lei complementar 2 2008 jaboatao dos guararapes pe

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LEI COMPLEMENTAR Nº 2/2008 INSTITUI O PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES E ESTABELECE AS DIRETRIZES PARA A SUA IMPLANTAÇÃO. Referente ao Projeto de Lei Complementar nº 068/2006, de Iniciativa do Poder Legislativo. O PREFEITO DO MUNICÍPIO DO JABOATÃO DOS GUARARAPES, no uso de suas atribuições conferidas pela Lei Orgânica , faço saber que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte lei: TÍTULO I DOS FUNDAMENTOS DO PLANO Art. 1º Esta lei institui o Plano Diretor do Município do Jaboatão dos Guararapes e estabelece as diretrizes básicas e os projetos para a sua implementação em observância ao disposto no art. 182 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e na Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001. CAPÍTULO I DA DIVISÃO POLITICO-ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO Art. 2º - Para suporte do planejamento e da gestão locais o Município do Jaboatão dos Guararapes adota a divisão político-administrativa do seu território definida neste capítulo, compreendendo os seguintes distritos e respectivos bairros: I - o Distrito de Jaboatão dos Guararapes é formado pelos bairros de: Barra de Jangada, Cajueiro Seco, Candeias, Guararapes, Piedade, Prazeres, Comportas, Marcos Freire e Muribeca. II - o Distrito de Jaboatão é formado pelos bairros de: Bulhões, Centro, Engenho Velho, Floriano, Manassu, Muribequinha, Santana, Santo Aleixo, Vargem Fria, Vila Rica, Vista Alegre; III - o Distrito de Cavaleiro é formado pelos bairros de Cavaleiro, Dois Carneiros, Socorro, Sucupira, Zumbi Do Pacheco; LeisMunicipais.com.br

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  • LEI COMPLEMENTAR N 2/2008

    INSTITUI O PLANO DIRETOR DO MUNICPIODO JABOATO DOS GUARARAPES EESTABELECE AS DIRETRIZES PARA A SUAIMPLANTAO.

    Referente ao Projeto de Lei Complementar n 068/2006, de Iniciativa do Poder Legislativo.

    O PREFEITO DO MUNICPIO DO JABOATO DOS GUARARAPES, no uso de suasatribuies conferidas pela Lei Orgnica, fao saber que a Cmara de Vereadores aprovoue eu sanciono a seguinte lei:

    TTULO IDOS FUNDAMENTOS DO PLANO

    Art. 1 Esta lei institui o Plano Diretor do Municpio do Jaboato dos Guararapes eestabelece as diretrizes bsicas e os projetos para a sua implementao em observnciaao disposto no art. 182 da Constituio da Repblica Federativa do Brasil de 1988 e na LeiFederal n 10.257 de 10 de julho de 2001.

    CAPTULO IDA DIVISO POLITICO-ADMINISTRATIVA DO MUNICPIO

    Art. 2 - Para suporte do planejamento e da gesto locais o Municpio do Jaboato dosGuararapes adota a diviso poltico-administrativa do seu territrio definida neste captulo,compreendendo os seguintes distritos e respectivos bairros:

    I - o Distrito de Jaboato dos Guararapes formado pelos bairros de: Barra de Jangada,Cajueiro Seco, Candeias, Guararapes, Piedade, Prazeres, Comportas, Marcos Freire eMuribeca.

    II - o Distrito de Jaboato formado pelos bairros de: Bulhes, Centro, Engenho Velho,Floriano, Manassu, Muribequinha, Santana, Santo Aleixo, Vargem Fria, Vila Rica, VistaAlegre;

    III - o Distrito de Cavaleiro formado pelos bairros de Cavaleiro, Dois Carneiros, Socorro,Sucupira, Zumbi Do Pacheco;

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  • IV - o Distrito do Curado formado pelo bairro do Curado;

    V - o Distrito de Jardim Jordo formado pelo bairro de Jardim Jordo;

    Pargrafo nico - As divisas territoriais entre os distritos e entre os bairros ou de diferentesdistritos, so aquelas traadas no MAPA I do ANEXO I e descritas nos MEMORIAISconstantes do ANEXO II.

    CAPTULO IIDA FUNO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE URBANA

    Art. 3 - A cidade exercer a funo social que lhe reservada, mediante a garantia atodos os cidados do direito de acesso:

    I - terra urbana e moradia;

    II - ao saneamento ambiental;

    III - ao transporte pblico;

    IV - aos espaos pblicos;

    V - aos equipamentos e servios urbanos;

    VI - ao patrimnio ambiental e cultural local.

    VII - ao trabalho e ao lazer.

    Art. 4 - A propriedade urbana cumpre sua funo social quando atende s exignciasestabelecidas neste Plano Diretor, ao disposto no Art. 182 da Constituio da Repblica ena Lei n 10.527, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da Cidade), devendo para tanto:

    I - Adequar a intensidade de ocupao do solo disponibilidade das redes de infra-estrutura urbana e observncia das condies de preservao ou recuperao daqualidade do meio ambiente e da paisagem urbana;

    II - Coibir a reteno especulativa de imveis decorrente da sua no utilizao ousubutilizao;

    CAPTULO IIIDOS PRINCPIOS, OBJETIVOS E DIRETRIZES GERAIS

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  • Art. 5 - So Princpios norteadores do Plano Diretor do Municpio do Jaboato dosGuararapes:

    I - a conservao e preservao do patrimnio natural e construdo como suporte para oprocesso de desenvolvimento do municpio e a atribuio aos agentes pblicos e privadosda responsabilidade social pelas prticas ecolgicas que venham a permitir, propiciar ouexecutar;

    II - a diversidade urbanstica que marca os seus distritos, como fator caracterstico daidentidade do municpio;

    III - A importncia fundamental dos espaos pblicos para a vida da coletividade;

    IV - o direito moradia digna;

    V - os espaos institucionais com meio de manuteno de dilogo com a populao;

    VI - a preservao da capacidade de infiltrao das bacias hidrogrficas urbanas, paraconservao ambiental dos cursos d`gua e reduo dos riscos de alagamentos eenchentes;

    VII - a garantia do acesso universal aos bens e servios urbanos e deslocamentos noespao pblico, respeitado o direito dos portadores de necessidades especiais;

    VIII - A garantia do pleno desenvolvimento das funes sociais da cidade e da propriedadeurbana".

    Art. 6 - So Objetivos do Plano Diretor do Municpio do Jaboato dos Guararapes:

    I - integrar os distritos municipais, atravs das redes de infra-estrutura fsica;

    II - promover o bem estar e a melhoria da qualidade de vida da populao

    III - promover a integrao do municpio ao desenvolvimento da Regio Metropolitana doRecife e do Estado de Pernambuco e do Brasil;

    IV - preservar as caractersticas e os valores histricos e culturais do municpio;

    V - proteger, valorizar e utilizar o ambiente natural, as amenidades e as paisagens urbanae rural;

    VI - promover a participao efetiva dos diversos agentes pblicos, privados e deorganizaes da sociedade civil no processo de desenvolvimento urbano do municpio".

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  • Art. 7 - So diretrizes do Plano Diretor do Municpio do Jaboato dos Guararapes:

    I - o ordenamento do municpio para o conjunto da sociedade, sem excluso oudiscriminao de quaisquer segmentos ou classes sociais e sua valorizao como espaocoletivo;

    II - o desenvolvimento e a utilizao plena do potencial existente do patrimnio pblicomunicipal, reconhecido como bem coletivo para uso de lazer e convivncia social;

    III - a garantia da prestao dos servios pblicos urbanos, em nveis bsicos, a todapopulao do municpio mediante a dotao adequada das respectivas redes de infra-estrutura, especialmente na rea de saneamento bsico;

    IV - minimizao dos impactos decorrentes da explorao das minas, em atividade e/oudesativadas;

    V - a adequao das normas de urbanizao s condies de desenvolvimento econmico,cultural e social do municpio;

    VI - a garantia do exerccio do direito de ir vir pela oferta de espaos urbanos seguros eintegrados;

    VII - o combate especulao garantindo a apropriao coletiva da valorizao imobiliriadecorrente dos investimentos pblicos;

    VIII - a equidade das obrigaes e direitos urbansticos para todos os habitantes;

    IX - o controle do uso e ocupao nas reas compreendidas no permetro urbano, comvistas a conter o crescimento urbano em reas rurais, em reas de proteo ambiental, ede mananciais;

    X - a promoo do adensamento construtivo associado capacidade de oferta das infra-estruturas;

    XI - a regulamentao dos instrumentos de gesto participativa do municpio, necessrios garantia da participao e do controle social;

    XII - explorao econmica sustentvel, incentivada pelo Poder Pblico; do acervo debens, materiais e imateriais, de valor histrico, artstico, arquitetnico, arqueolgico epaisagstico que integram o patrimnio cultural do municpio;

    XIII - o controle da ocupao em reas de risco, com a relocao das habitaes sujeitasaos efeitos de alagamentos ou deslizamento de encostas que representem ameaa segurana de seus moradores.

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  • TTULO IIDOS OBJETIVOS E DIRETRIZES SETORIAIS

    CAPTULO IDO DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL

    Art. 8 - So diretrizes para o desenvolvimento sustentvel da economia urbana e ruraldo Municpio do Jaboato dos Guararapes:

    I - atrao de novos empreendimentos como indstrias, comrcio e servios;

    II - fomento expanso industrial pela destinao de novas reas;

    III - articulao com outros municpios da Regio Metropolitana do Recife para odesenvolvimento de projetos que integrem as atividades de comrcio, servios, cultura eturismo;

    IV - estmulo ao turismo de negcios;

    V - valorizao da diversidade cultural material ou imaterial do municpio;

    VI - incentivo elaborao e implantao de projetos especficos de explorao econmicasustentvel do patrimnio cultural e natural;

    VII - promoo da explorao sustentvel dos recursos minerais, com monitoramento econtrole da atividade extrativa e das aes de recomposio do relevo, concomitantes ouposteriores lavra;

    VIII - valorizao das reas sob influencia imediata das estaes de metr e seuaproveitamento como espaos adequados estruturao de novos centros de comrcio eservios;

    IX - incentivo implantao de empresas de alta tecnologia, compatveis com reas deelevada densidade demogrfica;

    X - estmulo organizao de cooperativas e associaes de artesos, de micro e depequenos empresrios;

    XI - estmulo consolidao do Plo de Logstica e de empresas atacadistas;

    XII - fortalecimento de oportunidades para o desenvolvimento de pequenas e micro-empresas.

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  • Art. 9 - So diretrizes para a incluso social:

    I - desenvolvimento de polticas habitacionais que reduzam o dficit de moradias;

    II - promoo da melhoria das habitaes e das condies de habitabilidade dosassentamentos urbanos e rurais;

    III - apoio e suporte tcnico s iniciativas individuais ou coletivas da populao paraproduzir moradias e melhorar a qualidade das j existentes;

    IV - incentivo e apoio formao e capacitao de agentes promotores e financiadores noestatais na execuo de programas habitacionais;

    V - universalizao do acesso educao fundamental com melhoria da qualidade doensino;

    VI - descentralizao do atendimento por escolas e postos de sade mais prximosconforme as demandas da populao;

    VII - adequao da mo-de-obra s necessidades do desenvolvimento econmico domunicpio, mediante a oferta e implantao de programas de formao, capacitao equalificao profissional;

    VIII - seleo e aplicao de instrumentos do Estatuto da Cidade que viabilizem o acesso terra urbana e utilizao adequada de reas vazias e subutilizadas;

    IX - articulao da poltica habitacional com as polticas de natureza fsico-ambiental,econmica e social; utilizao de tipologias de moradias adequadas ao contexto scio-cultural e econmico do municpio, com valorizao da identidade e carter da paisagem.

