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Leitura sem dogmas 2013|2014 Ano XV nº 3 1ª Tiragem Escola Secundária de Rio Tinto Parlamento de Jovens 2013/14 O programa Parlamento dos Jovens, promovido pela Assembleia da Repú- blica e organizado em colaboração com outras endades, tem por objevo, entre outros, connuar a promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pela parcipação cívica e pelo debate de temas de atualidade. Os temas para 2013/2014 são os seguintes: “Crise demográfica (emigração, natali- dade, envelhecimento)” (para o ensino secundário) “Drogas: evitar e enfrentar as depen- dências” (para o ensino básico) Na ESRT, são responsáveis por este pro- jeto, os professores José Carlos Sousa e Maria Emília Reis, mas todos os profes- sores podem implementar o programa nas suas turmas. São Martinho de Tours São Marnho de Tours, em lam: Sanctus Marnus Turonensis, foi um militar, monge e, mais tarde, bispo de Turonum, sendo considerado santo pela Igreja Católica. S. Marnho de Tours é padroeiro de várias profissões an- gas e modernas: curdores, alfaiates, peleteiros, solda- dos, cavaleiros, restauradores (hotéis, pensões, restauran- tes), produtores de vinho, mas também dos mendigos. No dia 11 de novembro celebra-se a data em que foi sepultado em Tours, França. Há diversas tradições fes- vas associadas a esta data e que se relacionam com um espírito de convívio e de solidariedade, tais como comer a chamada oca de São Marnho (um ganso); beber do vinho novo guardado após as vindimas e cha- mado vinho de São Marnho e acender fogos de festa. Projeto Comenius Já se concluíram no presente ano levo mais duas reuniões do Projeto. A primei- ra teve lugar em Tenerife (Ilhas Canárias) e a segunda em Taranto (Itália). Parciparam nesta úlma cinco alunos da nossa escola. A próxima reunião terá lugar em Portugal, seguindo-se uma outra na Turquia e outra na Grécia. Mais pormenores nas páginas interiores. “São Marnho e o pedinte” na fachada principal da Igreja de Tibães em Braga. Fotografia de José Gonçalves

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Leiturasem dogmas

2013|2014Ano XV nº 3 1ª Tiragem

Escola Secundária de Rio Tinto

Parlamento de Jovens 2013/14O programa Parlamento dos Jovens, promovido pela Assembleia da Repú-blica e organizado em colaboração com outras entidades, tem por objetivo, entre outros, continuar a promover a educação para a cidadania e o interesse dos jovens pela participação cívica e pelo debate de temas de atualidade. Os temas para 2013/2014 são os seguintes:

“Crise demográfica (emigração, natali-dade, envelhecimento)” (para o ensino secundário)

“Drogas: evitar e enfrentar as depen-dências” (para o ensino básico)

Na ESRT, são responsáveis por este pro-jeto, os professores José Carlos Sousa e Maria Emília Reis, mas todos os profes-sores podem implementar o programa nas suas turmas.

São Martinho de Tours São Martinho de Tours, em latim: Sanctus Martinus Turonensis, foi um militar, monge e, mais tarde, bispo de Turonum, sendo considerado santo pela Igreja Católica.

S. Martinho de Tours é padroeiro de várias profissões an-tigas e modernas: curtidores, alfaiates, peleteiros, solda-dos, cavaleiros, restauradores (hotéis, pensões, restauran-tes), produtores de vinho, mas também dos mendigos.

No dia 11 de novembro celebra-se a data em que foi sepultado em Tours, França. Há diversas tradições fes-tivas associadas a esta data e que se relacionam com um espírito de convívio e de solidariedade, tais como comer a chamada oca de São Martinho (um ganso); beber do vinho novo guardado após as vindimas e cha-mado vinho de São Martinho e acender fogos de festa.

Projeto ComeniusJá se concluíram no presente ano letivo mais duas reuniões do Projeto. A primei-ra teve lugar em Tenerife (Ilhas Canárias) e a segunda em Taranto (Itália).Participaram nesta última cinco alunos da nossa escola. A próxima reunião terá lugar em Portugal, seguindo-se uma outra na Turquia e outra na Grécia.Mais pormenores nas páginas interiores.

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ViagemMiguel Torga

É o vento que me leva. O vento lusitano. É este sopro humano Universal Que enfuna a inquietação de Portugal. É esta fúria de loucura mansa Que tudo alcança Sem alcançar. Que vai de céu em céu, De mar em mar, Até nunca chegar. E esta tentação de me encontrar Mais rico de amargura Nas pausas da ventura De me procurar...

Miguel Torga

Aparelhei o barco da ilusãoE reforcei a fé de marinheiro.Era longe o meu sonho, e traiçoeiroO mar…(Só nos é concedidaEsta vidaQue temos;E é nela que é precisoProcurarO velho paraísoQue perdemos).Prestes, larguei a velaE disse adeus ao cais, à paz tolhida.Desmedida,A revolta imensidãoTransforma dia a dia a embarcaçãoNuma errante e alada sepultura…Mas corto as ondas sem desanimar.Em qualquer aventura,O que importa é partir, não é chegar.

EditorialEmília Reis (prof. de Português)

O que importa é partir!Sim, o que importa é partir, não é chegar!Parte-se pelo simples prazer de conhecer outros mundos.Parte-se à aventura de espírito abertoPara comprender o outro e vê-lo com olhos de viajante Parte-se em busca de uma vida melhorQuando já não há lugar no berço que nos viu nascer. Partir assim é construir o futuroÉ rasgar o destino É não ficar à espera que o Fado o teça para nósÉ descobrir a força que temos para mudarmos o mundoÉ ter asas para ir em busca do paraíso perdido.É tomar o leme da Nau da IniciaçãoCortar rotas, abrir caminho na selva mais cruel Partir sem pensar em chegarÉ crescerÉ “ser maior dos que os homens”É voar com asas de condor.

Quando em setembro partimos para novo ano letivo,Fizemo-lo com a esperança de ver raiar um novo diaum mundo novo.Que descobrimos?Adamastores em todas as voltas da estradaTempestades e nevoeiroE D. Sebastião que teima em não regressar! Ignorando os velhos do ResteloEnfrentemos o futuro com um sorriso Não pode a má fortuna durar sempre.De Vasco da Gama herdamosa bússola, o astrolábio,as cartas de marear,caravelas...e uma vontade forte de navegar.

Aparelhemos o barco da esperançaÉ preciso partir quanto antes para vencer! Portugal teve um passado. tem presente e vai ter futuro!

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Martinho nasceu no ano de 316, em Sabária atual Hungria). O seu pai era soldado do exército Romano… e deu-lhe uma educação Cristã. Aos 15 anos Martinho foi para a Itália. Alistou-se no exército romano tornando-se, mais tarde, num corajoso general rico e poderoso.

Um dia, de regresso a casa, cavalgava debaixo de forte tormenta. A chuva e o granizo caiam furio-samente, o vento, furioso, uivava e o frio parecia esmagar os ossos.

Ao longe, avistou um mendigo que, quase nu, se confundia com os troncos mirrados e enegreci-dos na beira da estrada. Este, estendia um braço descarnado em busca de algum auxílio que o salvasse de uma morte certa.

Em seguida, desprendeu a espessa e quente capa que o protegia e, com um golpe seguro de espa-da, dividiu-a em duas partes. Apesar de mal aga-salhado e a chover torrencialmente, Martinho continuou o seu caminho, cheio de felicidade...

Então, o bom Deus, ao presenciar este gesto, fez desaparecer a tempestade. O céu ficou límpido e surgiu um sol de estio, cheio de luz e calor. Nos três dias que ainda durou a viagem, um Sol radioso acompanhou o general.

Todos os anos, em Novembro, somos presen-teados com, pelo menos, três magníficos dias de Sol, para que a memória dos homens, tantas vezes curta não se esqueça do gesto que salvou a vida ao mendigo.

É o Verão de S. Martinho.

Lenda de S. Martinho

Pudim de S. MartinhoAna Santos (prof de Português)

1 chávena (almoçadeira) de puré de castanhas cozidas / assadas1 lata de leite condensado2 latas de leite magro6 ovos inteirosaçúcar para caramelizar a forma

Com o açúcar, prepare um caramelo claro e forre com ele o interior de uma forma. Numa tigela, mis-ture o leite condensado com o puré de castanhas, os ovos e o leite magro. Mexa bem e deite na forma caramelizada. Leve a cozer em banho-maria durante 45 minutos.

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4 ∙ Leitura sem dogmas

Projeto ComeniusJá se realizaram, no presente ano letivo, duas reu-niões de projeto. A primeira teve lugar em La Laguna (Tenerife) e a segunda em Taranto (Itália)

Realizou-se, no dia 23 de setembro, no Instituto de San Benito, La Laguna, após a sessão de boas vindas, e de uma curta visita às instalações da escola, a a habitual reunião de professores participantes onde se partilharam as boas práticas e experiências de cada escola e a atualização do website do Projeto.

Por volta das cinco e meia da tarde, todas as dele-gações foram recebidas nos Paços do Concelho por representantes da autarquia.

Os restantes dias foram dedicados a visitas locais: Fez--se uma visita ao Vulcão Teide e à praia Medano, uma típica praia de pescadores. Na despedida, os encarre-gados de educação dos alunos do Projeto brindaram--nos com um jantar-convívio dando a todos a oportu-nidade de provarmos diversas iguarias típicas.

Entre 10 e 16 de novembro, decorreu a reunião de Projeto em Taranto (Itália), Nela participaram três professoras e cinco alunos portugueses, a saber He-lena Ferreira, Joana Santos, João Sousa, Rafael Pinto e Rodrigo Andrade.

No primeiro dia, depois de os alunos estrangeiros te-rem preparado a massa que comeram ao almoço, de desenharem os seus heróis nacionais, apoiados por artistas convidados, apresentaram as encenações e as bandas desenhadas que prepararam antecipada-mente para divulgarem a sua ação.

No dia seguinte, todos os participantes tiveram a oportunidade dar um passeio por Taranto tendo visi-tado o Castelo Aragonese, diversas igrejas e edifícios com história bem com magníficos exemplares de colunas dóricas.

O último foi dedicado a uma visita a Alberobello, uma pequena cidade da região da Puglia, província de Bari, conhecida pelo seu conjunto de Trulli, cons-truções de telhado cónico características da região, considerada Património da Humanidade pela UNES-CO desde 1996 e a Martina Franca, outra cidade da mesma região, conhecida pelas suas igrejas barrocas e pelos seus inúmeros palácios.

