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UFRN Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Faciais 2013 Leia estas instruções: 1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. 2 Este Caderno contém, respectivamente, uma prova de Tradução de Texto e cinquenta questões de múltipla escolha de Conhecimentos Específicos. 3 Se o Caderno estiver incompleto ou contiver imperfeição gráfica que impeça a leitura, solicite imediatamente ao Fiscal que o substitua. 4 Na Prova de Tradução de Texto, você será avaliado exclusivamente por aquilo que escrever dentro do espaço destinado ao Texto definitivo. 5 Escreva de modo legível. Dúvida gerada por grafia ou rasura implicará redução de pontos. 6 Cada questão apresenta quatro opções de resposta, das quais apenas uma é correta. 7 Interpretar as questões faz parte da avaliação; portanto, não adianta pedir esclarecimentos aos Fiscais. 8 Utilize o espaço destinado para rascunhos e não destaque nenhuma folha. 9 Os rascunhos e as marcações feitas neste Caderno não serão considerados para efeito de avaliação. 10 Use exclusivamente caneta esferográfica, confeccionada em material transparente, de tinta preta ou azul. 11 Você dispõe de, no máximo, quatro horas para produzir em caráter definitivo o texto, responder às questões de múltipla escolha e preencher a Folha de Respostas. 12 O preenchimento da Folha de Respostas é de sua inteira responsabilidade. 13 Antes de retirar-se definitivamente da sala, devolva ao Fiscal este Caderno e a Folha de Respostas. Assinatura do Candidato : ______________________________________________________

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UFRN �Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Faciais �2013

Leia estas instruções:

1 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso.

2 Este Caderno contém, respectivamente, uma prova de Tradução de Texto e cinquenta questões de múltipla escolha de Conhecimentos Específicos.

3 Se o Caderno estiver incompleto ou contiver imperfeição gráfica que impeça a leitura, solicite imediatamente ao Fiscal que o substitua.

4 Na Prova de Tradução de Texto, você será avaliado exclusivamente por aquilo que

escrever dentro do espaço destinado ao Texto definitivo.

5 Escreva de modo legível. Dúvida gerada por grafia ou rasura implicará redução de pontos.

6 Cada questão apresenta quatro opções de resposta, das quais apenas uma é correta.

7 Interpretar as questões faz parte da avaliação; portanto, não adianta pedir

esclarecimentos aos Fiscais.

8 Utilize o espaço destinado para rascunhos e não destaque nenhuma folha.

9 Os rascunhos e as marcações feitas neste Caderno não serão considerados para

efeito de avaliação.

10 Use exclusivamente caneta esferográfica, confeccionada em material transparente, de tinta preta ou azul.

11 Você dispõe de, no máximo, quatro horas para produzir em caráter definitivo o texto, responder às questões de múltipla escolha e preencher a Folha de Respostas.

12 O preenchimento da Folha de Respostas é de sua inteira responsabilidade.

13 Antes de retirar-se definitivamente da sala, devolva ao Fiscal este Caderno e a Folha de Respostas.

Assinatura do Candidato : ______________________________________________________

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Prova de Tradução de Texto

� Reescreva, em PORTUGUÊS, o texto abaixo de forma coesa e coerente. � Seu texto deverá apresentar clareza e estar bem articulado tanto em termos estruturais

quanto de sentido. � NÃO será permitido o uso de qualquer dicionário.

Bite Force Evaluation of Mandibular Fractures Treated With Microplates and

Miniplates

Purpose: The purpose of this study was to determine the clinical stability and efficacy of 1

microplate combined with 1 miniplate in the management of mandibular fractures of the

interforaminal region compared with the standard 2-miniplate treatment using bite force

measurements. Materials and Methods: Twenty patients were treated for isolated

mandibular fractures of the interforaminal region. They were randomly divided into group A

(test group) and group B (control group), with 10 patients per group. Group A underwent

osteosynthesis using the combination of 1 microplate (subapical) and 1 miniplate (at the

lower border). Group B underwent osteosynthesis using the standard 2-miniplate protocol.

The bite force measurements were performed preoperatively and postoperatively at each

follow-up using a bite force recorder. As a secondary outcome, the patients also were

assessed for complications, such as infection, that might interfere with successful

osteosynthesis at the fracture site. Results: A statistically significant increase in incisor bite

force was found in the 2 groups compared with the preoperative bite force measurements.