    CAPTULO IIDA CONSERVAO DO PATRIMNIO AMBIENTAL

    Art. 10 - So diretrizes gerais para conservao do Patrimnio Ambiental:

    I - a proteo, com reas verdes, das margens e leitos expandidos de rios e lagoas,proibindo a construo, nessas reas, de imveis destinados tanto ao uso residencial comoindustrial, comercial e servios;

    II - a proteo, recuperao e conservao de recursos naturais, tais como mananciais,matas, mangues, restingas, cursos d`gua, esturios e outros de reconhecido interesseambiental para o Municpio e de importncia estratgica para as geraes futuras;

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  • III - a proteo dos mananciais das reas de recarga dos aqferos e dos locais decaptao de gua com a adequada ocupao do solo;

    IV - a conservao do potencial de escoamento das guas de chuvas;

    V - o controle da atividade de minerao, exigindo e fiscalizando a requalificao dapaisagem aps o encerramento das atividades extrativas.

    VI - recuperao, monitoramento constante e conservao das reas de praia e esturiosdo Rio Jaboato quanto eroso provocada pelo avano do mar.

    VII - promoo de aes de Educao Ambiental sobre aspectos favorveis recuperao,proteo e convivncia com o ambiente natural.

    Pargrafo nico - Na proteo e conservao dos cursos e espelhos d`gua, referidos nosincisos I e II deste artigo, as margens podero ser utilizadas em atividades de recreao elazer, permitidas, to somente, construes de pequeno porte para apoio quelasatividades.

    CAPTULO IIISANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO

    Art. 11 O saneamento ambiental compreende os servios de:

    I - abastecimento de gua;

    II - esgotamento sanitrio;

    III - drenagem;

    IV - coleta, transporte, tratamento e destinao final dos resduos slidos.

    Pargrafo nico - Os servios mencionados nas alneas I a IV deste Artigo sero objetosde um Plano Municipal de Saneamento Integrado a ser elaborado no prazo mximo de doisanos aps a data de publicao desta Lei.

    SEO IABASTECIMENTO DE GUA

    Art. 12 O atendimento s necessidades de abastecimento de gua ser prestado comobservncia das seguintes diretrizes:

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  • I - universalizao do atendimento, assegurado a toda a populao do municpio o acesso quantidade mnima de gua tratada de 10 m3 (dez metros cbicos) necessria aoconsumo domstico de uma famlia de 5 (cinco) pessoas, em mdia, por ms;

    II - estabelecimento, junto concessionria do servio de abastecimento de gua, deobjetivos e metas para a sua ampliao e regularizao, reduo de desperdcios, segundocondies que atendam s demandas da populao

    III - promoo de aes voltadas conscientizao da populao para a importncia docontrole social sobre a prestao do servio e o uso do mesmo, sem a prtica dedesperdcios;

    IV - estimulo e controle de implantao de sistemas alternativos s redes de abastecimentogua, para atendimento s habitaes situadas nas reas rurais.

    SEO IIDO ESGOTAMENTO SANITRIO

    Art. 13 O servio pblico de esgotamento sanitrio no Municpio do Jaboato dosGuararapes pautar-se- pelas seguintes diretrizes:

    I - reduo progressiva da carga orgnica lanada nos rios para recuperao dos mangues,das reas estuarinas degradadas e da balneabilidade das praias;

    II - busca da universalizao do servio de esgotamento sanitrio no municpio, asseguradoo acesso a um sistema de coleta e tratamento adequado;

    III - proibio do lanamento de esgotos, no tratados, na bacia de drenagem da Lagoa doNutico;

    IV - proibio do lanamento de esgotos em galerias fechadas de guas pluviais;

    V - priorizao de investimentos em reas mais densamente ocupadas, para otimizao darede de coleta e reduo das cargas orgnicas lanadas na natureza, bem como em reasonde vivam ou transitem pessoas em contato direto com os esgotos;

    VI - estabelecimento de exigncia voltada concessionria e aos empreendimentos deimpacto ambiental, no sentido de que procedam ao tratamento dos esgotos, antes de seulanamento na natureza.

    VII - Os empreendimentos de impacto ambiental, relativo ao esgotamento de resduoslquidos, sero relacionados na Lei de Parcelamento e Uso do Solo.

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  • SEO IIIDA DRENAGEM

    Art. 14 A drenagem pluvial ser sempre objeto de estudos, planos e projetos queindiquem aes que garantam a sustentabilidade ambiental e minimizem as inundaes,orientados pelas seguintes diretrizes:

    I - Elaborao de normas para determinao das calhas principais e faixas de proteo doscursos de gua que cortam a rea urbana atual e adequao dessas faixas s condiesde ocupao previstas;

    II - elaborao de estudo para remoo da populao residente nas calhas dos cursos degua nos programas de habitao popular;

    III - fixao de cotas mnimas e condies adequadas para o escoamento das guaspluviais em novos assentamentos;

    IV - definio de parmetros de parcelamento, uso e ocupao do solo, que serviro desubsdio elaborao de lei especfica para reas alagveis.

    Pargrafo nico - As faixas de proteo referidas no inciso I, que j estejamcomprometidas pela ocupao, sero analisadas, caso a caso, luz da probabilidade deocorrncia de transbordamentos, em funo do tempo de retorno e dos riscos querepresentam.

    SEO IVDA COLETA, TRATAMENTO, TRANSPORTE E DESTINO FINAL DE RESDUOSSLIDOS.

    Art. 15 A prestao de servios de coleta, tratamento, transporte e destino final deresduos slidos pautar-se-o pelas seguintes diretrizes:

    I - garantia da universalizao e regularidade do servio de coleta;

    II - gerenciamento integrado do servio de coleta, segregao, tratamento e disposio dolixo com o desenvolvimento de aes normativas, operacionais, financeiras e deplanejamento que garantam um bom padro ambiental;

    III - conscientizao da populao para o acondicionamento adequado dos resduosslidos, que produzir, e entrega em dias, horrios e locais preestabelecidos;

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  • IV - estmulo ao aproveitamento de materiais reciclveis destinados ao lixo, para utilizaocomo matria prima na confeco de novos produtos, buscando alcanar os seguintesbenefcios:

    a) diminuio do volume de lixo a ser tratado;b) preservao dos recursos naturais, com a diminuio de impactos ambientais negativos;c) diminuio do consumo de energia;d) possibilidade de realizao de novos negcios;e) gerao de empregos diretos e indiretos.

    Art. 16 Os materiais reciclveis, separados na unidade geradora, sero objeto de coletaseletiva e transportados para as usinas de triagem, onde passaro por processos deseparao, tratamento e compactao.

    CAPTULO IVDO PATRIMNIO HISTRICO E CULTURAL

    Art. 17 Os elementos de significativo valor histrico e cultural existentes no Municpio doJaboato dos Guararapes sero objeto da preservao pelo Poder Pblico local, comobservncia das seguintes diretrizes:

    I - prtica da preservao integrada considerados os padres e necessidades culturais dapopulao;

    II - valorizao do acervo e sua insero no contexto econmico, ambiental e cultural domunicpio para o fortalecimento do seu desenvolvimento sustentvel;

    III - promoo do resgate da auto-estima da populao informando sobre os seus valoresculturais e garantindo ateno sistemtica s polticas de preservao;

    IV - Integrao das aes de preservao do patrimnio histrico, com programas dehabitao de interesse social das populaes de baixa renda assentadas nas reas emvolta dos stios e imveis de interesse histrico e cultural protegidos por lei.

    CAPITULO VDA ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE SUSTENTVEL

    Art. 18 A integrao viria e de transportes das diversas partes do territrio municipal,inclusive das reas de expanso urbana, para proporcionar condies satisfatrias demobilidade e acessibilidade, far-se- com observncia das seguintes diretrizes:

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  • I - garantia da integrao viria dos cinco Distritos e dos trs centros comerciais e deservios do municpio (Jaboato, Cavaleiro e Prazeres);

    II - formulao de um sistema virio hierarquizado, considerando recomendaes doConselho Nacional de Transportes;

    III - dotao de sinalizao viria adequada s necessidades de trfego e trnsito domunicpio, que discipline e oriente os deslocamentos;

    IV - garantia de passeios para pedestres e faixa para ciclovias nas pontes e viadutos, parasegurana e conforto dos usurios;

    V - garantia aos portadores de necessidades especiais, com mobilidade reduzida, decondies de segurana e conforto em seus deslocamentos;

    VI - formulao de um sistema de transporte pblico de passageiros, que integre os seisdistritos e os trs centros comerciais e de servios do municpio;

    VII - criao de canais de participao da sociedade na gesto da poltica viria e detransportes do municpio.

    SEO IDO SISTEMA VIRIO

    Art. 19 As vias existentes e propostas esto classificadas em arteriais, coletoras, locais,estradas rurais e ciclovias, assim entendidas de acordo com as definies seguintes:

    I - Vias Arteriais: aquelas caracterizadas por intersees em nvel, geralmente controladaspor semforos, com acessibilidade aos lotes lindeiros e s vias coletoras e locais,possibilitando o trnsito entre as regies do municpio compreendendo as rodoviasfederais, estaduais e vias municipais, que fazem a interligao entre os trs centroscomerciais e de servios e os seis distritos do municpio, bem como, com a Cidade doRecife e os demais municpios vizinhos (Cabo de Santo Agostinho, Moreno e So Lourenoda Mata);

    II - Vias Coletoras: destinadas a coletar e distribuir o trnsito que tenha necessidade deentrar ou sair das vias de trnsito rpido ou visa arteriais, compreendendo as queestruturam internamente os seis distritos municipais e complementam as ligaes entre osdistritos ou entre os centros comerciais e de servios, bem como as vias que do acessos estradas rurais;

    III - Vias locais: caracterizadas por intersees em nvel no semaforizadas, destinadas

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  • apenas ao acesso local ou a reas restritas, classificadas, por excluso, como aquelas queno estejam compreendidas em qualquer das outras categorias;

    IV - Ciclovias: aquelas destinadas, exclusivamente, ao trnsito de bicicletas, para garantiado fluxo seguro dessa modalidade, tanto em atividades de lazer, quanto de transportepropriamente dito, a serem implantadas na faixa de praia e em regies planas do municpioque apresentem ou venham a apresentar uso intensivo deste transporte.

    Pargrafo nico - As vias existentes e propostas, classificadas segundo a hierarquiadefinida neste artigo, esto representadas graficamente no Mapa 2 do Anexo I, e descritasno Anexo III.

    SEO IIDO SISTEMA DE TRANSPORTES PBLICOS DE PASSAGEIROS

    Art. 20 O Sistema de Transporte Pblico Municipal ser integrado e complementado aossistemas de transportes da Regio Metropolitana do Recife, com o objetivo de oferecertransporte pblico de qualidade, com tarifas compatveis com o nvel de renda dapopulao.

    Art. 21 Os sistemas de metr e de trens de subrbio devero possibilitar a melhorintegrao dos territrios localizados ao longo de seu percurso.

    SEO IIIDOS TERMINAIS DE INTEGRAO

    Art. 22 Os terminais de integrao do Sistema Estrutural Integrado da RegioMetropolitana do Recife (SEI), prestar-se-o distribuio equilibrada dos fluxos depassageiros, integrando as diferentes modalidades de transportes operadas no municpio,particularmente com as estaes de metr.

    TTULO IIIDA ESTRUTURAO URBANA E DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

    CAPTULO IDA DIVISO TERRITORIAL

    Art. 23 O territrio do Municpio do Jaboato dividido nas seguintes macrozonas.

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  • I - Macrozona Urbana, que corresponde poro urbanizada do territrio dispondo deinfra-estrutura, equipamentos pblicos e servios urbanos;

    II - Macrozona de Expanso Urbana, que corresponde s reas com ocupao rarefeita,com uso residencial predominante, infra-estrutura deficiente, malha urbana irregular, grandequantidade de vazios urbanos, alm da carncia de equipamentos urbanos, funciona comorea de reserva para futuros adensamentos construtivos urbanos;

    III - Macrozona Rural, destinada predominantemente prtica de atividades do setorprimrio, turismo rural e ecolgico, que sero exercidas de forma compatvel com aproteo dos mananciais.

