lei 7984

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LEI N7.984, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1999 Dispe sobre o plano de seguridade social dos servidores do Municpio de Belm, e d outras providncias. A CMARA MUNICIPAL DE BELM estatui e eu sanciono a seguinte Lei: TTULO I ESTRUTURA INSTITUCIONAL CAPTULO NICO DAS DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1. O Instituto de Previdncia do Municpio de Belm IPMB, autarquia municipal criada pela Lei n 6.774, de 31 de Dezembro de 1969, passa a se denominar Instituto de Previdncia e Assistncia do Municpio de Belm IPAMB, e como tal, a ser o rgo responsvel pelo Sistema de Seguridade Social objeto desta Lei. Art. 2. O IPAMB, como autarquia municipal, com personalidade jurdica prpria, goza de autonomia administrativa, financeira e patrimonial, com sede e foro na cidade de Belm, Estado do Par, tendo por finalidade oferecer a seus segurados e dependentes os benefcios previdencirios, de assistncia mdica e social previstos nesta lei. TTULO II DA ESTRUTURA E DA ADMINISTRAO DO IPAMB Art. 3. A estrutura organizacional bsica do Instituto compor-se- de: I Assemblia Geral; II Conselho de Administrao; III Conselho Fiscal; IV rgos Executivos e de Assessoramento do IPAMB. CAPTULO I DOS RGOS CONSTITUTIVOS SEO I DA ASSEMBLIA GERAL Art. 4. Assemblia Geral a reunio dos segurados, em pleno gozo de seus direitos, juntamente com os demais rgos constitutivos do IPAMB, e representantes dos rgos empregadores. Pargrafo nico. A Assemblia Geral ser presidida pelo Presidente do Conselho de Administrao do IPAMB e, em seus impedimentos e ausncias, por outro membro desse Conselho, especialmente designado para esse fim. Art. 5. So atribuies da Assemblia Geral: I eleger os segurados obrigatrios do Conselho de Administrao, que tero mandato de dois anos; II decidir sobre propostas de adoo de normas que impliquem na utilizao do patrimnio do IPAMB, no previstas nesta Lei ou seu Regulamento; III apreciar matrias de relevncia submetidas pelo Conselho de Administrao. Art. 6. A Assemblia Geral reunir-se-, em carter ordinrio, de dois em dois anos, no primeiro semestre, com o objetivo exclusivo de eleger os membros no natos do Conselho de Administrao e seus respectivos suplentes.

Art. 7. A Assemblia Geral reunir-se-, em carter extraordinrio, para apreciar matrias pertinentes aos assuntos previstos nos incisos II e III do artigo 14. Art. 8. A Assemblia Geral ser convocada por edital, publicado no Dirio Oficial do Municpio com antecedncia mnima de cinco dias, do qual constar o local, a data, a hora e a finalidade da reunio. Art. 9. Quando convocada em carter ordinrio, a Assemblia Geral reunir independentemente de qurum, com durao de oito horas consecutivas. Art. 10. Em se tratando de reunio extraordinria, a Assemblia Geral ser instalada com a presena de metade mais um de seus membros em primeira convocao, e com qualquer nmero, em segunda e ltima convocao, realizada meia hora aps a primeira. SEO II DO CONSELHO DE ADMINISTRAO Art. 11. O Conselho de Administrao o rgo de Orientao e Coordenao Superior no mbito do IPAMB e ter suas prerrogativas e funcionamento regulado em seu Regimento Interno. Art. 12. O Conselho de Administrao ter constituio paritria, entre representantes do Poder Pblico e dos segurados, conforme indicado abaixo: I o Secretrio Municipal de Administrao; II o Secretrio Municipal de Sade; III um membro de livre escolha e nomeao do Prefeito; IV dois segurados obrigatrios; V um representante dos aposentados da Prefeitura Municipal de Belm; VI um representante dos pensionistas da Prefeitura Municipal de Belm; VII o Presidente da FUNPAPA. 1. A Presidncia do Conselho de Administrao ser exercida pelo Secretrio Municipal de Administrao, e nos seus impedimentos ou ausncias segundo o que dispuser seu Regimento Interno. 2. O Presidente do IPAMB participar das reunies do Conselho de Administrao, submetendo e esclarecendo matrias, sem contudo, ter direito a voto. 3. Cada membro do Conselho de Administrao ter seu suplente. 4. O mandato dos membros do Conselho de Administrao ser de dois anos, renovvel por igual perodo. Art. 13. O Conselho de Administrao funcionar somente com a presena da maioria dos seus membros, sendo impedido de votar aquele que tiver interesse pessoal no assunto ou estiver ligado por parentesco, at o terceiro grau civil, a qualquer parte interessada. Art. 14. Ao Conselho de Administrao compete, basicamente:

