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    III

    LEI ORGNICA DO MUNICPIODE JUIZ DE FORA

    Revisada

    Promulgada em 30 de abril de 2010

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    V

    LEI ORGNICA DO MUNICPIODE JUIZ DE FORA

    Revisada

    Promulgada em 30 de abril de 2010

    2014 - edio atualizada

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    VI

    Cmara Municipal de Juiz Fora

    Rua Halfeld, n 955 - Palcio Barbosa LimaJuiz de Fora - Minas Gerais - Brasil

    CEP: 36016-000

    www.camarajf.mg.gov.br

    [email protected]

    J93l Juiz de Fora. Cmara Municipal.

    Lei orgnica do Municpio de Juiz de Fora: promulgada em

    30 de abril de 2010 / Cmara Municipal de Juiz de Fora.

    Juiz de Fora (MG) : Cmara Municipal, 2010.

    100 p.

    ISBN: 978-85-89220-04-0

    1.

    Juiz de Fora Lei Orgnica, 2010. 2. Juiz de Fora Leis,Decretos, etc. 3. Legislao Municipal Juiz de Fora. I. Ttulo.

    CDD: 341.2553

    Dados de Catalogao na Publicao

    Maria Helena M. M. S. Andrade CRB6: 2474

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    VII

    DA REVISO DA LEI ORGNICA

    Fica revisado e atualizado pelo Plenrio da Cmara Muni-cipal de Juiz de Fora o texto da Lei Orgnica do Municpio deJuiz de Fora, que se processa de modo global, sendo que osartigos, pargrafos, incisos e alneas alterados, reposicionados,renumerados ou includos, integram denitivamente o corpo daLei Orgnica para que o texto no sofra interrupo interpreta-

    tiva, revogando todas as disposies em contrrio.

    LEI ORGNICA DO MUNICPIODE JUIZ DE FORA

    RevisadaPromulgada em 30 de abril de 2010

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    IX

    Cmara Municipal de Juiz de Fora

    Lei Orgnica Municipal Revisada

    A Lei Orgnica Municipal Revisada foi publicada em 07de maio de 2010. A promulgao aconteceu no dia 30 de abril noevento comemorativo dos 157 anos da Cmara Municipal.

    Esta a primeira reviso geral da Lei Orgnica desde a suapromulgao, em 5 de abril de 1990. O texto original tinha 220artigos, mais 28 das disposies transitrias. O atual conta com121 artigos e 13 disposies nais.

    A Comisso Especial para Reviso da Lei Orgnica Muni-cipal foi integrada pelos Vereadores:

    Presidente:Jos Ster de Figueira Neto (PMDB)

    Vice-Presidente:Wanderson Castelar Gonalves (PT)

    Relatores:Jos Laerte da Silva Barbosa (PSDB)Noraldino Lcio Dias Jnior (PSC)

    Membros:Ana das Graas Crtes Rossignoli (PDT)Isauro Jos de Calais Filho (PMN)

    Jos Tarcsio Furtado (PTC)

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    XII

    CAPTULO II - DO PODER EXECUTIVO ...........................23

    Seo I - Do Prefeito e do Vice-Prefeito ...............................23Seo II - Das Atribuies do Prefeito ..................................25Seo III - Da Perda e Extino do Mandato ......................29Seo IV - Dos Auxiliares Diretos do Prefeito .....................34CAPTULO III - DOS CONSELHOS MUNICIPAIS E DASASSOCIAES COMUNITRIAS.......................................35CAPTULO IV - DA TICA E TRANSPARNCIA NOS

    PODERES MUNICIPAIS ........................................................36

    TTULO IIIDAS FINANAS PBLICAS

    CAPTULO I - DA TRIBUTAO ........................................36CAPTULO II - DOS ORAMENTOS ..................................38

    TTULO IVDA SOCIEDADE

    CAPTULO I - DO URBANISMO ........................................40Seo I - Do Meio Ambiente ..................................................40

    Seo II - Da Mobilidade Urbana .........................................42Seo III - Do Saneamento Bsico ........................................46Seo IV - Da Poltica Rural .................................................47Seo V - Da Poltica Urbana ................................................48Seo VI - Da Poltica Habitacional .....................................50

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    XIII

    CAPTULO II - DA ORDEM SOCIAL E ECONMICA ......51

    Seo I - Da Educao ...........................................................51Seo II - Da Sade ...............................................................54Seo III - Da Assistncia Social ...........................................58Seo IV - Da Segurana Alimentar e NutricionalSustentvel ..............................................................................59Seo V - Da Segurana Pblica ...........................................61Seo VI - Dos Direitos Humanos .........................................62

    Seo VII - Da Cultura e do Patrimnio Histrico .............62Seo VIII - Da Comunicao Social ...................................63Seo IX - Do Desporto e do Lazer .......................................63Seo X - Do Turismo ............................................................64Seo XI - Da Cincia, Tecnologia e Inovao .....................66Seo XII - Do Planejamento Estratgico Sustentvel .......66Seo XIII - Da Famlia, da Criana, do Adolescente e doIdoso ........................................................................................67

    TTULO V

    ATO DAS DISPOSIES TRANSITRIAS .........................67

    NDICE TEMTICO ..............................................................75

    ALTERAES DA LEI ORGNICA DO MUNICPIO DEJUIZ DE FORA........................................................................89

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    1Cmara Municipal de Juiz de Fora

    PREMBULO

    Ns, representantes do povo de Juiz de Fora, constitudos

    em Poder Legislativo Orgnico, reunidos no Palcio BarbosaLima, sede da Cmara Municipal de Juiz de Fora, dispostos aassegurar populao do Municpio o gozo dos direitos funda-mentais da pessoa humana e o acesso igualdade, justia social, cidadania, ao desenvolvimento e ao bem-estar, numa sociedadesolidria, democrtica, policultural, pluralista, sem preconceitosnem discriminao, no exerccio das atribuies que nos confere

    o art. 29 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil e osarts. 165, 1 e 172 da Constituio do Estado de Minas Gerais,sob a proteo de Deus, promulgamos a seguinte LEI ORG-NICA DO MUNICPIO DE JUIZ DE FORA.

    LEI ORGNICA DO MUNICPIODE JUIZ DE FORA

    Revisada

    Promulgada em 30 de abril de 2010

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    3Cmara Municipal de Juiz de Fora

    TTULO I

    DO MUNICPIO

    CAPTULO IDA ORGANIZAO DO MUNICPIO

    Seo IDas Disposies Gerais

    Art. 1 O Municpio de Juiz de Fora, dotado de autonomiapoltica, administrativa e nanceira, reger-se- por esta LeiOrgnica e demais leis que adotar, observados os princpios daConstituio da Repblica e da Constituio do Estado de MinasGerais.

    Art. 2So Poderes do Municpio o Legislativo e o Exe-cutivo, independentes e harmnicos entre si.

    1 So smbolos do Municpio a bandeira, o hino e obraso, denidos em lei.

    2 So bens do Municpio todas as coisas mveis eimveis, direitos e aes que a qualquer ttulo lhe pertenam.

    3 A Sede do Municpio d-lhe o nome e tem a categoriade cidade.

    Art. 3A organizao do Municpio observar os seguintes

    princpios e diretrizes:I - a gesto democrtica;II - a soberania e a participao popular;III - a transparncia e o controle popular na gesto

    pblica;IV - o respeito autonomia e independncia de atuao

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    4 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    das associaes e movimentos sociais;

    V - a programao e o planejamento das aes pblicas;VI - o exerccio pleno da autonomia municipal;VII - a articulao e a cooperao com os demais entes

    federados;VIII - a garantia de acesso a todos, de modo justo e igual,

    sem distino de origem, raa, sexo, cor, orientao sexual,idade, condio econmica, religio, crena, pessoa com deci-

    ncia ou qualquer outra discriminao aos bens, servios e con-dies de vida indispensveis a uma existncia digna;IX - a acolhida e o tratamento igual a todos os que, no res-

    peito da lei, auem para o Municpio;X - a defesa e a preservao do territrio, dos recursos

    naturais e do meio ambiente do Municpio;XI - a preservao dos valores histricos e culturais da

    populao.Art. 4Todo Poder do Municpio emana do povo, que o

    exerce diretamente ou por meio de seus representantes eleitos.Pargrafo nico. A soberania popular ser exercida:I - indiretamente, pelo Prefeito e pelos Vereadores eleitos

    para a Cmara Municipal, por sufrgio universal e pelo votodireto e secreto com igual valor para todos;

    II - diretamente, nos termos da lei, em especial, mediante:

    a) iniciativa popular no processo legislativo;b) plebiscito;c) referendo;d) participao em deciso da Administrao Pblica;e) ao scalizadora sobre a Administrao Pblica.

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    5Cmara Municipal de Juiz de Fora

    Seo II

    Da Competncia do Municpio

    Art. 5O Municpio exerce, em seu territrio, competnciaprivativa e comum, ou suplementar, a ele atribuda pela Cons-tituio da Repblica e pela Constituio do Estado de MinasGerais.

    CAPTULO IIDA ADMINISTRAO MUNICIPAL

    Art. 6 A Administrao Municipal constituda dosrgos integrados na estrutura administrativa do Poder Execu-tivo e de entidades dotadas de personalidade jurdica prpriascriadas por lei.

