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31/01/2017 1 03 de fevereiro de 2017 ASPETOS FISCAIS José Soares Roriz ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017 Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017 2 ALTERAÇÕES AO IRS

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03 de fevereiro de 2017

ASPETOS FISCAIS DO ENCERRAMENTO DE CONTAS

PERÍODO DE TRIBUTAÇÃO DE 2015

José Soares Roriz

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

2

ALTERAÇÕES AO IRS

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Subsídio de refeição (artigo 20.º da Lei n.º 42/2016) 3

• O valor do subsídio de refeição para os funcionários públicos passa para € 4,52 a partir de 01/01/2017 (aumento de € 0,25) e para € 4,77 a partir de 01/08/2017 (novo aumento de € 0,25).

• Porém, de harmonia com o n.º 1 do artigo 195.º da Lei n.º 42/2016, de 28/12:

“Para os efeitos do n.º 14 do artigo 2.º do CIRS, no ano de 2017 é considerado o valor fixado para o mês de janeiro”.

Subsídio de refeição (artigo 20.º da Lei n.º 42/2016) 4

• Em face do referido no diapositivo anterior, os novos limites de não sujeição a IRS passarão a ser os seguintes:

Subsídio de refeição

2016 2017

(de 01/01 a 31/07) 2017

(a partir de 01/08)

Valor do subsídio 4,27 4,52 4,77

Limite de não sujeição em IRS 4,27 4,52 4,52

Limite de não sujeição em IRS com vales refeição

6,83

7,23

7,23

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Rendimentos da categoria B (artigo 3.º) 5

• Deixa de configurar uma transferência para o património particular do empresário a afetação de bem imóvel habitacional à obtenção de rendimentos da categoria F.

Património pessoal ou particular

Património empresarial ou

profissional

Categoria B

Alojamento local (artigos 28.º e 31.º) 6

• Aos rendimentos derivados da atividade de exploração de estabelecimentos de alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento (excluindo, portanto, os hostels),

enquadrados no regime simplificado, passa a ser aplicável o coeficiente de 0,35 (o coeficiente anteriormente aplicável era o de 0,15).

• Por outro lado, os titulares de rendimentos da exploração de

estabelecimentos de alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento (excluindo, portanto, os hostels), podem, a cada ano, optar pela tributação de acordo com as regras estabelecidas para a categoria F (n.º 14 do artigo 28.º do CIRS).

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Alojamento local (artigos 28.º e 31.º) 7

• A opção pela aplicação das regras da categoria F ao alojamento local não implica qualquer transferência do património empresarial para o particular, nem a emissão de recibos de rendas ou comunicação de contratos.

• Tudo continua a operar como até aqui.

• A única diferença são as regras de determinação do imposto a pagar, a definir no momento da entrega da declaração modelo 3.

Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais (artigo 33.º) 8

• Deixam de ser dedutíveis para efeitos de determinação do rendimento da categoria B,

• as importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a pessoas singulares ou coletivas residentes fora do território português, e aí submetidas a um regime fiscal a que se referem o n.º 1 ou 5 do artigo 63.º-D da LGT, ou cujo pagamento seja efetuado em contas abertas em instituições financeiras aí residentes ou domiciliadas,

• salvo se o sujeito passivo provar que tais encargos

correspondem a operações efetivamente realizadas e não têm um caráter anormal ou um montante exagerado.

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Deduções específicas aos rendimentos prediais (artigo 41.º) 9

• Aos rendimentos brutos da categoria F deduzem-se:

Todos os gastos efetivamente suportados e pagos pelo sujeito passivo para obter os rendimentos

com exceção:

• Dos gastos de natureza financeira; • Dos relativos a depreciações; • Dos relativos a mobiliário,

eletrodomésticos e artigos de conforto ou decoração.

• Do adicional ao IMI (novo)

com exceção:

• Dos gastos de natureza financeira; • Dos relativos a depreciações; • Dos relativos a mobiliário,

eletrodomésticos e artigos de conforto ou decoração.

• Do adicional ao IMI (novo)

Sujeitos passivos com deficiência (artigo 56.º-A) 10

Categoria de rendimentos

Anos

Grau 201de invalidez igual ou superior a 60%

% de não sujeição

Limite da parte não sujeita

A, B e H

2007 20% € 5.000

2008 a 2016 10% € 2.500

A e B 2017

15% € 2.500

H 10% € 2.500

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Entrega conjunta das declarações de IRS (artigo 59.º) 11

• Deixa de ser excluída a opção pela entrega conjunta da declaração de IRS por sujeitos passivos casados ou unidos de facto, no caso de declarações entregues fora do prazo legal.

• Assim, independentemente de a declaração anual de IRS ser

entregue dentro ou fora do prazo legal, os contribuintes casados ou unidos de facto podem optar por entregar a declaração conjuntamente.

Prazo de entrega das declarações de IRS (artigo 60.º) 12

• Estabelece-se um único prazo para a entrega das declarações de IRS (Modelo 3),

entre 1 de abril e 31 de maio

independentemente da categoria de rendimentos a declarar e da forma de entrega da declaração.

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• Os limites dos escalões sofrem um aumento em 0,8%, mantendo-se, no entanto, inalteradas as taxas

Rendimento coletável (euros)

Taxas

Normal (A) Média (B)

< 7.035 14,50 14,500

> 7.035 e < 20.100 28,50 23,600

> 20.100 e < 40.200 37,00 30,300

> 40.200 e < 80.000 45,00 37,613

> 80.000 48,00

Rendimento coletável (euros)

Taxas

Normal (A) Média (B)

< 7.091 14,50 14,500

> 7.091 e < 20.261 28,50 23,600

> 20.261 e < 40.522 37,00 30,300

> 40.522 e < 80.640 45,00 37,613

> 80.640 48,00

2016 2017

Taxas (artigo 68.º) 13

Taxas (artigo 68.º) 14

• Perante tais alterações podemos estabelecer a seguinte tabela simplificada para os rendimentos de 2017:

Rendimento coletável (euros) Taxa Parcela a abater

Até 7.091 14,50 0,00

De mais de 7.091 até 20.261 28,50 992,74

De mais de 20.261 até 40.522 37,00 2.714,93

De mais de 40.522 até 80.640 45,00 5.956,69

Superior a 80.640 48,00 8.375,89

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Gratificações – Bombeiros (artigo 72.º) 15

• Passam a ser equiparadas a gratificações auferidas pela prestação ou em razão da prestação de trabalho não atribuídas pela entidade patronal, • as compensações e subsídios referentes à atividade

voluntária, postas à disposição dos bombeiros pelas associações humanitárias de bombeiros, até ao limite máximo anual, por bombeiro, de três vezes o IAS (ou seja, até 3 x 421,32 = € 1.263,96),

• as quais serão tributadas autonomamente à taxa de 10%.