    1 Constitui o permetro urbano do municpio do Jaboato dos Guararapes o conjunto dasmacrozonas urbana e de expanso urbana.

    2 A diviso das macrozonas em zonas, que se diferenciam por suas caractersticas dedinmica e desenvolvimento e a diviso destas em subzonas a representadagraficamente no MAPA 1 que constitui o Anexo 1, com os respectivos permetros descritosnos memoriais que compem o Anexo IV, desta Lei.

    Art. 24 So diretrizes para estruturao e ocupao da Macrozona Urbana:

    I - o controle e direcionamento do adensamento urbano, em especial das reas centraismelhor urbanizadas e corredores principais de transportes coletivos, adequando-o infra-estrutura disponvel;

    II - a garantia da utilizao dos imveis no edificados, subutilizados e no utilizados;

    III - a possibilidade de uso mltiplo dos imveis, desde que atendidos aos requisitos deinstalao e minimizados os riscos de incmodo vizinhana;

    IV - a correo e preveno dos riscos de alagamentos em reas de vrzeas de inundao,bem como os de deslizamentos de encostas em reas de morros;

    V - a consolidao de reas de moradia de interesse social ocupadas espontaneamentecom condies dignas de vida, priorizando a destinao de imveis no edificados,subutilizados e no utilizados para a construo de novas unidades habitacionais.

    Pargrafo nico - A ocupao em reas potencialmente alagveis ser regulada pelasdiretrizes do Estudo de Mapeamento de Inundaes do baixo Jaboato.

    Art. 25 So diretrizes para estruturao e ocupao da Macrozona de Expanso Urbana:

    I - garantia de reserva de espaos adequados para a ocupao urbana futura;

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  • II - direcionamento dos investimentos em infra-estrutura urbana de acordo com ocrescimento urbano;

    III - direcionamento do desenvolvimento da malha urbana, incorporando espaos potenciaispara atividades urbanas, protegendo o patrimnio cultural e natural;

    IV - preveno da ocupao inadequada ou impermeabilizao do solo que possamcomprometer reas importantes para a infiltrao das guas pluviais.

    Art. 26 So diretrizes para conservao e desenvolvimento sustentvel da MacrozonaRural:

    I - garantia da produo de gua e a proteo dos recursos naturais;

    II - dinamizao das atividades produtivas tpicas da rea rural;

    III - conteno da expanso urbana em reas rurais produtivas e de proteo ambiental.

    IV - fortalecimento da agricultura familiar, a partir da elaborao e implementao de umapoltica de desenvolvimento rural sustentvel;

    V - definio e implementao de matrizes produtivas baseadas nos princpios daagroecologia, que promovam a diversificao da produo agropecuria e dos sistemasprodutivos, valorizando as prticas sustentveis;

    VI - fortalecimento e ampliao das polticas de conservao da diversidade dosecossistemas e das formas particulares de uso e manejo sustentvel dos recursos naturais;

    VII - fortalecimento e ampliao da presena dos vrios segmentos das populaes ruraisna formulao, implementao e gesto das polticas pblicas.

    Pargrafo nico - Na Macrozona Rural o parcelamento do solo, observada a legislaoespecifica, e a ocupao dos imveis limitar-se-o explorao de atividades do setorprimrio, turismo rural e ecolgico, e implantao de estabelecimentos isolados eequipamentos urbanos, cuja localizao em reas densamente povoadas seja inadequada.

    SEO IDA OCUPAO ORDENADA DO TERRITRIO

    Art. 27 A ocupao ordenada do territrio do Municpio do Jaboato dos Guararapes dar-se- mediante o controle efetivo do uso e ocupao do solo, de forma a combater e evitar:

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  • I - a utilizao inadequada dos imveis urbanos;

    II - conflitos de vizinhana devido a usos e atividades incompatveis ou inconvenientes;

    III - o uso ou aproveitamento excessivo ou inadequado do imvel, em relao infra-estrutura urbana disponvel;

    IV - a reteno especulativa de imvel urbano, que resulte na sua subtilizao ou noutilizao;

    V - a deteriorao das reas urbanizadas e dotadas de infra-estrutura, especialmente nasreas centrais e principais corredores de transportes coletivos;

    VI - a privatizao e uso inadequado dos espaos pblicos;

    VII - a impermeabilizao excessiva dos lotes e da cidade, de modo a reduzir os riscos dealagamentos, aumentar a recarga dos aqferos e recuperar outras funes naturais dosescoamentos pluviais para evitar perdas econmicas e sociais;

    VIII - a poluio e a degradao ambiental;

    IX - o avano da ocupao urbana sobre as reas rurais;

    CAPTULO IIDAS ZONAS DA MACROZONA URBANA

    Art. 28 A Macrozona Urbana subdividida nas seguintes zonas:

    I - Zona de Adensamento Construtivo Alto (ZAA);

    II - Zona de Adensamento Construtivo Mdio (ZAM);

    III - Zona de Adensamento Construtivo Baixo (ZAB);

    IV - Zona de Qualificao Urbana (ZQU);

    V - Zona de Superposio de Legislao (ZES).

    VI - Zona de Ocupao dirigida (ZOD)

    SEO IDA ZONA DE ADENSAMENTO CONSTRUTIVO ALTO - ZAA

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  • Art. 29 A Zona de Adensamento Construtivo Alto (ZAA), caracterizada pelo seu potencialconstrutivo de mdia e alta densidade para otimizao do aproveitamento das redes deinfra-estrutura instaladas ou com possibilidade de implantao, atuar como fator deincremento ao desenvolvimento das atividades tursticas e habitacionais, ser submetida sseguintes diretrizes:

    I - melhoria das condies de saneamento, de energia e da oferta de equipamentos eservios urbanos;

    II - estmulo ao adensamento construtivo, com verticalizao controlada, em escalacompatvel com a infra-estrutura;

    III - estmulo consolidao da predominncia do uso habitacional em compatibilidade coma dinamizao de atividades de turismo, lazer, comrcio, servios e negcios adequados esta zona.

    SEO IIDA ZONA DE ADENSAMENTO CONSTRUTIVO MDIO - ZAM

    Art. 30 A Zona de Adensamento Construtivo Mdio (ZAM) caracteriza-se por apresentarocupao de baixa densidade dispondo de lotes com capacidade de ocupao maisverticalizada, tem a finalidade de compatibilizar o crescimento urbano com a necessidadede conservao da qualidade ambiental da cidade e de valorizao da paisagem local,respeitadas as limitaes da infra-estrutura instalada ou com possibilidade de implantao,e submetidas s seguintes diretrizes:

    I - priorizao de investimentos visando melhoria integrada da infra-estrutura urbana;

    II - busca de solues integradas e ambientalmente sustentveis de drenagem;

    III - eliminao das situaes de risco nas reas de urbanizao precrias, especialmentenaquelas sujeitas a alagamentos;

    IV - promoo de aes de regularizao fundiria nas ZEIS e em outras reas de pobreza,que apresentem condies ambientais e de salubridade precrias para sua permanncia;

    V - adensamento construtivo em escala compatvel com a capacidade das redes de infra-estrutura.

    SEO III

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  • DA ZONA DE ADENSAMENTO CONSTRUTIVO BAIXO - ZAB

    Art. 31 A Zona de Adensamento Construtivo Baixo (ZAB), onde predominam reasalagveis e ocupaes irregulares destina-se ao reordenamento da ocupao atual ecrescimento urbano condicionados s restries de drenagem, oferta de infra-estruturas eao atendimento das seguintes diretrizes:

    I - eliminao da situao de risco de alagamentos a que est sujeita;

    II - priorizao dos investimentos para melhoria da infra-estrutura;

    III - regularizao fundiria de ZEIS e outras reas de pobreza que apresentem condiesprecrias de estabilidade e salubridade, com reassentamento de ocupaes de risco, cominterferncia na proteo ambiental da Lagoa do Nutico;

    IV - conteno do adensamento construtivo;

    V - valorizao ambiental e paisagstica da Lagoa do Nutico, com aproveitamento do seupotencial turstico e de lazer.

    SEO IVDA ZONA DE QUALIFICAO URBANA - ZQU

    Art. 32 A Zona de Qualificao Urbana (ZQU) compreende reas de urbanizao maisantiga, de densidades mdias e altas, providas de servios de infra-estrutura ou prximas aestes servios, nas quais ser conservado o padro de urbanizao dominante.

    Art. 33 A Zona de Qualificao Urbana divide-se em trs segmentos:

    I - ZQU 1, rea entre a BR-101 antiga e a Lagoa do Nutico para a qual so estabelecidasas seguintes diretrizes:

    a) eliminao da situao de risco de alagamentos a que est sujeita;b) priorizao de investimentos para melhorar a infra-estrutura;c) conteno do adensamento construtivo;d) promoo da urbanizao e da regularizao fundiria;e) promoo da acessibilidade e da mobilidade.

    II - ZQU 2, reas dos Conjuntos Habitacionais Populares, para as quais so estabelecidasas seguintes diretrizes:

    a) resgate dos espaos coletivos invadidos e apropriados indevidamente pelo comrcio e

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  • habitaes;b) adequao e criao de espaos infra-estruturados para o comrcio, servios e lazernesses conjuntos;c) recuperao e reativao dos sistemas de saneamento existentes;d) garantia da acessibilidade a esses conjuntos, pela melhoria das vias e das caladas epelo ordenamento da circulao de veculos;e) incentivo e promoo da recuperao e conservao dos imveis existentes, inclusive dapintura das fachadas, segundo critrios urbansticos e estruturais adequados;f) promoo da gesto participativa na manuteno e adequao desses assentamentos;g) promoo da regularizao fundiria;

    III - ZQU 3, rea de ocupao consolidada no Distrito do Jaboato, incluindo o centro decomrcio e servios, para a qual so estabelecidas as seguintes diretrizes:

    a) qualificao da paisagem urbana, garantindo a permanncia da tipologia urbanstica earquitetnica dominante;b) promoo da melhoria com complementao da infra-estrutura urbana;c) ampliao, recuperao e qualificao dos espaos pblicos existentes;d) garantia da acessibilidade, com melhoria das vias e das caladas e ordenamento dacirculao de veculos;e) qualificao dos espaos de comrcio e de servios, inclusive com o ordenamento dasfeiras e reabilitao do mercado pblico.

    SEO VDA ZONA DE SUPERPOSIO DE LEGISLAO- ZES

    Art. 34 A Zona de Superposio de Legislao (ZES) tem a caracterstica de ser baseterritorial de incidncia concomitante de normas legais federais e municipais que tratam dematria administrativa e urbanstica referentes aos cones de rudo e de proteo aos vosoperados pelo Aeroporto Internacional Recife/Guararapes - Gilberto Freyre e rea deproteo do Parque Histrico Nacional dos Guararapes.

    Pargrafo nico - Os parmetros urbansticos para a ZES de que trata este artigo deveroser revistos e detalhados, preferencialmente de forma convergente entre as duas esferasde poder, visando a compatibilizao de interesses quando da elaborao de leisespecficas sobre as matrias, com o objetivo de estimular a melhoria da qualidadeurbanstica da rea.

    SEO VIDA ZONA DE OCUPAO DIRIGIDA - ZOD

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  • Art. 35 As Zonas de Ocupao Dirigida (ZOD), de densidade ocupacional mdia e alta,correspondentes s reas de colinas e reas alagveis, sujeitas a riscos de enchentes oudeslizamentos de encostas e que, pelas suas caractersticas geomorfolgicas, necessitamde tratamento especfico, com destaque para a integrao e a articulao da gestoambiental, para o planejamento regional e para a gesto do uso e ocupao do solo, tendocomo elemento referencial bsico as bacias hidrogrficas.