Os alunos, que ficaram alojados em famílias, consi-deraram esta viagem uma maravilhosa e inesquecí-vel experiência.

Experiência ErasmusMaria Monteiro, 11º N, Cláudia Messias (prof. de Español)

En el 11º curso, uno de los contenidos estudiados en la asignatura de español es el aprendizaje de lenguas extranjeras. Como en la clase tratamos de ver las ventajas de ir a estudiar al extranjero como forma de mejorar el aprendizaje de un idioma, hablamos en el programa Erasmus, ya que facili-ta a muchos estudiantes universitarios europeos el conocimiento de una lengua y cultura nuevas. Aprovechando que una antigua alumna de español de este Instituto, Maria Monteiro, está viviendo esta experiencia en Pamplona, España, se llevó a cabo una actividad de clase en el 11ºN que consistía en plantear-le algunas preguntas, a través de la página https://www.facebook.com/espanol.esrt. Conoced cómo está vivendo María esta experiencia en la entrevista que se presenta a continuación.

Nádia: ¿Cómo son las clases? Maria: Llevo 7 asignaturas con todos los cursos, desde el primero hasta el cuarto y eso es muy inte-resante, una vez que estoy en segundo en Portugal y acá estoy aprendiendo mucho. Además, tengo clases prácticas casi todos los días, así que es increíble para ganar experiencia.Renata: ¿Cuál fue tu mayor dificultad hasta ahora? Maria: Como llevo 7 asignaturas y tengo clases teó-ricas y prácticas todo el día, durante la semana, es muy difícil tener tiempo para estudiar todo y relajar. En las prácticas es muy difícil, a veces, contribuir con nuestras ideas porque somos una minoría y no tenemos mucho espacio para hablar.Patrícia: ¿Echas de menos Portugal? Maria: ¡Claro! Echo de menos a mi familia, mis ami-gos y sobre todo a la comida y a la lengua, porque acá no se encuentran muchos portugueses.Nuno: ¿Las personas son agradables ahí? Maria: Puedo decir que he sido afortunada, porque en esta universidad toda la gente es muy simpática, sean alumnos, profesores u otros empleados.Verónica D.: ¿Cómo has ganado coraje de ir hacia fuera y vivir sola? Maria: Yo he querido venir de Erasmus durante mu-cho tiempo y creo que la forma de aprendizaje que nos puede enriquecer más en la vida no está solo en los libros, es conocer a gente de otros países porque sus culturas nos pueden enseñar mucho. Esa idea, además de crecer como persona y aprender cómo vivir sola, me dio el coraje de venir.Verónica C.: María, ¿cómo son las personas de esa ciudad? Maria: Los pamploneses son personas un poco ce-rradas al inicio, pero cuando entras en su mundo te reciben y son muy agradables.Filipa: ¿Echas de menos a tus amigos y familia?Maria: ¡Sí! Como estoy siempre ocupada, no tengo mucho tiempo para quedarme triste y además, hablo casi todos los días con mis amigos y con mis padres por Facebook o Skype.

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Leitura sem dogmas ∙ 5Pedro A.: ¿No te sientes sola? Maria: No, porque ha venido una compañera portugue-sa conmigo y el hecho de hablar portugués con alguien ya hace que no me sienta sola. Además, mis compa-ñeras de piso y mis amigos son increíbles y siempre estamos juntos cuando tenemos un rato libre.Sara: ¿Fue difícil ir sola a un lugar que no conocías?Maria: No fue tan difícil así porque no he venido sola, he venido con una compañera portuguesa. Sin embargo, es siempre difícil salir de la comodidad de nuestra casa y vivir la vida adulta sin nuestros padres, pero con el tiempo me he acostumbrado.Pedro L.: ¿La ciudad es bonita? Maria: Sí, ¡es muy bonita! A mí me enfada que el res-to del mundo solo conozca Pamplona por la tradición de los encierros, porque es increíble, tiene muchos espacios verdes, monumentos muy bonitos y las calles históricas.Miguel: ¿Dónde estás durmiendo? Maria: Estoy viviendo en un piso con mi compañera portuguesa y dos chicas italianas.Teresa: ¿Fue fácil adaptarte? Maria: Sí, porque como ya había tenido clases de español, no tuve dificultades con el idioma y como la Universidad organizó las Jornadas de Bienvenida con actividades con todos los estudiantes internaciona-les, fue fácil conocer a nuevas personas y me sentí en casa desde el primer día.Alexandra: ¿Fuiste tú quien elegiste esa ciudad? Si pudieses, ¿elegirías otras? Maria: No, inicialmente me inscribí para estudiar en Madrid, pero no conseguí la plaza y mi coordinadora me ha dicho que Zaragoza no era una buena opción. Además, la Facultad de Letras había hecho recien-temente un pacto con la UNAV y yo ya había tenido una conferencia con un profesor de esta universidad que me había encantado y yo sabía que esta es una de las mejores universidades en toda la Europa y la mejor en Periodismo en España, así que me consi-dero muy afortunada. No lo cambiaría porque estoy aprendiendo mucho sobre todo a nivel práctico.Ana: ¿Qué te gustó menos de esta experiencia?Maria: El hecho de tener tantas asignaturas y poco tiempo para estudiarlo todo, porque siempre estoy cansada. Además, el primer día pedí ayuda a un se-ñor para encontrar wifi para hablar con mis padres y decirles que estaba bien y me ha dicho simplemente que no, así que me quedé con una mala impresión de los pamploneses inmediatamente, pero felizmen-te fue un caso único.Diogo: ¿Cómo fuiste recibida en Pamplona?Maria: Si me olvido de la experiencia que os conté en la pregunta anterior, fui muy bien recibida por toda la Universidad e incluso el primer día, después de aquel episodio, me fui a un café a pedir ayuda y estaba tan nerviosa que empecé a llorar y el dueño del café me calmó y me dijo que no llorase, fue muy amable, cené allá y al final no me dejó pagar la cena. Todavía tengo que volver allá y agradecerle de nuevo.João M.: ¿Qué pensó tu familia?Maria: Mi familia se ha quedado un poco sorprendi-da porque yo nunca había estado tanto tiempo fuera pero me han apoyado desde el inicio porque sabían que esto era lo que yo quería. Mi madre siempre me está diciendo que la casa está vacía, porque no tengo hermanos, así que es muy diferente para mis padres, pero hablamos muchas veces.

Mariana: ¿ Qué te costó más en esta experiencia? Maria: El hecho de tener que acostumbrarme a aprender cosas específicas sobre periodismo en español y mi horario complicado que me deja sin tiempo para nada.Bruna: ¿Esa ciudad es muy diferente de la nuestra? Maria: Es bastante diferente, porque hay muchos espacios verdes, muchos perros y toda la gente se va a todas las partes de la ciudad en bicicleta, es un medio de transporte muy utilizado.Margarida: ¿Qué te gusta hacer en Pamplona? Maria: Me gusta ir a pasear por los parques de la ciudad, ir a las creperías y a las heladerías que son buenísimas e ir de pintxos (tapas) con mis amigos, porque hay una tradición muy fuerte acá de salir de pintxos por los jueves (se llama juevintxos) y hay muchos bares acogedores.Catarina: ¿Qué incluye la beca que has ganado? Maria: La beca que yo he ganado incluye 1000€ que, si tienes suerte, te dan para pagar el alquiler del cua-trimestre, por eso hay que ahorrar un poco si queréis venir de Erasmus. Además de la beca Erasmus tam-bién puede haber la beca normal de la Universidad.Joana: ¿Cuáles son las nacionalidades de tus compa-ñeros de la Universidad? Maria: Hay muchas nacionalidades en la UNAV, porque hay muchísima gente de América Latina y de otros países, pero mis amigos son de Brasil, Italia, Polonia, Ecuador, Corea del Sur y Taiwan. También hay gente de Estados Unidos y Filipinas, por ejemplo.Cláudia: ¿Te gusta la comida? Maria: No, nunca como comida española, solo los pintxos, porque no me gusta nada más.Cristina: ¿Te está gustando conocer mejor la cultura de Pamplona? Maria: Sí, me está encantando, sobre todo porque los que somos de otros países no conocemos a nada sino la tradición de San Fermín.João F.: ¿Cómo sientes que es el pueblo español? Maria: El pueblo español no es muy atento con los extranjeros como los portugueses y es mucho más fácil interactuar con otros estudiantes internacio-nales, pero con el tiempo, cuando te conocen, son personas alegres y que te ayudan. Además, el mito de que no saben otras lenguas no es mito - es ver-dad. Hay muchas personas que no saben hablar nada de inglés, y eso me sorprende mucho sobre todo porque mis compañeros van a ser periodistas. El otro día tuvimos una videoconferencia con un profesor de Estados Unidos y más de la mitad de las personas necesitó traducción.José: ¿Es difícil comprender a los nativos? Maria: Para mí es más complicado entender a los españoles que a mis com-pañeros de América Latina, pero entre todos los espa-ñoles es más fácil para mí entender a las personas del sur (Andalucía) y de Galicia. Sin embargo, en general no tengo muchas dificultades porque los 3 años de español me dejaron bien preparada.

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6 ∙ Leitura sem dogmas

Sobre a PonteAna Santos (prof. de Português)

A Ponte da Arrábida, construída entre 1956 e 1963 pelo engenheiro Edgar Cardoso (1913-2000), foi clas-sificada “no ano em que se comemora o centenário do nascimento de Edgar Cardoso e o cinquentenário da inauguração da própria ponte” como monumento nacional. (JN)

A Ponte da Arrábida foi a segunda ponte entre o Porto e V. N. Gaia a ser construída para a circulação rodoviária, sendo uma das seis pontes ainda existen-tes na cidade do Porto, sendo estas por ordem de construção a Ponte de D. Maria Pia, a Ponte Luiz I, a própria Ponte da Arrábida, a Ponte de São João, a Ponte do Freixo e a Ponte do Infante.

Por volta da década de quarenta constatou-se que a circulação na Ponte D. Luiz I, entre o Porto e V.N. de Gaia, se fazia com muita dificuldade, motivado sobre-tudo pela expansão demográfica do distrito do Porto e do Concelho de Vila Nova de Gaia, e reconheceu-se a necessidade de uma travessia alternativa. Em Mar-ço de 1952 a J.A.E.(Junta Autónoma das Estradas), adjudicou a elaboração dos anteprojetos a um Enge-nheiro de Pontes de renome mundial - o Professor

Edgar António de Mesquita Cardoso. O projeto viria a ser aprovado em 1955.

