lei n° 3 - câmara municipal de criciúma · web viewzru 1 - zona de recuperação urbana 1 -...

45
LEI N° 3.900, DE 28 DE OUTUBRO DE 1999. Institui a Lei do Zoneamento de Uso do Solo do Município de Criciúma e dá outras providências. O PREFEITO MUNICIPAL DE CRICIÚMA, faço saber a todos os habitantes deste Município, que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a presente Lei. CAPÍTULO I Das Disposições Gerais e Preliminares Art. 1º Esta lei institui o Zoneamento de Uso do Solo do Município de Criciúma define seus objetivos e diretrizes básicas para orientação e controle do desenvolvimento urbano e dispõe sobre os instrumentos para sua execução. SEÇÃO I Dos Objetivos do Plano Diretor Art. 2º Constituem os objetivos do Plano Diretor: I - Buscar a melhoria da qualidade de vida da população, mediante a reestruturação urbana e rural adequada ao crescimento econômico e demográfico do município; II - Ordenar o espaço físico territorial do município, orientando a expansão dos núcleos urbanos e preservando áreas não apropriadas para usos urbanos; III - Garantir condições adequadas de infra-estrutura e equipamentos de uso coletivo, para os terrenos destinados a receber atividades urbanas;

Upload: hahanh

Post on 08-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

LEI N° 3.900, DE 28 DE OUTUBRO DE 1999.

Institui a Lei do Zoneamento de Uso do Solo do Município de Criciúma e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE CRICIÚMA, faço saber a todos os habitantes deste Município, que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a presente Lei.

CAPÍTULO I

Das Disposições Gerais e Preliminares

Art. 1º Esta lei institui o Zoneamento de Uso do Solo do Município de Criciúma define seus objetivos e diretrizes básicas para orientação e controle do desenvolvimento urbano e dispõe sobre os instrumentos para sua execução.

SEÇÃO I

Dos Objetivos do Plano Diretor

Art. 2º Constituem os objetivos do Plano Diretor: I - Buscar a melhoria da qualidade de vida da população, mediante a reestruturação urbana e rural adequada ao crescimento econômico e demográfico do município;

II - Ordenar o espaço físico territorial do município, orientando a expansão dos núcleos urbanos e preservando áreas não apropriadas para usos urbanos;

III - Garantir condições adequadas de infra-estrutura e equipamentos de uso coletivo, para os terrenos destinados a receber atividades urbanas;

IV - Preservar e valorizar o patrimônio cultural e natural do município e proteger o meio ambiente através do controle do uso do solo;

V - Explicitar os critérios para que se cumpra a função social da propriedade, especialmente através da regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda, bem como o adequado aproveitamento dos vazios e dos terrenos subutilizados.

SEÇÃO II

Das Diretrizes do Plano Diretor

Page 2: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

Art. 3º Constituem as diretrizes do Plano Diretor: I - promover o adequado ordenamento territorial mediante planejamento e controle de uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano e rural;

II - promover a proteção do patrimônio Arquitetônico, Histórico-Cultural local;

III - preservar e proteger o meio ambiente, combatendo a sua poluição e/ou degradação em qualquer das suas formas;

IV - promover programas de melhoria das condições habitacionais de saneamento básico e recuperação de áreas degradadas em geral;

V - orientar a concessão de direitos de pesquisas e exploração de recursos minerais em seu território;

VI - implementar a política de desenvolvimento urbano com o objetivo de ordenar funções sociais das áreas ocupadas do município e garantir o bem estar dos seus habitantes;

VII - promover a adequada utilização do solo urbano exigindo posterior regulamentação através de leis complementares, contemplando instrumentos de edificação compulsória, impostos progressivo no tempo e desapropriação.

CAPÍTULO II

Das Normas Técnicas

SEÇÃO I

Da Divisão do Território Municipal em Zonas

Art. 4º O território do município fica dividido em Zona Urbana e Zona Rural.

Art. 5º A Zona Urbana é definida pelo seguinte perímetro, demarcado no terreno e delimitado no mapa do Perímetro Urbano, anexo I, que passa a fazer parte integrante desta Lei:

Descrição do Perímetro

- O perímetro urbano do município de Criciúma, inicia-se no ponto 1 situado na bifurcação da SC - 446 com o Rio Ronco D’água, deste segue-se no ajusante do Rio Ronco D’água pela margem direita no sentido Leste, até a distância de 1000 metros da projeção do anel viário de contorno Norte até encontrar o ponto 2. - Deste, seguindo por uma linha distante a 1000 metros em sentido Sul, paralelo à rodovia de

Page 3: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

contorno Norte viário até encontrar o ponto 3 , situado a 1000 metros da SC - 443. - Deste, seguindo no sentido Leste por uma linha paralela distante a 1000 metros da rodovia SC - 443, até encontrar o ponto 4, situado no leito do Rio Ronco D’água, deste segue no sentido Sudeste pela ajusante do Rio Ronco D’água, pela margem direita até encontrar o ponto 5, situado na linha divisória do município de Morro da Fumaça - Criciúma ( SC-443). - Deste, segue no sentido Oeste, pelo leito da rodovia SC - 443, até encontrar o ponto 6, situado no cruzamento da SC - 443 com a linha Corda Bamba. - Deste segue no sentido Sul, até encontrar o ponto 7, situado a 1000 metros após a CRI - 274. (Primeira Linha). - Deste, segue no sentido Oeste paralelo à CRI - 274, até encontrar o ponto 8, distante 1000 metros da Rodovia Luiz Rosso e CRI - 274. - Deste, segue no sentido Sul por uma paralela à Rodovia Luiz Rosso, distante a 1000 metros da mesma, até encontrar o ponto 9, situado na CRI - 280 ( Terceira Linha ). - Deste, segue no sentido Leste pela CRI - 280, até encontrar o ponto 10, situado na divisa entre os municípios de Içara e Criciúma. - Deste segue no sentido Sul, através da linha divisória dos municípios de Içara e Criciúma, até encontrar o ponto 11, situado a 500 metros abaixo da BR -101. - Deste, segue no sentido Sudoeste por uma paralela distante 500 metros da BR-101, até encontrar o ponto 12, situado na divisa entre os municípios de Criciúma e Araranguá. - Deste, segue no sentido Noroeste pela linha divisória dos Municípios de Criciúma e Araranguá, até encontrar o ponto 13, situado na BR-101. - Deste, segue no sentido Nordeste pela BR - 101 até encontrar o ponto 14, situado na bifurcação da BR - 101 com a Rodovia Jorge Lacerda. - Deste, segue no sentido Norte pela Rodovia Jorge Lacerda até encontrar o ponto 15, situado a 500 metros antes da ( CRI - 477 e CRI - 479 ) rua Líbero João da Silva. - Deste, segue no sentido Oeste por uma paralela distante a 500 metros, até encontrar o ponto 16 situado no leito do Rio Sangão. - Deste, segue no sentido Norte pela montante do Rio Sangão, pela margem esquerda até encontrar o ponto 17, situado a 500 metros da rua Líbero João da Silva. - Deste, segue no sentido Leste numa linha paralela e distante à da rua J C S , até encontrar o ponto18, situado no eixo da Rodovia Jorge Lacerda. - Deste, segue no sentido Leste, numa linha paralela e distante a 400 metros da CRI - 477, até encontrar o ponto 19, situado a 100 metros da BR - 101. - Deste, segue no sentido Nordeste eqüidistante a 100 metros da BR-101 e da Rodovia Luiz Rosso até encontrar o ponto 20. - Deste, segue no sentido Norte paralelo e distante a 1000 metros da Rodovia Luiz Rosso até encontrar o ponto 21. - Deste, segue no sentido Oeste por uma paralela distante a 1000 metros da CRI - 274 até encontrar o ponto 22, situado a 500 metros da bifurcação da Rodovia Jorge Lacerda. - Deste, segue no sentido Sudoeste paralelamente à Rodovia Jorge Lacerda e distante a 500 metros da mesma até encontrar o ponto 23, situado no encontro da Rodovia Jorge Lacerda com a Rodovia Gabriel Arns. - Deste, segue no sentido Sudoeste paralela e distante a 500 metros da Rodovia Gabriel Arns, até

