lendas paranaenses: estudo do gÊnero encantado · paraná, estão as lendas que tentam explicar a...

19

Upload: phamkien

Post on 10-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das
Page 2: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

1

LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO

Leitura e produção textual do gênero lenda

Artigo de Conclusão 2010-2012

PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional - PR

Professora PDE: Julie Francisco Rodrigues

Orientadora: Prof.ª Dra. Joyce Elaine de Almeida Baronas

RESUMO: Este artigo analisa o desenvolvimento de práticas de leitura, escrita e

oralidade na sala de aula que buscam colaborar com a aprendizagem da Língua

Portuguesa e despertar no estudante o gosto pela leitura através do conhecimento

de histórias criadas pelo povo. O projeto aborda a questão da valorização das

tradições culturais a partir do estudo de lendas do folclore paranaense,

especialmente as histórias que foram criadas pelos índios, refletindo sobre alguns

dos seus importantes aspectos, como os problemas identificados na prática escolar

sobre as concepções equivocadas sobre temas diversos. Percebeu-se então, a

necessidade e importância de conhecer outras culturas em sala de aula,

contribuindo para a formação humanística dos alunos e formação do leitor

proficiente, visto que as lendas envolvem todos os aspectos culturais pesquisados.

O gênero textual estudado é a “lenda”, que constitui uma narrativa breve, transmitida

anonimamente pela tradição oral, que lança mão do sobrenatural, do mágico para

criar representações simbólicas e, ao dar respostas e explicações lúdicas para os

acontecimentos que não têm explicação, abrindo espaço à imaginação deixando

sonho e razão dialogar, e assim desenvolvendo o caráter educativo. Considerando a

História e a Cultura Indígena, os trabalhos se desenvolveram a partir da

contextualização desta temática, constatando a grande falta de informação a

respeito da identidade cultural indígena e o preconceito expressos no cotidiano.

Palavras chaves: leitura; gênero lenda; folclore paranaense.

Page 3: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

2

ABSTRACT – This article examines the development of practices of reading, writing

and oral communication skills in the classroom that try to collaborate with learning

the Portuguese Language and emergence in student a taste for reading through the

knowledge of stories created by the people. The project addresses the issue of

valuation of cultural traditions from the study of legends folklore paranaense,

especially the stories that were created by the indians, reflecting on some of its

important aspects, such as the problems identified in the school practice on the

equivocal concepts on various topics. The textual genre studied and the "Legend",

which is a brief narrative, transmitted anonymously by the oral tradition, which spear

hand of the supernatural, magic to create symbolic representations, and to provide

answers and explanations entertaining for the events that have no explanation,

opening up space for imagination leaving dream and reason in dialog, and thus

developing the educational character. They realized then, the need and importance

of knowing other cultures in the classroom, contributing to the formation of

humanistic students and training of proficient player, since the legends involve all the

cultural aspects researched. Considering the history and the indigenous culture, the

work will be developed from the contextualisation of this thematic noting the great

lack of information about the cultural identity indigenous and prejudice expressed in

daily life.

Key Words: Reading; genre legend; folklore paranaense.

1. INTRODUÇÃO

O projeto ”Lendas paranaenses: estudo do gênero encantado” foi elaborado

tendo como principal objetivo a prática da leitura em sala de aula e desenvolver o

gosto pela leitura. Ao apontar a leitura como fonte de prazer e acesso à cidadania,

este trabalho pesquisou o acervo teórico que registra as histórias lendárias dos

nossos antepassados, na busca por despertar o interesse em histórias contadas

pelo povo, mostrando ao aluno a capacidade produtiva e criativa do povo. A

metodologia utilizada obedeceu à concepção de leitura chamada sociointeracionista

preconizada pelas DCEs – Diretrizes Curriculares Escolares da Rede Pública de

Page 4: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

3

Educação Básica do Estado do Paraná, nas quais a leitura é concebida como um

processo de produção de sentido que se dá a partir de interações sociais ou

relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor. Através de sua execução

foi possível aprofundar os temas que compõem este artigo: a leitura e produção

textual do gênero lenda e a importância da cultura de outros povos, em destaque a

cultura dos Povos Indígenas para a formação do leitor.

As lendas são ricas em personagens mágicos e seres que habitam o mundo

dos mitos e elas geralmente estão associados à natureza. Há aquelas que são

contadas há décadas e que surgiram da necessidade que os povos tinham de

explicar e justificar fatos e acontecimentos, com características fantasiosas,

impressionantes e surpreendentes. Para incentivar o gosto pelo livro, este trabalho

buscou, na literatura folclórica paranaense, uma forma de aproximar o aluno de sua

identidade cultural. Nessa relação de convivência e interação com o outro e o

ambiente que o cerca, o adolescente pode construir sua personalidade e autonomia.

