léo guimarães e bicicletas voadoras no jornal correio de gravataí

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8 Sustentabilidade que se alia aos lucros Região começa a ter entregas feitas com bicicletas MARLA CARDOSO [email protected] Há pelo menos seis anos o educador e luthier - pro- fissional que trabalha com a construção e manutenção de instrumentos musicais -, Léo Guimarães voltou a utilizar a bicicleta como meio de transporte. Mas mais do que adotar a bi- ci para se deslocar de um ponto a outro, ele se tornou um conhecido ativista em prol da mobilidade urbana sustentável. É um dos integrantes do Aponte Coletivo, gru- po que atua nessa área e com o intuito de incenti- var a cultura independen- te. E, há cerca de cinco me- ses, também descobriu que a bicicleta pode ser uma negócio rentável. Ele, ao lado dos parceiros Rodri- go Rocha e Arthur Nunes, comanda uma empresa de ciclo entregas, ou entre- gas feitas com bicicletas. “Criamos um negócio co- letivo que inicialmente es- tá atendendo o público em geral para serviços parti- culares, como ir ao banco, transportar documentos ou fazer a compra de um me- dicamento, entre outras de- mandas. Mas estamos em contato com empresas pa- ra que também possamos atendê-las”, explica Gui- marães. Para iniciar o negócio, além das bicicletas, a em- presa adquiriu equipamen- tos de segurança para os ciclistas, como capacete e sinalização, além de uma bolsa de mensageiro que transporta os produtos. “O limite de transporte é o que couber na bolsa. Consegui- mos transportar até 4kg”, reforça. São três as categorias de serviços. Primeiro deles, o modelo agendado, ofe- rece 20% de desconto aos clientes. “É uma forma de estimular o agendamento prévio. Mas caso não se- ja possível agendar, ofe- recemos outra modalida- de”, destaca Guimarães, quase inseparável de sua bicicleta. COMPANHEIRA: Léo, bem equipado, e a sua inseparável amiga de duas rodas FOTOS MARLA CARDOSO/GES-ESPECIAL CIDADE Estudo recente do Programa de Engenharia de Transpor- tes da Coordenação de Pro- gramas de Pós Graduação e Pesquisa em Engenharia da UFRJ (Coppe), realizada no Rio de Janeiro e Porto Alegre, revelou que a bicicleta é seis vezes mais econômica do que os automóveis e três vezes mais do que os ônibus. FIQUE EM FORMA E GASTE MENOS A entrega normal é con- cluída em até 180 minutos, já a entrega contra o reló- gio tem um acréscimo de 50% no valor do serviço e é realizada imediatamen- te. “Nesse caso o entrega- dor se dedicará a fazer só esse serviço, que para ser concluído só dependerá do tempo de deslocamento”, assinala. O valor das entregas va- ria entre R$ 6 e R$ 24, de- pendendo da distância da entrega. Atualmente, Léo e Arthur trabalham nas entre- gas, enquanto Rodrigo fica na base da empresa, loca- lizada na Morada do Vale I, em Gravataí. “Escolhe- mos esse ponto estrategi- camente, por ficar no meio do caminho para o centro de Cachoeirinha e Grava- taí”, afirma. É nesse ponto que Ro- cha também mantém sua bicicletaria, trabalhando no conserto de bicicletas. “Diariamente fazemos ma- nutenção nas nossas bicis e ainda contamos com es- se apoio da base. Em caso de alguma emergência, te- remos uma rápida assistên- cia, sem prejudicar a en- trega do cliente”, aponta Guimarães. Entre as duas cidades da região Desde que a empresa co- meçou a operar, Léo con- ta que já chegaram a reali- zar até 10 serviços em um único dia. “A ideia é que com esse negócio possa- mos gerar empregos, de- safogar o trânsito e contri- buir para humanizar mais a cidade.” Isso porque, quando pe- dalam não estão gerando saúde só para o ciclista, mas para a pessoa que es- tá ao lado, já que não estão emitindo poluentes. Embora acredite que a cultura de valorização da bicicleta esteja melho- rando aos poucos, ainda é preciso educar os motoris- tas para uma convivência harmoniosa com os ciclis- tas no trânsito. “A bicicle- ta é um meio de transpor- te eficiente. Muitos nos questionam que a moto faz esse serviço com mais agi- lidade, mas com os