Page 4: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

encontrar o ponto 24, situado à margem esquerda do Rio Sangão. - Deste, segue-se por esta a montante do Rio Sangão, até encontrar o ponto 25, situado a 1000 metros ao Sul da Avenida Universitária. - Deste, segue no sentido Oeste pela linha divisória dos municípios de Forquilhinha - Criciúma, até encontrar o ponto 26, situado na margem esquerda do Rio Mãe Luzia. - Deste, segue-se a montante pela margem esquerda do Rio Mãe Luzia até encontrar o ponto 27, situado na bifurcação da SC - 477 com o Rio Mãe Luzia, o qual faz divisa com o município de Nova Veneza - Criciúma. - Deste, segue no sentido Norte, através da linha divisória dos municípios de Nova Veneza e Criciúma, até encontrar o ponto 28, situado na bifurcação da linha divisória dos municípios de Nova Veneza - Criciúma e Siderópolis - Criciúma. - Deste, segue no sentido Leste, pela divisória dos municípios de Siderópolis - Criciúma, até encontrar o ponto 1, ponto inicial desta descrição.

Art. 6º Constitui Zona Rural a parcela do território municipal não incluída na Zona Urbana, destinada às atividades primárias e de produção de alimentos, bem como às atividades de reflorestamento, de mineração e outros.

Art. 7º A Zona Urbana fica subdividida para fins de disciplinamento do uso e da ocupação do solo conforme quadro 1 e Mapa de Zoneamento e Uso do Solo – Anexo II nas seguintes zonas:

ZEP 1 - Zona Especial de Preservação 1 - Corresponde às áreas protegidas por legislação e é uma zona adequada para implantação de parques municipais e atividades afins, apresentando declividade de até 30%, podendo ser liberadas construções de residências conforme parâmetros contidos no Quadro 1, observadas as leis superiores que regem o assunto; caracteriza-se por ser imprópria à ocupação urbana devido aos riscos que o meio físico apresenta, tais como: contaminação das nascentes e áreas de recarga de aqüíferos.

ZEP 2 - Zona Especial de Preservação 2 - Corresponde às áreas com sérias restrições físicas à ocupação, determinando uma ocupação extensiva. Apresenta declividade entre 30% e 45%, alta suscetibilidade à erosão e vegetação nativa. podendo ser liberadas construções de residências conforme parâmetros contidos no Quadro 1.

ZR 1 - Zona Residencial 1 - Caracteriza - se pelas condições físicas com alguma restrição à ocupação, com disponibilidade de infra-estrutura urbana, permitindo uma ocupação de média densidade populacional integrada às atividades de comércio e serviços.

ZR 2 - Zona Residencial 2 - Caracteriza-se pelas condições físicas favoráveis à ocupação, com disponibilidade de infra-estrutura urbana, permitindo uma alta densidade populacional integrada às atividades de comércio e serviços.

ZR 3 - Zona Residencial 3 - Caracteriza-se pela proximidade às áreas geradoras de emprego, com lotes menores, justificando uma ocupação do solo que possibilite maior oferta habitacional e

Page 5: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

otimização do aproveitamento da infra-estrutura urbana.

ZM 1 - Zona Mista 1 - Corresponde ao prolongamento do eixo principal (Av. Centenário) e pela proximidade da ZC 2 ( Zona Central 2 ), interligando esta zona com os Bairros Pinheirinho e Próspera, valendo esta apenas para os terrenos com testada voltada para este eixo, com profundidade máxima de 100 m (cem metros) para cada lado dessa via.

ZM 2 - Zona Mista 2 - Caracteriza-se pela proximidade aos eixos de ligação intermunicipais, permitindo a integração dos diversos usos: residencial, comercial, industrial não poluente e instalações de estabelecimento de apoio às ZI (Zonas Industriais) e ZC (Zonas Comerciais).

ZC 1 - Zona Central 1 - Corresponde ao núcleo urbano inicial do Município. Caracteriza-se pelas condições físicas e de infra-estrutura desfavoráveis à ocupação intensiva, predominando as atividades comerciais e de serviços, cuja área pública é destinada preferencialmente aos pedestres.

ZC 2 - Zona Central 2 - Caracteriza-se pelas condições físicas e de infra-estrutura favoráveis à ocupação intensiva, predominando as atividades comerciais e de serviços.

ZI 1 - Zona Industrial 1 - É uma zona que pela sua distância das áreas densamente ocupadas, apresenta boas condições de acesso e adequadas condições de sítio, permitindo a instalação de indústrias de grande porte ou potencialmente poluidoras, sem maiores incômodos à ocupação existente, conforme legislação específica dos órgãos de meio ambiente.

ZI 2 - Zona Industrial 2 - É uma zona que pela sua localização contígua a área ocupada e de boa acessibilidade, permite a concentração de indústrias de grande porte com baixo ou médio potencial poluidor, conforme legislação específica de órgãos de meio ambiente.

ZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições de ocupação com uso urbano.

ZRU 2 - Zona de Recuperação Urbana 2 - Compreende áreas degradadas pela ocupação irregular ou parcelamentos parcialmente implantados, onde localiza-se população de baixa renda, necessitando da intervenção do poder público.

ZEIS – Zona Especial de Interesse Social – caracteriza-se pela porção do território previamente determinado por decreto, destinado à promoção da Urbanização e Regularização Fundiária, ocupado irregularmente por população de baixa renda, cuja existência foi comprovada no levantamento aerofotogramétrico, realizado no mês de novembro de dois mil e um. Nesta Zona Especial de Interesse Social poderá ser implantada Habitação de Interesse Social. (Acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002).

§ 1º Para cada zona serão fixados usos capazes de se desenvolverem sem comprometer as suas

Page 6: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

características.

§ 2º As zonas de uso estabelecidas neste artigo têm suas delimitações físicas expressas no mapa de Zoneamento de Uso do Solo, em anexo.

§ 3º. A delimitação física das zonas de uso será determinada pelo seu perímetro, definido em projeto, por uma linha perimetral que deverá percorrer vias de circulação, limites de lotes e poligonais topográficas, assim definidas: (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002).

I - no caso de vias de circulação, a linha perimetral deverá coincidir com o alinhamento do lote pertencente à zona;

II - no caso de lote, a linha perimetral coincidirá com os seus limites laterais ou de fundos, desde que mais de 50% (cinqüenta por cento) da área escriturada, fique dentro da faixa que define a zona –50 (cinqüenta) metros a partir do alinhamento do lote;

III - não satisfeitos os requisitos do inciso anterior, o lote será enquadrado na zona adjacente;

IV - ficam extintas as zonas ZRU1 e ZRU2;

V - acrescentam-se as definições das siglas abaixo relacionadas:

ADL - Área Degradada Específica para Lazer - áreas de deposição de material proveniente da indústria da mineração, que deverão ser recuperadas de acordo com as normas específicas relacionadas ao meio ambiente; estas áreas, mesmo depois de recuperadas, serão destinadas a ambientes de lazer, sendo proibidas as construções de habitações.

ASN - Área de Segurança Nacional - áreas que desempenham funções de caráter estratégico-militar e armazenamento de material bélico e por isso exigem normas específicas de segurança.

CAM - Centro Administrativo Municipal - compõem-se do conjunto das seguintes edificações: Prefeitura Municipal, Memorial das Etnias e seu Museu, Teatro Municipal, Ginásio Municipal, Palácio da Justiça. Justiça do Trabalho e Associação dos Municípios da Região Carbonífera – AMREC.

CCR - Centro de Cargas Rodoviárias - local destinado à centralização e distribuição de carga e recarga.

PE - Parque Ecológico - local destinado a lazer, com possibilidade de projetos diferenciados de urbanização seguindo diretrizes e normas determinadas pelo planejamento urbano do Município.