I apreciar a proposta oramentria do Instituto para o exerccio subsequente, bem como a suplementao de verbas e abertura de crditos especiais; II fiscalizar a execuo do oramento e autorizar a transferncia de consignaes e subconsignaes de verbas oramentrias, dentro das dotaes globais respectivas; III apreciar os balanos e inventrios do Instituto; IV emitir parecer prvio sobre todas as transaes a serem desenvolvidas pelo Instituto, que envolvam o seu patrimnio ou os seus bens, exceto aquelas previstas pelo oramento; V solicitar ao Presidente do Instituto as informaes que julgar necessrias ao bom desempenho de suas atribuies e notific-lo para correo de irregularidades verificadas, representando ao Chefe do Poder Executivo Municipal, quando desatendido; VI decidir sobre os recursos de ofcio interpostos pelo Presidente do IPAMB; VII julgar os recursos voluntrios interpostos contra atos do Presidente do Instituto; VIII propor ao Chefe do Poder Executivo Municipal medidas legislativas a respeito da seguridade social dos beneficirios do IPAMB; IX elaborar e rever o Regulamento da Entidade, submetendo-o a apreciao do Prefeito Municipal; X aprovar o Regimento Interno do IPAMB; XI aprovar proposta do Presidente do IPAMB de criao e/ou modificao de rgos que integram a Estrutura Administrativa do Instituto, e posterior encaminhamento e deciso da Cmara Municipal de Belm; XII disciplinar a prestao de servios do Instituto enumerados em dispositivos do Regulamento; XIII estabelecer novos benefcios e servios, ampliar os existentes ou estend-los a outros beneficirios, respeitando o disposto no artigo 195, 5, da Constituio Federal, artigo 56 desta Lei e artigo 190 da Lei Orgnica do Municpio; XIV deliberar sobre os casos omissos da lei; XV expedir normas administrativas respeitantes a matrias pertinentes s atividades do Instituto que independem de lei ou decreto; XVI propor ao Prefeito Municipal, pelo voto de dois teros de seus membros, o afastamento do exerccio do cargo do Presidente, Diretor Geral, Procurador Geral, Diretor de Departamento ou Diviso do IPAMB, ou Conselheiro do Conselho de Administrao indiciado na prtica de ato lesivo ao patrimnio da Instituio ou crime na administrao pblica, enquanto durar a apurao dos fatos. Art. 15. O Conselho de Administrao reunir ordinariamente duas e no mximo quatro vezes por ms, por convocao de seu Presidente, e extraordinariamente quantas vezes se fizer necessrio, por convocao justificada do Presidente do IPAMB, ou por maioria dos seus membros e somente apreciar os assuntos constantes da convocao. Art. 16. O Presidente do Conselho de Administrao tem como atribuies: I presidir as reunies do Conselho e da Assemblia Geral;

II designar, entre os membros do Conselho, relatores para os processos que devem ser apreciados pelo plenrio; III baixar resolues, em consonncia com as deliberaes do Colegiado, sobre matria de sua competncia; IV constituir as comisses receptoras de votos, conforme disposio no Regimento Interno; V constituir e presidir a Comisso Apuradora, conforme disposio no Regimento Interno; VI dar posse aos membros do Conselho; VII convocar e dar posse aos Suplentes do Conselho de Administrao, eleitos em Assemblia Geral, no caso de impedimento dos titulares ou vacncia; VIII designar os membros da Comisso de Tomada de Contas, no caso previsto no regulamento; IX baixar instrues sobre o funcionamento da Assemblia Geral Ordinria, autorizar o registro de chapas, de acordo com o disposto no Regulamento e orientar o processo eleitoral. SEO III DO CONSELHO FISCAL Art. 17. O Conselho Fiscal ser constitudo de trs membros efetivos e trs membros suplentes, eleitos pela Assemblia Geral, com votao exclusiva de servidores. 1. Os Conselheiros Fiscais tero mandatos de dois anos, permitida uma reeleio. 2. Dois teros dos conselheiros fiscais devero ter conhecimentos tcnicos em Administrao ou Contabilidade. Art. 18. Compete ao Conselho Fiscal: I examinar os balancetes mensais e as contas, emitindo parecer a respeito; II pronunciar-se sobre despesas extraordinrias autorizadas pelo Conselho de Administrao; III propor ao Conselho de Administrao medidas que julgar convenientes. SEO IV DOS RGOS EXECUTIVOS E DE ASSESSORAMENTO DO IPAMB Art. 19. So rgos Executivos do IPAMB: I Presidncia; II Diretor Geral; III Departamento de Administrao; IV Departamento Financeiro e Contbil; V Departamento de Previdncia; VI Departamento de Assistncias.

Pargrafo nico. Os rgos Executivos do IPAMB so os agentes de orientao e execuo, sob administrao e direo do Presidente do Instituto, auxiliado por seus Diretores. Art. 20. So rgos de Assessoramento e Direo do IPAMB: I Gabinete; II Ncleo Setorial de Planejamento; III Procuradoria Geral. SEO V DA PRESIDNCIA Art. 21. O Presidente do IPAMB dever possuir notrios conhecimentos de Previdncia Social, sendo indicado pelo Chefe do Poder Executivo Municipal. Art. 22. Compete ao Presidente: I representar o Instituto em suas relaes com outras entidades de direito pblico ou privado, inclusive em Juzo ou fora dele; II orientar, coordenar, controlar e avaliar as atividades da administrao interna do Instituto; III elaborar e submeter apreciao do Conselho de Administrao a proposta oramentria anual, bem como as respectivas alteraes; IV despachar, conclusivamente, os processos que tramitarem pelo Instituto e que ao mesmo disserem respeito; V atribuir gratificaes, fixar dirias e arbitrar ajudas de custo; VI expedir atos, portarias e ordens de servio; VII solicitar ao Conselho de Administrao autorizao prvia em todas as transaes que envolvam o patrimnio do Instituto, inclusive aquelas que dependam tambm de autorizao legislativa; VIII rever as prprias decises; IX ordenar despesas e procedimentos licitatrios; X decidir em primeira instncia sobre os pedidos encaminhados ao Instituto, por beneficirios ou quaisquer interessados; XI nomear candidatos aprovados em concurso pblico e para cargos comissionados; XII designar servidores para o desempenho de funes do Instituto, respeitada a lotao estabelecida no quadro de pessoal e as leis vigentes; XIII exonerar ou rescindir contrato de servidores do Instituto; XIV contratar e distratar servios de terceiros; XV cumprir e fazer cumprir a legislao Previdenciria e as deliberaes do Conselho de Administrao, bem como normas e dispositivos legais de Administrao Pblica em geral;

