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MATHEUS DUARTE BRAZ TAINAH RODRIGUES FRANÇA AVULSÃO EM DENTES PERMANENTES COM RIZOGÊNESE INCOMPLETA REVISÃO DE LITERATURA. NOVA FRIBURGO 2015

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MATHEUS DUARTE BRAZ

TAINAH RODRIGUES FRANÇA

AVULSÃO EM DENTES PERMANENTES COM RIZOGÊNESE

INCOMPLETA – REVISÃO DE LITERATURA.

NOVA FRIBURGO 2015

MATHEUS DUARTE BRAZ

TAINAH RODRIGUES FRANÇA

AVULSÃO EM DENTES PERMANENTES COM RIZOGÊNESE

INCOMPLETA – REVISÃO DE LITERATURA.

Monografia apresentada à Faculdade de

Odontologia da Universidade Federal

Fluminense/Campus Universitário de Nova

Friburgo como Trabalho de Conclusão do

Curso de graduação em Odontologia

ORIENTADOR: Prof. Dr. LEONARDO DOS SANTOS ANTUNES.

CO-ORIENTADORA:Prof. Dra. LÍVIA AZEREDO ALVES ANTUNES.

Nova Friburgo 2015

MATHEUS DUARTE BRAZ

TAINAH RODRIGUES FRANÇA

AVULSÃO EM DENTES PERMANENTES COM RIZOGÊNESE

INCOMPLETA – REVISÃO DE LITERATURA

Aprovada em: _______/______/_______

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. __________________________________________________________

Instituição: ______________________________Assinatura:_________________

Prof. Dr. __________________________________________________________

Instituição: ______________________________Assinatura:_________________

Prof. Dr. __________________________________________________________

Instituição: ______________________________Assinatura:_________________

Nova Friburgo

2015

Monografia apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense/Campus Universitário de Nova Friburgo como Trabalho de Conclusão do

Curso de graduação em Odontologia.

Dedicamos aos nossos pais.

AGRADECIMENTO

Agradecemos a Deus por ter nos dado a vida e iluminado nosso caminho na

nossa luta pelo nosso objetivo. As nossas famílias, por terem sido nosso suporte

durante todo esse processo, terem nos incentivado e nos motivado. Aos nossos

amigos por terem nos compreendido e apoiado durante nossa trajetória.

Ao nosso professor orientador Dr. Leonardo dos Santos Antunes e nossa

professora co-orientadora Dra. Lívia Azeredo Alves Antunes, pela amizade

construída através do nosso relacionamento para a realização deste trabalho de

conclusão de curso, pelos incentivos, brincadeiras e cobranças.

À nossa dupla, que sempre soubemos trabalhar em conjunto, socorrendo o

outro quando necessário, apoiando e incentivando-nos.

RESUMO

O traumatismo dentário é muito comum na infância e a avulsão dentária

acomete mais comumente os incisivos centrais superiores. A avulsão dentária é um

tipo de traumatismo dentário onde todas as estruturas de suporte são afetadas. Este

trabalho de conclusão de curso visa realizar uma revisão de literatura sobre os

dentes permanentes traumatizados em fase de rizogênese incompleta, ou seja,

quando as raízes dos dentes permanentes não estão completamente formadas.

Como fonte de dados foi realizado um levantamento bibliográfico, por meio de livros,

artigos nacionais e internacionais, pesquisados em bases de dados e revisão

manual nas referências dos artigos. O trabalho aborda quais as soluções salinas são

consideradas as ideais para a manutenção das células do ligamento periodontal,

possibilitando uma revascularização do elemento dentário, assim como a conduta

que o cirurgião-dentista deve ter em casa caso. Observou-se que o traumatismo

dentário é muito comum na infância, afetando principalmente crianças em fase

escolar (entre 8 e 11 anos de idade) e 30% dos traumatismos que ocorrem são em

dentes com rizogênese incompleta, sendo a avulsão representada por 15% de todos

os traumas em dentes permanentes.O prognóstico do elemento avulsionado é

dependente do tempo de secagem extra-oral e da conduta do dentista no

atendimento ao paciente.

Palavras-chave: avulsão, rizogênese incompleta, traumatismo dentário.

