lei 10.534 limpeza urbana manejo resíduos sólidos

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LEI Nº 10.534, DE 10 DE SETEMBRO DE 2012 Dispõe sobre a limpeza urbana, seus serviços e o manejo de resíduos sólidos urbanos no Município, e dá outras providências. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - A limpeza urbana, seus serviços e o manejo dos resíduos sólidos urbanos no Município serão de responsabilidade da Superintendência de Limpeza Urbana de Belo Horizonte - SLU - e serão regidos pelas disposições contidas nesta lei, em seu regulamento, nas normas técnicas da SLU e na legislação e normas específicas. Art. 2º - Os serviços atribuídos à SLU são, especificamente, os determinados na Lei nº 6.290, de 23 de dezembro de 1992, e na Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005. Art. 3º - Para os efeitos do disposto nesta lei, ficam adotadas as definições constantes do Anexo I. Art. 4º - Resíduo sólido urbano, para os efeitos do disposto nesta lei, é o conjunto heterogêneo de resíduos provenientes das atividades humanas e de fenômenos naturais que, segundo a natureza do serviço de limpeza urbana e do seu gerenciamento, podem ser classificados: I - quanto à natureza; II - quanto ao tipo; III - quanto à identificação do gerador. § 1º - Quanto à natureza, classificam-se em: I - resíduos classe I - perigosos: aqueles que, em função de suas características de toxicidade, corrosividade, reatividade, inflamabilidade, patogenicidade ou explosividade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, tais como os patogênicos, os mutagênicos, os teratogênicos, os poluentes, os bioacumulativos e congêneres; II - resíduos classe II - não perigosos, que se subdividem em: a) resíduos classe II-A - não inertes: aqueles que não se enquadrem nas classificações de resíduos classe I - perigosos ou de resíduos classe II-B - inertes, nos termos desta lei, podendo apresentar propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água; b) resíduos classe II-B - inertes: aqueles que, quando amostrados de forma representativa e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou desionizada, à temperatura ambiente, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água vigentes, excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor. § 2º - Quanto ao tipo, classificam-se em: I - resíduos sólidos domiciliares: compreendem os resíduos de residências, de edifícios públicos e coletivos, e de comércio, serviços e indústrias, desde que apresentem as mesmas características dos provenientes de residências; II - resíduos sólidos públicos: compreendem os resíduos sólidos lançados por causas naturais ou pela ação humana em logradouros públicos, objeto dos serviços regulares de limpeza urbana; III - resíduos sólidos especiais: compreendem os resíduos que, por seu volume, peso, grau de periculosidade ou degradabilidade, ou por outras especificidades, requeiram procedimentos especiais para o seu manejo e destinação, considerando os impactos negativos e os riscos à saúde e ao meio ambiente, incluindo: a) resíduos de serviços de saúde e congêneres; b) resíduos da construção civil e congêneres; c) resíduos de atividades industriais; d) agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; e) pilhas e baterias inservíveis; f) pneus inservíveis; g) óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; h) lâmpadas inservíveis que contenham em sua composição resíduos perigosos; i) resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos, bem como seus componentes;

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Lei do Municipio de Belo Horizonte.

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  • LEI N 10.534, DE 10 DE SETEMBRO DE 2012

    Dispe sobre a limpeza urbana, seus servios e o manejo de resduos slidos urbanos no Municpio, e d outras providncias.

    O Povo do Municpio de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    CAPTULO I DAS DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 - A limpeza urbana, seus servios e o manejo dos resduos slidos urbanos no Municpio sero de responsabilidade da Superintendncia de Limpeza Urbana de Belo Horizonte - SLU - e sero regidos pelas disposies contidas nesta lei, em seu regulamento, nas normas tcnicas da SLU e na legislao e normas especficas.

    Art. 2 - Os servios atribudos SLU so, especificamente, os determinados na Lei n 6.290, de 23 de dezembro de 1992, e na Lei n 9.011, de 1 de janeiro de 2005.

    Art. 3 - Para os efeitos do disposto nesta lei, ficam adotadas as definies constantes do Anexo I.

    Art. 4 - Resduo slido urbano, para os efeitos do disposto nesta lei, o conjunto heterogneo de resduos provenientes das atividades humanas e de fenmenos naturais que, segundo a natureza do servio de limpeza urbana e do seu gerenciamento, podem ser classificados: I - quanto natureza; II - quanto ao tipo; III - quanto identificao do gerador.

    1 - Quanto natureza, classificam-se em: I - resduos classe I - perigosos: aqueles que, em funo de suas caractersticas de toxicidade, corrosividade, reatividade, inflamabilidade, patogenicidade ou explosividade, apresentam significativo risco sade pblica ou qualidade ambiental, tais como os patognicos, os mutagnicos, os teratognicos, os poluentes, os bioacumulativos e congneres; II - resduos classe II - no perigosos, que se subdividem em: a) resduos classe II-A - no inertes: aqueles que no se enquadrem nas classificaes de resduos classe I - perigosos ou de resduos classe II-B - inertes, nos termos desta lei, podendo apresentar propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em gua; b) resduos classe II-B - inertes: aqueles que, quando amostrados de forma representativa e submetidos a um contato esttico ou dinmico com gua destilada ou desionizada, temperatura ambiente, no tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentraes superiores aos padres de potabilidade de gua vigentes, excetuando-se os padres de aspecto, cor, turbidez e sabor.

    2 - Quanto ao tipo, classificam-se em: I - resduos slidos domiciliares: compreendem os resduos de residncias, de edifcios pblicos e coletivos, e de comrcio, servios e indstrias, desde que apresentem as mesmas caractersticas dos provenientes de residncias; II - resduos slidos pblicos: compreendem os resduos slidos lanados por causas naturais ou pela ao humana em logradouros pblicos, objeto dos servios regulares de limpeza urbana; III - resduos slidos especiais: compreendem os resduos que, por seu volume, peso, grau de periculosidade ou degradabilidade, ou por outras especificidades, requeiram procedimentos especiais para o seu manejo e destinao, considerando os impactos negativos e os riscos sade e ao meio ambiente, incluindo: a) resduos de servios de sade e congneres; b) resduos da construo civil e congneres; c) resduos de atividades industriais; d) agrotxicos, seus resduos e embalagens; e) pilhas e baterias inservveis; f) pneus inservveis; g) leos lubrificantes, seus resduos e embalagens; h) lmpadas inservveis que contenham em sua composio resduos perigosos; i) resduos de equipamentos eltricos e eletrnicos, bem como seus componentes;