XVI movimentar, conjuntamente, com o Diretor do Departamento Financeiro e Contbil as contas bancrias do IPAMB; XVII propor ao Conselho de Administrao a fixao ou reajustamento dos valores de contribuies para o Peclio Facultativo; XVIII propor ao Conselho de Administrao a instituio de novos benefcios e servios, bem como a ampliao dos existentes e a sua extenso a outros beneficirios, na forma estabelecida em Lei; XIX propor ao Conselho de Administrao gravames e alienao de bens imveis do Instituto, respeitado o disposto pela Lei n 8.666/93; XX exercer as atividades de administrao geral e especfica da entidade, nos termos desta Lei, do Regulamento e do Regimento Interno; XXI firmar convnios e contratos objetivando a realizao de servios com qualquer entidade; XXII cumprir e fazer cumprir as deliberaes do Conselho de Administrao. XXIII instaurar procedimento disciplinar, indicando servidores estveis do Instituto para comisses de sindicncia e de inqurito administrativo, aplicando penalidades, em consonncia com a legislao municipal reguladora da matria; XXIV aplicar a pena de demisso aos servidores pblicos estveis do Instituto nos casos previstos em legislao municipal; XXV representar autoridade competente, solicitando a apurao da responsabilidade penal de servidores do Instituto e de terceiros responsveis por danos ao seu patrimnio, determinando, se for o caso, que a Procuradoria Geral do Instituto encaminhe aes visando responsabilizao civil dos mesmos. Art. 23. Nos impedimentos do Presidente, responder pelo expediente do Instituto seu Diretor Geral e, no de ambos, responder outro diretor, na forma prevista em Regulamento. CAPTULO II PLANO DE SEGURIDADE SOCIAL SEO I DOS CONTRIBUINTES Art. 24. So segurados do IPAMB para os efeitos da presente Lei: I os contribuintes obrigatrios enumerados no artigo 25, e seus dependentes, na forma estabelecida nesta Lei e seu regulamento; II os contribuintes facultativos indicados no art. 26 desta Lei. Art. 25. So contribuintes obrigatrios do IPAMB: I os servidores efetivos da administrao direta, autrquica e fundacional do Municpio; II os servidores temporrios e comissionados dos entes referidos no inciso anterior. Art. 26. So contribuintes facultativos, desde que requeiram: I os servidores cedidos para outras esferas governamentais, sem nus, e os que estejam no gozo de licena sem vencimentos;

II os ocupantes de cargos eletivos no Municpio de Belm, em valor equivalente a oito por cento de sua remunerao. Art. 27. O pagamento das contribuies gera o direito percepo de benefcios previdencirios, de assistncia mdica e social previstos nesta lei. Art. 28. Para os contribuintes em carter facultativo, assim como os aposentados e pensionistas da administrao direta, autrquica e fundacional do Municpio, devero, para perceber assistncia sade, requer-la na forma estabelecida nesta Lei e em Regulamento. SEO II DOS DEPENDENTES Art. 29. Considera-se dependente do segurado, para fins previdencirios, nos termos desta Lei: I o cnjuge, a companheira ou companheiro; II os filhos, menores de vinte e um anos, no emancipados; III os filhos, se invlidos, de qualquer idade; IV o menor que, por determinao judicial, esteja sob sua guarda ou tutela, at vinte e um anos de idade, que vivam, comprovadamente, sob a dependncia econmica do contribuinte, nos termos do Regulamento; V os pais que vivam, comprovadamente, sob a dependncia econmica do contribuinte, nos termos do Regulamento. Art. 30. Considera-se dependente do segurado para fins de atendimento do Plano de Assistncia Bsica Sade e Social PABSS, para os efeitos desta Lei: I sem nus adicional: at um nmero total de quatro dependentes. a) o cnjuge, a companheira ou companheiro; b) os filhos, menores de vinte e um anos, no emancipados; c) os filhos invlidos de qualquer idade; d) o menor que, por determinao judicial, esteja sob sua guarda ou tutela e o enteado, no emancipados, at vinte e um anos de idade, desde que comprovada a dependncia econmica do contribuinte, na forma estabelecida em Regulamento; II com nus adicional, sem limite de nmero de dependentes: a) filho solteiro, de vinte e dois a vinte e quatro anos de idade, que resida com o contribuinte e viva sob sua dependncia econmica; b) os pais, sem rendimento prprio, que residam com o contribuinte e vivam s suas expensas; c) irmo, rfo de pai e me, at vinte e um anos de idade ou invlido, sem rendimento prprio, que viva e resida com o contribuinte; d) os dependentes caracterizados no item "sem nus" que excederem o nmero de quatro.

1. A dependncia econmica dever ser comprovada na forma estabelecida em Regulamento. 2. Os beneficirios da penso, na qualidade de segurados facultativos, para fins de utilizao dos servios do PABSS, no podem qualificar dependentes. Art. 31. A comprovao de invalidez nos casos previstos nesta Lei ser mediante inspeo de Junta Mdica pericial do IPAMB. Art. 32. considerada companheira ou companheiro, nos termos do inciso I do artigo 29, e inciso I, alnea "a" do artigo 30, desta Lei, aquela ou aquele que mantm unio estvel com o contribuinte, mediante declarao de unio estvel expedida pelo IPAMB, na forma do Regulamento. Art. 33. A perda da qualidade de dependente ocorrer: I para os cnjuges: a) pela separao judicial, pelo divrcio ou pela anulao do casamento, decretados por sentena, transitada em julgado; b) pelo abandono do lar, desde que reconhecida esta situao por sentena judicial; II para o companheiro, pela cessao da unio estvel com o contribuinte; III para os filhos e equiparados, irmos, pais quando no mais atendidas as condies estabelecidas nesta Lei; IV para os "economicamente dependentes", quando cessar esta situao; V pelo bito; VI para o invlido, quando cessar a invalidez; VII por requerimento do segurado, para os dependentes com nus adicional; VIII pela perda da qualidade de segurado daquele de quem ele dependa. SEO III DA INSCRIO Art. 34. A inscrio, tanto para os segurados obrigatrios, quanto para os facultativos, como para seus dependentes, indispensvel para o gozo dos benefcios previstos nesta Lei. 1. Considera-se inscrio: I o ato pelo qual o segurado obrigatrio promove o seu cadastramento no Instituto, atravs comprovao de sua nomeao para o exerccio do cargo pblico municipal, ou contratao temporria e apresentao de documentos pessoais, que forem exigidos na forma do Regulamento; II o ato pelo qual o segurado obrigatrio indica os seus dependentes, atravs de documentao necessria perante o IPAMB. 2. O servidor responsvel civil e criminalmente pela inscrio de dependentes realizada com base em documentos e informaes por ele fornecidos.