    Seo IDa Transio Administrativa

    Art. 7At trinta dias aps as eleies municipais, o Pre-feito dever preparar, para entrega ao sucessor, relatrio da situ-ao da Administrao Municipal, contendo, entre outras, infor-maes atualizadas sobre:

    I - dvidas do Municpio, por credor, com as datas dosrespectivos vencimentos, inclusive das dvidas a longo prazo eencargos decorrentes de operaes de crdito, informando sobrea capacidade da Administrao Municipal realizar operaes decrdito de qualquer natureza;

    II - medidas necessrias regularizao das contas muni-

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    6 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    cipais perante o Tribunal de Contas ou rgo equivalente se for

    o caso;III - prestaes de contas de convnios celebrados com

    organismos da Unio e do Estado;IV - situao dos contratos com concessionrias e permis-

    sionrias de servios pblicos;V - estado dos contratos de obras e servios em execuo

    ou apenas formalizados, informando sobre o que foi realizado

    e pago e o que h por executar e pagar, com os prazos respec-tivos;VI - transferncias a serem recebidas da Unio e do Estado,

    por fora de determinao constitucional ou de convnios;VIIprojetos de lei de iniciativa do Poder Executivo em

    curso na Cmara Municipal, para permitir que a nova adminis-trao decida quanto convenincia de lhes dar prosseguimento,acelerar seu andamento ou retir-los;

    VIII - situao dos servidores da Administrao Muni-cipal, discriminando valores, quantidade e rgos de lotao eexerccio.

    Pargrafo nico. A atividade prevista neste artigo deverser executada sem comprometer o desenvolvimento normal dasdemais aes administrativas e no eliminar a obrigao deprestar ao sucessor, se solicitado, qualquer outra informao.

    Seo IIDo Patrimnio Pblico

    Art. 8A aquisio de bens imveis pelo Poder PblicoMunicipal, por compra ou permuta, depender sempre de prvia

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    7Cmara Municipal de Juiz de Fora

    avaliao e autorizao legislativa.

    Art. 9A alienao dos bens pblicos municipais, subor-dinada a existncia de interesse pblico devidamente justicada,ser precedida de prvia avaliao feita por perito habilitado dergo competente do Municpio e obedecer as normas gerais delicitaes e contratos da Administrao Pblica.

    1 A alienao de bens imveis de que trata o caputdeste artigo, submeter-se- a justicativa, avaliao e autori-

    zao legislativa prvia, mediante aprovao de dois teros dosmembros da Cmara Municipal. 2 O Municpio, preferencialmente venda ou doao

    de bens imveis, outorgar concesso de direito real de usomediante prvia autorizao legislativa e concorrncia, dispen-sada esta nas hipteses previstas nas normas gerais de licitaese contratos da Administrao Pblica e nos casos de destinaoa entidades assistenciais ou de relevante interesse pblico, devi-damente justicado.

    Art. 10.Os projetos de lei sobre alienao de bens imveisdo Municpio, bem como os referentes a emprstimos dosmesmos, so de iniciativa do Prefeito.

    Art. 11.A lei estabelecer princpios e normas para con-servao e tombamento de bens de natureza material e imaterialque constituem patrimnio histrico e cultural do Municpio.

    1 O Poder Pblico Municipal, com a colaborao dacomunidade, promover e proteger o patrimnio cultural e his-trico em seu territrio administrativo, por meio de inventrios,registros, vigilncia, tombamento, declarao de interessecultural, decretao de reas de proteo ambiental, desa-propriao e outras formas de acautelamento e preservao.

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    8 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    2 A lei estabelecer incentivos para a produo e o

    conhecimento de bens e valores culturais. 3 Os danos e ameaas ao patrimnio cultural sero

    punidos na forma da lei.

    Seo IIIDos Servidores Pblicos

    Art. 12.Ficam submetidos ao Estatuto institudo pela Lei8710, de 31 de julho de 1995, com suas alteraes, bem como sdemais leis aplicveis, os servidores dos Poderes do Municpio,de suas Autarquias e Fundaes Pblicas.

    Art. 13.O piso salarial dos servidores pblicos da admi-nistrao direta, autrquica, fundacional e do Poder Legislativono ser inferior ao que determina a legislao federal para cadacategoria.

    Art. 14.Os rgos da Administrao Pblica direta e indi-reta e o Poder Legislativo publicaro, obrigatoriamente, norgo competente de divulgao ocial, at o dia 30 de abril decada ano, seu quadro de cargos e funes, preenchidos e vagos,referentes ao exerccio anterior.

    Art. 15.O servidor pblico, legalmente responsvel porpessoa deciente em tratamento especializado, dever ter sua

    jornada de trabalho reduzida, conforme dispuser a lei.

    Seo IVDas Obras e Servios Municipais

    Art. 16.Cabe ao Municpio, na forma da lei, diretamente

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    9Cmara Municipal de Juiz de Fora

    ou sob o regime de concesso ou permisso, com observncia

    ao que preceituam as regras gerais de licitao, promover e exe-cutar as obras e servios de interesse local que, por sua naturezae extenso, no possam ser atendidas pela iniciativa privada.

    Art. 17. As tarifas dos servios pblicos devero serxadas pelo Executivo, tendo em vista a justa remunerao eequidade.

    Art. 18.A tarifa cobrada pelo rgo executor dos servios

    de saneamento bsico do Municpio, para as residncias unifa-miliares cujo consumo mensal de gua tratada no for superiora 10m por residncia, no poder ultrapassar sessenta por centodo valor cobrado pela tarifa de fornecimento de gua mensal-mente.

    1 A tarifa de esgoto cobrada pelo rgo executor dosservios de saneamento bsico no Municpio, para as residnciasunifamiliares cujo consumo mensal de gua tratada for superiora 10m at 20m por residncia, no poder ultrapassar oitentapor cento do valor cobrado pela tarifa de fornecimento de guamensalmente.

    2 A tarifa de esgoto cobrada pelo rgo executor dosservios de saneamento bsico no Municpio, para as residn-cias unifamiliares cujo consumo mensal de gua tratada forsuperior a 20m por residncia, no poder ultrapassar cem

    por cento do valor cobrado pela tarifa de fornecimento de guamensalmente.

    3 As demais categorias de unidades residenciais poderobeneciar-se da reduo estabelecida no capute 1 deste artigo,quando promoverem o tratamento primrio de seu auente, con-forme projeto aprovado pelo rgo executor dos servios de

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    10 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    saneamento bsico no Municpio.

    4 As categorias residenciais tero a tarifa de esgotocobrada proporcionalmente ao grau de poluio ou contami-nao de seu auente, segundo regulamentao do rgo exe-cutor do servio.

    TTULO IIDA ORGANIZAO DOS PODERES

    CAPTULO IDO PODER LEGISLATIVO

    Seo IDa Cmara Municipal

    Art. 19.O nmero de Vereadores proporcional popu-lao do Municpio, respeitando os limites estabelecidos naConstituio da Repblica e xado pela Cmara Municipal,sendo vedada a alterao do nmero de Vereadores para a mesmalegislatura.

    Art. 20.O Poder Legislativo do Municpio exercido pelaCmara Municipal composta de dezenove vereadores eleitoscomo representantes do povo na forma da lei.

    Seo IIDo Funcionamento da Cmara Municipal

    Art. 21. A Cmara reunir-se- por doze perodos, ordina-riamente, durante o ano, respeitados os recessos ordinrios.

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    11Cmara Municipal de Juiz de Fora

    1 A posse dos Vereadores ocorrer em sesso solene e

    preceder a eleio dos componentes da Mesa. 2 A Mesa da Cmara, eleita para um mandato de dois

    anos, compe-se do Presidente, 1 Vice-Presidente, 2 Vice-Pre-sidente, 1 Secretrio e 2 Secretrio, os quais se substituironesta ordem, nos termos do que preceitua o Regimento Interno,no podendo ser reeleitos para cargo idntico na mesma legis-latura.

    3 Os Vereadores prestaro compromisso e tomaro posseno dia primeiro de janeiro do primeiro ano de cada legislaturaapresentando sua declarao de bens e valores, que renovaroanualmente, e o diploma expedido pela Justia Eleitoral.

    Art. 22. Mesa Diretora, rgo colegiado da CmaraMunicipal, dentre outras atribuies, compete tomar todas asmedidas necessrias regularidade dos trabalhos legislativos.

    Art. 23.Dentre outras atribuies, compete ao Presidenteda Cmara:

    I - representar a Cmara Municipal em juzo e fora dele;II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos

    e administrativos da Cmara Municipal;III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;IV - promulgar as resolues;V - promulgar as leis com sano tcita ou cujo veto tenha

    sido rejeitado pelo Plenrio, desde que no aceite esta deciso,em tempo hbil, pelo Prefeito;

    VI - fazer publicar os atos da Mesa, resolues, decretoslegislativos e leis que vier a promulgar;

    VII - autorizar as despesas da Cmara Municipal;VIII - solicitar, por deciso de dois teros dos membros da

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    12 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    Cmara Municipal, a interveno no Municpio nos casos admi-

    tidos pela Constituio da Repblica e Constituio do Estadode Minas Gerais;

    IX - manter a ordem no recinto da Cmara Municipal,podendo solicitar a fora necessria para este m.

    Art. 24.A Cmara Municipal, a requerimento de qualquerVereador, aprovado por maioria absoluta, poder convocar o Pre-feito Municipal ou o Vice-Prefeito para prestar esclarecimentos

    sobre assunto previamente determinado, sob pena de infraopoltico-administrativa o seu no comparecimento sem justi-cao adequada.

    Pargrafo nico. A convocao de que trata este artigopoder ser requerida para participao em Reunies Ordinrias,Extraordinrias e Audincias Pblicas.

    Art. 25. A Cmara Municipal poder convocar, a reque-rimento de qualquer Vereador, por maioria de seus membros,Secretrio Municipal, Diretor, Assessor ou de Agente Pblicosubordinado diretamente ao Prefeito, da Administrao Pblicadireta ou indireta para, pessoalmente, prestarem informaessobre assunto previamente determinado, sob pena de responsa-bilidade o no comparecimento sem justicao adequada.

    Pargrafo nico. A convocao de que trata este artigopoder ser requerida para participao em reunies ordinrias,

    extraordinrias e audincias pblicas.