ABSTRACT

The dental trauma is very common in childhood and tooth avulsion occurs

more frequently in the upper central incisors. The tooth avulsion is a kind of dental

trauma where all the support structures are affected. This course conclusion work

aims to make a critical review of the permanent teeth trauma in immature permanent

phase, ie when the roots of the permanent teeth are not fully formed. As a data

source was based on a literature through books, national and international articles,

searchable databases and manual review of references in articles. The work

deals with the salt solutions which are considered ideal for the maintenance of

periodontal ligament cells, enabling revascularization of the tooth, as well as the

conduct that the dentist must have in each case. It was observed that dental trauma

is very common in childhood, affecting mainly schoolchildren (between 8 and 11

years old) and 30% of injuries that occur are in teeth with incomplete root formation,

avulsion being represented by 15% all traumas in permanent teeth. The prognosis of

avulsed element is dependent on the time of extra-oral drying and conduct of the

dentist on patient care.

Keywords: avulsion, incomplete root formation, dental trauma.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................9

2. REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................12

2.1. Traumatismo dentário......................................................................................................12

2.2. Traumatismo dentário em dentes permanentes com rizogênese incompleta..................14

2.3. Avulsão dentária em dentes com rizogênese incompleta................................................15

2.4. Meios de armazenagem do elemento avulsionado..........................................................17

2.5. Protocolo terapêutico em dentes avulsionados com rizogênese incompleta ..................19

3. METODOLOGIA............................................................................................................23

4. DISCUSSÃO..................................................................................................................24

5. CONCLUSÃO................................................................................................................28

6. REFERÊNCIAS ............................................................................................................29

10

1 INTRODUÇÃO

O traumatismo dentário é muito comum na infância, afetando principalmente

crianças em fase escolar, dos 8 aos 11 anos de idade, quando os incisivos centrais

superiores permanentes, que são os dentes mais acometidos, já erupcionaram.

(ANDREASEN,1970)

O traumatismo dentário afeta cerca de 30% das crianças em fase de

rizogênese incompleta, podendo levar a necrose pulpar ou a um processo

inflamatório que levará a interrupção do desenvolvimento radicular (ANEHILL,

LINDAHL, WALLIN, 1969; ANDREASEN,1970; RAFTER, 2005; REYES 2005).

Em pacientes jovens e com rizogênese incompleta, radiograficamente vemos

o ápice dentário aberto. Geralmente o canal é amplo e por não ter o terço apical

totalmente formado é impossibilitada a obturação do canal radicular, já que o cone

principal não será ancorado de forma adequada (SOARES, FELIPPE, LUCENA,

1996).

A avulsão dentária se caracteriza por ser o deslocamento total do elemento

dentário para fora do alvéolo ósseo, sendo uma lesão comum na infância, onde os

dentes possuem raízes mais curtas devido ao seu processo de formação e por isso

ainda encontram-se incompletas, o osso basal encontra-se mais frágil por estar em

fase de desenvolvimento e o periodonto é mais resiliente. Além disso, todo o

complexo neuro-vascular, as células do cemento e a gengiva são afetados e por

esse motivo, não há garantia de sobrevida dentária em 100% dos

casos(ANDREASEN; ANDREASEN, 1994; VASCONCELOS et al., 2001; PILEGGI;

DUMSHA, 2003).

11

A avulsão dentária é um dos traumas mais severos. Esse tipo de lesão

traumática é muito comum em crianças, numa fase crucial para o desenvolvimento

psicossocial deste paciente. A duração, o meio de armazenamento do elemento

dentário e a saúde geral do paciente tornam-se cruciais para um bom prognóstico.

Ela causa danos não só a estrutura dentária, mas as estruturas de suporte também,

comprometendo o suprimento sanguíneo do elemento avulsionado, além de

provocar danos às células do ligamento periodontal e ainda pode promover uma

contaminação pulpar. O tratamento ideal é o reimplante dentário imediatamente

após avulsão, pois o tempo extra bucal é fator determinante para um bom

prognóstico e o sucesso do tratamento. Infelizmente, isto nem sempre é possível.

