lei orgânica do municipio de buritizal

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Lei Orgânica Do Municipio de Buritizal

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    AEXO III

    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE BURITIZAL

    NDICE

    TTULO I

    DA ORGANIZAO MUNICIPAL

    CAPTULO I - DOS MUNICPIOS

    Seo I Disposies Gerais (art 1 ao 5)

    CAPTULO II - DA COMPETNCIA DO MUNICPIO

    Seo I Da Competncia Privativa (art. 6)

    Seo II - Da Competncia Comum (art. 7)

    CAPTULO III - DAS VEDAES (art. 8)

    TTULO II

    DOS PODERES DO MUNICPIO

    CAPTULO I - DA ORGANIZAO DO PODER LEGISLATIVO

    Seo I - Da Cmara Municipal (art. 9)

    Seo II - Do Funcionamento da Cmara Municipal (art. 10 ao 15)

    Seo III Das Reunies (art. 16 ao 20)

    Seo IV Das Comisses (art. 21 ao 22)

    Seo V - Das Atribuies e Funes da Cmara Municipal (art. 23 ao 28)

    Seo VI Dos Vereadores (art. 29 ao 33)

    Seo VII Do Processo Legislativo (art. 34 ao 45)

    Seo VIII Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria (art. 46 ao 47)

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    CAPTULO II - DO PODER EXECUTIVO

    Seo I Do Prefeito e do Vice-Prefeito (art. 48 ao 59)

    Seo II Das Atribuies do Prefeito (art. 60 ao 61)

    Seo III Dos Auxiliares do Prefeito (art. 62 ao 67)

    TTULO III

    DA ORGANIZAO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL

    CAPTULO I - DA ADMINISTRAO PBLICA

    Seo I Disposies Gerais (art. 68 ao 70)

    Seo II Dos Servidores Pblicos (art. 71 ao 77)

    Seo III Da Segurana Pblica (art. 78)

    CAPTULO II - DOS ATOS MUNICIPAIS

    Seo I Da Publicidade dos Atos Municipais (art. 79)

    Seo II Dos Atos Administrativos (art. 80 ao 81)

    Seo III Das Proibies (art. 82 ao 83)

    Seo IV Das Certides (art. 84)

    CAPTULO III - DOS BENS MUNICIPAIS (art. 85 ao 102)

    CAPTULO IV - DAS OBRAS E SERVIOS MUNICIPAIS (art. 103 ao 106)

    CAPTULO V - DAS LICITAES (art. 107)

    CAPTULO VI - DA ADMINISTRAO TRIBUTRIA E FINANCEIRA

    Seo I Da Receita e da Despesa (art. 108 ao 119)

    Seo II Do Oramento (art. 120 ao 125)

    TTULO IV

    DA ORDEM SOCIAL

    CAPTULO I - DA SEGURIDADE SOCIAL

    Seo I Disposies Gerais (art. 126)

    Seo II Da Previdncia e Assistncia Social (art. 127 ao 135)

    CAPTULO II - DA EDUCAO, DA FAMLIA, DA CULTURA, DO DESPORTO E DO LAZER

    Seo I Da Educao (art. 136 ao 143)

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    Seo II Da Famlia, da Cultura, do Desporto e do Lazer (art. 144 ao 149)

    TTULO V

    DA ORDEM ECONMICA

    CAPTULO I - DISPOSIES GERAIS (art. 150 ao 151)

    CAPTULO II - DA POLTICA URBANA (art. 152 ao 158)

    CAPTULO III - DO MEIO AMBIENTE (art. 159 ao 161)

    CAPTULO IV - DA DEFESA DO CONSUMIDOR (art. 162)

    TTULO VI

    DISPOSIES GERAIS E TRANSITRIAS (art. 1 ao 5)

    LEI ORGNICA DO MUNICPIO DE BURITIZAL

    TTULO I

    DA ORGANIZAO MUNICIPAL

    CAPTULO I - DOS MUNICPIOS

    Seo I Disposies Gerais

    Artigo 1 - O Municpio de Buritizal, pessoa jurdica de direito pblico interno, no pleno uso de sua autonomia poltica, administrativa e financeira, reger-se- por esta Lei Orgnica, atendidos os princpios estabelecidos nas Constituies Federal e Estadual.

    Artigo 2 - So Poderes do Municpio, Independentes e harmnicos entre si, o Legislativo e o Executivo.

    Pargrafo nico - So smbolos do Municpio a Bandeira, o Hino e o Braso.

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    Artigo 3 - Constituem bens do Municpio todas as coisas mveis e imveis, direitos e aes que a qualquer ttulo lhe pertenam.

    Artigo 4 - A sede do Municpio d-lhe o nome e tem categoria de cidade.

    Artigo 5 - O Municpio poder dividir-se, para fins administrativos, em Distritos a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos mediante Lei Municipal, obedecidos os requisitos previstos em Lei Complementar, e dependero de consulta prvia, mediante plebiscito, s populaes diretamente interessadas, observadas a Legislao Estadual.

    CAPTULO II - DA COMPETNCIA DO MUNICPIO

    Seo I Da competncia Privativa

    Artigo 6 - Ao Municpio compete prover a tudo quanto diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem estar de sua populao, cabendo-lhe privativamente, dentre outras, as seguintes atribuies:

    I - legislar sobre assuntos de interesse local;

    II - suplementar a Legislao Federal e Estadual no que couber;

    III - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, conforme diretrizes gerais fixadas em Lei Federa;

    IV - elaborar o oramento anual e plurianual, prevendo a receita e fixando a despesa, com base em planejamento adequado;

    V - elaborar a Lei de Diretrizes Oramentrias;

    VI - criar, organizar e suprir Distritos, observada a Legislao Estadual;

    VII - manter, com a cooperao tcnica e financeira da Unio e do Estado, programas de educao infantil e de ensino fundamental;

    VIII - instituir e arrecadar tributos de sua competncia, fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preos pblicos, bem como aplicar rendas com obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes de acordo com normas e prazos fixados em lei;

    IX - dispor sobre concesso, permisso, autorizao, organizao, administrao e execuo dos servios pblicos locais;

    X - dispor sobre a administrao, utilizao e alienao dos bens pblicos;

    XI - organizar o quadro de servidores para atender a demanda da administrao direta, autrquica e fundacional, estabelecendo direitos, deveres, forma de admisso e plano de carreira;

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    XII - organizar e prestar, prioritariamente, por administrao direta, ou sob regime de concesso ou permisso dos servios pblicos de interesse local, inclusive o de transporte coletivo, que tem carter essencial;

    XIII - promover, no que lhe couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento, o controle do uso, do parcelamento e da ocupao do solo;

    XIV - estabelecer normas de edificao, loteamento, arruamento e de zoneamento urbano e rural, bem como as limitaes convenientes ordenao do seu territrio;

    XV - conceder licena ou autorizao para abertura e funcionamento de estabelecimentos Industriais, Comerciais e similares, conforme a lei de zoneamento;

    XVI - fazer cessar, no exerccio do poder de polcia administrativa, as entidades que violarem as normas de sade, higiene, sossego, segurana, meio ambiente e bons costumes, observando a Legislao Federal;

    XVII - estabelecer servides administrativas necessrias realizao de seus servios, inclusive a dos seus concessionrios;

    XVIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriao por necessidade ou utilidade pblica ou interesse social, observando a legislao federal;

    XIX - regular a disposio, o traado e as demais condies dos bens pblicos de uso comum;

    XX - regulamentar a utilizao dos logradouros pblicos e, especialmente, no permetro urbano:

    a) determinar o itinerrio e os pontos de parada dos transportes coletivos;

    b) fixar os locais de estacionamento de txis e demais veculos;

    c) fixar e sinalizar as zonas de silencio e de trnsito e trfego em condies especiais;

    d) disciplinar os servios de carga e descarga e fixar a tonelagem mxima permitida a veculos que circulam em vias pblicas municipais;

    e) tornar obrigatria a utilizao da estao rodoviria, quando houver;

    f) sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fiscalizar sua utilizao;

    g) promover a limpeza das vias e logradouros pblicos, remoo e destino do lixo domiciliar e de outros resduos de qualquer natureza;

    XXI - conceder, permitir ou autorizar os servios de transporte coletivo e de txis, fixando as respectivas tarifas;

    XXII - ordenar as atividades urbanas, fixando condies e horrios para funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e similares, observadas as normas federais e estaduais pertinentes;

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    XXIII - dispor sobre os servios funerrios e de cemitrios, encarregando-se daqueles que forem pblicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas;

    XXIV- regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a afixao de cartazes e anncios, bem como a utilizao de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polcia Municipal;

    XXV- prestar servios de atendimento sade da populao, mediante assistncia nas emergncias mdico-hospitalares e de pronto-socorro, por seus prprios servios ou mediante convnio com instituies especializadas;

    XXVI- organizar e manter os servios de fiscalizao necessrios ao exerccio do seu poder de polcia administrativa;

    XXVII- fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medidas e condies sanitrias dos gneros alimentcios;

    XXVIII- dispor sobre o depsito e venda de animais e mercadorias apreendidas em decorrncia de transgresso da Legislao Municipal;

    XXIX- dispor sobre registro, vacinao e captura de animais;

    XXX- estabelecer e impor penalidades por infrao de suas leis e regulamentos;

    XXXI- promover os seguintes servios:

    a) mercados, feiras e matadouros;

    b) construo e conservao de estradas e caminhos municipais;

    c) transportes coletivos de aluguel, inclusive o uso de taxmetro;

    d) iluminao pblica.

    XXXII- assegurar a expedio de certides requeridas s reparties administrativas municipais para defesa de direitos e esclarecimentos de situaes, estabelecendo os prazos de atendimentos;

    XXXIII- proteger o Patrimnio histrico-cultural local;

    XXXIV- instituir contribuio, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefcio destes, de sistemas de previdncia e assistncia social;

    XXXV- integrar consrcio com outros municpios para soluo de problemas comuns;

    XXXVI- constituir guarda municipal destinada proteo de seus bens, servios e instalaes, regulamentada por lei complementar.