    Seo IIIDas Atribuies da Cmara Municipal

    Art. 26. Cabe Cmara Municipal, com a devida sano

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    13Cmara Municipal de Juiz de Fora

    do Prefeito, legislar sobre quaisquer matrias de interesse e com-

    petncia legal do Municpio, e especialmente sobre:I - instituir os tributos de sua competncia e aplicar suas

    rendas;II - autorizar isenes e anistias scais e a remisso de

    dvidas;III - votar o plano plurianual, as diretrizes oramentrias

    e o oramento municipal e tambm autorizar a abertura de cr-

    ditos suplementares e especiais;IV - deliberar sobre obteno e concesso de emprstimose operaes de crdito e tambm a forma e os meios de paga-mento;

    V - autorizar a concesso de auxlios e subvenes;VI - autorizar a concesso de servios pblicos;VII - autorizar a concesso de direito real de uso de bens

    municipais;VIII - autorizar a concesso administrativa de uso de bens

    municipais;IX - autorizar a alienao de bens imveis;X - autorizar a aquisio de bens imveis, salvo quando se

    tratar de doao sem encargos;XI - criar, transformar e extinguir cargos, empregos e

    funes pblicas e xar os respectivos vencimentos, inclusive

    os dos servios da Cmara Municipal;XII - criar, estruturar e conferir atribuies aos auxiliares

    diretos do Prefeito e rgos da Administrao pblica;XIII - revisar o plano diretor;XIV - delimitar o permetro urbano;XV - autorizar a alterao da denominao de bens pr-

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    14 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    prios, vias e logradouros pblicos;

    XVI - estabelecer normas urbansticas, particularmente asrelativas a zoneamento e loteamento;

    XVII - autorizar referendo e convocar plebiscito.Art. 27.Compete, privativamente, Cmara Municipal,

    exercer as seguintes atribuies, dentre outras:I - eleger sua Mesa;II - elaborar o Regimento Interno;

    III - organizar os seus servios administrativos, prover oscargos e designar as funes respectivas;IV - propor a criao ou a extino dos cargos e funes

    de seus servios administrativos e a xao e a alterao da res-pectiva remunerao;

    V - conceder licena ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aosVereadores;

    VI - autorizar o Prefeito ou o Vice-Prefeito, quando noexerccio do cargo, a ausentar-se do Municpio, por mais de dezdias consecutivos; ou do Pas, por mais de oito dias consecu-tivos, por necessidade de servio;

    VII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberandosobre o parecer prvio do Tribunal de Contas do Estado de MinasGerais, no prazo mximo de noventa dias de seu recebimento,observados os seguintes preceitos:

    a) o parecer prvio somente deixar de prevalecer pordeciso de dois teros dos membros da Cmara;

    b) rejeitadas as contas, sero estas, imediatamente, reme-tidas ao Ministrio Pblico para ns de direito.

    VIII - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vere-adores, nos termos legais;

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    IX - sustar os atos normativos do Poder Executivo que

    exorbitem do poder regulamentar, nos termos da lei;X - estabelecer e mudar, temporariamente, o local de suas

    reunies;XI - deliberar sobre o adiamento e a suspenso de suas

    reunies;XII - criar comisso parlamentar de inqurito sobre fato

    determinado e prazo certo, mediante requerimento da maioria

    absoluta de seus membros, nos termos do Regimento Interno daCmara Municipal;XIII - conceder os ttulos de cidado honorrio e de cidado

    benemrito ou conferir homenagem a pessoas que, reconheci-damente tenham prestado relevantes servios ao Municpio ounele se destacado, pela atuao exemplar na vida pblica e par-ticular, mediante proposta aprovada pelo voto de dois teros dosmembros da Cmara Municipal;

    XIV - solicitar a interveno do Estado no Municpiomediante proposta aprovada pelo voto de dois teros dosmembros da Cmara Municipal;

    XV - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores nostermos desta Lei Orgnica;

    XVI - scalizar e controlar os atos do Poder Executivo,includos os da Administrao indireta;

    XVII - xar os subsdios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dosSecretrios Municipais e dos Vereadores atravs de lei de suainiciativa, observando-se o que dispe a Constituio da Rep-blica e a Constituio do Estado de Minas Gerais.

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    Seo IV

    Dos Vereadores

    Art. 28.Os Vereadores so inviolveis por suas opinies,palavras e votos, no exerccio do mandato e na circunscrio doMunicpio.

    Pargrafo nico. Os Vereadores no sero obrigados a tes-temunhar sobre informaes recebidas ou prestadas em razo do

    exerccio do mandato, nem sobre as pessoas que lhes conaremou deles receberem informaes.Art. 29. vedado ao Vereador:I - desde a expedio do diploma:a) rmar ou manter contrato com o Municpio, com

    suas autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedade deeconomia mista ou com empresas concessionrias de serviopblico municipal, salvo quando o contrato obedecer a clusulasuniformes;

    b) aceitar ou exercer cargo, emprego ou funo, no mbitoda Administrao Pblica direta ou indireta Municipal salvomediante aprovao em concurso pblico, observado o dispostonesta Lei Orgnica.

    II - desde a posse:a) ocupar cargo ou funo declarado de livre nomeao e

    exonerao na Administrao Pblica direta ou indireta dos entesda Federao, salvo se afastar-se do exerccio da Vereana;

    b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou muni-cipal;

    c) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa quegoze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de

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    direito pblico do Municpio ou nela exercer funo remune-

    rada;d) patrocinar causa junto ao Municpio em que seja inte-

    ressada qualquer das entidades a que se refere a alnea a doinciso I, deste artigo.

    Pargrafo nico. Na hiptese do afastamento de que trataa alnea a do inciso II deste artigo, o Vereador poder optarpelo subsdio do mandato.

    Art. 30. Perder o mandato o Vereador:I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas noartigo anterior;

    II - que proceder de modo incompatvel com a tica e como decoro parlamentar;

    III - que deixar de comparecer, em cada sesso legisla-tiva anual, tera parte das sesses ordinrias da Cmara, salvodoena comprovada, licena ou misso autorizada pela edili-dade;

    IV - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;V - quando decretar a Justia Eleitoral;VI - que sofrer condenao criminal em sentena transi-

    tado em julgado;VII - que se utilizar do mandato para a prtica de atos de

    corrupo ou de improbidade administrativa;

    VIII - que xar residncia fora do Municpio. 1 Alm de outros casos denidos no Regimento Interno

    da Cmara Municipal e em seu Cdigo de tica e de DecoroParlamentar, considerar-se- incompatvel com o decoro parla-mentar o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou apercepo de vantagens ilcitas ou imorais.

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    2 Nos casos dos incisos I, II, VII e VIII, a perda do

    mandato ser decidida pela Cmara Municipal, asseguradaampla defesa e o contraditrio, na forma de seu Cdigo de ticae de Decoro Parlamentar.

    3 Nos casos previstos nos incisos III, IV e V, a perdaser declarada pela Mesa da Cmara Municipal, de ofcio oumediante provocao de qualquer de seus membros ou de partidopoltico representado na Cmara Municipal, assegurada ampla

    defesa e o contraditrio. 4 No caso do inciso VI, a perda ser decidida, se culposoo crime, na forma do 2 e declarada, se doloso o crime, nostermos do 3.

    5 A renncia de Vereador submetido a processo que viseou possa levar perda do mandato, nos termos deste artigo, terseus efeitos suspensos at as deliberaes nais de que tratam os 2, 3 e 4.

    6 A renncia s produzir efeitos se a deciso nal daCmara Municipal no concluir pela perda do mandato e, emcaso contrrio, ser arquivada.

    Art. 31.O Vereador poder licenciar-se:I - por motivo de doena;II - para tratar, sem remunerao, de interesse particular,

    desde que o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por

    sesso legislativa;III - para desempenhar misses temporrias de interesse

    do Municpio. 1 Ao Vereador licenciado nos termos dos incisos I e III,

    a Cmara Municipal poder determinar o pagamento, no valorque estabelecer e na forma que especicar, de auxlio especial.

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    2 O auxlio de que trata o pargrafo anterior poder ser

    xado no curso da legislatura e no ser computado para o efeitode clculo da remunerao dos Vereadores.

    3 A licena para tratar de interesse particular no serinferior a trinta dias e o Vereador no poder reassumir o exer-ccio do mandato antes do trmino da licena.

    Art. 32. Suspende-se o exerccio do mandato do Vere-ador:

    I - pela decretao judicial de priso preventiva;II - pela priso em agrante delito;III - pela imposio de priso administrativa.

    Seo VDo Processo Legislativo

    Art. 33.O processo legislativo municipal compreende aelaborao de:

    I - emenda Lei Orgnica Municipal;II - lei complementar;III - lei ordinria;IV - resoluo;V - decreto legislativo.Pargrafo nico. Enquanto no for editada lei comple-

    mentar municipal dispondo sobre a elaborao, a redao, a alte-rao e a consolidao das leis municipais, ser adotada comodiretriz, no que couber, a legislao federal sobre a matria.

    Art. 34. A Lei Orgnica Municipal poder ser emendadamediante proposta:

    I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara

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    Municipal;

    II - do Prefeito Municipal; 1 A proposta ser votada em dois turnos com interstcio

    mnimo de dez dias e aprovada por dois teros dos membros daCmara Municipal.