ETE - Estação de Tratamento de Esgoto - local destinado a receber todos os resíduos

Page 7: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

provenientes de esgotamento cloacal do Município, na qual a empresa responsável deverá promover projeto específico de paisagismo no entorno e que permita condições de visitação pública.

AI - Área Institucional - área destinada a instalações de ensino.

VPP - Verde de Preservação Permanente - área que a municipalidade tem interesse na preservação de toda vegetação existente, com possibilidade de projetos específicos destinados a lazer.

APV - Área de Proteção ao Vôo - áreas próximas ao aeroporto, nas quais para se proceder a edificações deverá ser observado o cone de aproximação, lançado no mapa de zoneamento.

CEM - Cemitério Municipal - área destinada ao sepultamento.

AT – Alta Tensão - linha de transmissão de energia elétrica de alta tensão.

Art. 8º Nas vias que delimitarem duas zonas, ambos os lados poderão pertencer à zona que tiver maior índice de aproveitamento, exceto nos limites com as Zonas Industriais e Zonas Especiais de Preservação.

Parágrafo único. A zona que não foi delimitada por sistema viário, por localizar-se em gleba ainda não parcelada, deverá ter seu limite definido quando do parcelamento do solo. As diretrizes serão fornecidas pelo órgão responsável pelo Planejamento Urbano Municipal, e previamente aprovadas pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano, que terão por base a melhor adequação do sítio e limite de propriedade, mantendo as características e condicionantes da zona.

SEÇÃO II

Da Classificação de Usos Urbanos

Art. 9º Para efeito desta Lei , ficam instituídas as seguintes categorias de uso: I - Uso Residencial - R - Compreendendo: a) Residências unifamiliares isoladas;

b) Residências unifamiliares agrupadas e ou geminadas;

c) Residências multifamiliares;

d) Habitações coletivas: internatos, orfanatos, asilos e ou casas de repouso;

e) Conjuntos habitacionais edificados em quarteirões resultantes de parcelamento do solo para

Page 8: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

fins urbanos;

f) Condomínios residenciais por unidades autônomas;

g) Residências temporárias: hotéis, pousadas.

II - Comércio e Serviços Geradores de Ruídos - CSR: Compreendendo: a) Estabelecimentos que utilizem máquinas ou utensílios ruidosos, respeitando a legislação ambiental notadamente: - Serrarias, carpintarias ou marcenarias;

- Serralherias;

- Oficinas mecânicas. b) Clínicas veterinárias b1) Canis, escolas de adestramentos de animais e congêneres.

III - Estabelecimentos de Recreação e Lazer Noturnos - ERLN: Compreendendo estabelecimentos de recreação ou lazer com horário de funcionamento, atingindo o período entre 22:00 horas e 06:00 horas, tais como: - salões de baile, salões de festas;

- clubes noturnos, discotecas, boates;

- bares, bilhares e boliches, respeitando a legislação ambiental.

IV - Comércio e Serviços Geradores Tráfego Pesado - CSTP: Compreendendo: a) agências e garagens de companhias transportadoras, de mudanças ou outras que operem com frotas de caminhões ou ônibus;

b) entrepostos, depósitos, armazéns de estocagem de matérias primas, estabelecimentos atacadistas ou varejistas de materiais grosseiros com área construída igual ou superior a 300,00 m², notadamente: - insumos para agricultura e pecuária;

- materiais de construção;

- sucata. c) estabelecimentos de comércio ou aluguel de veículos pesados ou máquinas de grande porte, com área construída igual ou superior a 300,00 m² notadamente os que lidam com: máquinas agrícolas e outras “fora de estrada”;

tratores e caminhões.

Page 9: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

V - Comércio e Serviços Perigosos - CSP: Compreendendo: a) postos de abastecimento de veículos;

b) comércio de inflamáveis;

c) comércio de explosivos, conforme a legislação específica.

VI - Comércio e Serviços Diversificados - CSD: Compreendendo qualquer estabelecimento de comércio ou serviços, não incluídos nas demais categorias, com área máxima de 100,00 m² na zona ZR1 tais como:

A. - comércio de abastecimento;

- comércio varejista; (ver nova redação dada pela Lei nº 4.461 abaixo transcrita) - serviços profissionais; (ver nova redação dada pela Lei nº 4.461 abaixo transcrita)- serviços pessoais; (ver nova redação dada pela Lei nº 4.461 abaixo transcrita)

- serviços de comunicação (pequenos aparelhos);

- serviços educacionais e culturais. (ver nova redação dada pela Lei nº 4.461/02 abaixo transcrita)

B. - comércio atacadista; (ver nova redação dada pela Lei nº 4.461/02 abaixo transcrita)

C. - serviços financeiros e administrativos; (ver nova redação dada pela Lei nº 4.461/02 abaixo transcrita)

- serviços de saúde; (ver nova redação dada pela Lei nº 4.461/02 abaixo transcrita)

- serviços de manutenção. (ver nova redação dada pela Lei nº 4.461/02 abaixo transcrita)Conforme Legislação Meio Ambiente.

VI ..................................................................................................................……..........................

A .

- ........................................................................................................................................................

- comércio varejista: comércio de venda fracionada; (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Page 10: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

- serviços profissionais: serviços executados por profissionais autônomos; (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

- serviços pessoais: serviços de necessidade básica da comunidade local, executado individualmente, tais como: sapateiros, eletricistas, cabeleireiros, massagistas e similares; (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

- .........................................................................................................................................................

- serviços educacionais e culturais: serviços que tenham por objetivo o ensino e a cultura do Município. (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

B.

- comércio atacadista: comércio de abastecimento aos comerciantes varejistas. (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

C.

- serviços financeiros e administrativos: Serviço de Administração Pública e Privada, instituições bancárias e financeiras, seguradoras, corretoras de valores e similares; (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

- serviços de saúde: serviço relacionado à saúde pública, de âmbito local. (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

- serviços de manutenção: serviço referente a consertos e reparos em geral. (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Parágrafo único. A instalação de serviços de uso especial - UE, incluídos na categoria de uso VIII, deverá ser analisada pelo órgão responsável de Planejamento Urbano do Município e posteriormente pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano, sempre de acordo com as características da área, preservando o ambiente físico e os recursos naturais; o uso de áreas nesta zona deverá ter a análise técnica da Companhia de Desenvolvimento Econômico e Planejamento Urbano - CODEPLA. (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002).

VII - Recreacional e Turístico - RT: Compreendendo notadamente: - clubes, associações recreativas e desportivas;

- equipamentos para esportes ao ar livre;

Page 11: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

- atividades recreativas e de lazer.

VIII - Uso Especial - UE: Compreendendo notadamente:

A. - motéis;

B. - cemitérios, capelas mortuárias;

- estádios e campos de esportes;

- terminais de transporte coletivo;

- bombeiros, quartéis e presídios;

- parques de diversões, locais para feiras e exposições;

- locais para camping, colônia de férias, clubes de campo e congêneres;

- áreas para mineração;

- mercados públicos e shopping center;

- hospitais, prontos-socorros e sanatórios;

- postos de abastecimento de veículos;

- depósito de inflamáveis;

- área p/ tratamento e disposição de resíduos sólidos e líquidos;

- áreas para depósitos de rejeitos da construção civil;

- supermercado;

- igrejas.

IX - Indústria 1 - I.1: Classificada como integrante das ZUD - Zona de Uso Diversificado, conforme a Lei Federal nº

Page 12: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

6803/80, compreendendo indústrias cuja instalação não exceda a 100,00 m² na ZR1 e 250,00 m² na ZR2 de área construída que não prejudique a segurança, o sossego e a saúde da vizinhança e não ocasione o movimento excessivo de pessoas e veículos, que não elimine gases fétidos, poeiras, ruídos e trepidações, ou seja, estabelecimentos industriais cujo processo produtivo seja complementar as atividades do meio urbano ou rural em que se situem e com eles se compatibilizem.