    1 Os parmetros de ocupao em reas alagveis sero definidos pelo Plano Diretor deDrenagem Urbana.

    2 Os projetos novos de loteamentos, conjuntos habitacionais e condomnios s poderoser aprovados pelo municpio, mediante apresentao de projeto de drenagem, ondeestejam previstas solues que no acarretem nus ou prejuzos ao meio ambiente, terceiros ou ao Poder Pblico Municipal.

    SUBSEO IDA ZONA DE OCUPAO DIRIGIDA EM MORROS - ZOD 1

    Art. 36 A Zona de Ocupao Dirigida em Morros (ZOD 1) que corresponde aosassentamentos situados, em grande parte, nos Distritos de Cavaleiro e do Jaboato, ter oseu planejamento e a sua ocupao orientados consoante as seguintes diretrizes:

    I - promoo da estruturao de novas ocupaes mediante implantao de saneamentoambiental e infra-estrutura urbana ;

    II - estabelecimento de parmetros urbansticos compatveis com as caractersticasgeomorfolgicas da rea, tendo como referencial para a ocupao as diretrizes do PlanoDiretor de Drenagem Urbana e Manual de Ocupao de Morros da RMR;

    III - valorizao da paisagem natural e aproveitamento do potencial paisagstico do RioJaboato para o uso de lazer e recreio;

    IV - reconhecimento das variveis scio-polticas e tcnico-administrativas que permeiamas ocupaes e assentamentos precrios nos morros e ponderao desses aspectosquando da realizao do planejamento urbano e da formulao das polticas setoriais;

    V - normatizao, com parmetros tcnicos, do uso e ocupao do solo nos morros,visando reabilitao de reas ocupadas, prevenindo a ocupao de reas situadas emencostas e fixando exigncias especiais para ocupao e construo, com base naslimitaes fsicas e urbansticas e nos padres de segurana, habitabilidade e cidadania, aserem incorporados lei de uso e ocupao do solo, juntamente com as diretrizes do PlanoDiretor de Drenagem Urbana;

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  • VI - condicionamento do parcelamento de glebas em reas sujeitas a risco apresentaode laudo geolgico e geotcnico, bem como a diretrizes do Estudo da Ocupao de reasde Risco, com observncia do disposto nas legislaes federal e estadual;

    VII - concepo do parcelamento do solo, em reas de morro, de acordo com oplanejamento urbanstico, pesadas as caractersticas do relevo e as restries geolgicas egeotcnicas do terreno, bem como sua localizao em relao infra-estrutura urbanaexistente, de modo a integrar o novo espao rede urbana da cidade;

    VIII - concepo do parcelamento do solo e implantao de projetos urbansticos de modosimultneo e integrado ao traado das redes viria, da drenagem, do esgotamentosanitrio, bem como de eventuais lotes e edificaes com infra-estrutura urbana jimplantada, observados os parmetros da legislao pertinente;

    IX - delimitao das reas de encostas passveis de ocupao segura, restringindo aocupao nos locais de risco;

    X - incentivo a programas habitacionais especficos em substituio s ocupaes deencostas de morros e de reas expostas invaso ou recentemente ocupadas, realizando-se nas localidades as obras necessrias preveno ou eliminao de situaes de risco;

    XI - priorizao de investimentos para melhoria da infra-estrutura nas reas desaneamento, obras de conteno de encostas, habitaes de interesse social ereassentamento de famlias;

    XII - priorizao das intervenes estruturais e integradas nas reas de morro,contemplando aspectos geo-ambientais, urbansticos e de gesto, sem prescindir dasaes pontuais e emergenciais;

    XIII - promoo da gesto integrada das reas de morros, visando o planejamento e agesto participativa destas reas, com a instituio das diversas instncias de atuao,incluindo as Comisses e os Ncleos Comunitrios;

    XIV - fortalecimento das estruturas da Defesa Civil, de modo a possibilitar a integrao dasunidades setoriais da Administrao Municipal com as aes permanentes e de prevenonos morros;

    XV - incentivo e promoo de aes preventivas incluindo aes de educao ambiental,com vistas recuperao, proteo, conservao e preservao do ambiente urbano.

    SUBSEO IIDA ZONA DE OCUPAO DIRIGIDA EM REAS SUJEITAS A ALAGAMENTOS - ZOD 2

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  • Art. 37 A Zona de Ocupao Dirigida em reas Sujeitas a Alagamentos (ZOD 2)corresponde zona de ocupao rarefeita, entre a linha frrea e o Rio Jaboato, comassentamentos dispersos localizados na vrzea do Rio Jaboato, estando a sua ocupaosubordinada s diretrizes do Plano de Diretor de Drenagem Urbana.

    Pargrafo nico - O Plano Diretor de Drenagem Urbana ser elaborado no prazo mximode um ano aps a data da publicao desta lei.

    CAPTULO IIIDAS ZONAS DA MACROZONA DE EXPANSO URBANA

    Art. 38 A Macrozona de expanso urbana subdivide-se em:

    I - Zona de Expanso Urbana Imediata, ZEU 1;

    II - Zona de Expanso Urbana Futura, ZEU 2.

    SEO IDA ZONA DE EXPANSO URBANA IMEDIATA - ZEU 1

    Art. 39 A Zona de Expanso Urbana Imediata (ZEU 1), caracterizada pela ocupaorarefeita com presena de grandes vazios, correspondendo rea entre o Rio Jaboato e oEixo de Integrao, abrange a rea em volta da antiga Usina Jaboato e est sujeita sdiretrizes do Estudo para o Mapeamento de Inundao do Baixo Jaboato, bem como sseguintes diretrizes especficas:

    I - promoo da integrao entre os distritos do Jaboato dos Guararapes e Jaboato;

    II - incentivo ocupao de qualidade, com proteo dos recursos naturais e reduo dosriscos de inundaes;

    III - Implantao de espaos pblicos de lazer;

    IV - valorizao do potencial paisagstico das margens do Rio Jaboato, conciliando o usorecreativo e de conservao;

    V - estruturao de novas reas de habitao visando o atendimento da demanda dasociedade, dotando de infra-estrutura urbana adequada como requisito prvio para a suaocupao.

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  • SEO IIDA ZONA DE EXPANSO URBANA FUTURA- ZEU 2

    Art. 40 A Zona de Expanso Urbana Futura (ZEU 2), caracterizada por no ter ocupaourbana significativa e pela existncia de amenidades naturais, corresponde s reas entreo Rio Jaboato e a BR-232, s reas adjacentes Mata de Manass e s glebas passveisde ocupao em grandes lotes, constituindo-se em rea de reserva para ocupao debaixa densidade construtiva, a mdio e longo prazo, submetida s seguintes diretrizes:

    I - a promoo de ocupao de baixa densidade com a valorizao da cobertura vegetal;

    II - o incentivo criao de parques e outros empreendimentos recreativos de formasustentvel;

    III - a manuteno das tipologias de ocupao do territrio com controle do processo deadensamento onde houver stios, granjas e chcaras.

    CAPITULO IVDAS ZONAS ESPECIAIS E DOS IMVEIS ESPECIAIS

    Art. 41 As Zonas Especiais, distribudas nas macrozonas em que se divide o territriomunicipal, distinguem-se das demais zonas por possurem caractersticas especiais quedemandam tratamento especifico.

    SEO IDA ZONA ESPECIAL DE INTERESSE PRODUTIVO - ZIP

    Art. 42 A Zona Especial de Interesse Produtivo (ZIP), de importncia estratgica pela sualocalizao, extenso, continuidade territorial e acessibilidade, assume papel fundamentalpara o desenvolvimento urbano do Municpio, devendo concentrar empreendimentosindustriais, de logstica e grandes equipamentos de apoio produo, nas subdivisesseguintes:

    I - ZIP 1, margens da BR-101, Contorno e trecho da antiga BR 101;

    II - ZIP 2, margens da BR-101 antiga e variante;

    III - ZIP 3, Eixo de Integrao Jaboato/ Prazeres ao longo da margem direita do RioJaboato;

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  • IV - ZIP 4, Fbrica Portela;

    V - ZIP 5, Conjunto Industrial Multifabril do Jaboato (CIMJ);

    VI - ZIP 6, Curado;

    VII - ZIP 7, Usina Bulhes.

    Art. 43. Constituem diretrizes para as zonas especiais de interesse produtivo:

    I - ZIP 1e ZIP 2:

    a) garantia de uma ocupao produtiva, industrial ou de logstica, potencializando asvantagens locacionais de acesso ao Distrito Industrial Porturio de SUAPE e sada sul doestado;b) valorizao da localizao estratgica da rodovia BR-101, compatibilizando asnecessidades de trnsito rpido e acesso aos empreendimentos;c) incentivo a implantao de infra-estrutura de apoio s atividades produtivas;d) incentivo s aes de melhoria da acessibilidade e mobilidade, compatveis com otrfego de passagem caracterstico da BR-101;e) desestimulo implantao de novas reas habitacionais.

    II - ZIP 3:

    a) valorizao da acessibilidade e localizao intermediria entre os distritos do Jaboato eJaboato dos Guararapes facilitada pelo Eixo de Integrao;b) garantia de ocupao ordenada, respeitadas as determinaes legais;c) proibio da ocupao por uso residencial;d) previso, no planejamento destas reas, da necessidade de espaos paraestacionamentos e manobras internas aos lotes, compatibilizando os acessos com otrfego de passagem.

    III - ZIP 4 e ZIP 7:

    a) incentivo ao uso produtivo adequado realidade do mercado e s condies deproximidade do conjunto urbano edificado;b) promoo da elaborao de plano especfico para otimizao econmica destesespaos;c) incentivo despoluio dos corpos de gua que cortam as zonas.

    IV - ZIP 5 (Conjunto Industrial Multifabril do Jaboato - CIMJ) e ZIP 6 (Distrito Industrial doCurado) devem ser observadas as normas estabelecidas pela AD-DIPER.

    SEO II

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  • DAS ZONAS ESPECIAIS DE CONSERVAO AMBIENTAL

    Art. 44 As zonas Especiais de Conservao Ambiental so aquelas com caractersticasfsico-geogrficas relevantes para a conservao da biodiversidade local e da qualidadeclimtica e paisagstica do municpio.

    SUBSEO IDA ZONA DE PRESERVAO PERMANENTE DE MATAS - ZPP

    Art. 45 A Zona de Preservao Permanente de Matas (ZPP) corresponde s ReservasEcolgicas assim consideradas pela Lei Estadual N 9.989 de 13 de janeiro de 1987, parafins de proteo do sistema hidrogrfico, do relevo, do solo, da fauna e da floracompreendendo as seguintes Matas:

    I - ZPP 1, Mata de Manassu;

    II - ZPP 2, Mata de Mussaba;

    III - ZPP 3, Mata de Jangadinha;

    IV - ZPP 4, Mata do Engenho Salgadinho;

    V - ZPP 5, Mata do Sistema Gurja.

    Pargrafo nico - As condies especficas de preservao e aproveitamento das reservasecolgicas estabelecidas em conformidade com o disposto nesta lei sero objeto deregulamentao, com base em estudos a serem elaborados para cada uma das unidades,de forma a enquadr-las ao Sistema Nacional de Unidades de Conservao (SNUC)institudo pela Lei n 9.985 de 18 de julho de 2000.

    SUBSEO IIDA ZONA DE CONSERVAO DAS MATAS - ZCM

    Art. 46 A Zona de Conservao das Matas (ZCM) compreende as reas verdes que seconstituem em amenidades pela importncia das suas dimenses, do conjunto vegetal quea forma ou da sua localizao, devendo ser conservadas em razo da sua expressoambiental para o municpio, mesmo no tendo sido includas na Lei Estadual n 9.989, de13 de janeiro de 1987, estando divididas em:

    I - ZCM 1, Mata do Socorro (Quartel 14 BPM);

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  • II - ZCM 2, Mata do Engenho Macuj;

    III - ZCM 3, Mata da Capivara;

    IV - ZCM 4, Entorno da Mata de Jangadinha;

    V - ZCM 5, Entorno da Mata de Manassu.