Taxas de tributação autónoma (artigo 73.º) 16

• Passam a estar sujeitos a tributação autónoma à taxa de 35% as despesas correspondentes a importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a pessoas singulares ou coletivas residentes fora do território português e aí submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável a que se refere o n.º 1 do artigo 63.º-D da LGT, ou cujo pagamento seja efetuado em contas abertas em instituições financeiras aí residentes ou domiciliadas, • salvo se o sujeito passivo puder provar que tais encargos

correspondem a operações efetivamente realizadas e não têm um caráter anormal ou um montante exagerado.

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Dedução à coleta do adicional ao IMI (artigo 78.º) 17

• O adicional ao IMI passa a integrar as deduções à coleta do IRS.

• O adicional ao IMI é dedutível à coleta do IRS devido pelos

sujeitos passivos que detenham rendimentos imputáveis a prédios urbanos sobre os quais incida, até à concorrência:

a) Da parte da coleta do IRS proporcional aos rendimentos líquidos da categoria F, no caso de englobamento; ou

b) Da coleta obtida por aplicação da taxa prevista na alínea e) do n.º 1 do artigo 72.º do Código do IRS, nos demais casos.

18

• A dedução à coleta do adicional ao IMI é igualmente aplicável, com as necessárias adaptações, a sujeitos passivos de IRS titulares de rendimentos da Categoria B, obtidos no âmbito de atividade de arrendamento ou hospedagem.

Dedução à coleta do adicional ao IMI

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Exemplo

• Um sujeito passivo obteve em 2017 os seguintes rendimentos líquidos:

Categoria A € 60 000

Categoria F € 1 200

€ 61 200

• A coleta do IRS, no caso de optar pelo englobamento dos rendimentos da categoria F, será de:

€ 61 200 x 45% - € 5 956,69 = € 21 583,31

Dedução à coleta do adicional ao IMI

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Exemplo (continuação)

• Assim, o IRS imputável aos rendimentos da categoria F é de:

€ 61 200 - € 21 583,31

€ 1 200 - x

x = € 423,20

• Se o AIMI for igual ou superior a € 423,20, será esta a importância a deduzir à coleta do IRS.

• Se for inferior, o AIMI será deduzido na totalidade.

Dedução à coleta do adicional ao IMI

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Exemplo (Continuação)

• Na hipótese de o sujeito passivo não optar pelo englobamento dos rendimentos, sendo, por isso, tributado autonomamente, a dedução à coleta do IRS corresponderá, no máximo, a

28% x € 1 200 = € 336,00.

Dedução à coleta do adicional ao IMI

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Podendo haver prédios arrendados e outros não, qual o valor do AIMI imputável a um prédio?

• Imaginemos o seguinte exemplo: casal que não optou pela tributação conjunta, mas que identificou a titularidade jurídica dos prédios:

Dedução à coleta do adicional ao IMI

Prédio VPT

Prédio X 385.000

Prédio Y 480.000

Prédio Z 160.000

Soma dos VPT 1.025.000

Dedução 600.000

Valor sujeito 425.000

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• Caso tenha suportado AIMI no valor de € 3 050, o AIMI imputável ao prédio Y (único que se encontra arrendado) ascende a:

(480 000 : 1 025 000) x 3 050 = € 1 428,29

Dedução à coleta do adicional ao IMI

Dedução de despesas de formação e educação (artigo 78.º-D)

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• Passam a ser consideradas relevantes para efeitos de dedução as despesas com refeições escolares, quando fornecidas por um prestador de serviços de fornecimento de refeições escolares.

• De harmonia com o n.º 3 do artigo 195.º da Lei n.º 42/2016, de

28/12, as despesas de educação referentes à alimentação em refeitório escolar, de alunos inscritos em qualquer grau de ensino, em 2016, são dedutíveis à coleta de IRS nos termos previstos no n.º 1 do artigo 78.º-D do CIRS, independentemente da entidade que presta o referido serviço e da taxa de IVA aplicada, com as necessárias adaptações e de acordo com os procedimentos a definir pelo Governo.

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Dedução pela exigência de fatura (artigo 78.º-F) 25

• Para além das despesas que já foram consideradas para o ano de 2016, passam a sê-lo, também, a partir de 2017

• as despesas com a compra, por qualquer membro do

agregado familiar, de passes mensais para utilização de transportes públicos coletivos,

• emitidos por operadores de transportes públicos de passageiros com o CAE 49310, 49391, 49392, 50102 e 50300.

Retenções na fonte – Situação familiar (artigo 99.º-B) 26

• As tabelas respeitantes a «casado, único titular» aplicam-se aos rendimentos auferidos por titulares casados e não separados judicialmente de pessoas e bens, • quando apenas um dos cônjuges aufira rendimentos

englobáveis, ou, auferindo-os ambos, o rendimento de um deles seja igual ou superior a 95 % do rendimento englobado.

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Declaração automática de rendimentos (artigo 58.º-A) 27

• A AT, tendo por base os elementos informativos relevantes de que disponha, passará a disponibilizar no Portal das Finanças:

• Uma declaração de rendimento provisória por cada regime de tributação, separada e conjunta, quando aplicável;

• A correspondente liquidação provisória do imposto; e

• Os elementos que serviram de base ao cálculo das deduções à coleta

• Caso concordem com os elementos apresentados, os sujeitos passivos podem confirmar a declaração provisória, que se considera entregue pelos sujeitos passivos nos termos legais.

NOVONOVO

Declaração automática de rendimentos (artigo 58.º-A) 28

• A declaração provisória converte-se em definitiva no final de maio do ano seguinte àquele a que respeitam os rendimentos, no caso de os sujeitos passivos não a confirmarem, nem terem procedido à entrega de qualquer declaração de rendimentos.

• Para estes efeitos, os sujeitos passivos podem, até 15 de fevereiro, indicar no Portal das Finanças os elementos pessoais relevantes, nomeadamente a composição do seu agregado familiar no último dia do ano a que o imposto respeite, mediante autenticação de todos os membros do agregado familiar.

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Declaração automática de rendimentos (artigo 58.º-A) 29

• Caso não seja efetuada essa comunicação, a declaração provisória tem por base os elementos pessoais declarados em relação ao período de tributação anterior.

• No caso de não existir informação referente ao ano anterior, considera-se que o sujeito passivo não é casado e não tem dependentes.

• Contudo, estabelece-se a possibilidade de entrega de

declaração de substituição nos 30 dias posteriores à liquidação automática, sem qualquer penalidade.

Declaração automática de rendimentos (artigo 58.º-A) 30

• A liquidação provisória converte-se em definitiva:

a) No momento da confirmação da declaração provisória, observando-se o regime de tributação escolhido pelo sujeito passivo;

b) No termo do prazo legal de entrega a que se refere o n.º 1 do artigo 60.º, no caso previsto no número anterior, observando-se, no caso de sujeitos passivos casados ou unidos de facto, o regime de tributação separada.

• Os sujeitos passivos consideram-se notificados da liquidação efetuada no momento da confirmação quando não haja lugar a cobrança de imposto, sendo notificados nos termos gerais nos restantes casos, através de carta registada.