Com um custo de cerca de 240 mil contos, cerca de 1.200.000€, em Março de 1957 foram iniciadas as obras. Na sua construção foram gastos 20 mil tonela-das de cimento, 58.700 m³ de betão armado, 2.250 toneladas de aço nos varões e 2.200 toneladas de aço laminado, no cimbre utilizado.A 22 de Junho de 1963 é finalmente inaugurada a Ponte da Arrábida, no mandato de Nuno Pinheiro Torres, dispondo de quatro elevadores para que os peões pudessem vencer a distância de setenta metros do rio ao tabuleiro, facilitando em muito a travessia pedonal.

Nas torres dos elevadores, parte integrante da estru-tura daquela obra de arte, podem observar-se quatro esculturas ornamentais com cinco metros de altura, fundidas em bronze. Duas do lado do Porto, do es-cultor Barata Feyo, simbolizando “O Génio Acolhedor da Cidade do Porto” e “O Génio da Faina Fluvial e do Aproveitamento Hidroeléctrico”; e duas do lado de Gaia, do escultor Gustavo Bastos, representando “O Domínio das Águas pelo Homem” e “O Homem na sua Possibilidade de Transpor os Cursos de Água”.

Já em relação ao tabuleiro era composto por duas vias de trânsito com 8 m cada, separadas por uma via sobrelevada de 2 m de largura, duas pistas para ciclistas com 1,70 m cada, dois passeios sobrelevados de 1,50 m de largura (Wikipédia)Para celebrar o 50º aniversário desta ponte o o centenário do nascimento do seu criador, é promo-vido em associação com o Colóquio Internacional ARRABIDA50 sobre Pontes e Património um concurso de fotografia na Alfândega do Porto no dia 21 de junho deste ano., véspera do aniversário da Ponte.. Pretende-se promover a prática da arte da fotografia e estimular o público em geral, e em especial os es-tudantes, à observação desta ponte e da sua relação com a envolvente urbana e com a paisagem.

Entre as fotografias a concurso o júri escolherá todas as que lhe parecerem merecedoras de fazerem parte da exposição que estará patente na Alfândega do Porto, no dia do Colóquio Internacional. Depois desta data serão expostas na FEUP.

Foi assim há 50 anos...

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1º de dezembro em PortugalO desaparecimento de D. Sebastião, em 1578, em Alcácer Quibir, sem ter deixado descendência, deu origem à perda da independência de Portugal. Três anos após o seu desaparecimento, foi aclamado rei, nas cortes de Tomar, Filipe II de Espanha, o qual jurou, na tomada de posse, nas Cortes de Leiria de 1580, zelar pelos interesses de Portugal, respeitan-do leis, usos e costumes do País.

Com o decorrer do tempo, as promessas foram sendo desrespeitadas e, sob o poder de Filipe III, a situação era já insuportável: para a ocupação de lu-gares de chefia em Portugal eram nomeados nobres espanhóis; era feito o arrolamento militar para guer-ra da Catalunha; eram lançados novos impostos sem a autorização das Cortes. Paralelamente, a popula-ção empobrecia, os burgueses eram afetados nos seus interesses comerciais e o Império Português era ameaçado por ingleses e holandeses perante a impotência ou desinteresse da coroa filipina. Esta situação conduziu à organização de um movimento conspirador para a recuperação da independência, onde figuravam membros do clero e da nobreza. Os primeiros sinais de revolta contra o centralismo castelhano surgiram em 1610.

Em 12 de outubro de 1640, reuniram-se vários con-jurados em casa de D. Antão de Almada, hoje Palácio da Independência, tendo ficado decidido ir chamar a Vila Viçosa o Duque de Bragança para que este se assumisse como defensor da autonomia portuguesa, assumindo o Ceptro e a Coroa portuguesas.

Ao despontar do dia 1 de dezembro do mesmo ano, o que deve ter acontecido por volta das sete horas, um grupo de quarenta fidalgos, conhecidos por “conjurados”, depois de se ter introduzido no Paço da Ribeira, onde vivia a Duquesa de Mântua, representante da coroa espanhola, procura o seu secretário, Miguel de Vasconcelos, cuja morte tinha sido anteriormente determinada, e vem à jane-la proclamar D. João, Duque de Bragança, rei de Portugal. Executado Miguel de Vasconcelos, o grupo obrigou a Duquesa de Mântua a ordenar a rendição das forças fieis a Castela.

Esta revolução, que foi recebida, por volta das dez horas da manhã, com júbilo por todo o país, põe, assim, termo a 60 anos de domínio castelhano sobre Portugal.

Só no dia seguinte é que a notícia chega a Setúbal, onde a população cerca a fortaleza de São Filipe ocupada por uma guarnição de italianos e alemães e toma a fortaleza do Outão, garantindo assim a proteção de Lisboa contra eventuais desembarques.

O duque de Bragança só chega a Lisboa no dia 6 de Dezembro para ser aclamado rei, com o título de D.João IV. Nas duas semanas que se seguem - todo o país - nobres e municípios, se declara por D. João IV, sem que seja disparado um único tiro.

Quando a notícia chega ao reino de Castela, os estudantes portugueses da universidade de Sala-manca deixam a cidade e voltam a Portugal para se alistarem no exército.

Os nobres portugueses que viviam em Madrid constituiram dois grupos distintos. Uma parte imita os estudantes voltando para Portugal, enquanto a outra acabou por preferir as vantagens e o dinhei-ro que a vida na corte castelhana lhes davam, não voltandoa Portugal chegando mesmo a hostilizar a independência de Portugal.

A partir de 2 de dezembro, para defender as frontei-ras de Portugal de uma potencial retaliação espa-nhola, foram mandados alistar todos os homens dos dezasseis aos sessenta anos e fundidas novas peças de artilharia.

O Primeiro de Dezembro ou Dia da Restauração passou a ser comemorado anualmente em Portugal com muita pompa e circunstância, sendo que uma das primeiras decisões da República Portuguesa, em 1910, foi passá-lo a feriado nacional como medida popular e patriótica. No entanto, essa decisão foi re-vogada pelo XIX Governo Constitucional, de Passos Coelho, passando o feriado a comemorar-se em dia não útil a partir de 2012.

Termino citando o ex-líder do CDS-PP José Ribeiro e Castro “ (...) importa repor o 1.º de Dezembro e celebrar os valores da independência nacional e do brio e da liberdade de Portugal como valores fundamentais do Estado, de toda a sociedade e da Nação” numa altura em que o País, graças à sua situação financeira e aos compromissos externos celebrados, sofre marcadas limitações no exercício da sua soberania.

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8 ∙ Leitura sem dogmas

Edith PiafDiogo Monteiro, 8º C

Édith Giovanna Gassion, nascida em 19 de dezembro de 1915, conhecida por Édith Piaf, foi uma cantora francesa de música de salão e de variedades, tendo, no entanto, sido reconhecida pelo seu talento no estilo chanson, tipicamente francês. Nasceu em Belleville, um distrito parisiense conhecido pelo seu elevado número de imigrantes. Apesar da sua certidão de nascimento indicar o Hospital Tenon, Belleville como seu local de nascimento, uma lenda diz que ela nasceu na Rue de Belleville 72.A sua mãe, Annetta Giovanna Maillard, nascida em 1895 era uma pied-noir, sendo franco-italiana por parte do pai e cabila-berbere por parte da mãe. Trabalhou como cantora num café usando o pseudó-nimo Line Marsa. Morreu em 1945. O pai chamava--se Louis-Alphonse Gassion, nasceu em 1881, era normando e acrobata de rua e passou pelo teatro. A sua infância não foi fácil.Entre os sete e os oito anos, Édith supostamente ficou cega devido a uma queratite. De acordo com uma das suas inúmeras biografias, ela curou-se depois de orar no túmulo de Santa Teresa de Lisieux (conhecida popularmente por Santa Teresinha). De-vido a isto, Édith conservou a devoção a Teresa para o resto da vida.Em 1922, foi viver com o pai e, em 1929, aos 14 anos, enquanto o pai fazia acrobacias por França, Édith cantou pela primeira vez em público.Aos 15 anos, deixou o pai e foi viver num dos quar-tos do Grand Hotel de Clermont (Rua Veron nº18, em Paris).Nessa altura, juntou-se à amiga Simone Berteaut (“Mônonme”) e as duas tornaram-se parceiras em “travessuras”. Édith tinha 16 anos quando se apai-xonou por Louis Dupont, rapaz de entregas. Com 18 teve a sua primeira e única filha, Marcelle, que morreu de meningite aos dois anos de idade. Como mãe, teve dificuldade em consolidar a vida domés-tica com a vida profissional (cantar nas ruas). Assim, Louis criou a criança até à sua morte.Em 1935, Édith foi descoberta a cantar numa rua da área de Pigalle por Louis Leplée, dono do Le Gerny’s, situado nos Campos Elísios, Paris. Foi graças a ele que ela começou a sua vida artística. Louis, vendo o nervosismo dela no palco, começou a ensinar-lhe como estar calma em palco, usando sempre um vestido preto, que se tornou a sua marca registada. A sua estreia no Le Gerny’s foi bastante publicitada tendo a presença de inúmeras celebridades. No Le Gerny’s conheceu o compositor Raymond Asso e a

Biografias de cantores franceses

compositora Marguerite Monnot, que se tornou sua parceira e amiga para o resto da vida. Em 1936, Piaf assina um contrato que lhe dá o primeiro disco “Les Mômes de la Cloche” que teve enorme sucesso. Piaf é nesse ano acusada do homi-cídio de Leplée, mas é absolvida, tendo isto amea-çado a sua carreira. Ainda assim, graças a Raymond Asso, ela voltou a ser conhecida, com músicas sobre o seu passado.Entre os anos de 1936 e 37, Édith atuou no Bobino, Montparnasse. Março de 1937 foi o seu mês de es-treia no ABC, sendo a partir dai uma imensa vedeta. Em 1940, estreia uma peça a si dedicada, sendo que em 41 estreia no cinema.Nem a ocupação alemã a parou, apesar de ser con-siderada uma traidora. Em 1944, ela conhece Yves Montand passando a ser sua mentora e amante.Em 1945 escreve “La Vie en Rose” a sua mais céle-bre canção.Após a Segunda Guerra Mundial, fez um tour mun-dial pela Europa, Estados Unidos e América do Sul. Ela não foi de início muito popular na América, mas, a curto prazo, viu crescer a sua popularidade.Com essa popularidade, participou em alguns pro-gramas estaducienses. Em 1948, conhece o pugilista e amor da sua vida Marcel Cerdan de nacionalidade francesa nascido na Argélia. Pouco depois de se conhecerem, Cerdan torna-se campeão mundial de boxe, mas morre num acidente de avião dando início ao vício por morfina de Édith.Em 1951, o jovem cantor Charles Aznavour começa a trabalhar com Édith, que o ajuda a melhorar a carreira. Em setembro do ano seguinte casa-se com Jacques Pills, divorciando-se quatro anos depois. Georges Moustaki (“Jo”) ajuda-a a escrever “Milord”, mas infelizmente, após um acidente automobilístico em 58, Édith piora o seu estado de saúde e a sua dependência por morfina.Em 1962, Édith casa-se com o seu último marido, Théo Sarapo, 20 anos mais novo, um cabeleireiro de ascendência grega, que se tornou cantor e ator.Édith Piaf viria a morrer no dia 10 de outubro de 1963, vítima de uma hemorragia interna em Grass, Alpes Marítimos, com apenas 47 anos e uma saúde abalada por excessos, nomeadamente morfina e um sofrimento de toda uma vida. Está sepultada no cemitério Père-Lachaise, em Paris. Édith morre, mas deixa na memória uma mulher que morreu por erros próprios, mas que também demonstra alguém que não começou no melhor local possível, mas veio a subir e ser alguém bastante conhecido e influen-te, sendo uma inspiração.