    Pargrafo nico - As normas de loteamento e arruamento a que se refere o inciso XIV deste artigo, devero exigir reserva de reas destinadas a:

    a) zonas verdes e demais logradouros pblicos;

    b) vias de trfego e de passagem de canalizaes pblicas, de esgotos e de guas pluviais nos fundos dos vales;

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    c) passagem de canalizaes pblicas, de esgotos e de guas pluviais com largura mnima de dois metros nos fundos dos lotes, cujo desnvel seja superior a um metro da frente ao fundo.

    Seo II - Da Competncia Comum

    Artigo 7 - da competncia comum da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios o que dispe no artigo 23, inciso I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII e pargrafo nico da Constituio Federal.

    CAPTULO III - DAS VEDAES

    Artigo 8 - Ao Municpio vedado:

    I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los ou embaraar-lhes o funcionamento;

    II - recusar f aos documentos pblicos;

    III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si;

    IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo com recursos pertencentes aos cofres pblicos, quer pela imprensa, rdio, televiso, servios de alto falante ou qualquer outro meio de comunicao, propaganda poltico-partidria ou afins estranhos administrao;

    V - manter publicidade de atos, programas, obras, servios e campanhas de rgos pblicos que no tenham carter educativo, informativo ou de orientao social, assim como a publicidade da qual constem nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos;

    VI - outorgar isenes e anistias fiscais, ou permitir a remisso de dvidas, sem interesses pblicos justificados, sob pena de nulidade do ato;

    VII - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;

    VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situao em razo de ocupao profissional ou funo por eles exercida, independentemente da denominao jurdica dos rendimentos, ttulos ou direitos;

    IX - estabelecer diferena tributria entre bens e servios, de qualquer natureza, em razo de sua procedncia ou destino;

    X - cobrar tributos:

    a) em relao a fatos geradores ocorridos antes de incio da vigncia da Lei que os houver aumentado;

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    b) no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os institui ou aumentou;

    c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alnea b;

    XI - utilizar tributos com efeito de confisco;

    XII - estabelecer limitaes no trfego de pessoas ou bens, por meio de tributos, ressalvada a cobrana de pedgio pela utilizao de vias conservadas pelo poder pblico;

    XIII - instituir impostos sobre:

    a) patrimnio, renda ou servios da Unio, do Estado e de outros municpios;

    b) templos de qualquer culto;

    c) patrimnio, renda ou servios de partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da Lei federal;

    d) livros, jornais peridicos e o papel destinado sua impresso.

    1- A vedao do inciso XIII extensiva s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo poder publico, no que se refere ao patrimnio, renda, e aos servios, vinculados s suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes.

    2- As vedaes do inciso XIII, a e do pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios, vinculados ou relacionados com explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis a empreendimentos privados, ou em que haja contra-prestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o promitente comprador da obrigao de pagar impostos relativamente ao bem imvel.

    TTULO II

    DOS PODERES DO MUNICPIO

    CAPTULO I - DA ORGANIZAO DO PODER LEGISLATIVO

    Seo I - Da Cmara Municipal

    Artigo 9 - O Poder Legislativo do Municpio exercido pela Cmara Municipal, composta por Vereadores, representantes do povo, com mandato de quatro anos, eleitos no Municpio pelo voto direto, por sistema proporcional.

    1 - O nmero de vereadores da Cmara Municipal ser proporcional populao do Municpio e fixado pela Constituio Federal, Lei Federal ou pela Justia Eleitoral.

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    2 - A populao, para fim do clculo do nmero de vereadores, ser a certificada pelo IBGE como a efetiva, ou, na impossibilidade, a estimada para a data a ser considerada.

    3 - So condies de elegibilidade para o mandato de vereador:

    I - nacionalidade brasileira;

    II - pleno exerccio dos direitos polticos;

    III - alistamento eleitoral;

    IV - domiclio eleitoral na circunscrio do Municpio;

    V - idade mnima de 18 anos;

    VI - filiao partidria;

    VII - ser alfabetizado.

    Seo II - Do Funcionamento da Cmara Municipal

    Artigo 10 - A Cmara Municipal reunir-se- em sesso legislativa anual, independente de convocao, de 15 de fevereiro a 30 de junho e 1 de agosto a 15 de dezembro.

    1- As reunies marcadas para estas datas sero transferidas para o primeiro dia til subsequente quando recarem em sbados, domingos e feriados.

    2- A Cmara se reunir em sesses ordinrias, extraordinrias ou solenes, conforme dispuser seu regimento interno .

    3- Cada legislatura ter a durao de quatro anos, compreendendo cada ano uma sesso legislativa.

    4- A sesso legislativa ordinria no ser interrompida sem aprovao do Projeto de Lei de Diretrizes Oramentrias e do Projeto de Lei do Oramento Anual.

    Artigo 11 - No 1 ano da legislatura, a Cmara Municipal reunir-se- no dia 1 de janeiro, s 00h e 30min, para posse e compromisso dos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito, do ano subsequente ao da eleio.

    Artigo 12 - A posse ocorrer em sesso solene, que se realizar independente do nmero de vereadores, sob a presidncia do vereador mais votado entre os presentes.

    1 - Se decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-Prefeito, salvo motivo justificado, aceito pela Cmara, no tiver assumido o cargo, este ser declarado vago pelo Plenrio.

    2 - Enquanto no ocorrer a posse do Prefeito, assumir o Vice-Prefeito, e, na falta ou impedimento deste, o Presidente da Cmara .

    3 - Enquanto no ocorrer a eleio da Mesa, assumir o cargo, no caso do pargrafo 2, o vereador mais votado at a eleio do novo presidente.

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    4 - No ato da Posse, Prefeito e Vice-Prefeito devero desincompatibilizar-se, e, na mesma ocasio e ao trmino do mandato fazer declarao pblica de seus bens, as quais sero transcritas em livro prprio, constando da ata o seu resumo.

    5 - O vereador que no tomar posse na sesso pertinente dever faz-lo dentro do prazo de quinze dias, sob pena de perda do mandato, salvo motivo justo , aceito pela maioria absoluta dos membros da Cmara .

    6 - No ato da posse e ao trmino do mandato dever ser feita a desincompatibilizao e declarao de bens dos vereadores, as quais ficaro arquivadas na Cmara, constando das respectivas atas o seu resumo.

    Artigo 13 - Nas sesses preparatrias de que trata o artigo 11, aps a posse, os vereadores se reuniro, sob a presidncia do mais votado dentre os presentes, e, havendo maioria absoluta dos membros da Cmara, elegero os componentes da Mesa que sero automaticamente empossados.

    1 - Inexistindo nmero legal, o vereador mais votado, entre os presentes, permanecer na presidncia e convocar sesses dirias, at que seja eleita a Mesa.

    2 - Os mandatos dos membros da Mesa e das Comisses Permanentes tero durao de 02 (dois) anos, permitida a reeleio de seus membros.

    Artigo 14 - A Mesa da Cmara compe-se do Presidente, 1 Secretrio e 2 Secretrio que se substituiro nesta ordem.

    1 - Na Constituio da Mesa assegurada, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa.

    2 - Qualquer componente da Mesa poder ser destitudo da Mesa, pelo voto de dois teros dos membros da Cmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuies regimentais, elegendo-se outro vereador para a complementao do mandato.

    3 - Na ausncia dos membros da Mesa, o vereador mais idoso assumir a presidncia, designando 1 e 2 secretrio entre os presentes.

    Artigo 15 - A maioria, a minoria, as representaes partidrias com nmero de membros superior a 1/10 da composio da Casa, e os blocos parlamentares tero Lder e Vice- Lder.

    1- A indicao dos lderes ser feita em documento subscrito pelos membros das representaes majoritrias, blocos parlamentares ou partidos polticos Mesa, nas vinte e quatro horas que se seguirem a primeira reunio preparatria da Cmara.

    2- Os lderes indicaro os respectivos vice-lderes, dando conhecimento Mesa dessa designao.

    3- Alm de outras atribuies previstas no regimento interno, os lderes indicaro os representantes partidrios nas Comisses da Cmara.

    4- Ausente ou impedido o lder, suas atribuies sero exercidas pelo vice-lder.

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    Seo III Das Reunies

    Artigo 16 - As Sesses sero pblicas, salvo deliberao em contrrio, aprovada por dois teros de seus membros, quando ocorrer motivo de relevante interesse pblico ou de preservao do decoro parlamentar.

    1- Comprovada a impossibilidade de acesso ao recinto da Cmara, ou outra causa que impea sua utilizao, podero ser realizadas em outro local designado pela Mesa da Cmara.

    2 - As sesses solenes podero ser realizadas fora do recinto da Cmara.

    Artigo 17 - As deliberaes da Cmara sero tomadas por maioria de votos, presente, no mnimo, a maioria absoluta de seus membros.

    Artigo 18 - As sesses somente podero ser abertas com a presena de, no mnimo, um tero dos membros da Casa.

    Pargrafo nico - Considerar-se- presente sesso o vereador que assinar o livro de presena at o inicio da ordem do dia, participar dos trabalhos do Plenrio e das votaes.

    Artigo 19 - O voto ser pblico, salvo nos seguintes casos:

    I - no julgamento de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores;

    II - na eleio dos membros da Mesa e seus substitutos.

    Artigo 20 - A convocao extraordinria da Cmara Municipal far-se- :

    I - pelo Prefeito, quando este a entender necessria;

    II - pelo Presidente, ou pela maioria absoluta da Cmara, em caso de urgncia ou interesse pblico relevante;

    III - pela Comisso representativa da Cmara, conforme previsto nesta Lei Orgnica;

    1- Na sesso extraordinria, a Cmara Municipal somente deliberar sobre a matria para a qual foi convocada.

    2- A convocao para a sesso extraordinria dever ser feita, por escrito, at vinte e quatro horas antes da reunio, sob pena de responsabilidade.

    Seo IV Das Comisses

    Artigo 21 - A Cmara ter Comisses permanentes e especiais.