Manter o dente em um meio úmido adequado que possa preservar pelo maior tempo

possível a vitalidade das células do ligamento periodontal na superfície radicular é o

elemento-chave do reimplante bem sucedido. O prognóstico dentário é praticamente

determinado no momento do traumatismo, através das decisões tomadas

imediatamente após a lesão. (ANDREASEN, 1970)

Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão da literatura

sobre avulsão em dentes permanentes com rizogênese incompleta.

12

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 – Traumatismo Dentário

O traumatismo dentário constitui-se um problema de saúde pública com

elevada prevalência, tanto em crianças como em adolescentes brasileiros. Por estar

junto à cárie entre os principais problemas de saúde pública no mundo, o

traumatismo dentário adquire um caráter especial (PETERSEN, 2005; ANTUNES

2012).

O trauma dentário provoca alterações estéticas, funcionais e psicossociais

nos pacientes e, portanto deve ser considerada uma circunstância de emergência

nessas situações. A lesão traumática para um jovem é relativamente frequente.

Aproximadamente 50% das crianças estão expostas a trauma dental antes de atingir

a idade de conclusão escolar. Normalmente, a lesão dentária representa um sério

problema afetando muitos aspectos da vida do paciente. A maioria das lesões

dentárias envolve os dentes anteriores, que podem conduzir a restrições em morder,

falar claramente, e constrangimento ao sorrir. As principais causas de traumatismos

dentários são quedas, pancadas, acidentes de trânsito, brigas e acidentes durante

práticas de esportes e variam entre: fratura de coroa, fratura coroa-raiz e injúrias ao

periodonto. Estudos epidemiológicos indicam que o trauma dental é um problema

significante nos jovens e que a incidência de trauma seja superior ao que de cárie

dentária e doença periodontal. (ANDREASEN; ANDREASEN, 1990; MARCENES;

AL BEIRUTI; TAVFOUR; ISSA, 1999; CALDAS; BURGOS,2001; KARAULMAZ,

2013)

13

Os incisivos centrais superiores são os dentes comumente mais afetados, por

se tratarem de ser o primeiro anteparo durante um trauma. Seu posicionamento mais

vestibularizado na dentição mista favorece a uma maior frequência de acometimento

por esse grupo dentário. O traumatismo exige uma abordagem adequada na

tentativa de sobrevida do elemento dentário (ANDREASSEN, 1970).

Dentre as lesões por traumatismos a avulsão dentária aparece numa

prevalência de 0,5% a 16%. A maior incidência da avulsão está localizada nos

incisivos superiores de crianças de 7 a 15 anos de idade. Isso pode ser explicado,

pelo fato de que as crianças não possuem suficiente coordenação motora para

minimizar os ferimentos ao colidir com seus rostos contra objetos. Seus fatores

etiológicos seguem os mesmos parâmetros dos traumatismos dentários em geral.

Com relação aos fatores predisponentes, concordam os autores que uma oclusão

anormal, com overjet excedendo a 5 mm e a selamento labial inadequado aumentam

a susceptibilidade desta injúria. A literatura existente demonstra que meninos são

mais propensos a estes traumatismos que as meninas numa proporção de 2:1

(OIKARINEN; KASSILA, 1987; FORSBERG; GREGER, 1993; ANDREASEN;

ANDREASEN, 1994; MCTIGUE, 2000; BAUSS; RÖHLING; SCHWESTKA-POLLY,

2004; TRAEBERT et al., 2004).

Os autores encontraram estatísticas significantes entre os gêneros que

constatam a diferença no comportamento entre homem e mulher. (CALDAS;

BURGOS, 2001). Os homens são mais propensos a trauma (ANDREASEN; RAVN,

1972). A explicação para isto poderia ser o papel historicamente ativo

desempenhado pelos homens na vida social, como o trabalho perigoso e esporte

(LAMBERG, 1978). Além disso, as meninas são mais maduras em seu

14

comportamento do que os rapazes, que tendem a ser mais enérgicos e inclinados

para atividades ao ar livre de maior vigor. (HAMDAN; ROCK, 1995).

