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LEIA NO PANORAMA GERAL O bem-estar da mulher rural vai além do Dia Internacional LEIA NESTA EDIÇÃO Emater/RS-Ascar divulga 2ª Estimativa da Safra de Verão 2016/2017 N.º 1.440 9 de março de 2017 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. PANORAMA GERAL O bem-estar da mulher rural vai além do Dia Internacional Valorizar e empoderar as mulheres rurais do RS é uma das metas do trabalho diário e constante desenvolvido pelos nossos técnicos e extensionistas em todos os rincões do Rio Grande do Sul. Desde 1955, quando iniciou o trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), que a Emater/RS-Ascar tão bem desenvolve no Estado, a mulher, especialmente a rural, tem sido protagonista de nossa atenção e de nossas ações. Todos os anos, especialmente durante o mês de março, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, realizamos diversas atividades, como homenagens, jantares, workshop, teatro, desfile de moda, encontros e seminários, além de cavalgada, oficinas, caminhadas e palestras, promovendo a integração de mulheres de e em todos os municípios gaúchos. Neste mês de março, um público superior a 102 mil pessoas deve participar dos mais de 400 eventos que a Emater/RS-Ascar organiza e apoia. O cuidado com a saúde, priorizando a prevenção do câncer de mama, por exemplo, também é uma das propostas defendidas e executadas pela Emater/RS-Ascar durante todo o ano, cuidado esse que eleva a autoestima da mulher, trabalho permanente de nossos extensionistas. Promovemos também a autonomia da mulher, dando visibilidade ao seu trabalho, e a troca de experiências, que fortalece o exercício da cidadania e o acesso a políticas públicas que garantem os direitos sociais de toda mulher. A presença valorizada e atuante da mulher na família e na sociedade só melhora o relacionamento entre seus membros e favorece, inclusive, a tão esperada e defendida sucessão na agricultura familiar. É por vários motivos que a presença e a inclusão da mulher na construção de um modelo de sociedade mais justa e com mais cidadania são fundamentais. Assim, no mês da mulher, os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar e instituições parceiras comemoram esta data, abordando e debatendo temas bem diversificados, que tratam dos desafios que as mulheres enfrentam durante a vida. Integre-se a nossas atividades e vamos comemorar juntos os avanços e as conquistas de todas as trabalhadoras rurais. Feliz Dia da Mulher! Clair Kuhn Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL

O bem-estar da mulher rural vai além do Dia Internacional

LEIA NESTA EDIÇÃO Emater/RS-Ascar divulga 2ª Estimativa da Safra de Verão 2016/2017

N.º 1.440

9 de março de 2017

Aqui você encontra:

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando

você na tomada de decisões.

PANORAM A GERAL

O bem-estar da mulher rural vai além do Dia Internacional

Valorizar e empoderar as mulheres rurais do RS é uma das metas do trabalho diário e constante desenvolvido pelos nossos técnicos e extensionistas em todos os rincões do Rio Grande do Sul. Desde 1955, quando iniciou o trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters), que a Emater/RS-Ascar tão bem desenvolve no Estado, a mulher, especialmente a rural, tem sido protagonista de nossa atenção e de nossas ações. Todos os anos, especialmente durante o mês de março, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, realizamos diversas atividades, como homenagens, jantares, workshop, teatro, desfile de moda, encontros e seminários, além de cavalgada, oficinas, caminhadas e palestras, promovendo a integração de mulheres de e em todos os municípios gaúchos. Neste mês de março, um público superior a 102 mil pessoas deve participar dos mais de 400 eventos que a Emater/RS-Ascar organiza e apoia. O cuidado com a saúde, priorizando a prevenção do câncer de mama, por exemplo, também é uma das propostas defendidas e executadas pela Emater/RS-Ascar durante todo o ano, cuidado esse que eleva a autoestima da mulher, trabalho permanente de nossos extensionistas. Promovemos também a autonomia da mulher, dando visibilidade ao seu trabalho, e a troca de experiências, que fortalece o exercício da cidadania e o acesso a políticas públicas que garantem os direitos sociais de toda mulher. A presença valorizada e atuante da mulher na família e na sociedade só melhora o relacionamento entre seus membros e favorece, inclusive, a tão esperada e defendida sucessão na agricultura familiar. É por vários motivos que a presença e a inclusão da mulher na construção de um modelo de sociedade mais justa e com mais cidadania são fundamentais. Assim, no mês da mulher, os escritórios municipais da Emater/RS-Ascar e instituições parceiras comemoram esta data, abordando e debatendo temas bem diversificados, que tratam dos desafios que as mulheres enfrentam durante a vida. Integre-se a nossas atividades e vamos comemorar juntos os avanços e as conquistas de todas as trabalhadoras rurais. Feliz Dia da Mulher!

Clair Kuhn

Presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar

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Perdas e desperdício de alimentos reduzem sustentabilidade

O Brasil saiu do mapa da fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação (FAO). O tema perdas e desperdício de alimentos é um desafio para o crescimento da produção e da produtividade, pois segundo a Embrapa, de tudo o que se produz, aproximadamente 30% não são revertidos em alimentação. Perda e desperdício são coisas diferentes. A primeira refere-se à perda no processo de produção, pós-colheita, armazenamento e transporte, enquanto o segundo está diretamente relacionado com o consumidor e com hábitos de consumo. Paralelamente, há a realidade da fome ou da síndrome da fome oculta – que é a carência de certos nutrientes no organismo. A saída do Brasil do mapa da fome significa que o país tem menos de 5% da população em situação de fome. Isso, no entanto, não quer dizer que não haja o problema: 3,8% da população ainda não têm acesso à alimentação adequada, ou seja, mais de 7 milhões de pessoas. A redução das perdas e do desperdício não melhoraria esse índice de forma direta, pois não implica, necessariamente, na redução da fome, mas é um importante fator econômico, pois haveria maior oferta, redução no preço e mais acesso aos alimentos. O desafio é fazer chegar os alimentos a quem precisa. Há medidas simples que podem ser implantadas para minimizar as perdas e o desperdício. Existem dois tipos de perda: a qualitativa, que se refere ao alimento feio, rejeitado, embora ótimo para consumo; e a quantitativa, que é aquela que acontece nas centrais de abastecimento, onde o que não é vendido acaba ficando por lá mesmo. No caso das perdas, as dicas referem-se, sobretudo, ao período pós-colheita: fazer colheita cuidadosa, diminuir o calor do campo, selecionar e classificar bem os alimentos, manter o mínimo de movimento da lavoura para a casa de embalagem, aplicar refrigeração adequada e armazenamento compatível, fazer um transporte cuidadoso e manusear minimamente os produtos. Já no caso específico do desperdício, é preciso mudar a cultura entre os consumidores. Planejar as compras e comprar somente o que for ser consumido, levar sobras alimentares de restaurante para casa, evitar a cultura da fartura e aprender receitas para aproveitamento de partes de alimentos não usadas comumente, são medidas simples que já fazem a diferença. Alimentos desperdiçados reduzem a sustentabilidade; é necessário modificar a forma de classificar a validade dos produtos, facilitar e

legalizar as doações de alimentos e focar especificamente nas diferentes formas de desperdício. Fonte: Embrapa