  • 12

    Pargrafo nico Na formao das Comisses, assegurar-se-, tanto quanto possvel, a representao proporcional dos partidos ou blocos partidrios que participem da Cmara.

    Artigo 22 - s Comisses, em razo da matria de sua competncia definida no regimento interno, cabe:

    I - discutir e votar projetos de Lei que dispensar, na forma do regimento interno, a competncia do Plenrio, salvo se houver recursos de um quinto dos membros da Casa;

    II - realizar audincias pblicas com entidades da sociedade civil;

    III - convocar secretrios municipais ou diretores equivalentes para prestar, pessoalmente, informaes sobre assunto inerente s suas atribuies, sob as penas da lei, em caso de ausncia sem justificao adequada;

    IV - receber peties, reclamaes, representaes ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omisses das autoridades ou entidades pblicas;

    V - tomar depoimento de qualquer autoridade de administrao pblica Municipal e solicitar o do cidado;

    VI - exercer, no mbito de sua competncia, a fiscalizao dos atos do Executivo e da Administrao indireta;

    VII - acompanhar execuo oramentria, fiscalizar e apreciar programas de obras, planos setoriais de desenvolvimento e, sobre eles, emitir parecer, mediante requerimento de um quarto dos membros da Cmara.

    Pargrafo nico - As Comisses especiais, de carter temporrio, criadas por deliberao do Plenrio, sero destinadas s finalidades regulamentadas no Regimento Interno.

    Seo V - Das Atribuies e Funes da Cmara Municipal

    Artigo 23 - Compete Cmara Municipal, com a sano do Prefeito, dispor sobre todas as matrias de competncia do Municpio, em especial sobre:

    I - tributos municipais, bem como aplicao de suas rendas;

    II - isenes e anistias fiscais e a remisso de dvidas;

    III - plano plurianual de investimentos, diretrizes oramentrias e oramento anual, bem como autorizao de abertura de crditos suplementares e especiais;

    IV - obteno e concesso de emprstimos e operaes de crdito, bem como a forma e os meios de pagamento;

    V - concesso de auxlios e subvenes;

    VI - autorizao e concesso de servios pblicos;

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    VII - autorizao de concesso de direito real de uso de bens municipais;

    VIII - autorizao de concesso administrativa de uso de bens municipais;

    IX - alienao de bens imveis;

    X - autorizao de aquisio de bens imveis, salvo quando se tratar de doao sem encargos;

    XI - criao, transformao e extino de cargos, empregos ou funes pblicas e fixao dos respectivos vencimentos inclusive os dos servios da Cmara;

    XII - atribuies a Secretrios ou Diretores equivalentes e rgos da administrao pblica, inclusive os rgos colegiados;

    XIII - plano Diretor de desenvolvimento integrado;

    XIV - autorizao de convnios com entidades pblicas ou particulares e consrcios com outros municpios;

    XV - delimitao do permetro urbano;

    XVI - autorizao de alterao da denominao de prprios, vias e logradouros pblicos;

    XVII - estabelecimento de normas urbansticas, particularmente as relativas a zoneamento e loteamento.

    Artigo 24 - Por deliberao da maioria de seus membros, a Cmara poder convocar Secretrio Municipal ou Diretor equivalente para, pessoalmente, prestar informaes acerca de assuntos previamente estabelecidos.

    1- A falta de comparecimento de Secretrio Municipal ou Diretor equivalente sem justificativa razovel ser considerada desacato Cmara, e, se o Secretrio ou Diretor for vereador licenciado, o no comparecimento nas condies mencionadas caracterizar procedimento incompatvel com a dignidade da Cmara, para instaurao do respectivo processo, na forma da Lei Federal, e, consequente cassao de mandato.

    2- O Secretrio Municipal ou o Diretor equivalente, ao seu pedido, poder comparecer perante o Plenrio ou qualquer Comisso da Cmara para expor assunto e discutir Projeto de Lei ou qualquer outro ato normativo relacionado com seu servio administrativo.

    Artigo 25 - A Mesa da Cmara poder encaminhar pedidos escritos de informaes ao Prefeito, aos Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes, sobre assuntos da administrao, importando crime de responsabilidade o no atendimento no prazo de quinze dias, bem como a prestao de informao falsa.

    Artigo 26 - Mesa, dentre outras atribuies compete:

    I - tomar todas as medidas necessrias regularidade dos trabalhos legislativos;

    II - propor projetos que criem ou extingam cargos nos servios da Cmara e fixem os respectivos vencimentos;

  • 14

    III - apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de crdito suplementares ou especiais, atravs do aproveitamento total ou parcial das consignaes oramentrias da Cmara;

    IV - promulgar a Lei Orgnica e suas emendas;

    V - representar junto ao Executivo, sobre necessidades de economia interna;

    VI - contratar, na forma da lei, por tempo determinado, para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico.

    Artigo 27 - Dentre outras atribuies, compete ao Presidente da Cmara;

    I - representar a Cmara em juzo ou fora dele;

    II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Cmara;

    III - interpretar e fazer cumprir o regimento interno;

    IV - promulgar as resolues e decretos legislativos;

    V - promulgar as Leis com sano tcita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo plenrio, desde que no aceita esta edio em tempo hbil pelo Prefeito;

    VI - fazer publicar os Atos da Mesa, as resolues, decretos legislativos e as leis que vier a promulgar;

    VII - autorizar as despesas da Cmara;

    VIII - representar, por deciso da Cmara, sobre a inconstitucionalidade de Lei ou ato Municipal;

    IX - solicitar, por deciso da maioria absoluta da Cmara a interveno no Municpio nos casos admitidos pelas Constituies Federal e Estadual;

    X - manter a ordem no recinto da Cmara, podendo solicitar a fora necessria para esse fim;

    XI - encaminhar, para parecer prvio, a prestao de contas do Municpio ao Tribunal de Contas do Estado ou ao rgo a que for atribuda tal competncia.

    Artigo 28 - Compete, privativamente, Cmara Municipal exercer as seguintes Atribuies, entre outras:

    I - eleger a Mesa, bem como destitu-la na forma regimental e constituir as Comisses;

    II - elaborar seu regimento interno, dispondo sobre sua organizao poltica e provimento de cargos de seus servios e, especialmente sobre:

    a) sua instalao e funcionamento;

    b) posse de seus membros;

    c) eleio da Mesa, sua composio e suas atribuies;

    d) nmero de reunies mensais;

  • 15

    e) comisses;

    f) sesses;

    g) deliberaes

    h) todo e qualquer assunto de sua administrao interna.

    III - dispor sobre a organizao de sua secretaria, dos servios administrativos internos, funcionamento, polcia, criao, transformao ou extino dos cargos, empregos e funes de seus servios, bem como provimento e fixao da respectiva remunerao, observados os parmetros estabelecidos na Lei de diretrizes oramentrias;

    IV - dar posse ao Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, conhecer da sua renncia e afast-los do exerccio do cargo, na forma legal;

    V - conceder licena ao Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores;

    VI - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Municpio por mais de quinze dias, por necessidade de servio ou doena;

    VII - tomar e julgar as contas da Prefeitura Municipal, deliberando sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado de So Paulo, observando os seguintes preceitos:

    a) O parecer do Tribunal somente deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara.

    VIII julgar e, eventualmente, decretar a perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos indicados na Constituio Federal, nesta Lei Orgnica, no Regimento Interno e na Legislao Federal aplicvel;

    IX - autorizar a realizao de emprstimos, operaes ou acordo externo de qualquer natureza, de interesse do Municpio;

    X - proceder tomada de contas do Prefeito, atravs de comisso especial, quando no apresentados Cmara dentro dos prazos previstos em lei;

    XI - aprovar convnio, acordo ou qualquer outro instrumento celebrado pelo Municpio com a Unio, o Estado, outra pessoa jurdica de direto pblica interno ou entidades assistenciais e culturais;

    XII - estabelecer e mudar temporariamente o local de suas reunies;

    XIII - convocar o Prefeito, Secretrios do Municpio ou Diretores equivalentes, dirigentes de autarquias, empresa pblica, sociedade de economia mista ou fundao instituda ou mantida pelo poder pblico Municipal para prestar esclarecimentos, aprazando dia e hora para o comparecimento;

    XIV - deliberar sobre o adiamento e suspenso de suas reunies;

    XV - criar comisso especial de inqurito sobre fato determinado, que se inclua na competncia Municipal, por prazo certo, mediante requerimento de um tero de seus membros;

  • 16

    XVI - conceder ttulo de cidado honorrio ou conferir homenagem a pessoas que reconhecidamente tenham prestado relevantes servios ao Municpio ou nele destacado pela atuao exemplar na vida pblica e particular, mediante proposta aprovada pelo voto de dois teros dos membros da Cmara;

    XVII - solicitar a interveno do Estado no Municpio;

    XVIII - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, includos os da administrao indireta;

    XIX fixar, mediante Lei, o subsdio do Prefeito, Vice-Prefeito, vereadores e secretrios municipais, respeitando os limites e parmetros estabelecidos pela legislao pertinente.

    Seo VI Dos Vereadores

    Artigo 29 - Os vereadores so inviolveis no exerccio do mandato e na circunscrio do Municpio, por suas opinies, palavras e voto.

    Artigo 30 - vedado ao Vereador:

    I - Desde a expedio do diploma:

    a) firmar ou manter contrato com pessoa jurdica de direito pblico do Municpio, autarquia, empresa pblica, sociedade de economia mista, empresa concessionria de servio pblico ou fundao mantida pelo poder pblico, salvo quando o contrato obedecer clusulas uniformes;

    b) aceitar ou exercer cargo, funo ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissveis "ad nutum", nas entidades constantes da alnea anterior.

    II - Desde a posse:

    a) ocupar cargo ou funo de que sejam demissveis ad nutum, nas entidades referidas na alnea a do inciso I;

    b) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou municipal;

    c) ser proprietrio, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurdica de direito pblico do municpio, ou nela exercer funo remunerada;

    d) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere a alnea a do inciso I.