con- gestionamentos que a ci- dade apresenta, em pouco temos enfrentaremos en- garrafamento para sair de casa. E nessa hora sere- mos salvos pela bicicle- ta”, projeta. Conscientização para desafogar o trânsito BEM LOCALIZADO: Cachoeirinha e Gravataí atendidos A Concentração de Mo- tociclistas que ocorreria na free way no último sábado, foi transferida para o próxi- mo sábado, dia 18, devido às chuvas. A ação é uma parce- ria da Concepa com o Insti- tuto Sobre Motos. O evento ocorrerá das 8h30min às 13 horas no Posto Graal (km 80 da BR-290 – pista capi- tal/litoral). A Concentração contará com revisões gratuitas de 21 itens de segurança, ven- da de passagem rápida para motos nas praças de pedá- gio de Gravataí e Santo An- tônio da Patrulha, além de orientações de trânsito se- guro. Às 11 horas está pre- visto um motopasseio com deslocamento até a cidade de Torres. A quarta edição do evento é aberta a todos os motociclistas interessados. Concentração de Motociclistas transferida para o dia 18 Um ano propício para que as vendas no comér- cio tenham um crescimen- to substancial, em relação a 2013. É nesse sentido que o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL- RS), Vitor Koch, anunciou a previsão de crescimento entre 7% e 8,5%. “Me dis- seram, em 2012, que es- távamos loucos em pre- ver esse crescimento para 2013, e atingimos mais de 6%. Repito a previsão pa- ra esse ano, pois não po- demos ser pessimistas. Se o comércio não se posi- cionar para vender muito, se nós já entrarmos derro- tados, com pouca expec- tativa de vendas, realmen- te não iremos atingir essa meta”, afirma. O otimismo da federação se justifica principalmen- te pela previsão da Emater e Farsul, de que a safra de grãos será superior a 2013, influenciando toda a cadeia produtiva. “Quando o setor primário vai bem, o reflexo é quase imediato no vare- jo. O produtor de soja vai trocar suas sacas por crédi- to, pagar contas, comprar novas máquinas, construir, reformar a casa, arrendar terrenos para a lavoura, fa- zendo com que o dinheiro circule no comércio. Com uma safra boa e o real des- valorizado, a exportação se dá em dólares, aumentando ainda mais a renda do pro- dutor”, explica. Aliado a esse resultado, o crescimento da massa sa- larial brasileira e a bai- xa taxa de desempregos continuarão estimulando o consumo. Mas, dois even- tos de 2014 prometem di- ferenciar o ano. “Temos a Copa do Mundo que já co- meça a movimentar a eco- nomia desde o início des- te ano, com as prefeituras e governos injetando di- nheiro para finalização das obras nos municípios”, diz Koch.Além disso, segundo o presidente da FCDL-RS, “o turismo se intensifica, já que nem todos os turis- tas vêm dispostos a assistir aos jogos, mas a conhecer as cidades e pontos turísti- cos na região onde os jogos devem acontecer, no caso do Estado, região metro- politana e Serra gaúcha”, prevê o dirigente. Comércio estima 7% a mais nas vendas em 2014 O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vai ofertar 763 mil vagas, no primeiro semestre de 2014, em cursos de qualificação profissional para o público do Plano Brasil Sem Misé- ria. Isso representa um au- mento de 50% em relação às vagas abertas no mesmo período do ano passado – 507 mil. Os cursos chega- rão neste ano a 3.479 mu- nicípios, 644 a mais do que em 2013. Em 2013, os cursos do Pronatec para o público do Brasil Sem Miséria recebe- ram mais de 830 mil ma- trículas. A meta é qualificar, até o final de 2014, 1,3 milhão de pessoas inscritas no Cadas- tro Único para Programas Sociais do governo federal. No Pronatec, os alunos re- cebem apostilas, uniforme e ajuda de custo para trans- porte e alimentação. As ins- crições são realizadas pe- las prefeituras, nos Centros de Referência de Assistên- cia Social (Cras) ou em ou- tros equipamentos da assis- tência social. Até junho, haverá outro período de negociação para a definição das vagas do se- gundo semestre. Pronatec abrirá 763 mil vagas para Brasil Sem Miséria SEGUNDA-FEIRA, 13.1.2014