Brasil será terceiro maior produtor de carnes

até 2025 O Brasil tem grande potencial para atingir, em 2025, o terceiro lugar mundial em produção de carnes ficando atrás somente da China e dos Estados Unidos. O crescimento da população, estimada em 10 bilhões de pessoas em 2050, atrelado à melhoria de renda serão responsáveis por alavancar a produção de alimentos e o consumo de produtos de origem animal. O destaque nacional se deve principalmente aos recursos hídricos e à biossegurança, que serão requisitos ainda mais fortes no futuro. A previsão é de que 73% do aumento da produção mundial de carnes fique a cargo dos países em desenvolvimento; e até 2022, a proteína mais consumida no mundo será a de frango, ultrapassando a carne suína, que hoje ocupa a posição. Só a produção brasileira de frango será de 14,7 milhões de toneladas até 2020. Essa projeção para diversos analistas já se tornou "ponto pacífico", ou seja, deve se concretizar. O Brasil sem dúvida é muito competitivo no que diz respeito aos custos de produção dessas proteínas. Tem-se um potencial enorme para atingir mais representatividade mundial na próxima década. Se em relação à avicultura e suinocultura o país Brasil se mostra sólido na produção, cabe à pecuária de corte melhorar seus números. É preciso potencializar a lotação das áreas de pastagem e fomentar boas práticas de produção. Acredita-se que com melhorias simples de manejo pode-se duplicar a produção de carne bovina. As áreas de pastagem devem reduzir ainda mais no futuro e por isso a importância da produtividade. Isso deve se conciliar com um aumento de demanda. O aumento de renda da população causa a maior ingestão de carne; e aumentos de rendimentos normalmente são utilizados para melhoria da dieta. Em relação aos concorrentes, países como Estados Unidos, Austrália, e Uruguai – que são grandes produtores – não devem ter incremento de volume significativo nos próximos anos, por já terem atingindo um alto patamar tecnológico e também pelas limitações de área. Os EUA são nossos maiores concorrentes. Enquanto o custo de mão de obra lá é barato, o nosso sobe mais de 10% ao ano. O preço dos grãos seguirá subindo, e por isso, devemos repensar maneiras de reduzir custos principalmente na dieta animal, responsável por 75% do custo total de produção. É necessário

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melhorar no Brasil a competitividade nos custos de produção, de mão de obra e nos preços dos grãos. Fonte: Agrolink

GRÃOS

Grãos de verão – Safra 2016/2017

A Emater/RS-Ascar apresenta neste documento o Levantamento sobre as Condições das Lavouras da Safra de Verão 2016/2017, considerando-se a situação na primeira quinzena de fevereiro/2017. A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 15 de fevereiro de 2017 e levou em consideração a seguinte amostra: Arroz:101 municípios – 95% da área estimada Feijão 1ª safra:210 municípios – 83% da área estimada Feijão 2ª safra:149 municípios – 77% da área estimada Milho:397 municípios – 89% da área estimada Soja: 351 municípios – 92% da área estimada Em virtude das dificuldades quando da implantação das lavouras em algumas regiões e da irregularidade das condições meteorológicas verificadas eventualmente, foram reavaliadas as estimativas das produtividades esperadas e a área efetivamente plantada. A análise dos números mostrou surpresas em casos pontuais. De maneira geral, entretanto, caso se confirmem estes números preliminares, o Estado poderá colher uma safra (produção) de grãos de verão praticamente igual, se não maior, à do ano passado, a maior obtida até hoje. De forma resumida, as novas estimativas podem ser observadas nas tabelas a seguir. Arroz – Estimativas atuais para a safra em andamento Área Total do Estado (ha)

RS

2015/2016* 2016/2017 (Atual)

(%)

1,088 milhão 1,092 milhão 0,37

Expectativa Produção do Estado (t)

RS 2015/2016* 2016/2017

(Atual) (%)

7,493 milhões 8,451 milhões 12,79

Expectativa Produtividade Média (kg/ha)

RS 2015/2016* 2016/2017

(Atual) (%)

7.053 7.733 9,64

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA *IBGE - LSPA

O levantamento confirmou um leve aumento da área cultivada em relação à safra passada, que deverá ser ao redor de 0,37%, projetando um total de 1,092 milhão de ha. A produção também deverá ser maior que o do ano passado em 12,79%, por conta basicamente do aumento na produtividade que deverá ser superior em 9,64% em relação à safra passada, resultando em um total de 8,451 milhões de toneladas. Feijão 1ª safra – Estimativas atuais para a safra em andamento Área Total do Estado (ha)

RS

2015/2016* 2016/2017 (Atual)

(%)

40,441 mil 40,567 mil 0,31

Expectativa Produção do Estado (t)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

59,557 mil 71,108 mil 19,39

Expectativa Produtividade Média (kg/ha)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

1.489 1.753 17,73

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA *IBGE - LSPA

No feijão também foi confirmada a tendência de manutenção da área em relação à safra anterior, mesmo considerando os preços altamente vantajosos para o produtor. Se confirmada, a produtividade de 1.753 kg/ha será a maior até hoje alcançada, possibilitando que, apesar da manutenção da área cultivada, a produção aumente em 19,39% em relação ao ano passado, alcançando 71,108 mil toneladas este ano. Apesar de problemas pontuais em decorrência do clima, regiões importantes como as regionais de Caxias do Sul, Frederico Westphalen e Erechim compensaram positivamente com produtividades médias próximas de dois mil kg/ha. Feijão 2ª safra – Estimativas atuais para a safra em andamento Área Total do Estado (ha)

RS 2015/2016* 2016/2017

(Atual) (%)

20,899 mil 19,926 mil - 4,66

Expectativa Produção do Estado (t)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

28,174 mil 27,275 mil - 3,19

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Expectativa Produtividade Média (kg/ha)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

1.349 1.369 1,48

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA *IBGE - LSPA

Os produtores encaminham a finalização do plantio da safrinha de verão, já chegando aos 62% da área inicialmente prevista. De acordo com o levantamento, a segunda safra de feijão deverá ter uma redução na área cultivada de 4,66% em relação à safra passada, ficando com uma área próxima de 20 mil hectares para a safra atual. Como a produtividade estimada apresentando aumento não muito expressivo em relação ao alcançado no ano passado, a produção deverá ter uma diminuição de 3,19%, indicando um volume total a ser colhido pouco maior que 27,2 mil toneladas. O desenvolvimento até o momento é considerado bom, beneficiado pelas condições meteorológicas, embora, em algumas áreas, haja a presença de pragas (ácaros e cigarrinhas). Na maioria das lavouras estão sendo realizados tratos culturais e fitossanitários. Milho grão – Estimativas atuais para a safra em andamento Área Total do Estado (ha)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