Também sua autoimagem é construída a partir da aceitação que percebe na relação

com o outro, dessa forma, sua autoestima é formada conforme a imagem que tem

de si mesmo. O adolescente que se percebe aceito, pode se desenvolver de forma

satisfatória e adotar uma conduta saudável nas relações com outras pessoas.

Algumas das características do folclore são a existência e a disseminação de

contos de lendas populares. Há muitas histórias ou “causos” de origem indígena,

contadas por escravos ou da época do tropeirismo. Essas lendas geralmente tratam

de temas como assombrações, milagres, manifestações religiosas, maldições,

histórias sobre o monge João Maria, visões de lobisomens e outros seres

fantásticos, tesouros escondidos, entre outros. Dentre as mais conhecidas no

Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos

locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das Cataratas do Iguaçu e a Lenda da

Lagoa Dourada.

Herança deixada por diversos povos, o folclore é um dos aspectos

responsáveis por criar uma identidade, baseando-se em todo um contexto histórico e

na própria população de uma localidade. E, apesar das dificuldades, é importante a

Page 5: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

4

transmissão de contos, músicas, danças e festas para garantir a contínua

valorização da cultura em uma sociedade.

Na pedagogia Histórico-crítica, segundo Vygotski, a educação é

compreendida como ação histórico-cultural. Com a psicologia, a educação é

entendida como ato de mediação no seio das práticas sociais de leitura e escrita que

produz, direta e intencionalmente em cada indivíduo. Esta prática social se põe,

portanto, como o ponto de partida e o ponto de chegada da prática educativa. Deste

ponto, decorre um método pedagógico no qual professor e aluno se encontram

igualmente inseridos, porém, ocupando posições distintas, condição para que

estabeleçam uma relação fértil na compreensão e encaminhamento da solução dos

problemas postos pela prática social. Desta forma, cabe a estes momentos

intermediários do método identificar as questões suscitadas (problematização),

dispor os instrumentos teóricos e práticos para a sua compreensão e solução

(instrumentalização) e viabilizar sua incorporação como elementos integrantes da

própria vida dos alunos.

De acordo com as Diretrizes Curriculares, em que as teorias críticas se

fundamentam, o conceito de contextualização propicia a formação de sujeitos

históricos – alunos e professores – ao se apropriarem do conhecimento,

compreendem que as estruturas sociais são históricas. Sendo assim, é na

abordagem dos conteúdos e na escolha dos métodos de ensino que advêm das

disciplinas curriculares que as contradições presentes nestas estruturas sociais são

compreendidas.

Este projeto se fundamenta na linha sociointeracionista de Bakhtin que

defende a inclusão efetiva do indivíduo no ensino de Língua Portuguesa. Com o

estudo das lendas paranaenses, pretendeu-se desenvolver um trabalho que levasse

os alunos a conhecerem as histórias do estado e seu significado histórico,

esperando contribuir neste processo de autoconhecimento e construção de um

cidadão crítico.

Page 6: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

5

2. LEITURA

Um dos problemas enfrentados na escola é a forma como acontece a leitura

no contexto escolar, ela é geralmente compreendida pelos alunos como tarefa

mecânica, para simples aquisição de informações, decodificando textos a fim de

responder a algum questionário imediato no cumprimento das tarefas que lhes são

peculiares. Agindo desta forma, o aluno não interage com o texto, não há reflexão

sobre o que é lido e pode até acreditar que sempre o que estiver registrado de forma

impressa será uma verdade inquestionável sem ao menos pesquisar sua origem.

O ato de ler sem refletir não gera ação intelectiva. A leitura deve ser uma

ação cultural, já que no texto está à representação da realidade, ela deve ser um

instrumento, um canal expressivo utilizado pelo autor. Portanto é necessário que o

nosso aluno compreenda que lemos para aprender algo, sobre o assunto de que o

autor fala, para escrever melhor, para abrir novos espaços imaginativos. A leitura

deve ser utilizada para ampliar nosso interesse intelectual, melhorar ou adequar

nossos posicionamentos em relação com o mundo ou com nós mesmos. É também

um ato de posicionamento político e deve ser compreendido como fonte de

crescimento do conhecimento.

