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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE FARROUPILHA LEI MUNICIPAL N.º 4.176, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2015 Institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial Integrado do Município de Farroupilha PDDTI. O PREFEITO MUNICIPAL DE FARROUPILHA, RS FAZ SABER que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e ele sanciona a seguinte L E I TÍTULO I DA CONCEITUAÇÃO, DIRETRIZES E OBJETIVOS GERAIS CAPÍTULO I DO OBJETO DA LEI Art. 1.º A presente Lei institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial Integrado do Município de Farroupilha PDDTI, que dispõe sobre a organização do espaço territorial do Município de Farroupilha, urbano e rural, visando a alcançar o desenvolvimento sustentável e a função social da cidade e da propriedade, em atendimento às disposições do art. 182 da Constituição Federal, da Lei Federal n.º 10.257, de 10-07-2001 Estatuto da Cidade, da Lei Federal n.º 12.587, de 03-01-2012 Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, e da Lei Federal n.º 13.089, de 12-01-2015 Estatuto da Metrópole. Art. 2.º O PDDTI, aplicável à totalidade do seu território, é o instrumento básico e estratégico da Política de Desenvolvimento Territorial Integrado do Município e integra o Sistema de Planejamento Municipal SPM. Parágrafo único. O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a Lei Orçamentária Anual e os planos setoriais e específicos orientar-se-ão pelos princípios fundamentais, diretrizes, objetivos gerais e ações estratégicas prioritárias estabelecidas nesta Lei. Art. 3.º O PDDTI é o instrumento básico e estratégico da política de

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    LEI MUNICIPAL N. 4.176, DE 26 DE NOVEMBRO DE 2015

    Institui o Plano Diretor de Desenvolvimento

    Territorial Integrado do Municpio de Farroupilha

    PDDTI.

    O PREFEITO MUNICIPAL DE FARROUPILHA, RS

    FAZ SABER que a Cmara Municipal de Vereadores aprovou e ele

    sanciona a seguinte

    L E I

    TTULO I

    DA CONCEITUAO, DIRETRIZES E OBJETIVOS GERAIS

    CAPTULO I

    DO OBJETO DA LEI

    Art. 1. A presente Lei institui o Plano Diretor de Desenvolvimento

    Territorial Integrado do Municpio de Farroupilha PDDTI, que dispe sobre a

    organizao do espao territorial do Municpio de Farroupilha, urbano e rural, visando

    a alcanar o desenvolvimento sustentvel e a funo social da cidade e da propriedade,

    em atendimento s disposies do art. 182 da Constituio Federal, da Lei Federal n.

    10.257, de 10-07-2001 Estatuto da Cidade, da Lei Federal n. 12.587, de 03-01-2012

    Diretrizes da Poltica Nacional de Mobilidade Urbana, e da Lei Federal n. 13.089,

    de 12-01-2015 Estatuto da Metrpole.

    Art. 2. O PDDTI, aplicvel totalidade do seu territrio, o instrumento

    bsico e estratgico da Poltica de Desenvolvimento Territorial Integrado do

    Municpio e integra o Sistema de Planejamento Municipal SPM.

    Pargrafo nico. O Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Oramentrias, a

    Lei Oramentria Anual e os planos setoriais e especficos orientar-se-o pelos

    princpios fundamentais, diretrizes, objetivos gerais e aes estratgicas prioritrias

    estabelecidas nesta Lei.

    Art. 3. O PDDTI o instrumento bsico e estratgico da poltica de

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    desenvolvimento e expanso urbana, determinante para todos os agentes pblicos e

    privados que atuam no Municpio.

    CAPTULO II

    DOS PRINCPIOS E OBJETIVOS

    Art. 4. O PDDTI rege-se pelos seguintes princpios:

    I direito cidade para todos, compreendendo o direito terra urbana,

    moradia, ao saneamento ambiental, infraestrutura urbana, ao transporte, aos servios

    pblicos, ao trabalho e ao lazer;

    II justia social e reduo das desigualdades sociais e regionais;

    III respeito s funes sociais da cidade e funo social da propriedade;

    IV justa distribuio dos benefcios e nus decorrentes do processo de

    urbanizao;

    V universalizao da mobilidade e acessibilidade e a priorizao dos

    modos no motorizados e ao transporte coletivo pblico;

    VI preservao e recuperao do ambiente natural em harmonia com o

    desenvolvimento socioeconmico;

    VII fortalecimento do setor pblico, valorizao das funes de

    planejamento, integrao e controle;

    VIII participao da populao nos processos de deciso, planejamento e

    gesto da cidade;

    IX valorizao das iniciativas empreendedoras com foco na gerao de

    emprego e renda.

    Art. 5. So objetivos gerais a serem alcanados por meio da

    implementao do PDDTI:

    I direcionar o uso e ocupao do solo urbano e rural de forma integrada e

    compatvel as caractersticas territoriais, socioeconmicas e ambientais do Municpio;

    II otimizar a ocupao urbana evitando a disperso urbana e adensando as

    reas urbanas consolidadas e infraestruturadas;

    III ordenar o territrio de forma a compatibilizar o desenvolvimento

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    econmico preservao ambiental e a qualidade de vida no Municpio;

    IV determinar as reas prioritrias para receber aes de urbanizao,

    regularizao fundiria e implantao de projetos habitacionais de interesse social;

    V definir reas para projetos pblicos estratgicos prioritrios;

    VI compatibilizar a ocupao do territrio s necessidades de

    deslocamento de pessoas e cargas dentro dos princpios de uma mobilidade urbana

    sustentvel;

    VII integrar as polticas pblicas desenvolvidas pelos rgos e entidades

    municipais s determinaes estabelecidas nesta Lei;

    VIII indicar instncias de controle social para acompanhamento da

    execuo da poltica de desenvolvimento do territrio;

    IX aplicar os instrumentos do Estatuto da Cidade que possibilitem o

    cumprimento da funo social da propriedade e da gesto social da valorizao da

    terra urbana, previstos no Estatuto da Cidade.

    X viabilizar a regularizao fundiria, a poltica habitacional de interesse

    social, bem como a urbanizao especfica nas reas ocupadas pelas populaes de

    baixa renda, observando-se as regulamentaes constantes nesta Lei e na legislao

    ambiental.

    Art. 6. O PDDTI dever observar os seguintes instrumentos:

    I os planos nacionais, estaduais e regionais de ordenao do territrio e de

    desenvolvimento econmico e social, includo o plano de bacias hidrogrficas;

    II as diretrizes de planejamento da Regio Metropolitana da Serra RMS.

    Art. 7. O PDDTI abrange a totalidade do territrio do Municpio,

    definindo:

    I a poltica de desenvolvimento municipal;

    II a funo social da propriedade urbana;

    III as polticas pblicas do Municpio;

    IV os planos setoriais;

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    V o plano regulador;

    VI o Sistema Municipal de Planejamento SMP.

    Art. 8. Este PDDTI rege-se pelas seguintes diretrizes:

    I garantia do direito ao desenvolvimento sustentvel;

    II garantia de participao da sociedade nas decises sobre o

    planejamento do Municpio;

    III articulao entre as diversas partes do Municpio e sua regio;

    IV equilbrio na relao entre o meio urbano e rural;

    V garantia de que o desenvolvimento sustentvel da economia e da

    estrutura fsica no venham a prejudicar o meio ambiente natural, ao mesmo tempo em

    que este no venha a inviabilizar o desenvolvimento socioeconmico do Municpio;

    VI adequada relao entre a expanso urbana e o uso racional da

    infraestrutura instalada;

    VII ordenado desenvolvimento econmico associado preservao da

    memria e cultura local;

    VIII melhoria dos padres de mobilidade, garantindo a qualificao dos

    equipamentos, servios urbanos e infraestrutura;

    IX estmulo ao desenvolvimento do centro da cidade, centros de bairros e

    sedes distritais, atravs da implantao de espaos e equipamentos pblicos e privados;

    X justa distribuio dos benefcios e nus decorrentes do processo de

    urbanizao.

    Art. 9. So objetivos especficos do PDDTI:

    I qualidade de vida;

    II consolidao do Municpio como sede de atividades produtivas,

    geradoras de emprego e renda e centro turstico;

    III cumprimento da funo social, garantindo o acesso do cidado

    moradia e aos servios pblicos, respeitando o meio ambiente e oportunizando o

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    desenvolvimento econmico;

    IV preservao da estrutura da produo agrcola e da cobertura vegetal;

    V preservao dos cursos dgua e das linhas de drenagem natural;

    VI proteo do patrimnio cultural e ambiental;

    VII funcionamento e ampliao dos equipamentos urbanos;

    VIII desenvolvimento das atividades econmicas;

    IX qualidade das reas residenciais e melhoria da circulao e transporte;

    X reforo dos centros e da ocupao de vazios urbanos, evitando a

    disperso urbana;

    XI adoo de padres de ocupao do solo compatveis com os limites da

    sustentabilidade ambiental, social e econmica do Municpio.

    TTULO II

    DA INTEGRAO REGIONAL

    Art. 10. Respeitado o princpio da autonomia municipal, o PDDTI

    propiciar a integrao regional entre os Municpios da RMS.

    Art. 11. So funes pblicas objetos de gesto comum:

    I saneamento ambiental, includas aes relativas ao saneamento bsico;

    II transporte pblico e sistema virio regional;

    III desenvolvimento turstico;

    IV planejamento do uso de ocupao do solo, observados os princpios da

    Lei Federal n. 10.257, de 10-07-2001 Estatuto da Cidade;

    V atendimento Lei Federal n. 12.587, de 03-01-2012 Diretrizes da

    Poltica Nacional de Mobilidade Urbana;

    VI atendimento Lei Federal n. 13.089, de 12-01-2015 Estatuto da

    Metrpole;

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    VII preservao ambiental;

    VIII informaes regionais e cartografia.

    Art. 12. So elementos estruturadores da RMS os eixos, com suas

    caractersticas diferenciadas, que permitem alcanar progressivamente maior

    integrao entre os Municpios, entre o tecido urbano e o stio natural, melhor coeso e

    fluidez entre suas partes, bem como maior equilbrio entre as reas construdas e os

    espaos abertos, compreendendo:

    I a rede viria estrutural, constituda pelas vias que estabelecem as

    principais ligaes entre as diversas partes do Municpio e entre este e os demais

    Municpios e estados;

    II a classificao dos cursos dgua da RMS, conforme enquadramento

    dos recursos hdricos proposto pelo Comit de Recursos Hdricos das Bacias

    Taquar/Antas e Ca, de acordo com o plano de bacias hidrogrficas;

    III a rede estrutural de transporte pblico coletivo que interliga as diversas

    regies do Municpio e da RMS;

    IV a rede estrutural de eixos e polos de centralidades, constituda pelos

    centros principais e pelos centros e eixos de comrcio e servios consolidados ou em

    consolidao, e pelos grandes equipamentos urbanos, tais como, parques, terminais,

    hospitais, universidades, aeroportos, e por novas centralidades a serem criadas;

    V os equipamentos sociais, que constituem o conjunto de instalaes

    regionais destinadas a assegurar o bem-estar da populao mediante a prestao de

    servios pblicos de sade, educao, cultura, lazer, abastecimento, segurana,

    transporte e comunicao;

    VI os parques, reservas e unidades de conservao, que constituem o

    conjunto dos espaos naturais, de propriedade pblica ou privada, necessrios

    manuteno da qualidade ambiental e ao desenvolvimento sustentvel do Municpio e

    da RMS.