No statistically significant difference was seen in the incisor bite force of either group at the

different follow-up visits. No statistically significant difference was seen in the molar bite

force (right vs left) of the test and control groups during follow-up. Molar bite force on the

nonfractured side was greater than on the fractured side in the 2 groups. Infection was seen

in 1 patient (ie, 10%) in each group. On surgical exploration, the fracture had united and the

infection was resolved in the 2 patients, with no further complications. Conclusions: The

replacement of an upper miniplate by a microplate in the management of mandibular

fractures is stable and adequately efficacious to withstand the masticatory loads and

torsional forces acting in the anterior region of the mandible.

Anand Gupta, Vibha Singh and Shadab Mohammad

J Oral Maxillofac Surg 70:1903-1908, 2012.

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ESPAÇO DESTINADO AO TEXTO DEFINITIVO

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FIM DO ESPAÇO DESTINADO AO TEXTO

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Prova Objetiva – Conhecimentos Específicos 01 a 50

01. As figuras abaixo mostram variações de osteotomias do tipo Le Fort I.

1 2 3

As osteotomias 1, 2 e 3 são denominadas, respectivamente,

A) horizontal clássica, degrau e quadrangular.

B) degrau, horizontal clássica e quandrangular.

C) horizontal clássica, quadrangular e degrau.

D) quadrangular, horizontal clássica e degrau.

02. Entre outras deformidades, a síndrome de Pierre Robin pode apresentar:

A) deficiência de 1/3 médio da face e fissura lábio-palatal.

B) fissura lábio-palatal e deficiência mandibular.

C) prognatismo mandibular e fissura lábio-palatal.

D) deficiência mandibular e de 1/3 médio da face.

03. Nas osteotomias da maxila, a preservação de pedículos de tecido mole são fundamentais

para uma adequada vascularização da maxila no pós-operatório, evitando, assim a necrose asséptica. Anatomicamente, os principais vasos que irrigam essa estrutura óssea, até que a revascularização ocorra, são:

A) artéria labial superior e palatina descendente.

B) artéria palatina descendente e nasopalatina.

C) artéria palatina ascendente e faríngea ascendente.

D) artéria palatina descendente e esfenopalatina.

04. Portadores de fissuras lábiopalatinas podem necessitar de enxertos no rebordo alveolar para viabilizar a continuidade do arco e permitir a irrupção do canino permanente. Segundo Spina et al (1972), as fissuras podem ser classificadas em:

I Fissura pré-forame

II Fissura transforame

III Fissura pós-forame

De acordo com essa classificação, poderão requerer enxerto ósseo secundário as fissuras

A) I e III.

B) apenas III.

C) apenas I.

D) I e II.

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05. Entre os procedimentos cirúrgicos, os que são geralmente realizados simultaneamente à

osteotomia Le Fort I e influenciam na fisiologia respiratória pós-operatória, nas grandes impactações maxilares, são

A) rinoplastia e a sutura da base alar.

B) septoplastia e a sutura VY dupla.

C) turbinectomia e septoplastia.

D) turbinectomia e a sutura VY simples.

06. A marsupialização consiste em estabelecer cirurgicamente uma comunicação entre a

cavidade patológica e o meio bucal, eliminando a pressão hidrostática no interior da lesão, e consequentemente, há uma redução progressiva dessa lesão. A marsupialização NÃO é tratamento de escolha para

A) o cisto residual.

B) o granuloma central de célula gigantes.

C) a rânula.

D) o cisto dentígero.

07. Os movimentos em cirurgia ortognática que podem ser considerados o MAIS e o MENOS

estáveis são, respectivamente,

A) mandíbula para trás e mandíbula para frente.

B) maxila para cima e mandíbula para frente.

C) maxila para baixo e aumento transversal da maxila.

D) maxila para cima e aumento transversal da maxila.

08. O quadro abaixo representa condutas que podem ser adotadas nos pacientes que se

submetem a anestesias gerais em cirurgia buco-maxilo-facial.

I Realizar jejum pré-operatório mínimo de 8 horas.

II Eliminar o bloqueio maxilo-mandibular.

III Realizar a insuflação do Cuff ou balonete do tubo traqueal.

IV Usar drogas eméticas.

Podem minimizar a possibilidade de aspiração do conteúdo gástrico as condutas

A) apenas I e IV.

B) I, II e III.

C) I, III e IV.

D) apenas I e II.