A intervenção pedagógica, usando a prática da leitura na sala à

aprendizagem de Língua Portuguesa, se mostrou bastante relevante em

proporcionar ao estudante mais condições de desenvolvimento nas áreas que lhe

são mais necessárias. Um processo de ensino/aprendizagem que visa à formação

de leitores beneficia outras disciplinas, pois é através da leitura que o aluno amplia

seus conhecimentos e pode compreender melhor os textos do seu cotidiano. A

leitura não deve ser considerada mera decodificação, faz-se primordial perceber

que, quando realizada, atribuímos sentidos aquém da nossa própria vontade,

capazes de modificar uma visão sobre qualquer outro assunto. Assim também deve

acontecer com o nosso estudante, que precisa compreender esse processo e

beneficiar-se dele.

Page 7: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

6

A valorização da leitura como condição inerente à conquista de um bem

deveria ser comum a todos, é a verdadeira prática da leitura que leva o indivíduo à

compreensão das questões político-sociais, questões que deveriam ser trabalhadas

na escola, livre de ideologias, que, ao invés de incluir, excluem e fortalecem as

diferenças das divisões de classe. É necessário, e de suma importância,

compreender o direito ao acesso à informação, à leitura, à cultura escrita. A função

dos trabalhadores da educação não é neutra, o que é ensinado, o modo de trabalho,

tudo interfere na aprendizagem dos alunos, é preciso estar atento às práticas de

ensino, pois segundo Kleiman (1995, p. 262) “há estratégias pelas quais as relações

de poder, refletidas e sedimentadas nas práticas sociais e culturais hegemônicas,

materializam-se por intermédio de práticas discursivas institucionalizadas”. E

conforme Britto (2003, p.114):

“O reconhecimento da dimensão política do letramento obriga reconhecer que, através dele,

pode-se tanto reproduzir a ideologia dominante, que nas sociedades classistas implica a

submissão dos trabalhadores aos interesses do capital, como elaborar e reelaborar um

conhecimento de mundo que permita ao sujeito, enquanto ser social, a crítica da própria

sociedade em que está inserido, bem como da sua própria condição de existência.”

A leitura é fundamental em todo este processo, porém apenas saber

decodificar um texto não garante a sua compreensão, é preciso algo mais para

compreender as informações implícitas em um texto. Dois temas têm sido muito

pesquisados: a alfabetização e o letramento. O assunto é muito complexo e tem

sido alvo de vários estudos para compreender esse universo do mundo da leitura e

da escrita e quais implicações tem na vida de uma pessoa não letrada. O ato de ler

é um trabalho intelectual que não tem um fim em si mesmo, ele é construído a partir

de uma partilha de conhecimentos internos do interlocutor com o texto. Por menor

que seja a resposta à leitura de um texto ela sempre existirá. É uma atividade

comunicativa e cabe ao professor, através de encaminhamento metodológico

significativo, conduzir o aluno à percepção do seu lugar social no meio em que

interage. Cada vez mais o mundo torna-se ‘modernizado’ pelo avanço da tecnologia

que se materializa através de uma globalização, mudando o sujeito escolar e

influenciando sua forma de construir sua visão de mundo, a qual se potencializa ao

dominar as práticas sociais de leitura e escrita.

Page 8: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

7

O trabalho de leitura compartilhada tem como característica proporcionar

qualidade na interação, favorecendo diálogos entre professor – aluno e aluno –

aluno. A frequência e a repetição da história lida promovem a compreensão e

elaboração de hipóteses sobre o que é ler e o reconhecimento da linguagem

narrativa; possibilita o reconto oral e/ou escrito permitindo que os alunos façam

predições sobre a história. Incentivar a contação de histórias como recurso e

estratégia para formar leitores entusiasmados, é uma forma de disseminar a

literatura e as histórias populares na escola. A leitura compartilhada estimula os

alunos a participarem da atividade com um interesse em comum, vivenciando as

mesmas expectativas em relação ao desfecho das histórias e também as dúvidas.

A abordagem de uma história precisa ser significativa, abrangendo vários

aspectos. Ela não pode ser contada isoladamente, é preciso relacioná-la ao seu

exterior, não pode ser considerada apenas como um material verbal; a linguagem

não é transparente e as palavras não têm um único sentido, por isso é necessário

fornecer condições para sua leitura pressupondo sua informatividade e

intertextualidade. Segundo Costa Val (1999), a informatividade e a intertextualidade

dizem respeito à matéria conceitual do discurso, na medida em que lidam com

conhecimentos partilhados pelos interlocutores. A contextualização do tema de

estudo tem fundamental importância no processo de compreensão do texto assim

como a ativação dos conhecimentos prévios. Segundo Kleiman (2007) “O leitor, em

busca da construção do sentido do texto, utiliza vários níveis de conhecimentos

adquiridos ao longo de sua vida, como: conhecimento linguístico, conhecimento

textual e conhecimento de mundo”.