  • j) cadveres de animais; k) restos de matadouros de animais, restos de entrepostos de alimentos, restos de alimentos sujeitos rpida deteriorao provenientes de feiras pblicas permanentes, mercados, supermercados, aougues e estabelecimentos congneres, alimentos deteriorados ou condenados, ossos, sebos e vsceras; l) resduos contundentes ou perfurantes, no caracterizados como resduos de servios de sade, cuja produo exceda o volume de 25 (vinte e cinco) litros ou 15 (quinze) quilos por perodo de 24 (vinte e quatro) horas; m) veculos inservveis ou irrecuperveis abandonados nos logradouros pblicos, carcaas, pneus e acessrios de veculos, bens mveis domsticos imprestveis e demais resduos volumosos; n) resduos slidos provenientes de calamidades pblicas; o) documentos e material grfico apreendidos pelas autoridades policiais; p) resduos de poda de manuteno de jardim, pomar ou horta, especialmente troncos, aparas, galhadas e assemelhados, de acordo com a quantidade e a periodicidade estabelecidas no regulamento desta lei; q) lodos e lamas oriundos de estaes de tratamento de guas, de esgotos sanitrios, de fossas spticas ou postos de lubrificao de veculos ou assemelhados, e resduos provenientes de limpeza de caixa de gordura ou outros produtos pastosos que exalem odores desagradveis; r) resduos qumicos em geral; s) resduos slidos de materiais blicos e de explosivos; t) rejeitos radioativos; u) demais resduos classe I - perigosos; v) a parcela de resduos gerados em estabelecimentos comerciais, industriais, de prestao de servios ou imveis no residenciais, com caractersticas de resduos domiciliares, que exceda o volume de 120 (cento e vinte) litros ou 60 (sessenta) quilos, por perodo de 24 (vinte e quatro) horas, por contribuinte, fixado para a coleta regular; w) produtos da limpeza de terrenos no edificados ou no utilizados; x) leos e gorduras de uso na preparao de alimentos; y) outros que, pela sua composio qualitativa ou quantitativa, se enquadrem na presente classificao, conforme disposto no regulamento desta lei.

    3 - Quanto identificao do gerador, os resduos slidos so classificados como sendo de: I - gerao difusa: os produzidos, individual ou coletivamente, por geradores dispersos e no identificveis, por ao humana, animal ou por fenmenos naturais, abrangendo os resduos slidos domiciliares, os resduos slidos ps-consumo e aqueles provenientes da limpeza pblica; II - gerao determinada: os produzidos por gerador especfico e identificvel.

    Art. 5 - So princpios que orientam o manejo dos resduos slidos: I - a no gerao; II - a preveno da gerao; III - a reduo da gerao; IV - a reutilizao; V - a reciclagem; VI - o tratamento; VII - a valorizao dos resduos; VIII - a disposio final ambientalmente adequada dos rejeitos; IX - a gerao de trabalho e renda; X - a participao popular; XI - o respeito diversidade local e regional; XII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos; XIII - o direito da sociedade informao e ao controle social.

    Art. 6 - Os objetivos da Poltica Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos sero definidos no Plano Municipal que ser elaborado nos termos do disposto na Lei Federal n 12.305, de 2 de agosto de 2010, e na Lei Estadual n 18.031, de 12 de janeiro de 2009, com a integrao dos catadores de materiais reutilizveis e reciclveis nas aes que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

  • CAPTULO II DO ACONDICIONAMENTO E DA APRESENTAO DOS RESDUOS SLIDOS URBANOS

    COLETA

    Seo I Dos Resduos Slidos Urbanos

    Art. 7 - As caractersticas de sacos, bombonas, contenedores, caambas ou equipamentos e outra forma de acondicionamento de resduos slidos urbanos, os procedimentos para o acondicionamento, a padronizao de uso, a localizao e o dimensionamento, os aspectos construtivos dos abrigos e critrios de armazenamento e uso devem atender as determinaes contidas nesta lei, no seu regulamento, nas normas tcnicas da SLU e, quando for o caso, no Cdigo de Posturas do Municpio, nas normas tcnicas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, da Comisso Nacional de Energia Nuclear - CNEN, das resolues do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA - e da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria - ANVISA.

    1 - O gerador de resduos slidos urbanos deve providenciar, por meios prprios, os sacos, as bombonas, as embalagens, os contenedores e os abrigos de armazenamento dos resduos slidos referidos neste artigo.

    2 - Resduos considerados perigosos e substncias qumicas e produtos txicos em geral devem ser acondicionados e armazenados, obrigatoriamente, em separado dos demais grupos de resduos slidos, considerando-se ainda procedimentos especficos para os que devem ser segregados separadamente dos que so incompatveis ou reajam entre si.

    3 - A SLU poder, a seu exclusivo critrio e a qualquer momento, exigir que o acondicionamento dos diversos tipos de resduos seja feito de forma a adequar-se aos padres de coleta inerentes ao sistema pblico de limpeza urbana.

    4 - A instalao de suporte fixo para exposio de resduos slidos coleta regular deve obedecer ao disposto na legislao especfica e nas normas tcnicas da SLU, constituindo obrigao do gerador: I - manter limpo e desinfectado o suporte fixo utilizado para a exposio de resduos slidos domiciliares coleta regular; II - manter o suporte em bom estado de uso, realizando as manutenes e reparos que se fizerem necessrios.

    Subseo I Dos Resduos Slidos Domiciliares

    Art. 8 - Os resduos slidos domiciliares sero apresentados coleta regular observando-se os dias, locais e horrios fixados pela SLU, definidos no regulamento desta lei e nas normas tcnicas da SLU. Pargrafo nico - O acondicionamento dos resduos observar previamente: I - a eliminao dos lquidos; II - a correta e adequada embalagem de materiais pontiagudos, perfurantes, perfurocortantes e escarificantes, de modo a prevenir acidentes.

    Subseo II Dos Resduos Slidos Pblicos

    Art. 9 - Os resduos slidos pblicos sero acondicionados, armazenados e apresentados coleta em conformidade com o regulamento desta lei, com as normas tcnicas da SLU e com a legislao especfica.

    Pargrafo nico - Os resduos resultantes de poda de rvores em logradouro pblico sero coletados e transportados nos limites e periodicidade definidos no regulamento desta lei e nas normas tcnicas da SLU.

    Seo II Dos Resduos Slidos Especiais

    Art. 10 - O acondicionamento de resduos slidos especiais obedecer, em cada caso, ao regulamento desta lei, s normas tcnicas da SLU e legislao especfica.

  • Subseo I Dos Resduos de Servios de Sade e Congneres

    Art. 11 - Os resduos de servios de sade e congneres sero segregados no local de origem de gerao, por grupo, classificados, acondicionados, armazenados e apresentados coleta.

    Art. 12 - O gerenciamento de resduos de servios de sade e congneres, da gerao disposio final, de competncia do responsvel legal pelo estabelecimento gerador, em conformidade com o disposto no regulamento desta lei, nas normas tcnicas da SLU e na legislao especfica.