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Léo Guimarães, cicloativista, luthier e educador, fala sobre as Bicicletas Voadoras, empresa de cicloentregas que atua em Cachoeirinha e Gravataí.

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Page 1: Léo Guimarães e Bicicletas Voadoras no jornal Correio de Gravataí

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Sustentabilidade que se alia aos lucrosRegião começa a ter entregas feitas com bicicletasmarla [email protected]

Há pelo menos seis anos o educador e luthier - pro-fissional que trabalha com a construção e manutenção de instrumentos musicais -, Léo Guimarães voltou a utilizar a bicicleta como meio de transporte. Mas mais do que adotar a bi-ci para se deslocar de um ponto a outro, ele se tornou um conhecido ativista em prol da mobilidade urbana sustentável.

É um dos integrantes do Aponte Coletivo, gru-po que atua nessa área e com o intuito de incenti-var a cultura independen-te. E, há cerca de cinco me-ses, também descobriu que a bicicleta pode ser uma negócio rentável. Ele, ao lado dos parceiros Rodri-go Rocha e Arthur Nunes, comanda uma empresa de ciclo entregas, ou entre-gas feitas com bicicletas. “Criamos um negócio co-letivo que inicialmente es-tá atendendo o público em geral para serviços parti-culares, como ir ao banco, transportar documentos ou fazer a compra de um me-dicamento, entre outras de-mandas. Mas estamos em contato com empresas pa-ra que também possamos atendê-las”, explica Gui-marães.

Para iniciar o negócio, além das bicicletas, a em-presa adquiriu equipamen-tos de segurança para os ciclistas, como capacete e sinalização, além de uma bolsa de mensageiro que transporta os produtos. “O limite de transporte é o que couber na bolsa. Consegui-mos transportar até 4kg”, reforça.

São três as categorias de serviços. Primeiro deles, o modelo agendado, ofe-rece 20% de desconto aos clientes. “É uma forma de estimular o agendamento prévio. Mas caso não se-ja possível agendar, ofe-recemos outra modalida-de”, destaca Guimarães, quase inseparável de sua bicicleta.

companheira: Léo, bem equipado, e a sua inseparável amiga de duas rodas

FOTOS maRLa caRdOSO/geS-eSpeciaL

cidade

Estudo recente do Programa de Engenharia de Transpor-tes da Coordenação de Pro-gramas de Pós Graduação e Pesquisa em Engenharia da UFRJ (Coppe), realizada no Rio de Janeiro e Porto Alegre, revelou que a bicicleta é seis vezes mais econômica do que os automóveis e três vezes mais do que os ônibus.

fique em forma e gaste menos

A entrega normal é con-cluída em até 180 minutos, já a entrega contra o reló-gio tem um acréscimo de 50% no valor do serviço e é realizada imediatamen-te. “Nesse caso o entrega-dor se dedicará a fazer só esse serviço, que para ser concluído só dependerá do tempo de deslocamento”, assinala.

O valor das entregas va-

ria entre R$ 6 e R$ 24, de-pendendo da distância da entrega. Atualmente, Léo e Arthur trabalham nas entre-gas, enquanto Rodrigo fica na base da empresa, loca-lizada na Morada do Vale I, em Gravataí. “Escolhe-mos esse ponto estrategi-camente, por ficar no meio do caminho para o centro de Cachoeirinha e Grava-taí”, afirma.

É nesse ponto que Ro-cha também mantém sua bicicletaria, trabalhando no conserto de bicicletas. “Diariamente fazemos ma-nutenção nas nossas bicis e ainda contamos com es-se apoio da base. Em caso de alguma emergência, te-remos uma rápida assistên-cia, sem prejudicar a en-trega do cliente”, aponta Guimarães.

Entre as duas cidades da região

Desde que a empresa co-meçou a operar, Léo con-ta que já chegaram a reali-zar até 10 serviços em um único dia. “A ideia é que com esse negócio possa-mos gerar empregos, de-safogar o trânsito e contri-buir para humanizar mais a cidade.”

Isso porque, quando pe-dalam não estão gerando

saúde só para o ciclista, mas para a pessoa que es-tá ao lado, já que não estão emitindo poluentes.