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09. Na avaliação pré-operatória de um paciente candidato à cirurgia buco-maxilo-facial, o exame EAS, ou Urina tipo I, revelou os seguintes achados:

COR ---- amarelo citrino

ASPECTO ---- límpido

DENSIDADE ---- 1.015 (normal varia entre 1005 e 1030)

PH ---- 7,0 (normal varia entre 5,5 a 7.5)

EXAME QUÍMICO

Glicose ---- presente

Proteínas ---- ausentes

Cetona ---- presente

Bilirrubina ---- ausente

Urobilinogênio ---- ausente

Leucócitos ---- presentes

Hemoglobina ---- ausente

Nitrito ---- positivo

MICROSCOPIA DO SEDIMENTO (sedimentoscopia)

Células epiteliais ---- algumas

Leucócitos ----20 por campo – (normal até 5 por campo)

Hemácias ---- 0 por campo (normal até 3 por campo)

Muco ---- ausente

Bactérias ---- presentes

Cristais ---- ausentes

Cilindros ---- ausentes

Esses achados são sugestivos

A) de diabetes mellitus e de infecção urinária.

B) apenas de diabetes mellitus.

C) apenas de infecção urinária.

D) de hematúria e de diabetes mellitus.

10. Uma das controvérsias na Anestesiologia em Odontologia é a utilização de anestésicos

locais, tendo, como parâmetro, as recomendações do fabricante (DOSE DO FABRICANTE - DF) ou de autores consagrados, como o Stanley F. Malamed (DOSE DO AUTOR - DA). A Concil on Dental Therapeutics of The American Dental Associaton, recomenda uma dose mais conservadora do que a dos fabricantes com o objetivo de aumentar a segurança do procedimento, principalmente em indivíduos hiper-reativos, em crianças e em idosos. Tomando-se por base essas informações, a dose máxima recomendada em tubetes (aproximado) para uma criança com 25 kg que deverá submeter-se a um procedimento cirúrgico sob anestesia local, utilizando a Lidocaína a 2% com 1:100.000 de epinefrina, é:

A) DF 3,0 tubetes ; DA 2,0 tubetes.

B) DF 6,0 tubetes ; DA 4,0 tubetes.

C) DF 4.6 tubetes ; DA 3,0 tubetes.

D) DF 4,0 tubetes ; DA 3,8 tubetes.

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11. Sabe-se que o enxerto ósseo alveolar secundário, realizado em pacientes com fissuras lábio palatais, deve ser realizado entre 9 e 11 anos, antes da irrupção do canino permanente. Nesse caso, o momento ideal para realizar a enxertia deve ser quando ocorrer

A) o nivelamento dos dentes adjacentes na área do canino permanente.

B) a formação de 1/2 a 2/3 da raiz do canino permanente.

C) o aumento da área do canino permanente a ser enxertada pelo aparelho Hirax.

D) a rizogênese completa do canino permanente.

12. Em paciente com insuficiência renal crônica (IRC) em tratamento com hemodiálise, deve-se

evitar a realização de exodontias no mesmo dia em que esse tratamento é feito, devido à maior possibilidade de hemorragia. Isso se deve ao

A) uso de sacarato hidróxido de ferro durante a hemodiálise.

B) uso de warfarin durante a hemodiálise.

C) uso de eritropoetina durante a hemodiálise.

D) uso de heparina durante a hemodiálise.

13. A intubação submentoniana está indicada no tratamento

A) das fraturas Le Fort I associadas às fraturas cominutiva de mandíbula.

B) das fraturas de maxila e mandíbula, com redução simultânea da fratura dos ossos próprios do nariz.

C) das fraturas da parede anterior do seio frontal, via acesso bicoronal, associadas à fratura cominutiva de mandíbula.

D) das fraturas do complexo zigomático orbitário bilateralmente, com redução simultânea dos ossos próprios do nariz.

14. O acesso subciliar, utilizado para abordagens a fraturas orbitárias, pode ser executado com

variações de técnica cirúrgica, preservando sempre

A) a porção do septo palpebral.

B) a porção superficial da gordura peri-orbitária.

C) a porção do periósteo periorbitário.

D) a porção superficial do músculo orbicular da palpebral.

15. A abordagem cirúrgica da Articulação Temporo-Mandibular (ATM) pode ser feita por meio de

diferentes acessos cirúrgicos. O acesso cirúrgico que relaciona o nervo facial com referências anatômicas a tecidos mole e duro é o de

A) Gillies.