    Subseo II Dos Resduos Slidos da Construo Civil

    Art. 13 - Os resduos slidos da construo civil e congneres, da origem destinao final, so de responsabilidade do gerador.

    Pargrafo nico - O gerador garantir o confinamento dos resduos aps a gerao, at a etapa de transporte, assegurando, sempre que possvel, a segregao na origem e as condies de reutilizao e reciclagem.

    Seo III Dos Materiais Reciclveis

    Art. 14 - Os consumidores so obrigados, sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos, ou quando institudos sistemas de logstica reversa, a acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resduos slidos gerados e a disponibilizar adequadamente os resduos slidos reutilizveis e reciclveis para coleta ou devoluo.

    Art. 15 - Os proprietrios e os responsveis legais por mercados, supermercados, feiras, sacoles e estabelecimentos congneres, localizados em regies beneficiadas pelo Programa de Coleta Seletiva de Resduo Orgnico, devem, a critrio da SLU, segreg-lo no local de origem de gerao e acondicion-lo separadamente dos demais resduos.

    Pargrafo nico - Os resduos orgnicos sero apresentados coleta seletiva nos dias, horrios e locais fixados pela SLU, conforme disposto no regulamento desta lei.

    CAPTULO III DA VARRIO PBLICA, DOS SERVIOS COMPLEMENTARES E DA CONSERVAO DA

    LIMPEZA URBANA

    Seo I Da Varrio Pblica e dos Servios Complementares de Limpeza Urbana

    Art. 16 - A varrio pblica regular e os servios complementares de limpeza urbana executados em logradouro pblico sero processados de acordo com as normas tcnicas da SLU.

    Art. 17 - A padronizao, locao, instalao e manuteno de cestos coletores de resduos slidos pblicos, de contenedores de materiais reciclveis e outros mobilirios urbanos para apoio limpeza urbana, instalados em logradouro pblico, obedecero ao disposto nas normas tcnicas da SLU e na legislao especfica.

    Seo II Da Conservao da Limpeza Urbana em Logradouros Pblicos

    Art. 18 - O responsvel por servios de construo civil ou de infraestrutura em logradouro pblico, seja pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, concessionrio de servio pblico, contratante, contratado ou executor, obrigar-se-: I - a acomodar ou reter, por sistema apropriado de conteno, os materiais e resduos oriundos de suas atividades, de modo a no bloquear o curso natural das guas pluviais; II - a evitar a obstruo ou o assoreamento da rede de captao de guas pluviais ou o acmulo de resduo slido em logradouro pblico;

  • III - a remover os resduos ou materiais acondicionados em caambas oriundos de suas atividades, no prazo mximo de 3 (trs) dias, s suas expensas, promovendo, inclusive, a varrio e a lavao dos locais pblicos atingidos; IV - a remover os resduos ou materiais dispersos em logradouro pblico, oriundos de suas atividades, imediatamente, s suas expensas, promovendo, inclusive, a varrio e a lavao dos locais pblicos atingidos; V - a executar e manter, s suas expensas e de forma permanente, a limpeza das partes livres em logradouro pblico reservadas ao trnsito de pedestres e veculos, recolhendo detritos, terra ou outro material oriundo de sua atividade; VI - a comprovar a destinao, devidamente autorizada pelo rgo ambiental competente, dos resduos e materiais excedentes de suas atividades; VII - a transportar detritos, resduos ou materiais remanescentes em conformidade com o disposto no art. 42 desta lei, recolhendo o que for derramado na pista de rolamento, em decorrncia do transporte, e dando destinao equivalente aos demais resduos; VIII - a remover para a rea interna da obra, no prazo mximo de 1 (um) dia contado da finalizao da descarga, os materiais descarregados fora do tapume ou do sistema de conteno; IX - a utilizar tabuado, caixa apropriada ou outro meio de conteno para preparo de concreto ou argamassa em logradouro pblico; X - a umedecer o resduo e o material que possam provocar levantamento de p; XI - a adotar, de forma supletiva, outras obrigaes contidas na Lei n 8.616, de 14 de julho de 2003, que contm o Cdigo de Posturas do Municpio, e na Lei n 9.725, de 15 de julho de 2009, que contm o Cdigo de Edificaes do Municpio.

    Art. 19 - A SLU poder executar os servios de remoo e limpeza mencionados no art. 18 desta lei, mediante a cobrana do preo pblico respectivo ao responsvel legal, sem prejuzo da aplicao das penalidades previstas nesta lei.

    Seo III Da Conservao da Limpeza de Terreno no Edificado ou no Utilizado

    Art. 20 - Para os fins desta lei, terrenos no edificados so aqueles em que no se encontram edificaes concludas ou em que no exercida uma atividade, e terrenos no utilizados so aqueles em que no exercida nenhuma atividade, embora possam conter edificaes demolidas, semidemolidas, abandonadas ou obras desativadas.

    Art. 21 - O proprietrio ou o responsvel legal de terreno no edificado ou no utilizado, com frente para logradouros pblicos, obrigado a: I - mant-lo capinado ou roado, drenado e limpo; II - guard-lo e fiscaliz-lo de modo a impedir que ele seja utilizado para deposio e queima de resduos slidos de qualquer natureza.

    1 - A capina prevista no inciso I do caput deste artigo somente ser permitida nas hipteses previstas no regulamento desta lei.

    2 - Entende-se por drenado o lote, o conjunto de lotes ou o terreno em condies de escoamento de guas pluviais, preservadas as eventuais nascentes e cursos dgua existentes e suas condies naturais de escoamento.

    3 - Descumpridos os prazos previstos no Anexo II desta lei, e se evidenciado risco ao meio ambiente, vida ou sade de terceiros, a SLU poder executar os servios constantes da notificao, cobrando o preo pblico respectivo, acrescido da taxa de administrao, sem prejuzo da aplicao das penalidades previstas nesta lei.

    4 - O preo pblico cobrado pela execuo do servio, acrescido da taxa de administrao, mencionado no 3 deste artigo, dever ser recolhido dentro do prazo fixado pela SLU, sob pena de inscrio do dbito em dvida ativa.

    5 - O produto da limpeza de terreno no edificado ou no utilizado dever ser removido e transportado para o local de destinao devidamente autorizado pelo rgo ambiental competente, comprovada a descarga pelos meios apropriados, sendo vedada sua queima no local.

  • Seo IV Da Conservao da Limpeza Urbana pelos Estabelecimentos Comerciais, de Prestao de Servios

    e Condomnios

    Art. 22 - O responsvel por estabelecimento comercial e de prestao de servios, com frente para logradouro pblico, dever: I - zelar pela conservao da limpeza urbana, adotando, internamente e para uso pblico, recipientes para recolhimento de resduos slidos domiciliares, instalados em locais visveis e em quantidade compatvel com o porte do empreendimento, mantendo-os limpos e em perfeito estado de conservao; II - manter permanentemente limpo o passeio frontal do respectivo estabelecimento, efetuando a varrio e o recolhimento dos resduos.