    2 A emenda Lei Orgnica Municipal ser promulgadapela Mesa da Cmara com o respectivo nmero de ordem.

    3 A matria constante de proposta de emenda rejeitada

    ou havida por prejudicada no pode ser objeto de nova propostana mesma sesso legislativa.Art. 35. A lei complementardispor, dentre outras mat-

    rias previstas nesta Lei Orgnica, sobre:I - plano diretor;II - cdigo tributrio;III - cdigo de obras;IV - cdigo de posturas;V - estatuto dos servidores pblicos;VI - parcelamento, ocupao e uso do solo;VII - cdigo sanitrio.Pargrafo nico. A lei complementar ser aprovada por

    maioria absoluta.Art. 36. So matrias de iniciativa privativa do Prefeito,

    alm de outras previstas nesta Lei Orgnica:

    I - criao, transformao, extino de cargos, funes ouempregos pblicos dos rgos da administrao direta, autr-quica e fundacional e a xao ou alterao da respectiva remu-nerao;

    II - servidores pblicos, seu regime jurdico, provimentode cargos, estabilidade e aposentadoria;

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    III - criao, estruturao, atribuio e extino das secre-

    tarias ou departamento equivalente, rgo autnomo e entidadeda administrao pblica indireta;

    IV - plano plurianual;V - diretrizes oramentrias;VI - oramento anual;VII - autorizao para abertura de crdito adicional ou

    concesso de auxlios, prmios e subvenes.

    Pargrafo nico. No ser admitido aumento da despesaprevista nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito, ressal-vada a comprovao da existncia de receita e no caso do projetoda lei do oramento anual.

    Art. 37.Compete Cmara Municipal, mediante inicia-tiva privativa da Mesa, dispor sobre:

    I - autorizao para abertura de crditos suplementares ouespeciais, atravs do aproveitamento total ou parcial das consig-naes oramentrias da Cmara Municipal;

    II - organizao dos seus servios, criao, transformaoou extino de seus cargos e funes e xao ou alterao darespectiva remunerao.

    Pargrafo nico. Nos projetos de competncia privativa daMesa da Cmara, no sero admitidas emendas que aumentem adespesa prevista.

    Art. 38. O Prefeito poder solicitar urgncia para apre-ciao de projetos de sua iniciativa.

    1 Solicitada a urgncia, a Cmara Municipal dever semanifestar em quarenta e cinco dias sobre a proposio, con-tados da data em que for feita a solicitao.

    2 Esgotado o prazo previsto no pargrafo anterior, sem

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    deliberao pela Cmara Municipal, ser a proposio includa

    na ordem do dia, sobrestando-se s demais proposies, paraque se ultime a votao.

    3 O prazo do 1 no corre no perodo de recesso daCmara Municipal e nem se aplica a projetos de lei orgnica ede lei complementar.

    Art. 39. Aprovado o projeto de lei, ser enviado ao Pre-feito que, aquiescendo, o sancionar.

    1 O Prefeito, considerando o projeto, no todo ou emparte, inconstitucional ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo- total ou parcialmente, no prazo de quinze dias teis, con-tados da data do recebimento, devendo comunicar, no prazo dequarenta e oito horas, ao Presidente da Cmara Municipal osmotivos do veto.

    2 O veto parcial somente abranger texto integral deartigo, de pargrafo, de inciso ou de alnea.

    3 Decorrido o prazo do 1, o silncio do Prefeito impor-tar em sano.

    4 A apreciao do veto pelo plenrio da Cmara Muni-cipal ser dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, emuma s discusso e votao, com parecer ou sem ele, consideran-do-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.

    5 Rejeitado o veto, ser o projeto enviado ao Prefeito

    para a promulgao. 6 Esgotado sem deliberao o prazo estabelecido no

    4, o veto ser colocado na ordem do dia da reunio imediata,sobrestado s demais proposies, at a sua votao nal, ressal-vadas as matrias de que trata o art. 38 desta Lei Orgnica.

    7 Se a lei no for promulgada dentro de quarenta e oito

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    horas pelo Prefeito, nos casos dos 3 e 5, o Presidente da

    Cmara Municipal a promulgar e, se este no o zer em igualprazo, caber ao Vice-Presidente faz-lo.

    8 O prazo do 4 no corre no perodo de recesso daCmara Municipal.

    Art. 40. A matria constante de projeto de lei rejeitadosomente poder constituir objeto de novo projeto, na mesmasesso legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos

    membros da Cmara Municipal, ressalvadas as proposies deiniciativa do Prefeito.Art. 41. O projeto de lei de iniciativa popular de interesse

    especco do Municpio, da cidade ou de bairro, dar-se- atravsde manifestao de, pelo menos, trs por cento do eleitorado.

    CAPTULO IIDO PODER EXECUTIVO

    Seo IDo Prefeito e do Vice-Prefeito

    Art. 42. O Poder Executivo Municipal exercido peloPrefeito, auxiliado pelos Secretrios Municipais, ProcuradorGeral ou Diretores Equivalentes.

    Art. 43.O Prefeito e o Vice-Prefeito tomaro posse emsesso da Cmara Municipal, no dia 1 de janeiro do ano subse-quente ao dia da eleio, prestando o compromisso de manter,defender e cumprir a Lei Orgnica Municipal, observar as leisda Unio e do Estado, promover o bem geral dos muncipes eexercer o cargo sob a inspirao da democracia, da legitimidade

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    e da legalidade.

    1 Se decorridos dez dias da data xada para a posse,caso o Prefeito ou Vice-Prefeito, no tiver assumido o cargo,salvo motivo de fora maior, este ser declarado vago pelaCmara Municipal.

    2 O Prefeito ser substitudo, no caso de impedimentoou ausncia do Municpio e sucedido, no caso de vaga, pelo Vice-Prefeito ou, na ausncia de ambos ou vacncia de seus cargos,

    pelo Presidente da Cmara Municipal. 3 O Vice-Prefeito no poder se recusar a substituir oPrefeito, sob pena de extino de seu mandato.

    4 O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lheforem conferidas por lei, auxiliar o Prefeito sempre que por elefor convocado para misses especiais.

    5 Na hiptese de vacncia dos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, sero obedecidas as seguintes regras:

    I - se a vacncia ocorrer antes dos ltimos quinze mesesde mandato ser realizada eleio aps noventa dias, contados apartir da abertura da ltima vaga;

    II - se a vacncia ocorrer nos ltimos quinze meses demandato assumir o Presidente da Cmara e, no caso do impedi-mento deste, ou de sua renncia da funo de dirigente do PoderLegislativo, aquele que a Cmara Municipal eleger dentre os

    seus membros;III - em qualquer dos casos, os substitutos completaro o

    perodo dos seus antecessores. 6 No ato de posse, o Prefeito e o Vice-Prefeito apre-

    sentaro seus diplomas expedidos pela Justia Eleitoral e farodeclarao de bens, renovando-a anualmente, as quais sero

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    arquivadas na Cmara Municipal.

    Art. 44. O Prefeito e o Vice-Prefeito, este quando noexerccio do cargo de Prefeito, no podero se ausentar doMunicpio, por mais de dez dias consecutivos; ou do Pas, pormais de oito dias consecutivos, sem a devida licena da CmaraMunicipal.

    1 O Prefeito, regularmente licenciado, ter direito a per-ceber a remunerao, quando:

    I - na impossibilidade de exercer o cargo, por motivo dedoena, devidamente comprovada;II - em gozo de frias;III - a servio ou em misso de representao do Muni-

    cpio. 2 O Prefeito gozar frias anuais de trinta dias, sem

    prejuzo da remunerao, cando a seu critrio a poca para usu-fruir o descanso.

    3 A remunerao do Prefeito e do Vice-Prefeito serestipulada na forma do inciso XVII, do art. 27, desta Lei Org-nica.

    Art. 45.Suspende-se o exerccio do mandato do Prefeito:I - pela decretao judicial de priso preventiva;II - pela priso em agrante delito;III - pela imposio de priso administrativa.

    Seo II

    Das Atribuies do Prefeito

    Art. 46.Ao Prefeito, como Chefe da Administrao Muni-cipal, compete dar cumprimento s decises da Cmara Muni-

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    cipal, dirigir, scalizar, e defender os interesses do Municpio,

    bem como adotar, de acordo com a lei, todas as medidas admi-nistrativas de interesse pblico, sem exceder as verbas oramen-trias.

    Art. 47.Compete ao Prefeito, entre outras atribuies:I - dar iniciativa s proposies de projetos de lei, na forma

    e casos previstos nesta Lei Orgnica;II - representar o Municpio em juzo e fora dele;

    III - sancionar, promulgar e fazer publicar leis aprovadaspela Cmara Municipal e expedir os regulamentos para sua elexecuo;

    IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei apro-vados pela Cmara Municipal;

    V - declarar a necessidade ou a utilidade pblica e tambmo interesse social ou urbanstico, para ns de desapropriao,nos termos da lei federal;

    VI - expedir decretos, portarias e outros atos administra-tivos;

    VII - permitir ou autorizar a execuo de servios pblicospor terceiros;

    VIII - prover os cargos pblicos e expedir os demais atosreferentes situao funcional dos servidores;

    IX - enviar Cmara Municipal os projetos de lei relativos

    ao oramento anual, s diretrizes oramentrias e ao plano plu-rianual do Municpio nos prazos previstos nesta Lei Orgnica;

    X - encaminhar Cmara Municipal at 31 de maro decada ano subsequente a prestao de contas e os balanos doexerccio ndo;

    XI - encaminhar aos rgos competentes os planos de apli-

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    cao e as prestaes de contas exigidas em lei;

    XII - fazer publicar os atos ociais;XIII - prestar Cmara Municipal, no prazo de quinze

    dias, as informaes pela mesma solicitadas, bem como res-posta aos requerimentos dela recebidos, salvo prorrogao a seupedido e por no mximo sessenta dias, em face da complexidadeda matria ou da diculdade de obteno dos dados pleiteados;

    XIV - prover os servios e obras da Administrao

    Pblica;XV - superintender a arrecadao dos tributos, bem comoa guarda e aplicao de receita, autorizando as despesas e paga-mento dentro das disponibilidades ou dos crditos votados pelaCmara Municipal;

    XVI - colocar disposio da Cmara Municipal, at o dia20 de cada ms, em duodcimos, independente de requisio,os recursos correspondentes s suas dotaes oramentrias, acompreendidos os crditos suplementares e especiais, mediantedepsito em conta prpria, vedada a reteno ou restrio aorepasse ou emprego dos recursos atribudos ao Legislativo, sobpena de responsabilidade;