740,510 mil 816,850 mil 10,31

Expectativa Produção do Estado (t)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

4,729 milhões 5,545 milhões 17,26

Expectativa Produtividade Média (kg/ha)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

6.406 6.789 5,98

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA *IBGE - LSPA

Após anos de redução na área plantada, o milho apresentou aumento de 10,31%, chegando a 816,9 mil hectares. Tal fato já era esperado pela valorização do grão à época do planejamento das lavouras. Entre as culturas analisadas, o milho foi a que apresentou a maior variação de área em relação à safra anterior. Apesar de algumas irregularidades climáticas ocorridas, a produtividade desta safra (6.789 kg/ha), se confirmada, será a maior até hoje alcançada no RS. Fortemente impactada pelo expressivo aumento na área cultivada, aliada a um

aumento na produtividade, a produção avança em 17,26%, podendo se esperar em torno de 5,55 milhões de toneladas. Milho silagem – Estimativas atuais para a safra em andamento Área Total do Estado (ha)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

365,067 mil 372,541 mil 2,05

Expectativa Produção do Estado (t)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

13,388 milhões 13,741 milhões 2,64

Expectativa Produtividade Média (kg/ha)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

36.676 36.886 0,57

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA *IBGE - LSPA

A área destinada ao milho silagem teve uma variação de 2,05%, projetando uma produção total de 13,7 milhões de toneladas, uma vez que a produtividade estimada deverá ser muito próxima à do ano passado. Observação: a produção obtida não soma com o total da produção de grãos. Soja – Estimativas atuais para a safra em andamento Área Total do Estado (ha)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

5,464 milhões 5,499 milhões 0,64

Expectativa Produção do Estado (t)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

16,206 milhões 16,762 milhões 3,43

Expectativa Produtividade Média (kg/ha)

RS 2015/2016*

2016/2017 (Atual)

(%)

2.981 3.048 2,25

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA *IBGE - LSPA

A soja parece ter diminuído o ímpeto dos últimos anos no tocante à área plantada, aumentando apenas 0,64% em relação ao ano passado. O destaque positivo fica com a produtividade média, que poderá ultrapassar os três mil quilos por hectare, projetando uma produção de 16,76 milhões de toneladas, 3,43% maior que a do ano passado.

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Safra 2016/2017 – Produção Total de Grãos de Verão e Valor Bruto da Produção

SAFRA 2016/2017 PRODUÇÃO TOTAL DE GRÃOS DE VERÃO E VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO (VBP)

Cultura Área (ha)

Produtividade (kg/ha)

Produção (t)

VBP (bi R$)

Arroz 1,1

milhão 7.733

8,5 milhões

8,119

Feijão 1ª safra

40,6 mil 1.753 71,1 mil 0,222

Feijão 2ª safra

19,9 mil 1.369 27,3 mil 0,085

Milho 816,9 mil 6.789 5,5

milhões 2,477

Soja 5,5

milhões 3.048

16,8 milhões

18,104

Total 7,5

milhões 30,9

milhões 29,008 bilhões

* Valor Bruto da Produção - R$ recebidos pelo produtor na semana de 20 a 24/02/17. Fonte: EMATER/RS-ASCAR – Gerência de Planejamento – GPL / NIA

Posição Safra Produção (t)

1 2017 30.856.883

2 2015 30.038.657

3 2016 28.517.444

4 2014 26.783.845

5 2011 26.549.510

6 2013 26.370.519

7 2010 23.101.525

8 2007 22.380.345

9 2008 20.350.208

10 2009 20.315.679

ARROZ 2016/2017

ESREG Área (ha) Rendimento

(kg/ha) Produção (t)

Bagé 447.134 8.085 3.615.138

Caxias do Sul 0 0 0

Erechim 0 0 0

Frederico Westphalen

0 0 0

Ijuí 0 0 0

Lajeado 5.996 7.314 43.855

Passo Fundo 0 0 0

Pelotas 191.839 8.287 1.589.674

Porto Alegre 267.131 7.112 1.899.754

Santa Maria 145.759 7.212 1.051.218

Santa Rosa 900 8.353 7.517

Soledade 34.050 7.158 243.738

Estado 1.092.810 7.733 8.450.893

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA

FEIJÃO 1ª SAFRA 2016/2017

ESREG Área (ha) Rendimento

(kg/ha) Produção (t)

Bagé 173 818 141

Caxias do Sul 11.711 2.364 27.679

Erechim 1.239 1.915 2.373

Frederico Westphalen

5.648 1.873 10.577

Ijuí 2.345 1.469 3.445

Lajeado 1.015 1.431 1.452

Passo Fundo 949 2.059 1.954

Pelotas 4.529 1.365 6.181

Porto Alegre 4.601 1.144 5.262

Santa Maria 3.077 1.447 4.451

Santa Rosa 868 1.387 1.204

Soledade 4.412 1.448 6.388

Estado 40.567 1.753 71.108

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA

FEIJÃO 2ª SAFRA 2016/2017

ESREG Área (ha) Rendimento

(kg/ha) Produção (t)

Bagé 0 0 0

Caxias do Sul 217 1.525 331

Erechim 1.070 1.637 1.752

Frederico Westphalen 7.045 1.386 9.764

Ijuí 3.884 1.422 5.523

Lajeado 71 1.201 85

Passo Fundo 984 1.608 1.582

Pelotas 174 1.071 186

Porto Alegre 1.334 1.109 1.479

Santa Maria 1.170 1.179 1.380

Santa Rosa 2.244 1.326 2.976

Soledade 1.734 1.279 2.217

Estado 19.926 1.369 27.275

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA

AS DEZ MAIORES PRODUÇÕES

DOS PRINCIPAIS GRÃOS DE VERÃO

NO RS

SSAAFFRRAA 22001166//22001177

CCUULLTTUURRAA,, ÁÁRREEAA,, RREENNDDIIMMEENNTTOO EE PPRROODDUUÇÇÃÃOO

PPOORR RREEGGIIÃÃOO

IMPACTOS ECONÔMICOS

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MILHO GRÃO 2016/2017

ESREG Área (ha) Rendimento

(kg/ha) Produção (t)

Bagé 35.672 5.149 183.669

Caxias do Sul 112.195 7.603 853.067

Erechim 45.882 8.272 379.526

Frederico Westphalen 108.715 7.832 851.498

Ijuí 76.077 8.101 616.320

Lajeado 41.505 5.946 246.790

Passo Fundo 54.470 8.622 469.615

Pelotas 61.187 4.527 276.983

Porto Alegre 38.603 4.143 159.945

Santa Maria 45.810 5.120 234.540

Santa Rosa 106.798 7.526 803.769

Soledade 89.937 5.223 469.700

Estado 816.850 6.789 5.545.422

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA

MILHO SILAGEM 2016/2017

ESREG Área (ha) Rendimento

(kg/ha) Produção (t)