    Art. 13. A implantao de qualquer projeto, pblico ou privado, dever, na

    respectiva rea, considerar a implantao dos elementos estruturadores e integradores

    citados no artigo anterior, bem como obedecer s disposies e parmetros

    urbansticos estabelecidos nesta Lei e nas demais disposies legais pertinentes.

    TTULO III

    DOS PLANOS E AES ESTRATGICOS URBANOS

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    CAPTULO I

    DA ESTRATGIA DE PROMOO ECONMICA E SOCIAL

    Seo I

    Das Diretrizes e Objetivos

    Art. 14. So diretrizes da estratgia de promoo econmica e social:

    I a concentrao das atividades econmicas no Municpio;

    II a orientao das aes econmicas municipais a partir de uma

    articulao regional para a mediao e resoluo dos problemas de natureza

    supramunicipal;

    III o desenvolvimento de atividades econmicas ao longo de todos os

    perodos do ano;

    IV o fomento a iniciativas que visem a atrair investimentos, pblicos ou

    privados, nacionais e estrangeiros;

    V o estmulo e o apoio ao acesso e ao desenvolvimento do conhecimento

    cientfico e tecnolgico pelos micros e pequenos empreendimentos;

    VI a articulao das diversas polticas sociais com a poltica econmica,

    potencializando as aes pblicas e compatibilizando crescimento econmico com

    justia social, desenvolvimento social, cultural e equilbrio ambiental;

    VII desenvolvimento de projetos voltados manuteno da populao do

    interior do Municpio, com o objetivo de preserv-la na rea rural e integr-la

    socialmente, a fim de que essas comunidades possam manter suas origens, hbitos

    culturais, histricos e lingusticos.

    Art. 15. So objetivos da estratgia de promoo econmica e social o

    estabelecimento de polticas que busquem a dinamizao da economia do Municpio,

    atravs de aes diretas com a comunidade e com os setores produtivos, assim como a

    articulao com outras esferas de poder, sendo que essas polticas devero promover a

    gerao de postos de trabalho relacionados com:

    I local de residncia;

    II incentivo a produo e a socializao de conhecimento tecnolgico;

    III promoo de critrios para a localizao de estabelecimentos

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    comerciais de grande porte;

    IV incentivo a medidas que orientem para a viso de desenvolvimento

    sustentvel;

    V oferta de alternativas de atividades para a populao de baixa renda;

    VI desenvolvimento de atividades de lazer e turismo;

    VII qualificao das reas habitacionais.

    Pargrafo nico. Para alcanar os objetivos expressos neste artigo, o Municpio

    dever articular-se com os demais Municpios da RMS e instncias dos Governos Estadual e

    Federal.

    Seo II

    Do Plano de Desenvolvimento Turstico e das Aes de Turismo

    Art. 16. So diretrizes da poltica de turismo, atendendo o disposto no

    Plano Municipal de Turismo:

    I fomentar o fluxo turstico nos pontos e eventos consolidados;

    II estabelecer poltica de desenvolvimento integrado do turismo,

    articulando-se com os Municpios da RMS;

    III aumentar e manter o ndice de permanncia do turista no Municpio;

    IV aumentar a participao do Municpio no movimento turstico,

    promovendo e estimulando a divulgao de eventos e projetos de interesse turstico;

    V sistematizar o levantamento e atualizao de dados e informaes de

    interesse para o desenvolvimento turstico no Municpio;

    VI garantir a oferta e qualidade na infraestrutura de servios e informao

    ao turista;

    VII desenvolvimento do cooperativismo e associativismo entre as

    entidades a fim de obter um turismo satisfatrio.

    Art. 17. So aes estratgicas para o turismo, atendendo as disposies

    contidas no Plano Municipal de Turismo:

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    I reativao de trechos da rede ferroviria, visando implantao do

    passeio de Maria Fumaa, trem ou metr;

    II preservao das antigas estaes ferrovirias de Farroupilha e Nova

    Sardenha;

    III elaborao e divulgao do calendrio de festas das comunidades do

    interior;

    IV criao e aprimoramento das seguintes rotas tursticas, explorando, em

    especial, a gastronomia tpica, usos e costumes e turismo ecolgico, incentivando as

    parcerias pblico-privadas, destacando-se:

    a) Rota Turstica dos Caminhos do Salto Ventoso: abrange o 3. Distrito, no

    entorno da Cascata do Salto Ventoso;

    b) Rota Turstica de Caravaggio: iniciando na FR 81, 2. Distrito,

    prolongamento do Caminhos de Pedra, passando por Caravaggio, rumo a Caxias do

    Sul pela FR 38, Linha Palmeiro;

    c) Rota Turstica Caminhos da Imigrao: abrange Nova Milano, So

    Miguel e So Jos, passando pela Rota da Cidadania.

    V implantar pontos de informao turstica em locais estratgicos, bem

    como sinalizao turstica, conforme padres e especificaes tcnicas pertinentes;

    VI estimular a qualificao de pessoal, especialmente nos setores de

    comrcio e prestao de servios, para fins de aprimoramento turstico;

    VII desenvolver aes pblico-privadas voltadas implementao da

    infraestrutura necessria ao turismo;

    VIII apoiar e criar incentivos ao turismo cultural, e de negcios em

    mbito municipal e regional;

    IX incentivar a promoo de fruns e eventos especficos para

    profissionais e operadores de turismo no Municpio;

    X integrar os eventos tursticos no contexto nacional e internacional;

    XI produzir projetos e desenvolver atividades promocionais

    contemplando os atrativos naturais e culturais do Municpio e da RMS.

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    Seo III

    Do Plano e das Aes de Trabalho, Emprego e Renda

    Art. 18. So diretrizes no campo do trabalho, emprego e renda:

    I contribuir para o aumento da oferta de postos de trabalho;

    II incentivar e apoiar as diversas formas de produo e distribuio por

    intermdio dos micros e pequenos empreendimentos;

    III incentivar novas cadeias produtivas e fortalecer as existentes.

    Art. 19. So aes estratgicas no campo do trabalho, emprego e renda:

    I estimular as atividades econmicas intensivas em mo-de-obra;

    II implementar polticas de apoio s iniciativas de ocupao autnoma,

    associativa e cooperativada;

    III incentivar a implementao de instrumentos de apoio aos micros e

    pequenos empreendimentos, individuais ou coletivos, na forma de capacitao

    gerencial e tecnolgica.

    Seo IV

    Do Plano e das Aes de Educao

    Art. 20. So diretrizes da educao:

    I promover a melhoria da gesto, do acesso e da qualidade dos servios

    escolares;

    II universalizar o acesso escola no mbito municipal;

    III garantir o acesso ao ensino formal a jovens e adultos;

    IV implantar as disposies da Lei de Diretrizes e Bases da Educao

    Nacional, bem como do Plano Municipal de Educao;

    V implementar a rede hierarquizada escolar, de modo a:

    a) reconstruir, redimensionar, ampliar e manter os servios de ensino em

    relao sua demanda potencial;

    b) reestruturar e manter o atendimento pr-escolar;

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    c) manter equilibrada a oferta de vagas escolares;

    VI ampliar a rede fsica escolar, adequando-a as necessidades da

    populao.

    Art. 21. So aes estratgicas no campo da educao:

    I integrar as redes municipal e estadual;

    II efetivar o planejamento descentralizado;

    III manter a qualidade de ensino, promovendo cursos de atualizao e

    aperfeioamento aos profissionais de educao.

    Seo V

    Do Plano e das Aes de Sade

    Art. 22. So diretrizes na rea da sade:

    I consolidar e garantir a participao social no Sistema nico de Sade

    SUS;

    II promover a descentralizao do SUS, tendo os bairros e distritos como

    foco principal de atuao;

    III promover a melhoria da gesto, do acesso e da qualidade das aes,

    servios e informaes de sade.

    IV a universalidade e gratuidade do acesso da populao aos servios de

    sade, de modo a:

    a) consolidar, mediante critrios tcnicos, a implantao da Estratgia de

    Sade da Famlia ESF, prioritariamente nas reas consideradas de risco para a sade

    pblica;

    b) desenvolver programas e aes de sade tendo como base a

    territorializao, sem ferir os princpios do SUS, a priorizao das populaes de

    maior risco, a hierarquizao dos servios e o planejamento ascendente das aes;

    V implementar a rede hierarquizada de atendimento hospitalar, de modo

    a:

    a) reconstruir, redimensionar e ampliar os servios hospitalares em relao

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    a sua demanda potencial;

    b) garantir o atendimento de urgncia e emergncia;

    c) equilibrar a oferta de leitos hospitalares, em conformidade com o nmero

    de leitos definidos pelo Ministrio da Sade;

    VI adequar a rede fsica de atendimento s necessidades da populao;

    VII aprimorar a vigilncia em sade, incorporando a vigilncia sanitria,

    epidemiolgica, ambiental e sade do trabalhador.

    Art. 23. So aes estratgicas na rea da sade:

    I integrar as redes municipal, estadual e federal do SUS;

    II efetivar na rea da sade o planejamento descentralizado, com foco nas

    necessidades de sade da populao local;

    III contribuir para a melhoria da sade ambiental do Municpio, de acordo

    com as Polticas da Vigilncia Epidemiolgica no mbito do controle das endemias,

    zoonoses, pragas e infestaes nos imveis habitados ou no;

    IV atuar na melhoria das condies de qualidade de vida das

    comunidades, em face do processo de urbanizao, desenvolvendo espaos para

    socializao e promoo sade;

    V prevenir, eliminar ou diminuir os riscos sade decorrentes de

    problemas sanitrios;

    VII monitorar a qualidade da gua para consumo humano, tanto na rea

    rural quanto urbana atravs de programas especficos, tendo como objetivo a melhoria

    das condies da sade pblica e o desenvolvimento sustentvel do Municpio.