2.2 – Traumatismos Dentários em dentes permanentes com

rizogênese incompleta

O tratamento endodôntico em dentes permanentes com rizogênese

incompleta impõe certas dificuldades ao cirurgião dentista, devido a anatomia

diferenciada dos dentes nessa fase. Quando a rizogênese não está completa, o

dente apresenta um amplo canal radicular, bem como o forame apical, o que dificulta

um anteparo adequado para o material obturador. Além disso, nessas situações o

objetivo do tratamento é promover o completo desenvolvimento radicular, diferente

dos tratamentos endodônticos em dentes com ápice fechado. (LOPES et. al, 2004)

Os principais responsáveis por injúrias à integridade pulpar de dentes

permanentes jovens são a cárie e o traumatismo (RAFTER, 2005).

O traumatismo afeta a proporção de dois meninos para uma menina

acidentada e a idade em que mais ocorre tais injúrias traumáticas é entre 8 e 11

anos de idade, sendo os incisivos centrais superiores os dentes mais acometidos

pelo trauma (ANEHILL, LINDAHL, WALLIN, 1969; ANDREASEN,1970).

O traumatismo dentário afeta cerca de 30% das crianças em fase de

rizogênese incompleta, podendo levar a necrose pulpar ou a um processo

inflamatório que levará a interrupção do desenvolvimento radicular (ANEHILL,

LINDAHL, WALLIN, 1969; ANDREASEN,1970; RAFTER, 2005; REYES 2005).

Tal interrupção se deve pois em consequência da injúria sofrida, a deposição

de dentina radicular apical cessa, deixando o dente sem a formação completa do

15

terço apical (ALVES, 2009), dificultando a execução do tratamento endodôntico

convencional, além de poder prejudicar a permanência do dente na cavidade oral.

Diante de casos de dentes traumatizados com rizogênese incompleta podem

ocorrer as seguintes condições pulpares: dentes com vitalidade pulpar, dentes com

vitalidade pulpar no terço apical, dentes com necrose pulpar. (ALVES, LIMA E LINS,

2009).

Quando o caso é de necrose pulpar, a deposição de dentina para formação

radicular cessa, interrompendo o desenvolvimento dentário. (LOPES, SIQUEIRA

JUNIOR, 2004). Nesses casos, se faz necessária a limpeza dos canais, eliminando a

infecção e na deposição de materiais que induzam o fechamento do forame apical.

(REYES, MARTYN, 2005).

Denomina-se apicificação a indução do fechamento apical através da

deposição de tecido duro mineralizado na região apical, em dentes com necrose

pulpar (SOARES, GOLDBERG, 2001).

2.3 – Avulsão Dentária em dentes com rizogênese incompleta

A avulsão dentária consiste na completa retirada do dente de seu alvéolo e

representa em torno de 15% das lesões traumáticas em dentes permanentes,

acometendo principalmente pacientes na faixa etária dos 7 aos 11 anos de idade

(GEDES-PINTO, 1999), sendo os dentes mais acometidos pela avulsão os incisivos

centrais superiores(ANDREASSEN, 1970).

A maioria das lesões por avulsão ocorre em uma idade que é crucial para o

crescimento e desenvolvimento facial também psicossocial da criança. Neste grupo

etário mais acometido pela avulsão o osso alveolar oferece resistência apenas para

16

as forças extrusivas, e os incisivos centrais superiores são os dentes mais

comumente afetados.

De todas as lesões dentárias, a avulsão é uma das que tem um acometimento

mais sério para os pacientes. Por se tratar da retirada completa do elemento

dentário do seu alvéolo ósseo, as células do ligamento periodontal, a gengiva e

todas as estruturas de suporte são afetadas (RESENDE, ROCHA, 2003).

De acordo com as orientações, que foram publicados pela Associação

Internacional de Traumatologia Dentária (IADT) (ANDERSSON; ANDREASSEN,

2012), o tratamento de um dente avulsionado depende o tempo de secagem extra

alveolar. Lesões por avulsão ou uma desarticulação completa do dente do alvéolo

circundante são especialmente complexos de gerir em pacientes com dentes

imaturos. Avulsão do dente abrange dano estrutural e celular para o dente e o seu

fornecimento de sangue e inervação pulpar, as células do ligamento periodontal, e o

osso alveolar que compreende o encaixe do dente (KARP; BRYK; MENKE;

MCTIGUE, 2006).