Bagé 5.373 24.499 131.637

Caxias do Sul 34.776 44.298 1.540.513

Erechim 17.764 42.681 758.183

Frederico Westphalen

44.703 34.753 1.553.556

Ijuí 64.230 38.320 2.461.291

Lajeado 59.975 35.944 2.155.737

Passo Fundo 30.447 41.976 1.278.055

Pelotas 18.938 22.888 433.445

Porto Alegre 8.514 24.169 205.759

Santa Maria 6.893 32.033 220.803

Santa Rosa 56.294 38.894 2.189.480

Soledade 24.634 33.010 813.166

Estado 372.541 36.886 13.741.624

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA

SOJA 2016/2017

ESREG Área (ha) Rendimento

(kg/ha) Produção (t)

Bagé 640.401 2.457 1.573.778

Caxias do Sul 217.780 3.510 764.456

Erechim 248.787 3.462 861.187

Frederico Westphalen

416.956 3.344 1.394.185

Ijuí 916.426 3.300 3.024.169

Lajeado 16.506 3.378 55.751

Passo Fundo 564.484 3.499 1.975.039

Pelotas 348.198 2.453 854.047

Porto Alegre 116.523 2.626 305.987

Santa Maria 847.279 2.912 2.467.319

Santa Rosa 755.717 2.892 2.185.222

Soledade 410.661 3.168 1.301.047

Estado 5.499.716 3.048 16.762.185

Fonte: EMATER/RS-ASCAR GPL/NIA

Deve-se salientar que, apesar dessa excelente produção, em algumas regiões produtoras foram registrados casos pontuais e localizados de perdas em decorrência de problemas climáticos, tais como geadas tardias, chuvas intensas, deficiência hídrica, entre outros. Nesse cenário, fica claro que os números aqui apresentados não são definitivos e que sofrerão alterações, haja vista também o percentual de área ainda por colher. Todavia, as alterações não deverão ser significativas, mantendo a expectativa de uma excelente safra.

HORTIGRANJEIROS

Situações Regionais No Alto Uruguai, os produtores estão realizando tratos culturais; chuvas bem distribuídas. A cultura do repolho está em fase de recuperação de preços, a R$ 0,70/kg; alface de R$ 2,00 a R$ 2,50; tomate nas feiras por R$ 3,00/kg. A citricultura está em fase de desenvolvimento das frutas, com expectativas de boa produção e preços com estimativas de serem melhores em relação à safra de 2016. Produtores manifestam interesse em aumentar suas áreas, diversificando variedades para ampliar o período da colheita. O morango que ainda há para ser colhido vem sendo comercializado entre R$ 12,00 e R$ 15,00/kg. Na uva, a média de produtividade está em torno de 18 t/ha, estando em fase final de colheita. Nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, o período é de intensificação do preparo das áreas para a implantação de cultivares olerícolas de inverno. Produtores optam em fornecer folhosas de menor porte para evitar a elongação das plantas que estão entrando em estádio reprodutivo, principalmente alface e almeirão. Continua a incidência de mosca branca e pulgões em tomate, pepino, pimentão e morango; cultura do tomate com boa produtividade; aumento da oferta de aipim; fruticultura na entressafra na região; diminuição da oferta de melancia; uva, pêssego e citros com colheita concluída. É realizado manejo da cultura do morango de dias neutros para induzir a floração. A produção de olerícolas da estação nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste está com desenvolvimento prejudicado pelo excesso de calor, exceto em cultivos protegidos. As hortas caseiras estão com poucos produtos. Nas propriedades rurais inicia-se o preparo dos canteiros para implantação de novas mudas de hortaliças, destinadas à subsistência das famílias;

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está sendo planejado o plantio de morango, alho, cebola e batatinha safrinha. A produção de abóboras está abaixo do esperado devido às condições climáticas. Na fruticultura, iniciou a colheita de abacaxi e da bergamota Satsuma Okitsu; a colheita de melão, melancia, caqui está praticamente encerrada; há boa frutificação nas árvores de abacate e manga. Em Porto Vera Cruz os produtores estão realizando o processamento de frutas das mais diversas, para produzir polpas destinadas à produção de chimias e sucos. Dentre as processadas estão a goiaba, o abacaxi, o butiá e a manga. O período é de colheita de figo, banana e goiaba. Como no ano anterior ocorreu grande carga de bergamota, sem que tenha havido manejo de raleio, neste ano observa-se que a produção não será tão grande. Olerícolas Pimenta – Na Zona Sul, município de Turuçu, a cultura se encontra com boa evolução e em diversos estágios: em floração 35% e no estágio de frutificação 55%, estando 10% em desenvolvimento. Produtores seguem realizando os tratos culturais, principalmente com aplicações preventivas de fungicidas para o controle da doença antracnose. A área plantada do município é de seis hectares. As cultivares implantadas nas lavouras são Dedo de Moça, Bico Doce, Caiana e Cecoia. Segue a comercialização da pimenta seca das safras anteriores, com valores de R$ 20,00/kg. A pimenta fresca é negociada a valores de R$ 3,00/kg. Tomate – Na região Serrana, inicia a colheita da safra do tarde, com plantas de bom vigor, sanidade e carga de fruta. Tomates de ótimo calibre, coloração e sabor. Plantios de meia estação em plena produção, com elevada carga de frutas. Vários tomateirais vêm sendo conduzidos minimamente ou até abandonados precocemente, face às dificuldades de comercialização e valoração da olerícola, deixando produtores bastante preocupados com a remuneração das lavouras e, consequentemente, com o pagamento das contas derivadas das mesmas. Muitas lavouras se encontram com três, quatro pencas de tomates maduros, correndo risco de danos pelas condições adversas do clima. Preços médios em reais por caixa de 22 quilos: Longa vida a R$ 25,00, Saladete a R$ 30,00 e o Gaúcho a R$ 40,00.

Banana – No município de São João do Polêsine, na região Central, há 14 produtores de banana com uma área total de 22,50 hectares. O pomar de bananas está em fase de frutificação, emitindo cachos. A procura pela fruta é maior que a disponível no momento. Batata-doce – Na região Centro Sul, em Mariana Pimentel, Barra do Ribeiro e Sertão Santana, o período é de colheita e comercialização da safra 2016-2017; acredita-se que as áreas de cultivo aumentarão em função do bom preço pago pelo produto. Da área plantada, já foram colhidos e comercializados em torno de 7% da produção. Já estamos nos aproximando do final do período de plantio. As lavouras estão produzindo em média 14 t/ha, apresentando produto de média qualidade. Os preços reduziram em função da entrada de batata-doce vinda da região Nordeste do país e também devido à grande oferta de produto na região, estabelecendo-se os seguintes valores: a batata-doce de cascas branca e roxa está sendo negociada na lavoura a R$ 13,00/cx.; a batata-doce de casca rosa recebe um preço diferenciado de R$ 15,00/cx. de 20 quilos. A produção é comercializada na Ceasa e nas redes de supermercados, minimercados, fruteiras da região. Frutícolas Citros - Na região do Vale do Caí, os citricultores executam manejo da cobertura de solo, através de roçadas da vegetação espontânea, que está abundante pelas condições de umidade e calor. Os produtores efetuam tratamentos fitossanitários nas bergamoteiras e laranjeiras, visando controle de doenças. O período é de entressafra, e uma atividade muito importante nos pomares neste momento é o raleio nas bergamoteiras. O raleio é a retirada de parte das frutas que a planta produz, ainda no início do desenvolvimento, quando as mesmas têm em média 5 cm de diâmetro. Esta prática é necessária para que as frutas que ficam na planta tenham um melhor desenvolvimento, resultando em frutas de bom tamanho e coloração. As frutas retiradas no raleio são adquiridas por empresas da região, que extraem o óleo essencial da casca das bergamotinhas verdes. O raleio segue a sequência da maturação das diferentes variedades de bergamoteiras, nesta ordem: Satsuma, Caí, Pareci, e por último a