X - Indústria 2 - I. 2: Classificada como integrante da ZUPI - Zona de Uso Predominantemente Industrial, conforme a Lei Federal nº.6803/80, compreendendo indústrias cujo processos, submetidos a métodos adequados de controle e tratamento de efluentes, não causem incômodos sensíveis às demais atividades urbanas.

XI - Indústria 3 - I.3: Classificada como integrante da ZEI - Zona Estritamente Industrial, conforme Lei Federal nº. 6803/80, compreendendo indústrias cujos resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, emanações e radiações possam causar perigo a saúde, ao bem estar e à segurança da população, mesmo depois da aplicação de métodos adequados de controle e tratamento de efluentes nos termos da legislação vigente.

Parágrafo único. A instalação de serviços de uso especial - UE, incluídos na categoria de uso VIII, deverá ser analisada pelo órgão responsável de Planejamento Urbano do Município e posteriormente pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano, sempre de acordo com as características da área, preservando o ambiente físico e os recursos naturais.

SEÇÃO III

Do Regime Urbanístico

Art. 10. A cada zona corresponderá um regime urbanístico, composto pelos seguintes indicadores: I - Índice de aproveitamento (IA) - é o quociente entre a área máxima construída total do lote;

II - Taxa de ocupação (TO) - é a relação entre a projeção horizontal máxima das edificações sobre o lote e a área total do lote. III - Taxa de infiltração (TI) - é a relação entre a área livre do lote para infiltração d’água e a área total do lote (não podendo ter projeção ou área construída sobre esta faixa de área). IV - Afastamento (A) - é a distância entre a divisa do lote e o limite externo da área a ser ocupada pela edificação.

§ 1º Constituem também parte integrante do regime urbanístico o número de pavimento das edificações, o agrupamento das edificações, das atividades permitidas e as dimensões mínimas dos lotes.

Page 13: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

§ 2º A definição do IA e da TO deve ser coerente com as dimensões e áreas dos lotes e com as atividades a que se destinam, não podendo ser modificada isoladamente sem a consideração dos demais itens.

Art.11. O regime urbanístico e o uso do solo de cada zona são os constantes do Quadro 1 - Usos e Regimes Urbanísticos.

§ 1° Excetua-se do disposto no “caput” a Rua dos namorados, situada na Zona ZR1, exclusivamente com relação ao número de pavimentos, que será de quatro, ficando inalteradas as demais características quanto aos usos e Regimes Urbanísticos constantes no Quadro I.

§ 2° Excetua-se do disposto no “caput” a Rua Tuiti, até o seu final, situada na Zona ZR2, exclusivamente com relação ao número de pavimentos, que será de oito, ficando inalteradas as demais características quanto aos Usos e Regimes Urbanísticos constantes do Quadro I.

§ 3º Altera-se o zoneamento de usos nos seguintes casos: (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

I - de ZR3-8 para ZM2-8 no Bairro Universitário, conforme delimitação no mapa de Zoneamento de Uso do Solo;

II - das Ruas Mem de Sá e Duarte da Costa para ZR2-4, conforme delimitação no mapa do Zoneamento de Uso do Solo;

III - nos terrenos voltados para a Rua Virgílio Mondardo e a antiga Rua de acesso ao Município de Caravággio, passando de ZR2-4 para ZM2-4, conforme delimitação no mapa de Zoneamento de Uso do Solo;

IV - na Rua Santos Dumont até a Avenida Centenário para ZM3-8;

V - de ZR2-4 para industrial ZI-2, dos seguintes loteamentos industriais:

a) Colméia Industrial do Vestuário;

b) Vila Natureza;

VI - de ZR2-4 e ZM2-8 para industrial ZI-2, o Loteamento Bosque do Repouso.

VII - de ZR1-2 e Zona Rural para industrial ZI-2, o Loteamento Industrial Linha Batista.

QUADRO 1 – Usos e Regimes Urbanísticos.

Page 14: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

Zona IA TO % TI % Afast.FRENTE(m) Afast.LADO(m) Afast.FUNDO(m) NºPAV. LOTEMIN.(m²) USOS

ZEP 1 0,25 15 70 4,00Art. 29 H/5>=1,50 H/5>=1,50 2 2.000 R

ZEP 2 0,10 5 90 8,00Art. 29 H/5>=1,50 H/5>=1,50 2 10.000 Ra,b

ZR 1 0,75 60 20 4,00 H/5>=1,50 H/5>=1,50 2 R-RTCSDa e I¹, com área até 100 m²

ZR 2 1,00 60 20 4,00 H/5>=1,50 H/5>=1,50 4 R-RT-CSD-I¹ e UE com área até 250 m²

ZR 3 2,00 60 20 4,00 H/5>=1,50 H/5>=1,50 8 R-RT-CSDI¹-UE

ZM 1 4,00 80 p/ térreo 60 p/ os demais pav. 20 4,00 térreo s/ afast. P/ os demais pav. S/afast. P/ h<=6,50H/5>=1,50Demais pav. H/5>=1,50 16 R-RT-CSD-I²-CSR-ERLN CSPa-UE

ZM 2- 8 2,00 60 20 4,00 H/5>=1,50 H/5>=1,50 8 R´RT-CSD-I²-CSR-ERLN-UE-CSPa,b,c

ZM 2-4 2,00 60 20 4,00 H/5>=1,50 H/5>=1,50 8 R-RT-CSD-I²-CSR-ERLN-UE-CSPa,b,c

ZM 3-8 2,00 60 20 S/afast. H/5>=1,50 H/5>=1,50 8 R-RT-CSD-I²-CSR-ERLN-UE-CSPa,b,c

ZC 1 3,00 80 20 S/afast. S/afast. H/5>=1,50 4 R-RT-CSDa-I¹-ERLN-UE

ZC 2 4,00 80 p/ térreo 60 p/ os demais pav. 20 2,00 S/afast. P/ h/<=6,50mH/5>=1,50m demais pav. H/5>=1,50 16 R-RT-CSDa.c-ERLN-CSRb-UE

ZI 1 1,00 50 30 10,00 5,00 5,00 Art.25 2.500 CSD-I²-I³-CSR ERLN-CSP-CSTP-UE

ZI 2 1,00 50 30 6,00 5,00 5,00 Art.25 1.000 CSD-I²-I³-CSR ERLN-CSP-CSTP-UE

ADL 0,25 15 70 4,00 H/5>=1,50 H/5>=1,50 2 1.000 R-RTERLN

AI 2,00 60 20 4,00 H/5>=1,50 H/5>=1,50 4 Institucional

CCR 1,00 50 30 6,00 5,00 5,00 1.000 CSTP

§ 4º Fica estabelecido que nas ruas abaixo descriminadas, não será exigido o afastamento frontal: (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

a) Travessa Henrique Lodetti;

Page 15: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

b) Rua Marechal Deodoro;

c) Avenida Getúlio Vargas;

d) Rua Felipe Schimidt;

e) Rua Henrique Lage, no trecho compreendido entre a Rua Anita Garibaldi e a Avenida Centenário;

f) Rua Hercílio Luz;

g) Rua Marechal Floriano;

h) Rua Santa Catarina;

i) Rua Padre Pedro Baldocini;

j) Avenida Rui Barbosa;

k) Rua São José - no trecho entre a Rua Anita Garibaldi e a Rua Hercílio Luz;

l) Rua Lauro Müller - no trecho entre a Rua João Pessoa e a Rua Hercílio Luz;

m) Rua Padre Miguel Giacca;

n) Rua João Pessoa - no trecho da Rua Santo Antonio e a Rua Araranguá, após recuo de 4 m e 15 de gabarito;

o) Travessa Engenheiro Boa Nova;

p) Rua Coronel Pedro Benedet;

q) Rua Acácio Moreira;

r) Rua Itajaí.