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Leitura sem dogmas ∙ 9

Françoise HardyMárcia Macedo, 8º C

Françoise Hardy nasceu em Paris no dia 17 de janei-ro de 1944. Quando acabou o ensino secundário, o pai deu-lhe uma guitarra e foi desde aí que começou a compor música.Françoise matriculou-se na Faculdade de Ciências Políticas na Sorbonne, tendo de seguida mudado para Letras, no entanto, não chegou a concluir ne-nhum curso, descobrindo na música a sua vocação. Em 1961, com dezassete anos, assinou um contrato com a editora discográfica “Vogue”. No ano seguin-te, alcançou grande sucesso internacional com a sua primeira música “Tous les Garçons et les Filles” que ainda se ouve hoje em dia. No ano de 1963, parti-cipou no Festival Eurovisão da Canção com o tema “L’amour s’en va”, tendo alcançado o quinto lugar no concurso. Em 1964, concorreu ao festival de San Remo na Itália com a música “Parla mi di te”: Em 1967, casou com Jacques Dutronc, e, em 1973, deu à luz do dia o seu filho Tom. Em 1971, lançou o disco “La question”. Em 1988, publicou que se afastaria da música e lançou aquele que teria sido o seu último disco “Décalages”. No ano de 1990, assinou um contrato com a editora Virgin e, em 1996, lançou a álbum “Le danger”.Em 2004, editou “Tant de belles choses”, uma canção que evoca a morte de alguém que se ama, deixando nos que ficam muita saudade.

Eis um excerto da letra desta canção:

L’amour est plus fort que le chagrinL’amour qui fait battre nos coeursVa sublimer cette douleurTransformer le plomb en orTu as tant de belles choses à vivre encoreTu verras au bout du tunnelSe dessiner un arc-en-cielEt refleurir les lilasTu as tant de belles choses devant toiMême si je veille d’une autre riveQuoi que tu fasses, quoiqu’il t’arriveJe serai avec toi comme autrefoisMême si tu pars à la dérive

Lire la suite: http://www.greatsong.net/PAROLES--FRANCOISE-HARDY,TANT-DE-BELLES-CHO-SES,101003445.html

StromaeCatarina Soares, Inês Semblano, 8º C

Paul Van Haver é filho de pai ruandês e de mãe belga e nasceu em Bruxelas. Só esteve com o pai três vezes na sua vida. Aos onze anos já mostrava interesse pela música e frequentou l’Académie Musicale de Jette onde estudou história da música e aprendeu a tocar bateria.Em 2000, surgiu como rapper chamado O maestro, mas acabou por mudar o seu nome artístico para Stromae. Foi com este nome que se tornou conheci-do no mundo da música.Para conseguir pagar a sua educação numa escola privada teve de trabalhar em part-time num hospi-tal. Mais tarde lançou o seu primeiro álbum “Juste un cerveau, un flow, un fond et un micro...”Em maio de 2010, a faixa “Alors on danse” . O video-clip desta música começa com Stromae a trabalhar no seu escritório. Depois de um dia de trabalho, aparentemente tenta ver o filho, mas chega a casa da mulher e ela manda-o embora. Ele continua a caminhar na rua e durante este percurso um sem--abrigo rouba-lhe o casaco. Então resolve entrar num bar e à medida que bebe para se embriagar, começa a cantar, sendo seguido pelos companheiros do bar e do serviço, o que faz desenrolar o resto do clip. Já no final, Stromae é arrastado do bar até ao local de trabalho por um homem. Do início ao fim, o clip mostra dois ângulos diferentes.

Charles AznavourBeatriz Costa, Beatriz Oliveira, 8º C

Shahnour Vaghinagh Aznavourian nasceu a 22 de maio de 1924. Com 89 anos, é hoje um dos cantores mais conhecidos de França. É filho dos emigrantes Michael e Knar Aznavourian.Iniciou a sua carreira em 1936, quando tinha apenas 12 anos, e com esta idade já sonhava já vir a ser um dos milhares de cantores mais conhecidos em Paris.A música “La Bohème” é uma das mais conhecidas tendo já 969 milhões de visualizações no Youtube, com 10 milhões de gostos. Esta música é apenas uma dos 100 álbuns do artista que já participou em 60 filmes dobrados em várias línguas. Em 2008 passou por Lisboa em tournée.

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10 ∙ Leitura sem dogmas

Saber um pouco

de química pode evitar danosComo apagar fogo em óleo de cozinha

Imagina que te esqueceste da frigideira com óleo no fogão e que se incendiou. Como deverás proceder para apagares o fogo?

Se, por instinto, de forma desesperada, tentares apagá-lo com água, sabes o que pode acontecer? Podes provocar uma explosão e queimar-te.

Queres saber porquê? Isso acontece por dois moti-vos baseados nos seguintes conceitos que estudaste em Química: a densidade e o ponto de ebulição quer da água, quer do óleo.

Sendo menos denso o óleo flutua sobre a água. O ponto de ebulição da água é igual a 100ºC. Se o óleo entra em combustão é porque está a uma tempe-ratura superior a 100ºC. Sendo mais densa, a água lançada sobre o óleo a arder tenta descer atraves-sando o óleo quente. Passando por uma tempe-ratura que está acima do seu ponto de ebulição, a água passaria de imediato do estado líquido para o gasoso, formando bolhas de vapor que subiriam rapidamente através do óleo quente e saltariam violentamente para o ar levando consigo gotículas de óleo que poderiam queimar a tua pele, se a atin-gissem. Por outro lado, caindo sobre o fogo, essas gotículas também intensificariam o fogo.

Então como se deve proceder? A resposta pres-supõe o conhecimento de um novo conteúdo da disciplina de Química: a combustão. Para que a com-bustão ocorra é necessária a existência de oxigénio do ar. Sem tocares na frigideira, desligas o fogão e colocas um pano húmido sobre as chamas para evitares que o oxigénio as atinja. Faltando-lhes este elas apagam-se.

A química

das cores do outonoHá cores que associamos naturalmente às 4 esta-ções do ano: o colorido das flores na primavera, o castanho no inverno, o azul do céu no verão. Mas hoje vamos falar da química das cores do outono!No outono, as folhas das árvores abandonam o ver-de e brindam-nos com uma bela paleta de amarelos e castanhos, a que se juntam tons laranja, vermelho e roxo. E a química explica porquê!

A cor verde das folhas deve-se ao pigmento clorofi-la. As moléculas de clorofila absorvem a luz do sol na região do vermelho e do azul e, portanto, a luz refletida pelas folhas tem falta destes dois tons e vemo-la apenas como verde!

A clorofila não é uma molécula estável e tem de ser continuamente sintetizada pelas plantas, o que exige sol e calor.

Com o outono, chegam os dias de frio e de pouca luz. E qual é a consequência disto?

Nas plantas de folha caduca a produção de clorofila para o tom verde desvanece, permitindo assim que se vejam outros pigmentos também presentes nas folhas. Um destes pigmentos é o caroteno, que ab-sorve luz na região do azul e azul-verde, refletindo-a depois como amarela. Os pigmentos de caroteno são bastante mais estáveis que a clorofila, e quando esta começa a desaparecer das folhas, são os caro-tenos que lhes dão a coloração amarela dourada.

No terceiro grupo de pigmentos presentes nas folhas estão as antocianinas, que absorvem a luz desde o azul até ao verde vivo. Assim, a luz refletida pelas folhas que contém antocianinas aparecem avermelhadas!

As antocianinas resultam de uma reação com os açúcares das células vegetais. A acumulação pro-gressiva de açúcar leva à síntese de antocianinas no final do verão, criando assim os tons avermelhados das folhas de outono.

E mais uma curiosidade: este grupo de pigmentos é também responsável pela cor das rosas, das uvas pretas e dos chamados frutos vermelhos!

http://www.aquimicadascoisas.org/?episodio=a--qu%C3%ADmica-das-cores-de-outono

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Leitura sem dogmas ∙ 11

Humor matemático

Sabe porque é que o livro de matemática se suicidou?Porque tinha muitos problemas.

O matemático e o motorista

A caminho de mais uma conferência, disse o moto-rista para o célebre matemático:- Já assisti a tantas conferências que já era capaz de o substituir nesta.- Não acredito - respondeu o matemático.- Quer uma aposta? Tome o meu boné e empreste--me a sua gravata.O motorista subiu para a tribuna e o matemático sentou-se entre o público.A todas as questões o motorista ia respondendo cor-reta e prontamente até que alguém lhe colocou uma questão dificilima. Resposta pronta do motorista:- Meu caro senhor, essa pergunta é tão fácil, tão fácil, que até vou pedir ao meu motorista para responder!

No exame de Matemática

Antes do início da prova de matemática, um dos vigilantes registou no quadro a hora de termo da prova e acrescentou:- Logo que toque, recolho todas as provas e não aceito nenhuma depois do toqueTodos os alunos, apesar de nervosos, fizeram tudo para acabar dentro do prazo estabelecido, exceto um que continuou enquanto os vigilantes ordena-vam as que tinham em mãos.- Já aqui está a minha prova. - disse aproximando-se.- Sabe que já não a recebemos.-Não? Mas, por acaso, sabe com quem está a falar?O professor, confuso, deixou cair as provas sobre a secretária. O examinando, depois de ter metido a sua prova no meio das outras, exclamou:- Então veja se descobre.