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Declaração automática de rendimentos (artigo 58.º-A) 31

• Relativamente aos rendimentos de 2016, o disposto no artigo 58.º -A do Código do IRS aplica-se apenas aos sujeitos passivos que preencham cumulativamente as seguintes condições:

a) Apenas tenham auferido rendimentos do trabalho dependente ou de pensões, com exclusão de rendimentos de pensões de alimentos, bem como de rendimentos tributados pelas taxas previstas no artigo 71.º do Código do IRS e não pretendam, quando legalmente permitido, optar pelo seu englobamento;

b) Obtenham rendimentos apenas em território português, cuja entidade devedora ou pagadora esteja obrigada à comunicação de rendimentos e retenções prevista no artigo 119.º do Código do IRS;

Declaração automática de rendimentos (artigo 58.º-A) 32

c) Não aufiram gratificações previstas na alínea g) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS;

d) Sejam considerados residentes durante a totalidade do ano a que o imposto respeita;

e) Não detenham o estatuto de residente não habitual; f) Não usufruam de benefícios fiscais e não tenham acréscimos a

rendimento por incumprimento de condições relativas a benefícios fiscais;

g) Não tenham pago pensões de alimentos; h) Não tenham dependentes a cargo nem deduções relativas a

ascendentes.

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Consignações em sede de IRS (artigo 153.º do CIRS) 33

Existem, em relação ao IRS, dois tipos de consignação

IRS – 0,5% do imposto liquidado

IVA – Benefício fiscal do IVA suportado em dados setores

Consignações em sede de IRS (artigo 153.º do CIRS) 34

• A escolha da entidade à qual o sujeito passivo pretende efetuar a consignação, passa a poder ser feita previamente à entrega ou confirmação da declaração de rendimentos, no Portal das Finanças.

• Caso o sujeito passivo não confirme nem proceda à entrega de uma declaração de rendimentos será considerada a consignação que tiver sido previamente comunicada no Portal das Finanças.

• O aditamento deste artigo 153.º entra em vigor em 01/01/2018, sendo as consignações relativas às declarações de rendimentos do ano de 2016 efetuadas aquando da confirmação ou entrega da declaração de rendimentos, ou, nos casos previstos no n.º 3 do artigo 58.º-A, através da entrega de declaração de substituição (n.º 2 do artigo 195.º da Lei n.º 42/2016, de 28/12).

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Medidas transitórias relativas a deduções à coleta (artigo 192.º da Lei n.º 42/2016, de 28/12)

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• Sem prejuízo do disposto nos artigos 78.º-C a 78.º-E e 84.º do CIRS, no que se refere ao apuramento das deduções à coleta pela AT, os sujeitos passivos de IRS podem, na declaração de rendimentos respeitante ao ano de 2016, declarar o valor das despesas a que se referem aqueles artigos.

• O uso da faculdade prevista no número anterior determina, para efeitos do cálculo das deduções à coleta previstas nos artigos 78.º-C a 78.º-E e 84.º do CIRS, a consideração dos valores declarados pelos sujeitos passivos, os quais substituem os que tenham sido comunicados à AT nos termos da lei.

Sobretaxa de IRS 36

• A sobretaxa continuará a aplicar-se durante o ano de 2017, apesar de se prever a sua eliminação gradual.

• A retenção na fonte da sobretaxa é eliminada durante o ano de 2017, de acordo com o seguinte calendário:

Escalão Rendimento coletável anual Fim da retenção

1.º Até 7.091 Sem retenção em 2017

2.º De mais de 7.091 até 20.261 Sem retenção em 2017

3.º De mais de 20.261 até 40.522 30/06/2017

4.º De mais de 40.522 até 80.640 30/11/2017

5.º Superior a 80.640 30/11/2017

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Retenção na fonte da sobretaxa de IRS 37

De harmonia com o Despacho n.º 352-A/2016, do SEAF

• As entidades pagadoras de rendimentos de trabalho dependente e pensões (com exceção das pensões de alimentos) são obrigadas a proceder à retenção na fonte da sobretaxa de IRS.

• Para o efeito devem:

• 1.º PASSO – Ver qual a taxa de retenção que corresponde ao rendimento bruto

• 2.º PASSO – Aplicar a taxa encontrada ao rendimento determinado como segue:

Rendimento bruto – Retenções na fonte – Contribuições para regimes de proteção social – RMMG

Retenção na fonte da sobretaxa de IRS 38

As taxas de retenção aplicáveis em 2017 são as seguintes (Despacho n.º 843-B/2017, publicado no DR – 2.ª série, de 13.01.201):

Tabela I

Não casados e casados 2 titulares

Remuneração mensal bruta (euros) Taxa %

Até 1.705,00.. . . . . . . . .. . . . . .. . 0

Até 3.094,00 . . . . . . . . . . . . . . . . 1,75

Até 5.862,00 . . . . .. . . . . . . . . . . . 3

Superior a 5.862,00 . . . . . . . .. . 3,5

Tabela II

Casados, único titular

Remuneração mensal bruta (euros) Taxa %

Até 2.925,00 . . . .. . . . . . . . .. . . . . 0

Até 6.361,00 . . . . . . . . . . . . . . . . . 1,75

Até 10.416,00 . . . . . . . . . . . .. . .. . 3

Superior a 10.416,00 . . . . . … . . . . 3,5

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31/01/2017

20

Retenção na fonte da sobretaxa de IRS 39

Exemplo

• Remuneração bruta de € 2.000

• Sujeito passivo casado, dois titulares, sem dependentes

• Taxa aplicável: 1,75%

• Rendimento sujeito a retenção de sobretaxa:

€ 2 000 – Retenção IRS – TSU - RMMG

€ 2 000 - € 470 - € 220 - € 557 = € 753

• Sobretaxa = € 753 x 1,75% = € 13 (arredondado)

Taxas anuais da sobretaxa de IRS 40

• As taxas anuais a aplicar são as que a seguir se indicam, conjuntamente com as taxas de 2016, para efeitos comparativos:

Rendimento coletável (euros) Taxa

Até 7.070 0,00

De mais de 7.070 até 20.000 1,00

De mais de 20.000 até 40.000 1,75

De mais de 40.000 até 80.000 3,00

Superior a 80.000 3,50

Rendimento coletável (euros) Taxa

Até 7.091 0,00

De mais de 7.091 até 20.261 0,00

De mais de 20.261 até 40.522 0,88

De mais de 40.522 até 80.640 2,75

Superior a 80.640 3,21

2016 2017

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21

Determinação do valor anual da sobretaxa de IRS 41

Rendimento sujeito

=

Rendimento sujeito a englobamento

+

rendimentos sujeitos às taxas especiais constantes dos n.ºs 3, 6, 11 e 12 do artigo 72.º do Código do IRS

-

valor anual da retribuição mínima mensal garantida (€ 7 798)

Determinação do valor anual da sobretaxa de IRS 42

Coleta da Sobretaxa = Rendimento sujeito x taxa

A este valor deduz-se:

a) 2,5% do valor da retribuição mínima mensal garantida por cada dependente ou afilhado civil que não seja sujeito passivo de IRS;

b) As importâncias retidas.