    1 - As condies especficas de preservao e aproveitamento dos recursos naturaisdevem ser objeto de regulamentao posterior, com base em estudos a serem elaboradospara cada uma das unidades, de forma a enquadr-las no Sistema Nacional de Unidadesde Conservao (SNUC), institudo pela Lei n 9.985, de 18 de julho de 2000.

    2 - As matas citadas nos incisos I a IV podero integrar projetos de turismo ecolgico ourural, ou de outra categoria de uso de lazer, desde que seja mantida a vegetao atual.

    SUBSEO IIIDA ZONA DE CONSERVAO DOS CORPOS D`GUA - ZCA

    Art. 47 As Zonas de Conservao dos Corpos D`gua (ZCA) compreendem as margensdos corpos d` gua superficiais seguintes:

    I - ZCA 1, rea em volta da Barragem de Duas Unas;

    II - ZCA 2, rea em volta da Lagoa do Nutico;

    III - ZCA 3, Faixa de Proteo do Rio Jaboato;

    IV - ZCA 4, Faixa de Proteo do Rio Duas Unas;

    V - ZCA 5, Faixa de Proteo do Rio Tejipi.

    Art. 48 Constituem diretrizes de conservao dos corpos d`gua referidos no art. 47:

    I - incentivo ao saneamento das ocupaes nas reas lindeiras aos corpos d`gua;

    II - recuperao de reas degradadas, livres ou ocupadas irregularmente;

    III - utilizao de critrios definidos pelas leis que protegem as margens dos cursos ecorpos d`gua ;

    IV - valorizao da integrao existente entre o patrimnio natural e a paisagem urbana;

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  • V - valorizao e proteo dos elementos construdos, reconhecidos como marcos dapaisagem, inseridos nos ambientes naturais;

    VI - desenvolvimento de estudos para a retirada das habitaes ribeirinhas situadas emreas com riscos de inundaes;

    VII - revitalizao dos rios e da cobertura vegetal marginal, inclusive desenvolvendoprojetos de aproveitamento para atividades de turismo e lazer;

    VIII - desenvolvimento de programas de despoluio das guas de rios e canais.

    Pargrafo nico - As condies especficas de conservao e de aproveitamento comorea de lazer da Lagoa do Nutico sero objeto de regulamento, editado no prazo mximode 18 (dezoito) meses aps a data da publicao desta Lei.

    SUBSEO IVDA ZONA DE PROTEO ESTUARINA - ZPE

    Art. 49 A Zona de Proteo Estuarina (ZPE) compreende as reas estuarinas dos RiosJaboato e Pirapama constitudas por manguezais ou restingas.

    Pargrafo nico - As condies especficas de preservao e aproveitamento das reasestuarinas, manguezais ou restingas sero objeto de estudo para regulamentao no prazomximo de 18 meses aps a data da publicao desta Lei, em complementao LeiEstadual N 9.931 de 11 de dezembro de 1986.

    SUBSEO VDAS ZONAS DE PROTEO DOS MANANCIAIS - ZPM

    Art. 50 As Zonas de Proteo dos Mananciais (ZPM) so as definidas pela Lei n 9.860,de 12 de agosto de 1986, que estabelece condies para preservao dos recursoshdricos como reas de proteo de mananciais nas bacias hidrogrficas dos rios Jaboato,Tejipi e Pirapama.

    Pargrafo nico - As condies para a o uso e ocupao da zona de que trata este artigoobedecero s recomendaes estabelecidas pela Lei n 9.860, de 12 de agosto de 1986.

    SEO IIIDA ZONA ESPECIAL DE PROTEO DO PATRIMNIO HISTRICO-CULTURAL - ZHC

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  • Art. 51 A Zona Especial de Proteo do Patrimnio Histrico-Cultural (ZHC) tem comoobjetivo proteger reas e bens que encerram valores culturais reconhecidos, tangveis eintangveis, assegurando a qualidade ambiental das reas prximas e a proteo rigorosado bem de valor histrico e cultural, subdividindo-se em:

    I - ZHC 1, Parque Histrico Nacional dos Montes Guararapes (Decreto n 68. 527 de 19 deabril de 1971) e Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres (Tombamento SPHAN, n 334,folha 2, de 03 de agosto de 1948);

    II - ZHC 2, Povoado de Muribeca dos Guararapes (Muribeca Vila), Runas da Igreja N. Srado Rosrio dos Homens Pretos e Igreja Nossa Senhora do Rosrio;

    III - ZHC 3, Sede do Engenho Duas Unas;

    IV - ZHC 4, Conjunto da Rede Ferroviria do Jaboato (Vila Operria);

    V - ZHC 5, Conjunto da Rede Ferroviria Federal (Oficina Mecnica);

    VI - ZHC 6, Colnia dos Padres Salesianos (Santurio Baslica de N. Sra Auxiliadora);

    VII - ZHC 7, Engenho Megape (sul do Povoado Muribeca Vila);

    VIII - ZHC 8, Engenho Santana (prximo ao Povoado de Socorro);

    IX - ZHC 9, Antiga Usina Muribeca.

    Art. 52 A Zona Especial de Proteo do Patrimnio Histrico-Cultural (ZHC) tem comodiretrizes:

    I - promoo e explorao econmica sustentvel do patrimnio cultural, incentivando aelaborao e implantao de planos especficos de aproveitamento sustentvel das zonasespeciais de proteo do patrimnio histrico e cultural;

    II - Promoo das aes integradas pblicas e privadas destinadas proteo dopatrimnio cultural;

    III - Promoo de aes de educao patrimonial esclarecendo comunidade local, aosproprietrios e possuidores de bens de valor cultural sobre a importncia destes elementospara a formao da identidade e potencialidade de desenvolvimento da economia domunicpio;

    IV - Integrao da educao pblica municipal s iniciativas de proteo do patrimniocultural.

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  • Pargrafo nico - Lei especfica definir os permetros de preservao do patrimniohistrico e cultural, bem como os parmetros especficos de uso e ocupao do solo nasrespectivas reas de proteo.

    SEO IVDA ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL - ZEIS

    Art. 53 As Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) so assentamentos habitacionaisde populao de baixa renda, surgidos espontaneamente, consolidados ou propostos peloPoder Pblico, com a prioridade de garantir a permanncia da populao no local onde estassentada, onde haja possibilidade de urbanizao e regularizao fundiria ou produode habitaes de interesse social.

    1 As ZEIS institudas pelas Leis 130/90, 114/91, 135/94 e 32/96 do Municpio doJaboato dos Guararapes constantes do anexo V so convalidadas pela presente lei.

    2 O enquadramento de outras reas de baixa renda como Zonas Especiais de InteresseSocial (ZEIS) dever ser requerido administrao municipal atendendo aos seguintesrequisitos indispensveis:

    I - ser passvel de urbanizao e legalizao, de acordo com estudo de viabilidade tcnica;

    II - ter uso predominantemente residencial;

    III - possuir densidade residencial no inferior a 40 (quarenta) residncias unifamiliares porhectare;

    IV - estar a rea ocupada por perodo no inferior a 05 (cinco) anos;

    V - ter a rea potencial para apresentar condies satisfatrias de segurana e salubridadepara a permanncia das habitaes onde esto assentadas;

    VI - no estar localizada totalmente:

    a) em uma nica via pblica;b) sob viadutos e pontes;c) sobre gasodutos e troncos de gua e esgotos, bem como sob redes de alta tenso;d) em reas que apresentem alto risco segurana de seus ocupantes, conforme estudo deviabilidade tcnica realizado por rgo competente da administrao municipal;e) em rea de continuidade de via estruturadora da ocupao urbana e indispensvel auma mobilidade sustentvel do fluxo de trfego urbano ou metropolitano;f) em rea de proteo ambiental;

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  • g) em rea de proteo de stios histricos.

    3 O estudo de viabilidade tcnica para enquadramento de uma rea como ZEIS,observar padres mnimos de salubridade, segurana e proteo ambiental alm dosseguintes aspectos:

    I - tipologia habitacional predominantemente de baixa renda;

    II - precariedade ou ausncia dos servios de infra-estrutura bsica;

    III - renda familiar mdia igual ou inferior a 03 (trs) salrios mnimos.

    4 Aprovada a viabilidade tcnica, devero ser buscados os recursos para viabilizar aregularizao fundiria, precedida pela criao de comisso que acompanhar todo oprocesso de planejamento, de elaborao de cadastro de residentes, de elaborao deprojeto urbanstico, de projeto de lei regulamentando como ZEIS antecedendo a execuode obras.

    I - o projeto urbanstico dever considerar os seguintes pressupostos:

    a) manuteno, sempre que possvel das edificaes e acessos existentes, consideradasas condies geotcnicas e de saneamento ambiental da rea;b) atendimento a todos os residentes cadastrados;c) compatibilidade entre as obras propostas e o sistema virio, energia eltrica, redes dedrenagem, de abastecimento de gua e esgotamento sanitrio da rea em volta;d) melhoria da qualidade ambiental atravs de arborizao, ampliao das reaspermeveis e recuperao das reas ambientalmente frgeis;e) definio de parmetros especficos de parcelamento, uso e ocupao do solo;f) definio da estratgia de implantao do projeto, que assegure relocao com menorcusto e com segurana para a populao.

    II - nos projetos de urbanizao podero ser permitidos e disciplinados outros usos desdeque sejam geradores de emprego ou de consolidao e apoio s atividades econmicas jexistentes na rea.

    5 - Os reassentamentos, considerados necessrios, sero objeto de planejamento,mesmo que necessitem ser viabilizados fora do permetro da rea objeto de ateno,garantindo-se condies dignas de moradia e acessibilidade financeira s famliasocupantes da rea, observados os seguintes critrios bsicos:

    I - o remanejamento das famlias poder se dar no prprio terreno ou noutra rea - o maisprximo possvel da ZEIS -, onde seja possvel a implantao de Habitao de InteresseSocial;

    II - o programa de reassentamento poder abranger parte da ZEIS ou sua totalidade.

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  • 6 - O Projeto de urbanizao conter, dentre outros:

    I - memorial descritivo da rea, com descrio da situao fundiria e permetros;

    II - projetos indicativos das obras a serem executadas, incluindo a disposio dasedificaes existentes e projetadas e, se houver necessidade de relocao, definio darea onde ser alocada a populao a ser removida e urbanizao da rea receptora;

    III - definio dos parmetros de parcelamento, uso e ocupao especficos, se couber;

    IV - instrumentos jurdicos a serem utilizados para a regularizao fundiria compatveiscom a Lei Federal n 10.257/2001(Estatuto da Cidade) e Medida Provisria n 2.220/2001.

    7 - A Lei Municipal N 114/91 ser objeto de reviso para adaptao s exigncias doEstatuto da Cidade e determinaes desta Lei, simultaneamente elaborao do Plano deRegularizao Fundiria das reas ZEIS (PREZEIS) reativando as diversas instnciasdeliberativas e consultivas de forma democrtica e participativa.

    SEO VDA ZONA ESPECIAL DE LAZER E TURISMO - ZLT

    Art. 54 A Zona Especial de Lazer e Turismo (ZLT) tem a finalidade de proteger reasque, tendo em vista seus atributos ambientais, oferecerem potencialidades para odesenvolvimento de atividades recreativas e tursticas, dividindo-se em:

    I - ZLT 1, Orla de Piedade e Candeias;

    II - ZLT 2, Barra de Jangada;

    III - ZLT 3, Orla com superposio de legislaes;

    IV - ZLT 4, Parte do Conjunto da Usina Jaboato;

    V - ZLT 5, Lagoa Azul;

    VI - ZLT 6, Cova da Ona;

    VII - ZLT 7, Engenho Macuj.