Embora acredite que a cultura de valorização da bicicleta esteja melho-rando aos poucos, ainda é preciso educar os motoris-tas para uma convivência harmoniosa com os ciclis-tas no trânsito. “A bicicle-

ta é um meio de transpor-te eficiente. Muitos nos questionam que a moto faz esse serviço com mais agi-lidade, mas com os con-gestionamentos que a ci-dade apresenta, em pouco temos enfrentaremos en-garrafamento para sair de casa. E nessa hora sere-mos salvos pela bicicle-ta”, projeta.

Conscientização para desafogar o trânsitobem localizado: cachoeirinha e gravataí atendidos

A Concentração de Mo-tociclistas que ocorreria na free way no último sábado, foi transferida para o próxi-mo sábado, dia 18, devido às chuvas. A ação é uma parce-ria da Concepa com o Insti-tuto Sobre Motos. O evento ocorrerá das 8h30min às 13 horas no Posto Graal (km 80 da BR-290 – pista capi-tal/litoral).

A Concentração contará

com revisões gratuitas de 21 itens de segurança, ven-da de passagem rápida para motos nas praças de pedá-gio de Gravataí e Santo An-tônio da Patrulha, além de orientações de trânsito se-guro. Às 11 horas está pre-visto um motopasseio com deslocamento até a cidade de Torres. A quarta edição do evento é aberta a todos os motociclistas interessados.

Concentração de Motociclistas transferida para o dia 18

Um ano propício para que as vendas no comér-cio tenham um crescimen-to substancial, em relação a 2013. É nesse sentido que o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL-RS), Vitor Koch, anunciou a previsão de crescimento entre 7% e 8,5%. “Me dis-seram, em 2012, que es-távamos loucos em pre-ver esse crescimento para 2013, e atingimos mais de 6%. Repito a previsão pa-ra esse ano, pois não po-demos ser pessimistas. Se o comércio não se posi-cionar para vender muito, se nós já entrarmos derro-tados, com pouca expec-tativa de vendas, realmen-te não iremos atingir essa meta”, afirma.

O otimismo da federação se justifica principalmen-te pela previsão da Emater e Farsul, de que a safra de grãos será superior a 2013, influenciando toda a cadeia produtiva. “Quando o setor primário vai bem, o reflexo é quase imediato no vare-jo. O produtor de soja vai trocar suas sacas por crédi-to, pagar contas, comprar

novas máquinas, construir, reformar a casa, arrendar terrenos para a lavoura, fa-zendo com que o dinheiro circule no comércio. Com uma safra boa e o real des-valorizado, a exportação se dá em dólares, aumentando ainda mais a renda do pro-dutor”, explica.

Aliado a esse resultado, o crescimento da massa sa-larial brasileira e a bai-xa taxa de desempregos continuarão estimulando o consumo. Mas, dois even-tos de 2014 prometem di-ferenciar o ano. “Temos a Copa do Mundo que já co-meça a movimentar a eco-nomia desde o início des-te ano, com as prefeituras e governos injetando di-nheiro para finalização das obras nos municípios”, diz Koch.Além disso, segundo o presidente da FCDL-RS, “o turismo se intensifica, já que nem todos os turis-tas vêm dispostos a assistir aos jogos, mas a conhecer as cidades e pontos turísti-cos na região onde os jogos devem acontecer, no caso do Estado, região metro-politana e Serra gaúcha”, prevê o dirigente.

Comércio estima 7% a mais nas vendas em 2014

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vai ofertar 763 mil vagas, no primeiro semestre de 2014, em cursos de qualificação profissional para o público do Plano Brasil Sem Misé-ria. Isso representa um au-mento de 50% em relação às vagas abertas no mesmo período do ano passado – 507 mil. Os cursos chega-rão neste ano a 3.479 mu-nicípios, 644 a mais do que em 2013.

Em 2013, os cursos do Pronatec para o público do Brasil Sem Miséria recebe-ram mais de 830 mil ma-

trículas. A meta é qualificar, até o

final de 2014, 1,3 milhão de pessoas inscritas no Cadas-tro Único para Programas Sociais do governo federal. No Pronatec, os alunos re-cebem apostilas, uniforme e ajuda de custo para trans-porte e alimentação. As ins-crições são realizadas pe-las prefeituras, nos Centros de Referência de Assistên-cia Social (Cras) ou em ou-tros equipamentos da assis-tência social.

Até junho, haverá outro período de negociação para a definição das vagas do se-gundo semestre.

Pronatec abrirá 763 mil vagas para Brasil Sem Miséria

SEgunda-fEira, 13.1.2014