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22

Determinação do valor anual da sobretaxa de IRS 43

• Tratando-se de sujeitos passivos casados e não separados judicialmente de pessoas e bens ou unidos de facto que optem pela tributação conjunta,

• as taxas aplicáveis, são as correspondentes a metade do rendimento coletável,

• multiplicando-se o resultado obtido por dois para apurar a coleta da sobretaxa.

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

44

ALTERAÇÕES AO IRC

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23

45

• As entidades com sede ou direção efetiva em Portugal, bem como as pessoas coletivas que, não verificando aqueles requisitos, disponham neste território de um estabelecimento estável, que optem por um período fiscal diferente do ano civil,

• deverão obrigatoriamente fazer coincidir o período fiscal

com o período utilizado para efeitos de prestação de contas.

Período de tributação (artigo 8.º)

46

• Passam a estar isentas de IRC, nos termos do alínea c) do n.º 1 do artigo 10.º do CIRC, as pessoas coletivas de mera utilidade pública que prossigam, exclusiva ou predominantemente, fins de interprofissionalismo agroalimentar.

• A atividade das organizações de interprofissionalismo

agroalimentar encontra-se regulada na Lei n.º 123/97, de 13 de novembro.

Pessoas coletivas de utilidade pública e de solidariedade social (artigo 10.º)

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Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais (artigo 23.º-A) 47

• É alterada a alínea r) do n.º 1 do artigo 23.º-A, que passa a ter a seguinte redação:

• As importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a pessoas singulares ou coletivas residentes fora do território português e aí submetidas a um regime fiscal a que se referem os n.ºs 1 ou 5 do artigo 63.º-D da LGT, ou cujo pagamento seja efetuado em contas abertas em instituições financeiras aí residentes ou domiciliadas, salvo se o sujeito passivo provar que tais encargos correspondem a operações efetivamente realizadas e não têm um caráter anormal ou um montante exagerado.

Encargos não dedutíveis para efeitos fiscais (artigo 23.º-A) 48

• O disposto na alínea r) do n.º 1 aplica-se igualmente às importâncias indiretamente pagas ou devidas, a qualquer título, às pessoas singulares ou coletivas residentes fora do território português e aí submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável a que se referem os n.ºs 1 ou 5 do artigo 63.º-D da LGT, quando o sujeito passivo tenha ou devesse ter conhecimento do seu destino, presumindo-se esse conhecimento quando existam relações especiais, nos termos do n.º 4 do artigo 63.º, entre o sujeito passivo e as referidas pessoas singulares ou coletivas, ou entre o sujeito passivo e o mandatário, fiduciário ou interposta pessoa que procede ao pagamento às pessoas singulares ou coletivas.

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Variações patrimoniais negativas (artigo 24.º) 49

• Passam a concorrer para a determinação do lucro tributável as variações patrimoniais negativas não refletidas no resultado líquido relativas à distribuição de rendimentos de instrumentos de fundos próprios adicionais de nível 1 ou de fundos próprios de nível 2 que cumpram os requisitos previstos no Regulamento (UE) n.º 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de junho,

• desde que não atribuam ao respetivo titular o direito a receber dividendos nem direito de voto em assembleia geral de acionistas e não sejam convertíveis em partes sociais.

• Esta alteração apenas afeta as instituições de crédito e as empresas de investimento

Regime de reinvestimento dos valores de realização (artigo 48.º)

50

• As propriedades de investimento, ainda que contabilizadas como ativo fixo tangível, ficam excluídas do regime de reinvestimento, quer no que respeita aos ativos objeto de transmissão onerosa, quer no que toca aos ativos nos quais pode ser concretizado o reinvestimento,

• tal como já se verificava relativamente àquelas devidamente contabilizadas como tal.

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26

Mais e menos-valias realizadas com a transmissão de partes sociais e outros instrumentos de capital próprio

(artigo 51.º-C)

51

• As perdas por imparidade e outras correções de valor em partes sociais ou outros instrumentos de capital próprio, que tenham sido dedutíveis em sede de IRC, • passam a ser consideradas componentes positivas do lucro

tributável no período de tributação em que ocorra a respetiva transmissão onerosa, desde que seja aplicável o regime de participation exemption previsto no artigo 51.º-C do CIRC.

Alojamento local (artigo 86.º-B) 52

• Passa a estar expressamente previsto o coeficiente a aplicar aos rendimentos resultantes da exploração de estabelecimentos de alojamento local na modalidade de moradia ou apartamento, no âmbito do regime simplificado,

• o qual será de 0,35, deixando, assim, de ser possível a interpretação de que a estes rendimentos podia ser aplicado o coeficiente de 0,04, atualmente previsto para as atividades hoteleiras e similares.

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Tributações autónomas (artigo 88.º) 53

• A sujeição a tributação autónoma das despesas de representação, bem como das ajudas de custo e dos encargos pela deslocação em viatura própria do trabalhador, passa a ser independente do regime de dedutibilidade destas despesas em sede de IRC,

• pelo que serão tributadas autonomamente, ainda que não

sejam deduzidas ao lucro tributável.

Não faturadas a clientes Não faturadas a clientes

Tributadas em IRS Tributadas em IRS

Aceites como gasto

Aceites como gasto

Faturadas a clientes Faturadas a clientes

Não tributadas em IRS Não tributadas em IRS

Não há boletim itinerário

Não há boletim itinerário

Sujeitas a tributação autónoma à taxa de 5%

Sujeitas a tributação autónoma à taxa de 5%

Há boletim itinerário

Há boletim itinerário

Passam a ser objeto de tributação autónoma, quer os sujeitos passivos apresentem

lucro ou prejuízo fiscal

Passam a ser objeto de tributação autónoma, quer os sujeitos passivos apresentem

lucro ou prejuízo fiscal

54

Não sujeitas a tributação autónoma

Não sujeitas a tributação autónoma

Aceites como gasto

Aceites como gasto

Não aceites como gasto Não aceites como gasto

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28

Tributações autónomas (artigo 88.º) 55

• O n.º 8 do artigo 88.º do CIRC passou a ter a seguinte redação: • São sujeitas ao regime dos n.ºs 1 ou 2, consoante os casos, sendo

as taxas aplicáveis, respetivamente, 35 % ou 55 %, as despesas correspondentes a importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a pessoas singulares ou coletivas residentes fora do território português e aí submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável a que se refere o n.º 1 do artigo 63.º-D

da LGT, ou cujo pagamento seja efetuado em contas abertas em instituições financeiras aí residentes ou domiciliadas, salvo se o sujeito passivo puder provar que correspondem a operações efetivamente realizadas e não têm um caráter anormal ou um montante exagerado.