Segundo a Associação Americana de Endodontia, o protocolo de atendimento

para dentes permanentes avulsionados com ápice aberto é o seguinte: quando o

paciente chegar ao consultório com o dente reimplantado, deve-se apenas verificar

sua posição; se o dente estiver fora do alvéolo por um período menor que 60

minutos, deve-se limpar a raiz com soro fisiológico e deixa-lo em imersão de

doxiciclina por 5 minutos e então realizar o reimplante.

Pacientes que sofreram avulsão em dentes permanentes com rizogênese

incompleta, após o reimplante, devem ter intenso acompanhamento clínico e

radiográfico, a fim de se verificar a revascularização do dente em questão ou

verificar-se infecção ou reabsorção pulpar. Quando o tempo de ressecamento

17

dentário foi maior que 2 horas, aconselha-se a instrumentação do canal radicular e

preenche-lo com hidróxido de cálcio (FERNANDES, 1995).

Os fatores etiológicos da avulsão dentária são, principalmente, os esportes e

as brigas, bem como, em menor prevalência, crises de epilepsia, ausência de

coordenação motora e acidentes automobilísticos, entre outros. Com relação aos

fatores predisponentes, concordam os autores que uma oclusão anormal, com

overjet excedendo a 5 mm e a coaptação labial inadequada aumentam a

susceptibilidade desta injúria bem como má oclusão Classe II de Angle. A literatura

existente demonstra que meninos são mais propensos a estes traumatismos que as

meninas numa proporção de 2:1 (FORSBERG; GREGER, 1993; ANDREASEN;

ANDREASEN, 1994; MCTIGUE, 2000; BAUSS; RÖHLING; SCHWESTKA-POLLY,

2004; TRAEBERT et al., 2004).

2.4 - Meios de armazenamento do dente avulsionado

A manutenção da vitalidade do ligamento periodontal é importante para o

sucesso no reimplante de um dente avulsionado. Por isso o tempo extra-oral é um

fator determinante para o tratamento bem sucedido. Na impossibilidade do

reimplante imediato, recomenda-se armazenagem do dente em meio

úmido(ANDREASEN, 2001; ELLIS, 2005; WESTPHALEN et al., 2003) visando

prevenir o ressecamento, que causa perda do metabolismo fisiológico normal e da

morfologia das células do ligamento periodontal (KENNY, BARRET e CASAS, 2003,

TROPE, 2002).

18

Os principais meios de armazenagem do dente avulsionado são: solução

salina balanceada de Hank’s, leite, saliva e água.

A solução salina balanceada de Hank’s tem a capacidade de manutenção de

70% dos fibroblastos vitais por até 96h, sendo a solução mais indicada, porém sua

disponibilidade nos locais em que ocorre o trauma é baixa (SOARES et al., 2008;

TROPE et al., 1992)

O leite desnatado e gelado é considerado uma segunda opção para

armazenamento do dente avulsionado devido a sua osmolariade e ao seu pH, em

uma escala biológica aceitável (LEE ET AL., 2001).

Quando nenhuma das opções anteriores está disponível, recomenda-se o soro

fisiológico. A saliva não é um meio apropriado, pela presença de bactérias, o que

pode favorecer uma contaminação pulpar (YANPISET, TROPE 2000;

WESTPHALEN et al., 2003)

A água também não se apresenta como meio ideal, pois também pode

favorecer a proliferação bacteriana, além de seu ambiente hipotônico provocar lise

celular (BLOMLOF, 1981)

Quando o dente for conservado em local seco, o tempo de sobrevida do

ligamento periodontal remanescente será de, no máximo, 30 minutos. Se

transportado em leite ou solução salina, o dente pode ficar algumas horas fora do

alvéolo com chances de sucesso. Caso o dente seja mantido em saliva, o período

extra alveolar não deve ser superior a 2 horas, em função das características

hipotônicas desse meio e do maior risco de infecção (KRAMER, 2005).