    Art. 55 Constituem diretrizes para as zonas especiais de lazer e turismo:

    I - ZLT1, ao longo da Orla:

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  • a) valorizao da integrao do patrimnio natural com o ambiente construdo;b) promoo de ao e gesto integrada e participativa com os municpios costeirosvizinhos;c) resgate da funo de lazer da praia, favorecendo o convvio coletivo e a garantia dodireito de visibilidade, acessibilidade e usufruto da praia, inclusive por idosos, pessoasportadoras de deficincia ou com mobilidade reduzida;d) utilizaes de materiais adequados que considerem as caractersticas locais, valorizem oambiente, propiciem segurana, tenham durabilidade, baixo custo e fcil manuteno.e) incentivo a empreendimentos tursticos e de lazer;f) promoo de aes de implantao de infra-estrutura bsica e turstica.g) recuperao de reas degradadas, livres ou ocupadas irregularmente e potencializaode suas qualidades;h) desenvolvimento de trabalhos de educao ambiental com as comunidades locais.

    II - ZLT 2, entre a Estrada da Curcurana e o Rio Jaboato:

    a) aproveitamento com qualidade construtiva e paisagstica para o turismo, lazer ehabitao de baixa densidade;b) integrao visual e paisagstica do Rio Jaboato;c) promoo de aes de reabilitao e recuperao do esturio do Rio Jaboato;d) incentivo a empreendimentos tursticos e de lazer;e) promoo de aes de implantao de infra-estrutura bsica e turstica.f) recuperao de reas degradadas, livres ou ocupadas irregularmente e potencializaode suas qualidades;g) desenvolvimento de trabalhos de educao ambiental com as comunidades locais.

    III - ZLT3, rea situada na Orla com superposio de legislaes municipal, do Instituto doPatrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN) e da Aeronutica:

    a) reviso de forma integrada das legislaes incidentes sobre a rea, compatibilizando ospotenciais habitacionais, tursticos e de lazer com a conservao do patrimnio histrico;b) valorizao, com tratamento adequado, do principal acesso litorneo ao municpio apartir do Recife.

    IV - ZLT 4 e ZLT7, reas do Engenho Macuj e rea em volta da antiga Usina Jaboato:

    a) incentivo s aes de aproveitamento de espaos para atividades de lazer eturismo;reabilitao das edificaes para uso produtivo em harmonia com o conjuntohistrico;b) oferta de condies de infra-estrutura turstica no local;c) promoo de aes de valorizao histrica dos conjuntos e imveis isolados;d) recuperao de reas degradadas, livres ou ocupadas irregularmente e potencializaode suas qualidades;e) desenvolvimento de programas de despoluio das guas de rios e canais com

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  • revitalizao dos corpos de gua;f) atrao de atividades econmicas sustentveis e compatveis com o lazer e o turismo;g) desenvolvimento de trabalhos de educao ambiental com as comunidades locais.

    V - ZLT 5 e ZLT 6, rea em volta da Lagoa Azul e localidade Cova da Ona:

    a) incentivo a aes de aproveitamento de espaos para atividades de lazer e turismo;b) instalao de infra-estrutura turstica no local;c) estimulo produo eco-comunitria compatvel com a capacidade de suporte dosecossistemas;d) recuperao de reas degradadas, livres ou ocupadas irregularmente, compotencializao de suas qualidades;e) desenvolvimento de programas de despoluio das guas de rios e canais, revitalizaodos corpos de gua e elaborao de projetos de atividades econmicas sustentveis;f) realizao de trabalhos de educao ambiental com as comunidades;g) garantia de uma ocupao habitacional de baixa densidade, respeitando a paisagempeculiar na qual se insere.

    SEO VIDA ZONA DE ATERRO SANITRIO - ZAS

    Art. 56 A Zona de Aterro Sanitrio (ZAS) aquela destinada a receber resduos slidos afim de serem tratados, dentro das normas ambientais legais em vigor.

    Pargrafo nico - A ampliao de aterro dever obedecer a critrios tcnicos visando a suatransformao de Aterro Controlado em Aterro Sanitrio.

    SEO VIIDOS IMVEIS DE INTERESSE ESPECIAL

    Art. 57 Os Imveis Especiais so aqueles que, por suas caractersticas peculiares soobjeto de grande valor para a coletividade, por apresentarem valor histrico e cultural ouqualidades ambientais e paisagsticas mpares, devendo receber tratamento especialatravs de parmetros e legislao especfica, classificando-se em:

    I - Imveis Especiais de Interesse Histrico Cultural (IEP);

    II - Imveis Especiais de Proteo de rea Verde (IPAV).

    Art. 58 Lei Municipal estabelecer, no prazo mximo de 2 (dois) anos, contados da datada publicao desta lei, para os Imveis Especiais de Interesse Histrico Cultural (IEP) e

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  • para os Imveis Especiais de Proteo de rea Verde (IPAV), critrios especficos de uso eocupao, respeitadas as diretrizes previstas neste Plano.

    SUB-SEO IDOS IMVEIS ESPECIAIS DE INTERESSE HISTRICO CULTURAL - IEP

    Art. 59 Os Imveis Especiais de Interesse Histrico Cultural (IEPs) possuem qualidadesestticas e histricas, significados culturais e afetivos ou que constituam refernciasurbanas, ambientais e de memria que devem ser protegidos e preservados para asgeraes atuais e futuras.

    I - IEP 1, Igreja da Piedade (Tombamento SPHAN, n 406, folha 72, em 04 de agosto de1952);

    II - IEP 2, Sede do Engenho Macuj;

    III - IEP 3, Edifcio da Secretaria de Turismo (Rua Marilita Martins, centro do distrito doJaboato);

    IV - IEP 4, Capela de N. Sra do Loreto (Decreto Municipal n 218/80, de 31 de dezembro de1980 - declara de interesse especial de preservao cultural);

    V - IEP 5, Cine Floriano (Rodovia PE 07 - Bairro do Socorro);

    VI - IEP 6, Edifcio Leo Coroado (Rua Visconde do Rio Branco, Jaboato centro);

    VII - IEP 7, Antigo Mercado Pblico ou Casa da Cultura do distrito do Jaboato;

    VIII - IEP 8, Igreja Matriz de Santo Amaro (Rua Santo Amaro - Distrito do Jaboato);

    IX - IEP 9, Igreja de Nossa Senhora do Livramento;

    X - IEP 10, Igreja de Nossa Senhora do Rosrio (centro do Distrito do Jaboato);

    XI - IEP 11, Santurio Baslica de N. S. Auxiliadora (Colnia dos Padres);

    XII - IEP 12, antiga delegacia de polcia, rua Henrique Capitulino (entro do Distrito doJaboato);

    XIII - IEP 13, imvel residencial (avenida Baro de Lucena n 650, A e B, centro do Distritodo Jaboato);

    XIV - IEP 14, prdio da Guarda Municipal, rua Santo Amaro n 14 (centro do Distrito de

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  • Jaboato);

    XV - IEP 15, imvel residencial (Rua 13 de maio, de esquina vizinho ao n 160, centro doDistrito do Jaboato);

    XVI - IEP 16, Cine-Teatro Samuel Campelo (Praa do Rosrio n 510, Centro do Distrito doJaboato).

    SUB-SEO IIDOS IMVEIS ESPECIAIS DE PROTEO DE REA VERDE - IPAV

    Art. 60 Os Imveis Especiais de Proteo de rea Verde (IPAV), isolados ou em conjuntopossuem rea verde contnua e significativa para a amenizao do clima e qualidadepaisagstica da cidade, cuja manuteno gera bem estar coletividade, classificados daseguinte forma:

    I - IPAV 1, Fbrica de Plvora Elephante;

    II - IPAV 2, rea entre as Matas do Aude Jangadinha e o Aude Campo Grande;

    III - IPAV 3, rea denominada Moenda de Bronze.

    Art. 61 Os Imveis Especiais de proteo de reas verdes tm como diretrizes:

    I - manuteno dos aspectos ambientais, paisagsticos e caractersticas peculiares;

    II - incentivo utilizao dos imveis, inclusive atravs de atividades de esportes, lazer eturismo;

    III - incentivo divulgao e incluso dos IPAV e IEP nos roteiros tursticos e culturais domunicpio do Jaboato dos Guararapes e da Regio Metropolitana do Recife.

    TTULO IVDOS INSTRUMENTOS DA POLTICA URBANA

    CAPTULO IDAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 62 Para a promoo, planejamento, controle e gesto do desenvolvimento urbano,so adotados os seguintes instrumentos de poltica urbana:

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  • I - instrumentos de planejamento:

    a) plano plurianual;b) lei de diretrizes oramentrias;c) lei de oramento anual;d) lei de uso, ocupao e parcelamento do solo;e) cdigo de obras e edificaes;f) planos de desenvolvimento econmico e social;g) planos, programas e projetos setoriais;h) programas e projetos especiais de urbanizao;i) legislao para a instituio de unidades de conservao;j) definio do zoneamento ambiental;l) plano de regularizao das zonas especiais de interesse social.

    II - instrumentos jurdicos e urbansticos:

    a) parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios;b) Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) Progressivo no Tempo;c) desapropriao com pagamento em ttulos da dvida pblica;d) Zonas Especiais de Interesse Social;e) outorga onerosa do direito de construir;f) transferncia do direito de construir;g) operaes urbanas consorciadas;h) consrcio Imobilirio;i) Direito de Preempo;j) licenciamento Ambiental;k) tombamento;l) desapropriao.

    III - instrumentos de regularizao fundiria:

    a) legislao para a instituio de Zonas Especiais de Interesse Social;b) usucapio especial de imvel urbano, individual ou coletiva;c) concesso do direito real de uso;d) concesso de uso especial para fins de moradia;e) assistncia tcnica e jurdica gratuita para as comunidades e grupos sociais menosfavorecidos, especialmente na propositura de aes de usucapio.

    IV - instrumentos tributrios e financeiros:

    a) tributos municipais diversos;b) taxas e tarifas pblicas especficas;c) contribuio de melhoria;d) incentivos e benefcios fiscais.

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  • V - instrumentos jurdico-administrativos:

    a) servido administrativa concesso, permisso ou autorizao de uso de bens pblicosmunicipais;b) contratos de concesso dos servios pblicos urbanos;c) contratos de gesto com concessionria pblica municipal de servios urbanos;d) convnios e acordos tcnicos, operacionais e de cooperao institucional;e) termo administrativo de ajustamento de conduta;f) transao com imveis em pagamento de dvida.g) limitaes administrativas;

    VI - instrumentos de democratizao da gesto urbana:

    a) conselhos municipais;b) fundos municipais;c) gesto oramentria participativa;d) audincias e consultas pblicas;e) conferncias municipais;f) iniciativa popular de projetos de lei;g) referendo popular e plebiscito.

    CAPTULO IIDOS INSTRUMENTOS DE CONTROLE URBANO E ORDENAMENTO TERRITORIAL

    Art. 63 Com o objetivo de induzir e controlar o crescimento e a ocupao urbanaordenada do Municpio do Jaboato dos Guararapes em cumprimento da funo social dacidade e da propriedade urbana so destacados do art. 4da Lei Federal 10.257/2001, osseguintes instrumentos:

    I - parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios;

    II - IPTU progressivo no tempo e da desapropriao com pagamento em ttulos;

    III - outorga onerosa do direito de construir;

    IV - transferncia do direito de construir;

    V - operaes urbanas consorciadas;

    VI - consrcio imobilirio;

    VII - direito de preempo;

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  • VIII - direito de superfcie;

    IX - Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV).

    1 As Zonas a serem aplicados cada um desses instrumentos esto descritas no AnexoVI, Quadro 1.

    2 - Os instrumentos referidos nos inciso I a IX, que dependam de lei municipalespecfica, devero entrar em vigor no prazo mximo de trs anos contados a partir da datade publicao da presente lei.

    3 - A destinao dos usos das reas pblicas, uma vez definida, no poder sofreralteraes sem a anuncia de 2/3 da Cmara Municipal.