3. Os documentos comprobatrios da condio de dependente sero estabelecidos em Regulamento. 4. O segurado fica obrigado a comunicar ao IPAMB fato superveniente com provas cabveis que importem em excluso ou incluso de dependente. 5. O cancelamento da inscrio do segurado automaticamente cancelar a inscrio dos respectivos dependentes. Art. 35. Em caso de falecimento, deteno ou recluso do segurado, sem que o mesmo tenha feito a inscrio de dependente, a este ser lcito promov-la, no lhe assistindo, neste caso, direito a prestaes anteriores inscrio. Art. 36. Incumbe ao segurado a inscrio de seus dependentes, os quais podero promov-la, se aquele falecer sem t-la efetivado, no prazo de nove meses, a contar do falecimento. Art. 37. Dar-se- o cancelamento de inscrio do segurado quando: I ocorrer o bito; II for demitido ou pedir demisso de cargo pblico municipal o servidor efetivo; III for exonerado ou pedir exonerao o servidor ocupante de cargo em comisso; IV ao trmino ou resciso do contrato do servidor temporrio. Pargrafo nico. Ocorrendo o cancelamento de inscrio por qualquer das hipteses previstas, cessaro todos os direitos previstos nesta Lei, a partir da data de seu desligamento. Art. 38. O cancelamento da inscrio de dependentes poder ser promovido de ofcio, quando no verificadas as condies previstas nesta Lei. CAPTULO IV DO PERODO DE CARNCIA Art. 39. Perodo de carncia o tempo correspondente ao nmero mnimo de contribuies mensais e sucessivas ao IPAMB, indispensveis para que o segurado e seus dependentes usufruam dos benefcios previstos nesta Lei, sendo para Assistncia Sade: I o perodo de carncia corresponde, para os segurados obrigatrios e seus dependentes diretos, sem nus adicional, a uma contribuio mensal; II para os segurados facultativos e dependentes com nus adicional, o perodo ser igual a dos segurados obrigatrios para os atendimentos em geral, exceto para internaes obsttricas, cujo perodo de carncia ser de nove contribuies; III os segurados obrigatrios e dependentes, sem nus, que passarem condio de segurados facultativos e dependentes com nus, na vigncia do Plano, tero o prazo de trinta dias aps a ltima contribuio para optarem pela manuteno no Plano, a partir dos quais cumpriro as carncias estabelecidas neste captulo; IV os atuais segurados do IPMB que aderirem ao PABSS no prazo de trinta dias aps sua implantao, no cumpriro carncia.

Pargrafo nico. Aquele que, por qualquer motivo, perder a condio de beneficirio do PABSS, e nele reingressar, ficar sujeito a novos perodos de carncia para ter direito aos benefcios previstos nesta Lei. Art. 40. O perodo de carncia tem seu incio, a partir da data do efetivo recolhimento da primeira contribuio para o IPAMB. Art. 41. Independem de carncia, para efeito de sua percepo, o auxlio-recluso e salrio-famlia. Art. 42. Os benefcios da assistncia social, igualmente independem de carncia. Art. 43. A concesso das prestaes pecunirias, relacionadas a penso por morte, fica sujeita ao prazo de carncia de doze contribuies, sem interrupo. CAPTULO IV DAS CONTRIBUIES Art. 44. A contribuio previdenciria, devida pelo servidor, ter carter obrigatrio, em valor equivalente a oito por cento da sua remunerao, excluda a gratificao natalina. Art. 45. A contribuio previdenciria para os servidores que se vinculem ao IPAMB em carter facultativo ser equivalente contribuio que seria devida, se no exerccio de suas funes estivesse. Art. 46. A contribuio para o custeio da assistncia sade ter carter obrigatrio para os servidores indicados no art. 25 desta Lei, sendo cobrada no percentual de quatro por cento da remunerao, excluda a gratificao natalina. Art. 47. A contribuio para o custeio da assistncia sade, para os indicados no art. 26 desta Lei, ter carter facultativo e corresponder a oito por cento da remunerao, excluda a gratificao natalina. Art. 48. A contribuio para o custeio da assistncia sade de aposentados e pensionistas ter carter facultativo e corresponder a oito por cento dos proventos ou penses. Art. 49. A contribuio para os dependentes adicionais, nos termos do art. 30 desta Lei, ser varivel, de acordo com a faixa etria, sendo de: I dois por cento, para os dependentes at dezessete anos; II quatro por cento, para os dependentes entre dezoito e quarenta e nove anos; III seis por cento, para os dependentes com mais de cinqenta anos. Art. 50. A contribuio do Municpio para o custeio da previdncia e assistncia social corresponder ao valor do custeio da aposentadoria e do salrio-famlia, alm do montante igual ao valor das contribuies efetivamente arrecadadas dos servidores no ms anterior. 1. As aposentadorias concedidas, a partir de Janeiro de 2001, no tero seus valores computados para efeito da contribuio prevista neste artigo. 2. O recolhimento das contribuies da Previdncia Social, bem como das consignaes e outras obrigaes dos segurados obrigatrios, ser efetuado pelo Poder Pblico, obrigatoriamente, at o quinto dia aps a data do pagamento do funcionalismo, sob pena de incidncia de multa de dez por cento sobre o valor do dbito, alm de juros