    Art. 23 - Constitui obrigao dos proprietrios ou locatrios de estabelecimentos comerciais, de prestao de servios e condomnios, a limpeza, a capina, a varrio das reas, vias internas, entradas e servios comuns.

    Pargrafo nico - Os resduos provenientes dessas atividades sero adequadamente acondicionados e apresentados ao servio regular de coleta.

    Seo V Da Conservao da Limpeza Urbana em Feiras Livres, de Artes, de Artesanato e Variedades, e por

    Vendedores Ambulantes

    Art. 24 - Nas feiras livres, de arte, de artesanato e variedades instaladas nos logradouros pblicos, os feirantes so obrigados a zelar permanentemente pela limpeza das reas de localizao de suas barracas e das reas de circulao adjacentes, inclusive as faixas limtrofes ao alinhamento dos imveis ou muros divisrios.

    Art. 25 - Os feirantes mantero, individualmente, em suas barracas, em lugar visvel e para uso pblico, recipientes para o recolhimento de resduos slidos gerados, conforme normas tcnicas da SLU.

    Pargrafo nico - Os feirantes ficam obrigados a segregar os materiais reciclveis, assim como a manter recipientes para seu acondicionamento e armazenamento, em conformidade com o regulamento desta lei e as normas tcnicas da SLU.

    Art. 26 - Imediatamente aps o horrio estipulado pelo rgo competente para o encerramento das atividades dirias, os feirantes, expositores ou organizadores procedero ao recolhimento e acondicionamento dos resduos de sua atividade para fins de coleta e transporte, conforme dispuser o regulamento desta lei.

    Pargrafo nico - A realizao, pela SLU, dos servios de limpeza, coleta, transporte, destinao e disposio final dos resduos slidos tratados nesta seo sujeitam os feirantes, os expositores ou os organizadores ao pagamento do preo pblico correspondente.

    Art. 27 - Os vendedores ambulantes zelaro permanentemente pela limpeza das reas de localizao de seus veculos, carrinhos ou bancas, assim como das reas de circulao adjacentes, recolhendo e acondicionando os resduos slidos provenientes de suas atividades em recipientes apropriados para coleta e transporte.

    CAPTULO IV DA COLETA, DO TRANSPORTE, DO TRATAMENTO E DA DESTINAO DOS RESDUOS

    SLIDOS

    Seo I Da Coleta, do Transporte, do Tratamento e da Destinao Final dos Resduos Slidos Domiciliares e

    Pblicos

    Art. 28 - responsabilidade da SLU a coleta, o transporte, o tratamento e a destinao final dos resduos slidos domiciliares e pblicos, em condies que no apresentem riscos ao meio ambiente, segurana ocupacional e sade individual ou coletiva e aos trabalhos desenvolvidos pelos

  • catadores de materiais reciclveis, em conformidade com as normas legais e regulamentares pertinentes.

    Art. 29 - Os servios regulares de coleta e transporte de resduos slidos domiciliares sero executados conforme o disposto nesta lei, em seu regulamento e nas normas tcnicas da SLU.

    Art. 30 - Entende-se por servios regulares de coleta de resduos slidos domiciliares a remoo e o transporte para os destinos apropriados dos resduos slidos adequadamente acondicionados e colocados pelos geradores em locais previamente determinados, nos dias e horrios estabelecidos, observados os limites de peso ou volume.

    Art. 31 - A coleta e o transporte dos resduos pblicos processar-se-o em conformidade com as normas e planejamento estabelecidos para as atividades regulares de limpeza urbana pela SLU.

    Art. 32 - Os resduos slidos domiciliares e pblicos apresentados coleta regular so de responsabilidade da SLU.

    Art. 33 - O tratamento e a destinao final dos resduos slidos domiciliares e pblicos somente podero ser realizados em locais e por mtodos aprovados, devidamente licenciados pelos rgos ambientais competentes, em conformidade com a legislao e com as normas ambientais, com as disposies desta lei, de seu regulamento e normas tcnicas da SLU.

    Seo II Da Coleta, do Transporte, do Tratamento e da Destinao Final dos Materiais Reciclveis

    Art. 34 - Compete SLU organizar sistema adequado de coleta seletiva, de modo a permitir populao a entrega dos materiais reciclveis ao servio pblico de coleta.

    1 - So princpios orientadores do sistema de coleta seletiva: I - a cobertura homognea de todo o territrio municipal; II - a observncia dos critrios de eficcia, eficincia e economicidade; III - a participao de cooperativas ou associaes de catadores de materiais reciclveis e catadores em processo de organizao;

    2 - permitida a coleta regular de material reciclvel praticada pelos catadores, em carter suplementar s atividades da SLU, nos termos das normas legais e regulamentares pertinentes;

    3 - O sistema de coleta seletiva organizado pela SLU priorizar o trabalho dos catadores de materiais reciclveis, buscando meios de disponibilizar estruturas adequadas ao seu desenvolvimento e operao.

    Art. 35 - Compete SLU estabelecer normas tcnicas para o sistema de coleta seletiva do resduo slido domiciliar.

    Art. 36 - As metas de reduo, reutilizao e reciclagem, as formas e os limites da participao do poder pblico municipal, e os procedimentos operacionais do sistema de coleta seletiva e logstica reversa sero descritos no Plano Municipal de Resduos Slidos.

    Seo III Da Coleta, do Transporte, do Tratamento e da Destinao Final dos Resduos Slidos Especiais

    Art. 37 - A coleta, o transporte, o tratamento e a destinao final dos resduos slidos especiais so de responsabilidade do gerador, devendo ser processados por mtodos aprovados e licenciados pelos rgos ambientais competentes, de acordo com a legislao especfica, com as normas ambientais, com as disposies desta lei, de seu regulamento e normas tcnicas da SLU.

    Art. 38 - A SLU somente executar a coleta, o transporte, o tratamento e a destinao final dos resduos slidos especiais em carter facultativo e a seu exclusivo critrio, cobrando o respectivo preo pblico, de acordo com a tabela de preos pblicos de servios extraordinrios.

    Pargrafo nico - O disposto neste artigo no se aplica aos resduos slidos especiais previstos nas alneas d, q, r, s, t e u do inciso III do 2 do art. 4 desta lei.

  • Art. 39 - Para fins de gerenciamento e manejo dos resduos slidos referidos no pargrafo nico do art. 38 desta lei, os geradores devem atender a legislao especfica, as normas ambientais, as disposies desta lei e de seu regulamento, e, quando for o caso, as normas da Comisso Nacional de Energia Nuclear - CNEN.