    SEO IDO PARCELAMENTO, EDIFICAO OU UTILIZAO COMPULSRIOS

    Art. 64 A Prefeitura Municipal do Jaboato dos Guararapes poder determinar oparcelamento, edificao ou utilizao compulsrios de imveis situados nas zonas dopermetro urbano, quando considerados sub-utilizados.

    1 Consideram-se subutilizados todos os imveis cujos coeficientes de aproveitamentoestejam igual ou abaixo de 30% (trinta por cento) dos coeficientes a serem definidos pelaLei de Uso e Ocupao do Solo, para as respectivas zonas em que se acham situados,excludos os imveis utilizados por atividades que no necessitem de rea edificada.

    2 O instrumento de que trata este artigo ser aplicado s zonas: ZAM, ZAB, ZLT1, ZLT2,ZLT3, ZQU1, ZQU3 e ZES durante os prazos e condies estabelecidos em lei especfica.

    SEO IIDO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO PROGRESSIVO NO TEMPO E DADESAPROPRIAO COM PAGAMENTO DE TTULOS

    Art. 65 Em caso de descumprimento das condies e prazos previstos para oparcelamento, edificao ou utilizao compulsrios de imvel, o Poder ExecutivoMunicipal proceder aplicao do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU),progressivo no tempo, mediante a majorao da alquota durante cinco exerccios fiscaisconsecutivos, nos termos estabelecidos em lei municipal especfica.

    1 A aplica-se este instrumento nas seguintes zonas: ZAM, ZAB, ZLT1, ZLT2, ZLT3 eZQU3 e ZES.

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  • 2 Caso a obrigao de parcelar, edificar ou utilizar no seja atendida, em 05 (cinco)anos, caber ao Poder Executivo Municipal:

    I - manter a cobrana pela alquota mxima, at que se cumpra a obrigao prevista no art.65 desta Lei Complementar;

    II - proceder desapropriao do imvel, com pagamento em ttulos da dvida pblica.

    3 Os ttulos da dvida pblica, previstos no inciso II do pargrafo anterior, tero prviaaprovao pelo Senado Federal e sero resgatados no prazo de at 10 (dez) anos, emprestaes anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor real da indenizao, nos termosdo 2, do art. 8, da Lei Federal n 10.257, de 10 de julho de 2001, e juros legais de 6%(seis por cento) ao ano.

    SEO IIIDA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

    Art. 66 A Prefeitura Municipal do Jaboato dos Guararapes poder, autorizar osproprietrios de imveis urbanos a construir acima dos coeficientes estabelecidos para aszonas listadas na Lei de Uso e Ocupao do Solo, mediante contrapartida a ser prestadapelos beneficirios, na forma e condies definidas em lei especfica.

    1 Aplica-se este instrumento nas seguintes zonas: ZAA, ZES, ZLT1, ZLT2, ZLT3;

    2 Aplica-se a outorga onerosa ao excedente construtivo a ser projetado acima docoeficiente de aproveitamento bsico, tendo por limite o coeficiente de aproveitamentomximo definidos na Lei de Uso e Ocupao do Solo, observando-se a capacidade dainfra-estrutura instalada, do sistema virio e das redes pblicas de gua e esgotodisponveis.

    3 Entende-se por coeficiente de aproveitamento a relao entre a rea edificvel e area do terreno.

    4 A contrapartida estabelecida dever ser discutida com a participao da sociedade,beneficiando comunidades prximas aos empreendimentos e as finalidades previstas nosincisos I a VIII do art. 26 da lei Federal N 10.257/2001(Estatuto da Cidade).

    5 Lei municipal especfica definir:

    I - a frmula de clculo para cobrana;

    II - a contrapartida do beneficirio.

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  • 6 Qualquer alterao no institudo neste Artigo, s poder ser realizada com a anunciade 2/3 da Cmara Municipal."

    SEO IVDA TRANSFERNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

    Art. 67 A Prefeitura Municipal do Jaboato dos Guararapes poder, autorizar oproprietrio de imveis urbanos situados em zonas de preservao dos Imveis deInteresse Histrico-Cultural e Ambiental, a exercer em outro local ou alienar medianteescritura pblica, integral ou parcialmente, o direito de construir previsto no presente PlanoDiretor e na legislao urbanstica municipal decorrente.

    1 Aplica-se este instrumento aos imveis situados nas seguintes zonas: ZES, ZLT3,ZHC2, ZHC3, ZHC4, ZHC5 e ZCA1 a ZCA5 e ZEIS.

    2 So zonas receptoras do direito de construir: a ZAA e a ZAM, desde que obedecidosos limites do coeficiente de aproveitamento mximo, estabelecidos para estas zonas emantendo-se os demais ndices urbansticos e regras de ocupao vigentes, em particularas condies de infra-estrutura do local.

    3 Lei municipal especfica estabelecer as condies relativas aplicao datransferncia do direito de construir.

    SEO VOPERAES URBANAS CONSORCIADAS

    Art. 68 A Prefeitura Municipal do Jaboato dos Guararapes poder instituir eregulamentar, mediante lei municipal especfica, Operaes Urbanas Consorciadas,delimitando reas para sua aplicao na Zona Urbana.

    1 Considera-se operao urbana consorciada o conjunto de intervenes e medidascoordenadas pelo setor pblico municipal, com a participao de proprietrios, moradores,usurios permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcanar em uma reatransformaes urbansticas estruturais, melhorias sociais e a valorizao ambiental.

    2 Aplica-se este instrumento nas seguintes Zonas: ZES, ZIP 1, ZLT 2, ZLT3, ZLT 4,.IPAV 1, IPAV2, IPAV 3 e IPAV4.

    Art. 69 As Operaes Urbanas Consorciadas podero estabelecer a modificao dendices e normas de parcelamento, uso e ocupao, bem como alteraes nas normas

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  • edilcias, desde que devidamente avaliados e considerados os seus impactos sobre o meioambiente e sobre a vizinhana.

    Art. 70 Para orientar e disciplinar cada operao urbana a Prefeitura Municipal doJaboato elaborar um plano, que ser parte integrante de lei municipal especfica, cujoescopo dever abranger, no mnimo:

    I - a exposio dos objetivos a serem alcanados;

    II - a delimitao com descrio precisa da rea e/ou permetro objeto da operao;

    III - o programa bsico de ocupao da rea;

    IV - os ndices urbansticos e caractersticas de uso e parcelamento do solo, estabelecidosespecificamente para a rea e as condies para sua adoo;

    V - as condies para a aplicao da outorga onerosa e/ou da transferncia do direito deconstruir, especialmente no que se refere s contrapartidas;

    VI - a equao financeira da operao, com o estabelecimento dos direitos e obrigaes decada interveniente;

    VII - o estudo de impacto de vizinhana e EIA - RIMA, nesta caso quando couber, daoperao urbana, elaborado e analisado na forma definida nesta lei;

    VIII - um programa de atendimento econmico e social para a populao diretamenteafetada pela operao;

    IX - a forma de controle da operao, obrigatoriamente compartilhada com representantesda sociedade civil.

    SEO VIDO CONSRCIO IMOBILIRIO

    Art. 71 facultado ao proprietrio de imvel situado nas zonas ZAM, ZAB e ZQU1,ZQU2, ZQU3, ZES, ZLT3 requerer o estabelecimento de Consrcio Imobilirio, como formade viabilizar a urbanizao e a edificao ou recuperao ambiental do bem.

    1 Estabelece-se consrcio Imobilirio quando o proprietrio ajusta com o PoderExecutivo Municipal a transferncia do seu imvel para, aps a realizao dasintervenes, receber como pagamento parte do valor do imvel devidamente urbanizadoou edificado.

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  • 2 O valor da parcela do imvel a ser entregue ao proprietrio ser correspondente aovalor do imvel antes da execuo das intervenes, observado o 2, do art. 8, da LeiFederal n 10.257, de 10 de julho de 2001.

    Art. 72 As condies para execuo do Consrcio Imobilirio sero fixadas por Leimunicipal com contrato firmado entre as partes envolvidas, contendo, no mnimo:

    I - justificativa do interesse pblico para aplicao do instrumento, com descrio dasmelhorias que sero executadas, o valor do imvel, ndices e critrios utilizados para aavaliao do empreendimento, bem como da repartio e descrio das partescorrespondentes ao Poder Executivo Municipal e ao proprietrio do imvel aps aurbanizao;

    II - destinao que ser dada parcela do imvel que passar a ser de propriedadepblica;

    III - projeto de urbanizao e/ou edificao da rea;

    IV - cronograma fsico-financeiro das obras.

    SEO VIIDO DIREITO DE PREEMPO

    Art. 73 O Direito de Preempo assegura ao Poder Pblico municipal a preferncia paraaquisio de imvel urbano, objeto de alienao onerosa entre particulares, nos termos econdies estipulados nos arts. 26 e 27 da Lei Federal n 10.257/2001 (Estatuto daCidade).

    1 O Direito de Preempo ser exercido sempre que o pblico necessitar de reas parafins de:

    I - regularizao fundiria;

    II - execuo de programas habitacionais de interesse social;

    III - constituio de reserva fundiria;

    IV - ordenamento e direcionamento da expanso urbana;

    V - implantao de equipamentos urbanos e comunitrios;

    VI - criao de espaos pblicos de recreao e lazer;

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  • VII - criao de unidades de conservao ambiental e proteo a reas de interessecultural ou paisagstico.

    2 Lei municipal especfica regulamentar a aplicao do Direito de Preempo, inclusiveestabelecendo formas de controle, por parte da sociedade, exigindo-se a publicao emDirio Oficial dos valores acordados, baseados em laudo de avaliao independente eestabelecendo-se prazo para contestao destes valores.

    3 Aplica-se o instrumento de que trata este artigo nas Zonas: ZAM, ZAB, ZQU 1 a 3,ZEU1, e ZLT2, ZLT3, ZLT5, ZHC2, ZHC3, ZHC4, ZHC5, IPAV1 a 4, IEP2, 3, 5, 6, 11 A 16.

    SEO VIIIDO DIREITO DE SUPERFCIE

    Art. 74 O proprietrio urbano poder conceder a outrem o direito de superfcie de seuterreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pblica registrada emcartrio de registro de imveis.

    1 O Direito de Superfcie poder ser exercido em todo o territrio municipal, nos termosda legislao federal pertinente, preferencialmente:

    I - em reas particulares onde haja carncia de equipamentos pblicos e comunitrios;

    II - em carter transitrio para remoo temporria de moradores de ncleos habitacionaisde baixa renda, pelo tempo que durar as obras de urbanizao.

    3 O Poder Pblico poder conceder onerosamente o Direito de Superfcie do solo,subsolo ou espao areo nas reas pblicas integrantes do seu patrimnio, paraexplorao por parte das concessionrias de servios pblicos.

    4 O proprietrio de terreno poder conceder ao Municpio ao Setor Pblico, seja a rgoda administrao direta, seja a entidade da administrao indireta, o direito de superfcie,nos termos da legislao em vigor, objetivando a implementao de diretrizes constantesdeste Plano.

    SEO IXDO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANA - EIV

    Art. 75 Prefeitura Municipal do Jaboato dos Guararapes dever instituir e regulamentar,atravs de lei municipal especfica, os critrios para elaborao de Estudo de Impacto deVizinhana (EIV), na forma e aspectos estabelecidos pela Lei Federal n 10.257 de 10 de

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  • Julho de 2.001, e suas eventuais alteraes.

    Art. 76 Os empreendimentos e atividades, privados ou pblicos, situados em rea urbanaque dependero de elaborao de estudo prvio de impacto de vizinhana (EIV) para obteras licenas e ou autorizaes de construo, ampliao ou funcionamento a cargo doPoder Pblico municipal, sero relacionados na Lei de Uso dos Solos.