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Montenegrina. Na variedade Satsuma o raleio já está concluído, e, por ser uma fruta muito precoce, as primeiras frutas começaram a ser colhidas, sendo que os citricultores estão recebendo em média R$ 30,00/cx. de 25 quilos. Na variedade Caí, o raleio já ultrapassa 50% das plantas; nas Pareci e Montenegrina recém iniciou, e está ao redor de 5%. As indústrias que adquirem a fruta verde na região do Vale do Caí estão pagando em média R$ 310,00/ton. da bergamotinha verde do raleio, equivalente a R$ 7,75/cx. de 25 quilos. Este preço pago pelas primeiras cargas é inferior ao preço pago no início do raleio da safra de 2016, quando o valor era de R$ 9,00/cx. As indústrias justificam o preço menor em virtude da menor demanda mundial pelo óleo essencial, e também em função do dólar menos valorizado frente ao real, o que tem grande importância, já que a maior parte do óleo essencial é exportado. A lima ácida Tahiti (limão da caipirinha) continua sendo colhida, já que possui floração todo o ano, e, portanto, colheita todo o ano. O citricultor está recebendo em média R$ 20,00/cx. de 25 quilos. O forte calor deste verão acelera a maturação dos frutos, o que força os citricultores a colherem o mais rápido possível. Além disso, o excesso de chuvas tem causado queda de frutas. O preço tem se mantido estável nas últimas semanas, e a entrada de frutas de São Paulo é a principal causa desta estagnação. Oliveira – No Sul do Estado, a cultura está em fase de frutificação (desenvolvimento dos frutos), pronta para colheita e em início da colheita. Produtores seguem realizando os tratamentos fitossanitários. A cultivar em início de colheita é a Manzanilla. Há expectativas de boa produção na região. Os produtores deverão aumentar a área cultivada e a produção total na região na medida em que os olivais forem se desenvolvendo. Escritórios da Emater/RS-Ascar atendem pedidos de informações de interessados em implantar olivais nas propriedades. Na Campanha e Fronteira Oeste, as oliveiras estão na fase de acumulação de azeite na polpa dos frutos. Pomares estão sendo colhidos com o objetivo de se obter um azeite de excelente qualidade. Os produtores poderiam esperar mais para elevar o teor de azeite, mas, à medida que a maturação avança, há perda de qualidade. Frutas pequenas com pouca polpa apresentam rendimento de 9% na industrialização; por outro lado, em azeitonas maiores com polpa mais

desenvolvida, o rendimento obtido chega a 13,9%. Há expectativa de que o RS colha em torno de 400 toneladas de fruta. Maçã – Está praticamente encerrada e de forma bastante antecipada a colheita da Gala, a principal variedade cultivada no Estado, especialmente na região da Serra. A produtividade ficou abaixo da esperada, face ao elevado abortamento na fase de pegamento, imposto pelas condições climáticas adversas da segunda quinzena de outubro. Porém, as frutas apresentam ótima sanidade, sabor e coloração pronunciados, bom calibre. Inicia a colheita da segunda variedade de importância e normalmente cultivada em linhas alternadas na mesmo macieiral, a Fuji. A Gala é tradicionalmente comercializada de imediato, e a Fuji é estocada, pois tem características propícias para conservar-se por mais tempo na frigoconservação. Essa cultivar foi minimamente afetada pelo abortamento de frutos na fase de pegamento, apresentando altas cargas e excelente calibre e qualidade das frutas. O preço médio recebido pelo maleicultor pela Gala foi de R$ 1,40/kg. Comercialização de Hortigranjeiros Nas regiões do Planalto e Nordeste do RS, a produção de folhosas continua muito prejudicada pelo calor, e as chuvas continuam afetando negativamente a produção dessas folhosas na região. Os produtos ofertados são de qualidade mediana e a oferta está aquém do normal, estima-se que em torno de 30%. Embora o calor e chuvas estejam prejudicando a produção, os preços se mantêm estáveis. Na lista a seguir, são apresentados os preços praticados na Feira do Produtor em Passo Fundo, a partir de dados obtidos diretamente do produtor rural.

Alface lisa e/ou crespa - R$ 1,25 pé

Alface americana - R$ 1,25 pé

Almeirão - R$ 1,25 pé

Rúcula - R$ 1,25 pé

Brócolis - R$ 1,50 molho

Chicória - R$ 1,25 pé

Couve-flor - R$ 2,50 cab.

Couve-folha - R$ 1,00 molho

Tempero verde - R$ 1,25 molho

Cenoura - R$ 3,00 kg

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Beterraba - R$ 3,00 molho

Aipim - R$ 4,00 pacote 750 gr

Repolho roxo - R$ 2,00 cab.

Repolho verde - R$ 2,00 cab.

Rabanete - R$ 1,50 molho

Abóbora Cabotiá - R$ 2,50 kg

Tomate - R$ 2,99 kg

Batata-doce - R$ 2,65 kg

Batata - R$ 0,99 kg

Alho R$ 24,00 kg

Milho verde - R$ 10,00 pct. 6 espigas

Pepino salada comum - R$ 1,50 kg

Pepino japonês (partenocárpico) - R$ 4,99

kg

Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da CEASA/RS, entre o período de 27/02/2017 a 07/03/2017, tivemos 10 produtos estáveis em preços, 20 em alta e 05 em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo.

Tradicionalmente se diz que o ano comercial dos produtos hortigranjeiros no Rio Grande do Sul começa no inicio de março de cada ano, com a retomada plena das aulas e o retorno da grande massa de consumidores do Litoral para suas cidades. Nesta terça-feira, replicando o que tambem ocorreu na segunda-feira, o comercio varejista compareceu em grande numero à CEASA/RS. O resultado desta procura elevada foram 20 produtos em alta ante os 35 Principais. Não ocorreram destaques em baixa. Três produtos destacaram-se em alta: Pimentão – De R$ 2,00 para R$ 2,50 / kg (+ 25,00%) Tomate caqui longa vida – De R$ 1,25 para R$ 1,75 / kg (+ 40,00%) Acomodação dos preços de atacado do Pimentão e do Tomate L. Vida devido ao efeito de um conjunto de fatores: O fator mais redundante foi a forte elevação na procura. Outra razão para a alteração nas cotações foi a desaceleração do seu aprontamento pela ocorrência de noites com temperaturas mais amenas. Com a procura acirrada e a oferta levemente abaixo do normal as cotações se elevaram.