    Art. 40 - Para fins de pagamento pelo servio pblico de coleta especial, compete SLU a aferio de volume ou peso dos resduos gerados, conforme disposto na alnea v do inciso III do 2 do art. 4 desta lei e nas normas tcnicas da SLU.

    Subseo I Da Coleta e do Transporte dos Resduos Slidos Especiais Realizados por Particulares

    Art. 41 - A coleta e o transporte de resduos slidos especiais somente podero ser realizados por particulares devidamente licenciados, devendo cumprir as determinaes relativas ao licenciamento estabelecidas nesta lei, em seu regulamento e nas normas tcnicas da SLU.

    1 - No so passveis de licenciamento pela SLU as atividades de coleta e transporte de resduos perigosos, poluentes, de substncias qumicas em geral e de resduos nucleares ou rejeitos radioativos, aplicando-se-lhes a legislao especfica pertinente.

    2 - Os prestadores de servios de coleta de resduos slidos especiais mantero nos seus estabelecimentos o alvar de licenciamento emitido pelo rgo competente, devendo o mesmo ser apresentado fiscalizao quando solicitado.

    3 - Os condutores de veculos portaro a cpia do alvar de licenciamento a que alude o 2 deste artigo, devendo o mesmo ser apresentado fiscalizao quando solicitado.

    Art. 42 - O transporte de material a granel ou de resduos slidos especiais ser executado de forma a no provocar o seu derramamento ou a sua disperso nos logradouros pblicos, de modo a no trazer inconvenientes sade e ao bem estar pblico, atendendo tambm as seguintes condies: I - a caamba ou a carroceria do veculo de transporte ser dotada de cobertura ou sistema de proteo que impea o derramamento ou disperso do material transportado; II - o veculo trafegar com carga rasa, com altura limitada borda da caamba, sem qualquer coroamento, e ter seu equipamento de rodagem limpo antes de atingir a via pblica.

    1 - Entende-se como material a granel, dentre outros, os listados a seguir, ainda que encharcados ou molhados: I - terra, barro, rochas, minrios e solo em geral; II - produto de desaterro, desmonte de terrenos ou terraplanagem; III - produto da demolio de estruturas de concreto ou alvenaria, tambm denominado entulho, metralha ou calia; IV - areia; V - brita; VI - cascalho; VII - concreto ainda no solidificado; VIII - escria; IX - serragem; X - carvo; XI - cereal e gro vegetal; XII - outros materiais particulados que, por suas caractersticas ou forma de apresentao, apresentem possibilidade de derramamento ou disperso no ar.

    2 - O transporte de produto pastoso e resduo slido que exale odor desagradvel, como os provenientes de estaes de tratamento de gua ou esgoto e outros efluentes, de remoo de lodo e resduos de fossas spticas ou poos absorventes, resduos de limpeza de caixa de gordura, resduos de postos de lubrificao, resduos de abatedouro, matadouro e aougue, sebo, vsceras e similares, s ser efetuado em carrocerias estanques ou caambas estacionrias com tampa.

    3 - Os responsveis pelos servios de carga e descarga dos veculos e pela guarda dos materiais transportados devero: I - adotar precaues na execuo do servio, de forma a no obstruir, sujar ou danificar ralo, caixa receptora de guas pluviais e logradouro pblico;

  • II - providenciar imediatamente a retirada das cargas e dos materiais descarregados em logradouro pblico; III - providenciar a limpeza dos locais pblicos utilizados, recolhendo convenientemente os resduos; IV - comprovar, por meios apropriados, a descarga em local de destinao devidamente autorizado pelo rgo ambiental competente.

    CAPTULO V DO PLANO MUNICIPAL DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS

    Art. 43 - O Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos ser elaborado nos termos do disposto no art. 19 da Lei Federal n 12.305/10.

    1 - O Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos ser atualizado ou revisto, prioritariamente, de forma concomitante com a elaborao do Plano Plurianual Municipal.

    2 - Ser garantida a formao de grupo de discusso das normas implantadas por esta lei, priorizando a participao das entidades, redes de cooperativas, associaes e grupos em fase de organizao que atuam no manuseio de materiais reutilizveis e reciclveis, proporcionando o debate e o engajamento de todos os segmentos ao longo da elaborao do Plano Municipal Integrado de Gesto de Resduos Slidos.

    Art. 44 - Caso o Municpio opte por solues consorciadas intermunicipais para a gesto dos resduos slidos, dispensa-se a elaborao do Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos, desde que este atenda ao contedo mnimo previsto no art. 19 da Lei Federal n 12.305/10, assim como o disposto no art. 23 da Lei Estadual n 18.031/09.

    Art. 45 - O Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos poder ser inserido no Plano de Saneamento Bsico previsto no art. 19 da Lei Federal n 11.445, de 5 de janeiro de 2007, respeitado o contedo mnimo previsto no art. 19 da Lei Federal n 12.305/10.

    CAPTULO VI DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS ESPECIAIS

    Art. 46 - O gerador de resduos slidos especiais obrigado a elaborar o Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos Especiais - PGRSE, em conformidade com as normas tcnicas da SLU e legislao especfica, devendo, ainda: I - apresentar o PGRSE para aprovao nos rgos municipais competentes; II - implantar o PGRSE; III - monitorar o PGRSE; IV - manter cpia do PGRSE e dos comprovantes de prestao de servios de coleta e destinao dos resduos slidos, por tipo, disponibilizando-os para consulta da SLU e outros rgos municipais competentes.

    1 - O PGRSE ser elaborado por profissional de nvel superior, habilitado pelo seu respectivo conselho de classe, com apresentao de Anotao de Responsabilidade Tcnica ou documento similar, quando couber.

    2 - Sero adotadas nomenclaturas especficas para os Planos de Gerenciamento dos Resduos de Servios de Sade - PGRSS - e os Planos de Gerenciamento de Resduos de Construo Civil - PGRCC, embora tais resduos sejam classificados como especiais.

    3 - Os geradores de resduos de servio de sade e de resduos de construo civil devero elaborar, apresentar aos rgos municipais competentes, implantar e monitorar, respectivamente, o PGRSS e o PGRCC, em atendimento ao disposto no caput deste artigo, nos seus incisos e no 1.

    4 - Na elaborao e na competente aprovao do plano, sero observadas a legislao e as normas tcnicas especficas para cada tipo de resduo.

    Art. 47 - A SLU, a seu exclusivo critrio, poder adotar sistema de tratamento e destinao final de resduos slidos especiais.