    XVII - aplicar multas previstas em leis e contratos, comotambm rev-las quando impostas irregularmente;

    XVIII - resolver sobre os requerimentos, reclamaes ou

    representaes que lhe forem dirigidas;XIX - ocializar, obedecidas as normas urbansticas, as

    vias e logradouros pblicos, mediante denominao aprovadapela Cmara Municipal;

    XX - convocar extraordinariamente a Cmara Municipal,quando o interesse da administrao exigir;

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    XXI - aprovar projetos de edicao e planos de lotea-

    mento, arruamento e zoneamento urbanos ou para ns urbanos;XXII - apresentar, anualmente, Cmara Municipal, rela-

    trio circunstanciado sobre o estado das obras e dos serviosmunicipais, bem como o programa da administrao para o anoseguinte;

    XXIII - organizar servios internos das reparties criadaspor lei, sem exceder as verbas para tal destinadas;

    XXIV - contrair emprstimos e realizar operaes decrdito, mediante prvia autorizao da Cmara Municipal;XXV - providenciar sobre a administrao dos bens do

    Municpio e sua alienao na forma da lei;XXVI - organizar e dirigir, nos termos da lei, os servios

    relativos s terras do Municpio;XXVII - desenvolver o sistema virio do Municpio;XXVIII - conceder auxlios, prmios e subvenes, nos

    limites das respectivas verbas oramentrias e do plano de distri-buio, prvia e anualmente aprovado pela Cmara Municipal;

    XXIX - estabelecer a diviso administrativa do Municpiode acordo com a lei;

    XXX - solicitar o auxlio das autoridades policiais doEstado para garantia do cumprimento de seus atos;

    XXXI - solicitar, obrigatoriamente, autorizao Cmara

    Municipal para ausentar-se do Municpio, por tempo superior adez dias consecutivos; ou do Pas, por mais de oito dias conse-cutivos;

    XXXII - adotar providncias para a conservao e salva-guarda do patrimnio municipal;

    XXXIII - publicar, at trinta dias aps o encerramento de

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    cada bimestre, relatrio resumido da execuo oramentria;

    XXXIV - publicar, at trinta dias aps o encerramento decada quadrimestre, relatrio de gesto scal;

    XXXV - implementar polticas pblicas para a preveno,conservao e salvaguarda de toda a biodiversidade existente nombito do Municpio de Juiz de Fora;

    XXXVI - dar cumprimento s decises da Cmara.Art. 48. O Prefeito poder delegar, por decreto, a seus

    auxiliares diretos, as funes administrativas previstas nosincisos VIII, XIV, XV, XVII, XVIII, XXI, XXIII, XXVI, XXVII,XXXIII e XXXIV do artigo anterior.

    Pargrafo nico. O Prefeito Municipal poder delegar,por decreto, aos seus auxiliares diretos a funo de responderaos requerimentos recebidos da Cmara Municipal, observado oprazo de que trata o inciso XIII do artigo anterior.

    Seo III

    Da Perda e Extino do Mandato

    Art. 49. vedado ao Prefeito assumir outro cargo oufuno na Administrao Pblica direta ou indireta, ressalvadaa posse, em virtude de concurso pblico e observado o dispostonesta Lei Orgnica.

    1 igualmente vedado ao Prefeito e ao Vice-Prefeitodesempenhar funo de administrao em qualquer empresaprivada.

    2 A infringncia ao disposto neste artigo importar emperda do mandato.

    Art. 50. As incompatibilidades declaradas nos incisos e

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    alneas do art. 29 desta Lei Orgnica estendem-se no que forem

    aplicveis ao Prefeito e aos seus auxiliares diretos.Art. 51. Ser declarado vago pela Cmara Municipal o

    cargo de Prefeito quando:I - ocorrer falecimento, renncia ou condenao por crime

    funcional ou eleitoral;II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela

    Cmara Municipal, dentro do prazo previsto nesta Lei Org-

    nica; III - infringir as normas dos artigos 49 e 50 desta Lei Org-nica;

    IV - perder ou tiver suspensos os direitos polticos. 1 So crimes de responsabilidade os atos do Prefeito

    que atentem contra a Constituio da Repblica, a Constituiodo Estado de Minas Gerais, esta Lei Orgnica e, especialmente,contra:

    I - a existncia da Unio, do Estado e do Municpio;II - o livre exerccio do Poder Legislativo, do Poder Judi-

    cirio, do Ministrio Pblico, dos Poderes Constitucionais dasUnidades da Federao;

    III - o exerccio dos direitos polticos, individuais esociais;

    IV - a segurana interna do Pas, do Estado e do Muni-

    cpio;V - a probidade na administrao;VI - a lei oramentria;VII - o cumprimento das leis e das decises judiciais.a) esses crimes so denidos em lei especial, que estabe-

    lece normas de processo e julgamento;

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    b) nos crimes de responsabilidade, assim como nos comuns,

    o Prefeito ser submetido a processo e julgamento perante o Tri-bunal de Justia;

    c) o Prefeito no pode, na vigncia de seu mandato, serresponsabilizado por ato estranho ao exerccio de suas funes.

    2 So infraes poltico-administrativas do Prefeito,sujeito ao julgamento pela Cmara Municipal e sancionadascom a perda do mandato:

    I - impedir o funcionamento regular da Cmara Muni-cipal;II - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e

    demais documentos que devam constar do arquivo da Prefei-tura, bem como a vericao de obras e servios municipais, porcomisso de investigao da Cmara Municipal;

    III - desatender, sem motivo justo, as convocaes oupedidos de informao da Cmara Municipal, quando feitos atempo e em forma regular;

    IV - deixar de apresentar Cmara Municipal, no devidotempo, e em forma regular, a proposta oramentria;

    V - retardar ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos aesta formalidade;

    VI - descumprir o oramento aprovado para o exerccionanceiro;

    VII - praticar ato administrativo contra expressa dispo-sio de lei, omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas,direitos ou interesses do Municpio, sujeitos administrao daPrefeitura;

    VIII - ausentar-se do Municpio, por tempo superior aopermitido em lei, ou afastar-se da Prefeitura, sem autorizao da

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    Cmara Municipal;

    IX - residir fora do Municpio;X - proceder de modo incompatvel com a dignidade e o

    decoro do cargo.a) a denncia, escrita e assinada, poder ser feita por qual-

    quer eleitor Cmara Municipal com exposio de fatos e aindicao de provas;

    b) se o denunciante for Vereador, car impedido de inte-

    grar a comisso processante, podendo, todavia, praticar todosos atos de acusao e se for Presidente da Cmara Municipal,passar a Presidncia ao seu substituto legal para os atos do pro-cesso e s votar se necessrio para completar o qurum de jul-gamento. Ser convocado o suplente do Vereador impedido devotar, o qual no poder integrar a comisso processante;

    c) nas infraes poltico-administrativas, o Prefeito sersubmetido a processo e julgamento perante a Cmara Municipal,se admitida a acusao por dois teros de seus membros;

    d) de posse da denncia, o Presidente da Cmara Muni-cipal na primeira reunio subsequente determinar sua leiturae constituir a comisso processante, formada por cinco Vere-adores, sorteados entre os desimpedidos e pertencentes a par-tidos diferentes, os quais elegero desde logo o Presidente e oRelator;

    e) a Comisso Processante, no prazo de quinze dias, emitirparecer que ser submetido ao Plenrio, opinando pelo prosse-guimento ou o arquivamento da denncia, podendo proceder sdiligncias que julgar necessrias;

    f) aprovado o parecer favorvel ao prosseguimento do pro-cesso, o Presidente da comisso processante determinar, desde

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    33Cmara Municipal de Juiz de Fora

    logo, a abertura de instruo, noticando o denunciado, com

    remessa de cpia da denncia, dos documentos que a instruem edo parecer da comisso, informando-lhe o prazo de quinze diaspara o oferecimento da defesa e indicao dos meios de provacom que pretendia demonstrar a verdade do alegado;

    g) ndo o prazo estipulado na alnea anterior, com ousem defesa, a comisso processante determinar as dilignciasrequeridas ou que julgar convenientes e realizar as audincias

    necessrias para a tomada do depoimento das testemunhas deambas as partes, podendo ouvir o denunciante ou o denunciado,que podero assistir pessoalmente ou por procurador, a todasas reunies e diligncias da comisso, interrogando e contradi-tando as testemunhas, requerendo a reinquirio ou acareaodas pessoas e requerer diligncias;

    h) aps as diligncias a comisso processante proferir,no prazo de quinze dias parecer nal sobre a procedncia ouimprocedncia da acusao e solicitar ao Presidente da CmaraMunicipal a convocao da reunio para julgamento, que se rea-lizar aps a distribuio do parecer;

    i) na reunio de julgamento, podero se manifestar ver-balmente, pelo tempo mximo de quinze minutos cada um,sendo que, ao nal, o denunciado ou seu procurador ter o prazomximo de duas horas para produzir sua defesa oral;

    j) terminada a defesa, proceder-se- a tantas votaesnominais quantas forem as infraes articuladas na denncia;

    l) considerar-se- afastado, denitivamente do cargo,o denunciado que for declarado, pelo voto de dois teros dosmembros da Cmara Municipal, incurso em qualquer das infra-es especicadas na denncia;

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    34 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    m) concludo o julgamento, o Presidente da Cmara Muni-

    cipal proclamar imediatamente o resultado e far lavrar ata queconsigne a votao nominal sobre cada infrao e, se houvercondenao, expedir o competente decreto legislativo de cas-sao do mandato do Prefeito ou, se o resultado da votao forabsolutrio, determinar o arquivamento do processo, comuni-cando, em qualquer dos casos, o resultado Justia Eleitoral.