19

2.5 – Protocolo terapêutico em dentes avulsionados com

rizogênese incompleta

O prognóstico de uma avulsão dentária depende de medidas tomadas no

local do acidente ou o tempo imediatamente após o trauma. Podemos observar as

seguintes situações clínicas: onde o dente é reimplantado no local e então se

procura tratamento odontológico; onde o dente é armazenado em solução aceitável

e procura o tratamento em menos de 60 minutos e onde o dente não é armazenado

em local apropriado e a busca pelo tratamento dura mais de 60 minutos (FLORES,

et al., 2007).

O reimplante tardio é a situação mais comum observada nos casos de

avulsão, pelos motivos de que na maioria das vezes as pessoas que prestam o

primeiro socorro ao paciente traumatizado são leigas e também pelo fato da avulsão

estar associada a lacerações de tecidos moles e sangramentos, o que acaba

mascarando a perda do elemento dentário (PETROVIC ET al., 2010).

Em dentes avulsionados com ápice aberto o reimplante tem o principal

objetivo de reestabelecer a vascularização do dente. Um dente imaturo com de no

mínimo 1mm e que o seu reimplante seja feito em um prazo de até 30 minutos tem a

capacidade de ter a vascularização restabelecida (KARAYILMAZ et al., 2013).

Necrose pulpar e reabsorção radicular inflamatória são possíveis

complicações da avulsão dentária. Nesses casos é necessária a desinfecção do

canal radicular, para posterior procedimento de apicificação (TROPE, 2002).

20

A medicação mais utilizada para tal fim tem sido o hidróxido de cálcio

associado a veículos. O hidróxido de cálcio apresenta elevada alcalinidade,

causando inativação bacteriana e mineralização para induzir o fechamento apical.

Ao mesmo tempo, esse medicamento perde sua capacidade indutora de calcificação

com o passar do tempo, sendo necessárias trocas periódicas. (SOARES e SANTOS,

2003)

Como alternativa para o hidróxido de cálcio,muitos autores têm indicado o uso

de trióxido agregado mineral (MTA), que induz a apicificação sem a necessidade da

utilização prévia de hidróxido de cálcio. Esta tem sido uma alternativa válida contra

as desvantagens do hidróxido de cálcio, que são o número de sessões necessárias,

a colaboração do paciente e o risco de fraturas durante as trocas. (FELLIPE,

FELLIPEWT e ANTONIAZZI, 2005).

Outra opção viável para o tratamento de dentes imaturos traumatizados com

ausência de vitalidade é a revascularização pulpar. O procedimento consiste em

desinfecção dos canais radiculares com uma pasta mista de antibióticos, permitindo

que tecidos remanescentes sirvam como suporte para crescimento de conjuntivo.

Para induzir a revascularização, é criado um coágulo. Especula- se que os tecidos

formados se assemelham às células do ligamento periodontal. Os antibióticos

utilizados são ciprofloxacina, metronidazol e minociclina, esta última podendo ser

substituída por cefalosporina (MILLER et al., 2012).

Em casos em que o dente permaneceu fora do alvéolo por grande período de

tempo e que não foi armazenado de forma conveniente, o reimplante é indicado a

fim de se preservar o osso alveolar. A desinfecção dos canais radiculares antes do

reimplante é uma medida tomada para que o dente possa permanecer na boca por

21

mais tempo, já que o pré-requisito para um bom prognóstico de um dente

avulsionado é a ausência de infecção (RAVI et al., 2013).

2.5 - DIRETRIZES DE TRATAMENTO PARA OS DENTES PERMANENTES AVULSIONADOS COM ÁPICE

ABERTO

Situação

Prognóstico

Atuação do cirurgião-dentista

Dente reimplantado antes

da chegada do paciente na

clinica

Favorável para revascularização

Deixar o dente no lugar se ele estiver

posicionado corretamente, limpar o

local com spray de água, soro

fisiológico ou clorexidina e realização

de radiografia.

Suturar as lacerações caso elas

estejam presentes.

Administração de antibiótico

sistêmico e verificar proteção contra

tétano.

Uso de contensão semirrígida por 2

semanas e instruções ao paciente.

Dente armazenado em

solução salina ou tempo de

secagem inferior a 60 min.