    Seo VI

    Do Plano e das Aes da Poltica de Assistncia Social

    Art. 24. So diretrizes da Assistncia Social:

    I garantir o comando nico das aes em cada esfera de governo, atravs

    da descentralizao poltico-administrativa;

    II incentivar a participao da populao por meio de organizaes

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    representativas na formulao das polticas e no controle das aes em todos os nveis;

    III garantir a centralidade na famlia para concepo e implementao dos

    benefcios, servios, programas e projetos, segundo o PNASD/SUAS.

    Art. 25. So aes estratgicas da Assistncia Social:

    I consolidar a gesto compartilhada, o cofinanciamento e a cooperao

    tcnica entre os entes federativos que, de modo articulado, operam a proteo social

    no contributiva;

    II integrar a rede pblica e privada de servios, programas, projetos e

    benefcios de assistncia social;

    III estabelecer as responsabilidades dos entes federativos na organizao,

    regulao, manuteno e expanso das aes de assistncia social;

    IV definir os nveis de gesto, respeitadas as diversidades regionais e

    municipais;

    V implementar a gesto do trabalho e a educao permanente na

    assistncia social;

    VI estabelecer a gesto integrada de servios e benefcios;

    VII afianar a vigilncia scioassistencial e a garantia de direitos.

    Seo VII

    Do Plano e das Aes de Cultura

    Art. 26. So diretrizes no campo da cultura:

    I universalizar o acesso produo e utilizao de bens e atividades

    culturais;

    II garantir populao os espaos e instrumentos necessrios criao e

    produo cultural;

    III democratizar a gesto da cultura, estimulando a participao dos

    segmentos responsveis pela criao e produo cultural nos processos decisrios,

    garantindo a formao e informao cultural do cidado;

    IV assegurar o pleno funcionamento de equipamentos e servios culturais

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    municipais.

    Art. 27. So aes estratgicas no campo da cultura:

    I estimular a criao de cursos, seminrios, oficinas e eventos culturais

    afins;

    II viabilizar a implantao de programas voltados memria do

    Municpio: histria, comportamento, esportes, folclore, artesanato e culinria;

    III fomentar o desenvolvimento do projeto da Escola Pblica de Msica,

    ofertando aulas de msica gratuitas e de qualidade a populao;

    IV manter em funcionamento a casa de cultura, afim de ofertar a

    populao um espao com opes de atividades culturais.

    Seo VIII

    Do Plano e das Aes de Esportes, Lazer e Recreao

    Art. 28. So diretrizes no campo de esportes, lazer e recreao:

    I manter em funcionamento pleno as reas livres municipais destinadas ao

    esporte e ao lazer;

    II oferecer acesso universal e integral s prticas esportivas, promovendo

    bem-estar e melhoria da qualidade de vida;

    III ampliar e otimizar a capacidade dos equipamentos esportivos

    municipais;

    IV priorizar o uso e a insero de equipamentos de esportes, lazer e

    recreao em praas, parques e largos.

    Art. 29. So aes estratgicas no campo de esportes, lazer e recreao:

    I assegurar o pleno funcionamento de todos os equipamentos esportivos

    pblicos municipais, garantindo a manuteno e revitalizao de suas instalaes;

    II construir equipamentos em regies carentes de unidades esportivas;

    III implantar programa de ruas de lazer, com prioridade para a periferia,

    promovendo atividades de esportes, lazer e cultura.

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    Seo IX

    Do Plano e das Aes de Abastecimento

    Art. 30. So diretrizes da poltica de abastecimento:

    I disseminar espaos de comercializao de produtos alimentcios de

    baixo custo;

    II aperfeioar e ampliar os servios de abastecimento alimentar apoiados

    pelo Poder Pblico Municipal;

    III apoiar e incentivar iniciativas comunitrias e privadas, na rea de

    abastecimento, voltadas reduo do custo dos alimentos;

    IV incentivar e apoiar iniciativas de produo agrcola orgnica no

    Municpio;

    V apoiar a comercializao de alimentos produzidos de forma

    cooperativada;

    Art. 31. So aes estratgicas relativas ao abastecimento:

    I incentivar sistemas de comercializao para oferta de alimentos mais

    baratos em bairros perifricos;

    II manter e revitalizar rede municipal de feiras;

    III apoiar a implantao de hortas comunitrias e domiciliares;

    IV garantir a qualidade nutricional da merenda escolar fornecida aos

    alunos da rede municipal de ensino.

    CAPTULO II

    DA ESTRATGIA DE QUALIFICAO AMBIENTAL

    Seo I

    Das Diretrizes e Objetivos

    Art. 32. Constituem diretrizes da estratgia de qualificao ambiental do

    Municpio:

    I implementar, no que couber, as diretrizes contidas na poltica nacional e

    estadual do meio ambiente, de recursos hdricos, de saneamento, de controle da

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    qualidade do ar, Lei Orgnica do Municpio e demais normas correlatas;

    II proteger e recuperar o meio ambiente e a paisagem urbana;

    III controlar e reduzir os nveis de poluio e degradao em quaisquer de

    suas formas;

    IV pesquisar, desenvolver e fomentar a aplicao de tecnologias

    orientadas ao uso racional e proteo dos recursos naturais;

    V implantar um sistema de reas especiais, sendo:

    a) de interesse institucional, onde sero implantados equipamentos urbanos

    pblicos e privados;

    b) de interesse ambiental, onde sero implantados parques, praas e jardins,

    atendendo aos quadrantes do Municpio;

    VI incentivar a adoo de hbitos, costumes, posturas, prticas sociais e

    econmicas que visem proteo e restaurao do meio ambiente;

    VII preservar os ecossistemas naturais e as paisagens notveis;

    VIII preservar e valorizar o patrimnio cultural do Municpio;

    IX garantir a produo e divulgao do conhecimento sobre o meio

    ambiente por um sistema de informaes integrado;

    X implementar o controle de produo e circulao de produtos

    perigosos;

    XI implantar parques dotados de equipamentos comunitrios de lazer,

    desestimulando invases e ocupaes indevidas;

    XII mapear e controlar as atividades do setor de produo primria;

    XIII controlar as fontes de poluio sonora;

    XIV implantar projeto de arborizao macia e apropriada em ruas,

    espaos estratgicos, principais acessos sede do Municpio e Distritos, inclusive

    vinculando a aprovao de todo e qualquer projeto arquitetnico a ser construdo a um

    projeto de tratamento de rea verde, permitindo a permeabilidade do solo daquele

    local;

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    XV conservar e recuperar a mata ciliar nas margens de nascentes, cursos,

    audes ou outras reservas de gua;

    XVI mapear e controlar os processos extrativos;

    XVII mapear e controlar as redes subterrneas de gs e afins;

    XVIII mapear, controlar e normatizar a instalao de torres de telefonia,

    rdio bases e geradores de radiao em geral;

    XIX controlar, atravs de anlises e liberao de reas apropriadas e

    compatveis com as leis ambientais, a implantao de cemitrios de qualquer

    modalidade, fiscalizando-se os existentes e novos, especialmente, quanto emanao

    de gases, recolhimento e tratamento dos lquidos.

    Art. 33. So objetivos da estratgia de qualificao ambiental qualificar o

    territrio municipal, atravs da valorizao do patrimnio ambiental, promovendo suas

    potencialidades e garantindo sua perpetuao, e da superao dos conflitos referentes

    poluio e degradao do meio ambiente e saneamento.

    Pargrafo nico. O patrimnio ambiental abrange os patrimnios cultural

    e natural, compreendendo como:

    a) cultural: o conjunto de bens imveis de valor significativo edificaes

    isoladas ou no , ambincias, parques urbanos e naturais, praas, stios e paisagens,

    assim como manifestaes culturais - tradies, prticas e referncias, denominados de

    bens intangveis , que conferem identidade a estes espaos;

    b) natural: os elementos naturais ar, gua, solo e subsolo, fauna, flora, assim

    como as amostras significativas dos ecossistemas originais indispensveis

    manuteno da biodiversidade ou proteo das espcies ameaadas de extino, as

    manifestaes fisionmicas que representam marcos referenciais da paisagem, que

    sejam de interesse proteger, preservar e conservar a fim de assegurar novas condies

    de equilbrio urbano, essenciais sadia qualidade de vida.

    Seo II

    Dos Planos e Aes para os Recursos Hdricos

    Art. 34. So diretrizes relativas aos recursos hdricos:

    I assegurar a existncia e o desenvolvimento das condies bsicas de

    produo, regularizao, disponibilizao e conservao dos recursos hdricos

    necessrios ao atendimento da populao e das atividades econmicas do Municpio;

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    II difundir polticas de conservao do uso da gua e preservao dos

    mananciais;

    III incentivar a recomposio da mata ciliar atravs de medidas

    compensatrias de remanejo florestal.

    Art. 35. So aes estratgicas para os recursos hdricos:

    I despoluir cursos dgua e recuperar talvegues e matas ciliares;

    II proteger as Barragens do Buratti e Julieta.

    Seo III

    Dos Planos e Aes de Abastecimento de gua,

    Esgotamento Sanitrio e Efluentes Lquidos

    Art. 36. So diretrizes para os servios de abastecimento dgua:

    I assegurar a qualidade e a regularidade plena no abastecimento de gua

    para consumo humano e outros fins, capaz de atender as demandas geradas em seu

    territrio;

    II ampliar a capacidade de produo, reserva e distribuio de gua

    potvel;

    III mapear a rede de abastecimento existente, identificando sua

    localizao, dimetro e profundidade, mantendo cadastro atualizado;

    IV mapear os poos artesianos, identificando sua localizao e mantendo

    cadastro atualizado.

    Art. 37. So aes estratgicas para os servios de abastecimento dgua:

    I elaborar o cadastramento das redes e instalaes;

    II incentivar a implementao de sistemas de captao de guas pluviais

    ou servidas para reaproveitamento ou utilizao em atividades que no impliquem

    consumo humano;

    III fiscalizar a potabilidade da gua advinda de poos artesianos.

    Art. 38. So diretrizes para os servios de esgotamento sanitrio, segundo o

    Plano Municipal de Saneamento Bsico PMSB:

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    I implantar sistemas de tratamento de esgotos e estaes de tratamento;

    II implantar as redes de coleta dos esgotos destinados s estaes de

    tratamento;

    III estabelecer metas progressivas para a implantao dos sistemas de

    tratamento de esgotos e estaes de tratamento.

    Art. 39. So aes estratgicas para os servios de esgotamento sanitrio:

    I criar e manter atualizado o cadastro e mapeamento das redes e

    instalaes, identificando sua localizao, dimetro e profundidade;

    II elaborar projetos para as bacias das Barragens da Julieta e Santa Rita e

    do Buratti;

    III proibir e fiscalizar o lanamento de esgotos na rede pluvial;

    IV exigir a ligao obrigatria de toda construo e prdios considerados

    habitveis, localizados em logradouros que disponham dos servios rede de

    esgotamento sanitrio.