Pagamento especial por conta (artigo 106.º) 56

• O limite mínimo do PEC baixa de € 1.000 para € 850, mantendo-se o limite máximo no valor de € 70.000.

• Passa a estar expressamente previsto que o volume de

negócios, para efeitos do cálculo do pagamento especial por conta, corresponde ao valor das vendas e dos serviços prestados geradores de rendimentos sujeitos e não isentos.

• Passa também a estar expressamente previsto que os sujeitos

passivos que apenas aufiram rendimentos não sujeitos a imposto, ou dele isentos, não se encontram obrigados a efetuar pagamentos especiais por conta.

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29

Ficheiro SAF(T )-PT (artigo 123.º) 57

• Passa a ser extensiva a todos os sujeitos passivos de IRC que exerçam a título principal, uma atividade comercial, industrial ou agrícola, com sede ou estabelecimento estável em território português, a obrigação de disporem de capacidade de exportação de ficheiros SAF(T)-PT, nos termos e formatos a definir por portaria do Ministro das Finanças.

• Até 31/12/2016 apenas estava prevista esta obrigação para quem organizasse a sua contabilidade com recurso a meios informáticos.

Regime de tributação pelo lucro consolidado Tributação dos resultados internos suspensos

58

• Resultados internos cuja tributação esteja suspensa no termo do período de 2016, ao abrigo do anterior regime de tributação pelo lucro consolidado

• Inclusão no lucro tributável do grupo de ¼ no período de 2017

• Tributação do remanescente nos termos do regime transitório previsto na Lei n.º 30-G/2000

• Em caso de cessação/renúncia ao RETGS, no período de 2017, há tributação dos resultados suspensos na totalidade.

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31/01/2017

30

Regime de tributação pelo lucro consolidado Tributação dos resultados internos suspensos

59

• Pagamento por conta autónomo devido:

• Durante mês de julho/ 7.º mês do período de tributação que se inicie em ou após 01.01.2017

• Em valor = taxa de 21% sobre os resultados incluídos no lucro tributável do grupo em 2017

• A deduzir na liquidação relativa ao período de 2017

Regime de tributação pelo lucro consolidado Tributação dos resultados internos suspensos

60

Exemplo:

• Suponhamos que um determinado grupo de empresas apurou, no âmbito do regime de tributação pelo lucro consolidado, lucros internos eliminados ao abrigo desse regime no montante de € 400 000 e que ainda não foram realizados até 31/12/2016.

• Relativamente a 2017, terá de acrescer no quadro 07 da modelo 22 a quantia de: 25% x € 400 000 = € 100 000

• Em julho de 2017 terá de fazer um pagamento por conta autónomo, em relação a tais lucros, no montante de: 21% x € 100 000 = € 21 000

• Esta quantia será dedutível ao imposto a pagar na liquidação relativa ao período de tributação de 2017.

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31

Reporte de prejuízos fiscais 61

• Em consequência da alteração introduzida pelo OE para 2016, que reduziu o período de reporte dos prejuízos fiscais apurados pelas grandes empresas de 12 para 5 anos (relativamente aos

períodos de tributação que se iniciem em ou após 01/01/2017), havia a possibilidade de os prejuízos apurados mais recentemente caducarem antes dos mais antigos, caso se mantivesse a obrigatoriedade de a dedução ser efetuada segundo o método FIFO (ver diapositivo seguinte).

• Com a alteração agora introduzida, que consistiu na revogação do n.º 15 do artigo 52.º e do n.º 6 do artigo 71.º, ambos do CIRC, permite-se que sejam deduzidos em 1.º lugar os prejuízos cujo período de reporte se esgote primeiro.

Reporte de prejuízos fiscais 62

Síntese dos prazos de dedução dos prejuízos fiscais

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31/01/2017

32

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

63

ALTERAÇÕES AO IVA

Isenções nas operações internas (artigo 9.º) 64

• O n.º 3 do artigo 9.º do CIVA passa a prever expressamente que, para além das prestações de serviços efetuadas no exercício da sua atividade por protésicos dentários,

• a isenção também abrange as transmissões de próteses

dentárias efetuadas por dentistas e protésicos dentários.

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31/01/2017

33

IVA das importações (artigo 27.º) 65

• Por opção dos sujeitos passivos, o IVA poderá deixar de ser exigido no momento do desalfandegamento das mercadorias importadas, passando a ser autoliquidado por eles próprios.

• A opção apenas poderá ser aplicada pelos sujeitos passivos que:

a) Se encontrem abrangidos pelo regime de periodicidade mensal; b) Tenham a situação tributária regularizada; c) Pratiquem exclusivamente operações sujeitas e não isentas ou

isentas com direito à dedução, sem prejuízo da realização de operações imobiliárias ou financeiras que tenham caráter acessório;

d) Não beneficiem de diferimento do pagamento do IVA.

IVA das importações (artigo 27.º) 66

• Esta medida vai entrar em vigor de forma faseada, apenas

entrando em vigor na totalidade em 01/03/2018.

• Será, no entanto, aplicável a partir de 01/09/2017 às

importações de bens constantes do anexo C ao Código do IVA, com exceção dos óleos minerais.

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34

Alterações à Lista I 67

• As verbas 1.3.3 e 2.5 da Lista I anexa ao CIVA passam a ter a seguinte redação:

Verba Redação anterior Redação OE/2017

1.3.3 Moluscos, com exceção das ostras, ainda que secos ou congelados

Moluscos, ainda que secos ou congelados

2.5 Alínea e)

Tiras de glicémia, de glicosúria e acetonúria, agulhas, seringas e canetas para administração de insulina utilizadas na prevenção e tratamento da Diabetes mellitus

Medidores e tiras de glicemia, de glicosúria e acetonúria, outros dispositivos para medição análogos, agulhas, seringas e canetas para administração de insulina, utilizados na prevenção e tratamento da Diabetes mellitus

Alterações à Lista I 68

• O Governo compromete-se, durante os primeiros 120 dias do ano de 2017, a proceder ao alargamento do âmbito de aplicação da verba 2.9 da Lista I anexa ao Código do IVA,

• de modo a incluir todos os produtos, aparelhos e objetos

de apoio cuja utilização seja exclusiva de pessoas com deficiência, sem prejuízo da inclusão de mais produtos além desses.

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31/01/2017

35

Alterações à Lista II 69

• É alterada a verba 1.2.1 e aditada a verba 1.12 da Lista II anexa ao CIVA, nos seguintes termos:

Verba Redação anterior Redação OE/2017

1.2.1 Conservas de moluscos, com exceção das ostras

Conservas de moluscos

1.12 -----

Flocos prensados simples de cereais e leguminosas sem adições de açúcar

Artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012 Comunicação dos dados das faturas

70

• A comunicação das faturas passa a ter de ser efetuada até ao dia 20 do mês seguinte ao da emissão da fatura.

• Até agora era enviado ao dia 25 do mês seguinte.