    3 A renncia do Prefeito submetido a processo que vise

    ou possa levar perda do mandato, nos termos deste artigo, terseus efeitos suspensos at a deliberao nal da Cmara Muni-cipal.

    4 A renncia s produzir efeitos se a deciso nal daCmara Municipal no concluir pela perda do mandato e, emcaso contrrio, ser arquivada.

    Seo IVDos Auxiliares Diretos do Prefeito

    Art. 52.So auxiliares diretos do Prefeito os SecretriosMunicipais, o Procurador Geral do Municpio, o Presidente daComisso Permanente de Licitao ou Diretores Equivalentes.

    1 Os cargos so de livre nomeao e exonerao. 2 A lei municipal estabelecer as atribuies dos auxi-

    liares diretos do Prefeito, denindo-lhes a competncia, deverese responsabilidades.

    3 Os Secretrios Municipais, o Procurador Geral doMunicpio ou Diretores Equivalentes so solidariamente respon-sveis com o Prefeito pelos atos que assinarem, ordenarem oupraticarem.

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    35Cmara Municipal de Juiz de Fora

    4 Os auxiliares diretos do Prefeito faro declarao de

    bens no ato da posse e renova-lo- anualmente ou quando de suaexonerao do cargo, a m de ser arquivada na Cmara Muni-cipal.

    5 Os auxiliares diretos do Prefeito descritos no caputdeste artigo sero escolhidos dentre brasileiros maiores de 21anos e no exerccio dos direitos polticos.

    CAPTULO IIIDOS CONSELHOS MUNICIPAIS E DAS ASSOCIAESCOMUNITRIAS

    Art. 53.Os Conselhos Municipais so rgos de partici-pao direta dos diversos segmentos da sociedade nos assuntospblicos e, a eles compete propor, scalizar e deliberar mat-rias referentes a cada setor da Administrao Pblica Municipal,conforme lei.

    Pargrafo nico. A lei denir as atribuies, composio,deveres e responsabilidades dos Conselhos, nos quais se assegu-rar a participao das entidades representativas da sociedadecivil.

    Art. 54.As associaes comunitrias de moradores devemser reconhecidas pelo Poder Pblico Municipal como legtimas

    representantes da populao de um determinado bairro ou de umconjunto de bairros, quando se tratar de um frum de entidadesde atuao regional.

    Pargrafo nico. Alm de respeitar a autonomia e a inde-pendncia destas entidades e fruns, o Poder Pblico Municipaldeve estimul-los a atuarem como instncias de discusso e ela-

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    36 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    borao de polticas pblicas, em mbito local, regional e muni-

    cipal.

    CAPTULO IVDA TICA E TRANSPARNCIA NOS PODERES

    MUNICIPAIS

    Art. 55.Com o propsito de conferir tica e rigor s ati-

    vidades e funes desempenhadas pelos Poderes Legislativo eExecutivo Municipais, os mesmos caro incumbidos de criarmecanismos, atravs dos meios de comunicao e na forma dalei, de divulgar informaes relacionadas com a arrecadao egastos com todos os recursos pblicos, assim como das licita-es, contratos e convnios por eles estabelecidos.

    Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambmmediante incentivo participao popular e a realizao de audi-ncias pblicas no mbito do Poder Legislativo.

    Art. 56.Os Poderes Legislativo e Executivo, no mbito desuas competncias, criaro ouvidorias com o propsito de per-mitir o controle social e dar maior transparncia s suas aes.

    TTULO IIIDAS FINANAS PBLICAS

    CAPTULO IDA TRIBUTAO

    Art. 57.Compete ao Municpio instituir os seguintes tri-butos:

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    37Cmara Municipal de Juiz de Fora

    I - imposto sobre a propriedade predial e territorial

    urbana;II - imposto sobre servios de qualquer natureza, no com-

    preendidos, no inciso II, do art. 155, da Constituio da Rep-blica, denidos em lei complementar;

    III - imposto sobre transmisso de bens inter-vivos, a qual-quer ttulo, por ato oneroso:

    a) de bens imveis por natureza ou cesso fsica;

    b) de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia;c) de cesso de direitos aquisio de imvel;IV - taxas:a) em razo do exerccio do poder de polcia;b) pela utilizao efetiva ou potencial de servios pblicos

    especcos e divisveis, prestados ao contribuinte, ou postos sua disposio.

    V - contribuio de melhoria, decorrente de obra pblica. 1 O imposto previsto no inciso I ser progressivo, na

    forma a ser estabelecida em lei, de modo a assegurar o cumpri-mento da funo social da propriedade.

    2 Em relao ao imposto previsto no inciso II, cabe lei tributria:

    I - xar as suas alquotas mximas;II - excluir da sua incidncia exportaes e servios para

    o exterior. 3 O imposto previsto no inciso III no incide sobre a

    transmisso de bens e direitos incorporados ao patrimnio depessoas jurdicas em realizao de capital, nem sobre a trans-misso de bens ou direitos decorrentes de fuso, incorporao,ciso ou extino de pessoa jurdica, salvo se, nesses casos, a ati-

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    38 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    vidade preponderante do adquirente for a compra e venda desses

    bens ou direitos, locao de bens imveis ou arrendamento mer-cantil.

    4 As taxas no podero ter base de clculo prpria dosimpostos, nem ser graduada em funo do valor nanceiro oueconmico do bem, direito ou interesse do contribuinte.

    CAPTULO II

    DOS ORAMENTOS

    Art. 58.Leis de iniciativa do Poder Executivo estabele-cero com observncia dos preceitos correspondentes da Cons-tituio da Repblica e da Constituio do Estado de MinasGerais:

    I - o plano plurianual;II - as diretrizes oramentrias;III - o oramento anual. 1 As leis oramentrias previstas neste artigo, alm do

    disposto nesta Lei Orgnica, obedecero aos termos da legis-lao federal, incluindo-se a participao popular atravs deaudincias pblicas.

    2 A lei que instituir o plano plurianual estabelecer asdiretrizes, objetivos e metas da administrao pblica para as

    despesas de capital e outras dela decorrentes e para as relativasaos programas de durao continuada em consonncia com oplano diretor.

    3 A lei de diretrizes oramentrias compreender asmetas e prioridades da Administrao Pblica, incluindo as des-pesas de capital para o exerccio nanceiro subsequente, orien-

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    40 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    II - o de diretrizes oramentrias at o dia 30 de junho e

    devolvido para sano at o dia 30 de setembro de cada ano;III - o do oramento anual at o dia 15 de outubro de cada

    ano e devolvido para sano at o encerramento da sesso legis-lativa.

    Art. 61. A prestao de contas do exerccio anteriorser encaminhada pelo Prefeito Cmara Municipal at 31 demaro.

    Pargrafo nico. As contas apresentadas pelo Prefeitocaro disponveis, durante todo o exerccio, no respectivoPoder Legislativo e no rgo tcnico responsvel pela sua ela-borao, para consulta e apreciao pelos cidados e instituiesda sociedade.

    TTULO IVDA SOCIEDADE

    CAPTULO IDO URBANISMO

    Seo IDo Meio Ambiente

    Art. 62.Todos tm direito ao meio ambiente saudvel e

    ecologicamente equilibrado, como bem de uso comum do povoe essencial adequada e sadia qualidade de vida, impondo-se coletividade e, em especial, ao Municpio o dever de defend-loe preserv-lo para o benefcio das geraes atuais e futuras.

    Pargrafo nico. Para assegurar efetividade do direito aque se refere este artigo, impe-se ao Municpio, atravs do

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    41Cmara Municipal de Juiz de Fora

    rgo especco da Administrao Pblica direta, subordinado

    diretamente ao Prefeito, na forma da lei:I - denir a poltica ambiental para o Municpio;II - promover a educao ambiental multidisciplinar em

    todos os nveis de ensino e disseminar a conscientizao pblicapara a conservao ambiental;

    III - proteger a fauna e a ora;IV - controlar a produo, comercializao e emprego de

    tcnicas, mtodos, substncias e equipamentos que importemem risco de vida;V - promover a cooperao mtua com entidades e rgos

    pblicos e privados visando pesquisa, ao planejamento e exe-cuo de projetos ambientais;

    VI - manter articulao permanente com os demais muni-cpios de sua regio e com o Estado visando racionalizaoda utilizao dos recursos hdricos e das bacias hidrogrcas,respeitadas as diretrizes estabelecidas pela Unio;

    VII - implantar programas de reorestamento de encostascomo forma de controle das ocupaes desordenadas e preser-vao do meio ambiente;

    VIII - aplicar as penalidades cabveis, inclusive a cassaodo alvar de funcionamento, nos casos em que se vericar rein-cidncia na violao das normas ambientais em vigor, indepen-

    dente de outras sanes, a serem regulamentadas atravs de lei;IX - garantir o amplo acesso dos interessados s informa-

    es bsicas sobre o meio ambiente e sobre as fontes e causasda poluio e da degradao ambiental, informando a populaosobre os nveis de poluio e as situaes de risco de acidentesecolgicos no Municpio.

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    42 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    Art. 63.Ficar a cargo do Poder Executivo a elaborao

    do plano municipal de meio ambiente e recursos naturais, a seraprovado pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente,atendendo aos princpios estabelecidos na Constituio da Rep-blica, na Constituio do Estado de Minas Gerais, no Estatuto daCidade e nos preceitos contidos nesta Lei Orgnica.

    Art. 64. A instalao de aterro sanitrio, de aterro deinertes e de unidade de transbordo depender de prvia anlise

    e aprovao do Conselho Municipal de Meio Ambiente, ouvidaa sociedade civil e organizaes de defesa do meio ambiente,mediante realizao de audincia pblica na Cmara Muni-cipal.