    Artigo 31 - Perder o mandato o Vereador:

    I - que infringir qualquer das proibies estabelecidas no artigo anterior;

    II - cujo procedimento for declarado incompatvel com o decoro parlamentar ou atentatrio s instituies vigentes;

  • 17

    III - que abusar das prerrogativas asseguradas ao vereador ou percepo de vantagens indevidas;

    IV - que deixar de comparecer, em cada sesso legislativa, tera parte das sesses ordinrias, 5 (cinco) ordinrias consecutivas ou 5 (cinco) extraordinrias consecutivas, salvo licena ou misso autorizada pela Cmara Municipal;

    V - que fixar residncia fora do Municpio;

    VI - que perder ou tiver suspensos os direitos polticos;

    VII - quando decretar a justia eleitoral, nos casos previstos na Constituio Federal;

    VIII - que sofrer condenao criminal em sentena transitada em julgado.

    1 - Nos casos dos incisos I, II, III, V e VIII, a perda do mandato ser decidida pela Cmara Municipal, por voto aberto e maioria absoluta, mediante provocao da Mesa ou de Partido poltico representado na Cmara, assegurada ampla defesa.

    2 - Nos casos previstos nos incisos IV e VII, a perda ser declarada pela Mesa da Cmara de ofcio ou mediante provocao de qualquer um de seus membros ou de partido poltico representado na Cmara Municipal, assegurada ampla defesa.

    3 - A renncia de vereador submetido a processo que vise ou possa levar perda do mandato, nos termos deste artigo, ter seus efeitos suspensos at as deliberaes finais de que tratam os pargrafos 1 e 2.

    Artigo 32 - No perder o mandato o Vereador:

    I - investido no cargo de Secretrio Municipal ou Diretor equivalente, considerando-se automaticamente licenciado;

    II - licenciado pela Cmara Municipal por motivo de doena ou para tratar, sem remunerao, de interesse particular, desde que o afastamento no ultrapasse cento e vinte dias por sesso legislativa;

    III - licenciado para desempenhar misses temporrias de carter cultural ou de interesse do Municpio;

    1- A licena para tratar de interesse particular no ser inferior a trinta dias e o vereador no poder reassumir o exerccio do mandato antes do trmino da licena.

    2 Independente de requerimento, considerar-se- licena o no comparecimento s reunies do vereador, temporariamente, privado de sua liberdade em virtude de processo criminal em curso.

    3- Na hiptese do inciso I, o Vereador poder optar pela remunerao do mandato.

    Artigo 33 - Dar-se- a convocao de suplente do Vereador nos casos de vaga ou licena superior a trinta dias.

    1- O suplente convocado dever tomar posse no prazo de quinze dias, contados da data de convocao, salvo justo motivo aceito pela Cmara, quando se prorrogar o prazo.

  • 18

    2- Enquanto a vaga a que se refere o pargrafo anterior no for preenchida, calcular-se- o quorum em funo dos vereadores remanescentes.

    Seo VII Do Processo Legislativo

    Artigo 34 - O Processo Legislativo Municipal compreende a elaborao de:

    I - emendas Lei Orgnica;

    II - leis complementares;

    III - leis ordinrias;

    IV - resolues;

    V - decretos Legislativos.

    Artigo 35 - A Lei Orgnica Municipal poder ser emendada mediante proposta:

    I - de um tero, no mnimo, dos membros da Cmara Municipal;

    II - do Prefeito;

    III - de cidado, mediante iniciativa popular, assinada, no mnimo, por cinco por cento do eleitorado do municpio;

    1 - As emendas Lei Orgnica sero discutidas e votadas em dois turnos, com interstcio mnimo de dez dias, considerando-se aprovadas quando obtiverem, em ambas as votaes, o voto de dois teros dos membros da Cmara Municipal.

    2 - As emendas Lei Orgnica sero promulgadas pela Mesa da Cmara com o respectivo nmero de ordem.

    3 - A Lei Orgnica no poder ser emendada na vigncia do estado de sitio ou de interveno no municpio.

    Artigo 36 - A iniciativa das leis compete a qualquer vereador, ao Prefeito, bem como aos cidados.

    Artigo 37 - A iniciativa popular poder ser exercida mediante a apresentao Cmara Municipal de Projeto de Emenda Lei Orgnica e projeto de Lei de interesse especifico do Municpio, subscrito por, no mnimo, cinco por cento do eleitorado.

    Pargrafo nico - No sero susceptveis de iniciativa popular matrias de iniciativa exclusiva ou privativa definidas nesta Lei Orgnica.

    Artigo 38 - Consideram-se complementares, entre outras leis:

    I o plano plurianual;

    II a lei das diretrizes oramentrias;

    III a lei de oramento anual;

  • 19

    IV o cdigo tributrio do Municpio;

    V o cdigo de Obras ou de Edificaes;

    VI o plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

    VII - o cdigo de Postura;

    VIII a lei instituidora do regime jurdico nico dos servidores municipais;

    IX a lei instituidora da guarda municipal;

    X a lei de criao, estruturao e atribuies de rgos da Administrao Municipal, direta ou indireta;

    XI a lei de criao de cargos, funes ou empregos pblicos.

    XII todas as leis sobre Cdigos e Estatutos;

    Pargrafo nico - As leis complementares somente sero aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos votos dos membros da Cmara Municipal, observados os demais termos de votao das leis ordinrias.

    Artigo 39 - So de iniciativa exclusiva do Prefeito as lei que disponham sobre:

    I o plano plurianual

    II as diretrizes oramentrias;

    III o oramento anual;

    IV - matria oramentria e a que autorize a abertura de crditos ou conceda auxlios, prmios e subvenes;

    V o plano Diretor de Desenvolvimento Integrado;

    VI o cdigo Tributrio;

    VII a criao, transformao ou extino de cargos, funes ou empregos pblicos na administrao direta e autarquia ligadas ao Poder Executivo, bem como a fixao da respectiva remunerao;

    VIII os servidores pblicos, seu regime jurdico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;

    IX a criao, estruturao e atribuies de rgos da Administrao pblica municipal, direta ou indireta, das Secretarias ou departamentos equivalentes.

    Artigo 40 - Ressalvado o disposto no pargrafo nico deste artigo, e inciso II do artigo 41, no ser admitida emenda que aumente a despesa prevista nos projetos de lei de iniciativa exclusiva ou privativa.

    Pargrafo nico - Os projetos de lei sobre o plano plurianual, diretrizes oramentrias e oramento anual somente podero receber emendas na conformidade do disposto na Constituio Federal, especialmente em seu artigo 166.

    Artigo 41 - Mesa, dentre outras atribuies, compete, privativamente:

  • 20

    I - propor projetos de lei que criem, transformem ou extingam cargos ou empregos da Cmara;

    II - apresentar projetos de lei dispondo sobre a abertura de crditos suplementares ou especiais, atravs da anulao parcial ou total da dotao da Cmara;

    III - propor projeto de lei fixando e alterando os vencimentos/salrios dos servidores da Cmara;

    IV - elaborar e expedir mediante ato, a discriminao analtica das dotaes oramentrias da Cmara, bem como alter-las quando necessrio;

    V - devolver tesouraria da Prefeitura Municipal o saldo do caixa existente na Cmara ao final do exerccio;

    VI - enviar ao Prefeito, no prazo estabelecido na legislao vigente, as contas do exerccio anterior;

    VII - nomear, promover, comissionar, conceder licenas, por em disponibilidade, demitir, aposentar e punir servidores da Cmara, nos termos da lei;

    VIII - declarar a perda do mandato do vereador por provocao de qualquer de seus membros ou ainda de partido poltico representado na Cmara, na hiptese prevista nos incisos II e VII do artigo 30 desta lei, assegurada ampla defesa e declarar extinto o mandato no caso de renncia ou morte do titular.

    Artigo 42 - O Prefeito poder solicitar urgncia para apreciao de projeto de sua iniciativa.

    1- No caso deste artigo, se a Cmara Municipal no deliberar sobre o projeto em at trinta dias, contados da data em que for feita a solicitao, ser ele includo obrigatoriamente na ordem do dia, sobrestando-se a deliberao das demais proposies at que se ultime a votao.

    2- O prazo do 1 no corre no perodo de recesso da Cmara, nem se aplica aos projetos de Lei Complementar.

    Artigo 43 - Aprovado o projeto de lei complementar ou ordinria, na forma regimental, ser ele enviado ao Prefeito que, concordando, o sancionar.

    1- Se o Prefeito julgar o Projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, ilegal ou contrrio ao interesse pblico, vet-lo-, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias teis, contados da data em que o receber e comunicar, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da cmara, os motivos do veto.

    2 - O veto parcial dever abranger, por inteiro, o artigo, o pargrafo, o inciso, o item ou a alnea.

    3 - Decorrido o prazo de quinze dias teis, o silncio do Prefeito importar sano.

  • 21

    4 - A apreciao do veto pelo plenrio da Cmara ser dentro de trinta dias, a contar do seu recebimento, em uma s discusso e votao, com parecer ou sem ele, considerando-se rejeitado pelo voto da maioria absoluta de seus membros.

    5 - Esgotado, sem deliberao, o prazo estabelecido no 4, o veto ser includo na ordem do dia da sesso imediata, sobrestando-se as demais proposies, at sua votao final.

    6 - Se a Cmara Municipal novamente aprovar matria vetada, rejeitando o veto, ser o projeto ou parte dele enviado ao Prefeito para promulgao.

    7 - Se o Prefeito no promulgar dentro de quarenta e oito horas, nos casos dos pargrafos 3 e 6, f-lo- o Presidente da Cmara em igual prazo.

    Artigo 44 O Regimento Interno da Cmara Municipal disciplinar e definir os casos de Decretos Legislativos e de Resoluo, cuja elaborao, redao, alterao e consolidao observaro as normas nele explicitadas.