  • CAPTULO VII DOS SERVIOS EXTRAORDINRIOS DE LIMPEZA URBANA

    Art. 48 - Para os fins desta lei, consideram-se servios extraordinrios de limpeza urbana aqueles que, no constituindo competncia da SLU, podero ser prestados facultativamente por ela, sem prejuzo de suas atribuies especficas, ou por empresa devidamente licenciada.

    1 - Os servios extraordinrios referidos neste artigo podero ser prestados mediante: I - solicitao expressa dos geradores de resduos ou nos casos previstos nesta lei e em seu regulamento; II - cobrana de preos pblicos de servios extraordinrios, quando executados pela SLU.

    2 - Os promotores, os organizadores e os contratantes da realizao de eventos so responsveis pela limpeza e pela remoo dos resduos gerados na rea e nos logradouros pblicos lindeiros ao evento, aps seu encerramento, comprovando a descarga dos resduos em local de destinao devidamente autorizado pelo rgo ambiental competente.

    3 - Nas situaes descritas no 2, a SLU, ao seu exclusivo critrio e de forma facultativa, poder realizar a limpeza e a destinao dos resduos, mediante a cobrana do preo pblico respectivo.

    4 - Se a limpeza do local for realizada pelos responsveis pelo evento, estes devero apresentar o Plano de Limpeza ao rgo competente pelo licenciamento, conforme disposto no regulamento desta lei e na legislao especfica.

    Art. 49 - Os preos pblicos para prestao de servios extraordinrios previstos nesta lei sero fixados por meio de decreto.

    CAPTULO VIII DO ARMAZENAMENTO E DO TRANSBORDO DE RESDUOS SLIDOS

    Art. 50 - Nas edificaes em que as normas tcnicas da SLU assim o exigirem, obrigatria a implantao e o funcionamento do sistema de armazenamento de resduos slidos, em conformidade com o disposto nesta lei e na legislao especfica.

    1 - Excetuam-se da exigncia do caput deste artigo as residncias unifamiliares e multifamiliares com acessos independentes e diretos ao logradouro pblico.

    2 - O sistema de armazenamento de resduos slidos dever estar situado em local desimpedido e de fcil acesso para a coleta interna e externa, bem como apresentar capacidade, dimensionamento, detalhes construtivos e caractersticas de localizao em conformidade com as normas tcnicas da SLU e legislao especfica.

    3 - O abrigo de armazenamento de resduos slidos e os contenedores padronizados que compem o sistema de armazenamento para resduos slidos domiciliares, materiais reciclveis e resduos slidos especiais, excludos aqueles mencionados no pargrafo nico do art. 38 desta lei, atendero as exigncias das normas tcnicas da SLU.

    4 - O sistema de armazenamento de resduos slidos ser utilizado exclusivamente para o tipo ou o grupo de resduos ao qual se destina.

    Art. 51 - Para os fins de dimensionamento do sistema de armazenamento de resduos slidos, o volume de resduos gerados a cada 24 (vinte e quatro) horas ser calculado conforme o disposto nas normas tcnicas da SLU e em legislao especfica.

    Art. 52 - Os rgos municipais competentes observaro as determinaes deste captulo e as normas tcnicas da SLU, quando da anlise para aprovao de projetos de edificaes e para licenciamento de atividades.

    Art. 53 - A atividade de transbordo de resduos slidos realizar-se- em estao licenciada pelo rgo ambiental competente e de acordo com as normas tcnicas aplicveis.

  • CAPTULO IX DA EDUCAO AMBIENTAL

    Art. 54 - A educao ambiental na gesto dos resduos slidos tem como objetivo o aprimoramento do conhecimento, dos valores, dos comportamentos e do estilo de vida relacionados com a gesto e o gerenciamento ambientalmente adequado dos resduos slidos e da limpeza urbana.

    1 - A educao ambiental na gesto dos resduos slidos obedecer s diretrizes gerais fixadas em legislao especifica.

    2 - O Municpio adotar as seguintes medidas, dentre outras, visando ao cumprimento do objetivo previsto no caput deste artigo: I - incentivo de atividades de carter educativo e pedaggico, em colaborao com entidades do setor empresarial e da sociedade civil organizada; II - aes educativas voltadas para os agentes envolvidos direta e indiretamente com os sistemas de coleta seletiva e logstica reversa; III - aes educativas voltadas conscientizao dos consumidores com relao ao consumo sustentvel e s suas responsabilidades no mbito da responsabilidade compartilhada de que trata a Lei n 12.305/10; IV - capacitao dos gestores pblicos para que atuem como multiplicadores nos diversos aspectos da gesto integrada dos resduos slidos; V - divulgao dos conceitos relacionados com a coleta seletiva, com a logstica reversa, com o consumo consciente e com a minimizao da gerao de resduos slidos.

    CAPTULO X DOS ATOS LESIVOS CONSERVAO DA LIMPEZA URBANA

    Art. 55 - Constituem atos lesivos conservao da limpeza urbana: I - depositar, lanar ou atirar, direta ou indiretamente, nos passeios, vias pblicas, quarteires fechados, praas, jardins, escadarias, passagens, tneis, viadutos, canais, pontes, dispositivos de drenagem de guas pluviais, lagos, lagoas, rios, crregos, depresses, rea pblica ou terreno no edificado ou no utilizados de propriedade pblica ou privada, bem como em pontos de confinamento de resduos pblicos ou em contenedores de resduos de uso exclusivo da SLU: a) papis, invlucros, cascas, embalagens, confetes e serpentinas, ressalvada, quanto aos dois ltimos, a sua utilizao em dias de comemoraes pblicas especiais; b) resduos slidos domiciliares; c) resduos slidos especiais. II - distribuir manualmente, colocar em para-brisa de veculo, ou lanar de aeronave, veculo, edifcio, ou outra forma, em logradouro pblico, papis, volantes, panfletos, folhetos, comunicados, avisos, anncios, reclames e impressos de qualquer natureza; III - afixar publicidade ou propaganda, de qualquer natureza, divulgada em tecido, plstico, papel ou similares, em postes, rvores de reas pblicas, proteo de rvores, esttuas, monumentos, obeliscos, placas indicativas, abrigos de pedestres, caixas de correio, de telefone, alarme de incndio, bancas de jornais e revistas, cestos pblicos de lixo leve, gradis, parapeitos, viadutos, tneis, canais, hidrantes, pontes, guias de calamento, passeios, leitos das vias e logradouros pblicos, escadarias, paredes externas, muros, tapumes ou outros locais, mesmo quando de propriedade de pessoas ou entidades direta ou indiretamente favorecidas pela publicidade ou propaganda; IV - derramar leo, gordura, graxa, tinta, combustvel, lquido de tinturaria, nata de cal, cimento e similares em logradouro pblico, dispositivo de drenagem de guas pluviais e em corpos d'gua; V - prejudicar a limpeza urbana mediante reparo, manuteno ou abandono de veculo ou equipamento em logradouro pblico; VI - encaminhar, sem o adequado acondicionamento ou em dia e horrio de exposio diferente do estabelecido pela SLU, resduos domiciliares e os provenientes da varrio e da lavagem de edificaes para logradouros ou reas pblicas; VII - obstruir, com material de resduos de qualquer natureza, caixas pblicas receptoras, sarjetas, valas e outras passagens de guas pluviais, bem como reduzir a sua vazo; VIII - praticar ato que prejudique ou impea a execuo da varrio ou de outros servios de limpeza urbana; IX - dispor os resduos de construo civil em encostas, corpos dgua, lotes vagos, bota-fora no autorizados pelo poder pblico e em reas protegidas por lei;