§ 5º Nos terrenos de esquina com uma das frentes voltadas para um dos logradouros, acima mencionados, a outra frente deverá atender ao afastamento lateral, de acordo com o disposto no art. 20, desta Lei. (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Page 16: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

QUADRO 1 – Usos e regimes Urbanísticos

OBS.: O conteúdo do Quadro 1 encontra-se na íntegra no arquivo 3900, localizado na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

ZRU 1 - Os mesmos afastamentos da Zona onde está inserida. ZRU 2 - Os mesmos afastamentos da Zona onde está inserida.

OBS.: O conteúdo do Quadro encontra-se na íntegra no arquivo 3900, localizado na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

Art. 12 Para o cálculo do IA e da TO, bem como dos afastamentos, serão consideradas as áreas construídas e cobertas de todas as edificações incidentes sobre o lote.

Art. 13. Não serão computados no cálculo do Índice de Aproveitamento, com vistas a incentivar a construção de áreas complementares . I - Área sob pilotis, desde que totalmente aberta. II - Áreas de pavimento térreo, destinadas ao uso comum, tais como: circulação, portaria, áreas de lazer coletivas e apartamento de zelador; desde que estas não ultrapassem 50% da área edificada do pavimento tipo;

III - Áreas de garagem, vagas para estacionamento, depósitos de uso privativo e rampas de acesso aos pavimentos garagens;

IV - Terraços, balcões e sacadas, desde que não estejam vinculados a dependências de serviços das unidades autônomas;

V - As áreas que constituem nos condomínios horizontais, dependências de uso comum tais como: depósitos de uso comum e de segurança.

VI- Poços de elevadores, casas de máquinas e de bombas, central de ar condicionado, cabines de transformadores, reservatórios d’água, central de instalações de aquecimento d’água, depósito de lixo, caixa de escadas (comum a todos pavimentos) contadores e medidores em geral.

VII - Áticos ou coberturas destinado ao uso comum dos condôminos, quando a área coberta não ultrapassar 1/3 da superfície do último pavimento. Quando do uso privativo deverá ter a mesma área em outro pavimento para uso comum, desde que não fracionada. (inciso alterado pela Lei nº 4.461/02, conforme redação abaixo)

VII - Abrigos ou coberturas destinadas à recreação de uso comum dos condôminos ou de uso privativo, quando a área coberta não ultrapassar 1/3 (um terço) da superfície do último pavimento da edificação. (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Page 17: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

Parágrafo Único. Os edifícios residenciais ou mistos que apresentarem a cobertura com uso privativo, deverão obrigatoriamente destinar área de recreação de uso comum dos condôminos no mínimo na proporção utilizada para a cobertura. (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Art. 14 No cálculo da taxa de ocupação não serão computados : I - As marquises;II - Os subsolos de terrenos com apenas uma testada, desde que não ultrapassem a 1,50 metros (um metro e cinqüenta centímetros) acima do ponto do nível médio em relação ao meio fio. (revogado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)III – Os subsolos de terrenos com mais de uma testada, considera-se o ponto de nível médio em relação ao meio-fio, da testada de acesso principal da edificação (hall de entrada) sendo que não ultrapasse em 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros); (revogado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)IV – As sacadas e floreiras construídas em balanço ou formando saliências sobre os afastamentos laterais e de fundo, desde que não ultrapassem 10% (dez por cento) do recuo e 1/5 da extensão da fachada lateral ou fundo que estiver inserida. V - Detalhes arquitetônicos para composição nas fachadas, desde que não ultrapassem 20 cm (vinte centímetros) de profundidade no térreo e 50 cm (cinqüenta centímetros) nos demais pavimentos, sendo permitido no máximo 1/10 da fachada frontal.

Art. 15 Na Zona Central 2 e na Zona Mista 1, a Taxa de Ocupação nos dois primeiros pavimentos poderá atingir valor maior que a do restante da edificação conforme a grandeza expressa no Quadro nº 1.

Parágrafo único O uso da taxa de ocupação maior só poderá ocorrer quando os dois pavimentos inferiores não se destinarem a habitação.

Art. 16 O afastamento de frente é obrigatório e seguirá as grandezas expressas no Quadro nº 1.

§ 1º Garagens e salas comerciais em residências unifamiliares, poderão ser edificadas sobre o afastamento frontal, em terrenos com declive e aclive, desde que sua cobertura esteja situada até nível médio do terreno, e que esta receba tratamento sob a forma de jardim ou de terraço descoberto, não podendo ocupar mais de 50% (cinqüenta por cento) da testada do lote.

OBS.: Os mapas encontram-se no arquivo 3900, localizado na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

§ 2º Para a implantação de edificação multifamililares em terrenos com declive ou aclive será exigido que se considere o perfil natural do terreno. Esta implantação poderá ser feita em desníveis respeitando o número de pavimentos da zona de uso inserida resultando assim, um escalonamento em no máximo 3 (três) pontos médios do lote. Os demais casos serão analisados

Page 18: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

pelo Conselho de Planejamento Urbano.

§ 3º Os afastamentos poderão ser alterados em qualquer das faces em função da existência de espécies vegetais de preservação, ouvido o Conselho de Desenvolvimento Urbano.

§ 4° O mecanismo da abertura dos Portões Eletrônicos do tipo basculante que atualmente funciona no sentido dentro/fora na parte inferior dos portões, no caso do não recuo cumprindo o que determina a lei, que é de um espaçamento frontal mínimo de 4 metros, deverá ter sua função invertida, passando a funcionar no sentido fora/dentro, ficando assim, de acordo com o Plano Diretor do Município, conforme artigo 11 e Quadro I dos Usos e regimes Urbanísticos, constante do Plano Diretor.

§ 5° Todos os portões eletrônicos do tipo basculante a serem instalados no perímetro urbano da cidade, deverão respeitar o que especifica o parágrafo anterior, ficando a cargo do Conselho de Desenvolvimento Urbano a liberação para futuras instalações, bem como a fiscalização dos existentes e dos que forem instalados após sua devida liberação. (parágrafo alterado pela Lei nº 4.461, conforme redação abaixo)

§ 5º Em terrenos de meio de quadra, com duas testadas, o afastamento de frente será obrigatório em ambas as testadas e seguirá as grandezas expressas no Quadro l. (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

§ 6° Os proprietários de estabelecimentos comerciais ou residenciais dentro do perímetro urbano do Município de Criciúma, terão um prazo máximo de (90) noventa dias a contar da aprovação desta lei para se adequarem as novas normas, sendo que após este prazo, os proprietários estarão sujeitos as seguintes penalidades: multa de 100 UFIRs na 1ª notificação;

multa de 300 UFIRs na 2ª notificação num prazo de (30) trinta dias a contar da primeira;

multa diária de 20 UFIRs até a devida regularização.

§ 7° O constante nas letras "a", "b" e "c" do parágrafo 6°, serão aplicadas pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano do Município, sendo que 50% da arrecadação oriunda destas multas, será repassada à entidades carentes do Município, entidade estas indicadas pelo Poder Executivo, sendo que será enviada à Câmara Municipal de Criciúma, relação das referidas entidades beneficiadas por esta lei.

Art. 17 - Os afastamentos laterais e dos fundos, obedecerão a seguinte fórmula:

A= h / 5 com mínimo de 1,50 m. Sendo “h” a altura de prédio e o “A” o afastamento.