    Artigo 45 - A matria constante de proposta de emenda Lei Orgnica rejeitada pelo Plenrio no poder ser objeto de nova proposta na mesma sesso legislativa. J a matria constante de Projeto de Lei rejeitada pelo Plenrio s poder ser objeto de nova proposta, na mesma sesso legislativa, mediante assinatura de, pelo menos, a maioria absoluta.

    Seo VIII Da Fiscalizao Contbil, Financeira e Oramentria

    Artigo 46 - A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Municpio e das entidades da administrao direta ou indireta ser exercida pela Cmara Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada poder.

    1 - O controle externo da Cmara ser exercido com o auxilio do Tribunal de Contas do Estado ou rgo a que for atribuda essa incumbncia e compreender a apreciao das contas do Prefeito, o acompanhamento das atividades financeiras e oramentrias do Municpio, o desempenho das funes de auditorias financeiras do Municpio, bem como o julgamento das contas dos administradores e demais responsveis por bens e valores pblicos.

    2 - As contas do Prefeito, prestadas anualmente, sero julgadas pela Cmara, no prazo mximo de sessenta dias aps o recebimento do parecer prvio do Tribunal de Contas do Estado ou rgo a que for atribuda tal incumbncia, observando os seguintes preceitos:

    a) o parecer do Tribunal ou rgo incumbido dessa misso deixar de prevalecer por deciso de dois teros dos membros da Cmara;

    b) decorrido o prazo de sessenta dias, as contas sero includas prioritariamente na pauta da casa, sustando-se os demais atos, at que se decida a matria.

    c) rejeitadas, as contas sero imediatamente remetidas ao Ministrio Pblico para fins de direito;

  • 22

    3 - As contas relativas aplicao de recursos transferidos pela Unio e Estado sero prestadas na forma de legislao Federal e Estadual em vigor, podendo o Municpio suplement-las sem prejuzo da sua incluso na prestao anual de contas.

    4 - Os responsveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade, ilegalidade ou ofensa aos princpios do art. 37 da Constituio Federal, dela daro cincia ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidria.

    Artigo 47 - As contas do Municpio ficaro, durante sessenta dias anualmente, disposio de qualquer contribuinte para exame e apreciao, o qual poder questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei.

    Pargrafo nico - Qualquer cidado, partido poltico, associao ou entidade e parte legitima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ao Tribunal de Contas do Estado ou Cmara Municipal.

    CAPTULO II - DO PODER EXECUTIVO

    Seo I Do Prefeito e do Vice-Prefeito

    Artigo 48 - O Poder Executivo do Municpio exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretrios Municipais ou diretores equivalentes.

    Pargrafo nico - Aplica-se elegibilidade do Prefeito e Vice-Prefeito o disposto no pargrafo 3 do artigo 9 desta Lei Orgnica e a idade mnima de vinte e um anos.

    Artigo 49 - A eleio do Prefeito e Vice-Prefeito realizar-se-, nos termos estabelecidos no artigo 29, da Constituio Federal.

    Pargrafo nico - A eleio do Prefeito importar a do Vice-Prefeito com ele registrado.

    Artigo 50 - Prefeito e Vice-Prefeito tomaro posse, s 00:30 horas, no dia 1 de janeiro do ano subsequente ao da eleio, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgnica, observar e fazer observar as Leis da Unio, do Estado e do Municpio e, acima de tudo, as Constituies Federal e Estadual, promovendo o bem geral dos muncipes , sob a inspirao dos princpios superiores da democracia e da ordem jurdico- constitucional do Brasil.

    Artigo 51 - Perder o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou funo na administrao pblica direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso pblico e observado o disposto no artigo 3, II, IV e V da Constituio Federal.

    Pargrafo nico - igualmente vedado ao Prefeito e ao Vice-Prefeito desempenhar funo de administrao em qualquer empresa privada.

  • 23

    Artigo 52 - As incompatibilidades previstas nesta Lei Orgnica para os vereadores no artigo 30, estendem-se no que couber, ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Secretrios Municipais ou diretores equivalentes.

    Artigo 53 - Ser de 04 (quatro) anos o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, a iniciar-se no dia 1 de janeiro do ano seguinte ao da eleio.

    Artigo 54 - O Prefeito e o Vice-Prefeito no podero, sem licena da Cmara Municipal, ausentar-se do Municpio por perodo superior a quinze dias sob pena de perda do cargo.

    1 - O Prefeito regularmente licenciado ter direito a perceber a remunerao quando:

    I - impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de doena devidamente comprovada;

    II - em gozo de frias

    III - a servio ou misso de representao do Municpio.

    2 - O Prefeito gozar de frias anuais de trinta dias, sem prejuzo da remunerao, ficando a seu critrio a poca para usufruir o seu descanso.

    3 - O subsdio do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretrios Municipais ser fixado em espcie pela Cmara Municipal mediante Lei, obedecidos os limites estabelecidos na legislao vigente, estando sujeitos a contribuio previdenciria e aos impostos gerais, inclusive o de renda.

    a) o subsdio do Vice-Prefeito no poder exceder da metade do valor fixado para o Prefeito Municipal;

    b) nenhum subsdio poder ser maior do que o subsdio percebido em espcie pelo Prefeito Municipal.

    Artigo 55 - Substituir o Prefeito no caso de impedimento e suceder-lhe-, no de vaga o Vice-Prefeito, que no poder recusar a substituio, sob pena de extino do mandato.

    Pargrafo nico - O Vice-Prefeito, alm de outras atribuies que lhe forem conferidas por lei, auxiliar o Prefeito sempre que for convocado para misses especiais.

    Artigo 56 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou vacncia do cargo, assumir a administrao municipal o Presidente da Cmara, que, recusando-se por qualquer motivo, a assumir o cargo de Prefeito, renunciar incontinente sua funo de dirigente do Legislativo, ensejando, assim a eleio de outro membro para ocupar como Presidente da Cmara a Chefia do Executivo.

    Artigo 57 - Verificando-se a vacncia do cargo de Prefeito e inexistindo Vice-Prefeito, observar-se- o seguinte:

  • 24

    I - ocorrendo a vacncia nos dois primeiros anos do mandato, dar-se- a eleio noventa dias aps sua abertura, cabendo aos eleitos complementar o perodo de seus antecessores.

    II - Ocorrendo a vacncia nos dois (2) ltimos anos do mandato, assumir o Presidente da Cmara que completar o perodo.

    Artigo 58 - Ser declarado vago, pela Cmara Municipal, o cargo de Prefeito quando:

    I - ocorrer falecimento, renncia ou condenao perda do cargo por deciso judicial;

    II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela maioria absoluta dos membros da Cmara, dentro do prazo de dez dias;

    III - infringir as normas dos artigos 51, 52 e 54 desta Lei Orgnica;

    IV - perder ou tiver suspensos os direitos polticos.

    Artigo 59 - O Prefeito Municipal ser julgado pelo Tribunal de Justia do Estado de So Paulo, pelos crimes comuns e nos crimes de responsabilidade.

    Pargrafo nico - Compete Cmara Municipal o julgamento poltico do Prefeito por cometimento de infraes administrativas, que no visa punir acusado mas como providncia poltica, afast-lo da gesto dos negcios pblicos.

    Seo II Das Atribuies do Prefeito

    Artigo 60 - Ao Prefeito, como chefe da administrao, compete dar cumprimento s deliberaes da Cmara, dirigir, fiscalizar e defender os interesses do Municpio, bem como, de acordo com a lei, todas as medidas administrativas de utilidade pblica, sem exceder as verbas oramentrias.

    Artigo 61 - Compete ao Prefeito entre outras atribuies:

    I - a iniciativa das Leis, na forma e casos previstos nesta lei Orgnica;

    II - representar o Municpio em Juzo e fora dele;

    III - sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis aprovadas pela Cmara e expedir os regulamentos para sua fiel execuo;

    IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprovados pela Cmara;

    V - decretar, nos termos da lei, a desapropriao por necessidade ou utilidade pblica, ou por interesse social;

    VI - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;

    VII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais;

    VIII - permitir ou autorizar prestao de servios pblicos;

  • 25

    IX - prover os cargos e empregos pblicos e expedir os demais atos referentes situao funcional dos servidores ligados ao Poder Executivo;

    X - enviar Cmara os projetos de lei relativos s diretrizes e ao oramento anual, e ao plano plurianual do Municpio e das suas autarquias;

    XI - encaminhar Cmara, no prazo estabelecido na legislao em vigor, a prestao de contas, bem como os balanos do exerccio findo;

    XII - encaminhar aos rgos competentes os planos de aplicao e as prestaes de contas exigidas em Lei;

    XIII - fazer publicar os atos oficiais do Poder Executivo Municipal;

    XIV - prestar Cmara, dentro de quinze dias, as informaes pela mesma solicitadas, salvo prorrogao a seu pedido e por prazo determinado, em face da complexidade da matria ou da dificuldade de obteno nas respectivas fontes, os dados pleiteados;

    XV - prover os servios e obras da administrao pblica;

    XVI - superintender a arrecadao dos tributos, bem como a guarda e aplicao da receita, autorizando as despesas de pagamentos dentro das disponibilidades oramentrias ou de crditos votados pela Cmara;

    XVII - colocar disposio da Cmara, mediante planilha de custo e nos prazos estabelecidos na legislao em vigor os recursos correspondentes s suas dotaes oramentrias, compreendendo os crditos suplementares e especiais, dentro dos limites estabelecidos em lei;

    XVIII - aplicar multas previstas em Leis e Contratos bem como rev-las quando impostas irregularmente;

    XIX - resolver e responder reclamaes ou representaes que lhe forem dirigidas;

    XX - oficializar, obedecidas as normas urbansticas aplicveis, as vias e logradouros pblicos, mediante denominao aprovada pela Cmara;

    XXI - convocar extraordinariamente a Cmara quando o interesse da administrao o exigir;

    XXII - aprovar projetos de edificao e planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou para fins urbanos ;

    XXIII - apresentar anualmente Cmara relatrio circunstanciado sobre o estado de obras e dos servios municipais, assim como o programa da administrao para o ano seguinte;

    XXIV - organizar os servios internos das reparties criadas por Lei, sem exceder as verbas para tal destinadas;

    XXV - contrair emprstimos e realizar operaes de crditos mediante prvia autorizao da Cmara;

  • 26

    XXVI - providenciar sobre a administrao dos bens do Municpio e sua alienao, na forma da Lei;

    XXVII - organizar e dirigir nos termos da Lei, os servios relativos s terras do Municpio;

    XVIII - desenvolver o sistema virio do Municpio;

    XXIX - conceder auxlios, prmios e subvenes, nos limites das respectivas verbas oramentrias e do plano de distribuio, prvia e anualmente aprovado pela Cmara;

    XXX - providenciar sobre o incremento do ensino;

    XXXI - estabelecer a diviso administrativa do Municpio, de acordo com a Lei;

    XXXII - solicitar o auxlio das autoridades policiais do Estado, para garantia do cumprimento de seus atos;

    XXXIII - solicitar, obrigatoriamente, autorizao Cmara quando ausentar-se do Municpio por tempo superior a quinze dias;

    XXXIV - adotar providncias para a conservao e salva-guarda do patrimnio Municipal.