B) Risdon.

C) Al-Kayat & Bramley.

D) Kean.

16. A técnica da artrocentese de ATM preconiza o posicionamento de duas vias de acesso para

lavagem do conteúdo intra-articular. Para tal procedimento, a partir da linha tragus˗canto externo do olho, as agulhas devem ser inseridas

A) uma no disco articular e outra no espaço inferior.

B) uma no espaço inferior e outra no superior.

C) ambas no espaço articular superior.

D) ambas no espaço inferior.

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17. Durante o planejamento para inserção de implantes na região anterior da maxila, deve ser observada a distância mínima de 3 mm entre implantes. Isso se justifica porque as distâncias

A) menores aumentam a chance de retração de tecido mole, facilitando o aparecimento de espaços negros na reabilitação protética.

B) maiores permitem a formação de papila.

C) menores diminuem a posição do ponto de contato das coroas em relação à crista óssea.

D) maiores reduzem o tamanho das coroas. 18. Nas fraturas orbitárias com aumento de continente, é possível a ocorrência de

A) Lagoftalmo.

B) Enoftalmo.

C) Hiposfagma.

D) Proptose.

19. O diagnóstico clínico primário de fraturas condilares bilaterais é caracterizado por

A) mordida aberta anterior com limitação de movimentos excursivos mandibulares.

B) amplitude de lateralidade aumentada.

C) mordida aberta posterior com amplitude aumentada de movimentos excursivos mandibulares.

D) desvio da trajetória em protrusão.

20. De acordo com a classificação de Wilkes, pacientes que apresentam dores articulares

frequentes, associadas à restrição de movimento mandibular e ao deslocamento anterior de disco com contorno ósseo normal, se enquadram, para desarranjos internos de ATM, no

A) Estágio IV.

B) Estágio II.

C) Estágio I.

D) Estágio III. 21. Na obtenção de imagens tomográficas da face, as reconstruções 3D, por vezes, evidenciam

áreas que simulam fraturas nas quais não há correspondência clínica, como na parede anterior do seio maxilar e nas paredes mediais das órbitas. Isso ocorre devido

A) ao padrão distinto de atenuação dos diferentes tecidos.

B) à presença de artefatos durante a obtencão da imagem.

C) à grande precisão do exame.

D) ao efeito de volume parcial.

22. O tempo de protrombina e a razão normalizada internacional (RNI/INR) são medidas

laboratoriais que avaliam

A) a atividade funcional plaquetária.

B) a via intrínseca da coagulação.

C) a via extrínseca da coagulação.

D) a hemólise plaquetária.

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23. A náusea e o vômito constituem umas das complicações frequentemente observadas no período pós-operatório. Apesar dos avanços das técnicas cirúrgicas e anestésicas com os fármacos de curta duração e do desenvolvimento de novos antieméticos, a incidência de náusea e vômito ocorre em cerca de 20% a 30% dos pacientes. Dois fármacos, entre outros, que apresentam função antiemética são:

A) ondansetrona e dexametasona.

B) cloridrato de ranitidina e ondansetrona.

C) omeprazol e metroclopramida.

D) metoclopramida e cloridrato de ranitidina. 24. Os princípios do processo de osseointegração que estão relacionados diretamente ao

sistema de implante são:

A) tipo de superfície, protocolo de carga e desenho da prótese.

B) biocompatibilidade, desenho do implante e tipo de superfície.

C) desenho do implante, biocompatibilidade e densidade óssea.

D) técnica cirúrgica, tipo de superfície e desenho.

25. Os traumas de face em região nasal estão geralmente associados a quadro de hemorragia,

conhecido por epístaxe. A epístaxe ocorre pelo fato de esses traumas atingirem uma região com importante vascularização situada na região anterior do septo nasal e conhecida pelo nome de plexo de Kiessalbach. As estruturas vasculares que compõem esse plexo são:

A) artéria labial superior, artéria nasopalatina, artéria etmoidal anterior, artéria etmoidal posterior.

B) artéria nasopalatina, artéria labial superior, artéria esfeno palatina e artéria etmoidal posterior.

C) artéria etmoidal anterior, artéria etmoidal posterior, artéria esfenopalatina, artéria palatina menor.

D) artéria palatina maior, artéria labial superior, artéria etmoidal anterior, artéria esfenopalatina.