Prognóstico depende do tipo de

solução em que o elemento foi

armazenado

Anestesia local, examinar se há

fratura de parede alveolar, remoção

do coágulo e reimplantação do

elemento dentário.

Verificar proteção contra tétano e

aplicar antibiótico sistêmico.

Instruções ao paciente e uso de

contensão semirrígida por 2 semanas.

22

Tempo de secagem

superior a 60 min ou outras

razões.

Desfavorável à revascularização

Anestesia local, remoção do coágulo

com fluxo de solução salina. Examinar

o alvéolo. O tratamento endodôntico

pode ser feito antes do reimplante.

Remoção de tecidos moles não

viáveis. Reimplante do elemento e

uso de contensão semirrígida por 4

semanas. Checar proteção contra

tétano e prescrever antibióticos por

vias sistêmicas.

Andersson et al. (2012) Dental Traumatology

23

3 METODOLOGIA

A revisão da literatura deste trabalho de conclusão de curso foi realizada

através de busca em livros (áreas de odontopediatria e endodontia) e busca de

artigos de pesquisa em bases de dados como Pubmed, Biblioteca Virtual de Saúde-

BVS (Medline, SciELO, LILACS, BBO) e site de busca como googlescolar. Buscas

eletrônicas foram complementadas por pesquisas manuais e ligações de referência

das publicações selecionadas. Os descritores que foram utilizados nas buscas

bibliográficas eletrônicas foram: “rizogênese incompleta”, “traumatismo dentário”,

“avulsão”.

Como padrão de inclusão dos artigos científicos foram acessados:

- Artigos de revisão de literatura;

- Artigos de pesquisa;

- Casos clínicos;

- Série de casos.

Como padrão de exclusão dos artigos científicos não foram acessados:

- Anais de congressos;

- Informações de sites.

24

4 DISCUSSÃO

Não há dúvidas que o tempo de permanência extra-oral e o estágio de

desenvolvimento dentário são fundamentais para o prognóstico da avulsão dentária.

Com relação aos fatores predisponentes, concordam os autores que uma oclusão

anormal, com overjet excedendo a 5 mm e a coaptação labial inadequada

aumentam a susceptibilidade desta injúria bem como má oclusão Classe II de Angle.

A literatura existente demonstra que meninos são mais propensos a estes

traumatismos que as meninas numa proporção de 2:1(FORSBERG; GREGER,

1993; ANDREASEN; ANDREASEN, 1994; MCTIGUE, 2000; BAUSS; RÖHLING;

SCHWESTKA-POLLY, 2004; TRAEBERT et al., 2004).

No que diz respeito à manutenção da vitalidade pulpar, recomenda-se o

armazenamento do elemento avulsionado em soluções salinas. Soares et. al.,(2008)

e TROPE et. al(2002)recomendam o armazenamento em solução salina balanceada

de Hank’s, já que ela promove a manutenção da vitalidade dos fibroblastos por um

longo período de tempo.Além delas, destacam-se o armazenamento em leite

desnatado. Segundo LEE et al (2001) a osmolariade e pH apresentados em níveis

aceitáveis, fazem do leite o segundo material de imersão adequado. Caso o dente

não possa ser mantido em ambiente úmido, as células do ligamento periodontal tem

uma sobrevida de aproximadamente 30 minutos, o que limita as chances de sucesso

no reimplante dentário. KRAMER (2005) recomenda que quando o dente for mantido

em saliva, seu tempo extra-oral não deve ser superior a 2 horas devido ao risco de

contaminação pulpar que as substâncias salivares podem provocar no elemento

dentário avulsionado.

25

Cveck et. al (1972) diz que o dente imaturo avulsionado deve ser submetido a

um tratamento por 5 minutos, imerso ou banhado por doxiciclina, uma vez que essa

substância atua no combate a contaminação da superfície radicular e pode

promover o processo de revascularização. Existem duas teorias que explicam a

revascularização pulpar.

