor lombar, confusão, irritabilidade, vertigem, sonolência e convulsão.

Page 23: Leucemia - Pediatria

TRATAMENTO

Manutenção ou consolidação

• Inicia após a terapia de indução bem sucedida, com o objetivo de manter a remissão e reduzir ainda mais o número de células leucêmicas;

• Se não houver uma continuidade no tratamento após a remissão, a todos os casos podem recidivar;

Page 24: Leucemia - Pediatria

TRATAMENTO Recidiva: quando se observa a presença de

células leucêmicas na medula óssea, testículo ou SNC após o tratamento.

• O tratamento da recidiva consiste em uma nova indução da remissão;

• Se o local da recidiva for no testículo ou SNC, é necessário um tratamento especifico para esses locais;

• Indivíduos com LLA que sofrem recidiva tem indicação de transplante de medula óssea.

Page 25: Leucemia - Pediatria

TRATAMENTO

Transplante de medula óssea

• É indicado para pacientes LMA já na primeira remissão;

• Antes do transplante, é administrado altas doses de quimioterapia e radioterapia, com o objetivo de destruir toda a medula óssea;

• A medula óssea doadora é infundida por via intravenosa, e de 2 a 4 semana se estabelece em determinados sítios do corpo, onde começa a produzir leucócitos, eritrócitos e plaquetas.

Page 26: Leucemia - Pediatria

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA (TMO)

TMO alogênico: o doador é compatível para o antígeno leucocitário humano (HLA) e pode ser um familiar ou não.

• Efeito enxerto-versus-hospedeiro: as células transplantadas não são imunologicamente tolerantes a malignidade do paciente, causando a morte dessas células;

• Doença do enxerto-versus-hospedeiro: as células do doador causam uma resposta imune contra os tecidos do receptor.

Page 27: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Prevenção das complicações - Infecção

• Avaliar diariamente o paciente a procura de sinais de infecção;

• Observar qualquer elevação da temperatura;

• Administrar antibióticos de amplo espectro;

• Controlar a transmissão de infecção no ambiente hospitalar (quarto privativo, restrição de visitas, lavagem das mãos);

• Incentivar uma ingestão proteico-calórica adequada;

• Evitar procedimentos invasivos;

• Instruir a família e o paciente em relação a higiene pessoal rigorosa.

Page 28: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Prevenção das complicações – Hemorragia

• Observar os locais onde foi realizado punções venosas, medicamentos IM e aspiração de medula óssea;

• Realizar exame físico para detectar sinais de sangramentos;

• Testar a urina e fezes para detectar a presença de sangue oculto;

• Orientar os pais a manter um ambiente seguro;

• Evitar a administração de medicamentos que afetam a função plaquetária.

Page 29: Leucemia - Pediatria

CUIDADO DE ENFERMAGEM

Alívio da Dor:• A dor óssea é particularmente Aguda – Doses

de opióides (narcóticos são ajustadas para as necessidades da criança e administradas de modo contínuo para o controle da dor).

• O repouso e sono adequado, diversão, elevação do humor, empatia e medicamentos adjuvantes, como os antieméticos, antidepressivos, ansiolíticos, anestésicos locais, radiofármacos.

Page 30: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Usar Precauções especiais na Administração e manipulação dos Agentes quimioterápicos:

Podem causar grave lesão celular se houver infiltração do tecido circundante com diminutas quantidades do fármaco.

Obtenção de história de alergias conhecidas. Observar a criança durante 2O minutos após a infusão. (sinais de anafilaxia). Se houver suspeita de uma reação, suspender fármaco, Adm soro fisiológico via IV e efetua-se monitorização SSVV da criança.

Educar a família sobre os fármacos e adesão do esquema medicamentoso na terapêutica de manutenção.

Page 31: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Controlar os problemas relacionados com a toxicidade medicamentosa: Náusea e Vômitos - Adm. do agente antiemético

antes do início da quimioterapia. Anorexia – Perda do apetite: Preferências da criança

e requisitos fisiológicos e metabólicos são considerados quando se selecionam os alimentos. Refeições pequenas e frequentes, com suplementos estre as refeições.

Evitar ingestão de líquidos durante as refeições. Quando a nutrição adequada não pode ser mantida

pela ingesta oral, o suporte nutricional por via enteral pode ser necessário.