3. GÊNEROS

Nas duas últimas décadas, temos visto o crescimento significativo das

pesquisas sobre os gêneros do discurso na área da Linguística Aplicada que foram

impulsionadas pela mudança do objeto de ensino e de aprendizagem de línguas. No

Brasil e em outros países, as teorias de Bakhtin têm sido estudadas e citadas por

muitas pesquisas, suas concepções teóricas e sua relação com outros conceitos

Page 9: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

8

centrais, como ideologia, enunciado, texto, discurso e língua e a ordem

metodológica problematizada no estudo dos gêneros e o uso de categorias prévias

para analisar e estudar um determinado gênero.

Gêneros textuais são produtos culturais, sociais e históricos, que passam a

existir a partir de determinadas práticas sociais. (MARCUSCHI, 1996, p4, apud

NASCIMENTO, 2004). A variedade de gêneros textuais em circulação é muito vasta,

por isso não é tão simples encontrar uma definição única para a palavra “gênero”,

contudo podemos denominar um gênero observando suas características e

associando-o dentro de uma esfera de comunicação.

Bakhtin focalizou a sua atenção para a questão dos gêneros como objeto

central de análise. Para Mikhail Bakhtin, em sua concepção teórica, a

contextualização na linguagem é um elemento constitutivo da “contextualização

sócio histórico”. Este contexto estrutura o interior do diálogo da corrente da

comunicação verbal entre os sujeitos históricos e os objetos do conhecimento. E, de

acordo com esta concepção, no nosso currículo da Educação Básica, contexto é um

elemento fundamental das estruturas sócio históricas, voltados à abordagem das

experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento.

4. O GÊNERO LENDA

A lenda é um gênero textual de origem popular, constituído por um mundo

imaginário que tenta responder perguntas sobre a origem do universo, o

aparecimento do homem, os fenômenos da natureza, a existência do sobrenatural.

As lendas são contadas de geração em geração através de narrativas fantásticas.

Na escola este tipo de narrativa provoca a curiosidade que leva os alunos a

quererem saber mais sobre o que é contado. São indagações que continuam a ser

feitas e refeitas na busca contínua de conhecimento do espaço em que vive e de si

próprio (ROCCO, 1996, p.45). Segundo Rocco (1996), a lenda é uma narrativa

breve, transmitida anonimamente pela tradição oral, que lança mão do sobrenatural,

do mágico para criar representações simbólicas e ao dar respostas, explicações

Page 10: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

9

lúdicas para os acontecimentos que não têm explicação, abre espaço à imaginação

permitindo que o sonho dialogue com a razão desenvolvendo então, o caráter

educativo.

• Conceito: a lenda é uma narrativa de cunho popular que é transmitida,

principalmente de forma oral, de geração para geração. As lendas não podem

ser comprovadas cientificamente, pois são frutos da imaginação das pessoas

que as criaram.

• Função: divertir, ensinar e fixar costumes e crenças de determinada região.

• Estrutura: Narrativa (introdução, desenvolvimento e conclusão). Esse modelo

de narrativa como objeto de leitura para os alunos é recomendado,

principalmente pela natureza alegórica de seu discurso e pela possibilidade

de discussão sobre a realidade e a fantasia, levando o leitor a questioná-la e

relacioná-la com o mundo real. (SARAIVA, 2001).

As lendas fazem parte do folclore, mas segundo Luís da Câmara Cascudo –

nem tudo que é popular é folclórico. Para um costume ser considerado folclore é

preciso ter origem anônima. Precisa resistir ao tempo e ser passado de geração em

geração e a transmissão acontece de boca em boca, ao pé do fogo, na beira do

fogão, nos encontros sociais. No folclore brasileiro há muitos personagens mágicos,

seres que habitam o mundo dos mitos e das lendas e geralmente estão associados

à natureza. Algumas destas histórias chegaram aqui com os povos colonizadores e

outras nasceram com os índios. Nelas estão as marcas de diferentes povos que

formaram a nossa nação, principalmente o indígena, o africano e o europeu

formando a nossa herança cultural.

A palavra “lenda” provém do baixo latim “legenda”, que significa o que deve

ser lido. O personagem central das lendas reflete os anseios de um grupo ou de um

povo, sua conduta depõe a favor de uma ação ou de uma ideia cujo objetivo é

arrastar outros indivíduos para o mesmo caminho. (Bayard, 1957, p.1). Neste

gênero, a ação maravilhosa se apresenta com exatidão; os personagens são

precisos e definidos. As ações se fundamentam em fatos históricos conhecidos e

tudo parece se desenrolar de maneira clara. Ela existe desde a formação dos povos

Page 11: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

10

e os temas se desenvolvem com preocupações semelhantes em todas as culturas.