A primeira diz respeito à Bainha Epitelial de Hertwig, e ocorreria porque essas

células sobreviveriam ao processo traumático e manteriam a sua capacidade de

organização quando o processo de reimplantação for terminado. A outra corrente

defende que células mesenquimais, presentes na porção apical dos dentes

imaturos, seriam a fonte de odontoblastos e poderiam assim promover o

desenvolvimento da dentina, promovendo a continuidade do processo de

apicigênese mesmo após a avulsão (CHUNG et al. 2011)

A desinfecção e a revascularização são altamente desejáveis porque

permitem a manutenção da vitalidade pulpar e diminuem a possibilidade de uma

reação inflamatória, onde devido as paredes fragilizadas dos dentes, ocorra um

processo de reabsorção interna.

Segundo Petrovic et. al (2010), a taxa de revascularização dos dentes

avulsionados varia entre 18 e 40%. Isso ocorre principalmente devido a

contaminação pulpar por microrganismos. Um pré-requisito básico para o sucesso

no reimplante dentário é a ausência de infecção, por isso é preconizado que os

cirurgiões-dentistas após o reimplante dentário, recomendem ao paciente tratamento

antitetânico (caso a vacina não esteja em dia) e antibiótico terapia, para evitar o risco

de infecção.

Chung et. al (2011) preconiza que o tempo ideal para o reimplante do

elemento dentário é num período inferior à 1 hora após o trauma e defende que o

26

modo de armazenamento do dente no período extra-oral é fundamental para a

sobrevida do elemento, recomendando que independentemente de o dente ter sido

armazenado em solução salina ou armazenado a seco, o elemento dentário deve

ser banhado por doxiciclina durante 5 minutos. Majid (2014) corrobora com essa

teoria e nos apresenta um estudo onde a doxiciclina aumenta significativamente a

revascularização em dentes com rizogênese incompleta reimplantados. Porém, não

é em todos os casos onde nós conseguimos a revascularização. Quando esse

fenômeno não ocorre, devemos recorrer a um procedimento conhecido como

apicificação, que consiste na formação de uma barreira mineralizada na região

correspondente ao terço apical.

A medicação mais utilizada para tal fim tem sido o hidróxido de cálcio

associado a veículos. O hidróxido de cálcio apresenta elevada alcalinidade,

causando inativação bacteriana e mineralização para induzir o fechamento apical.

Ao mesmo tempo, esse medicamento perde sua capacidade indutora de calcificação

com o passar do tempo, sendo necessárias trocas periódicas. (SOARES e SANTOS,

2003).

Como alternativa para o hidróxido de cálcio, muitos autores tem indicado o

uso de trióxido agregado mineral (MTA), que induz a apicificação sem a necessidade

da utilização prévia de hidróxido de cálcio. Esta tem sido uma alternativa válida

contra as desvantagens do hidróxido de cálcio, que são o número de sessões

necessárias, a colaboração do paciente e o risco de fraturas durante as trocas.

(FELLIPE, FELLIPEWT e ANTONIAZZI, 2005).

Segundo Dadovich et. al (2008), a literatura atual não preconiza o reimplante

dentário em casos de avulsão se o tempo de secagem extra alveolar for igual ou

maior que 60 minutos, devido às paredes dentinária finas e a alta taxa metabólica

27

basal presente nas crianças, o que inviabilizará a revascularização do elemento

dentário e aumentam os riscos de infecção. Os casos de revascularização ocorrem

na maioria das vezes devido ao curto tempo de exposição extra-oral em que o dente

foi submetido.

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5 CONCLUSÃO

Com base na literatura pesquisada, foi possível concluir que:

- A etiologia do trauma é diversificada e pode acontecer por acidentes esportivos,

quedas e agressões físicas.

- O dente permanente em fase de rizogênese incompleta possui o prognóstico

dependente do tempo de secagem extra alveolar, do tipo de solução em que ele foi

armazenado e da conduta imediata e mediata após o acometimento do trauma.

- Os dentes avulsionados devem ser armazenados em soluções salinas, para que

haja uma taxa maior de sobrevida das células, aumentando as possibilidades de

revascularização do elemento dentário.

- Em casos onde a revascularização pulpar não é possível, deve-se induzir a

formação de uma barreira mineralizada na porção apical do elemento dentário, afim

de possibilitar a correta execução do tratamento endodôntico.

29

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