  • X - queimar resduos a cu aberto ou em recipientes, instalaes ou equipamentos no licenciados para essa finalidade, salvo em caso de decretao de emergncia sanitria e desde que autorizada pelo rgo competente; XI - obstar, retardar ou dificultar a ao fiscal de limpeza urbana; Pargrafo nico - O disposto no inciso II do caput deste artigo no se aplica s campanhas de utilidade pblica promovidas pelo poder pblico.

    CAPTULO XI DA FISCALIZAO

    Art. 56 - A fiscalizao pelo cumprimento das prescries desta lei e de seu regulamento ser exercida diretamente pela SLU e pelo rgo competente da Administrao direta do Poder Executivo.

    Pargrafo nico - A SLU poder firmar convnios com outros rgos, visando melhor eficincia da fiscalizao.

    CAPTULO XII DAS INFRAES E DAS PENALIDADES

    Art. 57 - So infraes de limpeza urbana a ao ou a omisso das pessoas fsicas ou jurdicas que caracterizem inobservncia aos preceitos desta lei, de seu regulamento e das normas tcnicas da SLU.

    Pargrafo nico - Responder pela infrao quem, de qualquer modo, comet-la, concorrer para a sua prtica ou dela se beneficiar.

    Art. 58 - A infrao ao disposto nesta lei sujeitar o infrator s seguintes penalidades, sem prejuzo das sanes civis e penais cabveis: I - multa; II - apreenso; III - suspenso do exerccio de atividade causadora da infrao por at 90 (noventa) dias; IV - cassao do documento de licenciamento previsto nesta lei.

    Art. 59 - Previamente aplicao da multa, o fiscal notificar o infrator da irregularidade, por escrito, nas hipteses previstas no Anexo II desta lei.

    1 - Da notificao prvia constar a especificao da infrao, do dispositivo legal e regulamentar infringido, as providncias a serem tomadas pelo infrator para a regularizao da situao, o prazo para sua regularizao, bem como a penalidade a que estar sujeito.

    2 - A notificao prvia ser feita: I - pessoalmente, mediante entrega de cpia do termo ao infrator, ao seu representante legal ou preposto; II - por carta, acompanhada de cpia da notificao, com aviso de recebimento; III - por edital, na hiptese de no ser localizado o infrator ou o seu representante legal, ou no caso de o infrator se encontrar em local incerto ou no sabido.

    3 - Na hiptese de o infrator ou seu representante legal serem notificados pessoalmente ou pelo correio e recusarem-se a receber sua cpia da notificao, ou se a notificao se der por meio de preposto, o instrumento ser ratificado em dirio oficial e se consumar na data da publicao.

    4 - No caso de dispensa de notificao prvia, ser emitida notificao acessria, nos termos do Anexo II desta lei, com a finalidade de informar o infrator do prosseguimento da ao fiscal a que est sujeito, hiptese em que haver aplicao direta da penalidade correspondente infrao.

    Art. 60 - Decorrido o prazo fixado na notificao prvia e no sendo sanada a irregularidade apontada, o fiscal lavrar o auto de infrao, que conter, obrigatoriamente: I - o local, o dia e a hora da lavratura; II - o nome do infrator e das testemunhas, se houver; III - a descrio do fato que constitui a infrao, o local de sua ocorrncia, a indicao do dispositivo legal e regulamentar infringido, bem como outras circunstncias pertinentes; IV - a intimao do infrator para pagar a multa devida ou apresentar recurso, nos prazos previstos nesta lei.

  • 1 - A assinatura do auto de infrao pelo infrator, seu representante legal ou preposto no constituir formalidade essencial validade do mesmo, no implicar confisso, nem a sua recusa agravar a penalidade a ser aplicada.

    2 - O infrator ser intimado da lavratura do auto de infrao: I - pessoalmente, mediante a entrega de cpia do auto de infrao ao autuado, ao seu representante legal ou preposto; II - por carta, acompanhada de cpia do auto de infrao, com aviso de recebimento; III - por edital.

    3 - Na hiptese de o infrator ou seu representante legal serem autuados pessoalmente ou pelo correio e recusarem-se a receber sua cpia do documento de autuao, ou se a notificao da autuao se der por meio de preposto, o auto de infrao ser ratificado em dirio oficial e se consumar na data da publicao.

    4 - No caso de notificao acessria, esta acompanhar o auto de infrao.

    5 - A intimao presume-se feita: I - quando pessoal, na data do recibo; II - quando por carta, na data do aviso de recebimento; III - quando por edital, na data da publicao.

    Art. 61 - Os valores das multas previstos nesta lei so os constantes do Anexo II e sero reajustados nos termos da legislao especfica.

    Art. 62 - Em caso de primeira e segunda reincidncia, a multa ser aplicada, respectivamente, em dobro e em triplo.

    Pargrafo nico - Considera-se reincidncia o cometimento de igual infrao dentro do prazo de 12 (doze) meses.

    Art. 63 - Quando o infrator praticar, simultaneamente, duas ou mais infraes, devero ser aplicadas, cumulativamente, as penalidades a elas cominadas.

    Art. 64 - O pagamento da multa no exime o infrator do cumprimento das disposies desta lei, de seu regulamento e das demais normas aplicveis.

    Art. 65 - Quando aplicada a multa, o infrator dever recolh-la dentro do prazo mximo de 30 (trinta) dias, contado da data da intimao da lavratura do auto de infrao.

    Pargrafo nico - O no recolhimento da multa dentro do prazo fixado neste artigo implicar a sua inscrio em dvida ativa.

    Art. 66 - No caso das infraes relacionadas nos incisos II e III do caput do art. 55 desta lei, o material fica sujeito a apreenso sumria.

    Art. 67 - A penalidade de suspenso do exerccio da atividade ser aplicada nos termos do Anexo II desta lei.

    Art. 68 - A inobservncia de preceito relativo ao licenciamento previsto nesta lei, em seu regulamento e nas normas tcnicas da SLU sujeitar o infrator cassao da licena, nos termos do Anexo II desta lei.