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31/01/2017

36

Restituição do IVA às IPSS (Decreto-Lei n.º 20/90) 71

• São repristinados durante o ano de 2017 o n.º 2 do artigo 65.º da Lei n.º 16/2001, de 22/06, e as alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do DL n.º 20/90, de 13/01 (alterado pela Lei n.º 52-C/96, de 27/12, pelo DL n.º 323/98, de 30/10, pela Lei n.º 30-C/2000, de

29/12, e pelo DL n.º 238/2006, de 20/12), revogados pelo n.º 1 do artigo 130.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31/12.

• Por força disso:

Restituição do IVA às IPSS (Decreto-Lei n.º 20/90) 72

• Mantém-se em 2017 a restituição prevista nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 20/90, de 13/01, que é feita em montante equivalente a 50% do IVA suportado com imóveis e ativos fixos tangíveis (exceto viaturas e reparações),

• No caso de operações abrangidas pelo n.º 2 do artigo 130.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31/12, mantém-se em vigor o direito à restituição de um montante equivalente a 100% do IVA suportado.

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31/01/2017

37

Restituição do IVA às IPSS (Decreto-Lei n.º 20/90) 73

• Durante o ano de 2017 é igualmente restituído um montante equivalente a 50% do IVA suportado pelas IPSS, bem como pela SCML, relativamente às aquisições de bens ou serviços de alimentação e bebidas no âmbito das atividades sociais desenvolvidas, nos termos do n.º 1, com as devidas adaptações.

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

74

AUTORIZAÇÕES LEGISLATIVAS

RELATIVAS AO IVA

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31/01/2017

38

Autorizações legislativas relativas ao IVA 75

• Fica o Governo autorizado a introduzir alterações à verba 3.1 da Lista II anexa ao CIVA, de forma a ampliar a sua aplicação a outras prestações de serviços de bebidas, estendendo-a a bebidas que se encontram excluídas.

• A oportunidade e a extensão das alterações a introduzir depende das conclusões do Grupo de Trabalho interministerial criado pelo Despacho n.º 8591-C/2016, de 1 de julho.

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

76

ALTERAÇÕES AO IMPOSTO DO SELO

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31/01/2017

39

Outras isenções (artigo 7.º) 77

Isenção sobre garantias prestadas

• Alarga-se a isenção de imposto do selo existente para as garantias prestadas ao Estado no âmbito da gestão da respetiva dívida pública direta, às garantias prestadas com a mesma finalidade ao Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social, I.P., quer em nome próprio, quer em representação dos fundos sob sua gestão, com a exclusiva finalidade de cobrir a sua exposição a risco de crédito.

Tributação dos jogos sociais do Estado 78

• As verbas 11.3 e 11.4 da TGIS deixam de fazer referência ao Euromilhões, Lotaria Nacional, Lotaria Instantânea, Totobola, Totogolo, Totoloto, Joker e apostas desportivas à cota de base territorial,

• passando a fazer menção genérica a “jogos sociais do Estado”.

• A tributação atualmente existente sobre as apostas e sobre

os prémios dos jogos sociais do Estado mantém-se inalterada.

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31/01/2017

40

Prédios habitacionais e terrenos para construção com VPT igual ou superior a 1 milhão de euros

79

• Em resultado da criação do Adicional ao IMI, é revogada a tributação em imposto do selo, à taxa geral de 1%, incidente sobre a propriedade, usufruto ou direito de superfície de prédios habitacionais ou terrenos para construção habitacional com VPT igual ou superior a € 1 milhão (verba 28 da Tabela Geral do Imposto do Selo).

• A revogação produz efeitos a 31/12/2016, abarcando assim o imposto que seria devido em 2017 relativamente a 2016.

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

80

ALTERAÇÕES AOS

IMPOSTOS ESPECIAIS SOBRE O CONSUMO

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31/01/2017

41

Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Bebidas não alcoólicas

81

• As bebidas adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes passam a estar sujeitas ao Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas (IABA) a partir de 01/02/2017.

• Passam, assim, a ser tributadas:

• As bebidas destinadas ao consumo humano, adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes, abrangidas pelo código nomenclatura combinada (NC) 2202, tais como refrigerantes, bebidas energéticas e águas aromatizadas.

Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Bebidas não alcoólicas

82

• As bebidas abrangidas pelos códigos NC 2204, 2205, 2206 e 2208, com um teor alcoólico superior a 0,5% vol. e inferior ou igual a 1,2% vol.

• Concentrados, sob a forma de xarope ou pó, destinados à preparação, de bebidas previstas nas alíneas anteriores, nas instalações do consumidor final ou de retalhista.

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42

Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Bebidas não alcoólicas

83

• As taxas aplicáveis são as seguintes:

• Para as bebidas cujo teor de açúcar seja inferior a 80 gramas por litro: € 8,22 por hectolitro;

• Para as bebidas cujo teor de açúcar seja igual ou superior a

80 gramas por litro: € 16,46 por hectolitro; • Aos concentrados: a taxa que seria aplicável nos termos das

alíneas anteriores à mistura final.

Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Bebidas não alcoólicas

84

• Estão isentas do IABA as bebidas que se encontram sujeitas à taxa reduzida de IVA, tais como as bebidas à base de leite, soja ou arroz; os sumos e néctares de frutos e de algas ou de produtos hortícolas e as bebidas de cereais, amêndoa, caju e avelã; as bebidas consideradas alimentos para as necessidades dietéticas; bem como as bebidas não adicionadas de açúcar ou de outros edulcorantes.

• Estão, ainda, isentas de imposto as bebidas usadas no processo de fabrico ou em testes de controlo de qualidade e de sabor.

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Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Bebidas não alcoólicas

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• Os produtores ou armazenistas devem apresentar, junto da estância aduaneira competente, o pedido de aquisição do respetivo estatuto fiscal (n.º 1 do artigo 215.º da Lei n.º 42/2016)

• As bebidas não alcoólicas contabilizadas como inventário à

data de entrada em vigor do imposto, consideram-se produzidas, importadas ou adquiridas nessa data (n.º 2 do artigo 215.º da Lei n.º 42/2016).

Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Bebidas não alcoólicas

86

• A produção destas bebidas é efetuada em regime de suspensão de imposto, em entreposto fiscal, podendo a armazenagem, detenção e circulação ser efetuadas também em regime de suspensão do imposto..

• Ver sobre o assunto a Portaria n.º 32/2017, de 18/01, que procede à regulamentação do regime de produção, armazenamento e circulação de bebidas não alcoólicas, estabelecendo as regras e procedimentos a observar pelos operadores económicos deste setor.

• Ver também o ofício circulado n.º 35071, de 25.01.2017.

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Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Bebidas não alcoólicas

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• Os comercializadores que a 01/02/2017 detenham no seu estabelecimento estas bebidas, devem contabilizar e comunicar à AT as respetivas quantidades, dispondo até 31/03 para as comercializar a consumidores finais, findo o qual o imposto se torna exigível (n.º 4 do artigo 215.º da Lei n.º 42/2016).