26. O exame clínico de um paciente com suspeita de fratura de órbita deve, obrigatoriamente,

incluir o exame de motilidade do globo ocular. O controle motor desses movimentos é realizado pelos nervos

A) infra-orbitário, supra-troclear e abducente.

B) infra-orbitário, supra-troclear e óptico.

C) abducente, troclear e oculomotor.

D) abducente, oculomotor e ramo frontal

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27. Em um pronto-socorro de um hospital de referência em politraumatismo, as equipes de cirurgia geral e de neurocirurgia estão em procedimento no centro cirúrgico. Chega um paciente de 25 anos, trazido pelo SAMU, com a história de queda de moto sem capacete após ingesta alcoólica. Em uma rápida avaliação neurológica, percebe-se que o paciente está sonolento, mas abre os olhos quando é chamado; não obedece aos comandos, mas identifica e tenta retirar a mão ao realizar estímulo álgico. Além disso, não é possível entender o que ele fala.

Considere, abaixo, a escala de coma de Glasgow para avaliação desse paciente.

Estado de coma de Glasgow

Escore Resposta

Abertura ocular

4 Espontânea

3 Ao estímulo verbal

2 Ao estímulo doloroso

1 Ausente

Melhor resposta motora

6 Obedece comando

5 Localiza dor

4 Retirada ao estímulo doloroso

3 Flexão ao estímulo doloroso (postura decorticada)

2 Extensão ao estímulo doloroso (postura descerebrada)

1 Ausente

Melhor resposta verbal

5 Orientado

4 Confuso

3 Palavras inapropriadas

2 Sons inespecíficos

1 Ausente

TCE severo (escore Glasgow 3-8)

TCE moderado (escore de Glasgow 9-12)

TCE leve (escore de Glasgow 13-15)

Analisando essa escala, o escore para esse paciente é

A) Glasgow 10 (AO2 RM5RV3).

B) Glasgow 8 (AO3 RM4RV2).

C) Glasgow 11 (AO3 RM5RV3).

D) Glasgow 13 (AO3 RM5RV3).

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UFRN �Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo Faciais � 2013 13

28. Na ocorrência de crise asmática no consultório odontológico, a conduta adequada é

A) administrar anti-histamínico e oxigênio.

B) administrar ß bloqueador e oxigênio.

C) administrar ß agonista e oxigênio.

D) administrar anti-arritmico e oxigênio.

29. O paciente com quadro de ptose palpebral superior após trauma pode apresentar lesão do nervo

A) oftálmico.

B) oculomotor.

C) trigêmio.

D) facial. 30. Na interpretação das propriedades dos anestésicos locais, o que determina a maior potência

anestésica da droga no local infiltrado é

A) o pKa.

B) a ligação protéica.

C) a solubilidade lipídica.

D) a hidrossolubilidade. 31. Durante a exodontia de uma raiz residual do elemento 25, suspeita-se de uma comunicação

buco-sinusal. A melhor conduta que deve ser instituída pelo profissional, após a possível comunicação, é

A) realizar a manobra de Valsalva e, caso seja confirmada a comunicação, o alvéolo deve ser suturado de forma que fique o mais fechado possível.

B) realizar a manobra de Caldwell-Luc e caso seja confirmada a comunicação, iniciar a antibióticoterapia.

C) realizar a manobra de Caldwell-Luc e caso seja confirmada a comunicação, o alvéolo deve ser suturado de forma que fique o mais fechado possível.

D) realizar a manobra de Valsalva e, caso seja confirmada a comunicação, fazer o acesso cirúrgico do tipo Caldwell-Luc, e, por fim, remover a membrana sinusal.

32. A lesão traumática dental representa uma transmissão aguda de energia ao dente e às estruturas de suporte, o que resulta em fratura e/ou deslocamento do dente, rompimento ou esmagamento dos tecidos de suporte. Entre os traumatismos dentais não avulsivos, o que apresenta o pior prognóstico é

A) deslocamento dental lateral.

B) intrusão dental.

C) extrusão dental.

D) concussão dental.

33. Antes da confecção de próteses mucosuportadas, o dentista deve ter certeza de que não existe dente retido na região (incluso). A NÃO remoção pode ser considerada em

A) dentes com cobertura apenas de tecidos moles, em pacientes idosos.

B) dentes parcialmente cobertos por osso com cobertura de tecido mole.