    Art. 40. So diretrizes para o tratamento e controle dos efluentes lquidos:

    I exigir o tratamento e controle dos efluentes lquidos diversos, atravs de

    procedimentos adequados;

    II reduzir a poluio afluente dos corpos dgua, atravs do controle de

    cargas difusas.

    Seo IV

    Dos Planos e Aes de Drenagem Urbana

    Art. 41. So diretrizes para o sistema de drenagem urbana, segundo o

    PMSB:

    I manter o controle hidrolgico das reas urbanas, atravs de dados

    pluviomtricos e percentuais de permeabilizao;

    II garantir o equilbrio entre absoro, reteno e escoamento de guas

    pluviais;

    III controlar o processo de impermeabilizao do solo;

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    IV criar e manter atualizado cadastro da rede e instalaes de drenagem

    em sistema georreferenciado, contendo mapeamento, localizao, dimetros e

    profundidade;

    V disciplinar a ocupao das cabeceiras e vrzeas das bacias do

    Municpio, preservando a vegetao existente e visando sua recuperao;

    VI definir mecanismos de fomento para usos do solo compatveis com

    reas de interesse para drenagem, tais como parques lineares, rea de recreao e lazer,

    hortas comunitrias e manuteno da vegetao nativa.

    Art. 42. So aes estratgicas necessrias para o sistema de drenagem

    urbana:

    I preservar e recuperar as reas com interesse para drenagem,

    principalmente as vrzeas, faixas sanitrias, fundos de vale e crregos das bacias de

    captao;

    II desassorear, limpar e manter os cursos dgua, canais e galerias do

    sistema de drenagem;

    III regulamentar os sistemas de reteno de guas pluviais nas reas

    privadas e pblicas, controlando os lanamentos de modo a reduzir a sobrecarga no

    sistema de drenagem urbana;

    IV fiscalizar a existncia das reas impermeabilizadas dos lotes urbanos

    edificados, de acordo com o uso e ocupao do solo;

    V adotar pisos drenantes nos programas de pavimentao de vias locais e

    passeios de pedestres.

    Seo V

    Dos Planos e Aes de Resduos Slidos

    Art. 43. So diretrizes da poltica de resduos slidos, segundo o Plano

    Municipal de Resduos Slidos PMRS:

    I proteger a sade humana por meio do controle de ambientes insalubres

    derivados de manejo e destinao inadequados de resduos slidos;

    II promover o adequado gerenciamento dos resduos slidos, visando a

    minimizao da gerao, bem como incentivando a efetiva reutilizao, reciclagem,

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    tratamento e disposio final dos mesmos;

    III promover um ambiente limpo e agradvel por meio do gerenciamento

    eficaz dos resduos slidos e recuperao do passivo paisagstico e ambiental;

    IV garantir a adoo das adequadas medidas de proteo e controle

    ambientais quando da disposio de resduos slidos no solo, em atendimento ao

    estabelecido pelos rgos ambientais;

    V preservar a qualidade dos recursos hdricos pelo controle efetivo do

    descarte de resduos em reas de mananciais;

    VI promover a identificao e recuperao de reas degradadas ou

    contaminadas por disposio irregular de resduos slidos;

    VII garantir a gesto eficiente e eficaz do sistema de limpeza urbana;

    VIII promover oportunidades de trabalho e renda para a populao de

    baixa renda pelo aproveitamento de resduos domiciliares, comerciais e de construo

    civil, desde que aproveitveis, em condies seguras e saudveis;

    IX minimizar a quantidade de resduos slidos por meio da

    conscientizao, preveno da gerao excessiva, incentivo ao reuso e fomento

    reciclagem;

    X controlar a disposio inadequada de resduos pela educao ambiental,

    oferta de instalaes para disposio de resduos slidos e fiscalizao efetiva;

    XI estimular mtodos alternativos para o tratamento de resduos que

    possibilitem a gerao de energia;

    XII estimular a segregao integral de resduos slidos na fonte geradora

    e a gesto diferenciada;

    XIII integrar e articular os Municpios da RMS para o tratamento e a

    destinao dos resduos slidos;

    XIV estimular o uso e reciclagem de resduos, em especial, ao

    reaproveitamento de resduos inertes da construo civil.

    Art. 44. So aes estratgicas para a poltica dos resduos slidos, segundo

    o PMRS:

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    I reservar reas para a implantao de novos aterros sanitrios e de

    resduos inertes de construo civil;

    II prever as reas adequadas para implantao de sistemas de tratamento e

    disposio final de resduos slidos, consoante aos critrios estabelecidos pelos rgos

    ambientais e legislao vigente;

    III estimular programas de coleta seletiva e reciclagem, preferencialmente

    em parceria, com grupos de catadores organizados em cooperativas, com associaes

    de bairros, condomnios, organizaes no governamentais e escolas;

    IV adotar prticas que incrementem a limpeza urbana visando

    diminuio dos resduos slidos difusos;

    V cadastrar e intensificar a fiscalizao de lixes, aterros e depsitos

    clandestinos de material.

    Seo VI

    Dos Planos e Aes de Energia e Iluminao Pblica

    Art. 45. So diretrizes no campo da energia e iluminao pblica:

    I incentivar a reduo de consumo e o uso racional de energia, em todas

    as atividades desenvolvidas no Municpio;

    II conferir conforto e segurana populao, assegurando adequada

    iluminao noturna nas vias, caladas e logradouros pblicos.

    III promover o direito ao sol para a populao, garantindo que as

    edificaes tenham insolao adequada, tanto no que se refere rea mnima a ser

    iluminada, quanto ao tempo de exposio aos raios solares;

    IV promover uma maior autonomia de energia para o Municpio;

    V viabilizar as instalaes da rede eltrica e de iluminao pblica em

    galerias tcnicas no subsolo urbano, em conjunto com outras redes de infraestrutura;

    VI minimizar o impacto causado pelo manuseio inadequado das lmpadas

    que contm mercrio;

    VII buscar a compatibilizao da arborizao com a rede de distribuio

    de energia eltrica e com o sistema de iluminao pblica.

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE FARROUPILHA

    Art. 46. So aes estratgicas no campo da energia e iluminao pblica:

    I elaborar o cadastro da rede de iluminao pblica do Municpio;

    II criar um programa para aprimorar a iluminao em pontos tursticos,

    monumentos, obras e edificaes culturais e histricas.

    CAPTULO III

    DA ESTRATGIA DE QUALIFICAO URBANA

    Seo I

    Dos Objetivos

    Art. 47. A estratgia de qualificao urbana tem como objetivo a primar

    pela qualidade dos espaos pblicos e privados do Municpio atravs de aes que

    garantam a preservao dos valores culturais, histricos e paisagsticos, a plena

    utilizao dos espaos de convvio com conforto e segurana e o bem-estar dos

    usurios.

    Seo II

    Do Patrimnio Histrico e Cultural

    Art. 48. So diretrizes da poltica relativa ao patrimnio histrico e cultural:

    I documentar, selecionar, proteger e promover a preservao, a

    conservao, a reciclagem, a revitalizao e a divulgao dos bens tangveis, naturais

    ou construdos, assim como dos bens intangveis, considerados patrimnios ou

    referncias histricas ou culturais no mbito do Municpio.

    II preservar os bens culturais, vegetao significativa e referncias

    urbanas;

    III preservar a identidade das comunidades, valorizando as caractersticas

    de sua histria, sociedade e cultura;

    IV disponibilizar as informaes sobre o patrimnio histrico e cultural

    populao;

    V sensibilizar a opinio pblica sobre a importncia e a necessidade de

    preservao de seu patrimnio;

    VI concesso de incentivos para a preservao do patrimnio histrico e

    cultural atravs do Fundo Municipal de Cultura;

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE FARROUPILHA

    VII valorizar as decises do Conselho Municipal de Patrimnio Histrico

    e Cultural COMPAHC perante as anlises dos processos de demolio/reforma de

    prdios pblicos/privados, monumentos, obras e praas com mais de cinquenta anos.

    Art. 49. So aes estratgicas da poltica do patrimnio histrico e

    cultural:

    I criao de arquivo histrico municipal;

    II criar normas e legislao municipal para proteger bens culturais,

    vegetao significativa e referncias urbanas;

    III mapear e inventariar bens culturais e patrimnio ambiental, formando

    cadastro de dados informatizado;

    IV incentivar a preservao do patrimnio histrico e cultural;

    V criar mecanismos de captao de recursos em reas de interesse

    histrico ou cultural, visando sua preservao e revitalizao;

    VI incentivar a participao e a gesto da comunidade na pesquisa,

    identificao, preservao e promoo do patrimnio histrico, cultural e ambiental;

    VII preservar e recuperar a antiga estao ferroviria da Sede de

    Farroupilha e de Nova Sardenha atravs de parceria com a iniciativa privada.

    Seo III

    Da Paisagem Urbana

    Art. 50. So diretrizes da poltica de paisagem urbana:

    I garantir a qualidade ambiental do espao pblico;

    II disciplinar o ordenamento dos elementos componentes da paisagem

    urbana, assegurando o equilbrio visual entre os diversos elementos que a compem,

    favorecendo a preservao do patrimnio cultural e ambiental urbano e garantindo

    ao cidado a possibilidade de identificao, leitura e apreenso da paisagem e de seus

    elementos constitutivos, pblicos e privados.

    Art. 51. So aes estratgicas da poltica de paisagem urbana:

    I criar padres de comunicao institucional, informativa ou indicativa;

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE FARROUPILHA

    II estabelecer parmetros de dimenses, posicionamento, quantidade e

    interferncia mais adequados sinalizao de trnsito, aos elementos construdos e

    vegetao;

    III estabelecer normas e diretrizes para implantao dos elementos

    componentes da paisagem urbana nos eixos estruturais estabelecidos neste PDDTI;

    IV qualificar a paisagem urbana das vias municipais, em especial, das

    avenidas e vias arteriais;

    V desenvolver e consolidar um sistema de centros de bairro com a

    dinamizao de servios, cultura e infraestrutura;

    VI melhorar a qualidade e eficcia dos elementos de identificao dos

    logradouros e a orientao para sua acessibilidade por veculos e pedestres;

    VII implantar mobilirio urbano padronizado em toda a cidade;

    VIII implantar o Plano Municipal de Arborizao Urbana.