• De harmonia com o ofício circulado n.º 35071, de 25.01.2017, consideram-se “comercializadores que efetuem vendas diretas a consumidores finais”, aqueles que exclusiva ou predominantemente efetuam vendas a consumidores finais.

Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Bebidas não alcoólicas

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• Segundo o ofício circulado n.º 35071, de 25.01.2017, os comercializadores que efetuem vendas diretas a consumidores finais podem escoar o stock de bebidas não alcoólicas que detenham a 01/02/2017, sem que o imposto seja exigível, até 31/03/2017.

• Para o efeito, só não é exigível o imposto caso as quantidades

em stock se encontrem no local de venda a 1 de fevereiro, não sendo, em situação alguma, permitida a circulação a partir de armazéns ou pontos de venda com destino a pontos de venda distintos, ainda que os mesmos sejam detidos pela mesma pessoa ou empresa.

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Imposto sobre o álcool e as bebidas alcoólicas Bebidas não alcoólicas

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• Findo o prazo referido no ponto anterior, o comercializador deve, até 15 de abril, contabilizar e declarar à estância aduaneira competente as quantidades do stock não vendidas, discriminando por tipo de produto (artigo 87.º-A) e taxa aplicável (artigo 87.º-C).

• O comercializador está dispensado da obrigação declarativa

caso o montante do imposto, auto apurado, seja inferior a € 10.

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

90

ALTERAÇÕES AO IMI

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46

Prédios de reduzido valor patrimonial de sujeitos passivos de baixos rendimentos (artigo 11.º-A)

91

• As isenções a que se refere este artigo são automáticas, nelas não se incluindo os prédios pertencentes a sujeitos passivos não residentes, sendo reconhecidas oficiosamente e com uma periodicidade anual pela AT, a partir da data de aquisição dos prédios ou da data da verificação dos respetivos pressupostos. • NOTA: Esta isenção aplica-se desde que o rendimento bruto

total do agregado familiar não seja superior a 2,3 vezes o valor anual do IAS (€ 15 295,00) e o valor patrimonial tributário global da totalidade dos prédios rústicos e urbanos pertencentes ao agregado familiar não exceda 10 vezes o valor anual do IAS

(€ 66 500,00).

Comunicação das taxas do IMI pelos municípios (artigo 112.º)

92

• O prazo para os municípios comunicarem eletronicamente as taxas de IMI deliberadas em assembleia municipal, aplicáveis aos prédios urbanos, para vigorar no ano seguinte, é alterado para 31 de dezembro (anteriormente era até 30 de novembro).

• Não sendo observado este prazo, será aplicada oficiosamente a taxa mínima de IMI de 0,3%.

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Forma das reclamações (artigo 132.º) 93

Reclamação das matrizes

• As reclamações das matrizes com fundamento na:

• desatualização do valor patrimonial tributário ou

• em erro na determinação das áreas, quando respeitantes a prédios urbanos,

passam a ser efetuadas mediante a entrega pelo sujeito passivo de declaração Modelo 1 de IMI, juntamente com os elementos que a devam acompanhar.

Adicional ao IMI

94

• Foi criado um adicional ao IMI, incidente sobre a soma dos VPT dos prédios urbanos situados em território português, de que sejam proprietários, usufrutuários ou superficiários pessoas singulares ou coletivas, residentes ou não em Portugal.

Prédios Urbanos Incidência AIMI

SIM NÃO

a) Habitacionais X

b) Comerciais, industriais e para serviços X

c) Terrenos para construção X

d) Outros X

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Processo de avaliação geral dos prédios rústicos (artigo 240.º da Lei n.º 42/2016, de 28/12)

95

• Em 2017, o Governo inicia um processo de avaliação geral dos

prédios rústicos de área igual ou superior a 50 hectares. • Para os efeitos previstos no n.º anterior, o Governo apresenta à

Assembleia da República, no prazo de 120 dias, uma proposta de revisão do CIMI e de alteração ao Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, no sentido de atualizar os critérios de avaliação dos prédios rústicos e criar as condições técnicas e jurídicas necessárias ao processo de avaliação geral dos prédios rústicos de área igual ou superior a 50 hectares.

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

96

ALTERAÇÕES AO EBF

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49

Regime público de capitalização (artigo 17.º) 97

• É aumentado de € 350 para € 400 o limite de dedução à coleta, em sede de IRS, para os sujeitos passivos de idade inferior a 35 anos, com aplicações em contas individuais geridas em Regime Público de Capitalização (mantendo-se em € 350 para os sujeitos

passivos com idade superior a 35 anos).

• NOTA: De conformidade com este artigo, são dedutíveis à coleta

do IRS 20% dos valores aplicados em contas individuais geridas em regime público de capitalização, com os limites antes referidos.

Swaps e empréstimos de instituições financeiras não residentes (artigo 30.º) 98

• A isenção de IRC, aplicável a instituições financeiras não residentes, passa a abranger ganhos e juros de operações de swap e forwards e das operações com estas conexas, efetuadas com o Estado. • Anteriormente a isenção era apenas aplicável a ganhos

decorrentes de operações de swap).

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Remuneração convencional do capital social (artigo 41.º-A) 99

• O benefício relativo à remuneração convencional do capital (dedução ao lucro tributável de 5% das entradas realizadas) passa a aplicar-se a todas as sociedades residentes em território português (até agora estava limitado às PME),

• bem como às entradas de capital realizadas por sócios pessoas coletivas (até agora só se aplicava às contribuições efetuadas por sócios pessoas singulares).

• Simultaneamente, eleva-se o valor da dedução de 5% para 7% do montante das entradas realizadas até 2 milhões de euros, limitada a cada exercício.

Remuneração convencional do capital social (artigo 41.º-A) 100

• O tipo de entradas elegíveis para efeitos de dedução também é alargado, abrangendo para além das entregas em dinheiro, a conversão de suprimentos ou de empréstimos de sócios, no âmbito da constituição de sociedade ou do aumento do capital social.

• A dedução é efetuada no apuramento do lucro tributável relativo ao período de tributação em que sejam realizadas as entradas e nos cinco períodos de tributação seguintes (anteriormente apenas 3).

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51

Remuneração convencional do capital social (artigo 41.º-A) 101

• Para efeitos da dedução prevista no n.º 1 do artigo 41.º-A do EBF, às entradas e aumentos de capital realizados até à data da entrada em vigor da presente lei continua a aplicar-se, relativamente às importâncias aplicadas até essa mesma data, o disposto naquele artigo na redação anteriormente em vigor (n.º 3 do artigo 226.º da Lei n.º 42/2016, de 28/12).

Outros benefícios com caráter ambiental atribuídos a imóveis (artigo 44.º-B)

102

• Os municípios, mediante deliberação da assembleia municipal, podem fixar uma redução até 25 % (até agora a redução estava

limitada a 15%) da taxa do IMI a vigorar no ano a que respeita o imposto, a aplicar aos prédios urbanos com eficiência energética.