Essa literatura coletiva pertence ao folclore, divulgadas oralmente foram registradas

para que suas mensagens fossem conservadas, todavia é verdade que a mesma

lenda possa ter algumas diferenças em seus textos, mas a base da criação continua

a mesma; contém as particularidades locais, muitas vezes morais, de valores e

forneçam preciosos ensinamentos sobre o povo e sua maneira de pensar. A lenda

utiliza o antagonismo entre o bem e o mal, a obediência e a desobediência, é a

dualidade da alma humana. Segundo BAYARD (1957, p.15), a lenda é “Transcrição

do pensamento do povo, os temas simbolizam suas aspirações. Transposição de

sentimentos humanos, a lenda abole o real”.

Esse modelo de narrativa como objeto de leitura para os alunos é

recomendado, principalmente pela natureza alegórica de seu discurso e pela

possibilidade de discussão sobre a moral, levando o leitor a questioná-la e relacioná-

la com o mundo real. As histórias relacionam-se às religiões, são cosmogônicas,

divinas ou folclóricas com personagens que agem de forma quase divina influindo

nos destinos dos humanos. Elas chamam atenção devido à quantidade de

ensinamentos humanos; contraria frequentemente o real quando um homem toma

forma de animal ou um elemento da natureza toma forma humana, contudo estas

ficções não são grotescas, nos deslumbram, pois põe em questionamento o mundo

real. Ao contar uma história, a lenda no caso, aspira-se secretamente por uma busca

espiritual de um mundo maravilhoso onde impere o valor do homem, onde as leis tão

rígidas sejam abolidas e nos remete ao encantamento da volta ao Paraíso Terrestre.

(BAYARD, 1957, p.13).

A lenda corresponde a uma ação de linguagem realizada sobre outro

interlocutor, determinado por um meio social específico, no que diz respeito,

principalmente, à forma típica que pode ser produzido naquele meio, seu foco de

composição textual, no modo de organização das informações deste gênero. A sua

seleção possibilita a construção de uma ação de linguagem que propicia a

comparação entre os recursos de linguagem que os alunos já usam e os que estão

sendo apreendidos de modo a ampliar-lhes o conjunto de experiências com a

Page 12: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

11

linguagem, adequadas às suas possibilidades de apreensão, suas vivências e

gostos.

5. ESTRATÉGIAS DE AÇÃO E METODOLOGIA

O caderno pedagógico destinou-se a estudantes de 6ª Série do Ensino

Fundamental, parte integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional –

PDE, da Secretaria de Educação do Estado do Paraná.

Os textos selecionados do gênero lenda foram: Lenda das Cataratas do

Iguaçu; Lenda de Vila Velha; Lenda da Lagoa Dourada. O critério para a escolha

desses textos foi a textualidade e sua apresentação como conhecimento de mundo.

O trabalho realizado com os alunos consistiu-se na construção de sentidos dos

textos, a partir das questões elaboradas, cuja mediação do professor foi ponto

fundamental para o desenvolvimento do projeto, indispensável este papel,

destacando e discutindo os aspectos textuais. Os recursos utilizados foram a TV

multimídia, vídeo, filme e textos informativos sobre a temática indígena e sobre o

conteúdo “lenda”; os textos de leitura; mapa do Paraná; caderno pedagógico

produzido para este fim.

A primeira unidade foi sobre a temática indígena. Os alunos assistiram ao

vídeo “Índios no Brasil – Quem são eles”? (17 min). Fonte:

http://www.youtube.com/watch?v=HA_0X2gCfLs. Após a discussão acerca dos

conhecimentos prévios dos alunos sobre este tema, questão polêmica devido a

nossa falta de compreensão no que se diz respeito às outras culturas, pode-se

perceber um grande preconceito em relação ao modo de vida destes povos. A leitura

de uma reportagem atual sobre o assunto e estudo deste texto proposto na Unidade

I, permitiu a conscientização sobre os problemas enfrentados por esta população,

revelando conceitos e ideias equivocadas da sociedade em geral. Com este gênero

de texto, a reportagem, pode-se apresentar um paralelo entre textos reais e fictícios,

mostrando aos alunos a diferença entre um gênero e outro.

Page 13: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

12

Na Unidade II, trabalhou-se a lenda do surgimento das Cataratas do Rio

Iguaçu. A leitura da lenda abriu o espaço para a arte literária paranaense. Alunos

com mais gosto para leitura procuraram conhecer sobre outras lendas buscando na

biblioteca livros do mesmo gênero. No estudo do vocabulário do texto, os alunos

ficaram admirados em saber que muitas das palavras usadas no nosso cotidiano

são de origem indígena, reconhecendo assim a importância e influência da língua

indígena na língua portuguesa.