de mora de 0,33% (trinta e trs centsimos por cento) por dia de atraso, acrescidos ainda da taxa de manuteno prevista nesta Lei. Art. 51. A contribuio do Municpio para o custeio da assistncia sade corresponder a dois por cento do valor da folha de pagamentos dos servidores efetivos, temporrios e comissionados. Art. 52. O segurado, servidor efetivo, que vier a exercer cargo em comisso, cargo em substituio, ou funo gratificada, ter sua contribuio calculada sobre o total da remunerao correspondente a esses cargos ou funes, enquanto no exerccio do mesmo. Pargrafo nico. Na hiptese de acumulaes de cargos, permitidas em Lei, a contribuio ser calculada sobre o total dos vencimentos ou proventos correspondentes, dos cargos acumulados. Art. 53. O recolhimento das contribuies e demais consignaes dos segurados inativos, far-se-, automaticamente pelo IPAMB quando do pagamento mensal da aposentadoria a que tiverem direito. Pargrafo nico. No caso de no serem descontadas, do salrio do segurado ativo, as contribuies ou outras importncias consignadas a favor do IPAMB, ficar o interessado obrigado a recolh-las, diretamente, at o dcimo dia do ms subsequente. Art. 54. No se verificando o recolhimento da contribuio pelo segurado, nos casos previstos nesta Lei, ficar o inadimplente sujeito ao juro de um por cento ao ms, acrescido da taxa de manuteno. TTULO III CAPTULO I DOS BENEFCIOS E SERVIOS Art. 55. As prestaes asseguradas pelo IPAMB a seus segurados e respectivos dependentes, consistem em benefcios e assistncias. 1. Benefcio a prestao pecuniria, exigvel pelo segurado e seus dependentes, segundo os termos desta Lei e seu Regulamento. 2. Assistncia o servio, de carter no pecunirio, exigvel pelo segurado e seus dependentes, ligados a rea da sade e assistncia social, segundo os termos desta Lei e seu Regulamento. SEO NICA DAS ESPCIES DE BENEFCIOS E SERVIOS Art. 56. O IPAMB prestar na forma estabelecida nesta Lei e seu Regulamento os seguintes benefcios: I previdencirios: a) aos segurados obrigatrios: 1 - aposentadoria por invalidez permanente; 2 - aposentadoria compulsria aos setenta anos; 3 - aposentadoria voluntria; 4 salrio-famlia, na forma da lei;

5 - auxlio-doena. b) aos dependentes, exceto pensionistas: 1 - penso por morte do servidor segurado; 2 - auxlio-recluso; 3 - peclio facultativo, conforme disposies do Regulamento. II servios, aos contribuintes e seus dependentes: 1 a Assistncia Sade compreender: assistncia mdica, hospitalar, ambulatorial, laboratorial, psicolgica, odontolgica, fisioterpica, fonoaudiolgica, de enfermagem, farmacutica, terapia ocupacional; programas de sade preventiva, sade do trabalhador; emprstimo-sade; rteses e prteses, conforme o Regulamento; 2 a Assistncia Social compreender: aes de atendimento pessoa idosa, ao segurado, e mediao na sade; aes de promoo e gerao de renda, de atendimento s situaes de risco, conforme o Regulamento. CAPTULO II DA REMUNERAO E DOS PROVENTOS DA APOSENTADORIA Art. 57. As aposentadorias concedidas com proventos proporcionais ao tempo de contribuio, sero calculadas na seguinte proporo: a) 1/35 (um trinta e cinco avos) por ano, se servidor do sexo masculino; b) 1/30 (um trinta avos) por ano, se servidor do sexo feminino ou se professor em funo de magistrio; c) 1/25 (um vinte e cinco avos) por ano, se professora em funo de magistrio. Art. 58. Os proventos de aposentadorias e penses sero revistos na mesma proporo e na mesma data, sempre que se modificar a remunerao dos servidores em atividade, sendo tambm estendidos aos aposentados e aos pensionistas quaisquer benefcios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da transformao ou reclassificao do cargo ou funo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso, na forma da lei. Art. 59. Os proventos de aposentadoria proporcional sero equivalentes a setenta por cento do valor mximo que o servidor poderia obter de acordo com o artigo anterior, acrescido de cinco por cento por ano de contribuio que supere a soma a que se refere o artigo anterior, at o limite de cem por cento. Art. 60. Os proventos de aposentadoria, no podero ser superiores aos limites estabelecidos pela Constituio Federal. CAPTULO III DA APOSENTADORIA Art. 61. O pagamento dos proventos de aposentadorias concedidas a partir do ms de Janeiro do ano 2001 sero de competncia do IPAMB. SEO I DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ Art. 62. O servidor municipal ser aposentado por invalidez, com proventos integrais, por fora de acidentes em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel, especificadas em lei federal.