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Prédios urbanos construídos, ampliados, melhorados ou adquiridos a título oneroso, destinados a habitação (artigo 46.º)

103

• A isenção de IMI passa a ser automática para os prédios urbanos adquiridos a título oneroso.

• Nos restantes casos, esta isenção fica sujeita ao reconhecimento pelo chefe do serviço de finanças.

• NOTA: Nos termos deste artigo, ficam isentos de IMI os prédios ou parte de prédios urbanos habitacionais construídos, ampliados, melhorados ou adquiridos a título oneroso, destinados à habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, cujo rendimento coletável, para efeitos de IRS, no ano anterior, não seja superior a € 153 300.

Medidas de apoio ao transporte rodoviário de passageiros e de mercadorias (artigo 70.º)

104

• O beneficio fiscal previsto no presente artigo não é aplicável, nos períodos de tributação que se iniciem em ou após 01/01/2017, aos sujeitos passivos que no mesmo período beneficiem da devolução parcial de ISP nos termos do regime do gasóleo profissional.

• NOTA: Nos termos deste artigo, os gastos suportados com a aquisição, em território português, de combustíveis para abastecimento de veículos são dedutíveis, em valor correspondente a 120 % do respetivo montante, para efeitos da determinação do lucro tributável.

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Benefícios fiscais relativos à instalação de empresas em territórios do interior (artigo 41.º-B)

105

• As PME localizadas nas regiões do interior, que exerçam a título principal uma atividade económica de natureza agrícola, comercial, industrial ou de prestação de serviços, passam a poder beneficiar de uma taxa de 12,5% relativamente aos primeiros € 15.000 de matéria coletável (por oposição à atual taxa de 17%).

• As regiões beneficiárias desta medida serão definidas por portaria, com base em critérios como emigração, envelhecimento, atividade económica, emprego e empreendedorismo, entre outros.

NOVONOVO

Programa Semente (artigo 43.º-A) 106

• É criado um benefício fiscal aplicável aos investidores individuais em startups (micro ou pequenas empresas que não tenham

sido formalmente constituídas Há mais de 5 anos), que permite a dedução à coleta do IRS, até ao limite de 40% desta, de 25% do montante dos investimentos elegíveis efetuados em cada ano.

• A importância que não possa ser deduzida por exceder o limite pode sê-lo, nas mesmas condições, nos dois períodos de tributação seguintes.

• Para este efeito, o montante anual de investimento elegível não pode ser superior a € 100.000 por sujeito passivo.

NOVONOVO

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Programa Semente (artigo 43.º-A) 107

• Consideram-se investimentos elegíveis as entradas em dinheiro efetivamente pagas em razão da subscrição de participações sociais, desde que:

a) A sociedade participada seja uma micro ou pequena empresa que não tenha sido formalmente constituída há mais de cinco anos;

b) Sejam de montante superior a € 10 000, por sociedade; c) A participação social detida pelo subscritor, após a subscrição e

durante os três anos subsequentes, não corresponda a mais de 30 % do capital ou dos direitos de voto da sociedade;

d) A participação social subscrita seja mantida durante, pelo menos, 48 meses;

Programa Semente (artigo 43.º-A) 108

e) A percentagem do capital e dos direitos de voto detida por sociedades e outras pessoas coletivas, quer na data da subscrição quer nos três anos anteriores, seja inferior a 50 %; e

f) As entradas sejam efetivamente utilizadas, até ao fim do terceiro período de tributação posterior ao da subscrição, em despesas de investigação ou desenvolvimento, na aquisição de ativos intangíveis ou na aquisição de ativos fixos tangíveis, com exceção de terrenos, edifícios, viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, mobiliário e equipamentos sociais.

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Programa Semente (artigo 43.º-A) 109

• As mais-valias que resultem da alienação onerosa das participações sociais correspondentes a investimentos elegíveis que tenham beneficiado da dedução prevista no n.º 1, desde que detidas durante, pelo menos, 48 meses, • não são consideradas no saldo a que se refere o n.º 1 do

artigo 43.º do Código do IRS caso o sujeito passivo reinvista, no ano da realização ou no ano subsequente, a totalidade dos respetivos valores de realização em investimentos elegíveis nos termos do n.º 4.

Despesas com certificação biológica de explorações (artigo 59.º-E)

110

• É considerado gasto do período de tributação para efeitos de determinação do lucro tributável,

• o valor correspondente a 140 % das despesas de

certificação biológica de explorações com produção em modo biológico, incorridas por sujeitos passivos de IRC e IRS, com contabilidade organizada.

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ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

111

ALTERAÇÕES AO CFI

RFAI (artigo 23.º) 112

Benefício em vigor até ao OE/2017

1) No caso de investimentos realizados em regiões elegíveis, constantes do ponto 1 da tabela n.º 1 do artigo 43.º do CFI (Norte, Centro, Alentejo, RAA e RAM)

• Dedução à coleta do IRC das seguintes percentagens das aplicações relevantes:

i) 25% das aplicações relevantes relativamente ao investimento realizado até ao montante de € 5.000.000

ii) 10% das aplicações relevantes relativamente ao investimento realizado que exceda € 5.000.000

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RFAI (artigo 23.º) 113

• O limite de investimento elegível que beneficia da aplicação de uma taxa de 25% passa de € 5 milhões para € 10 milhões, mantendo-se taxa de 10% para investimentos superiores àqueles limites, ou seja, para investimentos nas regiões Norte, Centro, Alentejo, RAA e RAM, a dedução à coleta do IRC passa a ser feita nas seguintes percentagens das aplicações relevantes:

Alterações em 2017

i) 25% das aplicações relevantes relativamente ao investimento realizado até ao montante de € 10.000.000

ii) 10% das aplicações relevantes relativamente ao investimento realizado que exceda € 10.000.000

RFAI (artigo 23.º) 114

• Para efeitos desta dedução, podem ser considerados no

período de tributação subsequente investimentos realizados no período de tributação que se inicie em ou após 01/01/2016, • desde que não tenham sido anteriormente integrados em

qualquer um dos períodos (artigo 244.º da Lei n.º 42/2016, de 28/12).

Alterações em 2017

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SIFIDE (artigos 37.º e 40.º) 115

• As despesas relacionadas com projetos de conceção ecológica de produtos passam a poder ser majoradas em 110%.

• A referida majoração fica dependente da submissão, e

respetiva aprovação, do projeto à Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2017

116

ALTERAÇÕES AO RCPITA

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Participantes no procedimento de inspeção (artigo 19.º) 117

• Os funcionários de administrações fiscais ou aduaneiras estrangeiras passam a poder participar no procedimento de inspeção tributária, no âmbito dos mecanismos de assistência mútua e cooperação administrativa intracomunitária, mediante autorização do Diretor-Geral da AT.

Suspensão do procedimento de inspeção (artigo 36.º) 118

• O prazo para conclusão do procedimento de inspeção passa a suspender-se, por um período máximo de 12 meses, • nos casos em que a AT recorra aos mecanismos de

assistência mútua e cooperação administrativa internacional.

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José Soares Roriz