Nas propostas de atividades pretendeu-se também refletir sobre a história dos

índios, que pouco aparece nos livros didáticos. O conhecimento sobre esta temática

pretende mostrar que antes da chegada dos colonizadores, havia uma vida cultural

organizada e ativa e que seus valores tradicionais eram transmitidos de geração em

geração. E no segundo momento refletir a vida dos índios sob a dominação dos

colonizadores que foi uma guerra cotidiana naquela época e que ainda persiste nos

dias de hoje.

Através das atividades do caderno pedagógico buscou-se despertar o senso

crítico do educando por meio da leitura e compreensão das lendas folclóricas de

origem indígena do estado do Paraná, levando-o a pensar a respeito dos processos

de transformação social, e também refletir acerca da estrutura linguística do texto. O

sentido dos textos narrativos foi construído, levando-se em conta o seu contexto

cultural. Neste processo, foram trabalhados fatores de coerência do texto tais como

conhecimento de mundo, conhecimento partilhado e a intertextualidade. Também

foram discutidas as diferenças culturais a partir do uso de palavras de origem

indígena encontradas no texto.

O primeiro passo deste trabalho se constituiu em apresentar aos alunos o

projeto, apontando um planejamento geral das atividades desenvolvidas no trabalho.

O segundo passo deu-se com a pesquisa prévia sobre o conhecimento dos

alunos, averiguando o que já sabiam sobre o que é uma lenda. A partir deste

primeiro momento, estes saberes foram sistematizados em forma de definições,

características e especificidades do gênero escolhido.

Page 14: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

13

No terceiro passo, foram apresentados os temas das lendas. As três lendas

são de origem indígena. Elas tentam explicar o surgimento de três pontos turísticos

do nosso estado: “Lenda das Cataratas do Iguaçu”, “Lenda de Vila Velha” e “Lenda

da Lagoa Dourada”. Elas foram trabalhadas separadamente e para auxiliar a

compreensão, fez-se necessário novamente ativar conhecimentos prévios sobre o

assunto a ser estudado. Para realização de uma leitura compreensiva das histórias,

foi importante analisar o contexto de produção assim como seus interlocutores,

dando referências sobre o local e época em que foi produzido o texto para que a

contextualização ajudasse na compreensão do conteúdo que se pretendia trabalhar.

Após esta abordagem, foram apresentados vídeos sobre os locais turísticos aos

quais as lendas se referiam e apontados no mapa do nosso estado.

No quarto passo, as atividades se desenvolveram da seguinte forma: a

história foi contada oralmente, depois com o texto escrito em mãos foi realizada a

leitura coletiva; em seguida atividades pra a compreensão do texto: estudo do

vocabulário sobre palavras novas e palavras de origem indígenas e seus

significados; questões relativas às informações explícitas (personagens, ambiente,

fatos) e implícitas (crenças, ideologias, mensagem, ensinamentos). Através destas

atividades analisaram-se as características do gênero lenda: conteúdo temático,

estilo verbal e a estrutura composicional. E para o desenvolvimento da produção

textual, os alunos reescreveram o texto, pois se entende que através da reescrita o

autor aperfeiçoa sua produção. Ela resulta da autonomia que o texto escrito tem; diz

respeito a toda a elaboração do texto. Desse modo, a reescrita faz parte do

processo de escrita, sendo uma prática essencial para o ensino da produção textual.

A reescrita é muitas vezes confundida com a revisão. Segundo Koch (KOCH,

PAVANI, BOOF, 2004) “A revisão é a correção que ocorre durante a escrita do texto,

e a reescritura é a que acontece depois do texto”.

Por fim, em grupos pequenos, os alunos criaram ilustrações em cartazes para

a lenda trabalhada, que foram expostas no pátio. Para isto tiveram que discutir

ideias, combinar estratégias de trabalho e organização dos grupos. Esta atividade

teve como finalidade estimular a cooperação e a responsabilidade individual para

alcançar o sucesso do grupo.

Page 15: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

14

A atividade cultural culminou em uma apresentação de teatro, recurso

pedagógico capaz de humanizar, desenvolver a emoção e o intelecto e despertar no

aluno o gosto por uma boa leitura. Um grupo de alunos, direcionados, ensaiaram a

lenda transformada em texto teatral. Nesta atividade o grupo participou ativamente

com muito empenho e dedicação. Pode-se observar em sala de aula que o

comportamento e atitudes destes alunos também melhoraram em relação às suas

responsabilidades diárias.