§ 1º Em residências unifamiliares, para uso de garagem e churrasqueira será permitido a

Page 19: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

construção em uma das extremas do lote na extensão máxima de 8,00 metros somente no pavimento térreo. (parágrafo alterado pela Lei nº 4.461/02, conforme redação abaixo)

§ 1º Será permitida a construção em uma das extremas do lote na extensão máxima de 8,00 m (oito metros), somente no pavimento térreo, com altura máxima igual a 3,00 m (três metros), já incluído qualquer tipo de cobertura adotada. (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

§ 2° Não será computado no afastamento, o pavimento destinado ao uso exclusivo de garagem, desde que não ultrapasse a dois pavimentos por edificação não será aplicado este benefício na Zona Residencial 1 ( ZR1). (parágrafo alterado pela Lei nº 4.461/02, conforme redação abaixo)

§ 2º Não serão computados nos afastamentos, os seguintes casos: (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

I - os subsolos de terrenos com apenas uma testada, desde que não ultrapassem a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) acima do ponto do nível médio em relação ao meio fio;

II - os subsolos de terreno com mais de uma testada, considera-se o ponto de nível médio em relação ao meio fio, da testada de acesso principal da edificação (hall de entrada), sendo que não ultrapasse em 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros);

III - o pavimento destinado ao uso exclusivo de garagem, desde que não ultrapasse a dois pavimentos por edificação,sendo que este benefício não será aplicado na Zona Residencial ZRl;

IV - construções em terraços destinados ao uso comum ou exclusivo de cada unidade autônoma, desde que sua área não ultrapasse 1/3 (um terço) da área do pavimento tipo;

V - construções de apartamentos duplex sobre a lage de cobertura do último pavimento, desde que não ultrapasse o número máximo de dois pavimentos e uma taxa de ocupação de 40% (quarenta por cento) e este com afastamento mínimo de 2,00 (dois metros) da projeção da platibanda;

VI - pavimentos superiores, quando destinados à casa de máquinas de elevadores, reservatórios d'água e outros serviços gerais do prédio.

§ 3º Em residências unifamiliares será permitida a construção no fundo do lote, para dependências de lazer, serviço e garagem, desde que a altura da construção não ultrapasse 3,00 m (três metros) de altura; (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

§ 4º Para o cálculo do número de pavimentos, a distância máxima entre os pisos é fixada em 3,40 m (três metros e quarenta centímetros), com exceção do pavimento térreo quando para uso comercial, industrial e serviços, que poderá ter a altura máxima de 6,50 m (seis metros e

Page 20: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

cinqüenta centímetros); (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Art. 18. Nas Zonas Industrias os afastamentos laterais são obrigatórios em ambos os lados do lote e seguem as grandezas expressas no Quadro nº 1.

Parágrafo único. Nas Zonas Industriais ZI, serão obrigatórias o afastamento de fundo desde o primeiro pavimento.

Art. 19. O afastamento entre edificações no mesmo lote, deverá corresponder à soma dos afastamentos de lados exigidos para cada bloco.

Art. 20. Para terrenos de esquina, o afastamento de frente especificado no Quadro I, deverá ser observado em ambas as testadas do lote para todas as Zonas de Uso, exceto a ZR1, na qual deverá ser observado em apenas uma das testadas do lote. (artigo alterado pela Lei nº 4.461, conforme redação abaixo)

Art. 20. Para os terrenos de esquina, deverão ser observados os seguintes parâmetros urbanísticos para os afastamentos: (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

I - Nos terrenos em que as frentes formem ângulo menor que 90° (noventa graus), a edificação não poderá atingir o triângulo formado pelas frentes concorrentes e uma linha perpendicular à bissetriz do ângulo, com 3,00 m (três metros) de comprimento;

II - nos terrenos em que as frentes formem ângulo maior ou igual a 90° (noventa graus), a edificação não poderá atingir o triângulo formado pelas frentes concorrentes, cujos catetos terão no mínimo 3,00 m (três metros);

III - as construções no fundo do lote, conforme o § 3º do artigo 17, poderão ocupar o canto do lote formado pelas laterais com extremantes, não ultrapassando 3,00 m (três metros) de altura, nem 6,00 m (seis metros) dessas laterais;

IV - nas zonas ZR1 e ZR2 o afastamento frontal, especificado no Quadro 1, será:

a) em terrenos com duas ou três testadas, deverá ser observado em uma das testadas do lote e nas demais deverá obedecer a fórmula H/5 com mínimo de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros);

b) em terrenos com quatro testadas, deverá ser observado em duas testadas do lote sendo que nas demais deverá obedecer a fórmula H/5 com mínimo de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros).

V - na Zona ZC2, deverá obedecer ao afastamento de 2,00 m (dois metros) em todas as testadas

Page 21: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

do lote;

VI - nas zonas ZR3-8, ZM2-8 e ZM2-4, o afastamento frontal especificado no Quadro 1, será:

a) em terreno com duas ou três testadas deverá ser observado em uma das testadas do lote e nas demais deverá obedecer a fórmula H/5 com mínimo de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros);

b) em terrenos com quatro testadas deverá ser observado em duas testadas do lote e nas demais deverá obedecer à fórmula H/5 com mínimo de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros);

VII - na ZM1, deverá obedecer na testada para Avenida Centenário o afastamento de 4,00 m (quatro metros) no térreo, nas demais deverá obedecer a fórmula H/5 com mínimo de 2,00 m (dois metros);

VIII - na ZM1, no trecho que faz limite com a ZC2, deverá obedecer na testada para Avenida Centenário o afastamento de 4,00 m (quatro metros) no térreo, nas demais deverá obedecer o afastamento mínimo de 2,00 m (dois metros);

IX - na ZM3, nos terrenos com mais de uma testada, o recuo frontal especificado no Quadro 1, será somente para a via Santos Dumont, e nas demais ruas deverá obedecer H/5 com mínimo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

Art. 21. Na ZM1 deverá observar-se o recuo frontal de 4,00m (quatro metros) no pavimento térreo, sendo que nos demais pavimentos, poderá ser ocupado o recuo, objetivando a construção de galeria. (artigo alterado pela Lei nº 4.461, conforme redação abaixo)

Art. 21 Na ZM1 deverá ser respeitado o recuo frontal de 4,00 m (quatro metros) no pavimento térreo, sendo que nos demais pavimentos, poderá ser ocupado o recuo, objetivando a construção de galeria na Avenida Centenário. (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Parágrafo único. Terá ainda como incentivo o uso do balanço, conforme Secção IX, da Lei n° 2.847, de 27 de maio de 1993. (renumerado para §1º pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

§ 2º Excetua-se do disposto no caput deste artigo as vias marginais à Avenida Centenário, conforme planta do sistema viário vigente. (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Art. 22. Em ruas com gabarito até 15,00m (quinze metros), para garantir adequada insolação e ventilação dos logradouros, a altura da edificação não poderá, em nenhum caso, ultrapassar a linha de projeção de um ângulo de 70° (setenta graus), medida partir do eixo da via, até ao ponto mais elevado da(s) fachada(s), conforme o desenho abaixo:

Page 22: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

Parágrafo único. A projeção do ângulo de 70º (setenta graus) não incidirá sobre: I - casa de máquinas;

II - caixa d’agua;

III - apartamento duplex.

OBS.: O mapa encontra-se no arquivo 3900, localizado na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

Art. 23. Em terrenos que ocorram vegetação arbórea, o proprietário deverá solicitar junto ao Órgão do Meio Ambiente parecer referente aos mesmos, antes de proceder a elaboração do projeto.

Art. 24 No cálculo do número de pavimentos das edificações não serão computadas:

a) Pavimentos totalmente em subsolo e salas comerciais, garagens em residências unifamiliares conforme Art. 16, § 1º;

b) Pavimentos superiores quando destinados a casas de máquinas de elevadores, reservatórios d’água e outros serviços gerais do prédio;

c) Construções em terraços destinados ao uso comum ou exclusivo de cada unidade autônoma desde que sua área não ultrapasse 1/3 (um terço) da área do pavimento tipo;

d) Pavimento sob pilotis; (alínea alterada pela Lei nº 4.461, conforme redação abaixo)

d) pavimento sob pilotis, desde que totalmente aberto; (nova redação dada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

e) Construções de apartamento duplex sobre a laje de cobertura do último pavimento, desde que não ultrapasse o número máximo de dois pavimentos e uma taxa de ocupação da laje de cobertura no máximo de 40% (quarenta por cento) e este com afastamento mínimo de 2,00m (dois metros) da projeção da platibanda; (acrescentada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

f) Pavimentos para uso exclusivo de garagem, desde que não ultrapasse o número de dois pavimentos por edificação. (acrescentada pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Art. 25. Para edificações destinadas ao uso industrial localizadas na Zona Industrial, não há restrições quanto ao número de pavimentos, desde que observados os demais indicadores do

Page 23: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

regime urbanístico.