    Seo IV

    Da Infraestrutura e Servios de Utilidade Pblica

    Art. 52. So diretrizes da poltica de infraestrutura e servios de utilidade

    pblica:

    I racionalizar a ocupao e a utilizao da infraestrutura instalada e por

    instalar;

    II assegurar a equidade na distribuio territorial dos servios e a garantia

    da universalizao do acesso infraestrutura urbana e aos servios de utilidade

    pblica;

    III coordenar e monitorar a utilizao do subsolo pelas concessionrias de

    servios pblicos;

    IV promover a gesto integrada da infraestrutura e o uso racional do

    subsolo e do espao areo urbano, garantindo o compartilhamento das redes no

    emissoras de radiao, coordenando aes com concessionrios e prestadores de

    servios e assegurando a preservao das condies ambientais urbanas;

    V garantir o investimento em infraestrutura;

    VI implantar, manter e coordenar o cadastramento das redes de gua,

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    esgoto, telefone, energia eltrica, cabos e demais redes que utilizam o subsolo,

    mantendo banco de dados atualizado sobre as mesmas.

    Art. 53. So aes estratgicas da poltica de infraestrutura e servios de

    utilidade pblica:

    I preservar o solo e o lenol fretico realizando as obras e manuteno

    necessrias para o devido isolamento das redes de servios de infraestrutura;

    II possibilitar a implantao, por meio de galerias tcnicas, equipamentos

    de infraestrutura de servios pblicos ou privados nas vias pblicas, includos seus

    subsolo e espao areo, priorizando as vias de maior concentrao de redes de

    infraestrutura;

    III racionalizar a ocupao e a utilizao da infraestrutura

    instalada e por instalar, garantindo o compartilhamento e evitando a duplicao de

    equipamentos;

    IV instalar e manter os equipamentos de infraestrutura e os

    servios de utilidade pblica, garantindo o menor incmodo possvel aos moradores e

    usurios do local, bem como exigindo a reparao das vias, caladas e logradouros

    pblicos;

    V estabelecer e fiscalizar as normas de sade pblica e ambiental, com

    base no princpio da precauo, exigindo laudos tcnicos, quanto aos seus efeitos na

    sade humana e no meio ambiente, para a implantao e manuteno da infraestrutura

    dos servios de telecomunicaes emissores de radiao eletromagntica.

    Seo V

    Da Pavimentao

    Art. 54. So diretrizes dos programas de pavimentao:

    I garantir acessibilidade universal, segurana, conforto, beleza e

    durabilidade aos logradouros, incluindo vias e passeios pblicos, atendendo s

    disposies do Plano Diretor de Mobilidade Urbana;

    II garantir nveis de absoro pluvial compatveis para as reas da malha

    viria.

    Art. 55. So aes estratgicas dos programas de pavimentao:

    I desenvolver programas de pavimentao em reas especiais de interesse

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE FARROUPILHA

    social;

    II relacionar o tipo de pavimentao a ser utilizada com os tipos de vias;

    III incentivar o uso de pisos drenantes para os passeios e reas externas

    pavimentadas;

    IV exigir a pavimentao das vias pblicas oriundas dos parcelamentos de

    solo aprovados a partir da vigncia desta Lei, observado o disposto no inciso II.

    Seo VI

    Dos Espaos Pblicos

    Art. 56. Os espaos pblicos constituem elemento integrador na medida em

    que so ponto de encontro para os contatos sociais e a comunicao visual e palco para

    as manifestaes coletivas e o exerccio da cidadania.

    Pargrafo nico. Para garantir o disposto no caput deste artigo, o Poder

    Executivo criar condies para a fruio e o uso pblico de seus espaos, integrando-

    os com o entorno.

    CAPTULO IV

    DA ESTRATGIA DE ESTRUTURAO URBANA

    Seo I

    Dos Objetivos

    Art. 57. So objetivos da estratgia de estruturao urbana promover a

    estruturao dos espaos no consolidados na cidade, os setores de expanso urbana e

    os vazios urbanos, valorizando os espaos pblicos coletivos e a sustentabilidade

    ambiental urbana, atravs das seguintes estratgias:

    I promover o crescimento e a expanso urbana em reas que no

    apresentem restries ambientais ocupao, que no sejam identificadas como

    prioritrias produo rural e que possuam capacidade para receber infraestrutura

    necessria;

    II evitar a ocupao residencial ao longo de rodovias;

    III evitar a segregao de usos promovendo a diversificao e mesclagem

    de usos compatveis de modo a reduzir os deslocamentos da populao e equilibrar a

    distribuio da oferta de emprego e trabalho na cidade;

  • ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE FARROUPILHA

    IV promover a distribuio de usos e a intensificao do aproveitamento

    do solo de forma equilibrada em relao infraestrutura, aos transportes e ao meio

    ambiente, de modo a evitar sua ociosidade ou sobrecarga e otimizar os investimentos

    coletivos;

    V otimizar o aproveitamento dos investimentos urbanos realizados e gerar

    novos recursos, buscando reduzir progressivamente o dficit social, representado pela

    carncia de infraestrutura urbana, de servios sociais e de moradia para a populao de

    baixa renda;

    VI estimular a urbanizao e qualificao de reas de infraestrutura bsica

    incompleta e com carncia de equipamentos sociais;

    VII urbanizar, requalificar e regularizar loteamentos irregulares, visando a

    sua integrao nos diferentes bairros;

    VIII possibilitar a ocorrncia de tipologias arquitetnicas diferenciadas e

    facilitar a reciclagem das edificaes para novos usos;

    IX promover o adensamento construtivo e populacional em reas de

    urbanizao em desenvolvimento, com capacidade de suporte da infraestrutura

    instalada;

    X criar condies de novas centralidades e espaos pblicos em reas de

    urbanizao no consolidada ou precria;

    XI criar e manter um sistema de informaes georreferenciados, com

    dados sobre parcelamento, uso do solo e edificaes para subsidiar a gesto do uso e

    ocupao do solo;

    XII desenvolver programas de assessoria tcnica, social, urbanstica e

    jurdica para a populao de baixa renda com problemas de moradia;

    XIII implementar o cadastro unificado de edificaes e uso do solo.

    Seo II

    Da Habitao

    Art. 58. So diretrizes da poltica de habitao do Municpio:

    I assegurar o direito moradia digna como direito social, conforme

    definido no art. 6. da Constituio Federal;

    II promover a melhoria das habitaes existentes das famlias de baixa

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    renda e viabilizar a produo de Habitaes de Interesse Social HIS;

    III garantir a diversidade dos programas e dos agentes promotores da

    poltica de HIS, de acordo com as caractersticas diferenciadas da demanda;

    IV promover o uso habitacional nas reas consolidadas e dotadas de

    infraestrutura, utilizando, quando necessrio, os instrumentos previstos na Lei Federal

    n. 10.257, de 10-07-2001;

    V criar condies para a participao da iniciativa privada na produo de

    HIS;

    VI desenvolver projetos habitacionais que considerem as caractersticas

    da populao local, suas formas de organizao, condies fsicas e econmicas;

    VII desenvolver programas de melhoria da qualidade de vida dos

    moradores de HIS nas unidades habitacionais, infraestrutura urbana e equipamentos,

    estimulando programas geradores de emprego e renda e a valorizao do espao

    pblico;

    VIII produzir unidades habitacionais para a populao de baixa renda com

    qualidade e conforto, assegurando nveis adequados de acessibilidade, de servios de

    infraestrutura bsica, equipamentos sociais, de educao, sade, cultura, assistncia

    social, segurana, abastecimento e esportes, lazer e recreao;

    IX promover a regularizao fsica e fundiria de assentamentos j

    consolidados e das unidades construdas, garantindo moradia digna s famlias de

    baixa renda;

    X intervir em reas degradadas e de risco, de modo a garantir a

    integridade fsica, o direito moradia e a recuperao da qualidade ambiental dessas

    reas;

    XI promover o acesso a terra urbanizada para viabilizar programas de

    HIS.

    Seo III

    Do Parcelamento do Solo Urbano

    Art. 59. Parcelamento do solo urbano a diviso da gleba em unidades

    juridicamente independentes, com vistas edificao, podendo ser realizado sob a

    forma de loteamento ou desmembramento, sempre mediante aprovao do Municpio,

    obedecendo s diretrizes desta Lei e aos padres urbansticos estabelecidos em lei

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    especfica.

    Pargrafo nico. Somente ser admitido o parcelamento do solo para fins

    urbanos em zonas urbanas ou de urbanizao especfica, aprovadas por lei prpria.

    CAPTULO V

    DA ESTRATGIA DE MOBILIDADE URBANA

    Seo I

    Dos Objetivos

    Art. 60. So objetivos da estratgia de mobilidade urbana qualificar a

    circulao e o transporte urbano, proporcionando deslocamentos intra e interurbanos,

    de modo a atender as necessidades da populao, atravs da capacitao da malha

    viria, de circulao de pedestres, dos sistemas de transporte coletivo e de cargas,

    compreendendo a hierarquizao de vias, com vistas a otimizar o desempenho do

    sistema de transporte urbano.

    Seo II

    Da Circulao Viria e Transportes

    Art. 61. So diretrizes da poltica de circulao viria e de transportes,

    segundo o Plano Diretor de Mobilidade Urbana PDMU:

    I garantir e melhorar a circulao e o transporte urbano proporcionando

    deslocamentos intra e interurbanos que atendam s necessidades da populao;

    II priorizar o transporte coletivo ao transporte individual;

    III tornar mais homognea a acessibilidade universal em toda a rea

    urbanizada;

    IV adequar o sistema virio, tornando-o mais abrangente e funcional,

    especialmente nas reas de urbanizao incompleta, visando sua estruturao e

    ligao interbairros;

    V ampliar e melhorar as condies de circulao de pedestres e de grupos

    especficos, como idosos, portadores de deficincia especial e crianas;

    VI garantir o abastecimento, distribuio de bens e escoamento da

    produo do Municpio, equacionando o sistema de movimentao e armazenamento

    de cargas, de modo a reduzir seus impactos sobre a circulao de pessoas e o meio

    ambiente;

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    VII vincular o planejamento e a implantao da infraestrutura fsica de

    circulao e de transporte pblico s diretrizes de planejamento contidas nesta Lei;

    VIII garantir e melhorar a ligao do Municpio com a da RMS, com o

    Estado e com o Pas;

    IX estudar solues para a travessia de pedestres com segurana nas vias

    integrantes do sistema;

    X urbanizar adequadamente as vias da rede estrutural e corredores de

    transportes, de modo a garantir a segurana dos cidados e a preservao do

    patrimnio histrico, ambiental, cultural, paisagstico, urbanstico e arquitetnico.

    Art. 62. So aes estratgicas da poltica de circulao viria e de

    transportes, segundo o PDMU:

    I criar programa de adaptao dos logradouros para melhorar as condies

    de circulao de pedestres e de grupos especficos, como idosos, portadores de

    necessidades especiais e crianas;

    II implantar novas vias ou melhoramentos virios em reas em que o

    sistema virio estrutural se apresente insuficiente, em funo do transporte coletivo;

    III disciplinar a oferta de locais de estacionamento, em reas pblicas e

    privadas, de modo compatvel com as propostas de uso e ocupao do solo, sistema

    virio e as condies ambientais.