A avaliação aconteceu durante todo o processo o qual serviu como

instrumento que possibilitou analisar criticamente a prática educativa, e também

como instrumento que apresentasse ao aluno a possibilidade de saber de seus

avanços, dificuldades e possibilidades. A avaliação foi compreendida como conjunto

de ações organizadas com a finalidade de obter informações sobre o que o aluno

aprendeu, de que forma e em quais condições. Para tanto se fez necessário um

conjunto de procedimentos investigativos como provas escritas, apresentações

orais, textos escritos, pesquisas escritas, cartazes com pequenos parágrafos sobre

os temas apresentados e discutidos com os alunos em sala de aula, ações que

possibilitaram o ajuste e a intervenção pedagógica para tornar possível o ensino e a

aprendizagem de melhor qualidade.

6. CONCLUSÃO

Os alunos muitas vezes se isolam em seus mundos virtuais, por isso faz-se

necessário um resgate de valores culturais tais como ouvir histórias que nossos pais

ou avós contavam ou ler histórias deste gênero. Esta interação familiar é, sem

dúvida, muito importante para o aprendizado deles e quando os pais se envolvem na

vida escolar de seus filhos há muito mais chances de alcançarem o sucesso na

escola. Resgatar estas histórias que os familiares mais antigos têm é uma forma,

t0ambém de aproximação entre as gerações.

Page 16: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

15

A importância do folclore está descrita em inúmeros documentos. O folclore é

parte integrante do nosso legado cultural, da cultura viva, é meio de aproximação

entre os povos e de afirmação de sua identidade cultural (BONAMIGO, SILVA,

2010). Portanto é preciso valorizar a prática da cultura tradicional e promover a

pesquisa sobre suas expressões, colaborando para a difusão desses saberes,

sobretudo no ambiente escolar. Durante a pesquisa foi encontrado um livro muito

rico sobre o folclore "Folclore no Paraná", faz parte de um acervo que a SEED

enviou para as escolas seu autor é Inami Custódio Pinto, pesquisador que mostra

profundo amor pela nossa terra e pela nossa gente. Pesquisando para ensinar,

aprende-se muito mais do que se pode imaginar. É necessário valorizar a prática da

cultura tradicional e promover a pesquisa sobre suas expressões, colaborando para

a difusão desses saberes, sobretudo no ambiente escolar.

Despertar no aluno o interesse pela leitura é o objetivo e o professor deve ser

o exemplo, o incentivador, o mediador entre o seu aluno e o livro. Mostrar prazer e

encanto diante de um livro, como se fosse um mistério a ser desvendado, um novo

mundo a ser explorado, novas experiências a serem conhecidas. O papel do

professor, neste momento é muitíssimo importante.

A leitura é o canal de acesso ao mundo do letramento e se ela não for

transformadora não tem sentido, contudo se o primeiro livro, lido por "obrigação",

não agradar o leitor, é quase certo que não haverá o segundo... Realmente não há

uma fórmula para despertar no aluno interesse pela leitura, mas sim estratégias,

formas atrativas de apresentá-lo aos livros para que ele possa gostar e se descobrir

neles. Mas é necessário deixar claro para o aluno a diferença entre ler por prazer e

ler por dever. A palavra em destaque é "estratégia" de leitura e há muita pesquisa

nesse campo.

A valorização e o resgate da cultura regional através do estudo das lendas do

folclore paranaense é também, uma forma de mostrar as belezas do estado de uma

forma descontraída e prazerosa de se ouvir, o que pode suscitar a curiosidade pela

história e o folclore. O trabalho com a leitura, a compreensão, a interpretação, a

reprodução deste gênero textual visou ao desenvolvimento da prática da escrita, da

reprodução e produção textual através da literatura folclórica paranaense.

Page 17: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

16

O ser humano é criativo e está sempre buscando novos modos de adquirir

conhecimento para compreender e atuar no mundo em que vive. A escola é um

meio para atingir este objetivo. Para Freire (2005, p.50) “todos nós sabemos alguma

coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre”. Contudo,

é a escola que, sistematicamente, representa o local onde se buscam os saberes

científicos para que, através deles, para tomar mais consciência do poder que se

tem de agir sobre a própria vida e transformá-la. Segundo Freire (2005, p.71),

“Precisamos conhecer melhor as coisas que já conhecemos e conhecer outras que

ainda não conhecemos”.