Cenoura – De R$ 1,50 para R$ 2,00 / kg (+ 33,33%) Safra da Região Sudeste com diminuição na oferta devido ao aparecimento de doenças. Na Serra Gaucha a Cenoura passou nos últimos dias a ser muito procurada pelos atacadistas do Sudeste, afetando a oferta interna ao RS. Preços regionais estão sendo ajustados a esta elevação na procura.

OUTRAS CULTURAS Cana-de-açúcar - As áreas de cana-de-açúcar estão em fase de desenvolvimento vegetativo. A cultura na região das Missões apresenta desenvolvimento normal e satisfatório, em função da umidade e temperatura favoráveis ao crescimento. Em comparação com outros anos, a cultura apresenta um estádio de desenvolvimento avançado, com aproximadamente cinco entrenós visíveis, estádio este só alcançado em meados de abril em anos anteriores, gerando uma boa perspectiva com relação aos rendimentos de produtividade. Silvicultura Reflorestamento Nas regiões dos vales do Caí e Taquari, os preços praticados são os seguintes:

Mudas de Eucalipto Grandis, Urophylla e

Dunni (o milheiro – em tubetes): R$

180,00.

Mudas de Eucalipto Grandis, Urophylla e

Dunni (o milheiro – em laminado): R$

160,00.

Mudas de Acácia-negra (o milheiro – em

laminado): R$ 140,00.

Lenha de Acácia-negra: preço médio de

R$ 60,00/metro estéreo, dependendo da

localização e principalmente da qualidade

da lenha.

Lenha de eucalipto: R$ 35,00/metro

estéreo, dependendo da qualidade,

localização e comprador. Geralmente, o

pagamento de valor maior é com prazo de

60 a 90 dias.

Toretes de eucalipto para paletes e

lâminas: R$ 45,00 a R$ 50,00/metro

estéreo (cheque para 60 dias); peças

serradas com tamanho uniforme de 1,20

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ou 1,25 m, conforme a empresa

laminadora solicita.

Casca de acácia-negra: R$ 0,21 a R$

0,23/kg

Carvão vegetal de acácia: R$ 0,65 a R$

0,70/kg

Carvão vegetal de eucalipto: R$ 0,55/kg

Tora de eucalipto para serraria: de R$

65,00 (se precisa trator para retirar da

lavoura) a R$ 80,00 por m³ (se está

encostado na estrada).

O mercado retraído dificulta a comercialização de todos os derivados da silvicultura. Sente-se que alguns silvicultores, inclusive, têm dificuldades de honrar seus compromissos com as instituições financeiras, pois têm o produto para comercializar, mas não conseguem colocação. É cada vez mais escassa a sucessão rural na atividade de silvicultura da agricultura familiar, pois o jovem não quer mais trabalhar em atividades penosas. Empacotadores de carvão também se queixam de que vendas no comércio não estão boas como em anos anteriores, porque agora no verão e época de férias é em geral o período de maior demanda e consumo de carvão vegetal. Integrando a abertura da cerimônia da Expoagro Afubra de 2017, cujo tema é Florestas, foi proferida palestra pelo presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais – Ageflor, enfocando a “Silvicultura no RS e Perspectivas Futuras”. Ele afirmou durante sua palestra que, a partir de 2018, “deverá faltar madeira de acácia-negra no mercado e o preço atual poderá, inclusive, dobrar”, devido à instalação de uma grande empresa de produção de pallets em Rio Grande. No florestamento em Santa Margarida do Sul, na região da Campanha, as florestas que pertencem à Celulose Riograndense cultivam 3.927 ha; a área colhida é de aproximadamente mil hectares. Toda produção é destinada à fabricação de papel. Serrarias da Serra procuram por bosques antigos de eucalipto das espécies Tereticornis, Citriodora e Saligna para a confecção de dormentes. Programa Poupança Florestal Na microrregião de Bagé, os produtores do programa Poupança Florestal que plantaram entre 2005 e 2009 estão recebendo os primeiros pagamentos referentes à madeira produzida. Os

produtores estão satisfeitos com a produtividade alcançada nas florestas e com a remuneração obtida. Empresas quitaram as dívidas dos produtores junto ao banco e converteram esse valor em madeira para o acerto. As empresas estão realizando a colheita mecanizada e o transporte da madeira. As maiores produtividades têm ocorrido em Caçapava do Sul, com valores de 300 m

3 a 400

m3/ha e renda líquida por hectare de R$ 6.000,00

a R$ 9.100,00. Alguns produtores estão manifestando o interesse em conduzir a brotação para dar continuidade à atividade de silvicultura. A Emater/RS-Ascar firmou parceria com uma empresa para prestar assistência técnica aos produtores interessados na continuidade da atividade. Continua a colheita mecanizada da madeira, sendo armazenada no Pátio de Madeiras localizado na beira da BR em Hulha Negra. Preços: eucalipto R$ 34,50/m

3 em pé aos 7,5 anos

para produtores da poupança florestal (fonte Fibria). Na lenha o comércio paga R$ 55,00 metro empilhado posto no local e remuneração líquida ao produtor de R$ 15,00 por metro empilhado. A acácia-negra está com preços da casca a R$ 300,00/t (posto em Montenegro ou Estância Velha) e da madeira R$ 75,00/metro empilhado posto em Rio Grande (fonte Tanac e Seta). Como os preços de madeira e casca melhoram bastante nos últimos dois anos devido ao equilíbrio na oferta de acácia, estamos orientando que os produtores esperem mais um ou dois anos para comercialização a fim de receberem os melhores preços.

CRIAÇÕES Bovinocultura de corte - Com a sequência de

chuvas, insolação e altas temperaturas das últimas

semanas, as pastagens naturais estão com

excelente rebrote e taxa de crescimento,

apresentando uma oferta de pasto em quantidade

e qualidade, de forma constante e com tendência

de manutenção, gerando uma expectativa de que

os campos entrarão em boas condições no

outono. Os produtores realizam roçadas nas áreas

de campo nativo, para controle de plantas

invasoras.

Nas pastagens de verão, áreas cultivadas com

milheto, sorgo forrageiro e capim sudão

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apresentam ótima condição de utilização. Este

quadro também se repete nas pastagens perenes

de verão, como braquiárias, panicuns e tiftons,

produzindo volumosos de boa qualidade.

Produtores realizam fenação nas pastagens de

trevo e cornichão, procurando armazenar o

máximo possível de excedente forrageiro, a fim de

reduzir os custos com a implantação das

pastagens de inverno e com aquisição de

volumosos. As melhores áreas de trevo e

cornichão estão sendo manejadas para a

produção de sementes.

Lavouras de milho para silagem apresentam

excelente crescimento, intensificando-se a

ensilagem, com muita qualidade e quantidade de

grãos.