1. Nos casos no especificados no caput deste artigo, os proventos de aposentadoria sero proporcionais ao tempo de contribuio. 2. A incapacidade para o exerccio do cargo, no pressupe e nem se confunde com a incapacidade para o servio pblico. 3. A aposentadoria por invalidez ser mantida enquanto, a juzo do IPAMB, o segurado permanecer incapacitado para o exerccio da profisso, ficando o mesmo obrigado, sob pena de suspenso do benefcio, a submeter-se a exames peridicos, tratamentos e processos de reabilitao indicados pelo IPAMB, exceto o tratamento cirrgico, que ser facultado. 4. Sendo declarado incapaz para o exerccio do cargo, o servidor ser readaptado a outra funo abrangida pelo Plano de Carreira da Prefeitura Municipal de Belm, suas autarquias e fundaes, aps avaliao do Programa Sade do Trabalhador, do IPAMB. Art. 63. A aposentadoria por invalidez ser sempre precedida de licena para tratamento de sade, por perodo no excedente de vinte e quatro meses, salvo se, antes deste prazo, o IPAMB, atravs de laudo de sua Junta Mdica Pericial, concluir pela incapacidade definitiva para o servio pblico. Art. 64. A aposentadoria por invalidez permanente ser devida a contar do dia imediato ao da cessao da licena para tratamento de sade, e consistir em renda mensal correspondente a: I cem por cento da remunerao de contribuio vigente no dia da aposentadoria, caso o benefcio seja decorrente de acidente em servio, doena profissional ou doena grave, contagiosa ou incurvel especificadas em lei federal; II oitenta por cento da remunerao de contribuio, mais um por cento deste, por grupo de doze contribuies, no podendo ultrapassar cem por cento do salrio de contribuio nos demais casos. SEO II DA APOSENTADORIA COMPULSRIA Art. 65. A aposentadoria ser compulsria, quando o segurado completar setenta anos de idade, proporcional ao tempo de contribuio. Pargrafo nico. O funcionrio se afastar do cargo no dia imediato quele em que atingir a idade-limite. SEO III DA APOSENTADORIA VOLUNTRIA Art. 66. O servidor poder aposentar-se voluntariamente, desde que cumprido o tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio no servio pblico, sendo cinco anos no cargo efetivo em que se dar aposentadoria, observadas as seguintes condies: I houver completado sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se do sexo masculino; ou cinqenta e cinco anos de idade e trinta anos de contribuio, se do sexo feminino, com proventos integrais; II houver completado sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuio. 1. Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de sua concesso, no podero exceder a remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referncia para a concesso da penso.

2. Os proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, sero calculados com base na remunerao do servidor no cargo efetivo em que se der a aposentadoria, e na forma da lei, correspondero totalidade da remunerao. 3. vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados os casos de atividades exercidas, exclusivamente, sob condies especiais, que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, definidos em lei. 4. Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em cinco anos, em relao ao disposto no inciso I deste artigo para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio, na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. 5. Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis, na forma da Constituio Federal, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria conta do regime de previdncia previsto neste artigo. 6. O tempo de contribuio federal, estadual e municipal ser contado para efeito de aposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito de disponibilidade, efetuando-se a compensao dos valores de contribuio pagos para as entidades acima indicadas, na forma da Lei Federal. 7. O disposto nos 1 e 2 deste artigo somente ser aplicado aos servidores que vierem a ingressar nos quadros da administrao pblica municipal a partir da vigncia desta Lei, preservados os direitos adquiridos dos atuais servidores. CAPTULO IV DA PENSO POR MORTE Art. 67. Por morte do segurado, aposentado ou no, os dependentes faro jus a uma penso mensal, de valor correspondente ao do respectivo provento ou remunerao, a partir da data do bito, ou da deciso judicial no caso de morte presumida. 1. A penso do dependente de segurado que contribua sobre dois cargos, ser devida relativamente a cada um deles. 2. Quando se tratar de morte presumida, a data de incio do benefcio ser a da deciso judicial. 3. No caso do pargrafo anterior, com o reaparecimento do segurado, cessar automaticamente a concesso do benefcio, ficando os dependentes desobrigados da reposio dos valores recebidos, salvo ocorrncia de m-f. Art. 68. O valor da penso por morte corresponder a totalidade da remunerao de contribuio do servidor falecido, at o limite estabelecido nesta Lei. Art. 69. A concesso de penso por morte no ser protelada pela falta de habilitao de outro possvel dependente, e qualquer inscrio ou habilitao de dependente s produzir efeito a contar da data de inscrio ou habilitao. Art. 70. Aps a morte do segurado, a designao da companheira pode ser suprida mediante justificao judicial, em que se evidencie a existncia da sociedade conjugal ou comunho nos atos da vida civil. Art. 71. A penso por morte ser concedida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou no, sendo rateada da seguinte forma:

I cinqenta por cento para o cnjuge ou companheiro e o restante dividido em partes iguais entre os demais dependentes habilitados com direito a penso; II cem por cento para o cnjuge ou companheiro ou companheira, quando este for o nico dependente com direito a penso; III em partes iguais entre todos os dependentes quando no houver cnjuge ou companheiro. Art. 72. Extinta a cota de um dependente, o seu direito transfere-se para os demais, conforme o disposto nesta Lei. 1. Extinguindo-se o direito parte da penso, na forma deste artigo, proceder-se- a redistribuio de penso de forma eqitativa em favor dos pensionistas remanescentes. 2. Extinguindo-se a parte do ltimo pensionista, extinguir-se- tambm a penso. CAPTULO V DO AUXLIO RECLUSO Art. 73. O auxlio recluso ser devido, nas mesmas condies da penso por morte aos dependentes do segurado, independentemente de cumprimento de carncia, conforme previso da Constituio Federal, quando: I afastado por motivo de priso, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente; II em virtude de condenao, por sentena definitiva, a pena que no determine a perda do cargo. 1. O pagamento do auxlio recluso cessar a partir do dia imediato quele em que o servidor for posto em liberdade ainda que condicional. 2. No caso de falecimento do servidor detento ou recluso, o auxlio recluso que estiver sendo pago aos seus dependentes ser automaticamente convertido em penso. 3. A cada trs meses os dependentes tm de fazer a prova da deteno ou recluso. CAPTULO VI DO AUXLIO DOENA Art. 74. O auxlio doena devido ao segurado que ficar incapacitado para o seu trabalho ou para sua atividade habitual por mais de trinta dias consecutivos, em gozo de licena para tratamento de sade. 1. O pagamento do benefcio auxlio doena ser custeado pelo rgo de origem do servidor afastado para tratamento de sade, na proporo de: I noventa por cento da remunerao a partir do trigsimo primeiro at o sexagsimo dia de afastamento; II oitenta e cinco por cento da remunerao a partir do sexagsimo primeiro at o nonagsimo dia de afastamento; III oitenta por cento da remunerao a partir do nonagsimo primeiro dia de afastamento em diante. 2. Nos afastamentos por licena para tratamento de sade, nos casos comprovados de acidente de trabalho, molstia profissional, doena grave, contagiosa ou incurvel, o valor do auxlio ser de cem por cento da remunerao.