C) dentes totalmente cobertos por osso com 1 mm de espessura, em adultos jovens.

D) dentes totalmente cobertos por osso com mais 2 mm de espessura, em pacientes acima de 50 anos.

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34. Nas cirurgias dos terceiros molares, a incidência de alveolite pode variar de 3 a 25%. Caracteriza-se por apresentar uma sintomatologia dolorosa que geralmente aparece 3 a 4 dias após a exodontia e pela presença de odor desagradável. A ocorrência dessa complicação pode aumentar em pacientes

A) fumantes e obesos.

B) obesos e diabéticos.

C) fumantes e usuários de contraceptivos orais.

D) usuários de contraceptivos orais e obesos.

35. Dor retroesternal, que irradia para mandíbula, pescoço e ombros ou braços, com duração de

mais de 30 minutos, e não cessa em repouso, podendo estar associada a dispnéia, a presença de náuseas e vômitos, a fadiga, a diaforese e a palpitações. A hipótese mais provável para esse quadro clínico é:

A) angina instável.

B) infarto agudo do miocárdio.

C) crise hipertensiva.

D) acidente vascular cerebral. 36. Os procedimentos cirúrgicos em Implantodontia para ganho ósseo horizontal e vertical são,

respectivamente,

A) osteotomia horizontal segmentar tipo ”sanduíche” e sinus lift.

B) distração osteogênica alveolar e regeneração óssea guiada.

C) lateralização do nervo alveolar inferior e enxerto onlay.

D) enxerto onlay e sinus lift. 37. Os óbitos nas infecções odontogênicas são principalmente provocados pela obstrução das

vias aéreas. O espaço fascial que apresenta maior severidade para essa ocorrência é

A) o pterigomandibular.

B) o submandibular.

C) o faríngeo lateral.

D) o bucal.

38. A osteomielite mandibular é uma patologia que pode ser de difícil tratamento, requerendo,

muitas vezes, condutas clínicas e cirúrgicas simultaneamente. As condutas que representam a melhor abordagem para osteomielites refratárias são:

A) antibioticoterapia sistêmica guiada pela cultura e pelo antibiograma por longos períodos, debridamento cirúrgico, avaliação histopatológica e oxigenioterapia hiperbárica.

B) antibioticoterapia local e sistêmica guiada pela cultura e antibiograma durante dez dias, seguido de ressecção óssea.

C) antibióticoterapia sistêmica empírica por longos períodos, debridamento cirúrgico, avaliação histopatológica e oxigenioterapia hiperbárica.

D) antibioticoterapia sistêmica guiada pela cultura e pelo antibiograma, não ultrapassando 15 dias, debridamento cirúrgico e oxigenioterapia hiperbárica.

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39. Trata-se de uma neoplasia benigna rara que se origina do ectomesênquima maxilar cuja principal característica histopatológica é a semelhança com o tecido mesenquimal de um dente em desenvolvimento. Clinicamente, pode ocasionar expansão óssea, sendo, geralmente, assintomática, localmente destrutiva, sem metástase para linfonodos. Além disso, seu comportamento eventualmente agressivo justificaria a tendência a recidivas. Quando em mandíbula, surge na área correspondente a pré-molares e molares. A lesão, que pode ter aspectos radiográficos variados, em geral, apresenta-se radiolúcida multilocular, o que lembra a forma de raquete de tênis pela presença de trabéculas ósseas delgadas sempre incompletas e arranjadas em ângulos retos. Enquanto as pequenas lesões podem ser uniloculadas, as extensas também podem apresentar um aspecto multiloculado no formato de favo de mel ou de bolhas de sabão. Não é encapsulada e tende a infiltrar o osso adjacente, requerendo a ressecção com margem óssea visando alcançar bons resultados.

O texto refere-se a

A) mixoma. C) tumor odontogênico calcificante.

B) ameloblastoma. D) tumor odontogênico ceratinizante.

40. São consideradas lesões benignas não odontogênicas maxilares, EXCETO:

A) fibroma ossificante C) granuloma central de células gigantes

B) cementoblastoma D) displasia fibrosa

41. Os distúrbios gastrointestinais provocados pelo uso dos antiinflamatórios não esteroidais

(AINES) podem ser minimizados pelo uso associado de

A) droga beta agonista.

B) droga antagonista H2 da serotonina.

C) droga antagonista H1 de histamina.