Os produtores estão manejando seus rebanhos,

com troca de potreiros e uso de cercas elétricas de

acordo com a oferta de forragem das pastagens e

campo nativo, procurando maximizar o ganho de

peso dos animais. Também adquirem sementes

de aveia e azevém e preparam o solo para

implantação das pastagens de inverno.

O rebanho apresenta um bom escore corporal,

pois estamos tendo um verão com ótima

disponibilidade e distribuição de chuvas; terneiros

com bom desenvolvimento nesta temporada. A

exceção a esse quadro geral ocorre na região da

Serra, onde as temperaturas permaneceram muito

altas e com pouca umidade no solo, prejudicando

o desenvolvimento das pastagens e do campo

nativo. Assim, o estado corporal dos animais em

geral apresenta um quadro de deficiência, com

exceção daqueles alimentados com pastagens

cultivadas ou campo nativo melhorado. As

condições climáticas são mais favoráveis aos

animais com cruzas zebuínas, devido às altas

temperaturas que vêm ocorrendo. Os pecuaristas

em geral continuam suplementando seus

rebanhos com sal comum e sal mineral.

O período reprodutivo se encaminha para o final, e

algumas propriedades ainda mantêm os touros

para repasse. No decorrer do mês iniciam-se os

diagnósticos de gestação nas fêmeas, atividade

que auxilia na seleção de matrizes e define os

animais a serem descartados. Devido às

condições favoráveis e ao estado corporal dos

animais, aposta-se em altos índices de prenhez e

repetição de cria nos rebanhos.

O calor e a umidade têm favorecido a incidência

de carrapatos, bernes e mosca-do-chifre nos

rebanhos. É realizado manejo sanitário contra

parasitas internos e externos em todas as

categorias, com atenção especial à verminose em

terneiros. A alta incidência de carrapatos provoca

surtos de tristeza parasitária bovina e miíases

(bicheiras) nos rebanhos.

Comercialização

A oferta de gado gordo nesta época do ano

normalmente não é abundante. Entretanto neste

ano, devido à boa condição dos pastos, os

pecuaristas seguraram os animais prontos para

abate na expectativa de melhores preços. Essa

grande oferta, excepcional para a época, acaba

segurando ou forçando uma queda nos preços. Os

pecuaristas familiares têm maiores dificuldades de

comercialização, pois não conseguem formar lotes

maiores.

Na região de Porto Alegre, os produtores informam leve aumento no valor oferecido por animais prontos para abate e diminuição dos preços ofertados por compradores de animais para recria. Na região de Pelotas, em 03 de março foi

realizada a primeira operação de 2017 com carga

viva na zona primária do Porto Novo, do Porto de

Rio Grande, com de embarque de nove mil

animais. Em 2016 foram exportados para a

Turquia 46.481 animais vivos, um aumento de

416% em relação a 2015, que movimentou apenas

nove mil cabeças de gado. As exportações de

animais vivos para os países do Oriente Médio,

pelo Porto de Rio Grande, começaram em 2009.

Comportamento dos preços médios corrigidos

pelo IGP-DI de dezembro 2016, para o

quinquênio 2012-2016.

Fonte: Emater/RS-Ascar-Pesquisa Mensal de Preços. Obs.: média é considerada como índice 100.

O gráfico acima mostra que o mês de outubro, e depois novembro e setembro são os meses de menores preços do boi gordo e que o pico do preço do boi gordo ocorre nos meses de junho,

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julho e agosto. Pelo gráfico acima e considerando as condições atuais do campo, com elevada oferta de pasto em função das altas temperaturas e das boas precipitações, os pecuaristas estão com estoques elevados de animais nas suas invernadas; assim, deverão comercializar essa produção, antes que entre o período de inverno. Somada a esse cenário, temos a crise da economia, que retraiu o consumo, nos levando a uma previsão de que o preço do boi gordo deve se manter nos mesmos patamares, nas próximas semanas. Comparação entre os preços do boi gordo na semana (09/03/17) e preços anteriores (R$/kg vivo)

4,5

5

5,5

6

SEMANAATUAL

SEMANAANTERIOR

MÊSANTERIOR

ANOANTERIOR

MÉDIAGERAL

MÉDIAMARÇO

5,04 5,08 5,08

5,85

5,00 5,08

R$

/kg

PERÍODO

PREÇOS DO BOI PARA ABATE (R$/kg vivo)

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV). Nota: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016, ou seja, neste gráfico é o mês de março.

Bovinocultura de leite - A disponibilidade de

forragem para o rebanho leiteiro está excelente,

pois as pastagens têm apresentado bom

crescimento vegetativo, garantindo oferta de

alimento volumoso para os animais. Os campos

nativos estão em pleno desenvolvimento

vegetativo, apresentando boa oferta de forragem

disponível aos animais, inclusive sobrando pasto

nas propriedades.

Produtores manejam seus plantéis com pastoreios

periódicos nas pastagens anuais cultivadas de

verão, como milheto e capim sudão; embora

comecem a ficar mais fibrosas, seus rebrotes

apresentam boa oferta de forragem.

As pastagens perenes de verão, como tifton e

jiggs, estão em pleno desenvolvimento vegetativo,

apresentando boa oferta de forragem disponível

aos animais, inclusive sobrando pasto nas

propriedades.

A grande oferta de pastagens de verão e de

campo nativo têm permitido reduzir a

suplementação diária de ração e silagem no

cocho, diminuindo o custo de produção de leite.

Porém o produtor deve estar atento para o manejo

adequado de final de ciclo das pastagens de

verão, visando diminuir a falta de pasto no período

de transição entre o verão e o outono, período em

que ocorre redução da oferta e da qualidade do

alimento fornecido aos animais.

Vários agricultores estão realizando a confecção

de feno e roçada das pastagens para controle do

crescimento vegetativo das plantas.

Somada a isto, também é desfavorável nesta

época a incidência de ectoparasitas (moscas e

carrapato), que terminam por afetar o desempenho

dos animais, principalmente os de sangue

holandês.

O clima está favorável para a produção de pasto,

mas também para a proliferação de ectoparasitas,

como carrapato e mosca-do-chifre, cujos

monitoramento e controle têm sido intensos.

Alguns rebanhos apresentam casos de tristeza

parasitária bovina, em função do carrapateamento

dos plantéis.

A falta de água de qualidade, sombra e as altas

temperaturas do período afetam os rebanhos, pois

tais condições inibem o consumo forrageiro,

mesmo em potreiros com boa oferta, diminuindo a

produção de leite pelo estresse calórico dos

animais.

O período é de planejamento do cultivo de

pastagens para o inverno, com intensa compra e

reserva de sementes de forrageiras de inverno e

fertilizantes em cooperativas e agropecuárias;

além disso, também já está ocorrendo o preparo

de áreas para a implantação de pastagens de

inverno.

O preço médio praticado nesta semana

permaneceu estável. Este verão está

apresentando uma condição muito favorável para

o pleno desenvolvimento das pastagens, tanto

nativas com cultivadas, possibilitando aos

produtores bons índices de produtividade e

diluição dos custos de produção.