    Seo III Dos Auxiliares do Prefeito

    Artigo 62 - O Prefeito ter por auxiliares diretos os Secretrios Municipais ou Diretores equivalentes e os cargos de confianas, podendo, livremente, nome-los ou demit-los.

    Artigo 63 - A Lei Municipal estabelecer as atribuies dos auxiliares diretos do Prefeito, definindo-lhes a competncia, deveres e responsabilidade.

    Artigo 64 - Alm das atribuies fixadas em lei, compete aos Secretrios Municipais ou diretores equivalentes:

    I - subscrever atos e regulamentos referentes aos seus rgos;

    II - expedir instrues para a boa execuo das Leis, decretos e regulamentos;

    III - apresentar ao Prefeito, anualmente, relatrio dos servios realizados por suas reparties;

    IV - comparecer Cmara Municipal, sempre que convocado pela mesma, para prestao de esclarecimentos, importando crime de responsabilidade o no comparecimento sem justificativa.

    Pargrafo nico - Os decretos, atos ou regulamentos referentes aos servios autnomos e autrquicos sero referendados pelo Secretrio ou Diretor da Administrao.

  • 27

    Artigo 65 - Os cargos de confiana do Prefeito, dotados de deciso que lhes permita dedicarem-se s atividades de planejamento, coordenao e controle da poltica de governo, devem funcionar, ao mesmo tempo, como canais de consulta, recepo e repasse de informaes aos muncipes sobre os servios pelos quais so responsveis.

    Artigo 66 - Os Secretrios ou diretores equivalentes so solidariamente responsveis com o Prefeito pelos atos que assinarem, ordenarem ou praticarem.

    Artigo 67 - Os auxiliares diretos dos Prefeito faro declarao de bens no ato da posse e no trmino do exerccio do cargo.

    TTULO III

    DA ORGANIZAO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL

    CAPTULO I - DA ADMINISTRAO PBLICA

    Seo I Disposies Gerais

    Artigo 68 - A administrao publica direta ou indireta, de qualquer dos poderes do Municpio, obedecer aos princpios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia, e tambm o seguinte:

    I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis a todos os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

    II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em Lei de livre nomeao e exonerao;

    III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel, uma vez, por igual perodo;

    IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado em concurso pblico de provas e ttulos ser convocado com prioridade para assumir cargo ou emprego na carreira;

    V - as funes de confiana exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies e percentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia e assessoramento;

    VI - garantindo ao servidor pblico civil o direito livre associao sindical;

  • 28

    VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar federal;

    VIII - a Lei reservar percentual de cinco por cento dos cargos, funes e empregos para as pessoas portadoras de deficincias em cada rgo ou entidade do governo Municipal, inclusive autarquias, sociedades de economia mista e fundaes criadas e mantidas pelo poder pblico e definira os critrios de sua admisso;

    IX - a Lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender necessidade temporria de excepcional interesse pblico;

    X - a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o pargrafo 4 do artigo 39 da Constituio Federal somente sero fixados ou alterados por lei especfica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada a reviso geral anual sempre na mesma data e sem distino de ndices;

    XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos da administrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer poder do municpio, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes polticos e os proventos, penses ou outras espcie remuneratrias, percebidos cumulativamente ou no includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, no podero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal;

    XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo no podero ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

    XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para efeito de remunerao de pessoal do servio pblico;

    XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por servidores pblicos no sero computados nem acumulados, para fins de concesso de acrscimos ulteriores;

    XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos ou empregos pblicos so irredutveis, ressalvado o disposto no artigo 37, inciso XI e XIV, artigo 39, 4, artigo 150, 3 e 153, 2, inciso I da Constituio Federal;

    XVI - vedada a acumulao remunerada dos cargos pblicos, exceto quando houver compatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:

    a) a de dois cargos de professor;

    b) a de um cargo de professor e outro de tcnico ou cientifico;

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profisses regulamentadas;

    XVII - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico;

  • 29

    XVIII - a administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de suas reas de competncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da Lei;

    XIX - somente por Lei especifica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio de empresa pblica, sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar federal, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao;

    XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso a criao de subsidirias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresas privada;

    XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaes sero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies a todos concorrentes com clusulas que estabeleam condies de pagamentos mantidas as condies efetivas da proposta, nos termos da Lei, exigindo-se a qualificao tcnico-econmica indispensvel garantia do cumprimento das obrigaes.

    1 - A publicidade dos atos, programas, servios e campanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    2 - A no observncia dos dispostos nos incisos II e III deste artigo, implicar a nulidade do ato e a punio de autoridade responsvel, nos termos da Lei.

    3 - As reclamaes relativas prestao de servios pblicos sero disciplinadas em Lei.

    4 - Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao errio, na forma de gradao prevista em Lei, sem prejuzo da ao penal cabvel.

    5 - A Lei Eleitoral estabelecer prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes de ressarcimento.

    6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadores de servios pblicos, respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    7 - vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrente do artigo 40 ou dos artigos 42 e 142 da Constituio Federal com remunerao de cargo, emprego ou funo pblica, ressalvados os cargos acumulveis na forma desta lei, os cargos eletivos e os cargos em comisso declarados em lei de livre nomeao e exonerao.

    Artigo 69 - Ao servidor pblico em exerccio de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposies :

  • 30

    I - tratando-se de mandato eletivo Federal ou Estadual, ficar afastado de seu cargo, emprego ou funo;

    II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou funo, sendo-lhe facultado optar pela sua remunerao;

    III - investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horrios, perceber as vantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo, e, no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior;

    IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu tempo de servio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento;

    V - para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores sero determinados como se no exerccio estivesse.

    Artigo 70 - Nos Poderes Executivo e Legislativo do Municpio e nas entidades da administrao indireta municipal a nomeao para cargos ou funes de confiana e a contratao para empregos observar a exigncia de formao tcnica, quando as atribuies a serem exercidas pressuponham conhecimento especfico que a lei cometa, privativamente, a determinada categoria profissional, sendo vedada a prtica de nepotismo e considerados nulos os atos assim caracterizados.

    1 - Constituem-se prtica se nepotismo, dentre outras:

    I O exerccio de cargo de provimento em comisso ou de funo de confiana gratificada por cnjuges, companheiros ou parentes consanguneos ou afins, em linha reta, ou na linha colateral at o terceiro grau, inclusive, dos respectivos titulares da prerrogativa de nomeao, inclusive por delegao de competncia, ou de agente pblico diretamente subordinado a esses titulares;

    II O exerccio dos cargos e funes mencionados no inciso I, em circunstncias que caracterizem ajuste para burlar a regra daquele inciso, mediante reciprocidade nas nomeaes ou designaes;

    III a contratao por tempo determinado, para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico, de cnjuges, companheiros ou parentes consanguneos ou afins, em linha reta, ou na linha colateral at terceiro grau, inclusive, dos respectivos titulares da prerrogativa de nomeao, inclusive por delegao de competncia, ou de agente pblico diretamente subordinado a esses titulares;

    2 - Ficam excepcionadas, nas hipteses dos incisos I e II deste artigo, as nomeaes ou designaes de servidores ocupantes de cargo em provimento efetivo, admitidos por concurso pblico, observada a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo de origem, a qualificao profissional do servidor e a complexidade inerente ao cargo em comisso a ser exercido, vedada, em qualquer caso, a nomeao ou designao para servir subordinado ao titular da prerrogativa da nomeao que determinante da incompatibilidade.

  • 31

    3 - A vedao do inciso III deste artigo no se aplica quando a contratao por tempo determinado para atender a necessidade temporria de excepcional interesse pblico houver sido precedida de regular processo seletivo, em cumprimento de preceito legal.

    4 - O nomeado ou designado, antes da posse, declarar por escrito no ter relao familiar ou de parentesco que importe prtica vedada na forma deste artigo.

    Seo II Dos Servidores Pblicos

    Artigo 71 - O Municpio instituir conselho de poltica de administrao e remunerao de pessoal, integrado por servidores designados pelo respectivo poder.

    1 - A fixao dos padres de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratrio observar:

    a) a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes da carreira;

    b) os requisitos para investidura;

    c) as peculiaridades dos cargos.

    2 - Aplica-se a esses servidores o disposto no artigo 7, IV, VI, II, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituio Federal.

    3 - O membro do Poder, o detentor de mandato eletivo e os Secretrios Municipais sero remunerados exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica, vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao ou outra espcie remuneratria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 68, X e XI.

    4 - O Municpio poder estabelecer a relao entre a maior e a menor remunerao dos servidores pblicos, obedecido em qualquer caso o disposto no artigo 68, inciso XI.

    5 - Os Poderes Legislativo e Executivo do municpio publicaro anualmente os valores dos subsdios e da remunerao dos cargos e empregos pblicos.

    6 - Lei municipal disciplinar a aplicao de recursos oramentrios provenientes da economia com despesas correntes em cada rgo, para aplicao no desenvolvimento dos programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, modernizao, reaparelhamento e racionalizao do servio pblico, inclusive sobre forma de adicional ou prmio de produtividade.