Biografia Diogo Gabriel, nº10, 7º C

A minha mãeA minha mãe chama-se Mónica Alexandre AlvesCerqueira e nasceu no dia 30 de Se tembro de1974 no Hospital de S. João, no Porto.Aos 6 anos de idade, tal como todas as crianças,entrou para a escola primária, no seu caso, para obairro S. João de Deus, frequentando-a durante 4anos, continuando os seus estudos na escola doCerco, no Porto.Mais tarde, aos 18 anos, entrou para a universidadeLusíada onde tirou o curso de relações internacionais.Em 1997, terminou o curso, e nesse mesmo ano,ingressou no mercado de trabalho, numa agênciade viagens chamada SGV.No ano de 1993, conheceu o meu pai, namorandocom ele até 1999, ano em que se casaram.Os anos de 2001 e de 2007 foram marcantes,pois, em 2001, nasceu o seu primeiro filho e em2007 o segundo. O ano de 2013, foi doloroso porqueo seu companheiro foi para França à procurade emprego.Presentemente, trabalha numa agência de viagenschamada Flash Viagens.

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12 ∙ Leitura sem dogmas

Livros e leiturasO Menino que não gostava de ler Bruno, 8ºA

Leopoldo, no seu oitavo aniversário, pediu aos pais umas sapatilhas como presente porque gostava de correr. Ao ver o seu presente, pela forma e pelo peso, apercebeu-se, imediatamente, de que não eram as sapatilhas. Ao abrir, lentamente, o seu presente, apareceram dois livros e, então, desatou a chorar de raiva. Atirou os livros ao chão e foi para o quarto. Desde que nascera, recebia sempre livros. No ano anterior, Leopoldo tinha ido a um psicólogo e este dissera-lhe que ele tinha papirofobia por causa de ver televisão e dos jogos de vídeo. Então, os pais obrigaram-no a ler mais, um bocado de cada vez. Um dia, o Leopoldo, a meio do jantar, perguntou aos pais o motivo pelo qual precisava ele de ler e estes deram muitas respostas, limitando-se Leopol-do a ouvir sem lhes responder.. Numa madrugada, pegou numa mochila, encheu-a de roupa, um pijama também e, nos bolsos, pôs uns bolinhos. Decidiu fugir de casa. De manhã, fez tudo como normalmente fazia, para a mãe não descon-fiar. Fez o caminho normal para a escola, mas, de repente, viu um autocarro parado, com as portas abertas e saltou lá para dentro. Seguiu até ao fim da linha e depois saiu. Encontrou-se sozinho numa praça desconhecida em que de um lado havia um armazém e do outro um parque. Foi para o parque, brincou e depois deu-lhe a fome. Foi procurar um banco livre e viu um onde estava sentado um homem idoso, de óculos escuros que, na opinião de Leopoldo, seria um cego. Come-

çaram a falar e o idoso pensou logo que o Leopoldo tinha saído de casa tal como ele fizera quando era criança. O idoso contou-lhe as suas aventuras e, no meio delas, disse que se lamentava apenas de uma coisa na sua vida: não ter acabado de ler um livro porque tinha cegado numa das suas aventuras. O Leopoldo sugeriu então que fossem à libraria procurar o tal livro e encontraram-no. O Leopoldo abriu o livro, mas, em vez de ver letras, viu formigas bêbadas e aí o idoso apercebeu-se de que o Leopoldo precisaria de usar óculos. Para agrade-cer a companhia de Leopoldo, o idoso ofereceu-se para o levar a casa. Disse aos pais do menino que precisaria de usar óculos e estes foram logo comprá--los. A partir daí, o Leopoldo começou a ler e a gostar de o fazer.

Crítica ao Memorial do Convento Diogo Ferreira, 12º

Após a leitura integral do livro O Memorial do Convento, de José Saramago, verifiquei que este romancista evidencia, mais uma vez, o seu brilhan-tismo literário, embora já não se encontre entre nós. A história deste romance foca-se em duas persona-gens principais, Blimunda e Baltasar, chamados mais tarde Baltasar Sete-Sóis e Blimunda Sete-Luas. Saramago vai mostrar-nos e fazer-nos viajar no tem-po marcado pela inelutável e inexorável Inquisição que condicionava as vidas das pessoas, proibindo-as de se expressarem livremente. É este tipo de contro-lo social da Inquisição que rege o final desta história, tal como o final de muitas vidas nessa altura, seja por condenação ou por torturas inimagináveis e dantescas, tais como a queima das bruxas na foguei-ra, ritual marcado pelo espetáculo em praça pública. Ao longo das inúmeras páginas lidas atentamente, ocorreram determinados acontecimentos que achei mais marcantes, como o momento em que Blimun-da andava à procura de Baltasar no Monte Justo; quando o Padre Bartolomeu Lourenço desapareceu sem deixar rasto, sendo, mais tarde, dado como morto; na altura em que Blimunda diz que tem capa-cidades que a distinguem dos outros seres huma-nos (dom de poder ver as pessoas “por dentro”, de acordo com as vontades); a parte em que Blimunda comete homicídio; o brilhante acontecimento em que Blimunda, Baltasar e o Padre Bartolomeu Lourenço viajam pela primeira vez na máquina voadora, etc.Em suma, a leitura deste livro fez-me não só refletir sobre a liberdade que temos nos dias de hoje, rela-tivamente há 200 anos atrás, mas também o quão a ciência se desenvolveu e entrou linear e progres-sivamente na nossa sociedade contemporânea, condicionando-nos benéfica ou desvantajosamente, dependendo do tema a que nos refiramos.

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Leitura sem dogmas ∙ 13

Um olhar sobre a vida de José SaramagoDiogo Monteiro, 8ºC

José de Sousa Sarama-go nasceu na Golegã, Azinhaga no dia 16 de novembro de 1922. Foi um dos mais famosos escritores portugueses, tendo vencido o prémio Camões em 1995 e o Nobel da Literatura três anos mais tarde.Saramago, a 24 de agosto de 1985, foi condecorado como Comendador com a Ordem Militar de Santia-go da Espada. No dia 3 de Dezembro de 1998, foi elevado a Grande-Colar da mesma ordem. A sua obra Ensaio sobre a Cegueira foi adaptada para cinema no ano de 2008 e filmado no Japão, no Brasil, no Uruguai e no Canadá. Em 2010, o realiza-dor português António Ferreira adapta um conto da obra Objeto Quase, conto que viria dar o nome ao filme Embargo, uma produção portuguesa em coo-peração com produtores brasileiros e espanhóis. Saramago, ateu e apoiante do iberismo (apoio à união entre Portugal e Espanha, na qual os poderes seriam fundidos, tornando a Península Ibérica num único país – sem contar com Gibraltar e Andorra), foi membro do PCP (Partido Comunista Português) e diretor-adjunto do conhecido Diário de Notícias. (DN) Foi um dos fundadores, a par com Luiz Francis-co Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues, da FNDC (Federação Nacional da Defesa da Cultura). Casou duas vezes, a última com a espanhola Pilar del Rio e viveu na Ilha de Lanzarote nas Canárias onde morreu. Ele foi autor de várias obras, entre as quais Os Poemas Possíveis (1966), Provavelmente Alegria (1970), Ano de 1993 (1975), Deste mundo e Outro (1971), o Memorial do Convento (1982) e a Maior Flor do Mundo (2002), sendo esta a sua única obra infanto-juvenil. José Saramago esteve envolvido em diversas polémicas ao longo da sua vida. Enquanto diretor--adjunto do DN, escreveu diversos textos a criticar personalidades como Mário Soares ou Freitas do Amaral. Foram também polémicas as suas críticas a Israel, sendo inclusive acusado de anti-semitismo. O Iberismo, a par com polémicas relacionadas com a Religião e com o seu prémio Nobel, foram outras das polémicas em que este autor se envolveu. Faleceu em Tías, Lanzarote, a 18 de junho de 2010, em sua casa.

Convite: Fórum de LeituraNo sentido de estimular conversas sobre livros e partilhar gostos e opiniões, vai dinamizar -se um Fórum de Leitura, no dia 17 de dezembro, às 15h, no Auditório da Escola Secundária de Rio Tinto.Convidam-se os professores de Português e os seus alunos a estarem presentes e a fazerem deste momento um espaço de convívio provocado pelo livro e pela leitura.

Uma Viagem ao Mundo do CRE7º D

No dia três do outubro, a pro-fessora bibliotecária, Manuela Durão, apresentou uma sessão de esclarecimento sobre o funcionamento do CRE aos alunos do 7.ºD.Esta sessão aconteceu para esclarecer os alunos novos a utilizarem este espaço corre-tamente.Depois de um contacto entre a professora de português e a responsável por aquele espaço físico, ficou decidido que a refe-rida apresentação seria no dia acima mencionado.Naquele local, e nos dizeres da responsável, os alunos podem requisitar livros, ler jornais, revistas, utilizar os computado-res, levar filmes para casa e até pedir emprestadas calculadoras. Acrescentou ainda que, por se tratar de espaço destinado ao estudo, os alunos deveriam man-ter-se em silêncio de modo a respeitar o trabalho dos outros.

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14 ∙ Leitura sem dogmas

Concurso Nacional

de Leitura Departamento de Línguas

No dia 16 do mês de dezembro pelas 15 horas, os alunos dos 7º, 8º e 9º anos de escolaridade vão participar no Concurso Nacional de Leitura, primeira fase, a nível de Agrupamento de Escolas. Foram selecionadas para esta fase as seguintes obras:História de Uma Gaivota e do Gato que a Ensinou a Voar de Luís Sepúlveda, 7º ano de escolaridade, A Lua de Joana de Maria Teresa Maia Gonzalez, 8º ano de escolaridade e A Galinha de Vergílio Ferreira, 9º ano de escolaridadeA participação no concurso está aberta a todos os alunos do Agrupamento que frequentam o 3º Ciclo de escolaridade. Os interessados deverão solicitar a ficha de inscrição junto do Centro de Recursos ou junto do respetivo professor de Português até ao dia 25 de novembro e comparecer no dia acima referido.Na 2ª Fase, a seleção das obras será feita pelos Júris Distritais, levando em conta as escolhas que emanarem de cada escola participante, mas podendo naturalmente acrescentar a essas escolhas outras obras consideradas relevantes, até um máximo de quatro títulos.Finalmente, na 3ª Fase, a Final Nacio-nal, o total de obras selecionadas não deverá exceder o número de três títulos por categoria.De acordo com o Regulamento global do Concurso Nacional de Leitura, cada escola selecionará o máximo de três vencedores na 1ª fase que representarão a Escola na fase distrital. A 1ª fase terminará, imprete-rivelmente, no dia 6 de janeiro. A 2ª fase terá lugar durante o 2º período, prova-velmente, na Biblioteca Almeida Garrett, no Porto. A 3ª fase corresponde à fase nacional e realizar-se-á em maio de 2014.Incentiva-se a participação dos alunos para a melhoria das suas capacidades de leitura.