    Art. 65.Somente ser concedida a autorizao para ins-talao de qualquer empreendimento pblico ou privado compotencial impacto ambiental neste Municpio aps a anunciado Conselho Municipal de Meio Ambiente, mesmo para empre-endimentos j licenciados por outros rgos, com o propsitode assegurar a representatividade em assuntos ambientais deimpacto local.

    Pargrafo nico. Para a implantao da poltica ambiental,a Administrao Municipal dever obter anuncia do ConselhoMunicipal de Meio Ambiente.

    Seo IIDa Mobilidade Urbana

    Art. 66. A mobilidade urbana tem como princpio a inte-rao entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade.

    Pargrafo nico. Os transportes urbanos do Municpio se

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    44 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    III - construo de abrigos protetores para os usurios de

    transporte coletivo, em todos os pontos dentro dos limites doMunicpio;

    IV - implantao, de forma gradativa, do uso de nibusaprovados por setores competentes, objetivando maior conforto,segurana e condies de uso pblico em geral;

    V - incentivo de postos de venda de bilhetes e implantaogradativa de mquinas automticas de bilhetagem, visando

    diminuio do tempo de embarque dos usurios;VI - limitao da idade til dos nibus em dez anos;VII - manuteno da tarifa social, que cria subsdios indi-

    retos, gerando benefcio maior;VIII - garantir percentual mnimo de cinco por cento de

    veculos adaptados aos portadores de necessidades especiais nafrota de txi;

    IX - manter os veculos do transporte coletivo em boascondies de uso e no mesmo padro, independente dos locais eregies atendidas.

    Art. 69. assegurada a validade para bilhete de passageme o vale transporte sem reajuste, mesmo aps o aumento datarifa, em limites estabelecidos em lei.

    Art. 70.Compete ao Municpio, na forma da lei, planejar,organizar, implantar, controlar, scalizar e regulamentar o trans-

    porte pblico, no mbito do Municpio, bem como execut-lo,diretamente ou sob regime de concesso ou permisso.

    1 A delegao para a prestao dos servios de trans-porte pblico urbano, individual ou coletivo, ser outorgadaatravs de licitao, nos termos da legislao em vigor.

    2 A lei dispor sobre a organizao e a prestao dos

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    45Cmara Municipal de Juiz de Fora

    servios de transportes pblicos, respeitadas as interdependn-

    cias com outros Municpios, o Estado e a Unio. 3 Os contratos previstos no 1 obedecero a prazos

    denidos por lei e devidamente justicados, vedada a criaode reservas de mercado e de barreiras entrada de novos ope-radores.

    4 Por lei ser institudo qualquer subsdio ao custeio daoperao do transporte pblico coletivo, com base em critrios

    transparentes e objetivos de produtividade e ecincia, especi-cando, basicamente, o objetivo, a fonte, a periodicidade e obenecirio.

    5 O Municpio no admitir ameaa de interrupo oudecincia grave na prestao do servio por parte das empresasoperadoras de transporte coletivo.

    6 O Municpio, para assegurar a continuidade do servioou para sanar decincia grave em sua prestao, poder intervirna operao do servio, assumindo-o total ou parcialmente,mediante controle dos meios humanos e materiais como pessoal,veculos, ocinas, garagens ou outros.

    7 No ser permitido o monoplio privado no trans-porte urbano.

    Art. 71.Os custos das gratuidades concedidas no trans-porte coletivo urbano do Municpio no incidiro sobre a tarifa

    de passagem paga pelos usurios.Art. 72. Fica assegurado o passe livre nos coletivos s

    pessoas com decincia, de comprovada necessidade nan-ceira.

    Pargrafo nico. O passe livre ser extensivo ao acompa-nhante nos casos de comprovada necessidade.

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    46 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    Art. 73. O Municpio implantar sistema de semforos

    sonorizados e placas em Braile, objetivando maior seguranados cidados com decincia visual, em locais a serem denidosem lei.

    Art. 74 O Poder Executivo, sob nenhuma hiptese, poderdelegar a administrao do Fundo Municipal de Transportes aterceiros.

    Seo IIIDo Saneamento Bsico

    Art. 75.O Municpio, em consonncia com a sua pol-tica urbana e com o seu plano diretor, se responsabilizar pelaremoo do saneamento bsico em seu territrio.

    Art. 76. Os servios pblicos de saneamento no Muni-cpio sero prestados com base nos seguintes princpios funda-mentais:

    I - universalizao do acesso;II - integralidade, compreendida como conjunto de todas

    as atividades e componentes de cada um dos diversos serviosde saneamento bsico, propiciando populao o acesso na con-formidade de suas necessidades e maximizando a eccia dasaes e resultados;

    III - articulao com as polticas de desenvolvimentourbano e regional, de habitao, de combate pobreza e de suaerradicao, de proteo ambiental, de promoo da sade eoutras de relevante interesse social voltadas para a melhoria daqualidade de vida, para as quais o saneamento bsico seja fatordeterminante;

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    47Cmara Municipal de Juiz de Fora

    IV - ecincia e sustentabilidade econmica das aes de

    saneamento;V - transparncia das aes, baseada em sistemas de infor-

    mao, via internet, e processos decisrios institucionalizados;VI - controle social, por meio de Conselho Municipal de

    Saneamento;VII - segurana, qualidade e regularidade dos servios de

    saneamento;

    VIII - planejamento municipal de saneamento participa-tivo, com periodicidade quadrienal;IX - integrao das infraestruturas e servios com a gesto

    dos recursos hdricos;X - abastecimento de gua, esgotamento sanitrio, limpeza

    urbana e manejo dos resduos slidos, servios de drenagem ede manejo das guas pluviais realizados de formas adequadas sade pblica, proteo do meio ambiente, e do patrimniopblico e privado.

    Seo IVDa Poltica Rural

    Art. 77. O Municpio adotar programas de desenvol-vimento rural destinados a fomentar a produo agropecuria,

    organizar o abastecimento alimentar, promover o bem estar dohomem que vive do trabalho da terra e x-lo no campo, com-patibilizados com a poltica agrcola e com o plano de reformaagrria estabelecidos pela Unio.

    Art. 78.O Municpio, em regime de coparticipao com aUnio e o Estado, dotar o meio rural de:

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    48 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    I - assistncia tcnica e extenso rural;

    II - infraestrutura de servios sociais bsicos nas reas desade, educao, saneamento, habitao, transporte, energia,comunicao, segurana e lazer.

    Art. 79.O Municpio apoiar e estimular:I - o acesso dos produtores ao crdito e seguro rurais;II - a implantao de estruturas que facilitem a armaze-

    nagem, a comercializao e a agroindstria, bem como o artesa-

    nato rural;III - os servios de gerao e difuso de conhecimentos etecnologias;

    IV - a criao de instrumentos que facilitem a ao scali-zadora na proteo de lavouras, criaes e meio ambiente;

    V - a capacitao da mo de obra rural e a preservao dosrecursos naturais;

    VI - a construo de unidade de armazenamento comuni-trio e de redes de apoio ao abastecimento municipal;

    VII - a constituio e a expanso de cooperativas e outrasformas de associativismo e organizao rural, sob a orientaodas entidades sindicais;

    VIII - o plantio de espcies comercializveis com o obje-tivo de suprir a demanda de produtos lenhosos.

    Seo VDa Poltica Urbana

    Art. 80.A poltica urbana, executada pelo Municpio, obe-decer aos preceitos da lei, objetivando a gesto democrtica dacidade, o pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e

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    49Cmara Municipal de Juiz de Fora

    a garantia do bem-estar de seus habitantes.

    Art. 81.O planejamento e a urbanizao das vias pblicas,dos parques e dos demais espaos de uso pblico devero serconcebidos e executados de forma a torn-los acessveis para aspessoas com decincia ou com mobilidade reduzida, conformelei.

    Art. 82.O Municpio, para operacionalizar sua polticaeconmica e social, assentada na livre iniciativa e nos superiores

    interesses da coletividade, tem como instrumento bsico o planodiretor.Art. 83.O estabelecimento de diretrizes e normas rela-

    tivas ao desenvolvimento urbano dever assegurar:I - a urbanizao, a regularizao fundiria e a titulao

    das reas onde esteja situada a populao favelada e de baixarenda;

    II - a preservao das reas de explorao agrcola e pecu-ria e o estmulo a essas atividades primrias;

    III - a preservao, a proteo e a recuperao do meioambiente natural e cultural;

    IV - a criao de reas de especial interesse urbanstico,social, cultural, ambiental, turstico e de utilizao pblica;

    V - a participao das entidades comunitrias no estudo,no encaminhamento e na soluo dos problemas, planos, pro-

    gramas e projetos.Art. 84.Para assegurar as funes sociais da cidade e da

    propriedade, o Poder Pblico Municipal dispor dos seguintesinstrumentos:

    I - imposto progressivo cumulativo sobre a propriedadeterritorial urbana no edicada, incidindo sobre o nmero de

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    50 Cmara Municipal de Juiz de Fora

    lotes de um mesmo proprietrio;

    II - taxas e tarifas diferenciadas em funo de projetos deinteresse social;

    III - transferncia do direito de construir;IV - concesso de direito real de uso;V - parcelamento, edicao ou utilizao compulsrios;VI - desapropriao por interesse social ou utilidade

    pblica;

    VII - inventrios, registros, vigilncia e tombamento deimveis;VIII - contribuio de melhoria;IX - tributao dos vazios urbanos.Art. 85.A implantao da infraestrutura bsica e de equi-

    pamentos urbanos e comunitrios, destinados ao atendimento dapopulao de baixa renda, independer de reconhecimento deseus logradouros, da regularizao urbanstica ou de registro dasreas e de suas edicaes, cando sujeita a critrios especiaisde urbanizao, previstos em lei.

    Art. 86. Incumbe Administrao Municipal promovere executar programas de construo de moradias popularese garantir, em nvel compatvel com a dignidade da pessoahumana, condies habitacionais, saneamento bsico e acessoao transporte.