Art. 26. As edificações deverão observar a limitação de altura decorrente de normas relativas aos serviços de telecomunicações, aos serviços de instalações de energia elétrica, a navegação aérea e a proteção de monumentos históricos e de zonas de preservação, expedidas pelos órgãos competentes.

Art. 27. É obrigatória a construção de garagens ou previsão equivalentes de vagas para estacionamentos nos edifícios destinados à habitação coletiva e nos edifícios comerciais e de serviços, listados no Quadro nº 2 .

Quadro 2 Padrões para Estacionamento

OBS.: O conteúdo do Quadro 2 encontra-se na íntegra no arquivo 3900, localizado na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

Art. 28. Nas edificações destinadas às atividades listadas no quadro 2, é obrigatória previsão do local interno destinado a movimentação de cargas, descargas e manobra de veículos em proporções adequadas, a critério do órgão responsável pelo Planejamento Urbano do Município.

§ 1º Para o cálculo do número de vagas, considera-se a área total construída subtraídas as áreas não computadas no IA;

§ 2º O número de vagas para estacionamento dos usos e atividades não incluídos nesta seção, será calculado por parte do órgão responsável pelo Planejamento Urbano do Município, considerando sua similaridade com aqueles definidos nesta Lei;

§ 3º Quando o estabelecimento possuir conjunto de atividades, o cálculo deverá ter por base cada atividade individualmente.

Art. 29. Nas Zonas Especiais de Preservação ( ZEPs ) os projetos de edificação bem como os usos propostos deverão ser precedidos de análise de viabilidade, com base em levantamento planialtimétrico completo do terreno, onde o órgão responsável pela aprovação e liberação de Projetos do Município, indicará as diretrizes para a ocupação da área que obedecerá no, mínimo, os seguintes condicionantes: I - Faixa de preservação ao longo dos cursos d’água, conforme o disposto no Código Florestal;

II - Ocupação somente das porções do terreno com declividade natural inferior a 45%;

III - Preservação da vegetação nativa existente;

Page 24: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

IV - Manejo adequado do solo, evitando a erosão e o assoreamento dos cursos d’água.

Parágrafo único. Além do órgão responsável pela aprovação e liberação de projetos da Prefeitura Municipal de Criciúma, devendo, também, ser consultados o Departamento de Planejamento Urbano da CODEPLA, o Conselho de Desenvolvimento Urbano e o Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Art. 30. Na Zona Rural serão permitidos os seguintes usos, residencial unifamiliar, ERLN, CSTP, CSR, RT, I.1, agro-industriais, comércio de abastecimento e uso especial.

Art. 31. Na zona rural o uso CSTP compreenderá somente depósitos, silos, armazéns e demais construções vinculadas à atividade rural.

Art. 32. Somente será permitido o parcelamento de glebas localizadas na Zona Rural quando respeitado o módulo mínimo de produção rural ( INCRA).

Parágrafo único. É vedada a implantação de condomínios por unidades autônomas em zona rural.

SEÇÃO IV

Do Sistema Viário

Art. 33. O Sistema Viário é um conjunto das vias hierarquizadas que constituem uma rede viária contínua e integrada como suporte físico da circulação urbana.

Parágrafo único Entende-se por circulação urbana, o conjunto de deslocamento de pessoas e carga na rede viária da cidade.

Art. 34. Para complementar o sistema viário básico, estão previstos alargamentos definidos no Quadro 3 - Alargamentos, em anexo.

Quadro 3 Alargamento do Sistema Viário: AVENIDAS:

OBS.: O conteúdo do Quadro 3 – Avenidas, encontra-se na íntegra no arquivo 3900, localizado na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

RODOVIAS:

OBS.: O conteúdo do Quadro 3 – Rodovias, encontra-se na íntegra no arquivo 3900, localizado

Page 25: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

RUAS : OBS.: O conteúdo do Quadro 3 – Ruas, encontra-se na íntegra no arquivo 3900, localizado na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

Travessas:

OBS.: O conteúdo do Quadro 3 – Travessas, encontra-se na íntegra no arquivo 3900, localizado na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

Prolongamentos Viários:

OBS.: O conteúdo do Quadro 3 – Prolongamentos Viários encontra-se na íntegra no arquivo 3900, localizado na Pasta Documentos, inserida no CD-Rom, podendo ser acessado pelo Word.

* Larguras já previstas em determinados trechos no Plano Diretor existente (1984). ** Ruas não existentes.

- A Rua Adolfo Konder, definido com 20,00 metros passa para 15,00 metros; (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

- A Rua Lucas Peruchi , definido com 25,00 metros passa para 18,00 metros; (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

- A Rua João Pirola, definido com 20,00 metros passa para 15,00 metros. (acrescentado pela Lei nº 4.461, de 30 de dezembro de 2002)

Art. 35. Em vias com previsão de alargamento, com gabarito igual ou maior a 20,00 metros (vinte metros), os projetos arquitetônicos devem ser apreciados pelo setor de Planejamento Urbano da CODEPLA e análise final com órgão responsável pela aprovação e liberação de projetos da Prefeitura Municipal de Criciúma.

Art. 36. Onde houver rede elétrica de alta tensão, deverá ser preservada a faixa “non aedificandí” , a partir do seu eixo para implantação de avenidas.

CAPÍTULO III

Do Conselho de Desenvolvimento Urbano

Art. 37. Fica criado o Conselho de Desenvolvimento Urbano como órgão de cooperação governamental, com a finalidade de auxiliar e assessorar o Poder Executivo no Planejamento,

Page 26: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

interpretação e julgamento da matéria de sua competência .

§ 1° compete ao Conselho do Desenvolvimento Urbano: I - estabelecer interpretação uniforme para a legislação municipal pertinente ao desenvolvimento urbano do Município, ao parcelamento do solo e as edificações urbanas;

II - opinar sobre os projetos de lei e decretos necessários à atualização e complementação da Lei do Plano Diretor, a Lei de Parcelamento do Solo e do Código de Obras, Código de Postura, Lei do Perímetro Urbano, bem como a Planta Genérica de Valores do Município;

III - sugerir alterações, atualizações e complementação da legislação urbanística municipal; IV - acompanhar o cumprimento da legislação pertinente ao parcelamento do uso do solo e edificações; V - opinar sobre a programação de investimentos anual e plurianual no âmbito do planejamento urbano de Criciúma. VI - interpretar os casos omissos na presente Lei;

VII - outras atribuições que lhe venham a ser conferidas.

2° Qualquer alteração do Plano Diretor, deverá ser atualizada pelo Departamento de Planejamento Urbano da CODEPLA, previamente analisado pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano.

Art. 38. O Conselho de Desenvolvimento Urbano compor-se-á de 11 (onze) membros e respectivos suplentes, nomeados por ato do Prefeito Municipal, para desempenhar as funções de conselheiros por dois anos consecutivos, facultada a recondução, e observando o seguinte:

I - Quatro representantes Governamentais, sendo o titular da Companhia de Desenvolvimento Econômico e Planejamento Urbano - CODEPLA , um representante da Assessoria Jurídica do Município e os outros de livre escolha do Chefe do Poder Executivo Municipal. II - Quatro representantes não-governamentais, sendo um representante do SINDUSCON, um representante da ASCEA, um representante do IAB e um representante do SECOV. III - Três representantes da comunidade, um indicado pela Câmara de Vereadores e dois indicados por associações de moradores, escolhidos em Assembléia Geral.

§ 1º As indicações deverão ser feitas totalmente e por escrito ao Prefeito Municipal que terá o prazo de 10 (dez) dias para editar os atos de nomeação pertinentes. § 2º Editados os atos a que se refere o parágrafo anterior, os designados deverão ser cientificados por escrito da respectiva nomeação e de que terão prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar da mesma data para se reunirem, instalar devidamente o Conselho, aprovar o calendário de funcionamento e o Regime Interno.