D) droga que atua na bomba de prótons. 42. No tratamento das fraturas do seio frontal, o diagnóstico preciso sobre a patência do ducto

nasofrontal deve ser feito. A principal complicação da obstrução desse ducto é:

A) a reabsorção óssea. C) a sinusite frontal.

B) a rinoliquorréia. D) o mucocele.

43. Leia as afirmativas abaixo, relativas ao uso da fixação nas fraturas mandibulares.

I A filosofia AO/ASIF se consagrou pela necessidade de redução anatômica precisa, associada ao uso de uma fixação rígida e compressiva.

II O método Champy se consagrou pela utilização de fixações maleáveis com parafusos monocorticais, inseridas pelo acesso intrabucal em áreas ideais de osteossínteses.

III Os dispositivos de fixação pelo princípio de Load Bearing são aqueles que dividem a carga com osso em cada lado da fratura, enquanto o Load Sharing caracteriza-se por suportar toda carga aplicada à mandíbula durante as atividades funcionais.

IV

Na região do ângulo mandibular, as forças funcionais tendem a criar duas zonas com comportamentos diferentes: uma na borda superior, caracterizada pelo afastamento e chamada de banda de tensão; e a outra, na região inferior, caracterizada pela aproximação, denominada banda de compressão.

Estão corretas as afirmativas

A) I, II e IV. C) apenas III e IV.

B) I, II e III. D) apenas I e II.

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44. Um paciente que apresenta a PA sistólica entre 140-159 mmHg e a PA diastólica entre 90-99 mmHg está inserido de acordo com a Associação Americana de Cardiologia (AHA) na categoria de

A) pré-hipertensão.

B) hipertensão estágio I.

C) hipertensão estágio II.

D) normal. 45. Ferimentos provocados por arma de fogo que envolvem a face e o pescoço podem determinar

a formação de grandes edemas ou hematomas que comprometem a permeabilidade das vias aéreas. Nos pacientes com hemorragias importantes e com risco de morte por choque hipovolêmico, considerados instáveis, a melhor conduta é

A) angiografia, seguida de acesso cirúrgico aberto para controle da hemorragia.

B) traqueostomia, seguido de angiografia e embolização.

C) intubação nasotraqueal, seguido de angiografia e embolização.

D) traqueostomia, seguida de controle da hemorragia por acesso cirúrgico aberto. 46. A sialografia está indicada na

A) detecção ou confirmação apenas de salólitos radiopacos.

B) detecção ou confirmação apenas de sialólitos radiotransparentes.

C) avaliação de fístulas, estenoses e divertículos do sistema ductal.

D) avaliação da inflamação salivar na fase aguda da doença.

47. Muitos materiais aloplásticos são utilizados na reconstrução crânio-facial. O polietileno

poroso (Medpor) é um deles e se consagrou como um dos principais implantes para esse fim, pois sua reação de corpo estranho é mínima. NÃO se constitui uma vantagem desse material:

A) ser não reabsorvível.

B) permitir a remodelagem intra-operatória.

C) permitir crescimento tecidual e vascular no seu interior.

D) ser radiolúcido.

48. O quadro abaixo apresenta ossos autógenos de diversas áreas doadoras e suas prováveis

aplicações na reconstrução crânio facial.

I Arco costal (costela)para ATM nas anquiloses, em crianças.

II Crista Ilíaca anterior para região de corpo e ramo mandibular nas ressecções tumorais.

III Cortical externa da calota craniana para as paredes internas da órbita nos traumas.

IV Fíbula para ATM nas anquiloses.

NÃO se constitui uma boa indicação na reconstrução crânio-facial:

A) I e IV.

B) apenas o I.

C) apenas o IV.

D) I e II.

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49. O paciente que apresenta diplopia monocular após um trauma, na região orbitária, poderá ter, como uma provável causa,

A) a lesão do nervo abducente.

B) o aprisionamento do músculo reto inferior.

C) a alteração do eixo interpupilar.

D) o descolamento da retina. 50. No esqueleto facial, as sequelas das fraturas, podem apresentar-se de maneira diferenciada,

a depender da localização anatômica. Considerando os terços médio e inferior, a fratura que determinará mais precocemente uma possível má união é

A) a fratura naso-etmoidal.

B) a fratura de ângulo mandibular.

C) a fratura de maxila do tipo Le Fort I.

D) a fratura do côndilo mandibular.