Bookcrossing:

Uma biblioteca mundialDiogo Monteiro, 8º C

Imagine a tradicional biblioteca. Aquela aonde tem de ir, aderir ao cartão da mesma, procurar entre inúmeras prateleiras e inúmeros livros para encon-trar aquele que deseja. Procurar entre números e mais números. Onde pode ter o azar de encontrar uma bibliotecária mal-humorada e de sair dali com a cabeça em fumo. Pois e não se pode esquecer de voltar num determinado prazo para o devolver, se não paga uma multa. E se o reservar nas férias e o levar consigo? E se por azar uma pessoa mais nova o faz em pedaços? Chato não?Agora imagine uma outra biblioteca. Sem todos es-tes formalismos. Onde pudesse facilmente levantar livros sem se preocupar onde o deixa ou quando o deixa. Onde não encontra a bibliotecária mal-humo-rada e onde não tem prazos. Bom, não era? Pode deixar de sonhar pois este projeto já existe. Chama--se BookCrossing.Esta ideia surgiu da mente de Ron Hornbaker a 21 de Abril de 2001. Este havia verificado que, apesar de existirem sítios para seguir dinheiro e figuras, não existia nada para seguir livros. Na opinião dos fun-dadores e citando o sítio oficial (www.bookcrossing.com) “…livros são muito mais que simples objectos, uma vez que possuem elementos de apego emocio-nal e forte opinião; livros não foram somente itens coletados e revistos, mas foram intrinsecamente vivi-dos.” Segundo o sítio, este foi o princípio do projeto. O BookCrossing tem sede em Sandpoint, Condado de Bonner, Idaho, perto da fronteira Canadiana com este estado. A equipa é constituída por quatro elementos. Falamos de Bruce Pedersen (Co-Funda-dor e Chef Executive Officer), de Heather Mehra--Pedersen (Cofundadora e Diretora financeira), Matt Brass (Engenheiro de Software), sendo estes três de Sandpoint e Ron Hornbaker, o idealizador do projeto e também Cofundador, sendo este último de São Francisco, Califórnia. O projeto também está presente em Portugal, tendo Portugal a 9ª maior comunidade de BookCrossers do mundo, representando 3% dos BookCrossers mundiais.A cidade do Porto também tem representação neste projecto. Locais como o Museu da Imprensa ou a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) são alguns dos locais onde mais livros são deixados em toda a cidade do Porto.O BookCroosing é cada vez mais também um ne-gócio. Atualmente tem parcerias com por exemplo a Amazon ou a Google. Além disso, pode também comprar etiquetas personalizadas para colocar no seu livro visto que as padronizadas são em Inglês.Esta comunidade não para e procura sempre novos elementos. Vamos lá partilhar livros?

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Leitura sem dogmas ∙ 15

Das leituras à escrita

A Caneta que escrevia SangueCarolina Vaz, 7º D

Era uma vez uma caneta que escrevia sangue. Leva-va uma vida triste, monótona porque fora amaldi-çoada, pois escrevia uma tinta azul muito bonita, mas, como era muito convencida, foi então amaldi-çoada pela Rainha das Canetas. Querem ouvir esta história? Está bem, eu conto…Não há muito tempo, uma caneta chamada Palavra vivia feliz com a sua mãe, uma elegante caneta fran-cesa, e um pai italiano e ambos escreviam a preto. Palavra tinha uma tinta de azul cristalino, brilhante e lindíssimo, um azul muito raro naquelas canetas e, por isso, era invejada por todas as canetas da sua escola. Portanto, ao invés de não se importar com a sua cor, essas invejas que lhe contavam alimenta-vam o seu ego, orgulho e arrogância. À medida que os dias passavam, Palavra foi-se tornando mais con-vencida, arrogante e má. As outras canetas foram-se enchendo dos caprichos de Palavra até que foi a «gota de água»: Palavra, cega pelas invejas, elogios e a sua vaidade, auto- intitulou-se mais bela que a Rainha das canetas, uma caneta com todas as cores do arco-íris, descendente direta dos Colori, uma linhagem de herdeiras ao trono há mais de mil anos. A Rainha das canetas, ao ouvir tal coisa, muito zangada, ordenou que os seus guardas encontras-sem a jovem caneta e a levassem ao Tribunal Oficial do Reino das Canetas. Assim que Palavra chegou, a Rainha começou a chispar os olhos e sentenciou, violentamente que, por tal atrevimento, valiam-lhe uns valentes anos de prisão numa velha biblioteca isolada de todo o mundo. Seria uma maldição atri-buída pela Bruxa do Reino dos Marcadores, uma das mais experientes bruxas do Mundo do Material Es-colar na qual se baseava na troca da sua espetacular cor com uma tinta que, na verdade, era sangue de um veado. E todos os restantes dias, após a senten-ça, Palavra olhava pela poeirenta e suja única janela da velha biblioteca, pensando e sonhando como seria a sua vida sem a sua vaidade e orgulho.

Uma aldeia diferenteMaria Inês, 8º C

Os meus avós maternos viviam em Lisboa, e es-tavam muito doentes, por isso eu e os meus pais resolvemos ir visitá-los. Durante a viagem, parávamos em vários sítios para descansar, pois íamos de carro e a viagem era longa e apanhávamos muito trânsito.De todas as paisagens que vimos, uma marcou-me bastante e ia o caminho todo a pensar nela. Era uma aldeia que não me lembro ao certo do nome, mas sei que ficava perto do distrito de Leiria.Esta era uma pequena aldeia que ficava numa planície e estava situada entre serras cobertas de arbustos e pinheiros. O céu estava com uma cor estranha, quando digo estranha não significa que nunca tenha visto aquela cor, mas sim pelo facto de o céu estar pintado, diga-mos, daquela cor, o que não era o habitual. Parecia um cor de rosa meio avermelhado, não sei bem como explicar. Avistavam-se algumas casas, nem muito grandes, nem muito pequenas, uma igreja, e uma relva verdejante que ao vê-la dava-me vontade de rebolar nela sem parar. Em primeiro plano, mesmo rente à estrada, uma casa já um pouco velha de madeira, ali se encontrava.Podia ser uma aldeia muito bonita, mas quando passei, parecia deserta, deserta naquele sentido de não ter visto nenhum habitante. Não sei se era uma aldeia desabitada ou se tinha apenas poucos habi-tantes, mas na verdade, havia casas bem antigas, portanto, talvez fosse uma população constituída por pessoas idosas.E esta é uma pequena recordação que levo na minha mala, e que penso que vai ficar na minha memória, pelo menos durante alguns anos.

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16 ∙ Leitura sem dogmas

Lenda da flor da cerejeiraRecolha de Djanira Só, 12º I

Em Março, o inverno se vai com o branco da neve e o frio. A primavera chega, enfeita e dá cor à paisa-gem, no hemisfério norte, e o Japão é tomado por flores rosadas. São as Sakura, flores de cerejeira. Elas começam a desabrochar nas árvores no sul do Japão, em Okinawa, e vão em direção ao norte, até Hokkaido. O fenómeno, que dura dois meses e que “se move” como uma onda, é chamado Sakura zansen e significa, literalmente, linha de frente das cerejeiras. Os grandes apreciadores da flor fazem roteiros turísticos que acompanham a transforma-ção da paisagem.Conta a lenda que a princesa, Konohana Sakura Hime, caiu dos céus e pousou numa cerejeira, nas proximi-dades do Monte Fuji e ter-se-ia transformado nessa bela flor. Acredita-se então que o nome Sakura, na verdade, é derivado do nome da princesa Konohana Sakura Hime, que significa “a princesa da árvore de flores abertas”. Outros dizem que o nome da planta tem a sua origem no cultivo de arroz e sua divindade.Originária da Ásia, na cultura japonesa (chamada de Sakura no ki) tendo o significado de flor Sakura de cerejeira, era associada ao samurai, cuja vida era tão efémera quanto a da flor da cerejeira que se desprendia da árvore. A flor da cerejeira, Sakura em japonês, é a flor símbolo do Japão. A simbologia é

tão intensa que o povo a venera e respeita como a própria bandeira ou o Hino Nacional.Apreciadores de flores de cerejeiras não faltam. Eles reúnem-se em grupos e passam horas observando as belas paisagens que a primavera traz. A prática ga-nhou até nome: Hanami. O hábito já tem mais de dez séculos e exige a dedicação dos participantes, já que, em cada região, o espetáculo só dura duas semanas. Para chegar no local e dia exatos, os concorrentes contam com a ajuda da Agência Meteorológica Japo-nesa que informa sobre o estado do tempo até nas televisões o momento do florescimento.Os melhores lugares para assistir ao florescimento das cerejeiras são tão disputados por alguns chefes de grandes empresas, que chegam mesmo a mandar os seus mais jovens funcionários irem primeiro aos parques, para lhes garantirem um bom posto de ob-servação. A prática é acompanhada de piquenique e até saqué. Os mais desinibidos cantam e dançam para celebrar a ocasião. Hoje, países como o Brasil e Estados Unidos, também realizam o Hanami graças à iniciativa das comunidades japonesas residentes. Fazer trocas da árvore em diversas nações é visto como prova de amizade. Mais de três mil pés foram levados para os Estados Unidos, e podem ser vistos nos jardins da Casa Branca. A cerejeira tornou-se num símbolo de fraternidade.A flor de cerejeira nasceu como representante da aristocracia japonesa e, portanto, sua única missão é

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Leitura sem dogmas ∙ 17

«Amo-te»Joana, 9º G

Se alguém que amas fosse embora? Correrias?! Gri-tarias?! Correrias até onde pudesses?! Impedirias? A pessoa que mais amas … pensaste bem? Lem-brou-te alguém! A mim também. Ela a ir embora, passo a passo, quantas lágrimas derramarias? Quantos soluços engolirias? As tuas últimas pala-vras seriam «Amo-te»? Ou «Adeus»? Olharias ao espelho e dirias que faltava algo, Sorririas! E, de seguida, relembrá-la-ias. Ela foi-se mesmo, vendo--te a gritar, chamar, chorar, correr, mesmo vendo-te a ruir. E jogarás com a última memória para tapar o buraco, mas verás sempre o rosto, igual, simétrico, o mesmo, vezes e vezes sem conta e lembrar-te -ás da última palavra: «Cuida-te», «Adeus», «Amo-te» e « » (exato, um silêncio). Simplesmente, cada vez que alguém a dis-ser, o buraco expandir-se-á. Quando tiveres notícias dela, irás arrepender-te de não teres ido, gritado, corrido, suplicado ou talvez prendido.A última memória espelhou-se naquele rosto pálido, gelado, inconsciente. O buraco … és tu! O coração aperta, as lágrimas correm, a garganta seca e a força … a força … mas que força? A fraqueza! Sim … a fraqueza domina e cais, não há palavras. Naquele momento, eu precisava de alguém que dissesse que necessitava de mim, mas esse alguém estava ali. Corri, comecei a correr o mais longe para fugir da figura, mas era perseguida por ela. Corri mais rapidamente, a minha visão desfocada com os rios que se lançavam dos olhos, a respiração acelerada, dificultada com a falta de ar e a secura, as pernas fraquejaram, pois não havia chão, sufoquei por com-pleto, ceguei e uma última memória apagou-me: o dia em que te conheci.