    Seo III

    Do Sistema Virio

    Art. 63. O sistema virio constitui a estrutura de circulao no territrio do

    Municpio, formado basicamente por:

    I Rodovias: so consideradas integrantes da Rede Viria Estrutural,

    independentemente de suas caractersticas fsicas, sendo utilizadas como ligao do

    Municpio com os demais Municpios e Estados da Federao, sendo a segurana e

    fluidez do trfego condicionantes prioritrias da disciplina do uso e ocupao do solo

    das propriedades lindeiras; classificam-se em:

    a) Rodovias Federais, Estaduais e Municipais: so vias de ligao

    interurbana que alimentam e complementam a malha viria local, com caractersticas

    de alta fluidez, baixa acessibilidade e prprias para os sistemas de transporte de alta

    capacidade e de carga, com trnsito livre;

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    b) Estradas Vicinais: so vias situadas na zona de atividade primria, onde

    circula a produo primria e integram as localidades do interior do Municpio;

    II Vias Arteriais: so as vias com caractersticas de mdia e alta fluidez,

    inseridas na rea urbana, formando uma malha contnua, que promove a circulao de

    longa distncia e interliga bairros e reas distantes, sendo projetadas para conduzir

    volumes de trfego elevados; dividem-se em:

    a) Vias Arteriais Perifricas: so as vias de alto nvel de fluidez e baixo

    nvel de acessibilidade aos lotes lindeiros e tm por objetivo conduzir os trfegos de

    carga e de passagem de longa distncia, preservando o sistema virio da concentrao

    urbana central;

    b) Vias Arteriais Internas: so vias que apresentam elevados nveis de

    fluidez, preservando a acessibilidade aos lotes lindeiros, desenvolvem-se na

    concentrao urbana, com base num modelo de malha reticulada e desempenham

    funo urbanstica estruturadora;

    III Vias Coletoras: so as vias de ligao entre as vias locais e arteriais e

    que recebem e distribuem o trfego, com equilbrio entre fluidez e acessibilidade,

    integrao com o uso e ocupao do solo, bem como transporte coletivo compartilhado

    com o trfego geral;

    IV Vias Locais: so as vias com acesso imediato aos prdios residenciais,

    comerciais e industriais e intensa integrao com o uso e ocupao do solo,

    promovendo a distribuio do trfego local, com baixa fluidez de trfego e alta

    acessibilidade;

    V Vias Marginais: so vias paralelas e adjacentes s rodovias, que tm

    funo de atender ao trfego urbano de mdia distncia e ao trfego local;

    VI Vias Especiais: so as vias que por suas caractersticas diferenciadas

    de localizao ou uso, so objeto de Projeto Especial;

    VII Rotas Ciclovirias: so as vias com caractersticas geomtricas e

    infraestrutura prpria ao uso de bicicletas;

    VIII Passagens de pedestres: so as vias de circulao permitida somente

    aos pedestres, constitudas pelos passeios pblicos e escadarias, com caractersticas

    prprias de espaos abertos exclusivos circulao de pessoas.

    Art. 64. Fica instituda a hierarquia do sistema virio e os gabaritos das

    vias, representados e relacionados no Anexo 4.

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    Pargrafo nico. Eventuais ajustes nos gabaritos do passeio pblico e da

    pista de rolamento sero permitidos mediante prvia aprovao da Comisso Tcnica

    Permanente Multidisciplinar CTPM, respeitado, em qualquer caso, o gabarito oficial

    da via.

    Art. 65. Nas vias em que o gabarito existente inferior a 18,00m (dezoito

    metros), ser exigido 1,00m (um metro) de cada lado da via, destinado ao alargamento

    virio.

    Art. 66. A rea destinada ao alargamento virio poder ser utilizada na

    aplicao dos ndices urbansticos (IA e TO) permitidos ao imvel atingido, devendo

    ser transferida ao Municpio como condio para a aprovao do projeto de edificao.

    Art. 67. Os alargamentos virios sero descontados do recuo de

    ajardinamento projetado para a zona ambiental em que se inserem.

    Art. 68. Para os casos em que no houver a necessidade de compensao da

    faixa destinada ao alargamento por ndices urbansticos dentro do imvel atingido, a

    mesma poder se dar atravs da transferncia do direito de construir, de acordo com lei

    especfica.

    TTULO IV

    DA ESTRUTURAO URBANA

    CAPTULO II

    DA DEFINIO DAS ZONAS RURAL E URBANA

    Art. 69. O territrio do Municpio dividido em zona rural e zona urbana.

    1. A zona rural constituda pelas zonas ambientais ZPAN e ZAJ.

    2. A zona urbana constituda pelas zonas ambientais ZAA, ZABC,

    ZAD, ZAE, ZAF, ZAG, ZAH, ZAI, ZAK, ZA1, ZA2, ZA3, ZA4, ZA5, ZA6 e ZA7.

    Art. 70. As delimitaes das zonas urbanas esto definidas nos polgonos

    expressos no Anexo 1, a partir de cartografia existente, georeferenciada na projeo

    Universal Transversa de Mercator UTM, Datum SIRGAS 2000, Fuso 22, Meridiano

    Central 51, ou ainda no georeferenciada.

    Pargrafo nico. Na eventual divergncia entre as coordenadas UTM do

    Anexo 1 e o polgono constante nos Mapas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, prevalecero estes.

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    Art. 71. Poder ser instituda rea especial de interesse urbanstico, de

    ocupao prioritria, nos vazios urbanos existentes, visando ao seu aproveitamento.

    CAPTULO II

    DO ZONEAMENTO AMBIENTAL

    Seo I

    Das Zonas Ambientais

    Art. 72. As zonas ambientais procuram integrar no mesmo espao

    geogrfico padres de paisagem semelhantes em diversas possibilidades de uso do

    solo, buscando garantir que diferentes atividades possam coexistir, apresentando

    mobilidade e interao social no conflitantes, e esto delimitadas no Mapa 1, 2, 3, 4,

    5, 6, 7, 8 e 9.

    Art. 73. A criao, extino ou modificaes do zoneamento ser feita

    mediante lei especfica, precedida de anlise da CTPM e do CONCIDADE, ressalvado

    o disposto no art. 74.

    Art. 74. Nos imveis localizados em mais de uma zona ambiental, o

    proprietrio poder optar pelas normas de qualquer uma das zonas em que estiver

    localizado, exceto se uma das zonas for ZAF, ZAG, ZPAN, ZAH, ZAI, ZAJ ou ZAK,

    hiptese em que as normas aplicveis correspondero zona cuja edificao for

    localizada, podendo, no entanto, ser ajustado o zoneamento s dimenses do imvel,

    desde que no altere o permetro urbano descrito no Anexo 1, mediante estudo

    especfico apresentado pelo proprietrio e aprovado pela CTPM.

    Art. 75. Para efeito de planejamento, o Municpio fica subdividido nas

    seguintes zonas ambientais, que correspondem a parcelas do territrio com

    caractersticas comuns e nas quais se aplica o regime urbanstico apresentado no Ttulo

    V Do Plano Regulador:

    I Centro Urbano: Zona Ambiental A ZAA: caracteriza-se pela zona do

    centro urbano da sede municipal, onde se verificam usos diversos, conforme Anexo 4;

    II Corredores Tercirios, Centro Urbano e de Bairro: Zona Ambiental BC

    ZABC: caracteriza-se por ser lindeira rea do centro urbano ou localizadas nos

    centros de bairros, onde se verifica potencial de expanso das atividades, conforme

    Anexo 4, e incentiva o desenvolvimento de corredores tercirios, se concentrando em

    locais onde j se verifica esta tendncia, de modo a descentralizar o atual centro

    urbano e criar melhorias na mobilidade e uso do solo urbano;

    III Mista 1: Zona Ambiental D ZAD: caracteriza-se pela presena de

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    diferentes atividades, incentivando o uso industrial de baixo e mdio potencial

    poluidor, conforme Anexo 4;

    IV Mista 2: Zona Ambiental E ZAE: caracteriza-se principalmente pelo

    uso residencial de baixa densidade, valorizando a paisagem urbana e integrando os

    demais usos conforme Anexo 4.;

    V Corredor Rodovirio: Zona Ambiental F ZAF: caracteriza-se por

    reas localizadas ao longo da RST- 453, ERS -122, VRS 813, ERS 448 e VRS 864,

    onde se verificam as tendncias industrial, comercial e de prestao de servios e

    sendo estratgica para empreendimentos de comrcio de grande porte;

    VI Proteo Ambiental:

    a) Zona Ambiental G ZAG: caracteriza-se por reas de proteo

    ambiental urbanas APPs (Mapa 10 Planta Geral das APPs) e reas de mata nativa,

    onde incentiva-se a baixa ocupao do solo e as atividades conforme Anexo 4;

    b) Zona de Proteo ao Ambiente Natural ZPAN: caracteriza-se por reas

    rurais, que circundam as Barragens da Julieta (Mapa 11) e Buratti (Mapa 12), cuja

    ocupao e uso esto definidos no Anexo 4;

    VII Rota Cultural e Paisagstica: Zona Ambiental H ZAH: caracteriza-

    se por ser uma rea de relevante valor histrico, cultural e paisagstico, onde se

    incentiva o turismo e a produo agropecuria de cada rota, com especial ateno

    preservao do meio natural, quanto tipologia arquitetnica e paisagem, onde dever

    ser preservada a permeabilidade ao interior da propriedade rural; correspondem

    RST-453 (acesso a Caravaggio), Estrada Machadinho Salto Ventoso (FR-10 e FR-

    14) e Estrada Caravaggio Linha Palmeiro (FR-38);

    VIII Industrial: Zona Ambiental I ZAI: caracteriza-se especificamente

    pela atividade industrial, onde se permitem atividades afins conforme Anexo 4;

    IX Rural: Zona Ambiental J ZAJ: caracteriza-se principalmente pela

    atividade de carter rural, como extrao, cultivo, criao, silagem e beneficiamento

    de matria prima e demais atividades conforme Anexo 4;

    X Patrimnio Histrico, Cultural e Ambiental: Zona Ambiental K ZAK:

    caracteriza-se por ser rea de interesse especial, onde podero ser aprovados projetos

    de edificaes com base nas normas urbansticas do entorno, mediante apresentao de

    estudos aprovados pela CTPM e pelo CONCIDADE.