    7 - A remunerao dos servidores pblicos organizados em carreira poder ser fixada nos termos do pargrafo terceiro.

    Artigo 72 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do municpio assegurado regime de previdncia de carter contributivo, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

  • 32

    1 - Os servidores abrangidos pelo regime de previdncia de que trata este artigo sero aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados no pargrafo segundo.

    2 - Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de sua concesso no podero exceder a remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para concesso da penso.

    3 - Os proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso sero calculados com base na remunerao do servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria e, na forma da lei, correspondero totalidade da remunerao.

    4 - vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadorias aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas exclusivamente sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, definidos em lei complementar federal.

    5 - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes de cargos acumulveis na forma desta lei, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria conta do regime de previdncia previsto neste artigo.

    6 - Lei dispor sobre a concesso do benefcio da penso por morte, que ser igual ao valor dos proventos do servidor falecido ou ao valor dos proventos a que teria direito o servidor em atividade na data de seu falecimento, observado o disposto no pargrafo stimo.

    7 - Observado o artigo 68, inciso XI, os proventos de aposentadoria e as penses sero revistos na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade, sendo tambm estendidos aos aposentados e pensionistas quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso, na forma da lei.

    8 - O tempo de contribuio federal, estadual ou municipal ser contado para efeito de aposentadoria e o tempo de servio correspondente para o efeito de disponibilidade.

    9 - A lei no poder estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuio fictcio.

    10 - Aplica-se o limite fixado no artigo 68, inciso XI, soma total dos proventos de inatividade, inclusive, quando decorrentes da acumulao de cargos ou empregos pblicos, bem como de outras atividades sujeitas a contribuio para o regime geral de previdncia social e ao montante resultante da adio de proventos de inatividade com remunerao de cargo acumulvel na forma desta lei, cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao e de cargo eletivo.

  • 33

    11 - Alm do disposto neste artigo o regime de previdncia dos servidores pblicos titulares de cargos efetivos, observar, no que couber, os requisitos e critrios fixados para o regime geral de previdncia social.

    12 - O Municpio, desde que institua regime de previdncia complementar, na forma de Lei complementar federal para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poder fixar, para o valor das aposentadorias e penses a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite mximo estabelecido para os benefcios do Regime Geral de Previdncia Social de que trata o artigo 201 da Constituio Federal.

    13 - Somente mediante sua prvia e expressa opo, o disposto no pargrafo anterior poder ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no servio pblico at a data da publicao do ato de instituio do correspondente regime de previdncia complementar.

    Artigo 73 - So estveis, aps trs anos de efetivo exerccio, os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pblico.

    1 - O servidor pblico estvel s perder o cargo em virtude de sentena judicial transitada em julgado, mediante processo administrativo em que lhe seja dada ampla defesa ou mediante procedimento de avaliao de peridica desempenho, na forma da legislao em vigor, assegurada ampla defesa.

    2 - Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estvel reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remunerao proporcional ao tempo de servio.

    3 - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estvel ficar em disponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequado aproveitamento em outro cargo.

    4 - Como condio para aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial de desempenho por comisso instituda para esta finalidade.

    Artigo 74 - As comisses organizadoras de Concurso Pblico do Municpio no podero ser compostas por servidores, nem por agentes polticos.

    Artigo 75 - Os cargos, empregos ou funes em comisso de livre nomeao e exonerao, pertencentes ao executivo e legislativo, somente podero ser criados em nvel de direo, chefia ou assessoramento.

    Artigo 76 - vedada a dispensa de servidor candidato, a partir do registro de candidatura, a cargo ou representao sindical, e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final do mandato, salvo em casos de falta grave apurada em processo administrativo.

    Artigo 77 - A demisso de servidores estveis e no estveis s poder ocorrer conforme o estabelecido na Constituio ou mediante processo administrativo em que seja comprovada falta grave ou desempenho insuficiente apurado em avaliao anual de desempenho, assegurado em ambos os casos a ampla defesa e o contraditrio.

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    Seo III Da Segurana Pblica

    Artigo 78 - O Municpio poder constituir guarda municipal, fora auxiliar destinada proteo de seus bens, servios e instalaes, nos termos da Lei Complementar.

    1 - A Lei complementar de criao da guarda municipal dispor sobre acesso, direitos, deveres, vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina.

    2 - A investidura nos cargos de guarda municipal far-se- mediante concurso pblico de provas ou de provas e ttulos.

    3 - A proteo dos bens e instalaes destinar-se- queles, da administrao direta ou indireta, cuja natureza jurdica se atribua a qualidade dominicais ou de uso especial do Municpio.

    4 - A proteo aos servios destinar-se- queles prprios e privativos do poder pblico municipal, ficando defesa a proteo aos servios dos permissionrios, autorizatrios ou concessionrios pblicos e rgos da administrao indireta.

    5 - O Municpio, nos termos da legislao federal e estadual pertinente, poder criar um corpo de bombeiros voluntrios.

    CAPTULO II - DOS ATOS MUNICIPAIS

    Seo I Da Publicidade dos Atos Municipais

    Artigo 79 - A publicao de Leis e dos atos Municipais nos termos da legislao em vigor, far-se- atravs de meios de comunicao escrita, eletrnica e por afixao na sede da Prefeitura ou da Cmara Municipal, conforme o caso.

    1- A escolha do rgo divulgador, ser precedida de processo licitatrio, nos termos da legislao federal vigente.

    2- Nenhum ato produzir efeito antes de sua publicao.

    3- A publicao dos atos no normativos, pela imprensa, poder ser resumida.

    Seo II Dos Atos Administrativos

    Artigo 80 - Os atos administrativos de competncia do Prefeito devem ser expedidos com obedincia s seguintes normas:

    I - decreto, numerado em ordem cronolgica, nos seguintes casos:

    a) regulamentao de Lei;

  • 35

    b) instituio, modificao ou extino de atribuies no constantes da Lei;

    c) regulamentao interna dos rgos que forem criados na administrao Municipal;

    d) abertura de crditos especiais e suplementares, at o limite autorizado por lei, assim como de crditos extraordinrios;

    e) declarao de utilidade pblica ou necessidade social, para fins de desapropriao ou de servido administrativa;

    f) aprovao de regulamento ou de regimento das entidades que compem a administrao municipal;

    g) permisso de uso dos bens municipais;

    h) medidas executrias do Plano Diretor de Desenvolvimento integrado;

    i) normas de efeitos externos, no privativos da lei;

    j) fixao e alterao de preos.

    Il - portaria nos seguintes casos:

    a) provimento e vacncia de cargos pblicos e demais atos de efeitos individuais;

    b) lotao e relotao nos quadros de pessoal;

    c) abertura de sindicncia e processos administrativos, aplicao de penalidades e demais atos individuais de efeitos internos;

    d) outros casos determinados em lei ou decretos.

    III contratos, nos seguintes casos.

    a ) admisso de servidores para servios de carter temporrio, nos termos do artigo 68 desta Lei Orgnica;

    b) execuo de obras e servios municipais, nos termos da lei.

    Pargrafo nico - Os atos constantes dos itens II e III deste artigo podero ser delegados.

    Artigo 81 - O Municpio manter os livros que forem necessrios ao registro de seus servios,

    1 - Os livros sero abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito ou pelo Presidente da Cmara, conforme o caso, ou por funcionrio designado para tal fim.

    2- Os livros referidos neste artigo podero ser substitudos por fichas ou outro sistema, convenientemente autenticado.

    Seo III Das Proibies

  • 36

    Artigo 82 - O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores e os servidores municipais, bem como as pessoas ligadas a qualquer deles por matrimonio ou parentesco, afim ou consanguneo, at o segundo grau, ou por adoo, no podero contratar com o Municpio.

    Pargrafo nico - No se incluem nesta proibio os contratos cujas clausulas e condies sejam uniformes para todos os interessados.

    Artigo 83 - A pessoa jurdica em dbito com o sistema de seguridade social, como estabelecido em lei federal, no poder contratar com o Poder Pblico Municipal nem dele receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios.

    Seo IV Das Certides

    Artigo 84 - As certides para defesa de direitos e esclarecimentos de situaes, requeridas aos rgos da administrao municipal ou aos rgos do poder legislativo, devero ser expedidas no prazo improrrogvel de quinze dias, contado do registro do pedido no rgo expedidor.

    Pargrafo nico - Nos requerimentos que objetivam a obteno das certides a que se refere este artigo, devero os interessados fazer constar esclarecimentos relativos aos fins e razes do pedido.

    CAPTULO III - DOS BENS MUNICIPAIS

    Artigo 85 - O patrimnio municipal constitudo por todos os bens, mveis e imveis, valores, direitos e aes que a qualquer ttulo pertenam ao municpio.

    Artigo 86 - O meio ambiente, ecologicamente equilibrado, constitui bem pblico de uso comum do povo, impondo-se ao governo municipal o dever de defend-lo e preserv-lo.

    Artigo 87 - A responsabilidade pela administrao dos bens municipais do Prefeito, exceto dos que estiverem sob a administrao da Cmara Municipal ou de entidade da administrao indireta.

    Artigo 88 - obrigatrio o cadastramento e a identificao dos bens imveis municipais, assim como dos bens mveis durveis.

    Artigo 89 - A aquisio de bens imveis por compra, permuta ou doao com encargo depender de estar o interesse pblico devidamente justificado, assim como de avaliao, autorizao legislativa e, na forma da legislao aplicvel, de licitao.

    1 - A licitao poder ser dispensada ou inexigida, observada a legislao sobre licitao e contratos administrativos.

    2 - O projeto de autorizao legislativa para a aquisio de bem imvel dever estar acompanhado de laudo de avaliao, sob pena de arquivamento.

  • 37

    Artigo 90 - O uso dos bens municipais poder ser realizado por terceiros, atravs de concesso, permisso ou autorizao, conforme o interesse pblico, a natureza do uso e a convenincia operacional o recomendem.