    Art. 77 No caso de empreendimentos privados, o Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV)dever ser elaborado pelo empreendedor, cabendo ao Municpio:

    I - expedir diretrizes para o projeto do empreendimento;

    II - anlise do anteprojeto e respectivo Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV) pelaprefeitura, assessorada, consultivamente, pelos Conselhos Municipais afins, que poderoaprov-lo, ou solicitar alteraes, e complementaes, aps as quais ser feita nova anlisepara aprovao ou rejeio tecnicamente justificada.

    1 No caso dos empreendimentos pblicos, o Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV)dever ser elaborado pela Prefeitura, assessorada consultivamente pelos ConselhosMunicipais afins, devendo ainda o mesmo ser apreciado em audincia pblica antes da suaaprovao.

    2 O parecer e respectivos documentos do Estudo de Impacto de Vizinhana ficarodisponveis, no rgo competente do Poder Pblico municipal, para consulta de qualquerinteressado.

    3 Podero ser dispensados de elaborao de Estudo de Impacto de Vizinhana (EIV) osempreendimentos sujeitos elaborao de Estudo de Impacto Ambiental (EIA), nos termosda legislao ambiental pertinente.

    SEO XDA LEI DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAO DO SOLO

    Art. 78 A lei do parcelamento Uso e Ocupao do Solo, a ser elaborada no prazo de atum ano aps a promulgao desta lei do Plano Diretor, abranger os seguintes assuntos:

    I - o detalhamento das diretrizes de parcelamento, uso e ocupao do solo domacrozoneamento e zoneamento definidos neste Plano Diretor;

    II - a definio de atividades potencialmente geradoras de incmodos disciplinando suainstalao;

    III - definio de locais com restries para atividades especiais, geradoras de impacto

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  • ambiental, de trfego e urbanstico;

    IV - definio de diretrizes para reteno temporria nos lotes dos acrscimos dosescoamentos pluviais gerados pela sua impermeabilizao.

    SEO XIDO CDIGO DE EDIFICAES

    Art. 79 A lei do Cdigo de Obras, em vigor, deve ser revisada no prazo de at dois anosaps a promulgao da Lei do Plano Diretor.

    TTULO VDOS PROGRAMAS ESTRATGICOS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

    Art. 80 Os Programas e Projetos Estratgicos complementam os aspectos normativospara a estruturao e desenvolvimento urbano do municpio e para o ordenamentoterritorial, com objetivo de promover a insero do Municpio do Jaboato dos Guararapesno contexto regional, estadual e nacional.

    CAPTULO IDO DESENVOLVIMENTO ECONMICO E SOCIAL

    Art. 81 O Programa de Desenvolvimento Econmico e Social objetiva a melhoria daqualidade de vida da populao atravs da gerao, ampliao, consolidao eoportunidades de emprego e renda, atravs da implementao dos projetos e aes aseguir:

    I - elaborao de Plano Estratgico de Desenvolvimento Econmico;

    II - especializao de determinadas reas na produo de animais especficos e produode vegetais nobres, definidas no Plano de Desenvolvimento Econmico;

    III - promoo da diversificao agrcola, mediante programas de fomento, insumos,financiamento, treinamento e infra-estrutura congregando os mini-produtores e ncleosfamiliares das reas de assentamentos rurais, de forma a lhes proporcionar assistnciatcnica, financiamento e escoamento da produo;

    IV - estimulo criao de cooperativas agrcolas;

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  • V - promoo do desenvolvimento da piscicultura, apicultura e criao de pequenosanimais;

    VI - apoio s alternativas econmicas de natureza rural, nas reas em que exploraosucro-alcooleira no seja mais rentvel;

    VII - fomento indstria e outras atividades produtivas, inclusive formao decondomnios industriais.

    CAPTULO IIDO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DE TURISMO

    Art. 82 O Programa de Desenvolvimento Integrado do Turismo- PDIT, tem por objetivoestimular o aproveitamento das potencialidades estruturadoras da cadeia produtiva doturismo atravs dos seguintes projetos e aes:

    I - elaborao do Plano Diretor de Turismo que integre o turismo local ao regional eestadual, aproveitando os significativos elementos da cultura local e valores ambientaisfavorveis ao desenvolvimento, com a estruturao do turismo de praia, cultural, ecolgico,rural e religioso e esportivo;

    II - implantao do Centro Cultural no Parque Histrico Nacional dos Guararapes, comauditrio e outros espaos para apresentaes;

    III - criao de Centro de Exposies, feiras e convenes;

    IV - recuperao da praia e implantao de Projeto de Urbanizao da Orla:

    a) disciplinamento e ordenao do comrcio ambulante na rea;b) implantao de sistema de saneamento bsico na faixa de praia;c) estmulo a formao de parcerias e estabelecimento de incentivos para a implantao deinfra-estrutura turstica;d) implantao de programas sistemticos de sensibilizao e de educao ambiental paraa manuteno da orla;e) fortalecimento do controle do uso e ocupao do solo na orla;f) remoo e/ou interdio da ocupao irregular na faixa de praia, de modo a assegurar,sempre, o livre acesso praia e ao mar;g) elaborao de projetos de circuitos tursticos, incorporando nos roteiros os stioshistricos e culturais, dotando-os de infra-estrutura adequada e disciplinando os fluxos,consoante a capacidade de recepo de cada local;h) estruturao do turismo religioso, garantindo infra-estrutura no entorno dos Santurios,com nfase na organizao do acesso, alm de propiciar estacionamentos e outrosequipamentos necessrios ao atendimento dos romeiros;

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  • i) elaborao e implantao de projeto de estruturao do lazer e do turismo da Lagoa doNutico (Parque) e do entorno da Lagoa Azul;j) promoo do turismo esportivo.

    CAPTULO IIIDESENVOLVIMENTO COM INCLUSO SOCIAL

    Art. 83 O Programa de Desenvolvimento com Incluso Social objetiva garantir aparticipao da populao no processo de desenvolvimento econmico do municpio,oferecendo mo-de-obra competitiva, reduzindo o desemprego e melhorando a qualidadede vida atravs da implementao de projetos e aes seguintes:

    I - promoo de cursos de capacitao e readequao da fora de trabalho snecessidades e potencialidades do mercado;

    II - oferta de escolas profissionalizantes que capacitem para as perspectivas de emprego;

    III - implantao de tele-centros em apoio incluso digital e ao empreendedorismo;

    IV - garantia de um percentual de aproveitamento da mo-de-obra local, nos novosempreendimentos, inclusive com capacitao especfica;

    V - incentivo ao investimento em atividades econmicas de utilizao intensiva de mo-de-obra."

    CAPTULO IVDO PROGRAMA DE CONSERVAO DO PATRIMNIO AMBIENTAL

    Art. 84 O Programa de conservao do Patrimnio Ambiental objetiva promover arecuperao e utilizao sustentvel de cada uma das unidades integrantes do patrimnioambiental do Jaboato dos Guararapes atravs seguintes projetos:

    I - Projeto de recuperao e conservao da biodiversidade da mata atlntica;

    II - Projeto de recuperao e utilizao sustentvel dos manguezais e restingas;

    III - Projeto de preservao dos recifes litorneos;

    IV - Projeto Reabilitao da Orla;

    V - Projeto de proteo do aqfero livre;

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  • VI - Projeto de controle do uso e ocupao do solo nas reas sujeitas a alagamento;

    VII - Projeto de recuperao e preservao dos recursos hdricos superficiais;

    VIII - Controle de ocupao em reas de risco;

    IX - Projeto de Educao Ambiental Cidad.

    SEO IDO PROJETO DE RECUPERAO E CONSERVAO DA BIODIVERSIDADE DAMATA ATLNTICA

    Art. 85 Constituem Remanescentes de Mata Atlntica em Jaboato dos Guararapes:

    Mata de Manassu;

    I - Mata de Mussaba;

    II - Mata de Jangadinha;

    III - Mata do Engenho Salgadinho;

    IV - Mata do Sistema Gurja;

    V - Mata do Engenho Capelinha;

    VI - Mata do Engenho Camao.

    Art. 86 Constituem aes de implementao do Projeto de Recuperao e conservaoda biodiversidade da mata atlntica:

    I - definio de permetros de zonas de amortecimento em volta das Unidades deConservao e de outras reas recobertas por Mata Atlntica e definir os usos compatveiscom a funo dessas zonas;

    II - criao de corredores ecolgicos para conectar as Unidades de Conservao Mata deMussaba e Mata de Jangadinha e para interligar unidades de paisagem do Municpio comas dos municpios vizinhos;

    III - realizao de estudos e diagnsticos com o objetivo de categorizar as Unidades deConservao existentes no municpio para atender Lei Federal n 9.985/2000 (SNUC);

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  • IV - recuperao das reas degradadas no interior das reservas ecolgicas do municpio;

    V - ampliao da participao do Municpio na conservao ambiental do Estado com oincremento da receita municipal atravs do ICMS Ecolgico.

    SEO IIDO PROJETO DE RECUPERAO E UTILIZAO SUSTENTVEL DOS MANGUEZAISE RESTINGAS

    Art. 87 A recuperao e a utilizao sustentvel dos manguezais e restingascompreendem as seguintes aes:

    I - definio dos permetros das reas de manguezais e restingas.

    II - transformao da restinga da fbrica de plvora Elephante em Unidade de Conservaocompatvel com as caractersticas da rea;

    III - criao de Reserva Extrativista no manguezal do baixo curso do Rio Jaboato.

    SEO IIIPROJETO DE PRESERVAO DOS RECIFES LITORNEOS

    Art. 88 A Preservao dos Recifes Litorneos, que ocorrem na forma de linhas paralelas costa, tem como aes:

    I - promoo de campanhas de valorizao dos recifes como abrigo de fauna marinha ecomo ecossistema de apoio atividade pesqueira;

    II - proteo da costa, como fator de manuteno da biodiversidade da plataforma marinhainterna;

    III - Proibio da explorao dos recifes naturais para fins econmicos.

    SEO IVDO PROJETO REABILITAO DA ORLA

    Art. 89 O Projeto de Reabilitao da Orla objetiva resgatar a qualidade fsica e funcionalda faixa de praia atravs do ordenamento e do tratamento paisagstico da rea e doincentivo s atividades de lazer, esporte e turismo a ser implementado pelas seguintes

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  • aes:

    I - desenvolvimento de aes de gesto e monitoramento ambiental integrado com osmunicpios de Paulista, Olinda e Recife para a avaliao, recuperao e conteno dosprocessos de eroso costeira;

    II - adoo de medidas que assegurem a balneabilidade das praias em nveis dequalificao de boa a tima;

    III - planejamento e implantao do Projeto de Urbanizao da Orla adotando tratamentopaisagstico adequado;

    IV - ordenamento do comrcio ambulante na rea;

    V - implantao de sistema de saneamento bsico na faixa de praia;

    VI - busca de parcerias e estabelecimento de incentivos para a implantao de infra-estrutura turstica;

    VII - implantao de aes sistemticas de sensibilizao e de educao ambiental para amanuteno da orla;

    VIII - fortalecimento do controle do uso e ocupao da orla;

    IX - Remoo da ocupao irregular na faixa de praia possibilitando franco e livre acesso praia e ao mar.

    SEO VDO PROJETO DE PROTEO DO AQFERO LIVRE

    Art. 90 O Projeto de proteo do aqfero compreende as seguintes aes:

    I - definio, no Plano Diretor de Drenagem Urbana, dos ndices mximos deimpermeabilizao do solo nos terraos marinhos, de modo a reduzir o adensamentoconstrutivo e garantir a recarga natural do aqfero livre;

    II - fiscalizao da explorao das guas subterrneas;

    III - fiscalizao e monitoramento das atividades de extrao mineral nos terraosmarinhos;

    IV - criao de reas verdes de uso coletivo.

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  • SEO VIDO PROJETO DE CONTROLE DO USO E OCUPAO DO SOLO NAS REASSUJEITAS A ALAGAM