§ 3º Não procedidas indicações de conselheiros pelas entidades previstas neste artigo, o Prefeito

Page 27: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

Municipal designará servidor ou integrante da comunidade para suprir a falta.

Art.39. O titular da CODEPLA, será o Presidente do Conselho de Desenvolvimento Urbano, com voto qualificado em caso de empate.

Art. 40. O Conselho de Desenvolvimento Urbano será secretariado por um servidor municipal designado pelo Prefeito, escolhido dentre os servidores estáveis ou efetivos da municipalidade.

Art. 41. Será exonerado pelo Prefeito Municipal e o Presidente do Conselho de desenvolvimento Urbano, o Conselheiro que deixar de comparecer a três reuniões consecutivas ou a 5 (cinco) reuniões alternadas, no curso do biênio para o qual foi designado, sem convocar o seu suplente.

Parágrafo único. Exonerado o Conselheiro, na forma prevista no “caput”, será devidamente cientificada a entidade que o designou.

Art. 42. O Conselho de Desenvolvimento Urbano reunir-se-á ordinária a cada 30 dias e extraordinariamente quando houver a necessidade, em horários e locais a serem definidos pelos seus membros.

§ 1º Nas reuniões do Conselho de Desenvolvimento Urbano, será sempre lavrada ata circunstanciada, da qual deverá constar dia, hora e local das reuniões e assinaturas dos membros presentes, bem como pareceres e votos emitidos. § 2º As reuniões extraordinárias serão precedidas de convocação formal feitas pelo Presidente do Conselho mais um membro ou pelo Prefeito Municipal.

Art. 43. É facultado ao Conselho solicitar ao Executivo Municipal e à Câmara de Vereadores tudo que entender necessário ao atendimento dos objetivos para os quais foi instituído.

Parágrafo único. Sempre que a solicitação implicar dispêndio para o Município, o atendimento poderá ser feito pelo Executivo Municipal havendo previsão orçamentária adequada.

Art. 44. O Conselho de Desenvolvimento Urbano terá o prazo máximo de 30 (trinta ) dias para manifestar-se sobre qualquer assunto que lhe seja submetido, salvo quando o expediente exigir complementação ou no caso de força maior, quando o prazo será prorrogado até a juntada de complementação necessária ou na segunda hipótese por igual período.

Art. 45. O Conselho de Desenvolvimento Urbano poderá apresentar anualmente ao Executivo Municipal e à Câmara de Vereadores relatório suscinto das atividades desenvolvidas, manifestações feitas e pareceres fornecidos. Igualmente na mesma oportunidade apresentará sugestões sobre alterações , atualizações complementares e programações a serem feitas no exercício seguinte, relativamente ao desenvolvimento urbano e as edificações no território municipal além de eventuais alterações na Lei do Plano Diretor.

Page 28: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

CAPÍTULO IV

Das Disposições Gerais e Finais.

Art. 46. As áreas degradadas de mineração existentes deverão ser objeto de projetos de recomposição da paisagem e de urbanização, atendendo o Decreto Federal n° 97.632 de 10 de abril de 1989, a legislação estadual e a municipal vigentes.

Art. 47. O Poder Executivo Municipal, num prazo de 180 dias a contar da data de publicação desta Lei, deverá encaminhar ao Legislativo as alterações necessárias para contabilizar o disposto nesta Lei.

Art. 48. Qualquer alteração no conteúdo desta Lei, deverá ser submetida à aprovação do Conselho de Desenvolvimento Urbano, antes de ser encaminhada à Câmara de Vereadores.

Parágrafo único. O Plano Diretor somente será modificado pelo voto de 2/3 (dois terços) dos vereadores, em duas sessões Legislativas consecutivas e especialmente convocadas para tal fim.

Art. 49. Os casos omissos na presente Lei, serão estudados pelo Departamento de Planejamento Urbano e submetidos à aprovação do Conselho de Desenvolvimento Urbano.

Art. 50. O Poder Executivo Municipal disporá de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de publicação desta Lei para dotar os órgãos municipais de estrutura, meios e regulamentos adequados ao exato cumprimento das disposições desta Lei.

Art. 51. Fica criado o Conselho Superior Municipal do Plano Diretor, a ser integrado por representantes das Entidades.

I.A.B;

ASCEA;

SINDISCON;

CODEPLA;

SECOVI;

CDL;

ACIC;

PMC;

Page 29: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

ASSOCIAÇÃO DOS LOTEADORES;

CÂMARA DE VEREADORES.

§ 1° Qualquer alteração nesta lei somente será admitida depois de ouvido o Conselho.

§ 2° O Conselho reunir-se- a, em caráter ordinário, a cada dois anos, para revisão desta lei e, extraordinariamente, sempre que houver proposta de alteração da mesma.

Art. 52. Faz parte integrante desta lei a relação do corpo técnico responsável pela elaboração do Plano Diretor do Município de Criciúma – ANEXO III.

Art. 53. Fica o Chefe do Poder Executivo autorizado a regularizar as construções em desacordo com a legislação vigente à data de publicação desta lei.

Parágrafo único. O benefício a que se refere o “caput” deverá ser requerido pelo interessado no prazo improrrogável de noventa dias, a partir da publicação desta lei, ficando a análise a cargo do Conselho do Plano Diretor.

Art. 54. As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das dotações orçamentárias próprias.

Art. 55. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 56. Revogam-se as disposições em contrário, em especial as Leis Municipais nºs 2.038 e 2.039, datadas de 29.11.84 e alterações posteriores.

PAÇO MUNICIPAL MARCOS ROVARIS, 28 de Outubro de 1999.

PAULO MELLER

Prefeito Municipal

JOSÉ THADEU MOSMANN RODRIGUES Secretário de Administração e Recursos Humanos

ANEXO III

CORPO TÉCNICO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR

Page 30: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

DO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA.

EQUIPE TÉCNICA: Arquiteto Cláudio Castelan Minatto

Engenheira Civil Gilca Maria Bacha

Arquiteto Giuliano Elias Colossi

Arquiteta Isabel Cristina Taylor Ienczak Zanette

Arquiteto Tadeu Vassoler

Engenheiro Agrimensor Valter Mariano

Desenhista Renata Brunel Matias

CONSULTORIA: Arquiteta Maria Elizabete Gomes de Aguiar

Engenheira Civil Nanci Begnini Giugno

COLABORADORES: CPRM – Companhia de Pesquisas e Recursos Minerais

Geóloga Ana Cláudia Viero

Geólogo Antônio Sílvio Krebs

PROFISSIONAIS AUTÔNOMOS: Arquiteto Carlos Alberto Bernal Gouzy

Arquiteta Isis Regina de Oliveira

CODEPLA: Arquiteto Luiz Fernando Balthazar (Diretor Técnico – Gestão 97/98)

Engenheiro Mecânico Fábio Carpes da Costa (Diretor Presidente – Gestão 97/98)

Page 31: LEI N° 3 - Câmara Municipal de Criciúma · Web viewZRU 1 - Zona de Recuperação Urbana 1 - Compreende áreas degradadas pela mineração que não apresentam atualmente condições

Bacharel em Direito Fiorindo Fontana (Diretor Administrativo – Gestão 97/98)

Engenheiro Agrimensor Valter Mariano (Diretor de Operações – Gestão 97/98)

CODEPLA – GESTÃO ATUAL: Engenheiro Civil Jorge Henrique Carneiro Frydberg (Diretor Presidente)

Vânio de Oliveira (Diretor Financeiro e Administrativo)

Engenheiro Valter Mariano (Diretor Técnico)

Geólogo Hamilton Guidi (Diretor de Operações)

PREFEITURA MUNICIPAL DE CRICIÚMA: Engenheiro Paulo Roberto Meller (Prefeito Municipal)

Professora Maria Dal Farra Naspolini (Vice-Prefeita)

Engenheira Agrimensora Ivanete Orsi de Mesquita Vieira

Arquiteto Nelson Gaidzinski