    Pargrafo nico. Podero ser estabelecidas Zonas Especiais ZE,

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    inseridas nas zonas ambientais, quando a atividade pretendida apresentar

    caractersticas distintas da respectiva zona, observado o disposto nesta Lei.

    TTULO V

    DO PLANO REGULADOR

    CAPTULO I

    DAS DEFINIES E DISPOSIES INICIAIS

    Art. 76. O plano regulador o instrumento para a execuo da estratgia de

    uso do solo privado do Municpio, cujos objetivos so normas urbansticas que iro

    disciplinar e ordenar a ocupao do solo, atravs dos instrumentos de regulao que

    definem a distribuio espacial das atividades, a densificao e a configurao da

    paisagem urbana no que se refere edificao e ao parcelamento do solo.

    Art. 77. Para fins de aplicao das normas deste plano regulador,

    considera-se:

    I Lote: o terreno com registro no Cartrio de Registro de Imveis e que

    tenha frente para via integrante da malha viria oficial do Municpio;

    II Gleba: o terreno com registro no Cartrio de Registro de Imveis, no

    originado de parcelamento de solo aprovado pelo Municpio;

    III Prdio Regular: a edificao aprovada e vistoriada para a qual foi

    emitida a Carta de Habite-se, de Habitao e de Regularidade;

    IV rea Construda Total ACT: a soma das reas, cobertas ou no, de

    todos os pavimentos de uma edificao, sendo que as reas de elevadores sero

    computadas apenas no primeiro pavimento e as reas de escadas do ltimo pavimento

    no sero computadas;

    V rea Construda Computvel ACC: a soma das reas, cobertas ou

    no, de todos os pavimentos de uma edificao, que so consideradas para o clculo do

    ndice de aproveitamento;

    VI rea Construda No-Computvel ACNC: a soma das reas,

    cobertas ou no, de todos os pavimentos de uma edificao, que no so consideradas

    para o clculo do ndice de aproveitamento;

    VII ndice de Aproveitamento IA: o coeficiente que multiplicado pela

    rea do lote resulta na rea mxima computvel, sendo um instrumento de controle da

    densidade populacional.

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    VIII Taxa de Ocupao TO: o percentual mximo de rea horizontal,

    definida pela maior projeo sobre o lote, passvel de ser ocupada com edificaes,

    sendo um instrumento auxiliar na manuteno de espaos livres dentro do lote e do

    microclima urbano, quando aliado ao uso da vegetao; uma taxa que cria condies

    de aerao e insolao;

    IX Recuo de Ajardinamento RA: o afastamento obrigatrio na testada

    do lote que tem por objetivo ampliar o espao visual da via e promover a manuteno

    do microclima urbano atravs da vegetao, valorizando a paisagem urbana;

    X Afastamentos: so as distancias mnimas que uma construo deve

    observar em relao s divisas do lote, dividindo-se em laterais, frontais e de fundos;

    relacionam-se altura (H) da edificao no lote, constituindo os dispositivos de

    controle destinados a promover a qualidade da aerao e insolao do ambiente;

    XI Alargamento Virio: o afastamento obrigatrio na testada do lote que

    tem por objetivo ampliar a largura original da via, constituindo uma reserva de rea

    para a implantao do gabarito virio oficial;

    XII Taxa de Permeabilidade TP: a relao entre a parte permevel,

    que permite a infiltrao de gua no solo, livre de qualquer edificao, e a rea do lote;

    dever, em qualquer zona ambiental, ser de no mnimo 10% da rea do lote, podendo

    receber somente cobertura vegetal ou outra que garanta a permeabilidade do solo;

    XIII Altura Mxima na Divisa: a altura mxima permitida para as

    construes no alinhamento ou no recuo de ajardinamento e nas divisas do lote;

    XIV Estudo de Impacto de Vizinhana EIV: o estudo que tem por

    objetivo avaliar os efeitos positivos e negativos de uma atividade quanto qualidade

    de vida da populao residente na vizinhana.

    Art. 78. Toda a edificao a ser executada no territrio do Municpio

    dever ter projeto aprovado e licenciado pelos rgos municipais competentes.

    1. No ser aprovado projeto de edificao sobre lote oriundo de

    parcelamento de solo no aprovado e recebido pelo Municpio.

    2. Ser admitida a aprovao de projeto de edificao em lote com rea e

    testada inferior s mnimas fixadas pela legislao municipal de parcelamento de solo,

    desde que comprovado o registro no Cartrio de Registro de Imveis.

    3. Nos lotes encravados ser permitida a edificao, desde que

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    comprovado o registro de direito de passagem no Cartrio de Registro de Imveis.

    Art. 79. Na aprovao e licenciamento de projetos de edificao e de

    parcelamento do solo devem ser observadas as limitaes especficas relativas ao

    subsolo, superfcie e ao espao areo previstas neste PDDTI e demais disposies

    legais pertinentes.

    Art. 80. As limitaes referidas no artigo anterior podem se constituir de

    previses de traado do plano, servides administrativas, reas no edificveis ou

    outras restries urbansticas ou de utilidade pblica ao uso do solo.

    Pargrafo nico. A limitao tem como objetivo:

    I a preservao ambiental;

    II o funcionamento e ampliao da infraestrutura e equipamentos;

    III a execuo da infraestrutura projetada.

    Art. 81. Dentre as limitaes a que se referem os artigos 79 e 80 destacam-

    se, em especial, as seguintes:

    I rea ou elementos de proteo ao ambiente natural;

    II rea de interesse cultural;

    III equipamentos urbanos e comunitrios existentes e projetados;

    IV rede viria existente e projetada;

    V emissrios e coletores sob gesto pblica (redes de drenagem pluvial e

    de esgotamento sanitrio);

    VI fossas spticas de uso coletivo sob gesto pblica;

    VII estaes de tratamento de esgoto;

    VIII adutoras e distribuidoras sob gesto pblica;

    IX captaes de gua;

    X reservatrios de gua;

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    XI estaes de tratamento de gua;

    XII linhas eltricas de alta tenso;

    XIII gasodutos;

    XIV instalaes de disposio e tratamento de resduos slidos;

    XV outras instalaes ou redes, subterrneas ou no, sob gesto pblica;

    XVI estradas municipais;

    XVII estradas estaduais;

    XVIII zonas especiais.

    CAPTULO II

    DA CLASSIFICAO DAS ATIVIDADES E USOS URBANOS

    Art. 82. Para os fins desta Lei, ficam institudas as seguintes categorias de

    atividades, descritas no Anexo 2:

    I Residncias Unifamiliares RU;

    II Residncias Multifamiliares RM;

    III Comrcio e Servios CS;

    IV Equipamentos Urbanos Pblicos e Privados EUPP;

    V Uso Especial UE;

    VI Atividades Industriais AI;

    VII Atividades Rurais AR;

    VIII Parcelamentos de Solo PS.

    Art. 83. Para classificao das atividades industriais, conforme potencial

    poluidor, devero ser observadas as Resolues do CONSEMA e demais normas

    ambientais pertinentes.

    CAPTULO III

    DAS ATIVIDADES EXISTENTES

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    Art. 84. As atividades em edificaes existentes anteriormente vigncia

    desta Lei so classificadas em:

    I atividades conformes;

    II atividades desconformes.

    Art. 85. Atividades conformes so aquelas desenvolvidas em edificaes

    aprovadas e licenciadas, com emisso de Habite-se anteriormente vigncia desta Lei,

    e que atendem s normas e padres urbansticos estabelecidos neste PDDTI.

    Art. 86. Atividades desconformes so aquelas comprovadamente

    desenvolvidas anteriormente vigncia desta Lei e que no atendem s normas e

    padres urbansticos estabelecidos neste PDDTI.

    Art. 87. As atividades desconformes podem continuar sendo desenvolvidas

    nos mesmos locais, desde que permitidas pela legislao vigente at 17-03-2009.

    1. Nas mesmas edificaes tambm podem ser desenvolvidas outras

    atividades com igual ou menor potencial poluidor das atividades desconformes

    originais, desde que permitidas pela legislao vigente at 17-03-2009.

    2. As edificaes podem ser ampliadas no mesmo lote ou no lote lindeiro

    regularmente adquirido antes da vigncia desta Lei, observadas as normas e ndices

    urbansticos fixados neste PDDTI.

    3. So aplicveis aos processos de regularizao as normas vigentes at

    17/03/2009, sendo que nas edificaes localizadas na atual ZAJ sero utilizados IA de

    1,5 (um vrgula cinco) e TO de 65% (sessenta e cinco por cento).

    Art. 88. As edificaes destinadas a atividades industriais, comerciais,

    prestao de servios ou depsitos, cujos projetos foram aprovados com essa

    finalidade anteriormente vigncia desta Lei, respeitados os prazos de validade da

    aprovao do projeto e da licena para construir, podem ser utilizados nas atividades

    permitidas no local pela legislao vigente at 17-03-2009.

    CAPTULO IV

    DAS ATIVIDADES E IMPACTOS

    Art. 89. As atividades sero classificadas considerando seus impactos sobre

    o meio ambiente, representado pela infraestrutura bsica, estrutura e ambiente urbano,

    segundo a zona ambiental onde sero instaladas, conforme constante no quadro de

    atividades permitidas por zona no Anexo 4.

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    Art. 90. Considera-se estrutura urbana a disponibilidade de terra urbanizada

    ou no, as edificaes e atividades desenvolvidas no seu interior, e os equipamentos

    urbanos e comunitrios.

    Art. 91. Considera-se ambiente urbano as condies resultantes do impacto

    da atividade humana sobre a infraestrutura bsica e sobre a estrutura urbana nos

    aspectos relacionados poluio, ventilao e insolao.

    Art. 92. Os agrupamentos de atividades, sua classificao e o porte mximo

    da edificao esto definidos nos Anexos 2 e 4.

    Art. 93. A construo, ampliao ou funcionamento de atividades

    produtoras de impacto, a serem definidas por Lei, so condicionadas apresentao de

    Estudo de Impacto de Vizinhana - EIV e sero objeto de licenciamento ambiental.

    CAPTULO V

    DAS DENSIDADES

    Art. 94. O Poder Executivo acompanhar o desenvolvimento do Municpio

    atravs do controle da densificao nas zonas de estruturao urbana, com o objetivo

    de avaliar, implantar e manter os equipamentos urbanos e comunitrios adequados ao

    desenvolvimento e bem estar da populao e das atividades econmicas ali instaladas.

    Pargrafo nico. Densidade a relao que indica a intensidade do uso e

    ocupao do solo, expressa pelo nmero de habitantes e de economias prediais por

    hectare.