TTULO IV DOS PLANOS DE CUSTEIO E DE APLICAO DO PATRIMNIO CAPTULO I DO PLANO DE CUSTEIO Art. 75. O Plano de Custeio do IPAMB ser aprovado, anualmente, pelo Conselho de Administrao do mesmo, constando obrigatoriamente o regime financeiro e os respectivos clculos atuariais. Pargrafo nico. Independentemente do disposto neste artigo, o Plano de Custeio ser revisto, sempre que ocorrerem eventos determinantes de alteraes nos encargos do IPAMB. Art. 76. O custeio do plano de benefcios ser atendido pelas seguintes fontes de receitas: I dotaes iniciais ou peridicas e globais da contribuio dos rgos da administrao direta, autrquica e fundacional, fixadas, atuarialmente, para cada caso, com a finalidade de integralizao do Passivo Atuarial do IPAMB; II contribuies previdencirias e assistenciais previstas nesta Lei; III receitas de aplicaes do patrimnio; IV doaes, subvenes, legados e outras receitas diversas no previstas nos itens precedentes; V taxas de sobrecarga sobre servios prestados; VI receita advinda de convnios que o IPAMB realizar com entidades pblicas ou privadas, para fins de atendimento na rea de assistncia sade CAPTULO II DO PATRIMNIO E DA SUA APLICAO Art. 77. Constituem o patrimnio do IPAMB, seus bens, direitos atuais e os que venham a ser institudos ou incorporados, sob a forma legal. Pargrafo nico. Os bens do IPAMB somente podero ser alienados ou gravados por proposta do Presidente do Instituto, aprovada pelo Conselho de Administrao, observadas as disposies legais especficas, em especial aquelas contidas na Lei n 8.666/93. Art. 78. A gesto do IPAMB dever, dentre outros princpios aplicveis administrao pblica, obedecer: I s diretrizes gerais de gesto, investimento e alocao dos recursos aprovados pelo Conselho de Administrao; II aos parmetros atuariais sugeridos pela Diretoria de Seguridade, visando a sua gradual estabilizao; III a inspees anuais de auditoria por entidades independentes legalmente habilitadas; IV a sistema de registro contbil individualizado de cada servidor e dos entes patronais; V ao pleno acesso dos segurados s informaes relativas gesto do regime ora institudo;

VI aos princpios contbeis pertinentes matria, conforme determinado por legislao federal, e contabilizao dos ativos por fontes de recursos e gastos. Art. 79. O IPAMB aplicar seu patrimnio, conforme diretrizes estabelecidas pelo Conselho de Administrao, em planos que tenham em vista: I rentabilidade compatvel com os imperativos atuariais do plano de custeio; II garantia dos investimentos; III liquidez compatvel com o fluxo dos compromissos previdencirios; IV manuteno do poder aquisitivo dos capitais aplicados. CAPTULO III DA GESTO ECONMICA E FINANCEIRA Art. 80. O exerccio financeiro coincidir com o ano civil e a contabilidade obedecer s normas pblicas da administrao financeira. Art. 81. Os oramentos, a programao financeira e os balanos do IPAMB obedecero aos padres e normas institudos por legislao especfica, ajustados s suas peculiaridades. Pargrafo nico. Juntamente com o balano geral, a cada ano, dever o Presidente realizar, obrigatoriamente, a avaliao atuarial do IPAMB. Art. 82. O balano geral com a apurao do resultado do exerccio dever ser apresentado pelo Diretor-Presidente do IPAMB ao Tribunal de Contas dos Municpios, nos prazos definidos em Lei. Art. 83. Para garantia da continuidade de pagamento dos benefcios, sero constitudas as seguintes reservas tcnicas: I reservas matemticas de benefcios concedidos; II reservas matemticas de benefcios a conceder; III reservas de contingncia; IV reserva de reajuste de benefcios; V reserva matemtica a construir; VI o dficit tcnico. 1. Reservas matemticas de benefcio concedido a diferena entre o valor atual dos encargos assumidos pelo IPAMB, em relao aos seus beneficirios em gozo de rendas iniciadas de aposentadorias, reservas remuneradas, reformas, auxlio-recluso e penses, e o valor atual das contribuies que, pelos mesmos, ou pelas patronais, venham a ser recolhidas aos cofres do IPAMB, para sustentao aos referidos encargos, de acordo com o plano de custeio vigente. 2. Reservas matemticas de benefcios a conceder a diferena entre o valor atual dos encargos a serem assumidos pelo IPAMB, em relao aos seus segurados, ativos e aposentados, respectivos dependentes que ainda no estejam em gozo de rendas iniciadas de aposentadorias, reservas matemticas, reformas, auxlio-recluso, penses, peclios, e o valor atual das contribuies que, pelos mesmos, ou pelas patronais,