7. REFERÊNCIAS

AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação do leitor: alternativas metodológicas / Vera Teixeira de Aguiar /e/ Maria da Glória Bordini. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BARROS, Maria Helena Toledo Costa de. Leitura mediação e mediador / Maria Helena Toledo Costa de Barros, Rovilson José da Silva, Sueli Bortolin. – São Paulo: Ed. Fa, 2006. 160p.

BAYARD, Jean-Pierre. História das Lendas. Trad. De Jeanne Marullier. Difusão Européia do Livro. São Paulo. 1957. (Coleção “Saber Atual”)

BRITTO, Luiz Percival Leme, 1957 – Contra o consenso: cultura escrita, educação e participação / Luiz Percival Leme Britto. – Campinas, SP: Mercado de Letras, 2003. – (Coleção Idéias sobre Linguagem)

CASCUDO, Luís da Càmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. 10ª ed., Ediouro, Rio de Janeiro, s/d, ISBN 85-00-80007-0

CASCUDO, Luís da Câmara: Tradição, ciência do povo. Pesquisas na cultura popular do Brasil. São Paulo, Editora Perspectiva, 1971.

COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e Textualidade – 2ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1999.

CRISTÓVÃO, Vera Lúcia L.; NASCIMENTO, E. L. Gêneros textuais: teoria e prática. Londrina: Moriá, 2004.

Page 18: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

17

DIONÍSIO, Angela Paiva, MACHADO; Ana Rachel Machado; BEZERRA, Maria Auxiliadora (orgs.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DA REDE DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO PARANÁ.

DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA P/ O ENSINO FUNDAMENTAL

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três textos que se completam. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1983.

KLEIMAN, Angela B. Leitura e Interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Ângela b. Kleiman, Silvia E. Moraes. – Campinas, SP: Mercado de Letras, 1999. – (Coleção Idéias sobre Linguagem)

KLEIMAN, Angela B. (Org.). Os significados do letramento. Campinas: Mercado de Letras, 1995.

KLEIMAN, A. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. São Paulo: Pontes, 2007.

KÖCHE, Vanilda Salton; PAVANI, Cinara Ferreira; BOFF, Odete Maria Benetti. O processo de reescrita na disciplina de Língua Portuguesa Instrumental. Universidade de Caxias do Sul. Linguagem & Ensino, Vol. 7, No. 2, 2004 (141-164).

LA TAILLE, Yves de. et al. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão/ Yves de La Taille, Marta Kohl de Oliveira, Heloysa Dantas. – São Paulo: Summus, 1992.

PINTO, Inami Custódio. Narrativas de Histórias de Vidas e Lendas. In: Zélia Maria Bonamigo,Jorge Antonio de Queiroz e Silva (Org.) Folclore no Paraná. 2. ed. – Curitiba: SEED – Pr., 2010. – 600p.

ROCCO, Maria Thereza Fraga. Viagens de leitura. Brasília, 1996. Cadernos da TV Escola.

SARAIVA, Juracy Assmann. Literatura e Alfabetização: do plano do choro ao plano da ação. Porto Alegre, 2001.

SOARES , Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Trad. Cláudia Schilling – 6. ed. – Porto Alegre: ArtMed, 1998.

Referências on line:

Page 19: LENDAS PARANAENSES: ESTUDO DO GÊNERO ENCANTADO · Paraná, estão as lendas que tentam explicar a origem de alguns pontos turísticos locais, como a Lenda de Vila Velha, Lenda das

18

FREIRE, José Ribamar Bessa. Cinco Ideias Equivocadas sobre os Índios. 2000. Disponível em: CINCO IDÉIAS EQUIVOCADAS SOBRE OS ÍNDIOS 1 de JRB Freire – www.taquiprati.com.br/.../Cinco_ideias_equivocadas_sobre_indios_... Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat. Acesso em 05/08/11

SEEC – Secretaria Estadual da Cultura do Paraná. Projeto Paraná da Gente. Fonte: http://www.sppert.com.br/Artigos/Brasil/Paraná/Cultura/Folclore/Folclore_do_Paraná/ Acesso em: 21/03/2011

MELO, André Magri Ribeiro de. APLICAÇÃO DA LEI 11.645/08 E AS MATRIZES CURRICULARES DE LITERATURA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

FONTE: http://www.webartigos.com/articles/45865/1/APLICACAO-DA-LEI-1164508-E-AS-MATRIZES-CURRICULARES-DE-LITERATURA-E-CULTURA-AFRO-BRASILEIRA-NA-EDUCACAO-TECNOLOGICA/pagina1.html#ixzz1TVvvAYx6) Acesso em: 25/07/2011

pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Estadual_de_Vila_Velha - Parque Estadual de Vila

Velha. Acesso em: 06/06/2011