Definição de amorLuís de Camões

Amor é fogo que arde sem se ver,é ferida que dói, e não se sente;é um contentamento descontente,é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;é um andar solitário entre a gente;é nunca contentar-se de contente;é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;é servir a quem vence, o vencedor;é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favornos corações humanos amizade,se tão contrário a si é o mesmo Amor?

ser bonita. Mas ela tem outras utilidades: apesar de não dar frutos, a madeira da árvore é utilizada na pro-dução de móveis e blocos para impressão de ukiyo-ê dos séculos 16 e 17. Até as flores são utilizadas e, de-pois de ficarem em conserva no sal, transformam-se num chá, o sakura-yu, usado nas festas de casamento para pedir felicidade ao novo casal.A primavera inspira também o cardápio japonês. Doces, bebidas e alguns pratos ganham o toque das flores no formato e no sabor. São comuns docinhos simples, feitos de açúcar, em formato de Sakura. O tradicional bolinho de massa de arroz, quando enrolado na folha da cerejeira, vira o sakura-mochi. Antigamente, a Sakura era con-siderado símbolo do amor. Quando as mulheres enfeitavam os cabelos com um galho de Sakura ou decoravam o quintal de casa com as flores, mostra-vam que estavam em busca de um amor. Nas peças do teatro kabuki, o cenário do bairro das gueixas é frequentemente ilustrado pelas flores de cerejeiras para representar a alegria dessa região de entrete-nimento. No entanto, a flor também tem uma sim-bologia negativa: um galho quebrado de cerejeira também pode significar a aproximação da morte. Acredita-se o que Sakura é a ligação entre o mundo dos vivos e dos mortos; e que a alma dos mortos é absorvida pelas árvores das cerejeiras.

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18 ∙ Leitura sem dogmas

Eduarda Silva, 10 O

Querido Diário [29-06-2015]Hoje, tive um dia muito atribuladoá Mas mesmo muitoá.Para comeáar, de manhá, acordei e náo vi nem o papá nem a mamá! Fiquei logo assustada e para piorar umas folhas rufias vieram ter comigoá Mas o vento, como á meu amigo, soprou e levou-me dali para fora, e sabes onde fui parar? Ao lago onde estavam umas crianáas a fazer corridas de barcos o que me entusiasmou, mas esse entusiasmo desapareceu logo que um dos barquinhos me acertou. Chorei muito, mesmo muito, e, entáo, o vento levou-me a passear a tarde toda. Quando já era de noite pousou-me num jardim onde estava a haver um baile de flores e sabes quem lá estava? O meu papá e a minha mamá! Danáamos os trás juntos atá de madrugada e depois o vento trouxe-nos de volta para casa para dormir, mas antes eu lembrei-me de te vir contar o meu dia.

Folhinha

Andreia Silva, 10 OQuerido diário,13.8.1388 - Hoje foi um dia muito im-portante para mim, pois tive oportuni-dade de ajustar contas com a “Arrene-gada”. É esquisito o nome dela, não é? Será que é por ser renegada por toda a gente? Não é bem isso. É assim cha-mada porque se passou para o lado dos Castelhanos, que estão a cercar a nossa bela vila de Melgaço.Mas, voltando ao assunto, dei-lhe uma bruta sova à frente dos Castelhanos e dos Portugueses, e ela foi a correr toda chorosa e a tapar o sangue da cara e a gritar pela mãe e pelo pai. Ah!Ah!Ah!Não lutei com ela só para ajustar con-tas mas sim por amor a minha pátria. Amanhã os Castelhanos saírão daqui e eu irei ficar super contente. O .povo até já me chama super-heroínaHoje depois de tudo isto, pensei em tomar banho, mas depois lembrei-me que sou perfeita toda suja. por isso, o meu nome.

Inês Negra

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Leitura sem dogmas ∙ 19

Rita Araújo, 10 O

Porto, 21 de Dezembro

Querida amiga,

Hoje, 21 de Dezembro, começa o Inverno, a estação de que eu me-nos gosto pois começa a ficar frio e escuro e, com isso, começo a fi-car mais gasta e sozinha acabando arrastada pelas ruas por causa do vento e da chuva que cai sobre mim. Começo a ficar com saudades das nossas brincadeiras do tempo mais quente.Ainda me lembro de quando tu nas-ceste. Eu ainda era pequenina e já sabia que tu ias ser diferente, ias ser como uma irmã para mim e não me enganei. És mesmo uma irmã para mim, e sempre serás. Com o passar do tempo, fomos crescendo e a nossa amizade foi aumentado, mas, infe-lizmente, chegou o dia em que tivemos de nos despedir.

A tua folhinha de árvore Rafael Pinto, 10 0

Dia 16 de Outubro

Meu querido e mais amigo íntimo

diário !

Hoje tudo correu muito bem. O

dia começou com um lindo e

grandioso sol e a minha tripu-

lação encontra-se bem disposta e

vamos entrar no “cabo das tor-

mentas” . Agora só nos resta rezar aos deuses! As nossos três

grandes Barcas ainda estão todas

em ótimo estado.Durante o jantar bebemo

s todo o vinho e comemos como

se não

houvesse amanhã.Espero que D.Cátia se or

gulhe de mim quando eu descob

rir que

o “cabo das tormentas” não tem

monstros mas sim cadáveres de

todos os meus corajosos irmãos

que lá morreram !Vou mostrar-lhe que sou u

m homem corajoso e de gar

ra, um

excelente partido para o seu ca-

samento! Eu sou glorioso, eu sou

Portugal!!Vasco Da Gama

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20 ∙ Leitura sem dogmas

ÁfricaDjanira Só, 12º I

África minha, África de todos!

África mãe minha!

África mãe de africanos, europeus, americanos, asiáticos, e gentes da Oceania. Em ti a vida escolheu começar e em ti eu creio. Continente imenso, berço da humanidade e dona de terras calorosas, lugar de alegria e calor humano.

África exótica que eu e outros filhos teus conhece-mos. Mulher sensual e sedutora de todos os olhos que nela se fixam, quer seja a primeira vez ou não. Terra de cor e vida, cor das tuas paisagens encanta-doras e vida da tua gente sem ouro, diamantes ou petróleo, contudo viva, simples e inocente.

Morada da História e humildade.

Mãe do mundo e mulher de pano às riscas coloridas que te envolvem a cintura.

África mãe sofredora e sonhadora, em ti o tempo escolheu deixar as marcas nas costas, na face, mas principalmente no coração, quando os teus filhos te tiram e levam para onde não os vês.

África minha, a 25 de maio, o teu nome é cantado pelas bocas do mundo, porém o teu nome pela mi-nha boca é sussurrado, cantado todos os dias.

África mãe de negros, brancos, amarelos e verme-lhos, em ti eu semeio a minha esperança, a esperan-ça de paz, desenvolvimento e entendimento.

PortoVasco Paz-Seixas (téc. superior)

Cais de gaivotasOnde a minha alma páraO meu destino também.Ancoradouro de fé,De sonhos e poesia.Com os meus aisEmbalo os barcosE engulo a maresia.

PerdidamenteFlorbela EspancaSer poeta é ser mais alto, é ser maiorDo que os homens! Morder como quem beija!É ser mendigo e dar como quem sejaRei do Reino de Áquem e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendorE não saber sequer que se deseja!É ter cá dentro um astro que flameja,É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!Por elmo, as manhas de oiro e de cetim...É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente...É seres alma, e sangue, e vida em mimE dizê-lo cantando a toda a gente!

Ser poetaAlberto Caeiro

Ser poeta não é uma ambição minha,É a minha maneira de estar sozinho.E se desejo às vezesPor imaginar, ser cordeirinho(Ou ser o rebanho todoPara andar espalhado por toda a encostaA ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),É só porque sinto o que escrevo ao pôr do sol,Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luzE corre um silêncio pela erva fora.Quando me sento a escrever versosOu, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,Sinto um cajado nas mãosE vejo um recorte de mimNo cimo dum outeiro,Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias,Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se dizE quer fingir que compreende.Saúdo todos os que me lerem...Tirando-lhes o chapéu largoQuando me vêem à minha portaMal a diligência levanta no cimo do outeiro.

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Porque nasci PoetaVasco Paz-Seixas (téc. superior)

Que faço eu aqui?Porque me intriga vidaEm vez de me aceitar Passivamente?Porque é que os meus olhosNão ficam indiferentesÀs emoçõesQue me rodeiam?Há quem digaQue tudo isto me acontece,Porque nasci Poeta.Mas se isso fosse verdade(Antes não fosse)Não sei...não seiSe sou capazDe aguentarTanta responsabilidade.Tanto querer e não poder,Não sei se sou capaz de absorverTanta emoçãoTanta angústia e tanta tristeza,Tanta, tanta genteE tanta, tanta solidão.