venham a ser recolhidos aos cofres do IPAMB, para sustentao dos referidos encargos, de acordo com o plano de custeio vigente. 3. Reserva de contingncia a diferena entre o total dos bens do ativo e o total das obrigaes do passivo, no caso de ser positiva essa diferena. 4. No caso de ser a diferena referida no 3 (em favor do ativo) superior aos vinte e cinco por cento da soma dos valores das reservas, referidas nos 1 2, a reserva de contingncia ser consignada com o valor equivalente ao daquele limite percentual e o excesso, sob o ttulo de "Reserva de Reajuste de Benefcios". 5. Reserva Matemtica a Constituir a diferena entre o total das obrigaes do passivo e o total de bens do ativo, no caso de ser positiva essa diferena. 6. Se a diferena, referida no pargrafo anterior, for superior Reserva de Benefcios a Conceder a segurados que ainda no tenham preenchido as condies para o gozo da aposentadoria, a reserva a constituir ser consignada com o valor equivalente ao daquele limite, e o excesso, sob o ttulo de Dficit Tcnico. Art. 84. O saldo positivo do IPAMB, apurado em balano, ao final da cada exerccio financeiro, ser transferido para o exerccio seguinte, crdito da previdncia social dos servidores do Municpio de Belm. TTULO V DA RECEITA, DA ARRECADAO E DO RECOLHIMENTO CAPTULO I DA RECEITA Art. 85. Constituem fontes de receita do IPAMB, alm daquelas enumeradas no art. 76: I valores descontados dos funcionrios contribuintes obrigatrios, por motivo de faltas e atrasos ao trabalho no justificados; II juros de financiamentos efetuados aos beneficirios dentro das normas relativas assistncia financeira; III taxa de administrao no percentual de dois por cento sobre o valor de emprstimo de crdito de pessoal; IV contribuies de peclios facultativos, de acordo com as normas emanadas do Conselho de Administrao; V outras rendas eventuais ou extraordinrias, no previstas nos itens anteriores. 1. A autoridade administrativa ou servidor que no exerccio de suas funes deixar de efetuar os recolhimentos devidos ao IPAMB, incorrer em falta funcional, sem prejuzo das sanes de natureza civil ou criminal cabveis. 2. Fica assegurado ao IPAMB o direito, atravs de funcionrios para tanto especificamente credenciados, exercer fiscalizao junto aos rgos empregadores, relativamente a seus crditos. 3. Quaisquer quantias devidas ao IPAMB, e no recolhidas ou no pagas nos prazos legais, importam na incidncia de juros moratrios e respectiva correo, em funo de perdas de valor do capital. CAPTULO II DA ARRECADAO E RECOLHIMENTO

Art. 86. A arrecadao e o recolhimento das contribuies e de quaisquer importncias devidas ao IPAMB sero feitas em quarenta e oito horas aps o pagamento das mesmas, atravs de conta bancria especfica, e encaminhado, imediatamente, comprovante ao Departamento Financeiro e Contbil. TTULO VI CAPTULO NICO DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS Art. 87. O Regimento Interno, aprovado pelo Conselho de Administrao, dispor sobre as atividades dos rgos que compe a estrutura administrativa do IPAMB, bem como, as atribuies dos seus respectivos dirigentes. Art. 88. A partir da vigncia desta Lei, o IPAMB, proceder reviso e atualizao das penses em vigor, a fim de ajust-las ao disposto nesta Lei e seu Regulamento. Art. 89. O diploma legal que disciplina os Direitos e Deveres dos servidores municipais do IPAMB, o Estatuto dos Servidores Pblicos Municipais Lei n 7.502/90. Art. 90. As consignaes devidas ao IPAMB, averbadas pela Municipalidade de Belm, ficam garantidas pelo Errio Municipal, em caso de falecimento, demisso ou abandono de cargos dos seus servidores. Art. 91. Ao servidor aposentado ser paga a gratificao natalina, no ms de Dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento. Art. 92. Ao servidor fica assegurado o direito de no comparecer ao trabalho a partir do nonagsimo primeiro dia subsequente ao do protocolo do requerimento da aposentadoria, sem prejuzo da percepo de sua remunerao, caso no seja antes cientificado do indeferimento, na forma da lei. Art. 93. A falsidade de documento para criar direito a favor de algum prestao ou de quota da mesma, determinar a nulidade desta ou daquela e seu automtico cancelamento, sem prejuzo da ao criminal que couber. Art. 94. Podem ser descontados dos benefcios: I dbitos do contribuinte ou dependente para com o Instituto de Previdncia e Assistncia do Municpio de Belm; II impostos retidos na fonte por fora de legislao aplicvel; III penso alimentcia judicialmente decretada. Art. 95. O pedido de habilitao s prestaes em geral, sem qualquer nus para o requerente, ser dirigido ao Presidente do IPAMB, que antes de decidir determinar a oitiva da Procuradoria Geral do Instituto. Art. 96. Anualmente, o Instituto proceder atualizao de cadastro de contribuintes, dependentes e pensionistas. Art. 97. Nenhum benefcio de aposentadoria ou penso previsto nesta Lei poder ser superior ao subsdio do Ministro do Supremo Tribunal Federal, nem inferior ao piso municipal da Prefeitura Municipal de Belm. Art. 98. A gratificao natalina ou dcimo terceiro salrio dos aposentados e pensionistas ter por base o valor dos proventos do ms de Dezembro de cada ano e corresponder 1/12 (hum doze avos) para cada ms de benefcio concedido.

Pargrafo nico. O perodo superior a quinze dias corresponder a 1/12 (hum doze avos) para efeito de clculo. Art. 99. O recebimento indevido de benefcios havidos por fraude, dolo ou m-f, implicar na devoluo ao IPAMB do total auferido, sem prejuzo da ao penal cabvel. Art. 100. A presente Lei entra em vigor, produzindo todos os seus efeitos, noventa dias da data de sua publicao no Dirio Oficial do Municpio, de acordo com o disposto no artigo 195, 6, da Constituio Federal, sendo revogadas todas as disposies legais em contrrio, especialmente as seguintes: Lei n 6.774 de 31 de Dezembro de 1969, e suas alteraes posteriores; Lei n 7.686 de 17 de Janeiro de 1994; as disposies da Lei n 7.502 de 21 de Dezembro de 1990, e da Lei n 7.508 de 24 de Janeiro de 1991, que sejam conflitantes ou contrrios ao disposto neste diploma legal; considerando-se para casos omissos como supletivas a Legislao Estadual e Federal, vigente para a Previdncia Social. Pargrafo nico. A presente Lei ser regulamentada no prazo de noventa dias, pelo Chefe do Poder Executivo Municipal. Belm(PA), 30 de Dezembro de 1999. EDMILSON BRITO RODRIGUES Prefeito Municipal de Belm