Page 32: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Ulcerações da mucosa: Lesão das mucosas gastrintestinal. Mucosite, Estomatite e úlceras retais. Oferecer uma dieta leve, umectante e semi-sólida

apropriada para idade e de preferência da criança; Utilizar uma escova de dentes de esponja macia

ou um aplicador com algodão na extremidade; Realizar lavagens frequentes da boca com soro

fisiológico; Aplicação de anestésicos tópicos ou preparações

sem álcool adquiridas sem prescrição.

Page 33: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Em geral a criança deve escolher os alimentos que mais tolera;

Em caso de úlceras retais – são tratadas mediante a higiene meticulosa e uso de pomada oclusiva ou curativo aplicado á área ulcerada para promover a epitelização.

Os pais devem ser alertados no sentido de registrarem as evacuações, visto que a criança pode evitar voluntariamente a defecação para evitar a dor.

Page 34: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Neuropatia – Efeitos neurotóxicos. Adm. Amolecedores do bolo fecal ou laxativos em caso

de constipação grave provocada por menor inervação intestinal;

Manter um bom alinhamento do corpo e, se estiver em repouso no leito, utilizar uma tábua de suporte nos pés ou sapatos altos para minimizar ou evitar o pé caído;

Tomar medidas de segurança durante a deambulação devido á fraqueza e á dormência dos membros, o que pode causar dificuldade na marcha ou nos movimentos finos da mão;

Fornecer uma dieta mole ou líquida em caso de dor intensa da mandíbula .

Page 35: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Cistite hemorrágica – efeito colateral da irritação química da bexiga: Ingestão de líquidos aumentada; Micções frequentes imediatamente após

sentir vontade, antes de deitar e após acordar.

Adm. do fármaco no início do dia, permitindo uma ingestão oral suficiente e sua eliminação;

Adm de mesna, quando prescrito, um agente que proporciona proteção a bexiga.

Page 36: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Alopecia – quimioterápicos e radiação craniana. Avisar a criança e aos pais deste efeito

colateral. Informar a família de que o cabelo retorna

dentro de 3 a 6 meses, mas pode ter cor e textura diferentes.

Providenciar algum tipo de proteção para a cabeça, sobretudo nos climas frios e exposição ao sol. (bonés de algodão macio, perucas, cachecol, chapéu .

Page 37: Leucemia - Pediatria

CUIDADOS DE ENFERMAGEM

Oferecer cuidado físico contínuo e suporte emocional: Monitorização contínua do

crescimento e do desenvolvimento físicos e intelectuais.

É essencial que conheça as necessidades emocionais de cada membro da família, bem como as formas de cuidado competente para um suporte positivo da família, promovendo seu crescimento.

Page 38: Leucemia - Pediatria

EVOLUÇÃO

Eficácia: Constante Reavaliação e análise do cuidado. Comparar o número de visitas dos serviços de

assistência primária com o esquema recomendado de supervisão;

Monitorizar o crescimento o desenvolvimento e outros aspectos da avaliação regular da saúde, verificar a higiene dentária; proceder a uma revisão do registro de imunizações, e uso de preparações de vírus não–vivos.

Entrevistar a criança e a família para verificar a sua compreensão sobre o tratamento e exames diagnósticos.

Utilizar técnicas de avaliação da dor associada aos procedimentos .

Page 39: Leucemia - Pediatria

EVOLUÇÃO

Efetuar observações cuidadosas do estado físico: – Monitorização SSVV, – Observar sinais de sangramento, infecção, neuropatia, cistite e ulceração da mucosa – Observar e registrar a ingesta e a excreta.

Observar se a criança mantém estado nutricional adequado;

Observar se a criança alcança alívio da dor e do desconforto;

Entrevistar a criança e sua família e observar os comportamentos em consequência das complicações do tratamento;

Entrevistar a criança e sua família e observar comportamentos indicando sua resposta a á doença, seu tratamento e intervenções de enfermagem

Page 40: Leucemia - Pediatria

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BONASSA, Edva Moreno Aguilar; SANTANA, Tatiana Rocha. Enfermagem em

terapêutica oncológica; 3ª Ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2005.

HOCKENBERRY MJ; Fundamentos de enfermagem pediátrica; 7ª Ed. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2006.

GOLDMEN, Lee; Cecil Medicina; Lee Goldmen, Dennis Ausiello; [tradução: Adriana

Pitella Sudré et. Al.]; Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddart: tratado de enfermagem médico-

cirúrgico. 09. ed. V.2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

www.abrale.com.br acesso em 28/10/2011 às 13:59 horas.

www.inca.com.br acesso em 28/10/2011 às 14:12 horas.