    Seo VIDa Poltica Habitacional

    Art. 87.O Municpio formular e implantar a polticamunicipal de habitao com objetivos, diretrizes, metas e ins-

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    trumentos de aes para promover o acesso moradia digna e

    melhoria das condies urbanas, devendo ser criadas ou refor-muladas o conjunto de normas construtivas e urbansticas e deprocedimentos administrativos, visando incentivar e facilitar ofuncionamento do setor habitacional.

    Pargrafo nico. Aprovada a poltica municipal de habi-tao, com participao efetiva de toda a sociedade e deliberaodo Conselho Municipal de Habitao, devero estar assegurados

    os recursos nanceiros para a sua implantao no oramentomunicipal, com a indicao das fontes nanceiras.Art. 88.Fica assegurado, atravs da Administrao Muni-

    cipal, o direito das famlias de baixa renda assistncia tcnicapblica e gratuita para o projeto e a construo de habitao deinteresse social, como parte integrante do direito social moradiadigna, conforme lei.

    CAPTULO IIDA ORDEM SOCIAL E ECONMICA

    Seo IDa Educao

    Art. 89. A educao, direito de todos, dever do Poder

    Pblico e da famlia, ser promovida e incentivada com a cola-borao da sociedade, com vistas ao pleno desenvolvimento dapessoa, seu preparo para o exerccio da cidadania e sua quali-cao para o trabalho.

    1 O Municpio promover a educao infantil e o ensinofundamental, em conformidade com a Lei Nacional de Diretrizes

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    e Bases de Educao, e complementarmente o ensino mdio e

    supletivo. 2 O Municpio oferecer prioritariamente populao

    de baixa renda, cursos preparatrios para concursos e vestibu-lares.

    3 O Municpio envidar esforos no sentido de articularcom o Estado e Unio mecanismos que propiciem cooperaotcnica e nanceira, de modo a que que assegurado o atendi-

    mento qualitativo da demanda educacional a todos os nveis. 4 Compete ao Poder Executivo assegurar a participaoefetiva dos segmentos sociais envolvidos no processo educa-cional, devendo, para esse m, instituir colegiados escolares emcada unidade educacional e eleio de direo escolar.

    5 O Municpio aplicar, anualmente, na manuteno edesenvolvimento do ensino, recursos mnimos correspondentesa vinte e cinco por cento das receitas municipais nos termos doart. 212 da Constituio da Repblica.

    6 O escotismo dever ser considerado como mtodocomplementar da educao, merecendo o apoio dos rgos domunicpio.

    Art. 90. A garantia da educao, pelo Poder PblicoMunicipal, se dar mediante:

    I - ensino fundamental, obrigatrio e gratuito, inclusive

    para os que a ele no tiveram acesso na idade prpria;II - progressiva extenso da gratuidade do ensino mdio,

    quando houver sido atendida toda a demanda da educaoinfantil e ensino fundamental;

    III - apoio s entidades especializadas, pblicas e privadas,sem ns lucrativos, para atendimento pessoa com necessidade

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    especial;

    IV - cesso de servidores para atendimento s fundaespblicas e entidades lantrpicas e comunitrias, sem ns lucra-tivos, de assistncia ao menor carente e ao excepcional, comodispuser a lei;

    V - atendimento gratuito em creche e pr-escola crianade at cinco anos de idade, com recursos para sua instalao,funcionamento e manuteno;

    VI - oferta do ensino noturno regular adequado s condi-es do educando;VII - atendimento ao educando no ensino fundamental

    atravs de programas suplementares de material didtico-es-colar, transporte, alimentao e assistncia sade;

    VIII - superviso e orientao educacional nas escolaspblicas municipais exercidas por prossionais habilitados;

    IX - passe escolar gratuito a aluno do sistema pblicomunicipal que no conseguir matrcula em escola prxima suaresidncia.

    1 O no oferecimento do ensino obrigatrio pelo PoderPblico, ou a sua oferta irregular, importa em responsabilidadeda autoridade competente.

    2 Compete ao Municpio, em colaborao com o Estado,recensear os educandos de ensino fundamental e, mediante ins-

    trumentos de controle, zelar pela frequncia escola.Art. 91.O Municpio assegurar s pessoas com deci-

    ncia o direito educao bsica e prossionalizante gratuitasem limite de idade.

    Pargrafo nico. Os professores e especialistas de edu-cao da rede municipal de educao, que trabalharem com

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    classe de alunos com decincia mental, auditiva e visual, tero

    direito a um acrscimo de vinte por cento em sua remunerao.

    Seo IIDa Sade

    Art. 92. A sade direito de todos e dever do PoderPblico, assegurada mediante polticas sociais, econmicas,

    ambientais e outras que tenham por nalidade a eliminao dorisco de doena e de agravos e o acesso universal e igualitrio saes e servios para sua promoo e recuperao, sem qualquerdiscriminao.

    Pargrafo nico. O direito sade implica em condiesdignas de trabalho, saneamento, moradia, alimentao, edu-cao, transporte, lazer, informao e participao.

    Art. 93. As aes de sade so de natureza pblica,devendo sua execuo ser feita, preferencialmente, atravs dosservios ociais e atravs de servios de terceiros.

    1 As instituies privadas podero participar do sistemade sade do Municpio, segundo as diretrizes deste, mediantecontrato de direito pblico, com preferncia s entidades lan-trpicas e sem ns lucrativos.

    2 As instituies privadas de sade a que se refere o

    pargrafo anterior, sero scalizadas pelo municpio nas ques-tes de controle de qualidade, de informaes e registros deatendimentos, conforme os cdigos sanitrios e as normas per-tinentes.

    3 O Poder Pblico Municipal poder intervir ou desa-propriar o servio de natureza privada necessrio ao alcance dos

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    objetivos do sistema, em conformidade com a lei.

    Art. 94.As aes e servios de sade integram uma rederegionalizada e hierarquizada e constituem o Sistema Municipalde Sade, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

    I - distritalizao dos recursos, tcnicas e prticas;II - integralidade na prestao das aes de sade ade-

    quadas s realidades epidemiolgicas;III - participao deliberativa de entidades representativas

    e de prestadores de servios na formulao, co-gesto e controleda poltica municipal e das aes de sade, atravs do ConselhoMunicipal da Sade;

    IV - o Municpio estimular a participao popular e o con-trole social no SUS, garantindo as condies materiais e nan-ceiras para o funcionamento regular dos Conselhos de Sade,Conferncias de Sade e as que possuam interface com o setorde sade;

    V - participao da ouvidoria municipal de sade na sca-lizao e intermediao entre o gestor municipal de sade e osusurios, prestadores de servios e servidores pblicos do setor;

    VI - organizao das redes de ateno sade por ciclo devida ou grupos prioritrios e da rede de urgncia e emergncia,sendo competncia da Ateno Primria Sade a coordenaodas mesmas.

    Art. 95.O Sistema Municipal de Sade ser nanciadocom recursos da Seguridade Social, da Unio, do Estado e doMunicpio, alm de outras fontes.

    1 O Municpio aplicar, anualmente, em aes e serviospblicos de sade recursos mnimos correspondente a quinze porcento das receitas municipais calculado nos termos do inciso III,do 2, do art. 198, da Constituio da Repblica.

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    2 Os recursos nanceiros do Sistema Municipal de

    Sade sero administrados pelo Fundo Municipal de Sade esubordinados a scalizao e controle do Conselho Municipalde Sade.

    3 A instalao de quaisquer novos servios pblicosou privados de sade deve ser discutida e aprovada no mbitodo Conselho Municipal de Sade, bem como acesso a todas asinformaes necessrias ao cumprimento do seu carter deli-

    berativo, obedecidos os programas e normas governamentais econstitucionais.Art. 96.O plano municipal de sade ser a base das ati-

    vidades e programao do Sistema nico de Sade Municipale seu nanciamento ser previsto na lei oramentria anual doMunicpio.

    Pargrafo nico. vedada a aplicao de recursos nan-ceiros de aes no previstas no plano municipal de sade,exceto em situaes emergenciais ou de calamidade pblica narea da sade.

    Art. 97.O Municpio utilizar critrios de discriminaopositiva na implementao de polticas pblicas de sade, prio-rizando os grupos sociais, comunidades, familiares e pessoasmais vulnerveis ou expostas a situaes de risco, atravs deimplementao de aes de promoo, proteo e recuperao

    da sade.Pargrafo nico. Esta priorizao dar-se- no plano muni-

    cipal de sade e na programao anual em sade, sendo que asleis oramentrias devero contemplar tais prioridades.

    Art. 98. Compete ao Municpio, no mbito do Sistemanico de Sade, alm de outras atribuies previstas na Legis-

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    lao Federal:

    I - o planejamento das aes de sade a serem introduzidasno plano municipal de sade e no plano plurianual, devero serelaboradas de quatro em quatro anos e revisadas quando da pro-gramao anual em sade;

    II - a administrao do fundo municipal de sade e a ela-borao de proposta oramentria;

    III - o controle da produo ou extrao, armazenamento,

    transporte e distribuio de substncias, produtos, mquinas eequipamentos que possam apresentar riscos sade da popu-lao;

    IV - o planejamento e a execuo de aes de vigilnciaepidemiolgica e sanitria, incluindo aquelas relativas sadedos trabalhadores e ao meio ambiente, em articulao com osdemais rgos e entidades governamentais;

    V - a normatizao complementar e a padronizao dosprocedimentos relativos sade, por meio de cdigo sanitriomunicipal;

    VI - a formulao e implementao de poltica de recursoshumanos na esfera municipal, garantindo a educao continuadados prossionais;

    VII - o controle dos servios especializados em seguranae medicina do trabalho;

    VIII - a execuo, no mbito do Municpio, dos programase projetos estratgicos para enfrentar as p