    Artigo 91 - A concesso de uso ser outorgada por contrato administrativo, precedido de autorizao legislativa e, na forma da legislao aplicvel, de licitao.

    1 - No contrato de concesso de uso sero estabelecidas todas as condies da outorga e os direitos e obrigaes das partes, conforme previsto na lei autorizadora, no edital e na proposta vencedora.

    2 - A licitao a que se refere o pargrafo anterior poder ser dispensada quando o uso se destinar concessionria de servio pblico, a entidades pblicas, governamentais ou assistenciais, assim oficialmente reconhecidas.

    Artigo 92 - A permisso de uso, que poder incidir sobre bens pblicos de toda natureza, ser outorgada a ttulo precrio como ato negocial e discricionrio do executivo, sem prazo determinado e por decreto, aps edital de chamamento de interessados, publicado e afixado com prazo mnimo de dez dias teis.

    Pargrafo nico - No decreto sero estabelecidas todas as condies da outorga e as obrigaes de direitos dos partcipes, consoante previsto no edital e na proposta vencedora, incluindo-se eventuais edificaes ou benfeitorias, que se realizadas passaro a integrar o patrimnio pblico aps o encerramento do uso permitido.

    Artigo 93 - O executivo poder autorizar, por portaria, sem licitao, o uso de bens pblicos de qualquer natureza, pelo prazo de at quinze dias, para a realizao de feiras, festas ou outros eventos transitrios ou temporrios, justificado o interesse pblico.

    Artigo 94 - A utilizao dos bens municipais por terceiro ser remunerada consoante o valor de mercado e na forma dos expedientes preparatrios, salvo se por interesse pblico justificar-se a gratuidade.

    Artigo 95 - Mquinas, equipamentos e veculos, sempre acompanhadas de seus respectivos operadores quando deles dependentes, podero ser locados pelo Municpio a terceiros, desde que no haja prejuzo para os trabalhos e servios municipais, e que o interessado recolha previamente a remunerao correspondente, bem como assine termo de responsabilidade pela guarda, conservao e devoluo do bem.

    Pargrafo nico - A remunerao ser estipulada em regulamento, que levar em conta fatores como o valor das horas trabalhadas, o gasto de combustvel, o percentual de depreciao do bem, e os demais custos indiretos envolvidos.

    Artigo 96 - O municpio poder ceder bens imveis, mediante comodato, a entidades pblicas ou particulares de finalidade cultural, assistencial ou filantrpica, mediante lei e contrato, devendo constar deste o prazo contratual e a clusula de resciso na hiptese de no serem cumpridos os objetivos contratados.

  • 38

    Artigo 97 - A alienao de bens municipais, sempre subordinada existncia de interesse pblico devidamente justificado, ser precedida de avaliao e obedecer s seguintes normas:

    I - quando imveis, depender de autorizao legislativa e licitao, sendo esta inexigvel na dao em pagamento, na doao, na permuta e na investidura;

    II - quando mveis, depender de licitao, sendo aplicvel o leilo para a venda de aes em bolsa e para a venda de ttulos, e sendo dispensada a licitao para permuta e doao, a qual somente ser permitida para fins de interesse social.

    Artigo 98 - O pedido de autorizao legislativa para a alienao de bem imvel dever ser especfico, e estar acompanhado do competente arrazoado onde o interesse pblico resulte devidamente justificado e de laudo de avaliao, sob pena de arquivamento.

    Artigo 99 - O municpio preferencialmente outorgar concesso de uso, ou concesso de direito real de uso, alienao de seus bens, observando para tanto esta Lei Orgnica e a legislao pertinente.

    Artigo 100 - Os bens municipais podem ser utilizados, na forma de legislao e disciplinamento municipal, para publicidade particular, que ser necessariamente remunerada, salvo quando veicular informaes de justificado interesse pblico.

    Artigo 101 - O parcelamento de reas municipais s permitido para fins habitacionais ou industriais, vedada, em qualquer hiptese, a doao de lote e observada, no mais, a legislao federal e estadual aplicvel.

    Artigo 102 - O municpio, mediante programa institudo por lei, pode fomentar ou incentivar a aquisio de casa prpria por pessoas carentes.

    CAPTULO IV - DAS OBRAS E SERVIOS MUNICIPAIS

    Artigo 103 - Nenhum empreendimento de obras e servios do Municpio poder ter inicio sem previa elaborao do plano respectivo, no qual obrigatoriamente, conste:

    I - a viabilidade do empreendimento, sua convenincia e oportunidade para o interesse comum;

    II - os pormenores para a sua execuo;

    III - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;

    IV - os prazos para o seu incio e concluso, acompanhados da respectiva justificativa .

    1- Nenhuma obra, servio ou melhoramento, salvo casos de extrema urgncia, sero executados sem projeto tcnico previamente aprovado por rgos tcnicos do Municpio, Estado ou Unio para avaliao de seu custo e escolha da modalidade de licitao, quando exigida.

  • 39

    2- As obras pblicas podero ser executadas pela Prefeitura, por suas autarquias e demais entidades da administrao indireta, e, por terceiros, mediante licitao para certos casos ou contratos.

    Artigo 104 - Incumbe ao Poder Pblico, na forma da Lei, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, sempre mediante processo licitrio, a prestao de servios pblicos.

    1 - A permisso de servio pblico a ttulo precrio ser outorgado por decreto pelo Prefeito.

    2 - A concesso s ser feita com autorizao legislativa mediante contrato precedido de concorrncia pblica.

    3 - Sero nulas de pleno direito, sem prejuzo de outras penas, as outorgas de concesso ou permisso, bem como quaisquer outros ajustes feitos em desacordo com os pargrafos 1 e 2 e, sero responsabilizados os causadores da nulidade.

    4 - Os servios permitidos ou concedidos ficaro sempre sujeitos regulamentao e fiscalizao do Municpio, ficando incumbidos os que executem de permanente atualizao e adequao s necessidades dos usurios.

    5 - O Municpio poder retomar os servios concedidos ou permitidos, desde que estejam sendo prestados em desacordo com a outorga ou quando se revelarem insuficientes para as necessidades dos usurios.

    6 - As concorrncias para a concesso de servios pblicos devero ser precedidas de ampla divulgao em jornais e rdios locais ou regionais, inclusive rgos da imprensa oficial do Municpio ou Estado, mediante edital ou comunicado resumido.

    Artigo 105 - As tarifas de servios pblicos, bem como seus reajustes, devero ser fixadas pelo Executivo.

    Artigo 106 - O Municpio poder realizar obras e servios de interesse comum, mediante convnio com o Estado, a Unio ou entidades particulares, bem como consrcio com outros municpios.

    CAPTULO V - DAS LICITAES

    Artigo 107 - As aquisies, compras, servios, obras, alienaes , concesses e contrataes realizadas pela administrao direta, indireta e fundacional sero obrigatoriamente precedidas de licitao , observado o pargrafo nico deste artigo.

    Pargrafo nico - As licitaes e contratos administrativos sero disciplinados por lei, respeitadas as normas gerais editadas pela Unio, os princpios da igualdade, da probidade administrativa, da vinculao ao instrumento convocatrio, do julgamento objetivo e dos que lhe so correlatos;

  • 40

    CAPTULO VI - DA ADMINISTRAO TRIBUTRIA E FINANCEIRA

    Seo I Da Receita e da Despesa

    Artigo 108 - Os princpios gerais dos sistema tributrio aplicveis ao municpio so os constantes do artigo 145 da Constituio Federal.

    Artigo 109 - As limitaes do poder de tributar aplicveis ao municpio so os constantes dos artigos 150 e 152 da Constituio Federal.

    Artigo 110 - Os impostos do municpio so os elencados no artigo 156 da Constituio Federal.

    Artigo 111 - A participao do Municpio nas receitas tributrias esto disciplinadas nos artigos 158, 159 e 162 da Constituio Federal.

    Artigo 112 - A fixao dos preos pblicos, devidos pela utilizao de bens, servios e atividades municipais, ser feita pelo Prefeito mediante edio de decreto.

    Pargrafo nico - As tarifas dos servios pblicos devero cobrir os seus custos, sendo reajustveis quando se tornarem deficientes ou excedentes.

    Artigo 113 - Nenhum contribuinte ser obrigado ao pagamento de qualquer tributo lanado pela Prefeitura, sem prvia notificao.

    1 - Considera-se notificao a entrega de aviso de lanamento no domicilio fiscal do contribuinte nos termos da legislao Federal pertinente.

    2 - Do lanamento do tributo, cabe recurso ao Prefeito, assegurando para sua interposio o prazo de quinze dias, contados da sua notificao.

    Artigo 114 - A despesa pblica atender aos princpios estabelecidos na Constituio Federal e s normas de direito Financeiro.

    Artigo 115 - Nenhuma despesa ser ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponvel e crdito votado pela Cmara , salvo a que ocorrer por conta de credito extraordinrio.

    Artigo 116 - Nenhuma Lei que crie ou aumente despesa ser executada sem que dela conste a indicao do recurso para atendimento do correspondente encargo.

    Artigo 117 - As disponibilidades de caixa do Municpio, de suas autarquias e fundaes e das empresas por ele controladas sero depositadas em instituies financeiras oficiais, salvo os casos previsto em Lei.

    Artigo 118 - Pode ser caracterizada como infrao poltico-administrativo e infrao administrativa, e culpa do Prefeito e do agente administrativo competente que no tomarem as medidas cabveis na defesa das rendas municipais.

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    Artigo 119 - A concesso de iseno de tributos, anistia de penalidade tributria, a remisso, o subsdio e o crdito presumido s poder ser concedido por lei especfica, aprovada pela maioria absoluta dos membros da Cmara, e obedecido os parmetros estabelecidos na legislao federal.

    Seo II Do Oramento

    Artigo 120 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecero:

    I - o Plano plurianual;

    II - as leis de diretrizes oramentrias;

    III - os oramentos anuais.

    1- A Lei que instituir plano plurianual estabelecer as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.