Your body, your treasureAt seven o’clock early in the morningThe sun comes out, the sun is rising.Wake up, wake up you little elvesWith the dew on the leaves, wash yourselves.Wash your head and wash your faceWash your neck in every placeWash your shoulders firm and strongArms and hands all along.Wash your legs so short and chubbyAnd your knees, you ! Everybody !But at last, wash your feet thatYou can walk with, down the street.Then your fingers and your toesNow you’re smelling like a rose.All the flowers of your countryWill be thankful and so happy.

your body, your treasure

http://www.anglaisfacile.com

Ton corps, ton trésorBeatriz Costa, Beatriz Oliveira, Catarina Soa-res, Filipa, Maria Coelho, 8ª C

Ton corps, ton trésor

Il y a les jambes, les yeux et les mainsle cou, les oreilles, les pieds,la tête, le visage, les dents,la bouche, les genoux, les bras et le nez.

Tu peux voir avec les yeuxEcouter avec les oreillesSentir avec le nezSourire ave la bouchePenser avec la tête.

Pour un corps en bonne santéIl faut bien mangerUn pain par jour, une soupe deux foisPas de frites, pas de gâteauxTon corps n’est pas une poubelle.

Beaucoup d’eau et de laitDes fruits, des légumes, des yaourt, des céréalesIl faut un petit déjeunerPour l’énergie dontTu as besoinPas de bonbons en quantitéCar tu veux être en bonne santé.

Pour une bonne santéBois beaucoup d’eauEvite les sucreriesCouche-toi tôt.

Brosse -toi les dentsFais beaucoup de sportEt dorsLe matin, il ne faut pas oulbierDe bien te doucher!

N’oublie pas:

TON CORPS EST TON TRÉSOR

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22 ∙ Leitura sem dogmas

“Cronicando”Vasco Paz-Seixas (téc. superior)Este país tem solução?!...Depois de tanto ouvirmos falar de crise e de ser inegável o semblante deprimido deste país, será que o nosso Portugal não tem mais que isso?!É claro que sim! Tem sol e praias, regiões lindíssi-mas, com património intemporal que nos fazem sen-tir muito orgulhosos do nosso passado histórico e acreditar que o D. Sebastião voltará um dia em cada português “valoroso” que consiga dobrar o “cabo das tormentas”, em que estamos a viver.Ora meus caros cronistas, quero para a nossa reflexão de hoje o lado bom do nosso país. O que há em cada um de vós a descobrir nesse sentido e que no vosso dia a dia é visível ainda que de certa forma só esteja implícito no horizonte nebuloso do mesmo... O lado bom existe!... Deem-no-lo a conhecer através desta crónica.

Djanira Só, 12º I

Portugal de D. Afonso Henriques, o conquistador;Portugal de D. João I, mestre de Avis;Portugal de infante D. Henrique, pai dos descobri-mentos;Portugal de Gil Eanes, o domador do Cabo de Boja-dor;Portugal de Bartolomeu Dias, o domador do Cabo das Tormentas ou Boa Esperança;Portugal de Vasco da Gama e Afonso de Albuquer-que, os senhores da índia;Portugal de Luís Vaz de Camões, o dono de mais de nove mil versos “Os Lusíadas”;Portugal de D. João IV, o restaurador;Portugal de Manuel de Arriaga, o primeiro residente do palácio de Belém;Portugal de Maria de Lurdes Pintassilgo, mulher forte;Portugal de José Saramago; o nobel da literatura e o único português galardoado com este prémio;Portugal de todos os portugueses e Portugal de todas as nacionalidades.

E Portugal um dos países mais amados pela UNESCO, amado pela sua voz (o fado), amado pelo seu Douro, amado pelo sua cidade do Porto e amado por tanto outros patrimónios e mais tarde talvez pelo seu tempero.Portugal de tantos exemplos de superação e vitórias.

Chamem-me sonhadora, iludida ou demasiada oti-mista, mas eu ACREDITO na superação de país e com um carimbo de qualidade.Superação, através das lindas paisagens, maravilho-sas e extensas praias, o grande mar e as suas gentes.Superadas tantas crises, tantos desgostos e tantas amarguras, e agora porque não superar esta crise? Difícil de acreditar? Talvez, sobretudo quando as taxas de impostos a subirem quase todos os dias.

Mas como diz o velho ditado “Não há mal que dure para sempre.”

Emília Reis (prof. de TCAT)

Este país tem solução?

A minha resposta é afirmativa. Como formadora de futuros Técnicos de Turismo e de Receção, olho para este país com mais otimismo e para este recurso económico - o Turismo - com redobrado respeito. Olho-os com nova alegria e mais esperança. Portugal conserva ainda muitos recursos, quer físicos, quer humanos e organizacionais para dar vida a negócios do lazer organizam os quais criam valências de mo-dernidade e de cosmopolitismo. Todos sabemos que qualquer crise tem uma saída e que urge encontrá-la e o Turismo será o ponto de viragem.

Hoje, e agora mais que nunca, a indústria da hospi-talidade é a ferramenta mais eficaz para combater os obstáculos que fazem frente ao renascimento. É isso mesmo: temos de renascer. Porque temos uma certeza: a crise continua a provocar novos desafios, aproximando-nos dos mercados, das pessoas, de temporalidades e produtos diversificados. Precisa-mos de encontrar pontos de equilíbrio no desenvol-vimento tecnológico e considerar duas evoluções principais: o aumento do nível de qualificação dos quadros e meios de comunicação mais eficientes.A minha dose de optimismo provém daí. Provém do facto de o Turismo, tendo muitas pátrias, poder ser uma arma para vencer a crise. A solução para a crise portuguesa está no turismo, mas Portugal terá de se fazer mais forte face ao euro sobrevalorizado. Portugal foi reconhecido pela Condé Nast Traveller como o melhor destino do mundo para se viajar em 2013, graças à sua paisagem, gastronomia e praias e, em particular, à simpatia e hospitalidade do povo português. A referida revista fala do “especial encanto que é visível nas tradições do país, com cidades que combinam a modernidade com o peso visível da história, paisagens e praias que nos recon-ciliam com a Natureza”.Também em 2013, o Porto foi eleito pela Lonely Planet como o melhor dos dez destinos de férias de eleição na Europa.

Portugal encanta e conquista! Possui beleza, lugares reconhecidos com património da Humanidade, importantes centros históricos e até bucólicos...Os sabores de Portugal, o charme das principais cidades portuguesas, a tradição, os azulejos, a hos-pitalidade, o rio Douro, os vinhos surpreendentes, as paisagens inesquecíveis, as aldeias pitorescas e marcantes são alguns dos ingredientes que atraem o turismo para o país! Há caminhos a descobrir... Termino citando o ex-ministro do Turismo em Portu-gal “o turismo é indiscutivelmente um setor de fu-turo em Portugal (...) é indiscutível que o turismo é uma das realidades económicas do país no futuro”.

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Leitura sem dogmas ∙ 23

ConsumerismMariana Pinto, 12º C

“Our society has become more and more addicted to consumerism. Now people treat everything and everyone as disposable. Nothing is built to last not even friendships” Unfortunately that’s the kind of society I live in. People are always obsessed with buying things, getting more stuff, things that are cooler or newer than the ones they already have and, most of the times, these people don’t actually need them, they just buy them so they can feel powerful and “fit easily” in society. But why do we do this!? If we don’t need half of the things we have, why do we still insist on buying stuff? Well, I’m sure most of those people have a problem, an addiction they can’t let go, and in rea-lity this is something to be aware of. I mean these “shopping addicts” are constantly spending money just because they feel like they have to buy some-thing, when they actually don’t. Worse than that is the fact that some addicts try to “replace” human beings with things, which is crazy nuts. The ones with this problem would rather spend a day in a mall or in a store than spend quality time with family and friends and that can’t happen because in the end of the day when we get no money to “feed” this habit, this addiction, all we’re going to have is our family and their love. So to all those “shopping addicts” I just say: “Enjoy time with your family and friends because people can’t be replaced, not even with a million diamonds”

Andy WarholAna Reis

Andy Warhol, o artista americano que nasceu em 1928 e morreu em 1987, compreendeu extraordina-riamente não só a ânsia consumista, mas também o modo de usar a arte como produto de consumo que vai buscar a sua inspiração à cultura popular, pondo em causa o estatuto da arte, como aliás já outros artistas tinham feito antes. Através do recurso a processos serigráficos e à reprodução mecânica das suas obras sobre temas do quotidiano põe ainda em causa a originalidade dos objetos artísticos.Criou uma iconografia a partir de bens de consumo massificados como a lata de sopa da Campbell ou a garrafa da Coca Cola, enquadrando-se no movimen-to artístico apelidado Pop Art (arte popular).Adorava o estrelato e a fama e sabia como alcançá--los podendo ser considerado um empresário notável, ainda que artisticamente muitas críticas lhe sejam dirigidas, principalmente por esta sua faceta comercial e por se considerar que as suas obras são vazias de conteúdos. O mais interessante, na minha opinião, é verificar que soube usar os mecanismos que denunciava em seu próprio favor.

Ver mais em: http://www.warhol.org/

Andy Warhol: Big Torn Campbell’s Soup Can (Pepper Pot), 1962, casína e grafite sobre tela,

181.9x132.1 cm. (The Andy Warhol Museum, Pittsburgh)

Andy Warhol: Hamburger, 1985-1986, acrílico sobre linho,

127x167.6cm. (The Andy Warhol Museum, Pittsburgh)

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24 ∙ Leitura sem dogmas

Ficha Técnica

Editor

Emília Reis, prof.

Ana Santos, prof.

Redatores

Diogo Monteiro

Maria Inês

Djanira Só

Gonçalo Coelho

Chefe de Reportagem

Ana Santos, prof.

Vasco Paz-Seixas, téc. sup.

Repórteres

Mariana Pinto

Pós-produção

Ana Maria Santos, prof.

Fotógrafo

Diogo Monteiro

Design

Mário Freitas, designer

Paginação

Ana Reis, arq.

Telefone 224 893 710

[email protected]

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Roy LichtensteinRoy Lichtenstein é um artista america-no que nasceu em 1923 e morreu em 1997. Tal como Andy Warhol, fez parte do movimento artístico denominado Pop Art, que descreveu como “pintura industrial”.Do mesmo modo que Warhol, Lich-tenstein fazia uma crítica à cultura de massas, mas dedicou à sua atenção à banda desenhada, usando como elemento principal da sua linguagem plástica o ponto para simular proces-sos de impressão.No final da sua carreira usou a mesma técnica para fazer reproduções de obras de outros artistas.Recebeu ainda encomendas para fazer esculturas como a que aparece na imagem ao lado.

Ver mais em http://www.lichtenstein-foundation.org/

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