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Preços praticados nos diversos municípios

que compõem as regionais da Emater/RS-

Ascar

Municípios Regionais Preço R$/L

Aceguá Bagé 1,10

Alegrete Bagé 1,10

Bagé Bagé 1,08

Carlos Barbosa Caxias do Sul 1,21

Erechim Erechim 1,00

Frederico Westphalen Frederico Westphalen 1,08

Palmeira das Missões Frederico Westphalen 1,20

Santo Augusto Ijuí 1,25

Teutônia Lajeado 1,15

Chapada Passo Fundo 1,23

Ibiraiaras Passo Fundo 1,15

Marau Passo Fundo 1,20

Passo fundo Passo Fundo 1,15

Canguçu Pelotas 1,10

Pelotas Pelotas 1,08

Rio Grande Pelotas 0,97

São Lourenço do Sul Pelotas 1,13

Júlio de Castilhos Santa Maria 1,10

Santa Maria Santa Maria 1,10

Dr. Maurício Cardoso Santa Rosa 0,90

Santa Rosa Santa Rosa 1,20

Santo Cristo Santa Rosa 1,05

Encruzilhada do Sul Soledade 1,00

Venâncio Aires Soledade 1,12

Média 1,11

Mínimo 0,90

Máximo 1,25

Fonte: Relatório de Preços Semanais Recebidos pelos

produtores - Emater/RS-Ascar.

Ovinocultura - A disponibilidade de forragem

continua abundante, e o rebanho ovino está em

bom estado nutricional.

A época é de classificação dos rebanhos, seleção de borregas para a reprodução e descarte das matrizes velhas ou com defeitos de reprodução. Em andamento o encarneiramento dos rebanhos das raças Merino e Ideal; Corriedale em início de encarneiramento. Produtores deverão manter o manejo reprodutivo ainda durante o mês de março e retirar os carneiros no início de abril. Como a umidade e as altas temperaturas vêm se

mantendo, está havendo muita incidência de

manqueira e frieiras nos rebanhos ovinos. As

condições estão favoráveis a uma maior incidência

de parasitas, obrigando os produtores a realizarem

manejos estratégicos para o controle da verminose

ovina, principalmente a hemoncose – conhecida

como “vermelhinho da coalheira”, causada pelo

verme haemonchus contortus, com dosificações

de acordo com a necessidade ou conforme a

condição corporal do rebanho. Alguns produtores

relatam a presença de oestrose – conhecida por

“bicho da cabeça”, causada pelo verme oestrus

ovis, também característica do período. Produtores

também devem aplicar banho sarnicida para o

controle da sarna e do piolho. Atenção especial

deve ser dada para os casos de miíases e

podridão dos cascos.

Eventos (Jaguarão, 05 de março de 2017) - 18º Concurso de Borregas e Exposição de Artesanato em Lã de produtores assistidos pela Emater/RS-Ascar, dentro da programação da 44ª Exposição Estadual de Ovinos Meia Lã. Concorreram 23 lotes (trios) de borregas das raças Ideal, Corriedale, Texel, Suffolk e Naturalmente Coloridas. A comercialização da exposição foi boa em geral, sendo que no Rematão foram comercializados 590 cabeças, na sua maioria animais de cria; o volume comercializado foi de R$ 149.073,00, com média geral de R$ 252,66 por cabeça. No domingo, foram vendidos reprodutores machos sendo 21 Corriedale, três Ideal, nove Texel e sete Romney Marsh, com um total de 40 carneiros, movimentando R$ 57.780,00, com média geral de R$ 1.444,50/carneiro. Herval irá sediar Concurso Regional de Artesanato e Borregas, que acontecerá em 28 de abril de 2017. Comercialização

Continua a comercialização de cordeiros, com

preços entre R$ 4,90 e R$ 6,00/kg vivo, e preço

médio de R$ 5,52/kg vivo. Ocorrem as últimas

feiras de verão e remates para venda de carneiros.

Lã - Final de safra de lã, com os rebanhos

esquilados e com uma remuneração semelhante

ou até inferior à safra passada. Na região de

Pelotas, R$ 8,00/kg para lã cruza 1. Os demais

preços do quilo da lã pela classificação oficial são

os seguintes: Merina R$ 16,00; Amerinada R$

14,50; Prima A R$ 13,00; Prima B R$ 10,00; Cruza

2 R$ 7,00; Cruza 3 R$ 6,00 e Cruzamento branco

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R$ 4,50. A produção de lã se manteve nos

padrões produtivos, com média de 3,5 kg/ovelha.

O custo de operação da esquila oscilou de R$ 4,50

a R$ 5,50/cabeça, dependendo do método e do

tamanho do rebanho.

Suinocultura - Leve melhora nos custos de

produção, especialmente pela queda de preços do

milho; soja também estável. Suinocultores mantêm

alojamento e entrega para abate. A pesquisa

semanal da ACSURS de cotação do suíno, milho e

farelo de soja no Estado, realizada na segunda-

feira (06), apontou queda de R$ 0,03 no preço

médio pago pelo quilo do suíno vivo ao produtor

independente, ficando em R$ 4,33/kg vivo, sendo

que a anterior foi de R$ 4,36/kg vivo. O preço

médio do suíno agroindustrial integrado é de R$

3,36/kg vivo.

As agroindústrias e cooperativas apresentaram as

seguintes cotações em R$/kg vivo, agregado com

o valor de carcaças: Cotrel R$ 3,40; Cosuel/Dália

Alimentos R$ 3,55; Cotrijuí R$ 3,15; Cooperativa

Languiru R$ 3,33; Cooperativa Majestade R$ 3,40;

Ouro do Sul R$ 3,60; Alibem R$ 3,30; BRF R$

3,30; JBS R$ 3,30; e Pamplona R$ 3,30.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2012/2016

09/03/2017 02/03/2017 09/02/2017 10/03/2016 GERAL MARÇO

Arroz em Casca 50 kg 46,24 47,74 48,53 45,34 43,48 41,70

Feijão 60 kg 182,75 182,78 191,70 169,48 172,96 170,35

Milho 60 kg 25,07 25,95 27,69 39,98 32,70 33,75

Soja 60 kg 64,24 64,17 65,47 75,37 76,08 73,51

Sorgo Granífero 60 kg 26,04 26,57 29,63 34,30 27,79 28,25

Trigo 60 kg 28,44 28,37 28,26 36,81 37,09 36,12

Boi para Abate kg vivo 5,04 5,08 5,08 5,85 5,00 5,08

Vaca para Abate kg vivo 4,47 4,52 4,54 5,23 4,49 4,55

Cordeiro para Abate kg vivo 5,52 5,50 5,52 5,84 5,34 5,24

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,53 3,54 3,38 3,57 3,72 3,70

Leite (valor liquido recebido) litro 1,11 1,11 1,12 0,99 1,03 0,98

06/03-10/03 27/02-03/03 06/02-10/02 07/03-11/03 - -

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica , são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016.