    CAPTULO VI

    DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE URBANSTICOS

    Art. 95. A edificao regulada pelos seguintes dispositivos de controle:

    I ndice de Aproveitamento IA;

    II Taxa de Ocupao TO;

    III Recuo de Ajardinamento, Laterais e de Fundos;

    IV Alargamento Virio;

    V Garagens e Vagas para Estacionamentos;

    VI Taxa de permeabilidade - TP.

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    Art. 96. Para aplicao do IA previsto no regime urbanstico ser

    considerada a rea do lote constante no Registro de Imveis, considerando que:

    1. Nos casos de alargamento virio que incidam no lote, para aplicao

    do IA dever haver prvia transferncia da rea atingida ao Municpio, sendo mantida

    a potencialidade construtiva do lote original.

    2. Nas edificaes com unidades em condomnios verticais no sero

    computveis as metragens correspondentes:

    a) at dois boxes de estacionamento com rea mxima total de 24,00m

    (vinte e quatro metros quadrados) por unidade autnoma;

    b) aos terraos de uso comum;

    c) aos dutos (shafts) para tubulao;

    d) lajes exclusivas de uso tcnico;

    e) as circulaes e demais dependncias de uso comum.

    3. Nos condomnios horizontais residenciais por unidades autnomas

    pertencentes a categoria Residncias Unifamiliares RU no sero computadas as

    metragens correspondentes as reas de uso comum.

    Art. 97. Para aplicao das TOs previstas no regime urbanstico

    considerada a maior projeo horizontal da edificao sobre o lote.

    1. Os clculos relativos a TO devero ser efetuados incluindo-se sacadas

    e varandas de qualquer espcie, cobertas ou no.

    2. Quando houver mais de uma TO, a maior ser aplicada nos dois

    primeiros pavimentos da edificao e a menor, a partir do terceiro pavimento.

    3. O subsolo poder ocupar no mximo 80% (oitenta por cento) do lote,

    devendo tambm ser respeitadas as reas destinadas para alargamento virio.

    4. Dever ser preservada a taxa de permeabilidade.

    5. No so computveis na TO as reas destinadas a:

    I marquises e floreiras;

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    II subsolos, desde que:

    a) estejam localizados imediatamente abaixo do pavimento que contiver o

    acesso principal, devendo estes ficar no mximo 1,00m (um metro) acima do nvel do

    passeio pblico, tendo como base o ponto mdio da testada que contiver o acesso;

    b) nos terrenos em aclive, se localizem abaixo do perfil natural do terreno,

    podendo ultrapass-lo no mximo 1,00m (um metro) de altura.

    Figura 1

    CAPTULO VII

    DOS RECUOS PREDIAIS

    Art. 98. O controle da volumetria dos prdios tem por objetivo:

    I preservar as caractersticas das zonas ambientais, quanto ao aspecto

    volumtrico das edificaes;

    II criar condies adequadas de insolao e aerao urbana;

    III criar condies adequadas de privacidade nas relaes de vizinhana;

    IV valorizar a paisagem urbana nas reas especiais de interesse cultural.

    Art. 99. Para fins de clculo dos recuos laterais e de fundos em cada zona

    ambiental ser considerada a altura (H) da edificao.

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    Art. 100. Os pavimentos sero determinados da seguinte forma:

    1. A altura mxima da soma dos pavimentos sobre o recuo de fundos ser

    de 7,20m (sete metros e vinte centmetros) a partir do perfil do terreno (Figura 1), e a

    partir desta altura ser aplicado o recuo de 2,70m (dois metros e setenta centmetros).

    2. A altura mxima do pavimento trreo ser de 6,00m (seis metros) e a

    dos demais pavimentos ser de 3,50m (trs metros e cinquenta centmetros) de p-

    direito.

    3. A altura (H) da edificao ser computada a partir do piso do

    pavimento trreo na testada que contiver o acesso principal, podendo ser acrescida de

    at 1,00m (um metro) a partir do nvel mdio do passeio, correspondente ao subsolo.

    4. Ser permitida a construo de mezanino no pavimento trreo, desde

    que ocupe, no mximo, 50 % (cinquenta por cento) da rea do compartimento (Figura

    2).

    5. Quando a edificao for constituda de mais de um bloco ou volume,

    os recuos sero medidos em funo da altura de cada bloco em relao ao trecho da

    divisa que lhe corresponder. A distncia entre eles dever atender ao Cdigo de

    Edificaes.

    Figura 2

    Art. 101. A altura mxima permitida para as edificaes nas divisas varia

    conforme a zona ambiental, sendo permitidos 03 (trs) pavimentos nas empenas

    laterais sem aberturas.

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    1. Para o caso de aberturas, dever ser respeitado um recuo lateral

    mnimo de 1,50m (um metro e cinquenta centmetros) do primeiro ao terceiro

    pavimento.

    2. Nas ZAF, ZAH, ZAI, ZAJ e ZA7 o recuo lateral mnimo de 3,00 m

    (trs metros) quando houver aberturas e de 1,50 m (um metro e cinquenta

    centmetros), quando no houver aberturas, salvo na ZAJ que ser de 3,00 m (trs

    metros). (Redao determinada pela Lei Municipal n. 4.314, de 5-4-2017).

    3. Para construes at doze pavimentos, conforme Figura 3A, a partir do

    quarto pavimento, uma das divisas, no mnimo, dever manter o recuo lateral de 2,70m

    (dois metros e setenta centmetros); para construes acima de doze pavimentos,

    conforme Figura 3B, a partir do quarto pavimento, uma das divisas, no mnimo, dever

    manter o recuo lateral de 3,70 m (trs metros e setenta centmetros). Figura 3A Figura 3B

    Art. 102. A distncia entre edificaes num mesmo lote, onde no mnimo

    uma das fachadas de frente para outra possua abertura, deve obedecer a seguinte

    frmula: (Redao determinada pela Lei Municipal n. 4.314, de 5-4-2017).

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    D = H / 10 + 1,5

    Sendo:

    D = Distncia entre as edificaes, em metros;

    H = Altura entre o piso do pavimento trreo e o forro do ltimo pavimento,

    em metros.

    CAPTULO VIII

    DOS RECUOS DE AJARDINAMENTO E ALARGAMENTOS VIRIOS

    Art. 103. Todas as edificaes devero obedecer ao recuo de ajardinamento

    previsto para as zonas ambientais, conforme Quadro de Usos e Regime Urbanstico

    Anexo 3.

    Art. 104. Fica vedada a construo sobre a rea destinada ao recuo de

    ajardinamento, com exceo de:

    I muros de arrimo;

    II muros nos alinhamentos e nas divisas laterais;

    III grades e telas;

    IV escadarias e rampas de acesso;

    V toldos, marquises, beirais, prgolas e similares;

    VI reas para uso de cabines de gs, subestaes, caixas de medidores em

    geral;

    VII guaritas com at 15,00m (quinze metros quadrados) para atividades

    no industriais e com qualquer rea para atividades industriais;

    Art. 105. Em lotes de esquina inseridos nas zonas ambientais em que so

    obrigatrios recuos de ajardinamento de 4,00m (quatro metros), o recuo obrigatrio

    nas duas testadas, sendo um de 2,00m (dois metros) e outro de 4,00m (quatro metros).

    1. Em lotes com trs ou mais testadas, uma delas dever ter recuo de

    4,00m (quatro metros) e as demais, seguem a mesma regra do caput.

    2. Em lotes com duas testadas que no configuram situao de esquina

    sero aplicados os recuos pertinentes as zonas ambientais em que as testadas se

    inserem.

    Art. 106. Os prdios de interesse cultural podero ser isentados dos recuos

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    previstos no Anexo 3, quando o respectivo plano setorial recomendar.

    Art. 107. Nos casos de terrenos com aclive superior a 2,00m (dois metros)

    em mais de 50% (cinquenta por cento) da testada com relao via pblica,

    permitida uma construo no recuo de ajardinamento, destinada exclusivamente

    garagem residencial, com largura mxima de 6,00m (seis metros) e p-direito mximo

    de 2,60m (dois metros e sessenta centmetros) a partir do nvel do passeio pblico no

    acesso garagem.

    Art. 108. Nos lotes atingidos por previso de alargamento virio igual ou

    superior a 4,50m (quatro metros e cinquenta centmetros) ser isento o recuo de

    ajardinamento.

    CAPTULO IX

    DOS ESTACIONAMENTOS

    Art. 109. Garagens e estacionamentos so as edificaes e reas cobertas

    ou descobertas destinadas guarda de veculos.

    1. Garagens e estacionamentos comerciais so construes destinadas

    predominantemente prestao de servios de guarda de veculos, sem prejuzo dos

    servios afins.

    2. A exigncia de garagens e estacionamentos est contida no Anexo 5,

    sendo que os casos especiais sero analisados pela CTPM.

    TTULO VI

    DOS INSTRUMENTOS DE GESTO URBANA E AMBIENTAL

    CAPTULO I

    DO PARCELAMENTO, EDIFICAO OU UTILIZAO COMPULSRIOS

    Art. 110. Lei especfica poder determinar o parcelamento, a edificao ou

    a utilizao compulsrios do solo urbano no edificado, subutilizado ou no utilizado,

    devendo fixar as condies e os prazos para implementao da referida obrigao.

    1. Considera-se solo urbano no edificado o lote cujo IA seja igual a

    zero.

    2. Considera-se solo urbano subutilizado o lote cuja rea edificada seja

    igual ou inferior a 18,00 m (dezoito metros quadrados).

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    3. Considera-se solo urbano no utilizado o lote sem edificao e sem

    instalao licenciada de atividade econmica que no necessite de edificao para

    exercer suas finalidades.

    4. Eventual dvida quanto aplicao das disposies dos pargrafos

    anteriores ser dirimida pela CTPM.

    Art. 111. Nas reas urbanas integrantes das Zonas Ambientais A, BC e D

    poder ser aplicado o parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios

    considerando a existncia de infraestrutura e de demanda para utilizao.

    Art. 112. Os imveis nas condies a que se refere o art. 110 sero

    identificados e seus proprietrios notificados para o cumprimento da obrigao,

    devendo a notificao ser averbada no Cartrio de Registro de Imveis.

    1. Os proprietrios notificados devero, no prazo mximo de 01 (um) ano

    a partir do recebimento da notificao, protocolar no rgo municipal competente

    pedido de aprovao e execuo de parcelamento ou edificao.

    2. Os parcelamentos e edificaes devero ser iniciados no prazo

    mximo de dois anos a partir da aprovao do projeto.

    3. Os parcelamentos e edificaes devero estar concludos no prazo

    mximo de 03 (trs) anos a partir da aprovao do projeto, salvo nas atividades

    constantes do Anexo 2.2, cuja lei especfica a que se refere o art. 110 poder, em

    carter excepcional, prever a concluso em etapas, assegurando-se que o projeto

    aprovado compreenda o empreendimento como um todo.