    1 - A cassao ser publicada no Dirio Oficial do Municpio, sendo o administrado cientificado tambm mediante correspondncia com aviso de recebimento, devendo constar o prazo em que o infrator ser considerado habilitado a requerer novo licenciamento, que no poder ser inferior a 6 (seis) meses.

    2 - A concesso de novo licenciamento, observado o disposto no 1, fica condicionado ao pagamento das multas correspondentes, regularizao da situao que ensejou a cassao da licena e entrega do documento cassado.

  • CAPTULO XIII DOS RECURSOS

    Art. 69 - Dos atos da Administrao decorrentes da aplicabilidade desta lei caber recurso dirigido Junta de Anlise e Julgamento de Recursos, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da autuao respectiva.

    1 - Da deciso proferida pela Junta de Anlise e Julgamento de Recursos Fiscais de Primeira Instncia caber recurso, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicao da deciso no Dirio Oficial do Municpio.

    2 - No caso de indeferimento do recurso em primeira instncia, sem interposio de recurso para a Junta de Anlise e Julgamento de Recursos Fiscais de Segunda Instncia, o recorrente dever recolher o valor da multa no prazo mximo de 30 (trinta) dias, contados da publicao do ato de indeferimento.

    3 - No caso de indeferimento do recurso interposto perante a Junta de Anlise e Julgamento de Recursos Fiscais de Segunda Instncia, o recorrente dever recolher o valor da multa no prazo mximo de 30 (trinta) dias, contados da publicao do ato de indeferimento.

    4 - As decises proferidas em primeira e segunda instncias sero publicadas no Dirio Oficial do Municpio.

    5 - O no recolhimento da multa dentro dos prazos fixados neste artigo implicar sua inscrio em dvida ativa.

    6 - A interposio de recurso no suspende o curso da ao fiscal respectiva, suspendendo apenas o prazo para pagamento da multa.

    CAPTULO XIV DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 70 - O proprietrio, o responsvel ou o condutor de animal devero proceder limpeza, acondicionamento e remoo imediata dos dejetos do animal depositado em logradouro pblico, mesmo que esteja sem guia ou coleira.

    Pargrafo nico - Os dejetos de animais podero ser dispostos na rede primria do sistema de esgoto sanitrio local ou encaminhados para os servios regulares de coleta e transporte de resduos slidos domiciliares, desde que devidamente acondicionados e em conformidade com as normas tcnicas da SLU.

    Art. 71 - Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de resduos slidos reversos ficam obrigados a estruturar e a implementar sistemas de logstica reversa, mediante retorno dos produtos, aps o uso pelo consumidor, de forma independente do servio pblico de limpeza urbana e de manejo dos resduos slidos.

    Art. 72 - Cabe ao Municpio articular, com os agentes econmicos e sociais, medidas para viabilizar a implementao da estrutura necessria para garantir o fluxo de retorno dos resduos slidos reversos oriundos dos servios de limpeza urbana e do manejo de resduos slidos.

    Art. 73 - O gerenciamento dos resduos slidos gerados em edificao multiocupacional de qualquer uso de responsabilidade solidria dos condminos, dos proprietrios ou dos usurios de unidade ocupacional.

    Art. 74 - Na contagem dos prazos estabelecidos nesta lei, excluir-se- o dia do incio e incluir-se- o do vencimento, e considerar-se-o os dias consecutivos, exceto quando for explicitamente disposto em contrrio.

    Art. 75 - Fica vedada, nas unidades de transbordo, de estao de transferncia, de tratamento e nas reas de destinao final de resduos slidos: I - a utilizao de resduos slidos para alimentao animal; II - a catao de resduos slidos em qualquer hiptese; III - a fixao de habitaes temporrias ou permanentes.

  • Art. 76 - O art. 10 da Lei n 9.725, de 15 de julho de 2009, passa a vigorar com a seguinte redao:

    Art. 10 - O lote, o conjunto de lotes ou o terreno lindeiro a logradouro pblico dotado de meio-fio devero ser mantidos fechados, limpos, drenados e roados.

    1 - O fechamento dever ser capaz de impedir o carreamento de material dos lotes para o logradouro pblico, sendo vedada a utilizao de formas de fechamento que causem danos ou incmodos aos transeuntes.

    2 - O lote, o conjunto de lotes ou o terreno no edificados devero ser fechados no alinhamento com altura mnima de 1,80m (um metro e oitenta centmetros) e mxima de 5m (cinco metros). 3 - O fechamento de lote, de conjunto de lotes ou de terreno no edificados dever possuir porto de acesso.

    4 - O fechamento de lote, de conjunto de lotes ou de terreno no edificados dever ter elementos vazados, de forma a permitir sua completa visualizao.

    5 - No lote ou conjunto de lotes edificados, facultado o fechamento nas divisas laterais e de fundo, respeitada a altura mxima na divisa estabelecida pela Lei de Parcelamento, Ocupao e Uso do Solo.

    6 - No lote ou conjunto de lotes edificados, facultado o fechamento no alinhamento frontal, limitado altura de 5m (cinco metros) e observado o disposto na Lei de Parcelamento, Ocupao e Uso do Solo.

    7 - O fechamento frontal de lote ou terreno edificado com altura superior a 1,80m (um metro e oitenta centmetros) do passeio dever ser dotado de elementos construtivos que garantam permeabilidade visual em rea equivalente a 50% (cinquenta por cento) daquela acima desta altura.

    8 - Na concordncia das esquinas, dever existir canto chanfrado de extenso mnima de 2,50m (dois metros e cinquenta centmetros), normal bissetriz do ngulo formado pelo prolongamento do alinhamento, salvo se tal concordncia tiver sido fixada de forma diversa pelo rgo competente.

    9 - As alturas dos fechamentos frontais mencionadas neste artigo sero medidas ponto a ponto em relao ao alinhamento do terreno, tendo como referncia o nvel do passeio pblico lindeiro.

    10 - A limpeza, drenagem e roa do lote, conjunto de lotes ou terreno, mencionadas no caput deste artigo, devero observar as disposies contidas na legislao especfica relativa limpeza urbana, seus servios e manejo de resduos slidos urbanos no Municpio.. (NR)

    Art. 77 - O item 1 do Anexo VII da Lei n 9.725/09 passa a vigorar com a seguinte redao:

  • ANEXO VII TABELA DE INFRAES E PENALIDADES CABVEIS

    (NR)

    Item Detalhamento da Infrao Detalhamento da Penalidade Multa Embargo Cassao da licena Interdio Demolio

    Descrio Dispositivo Infringido/ Dispositivo previsto

    Notificao Prazo atendimento notificao (dias)

    Infrator (es) Detalhamento Grau Periodicidade de aplicao (dias)

    01

    Lotes e terrenos em condies irregulares de fechamento.

    Art. 10, caput, e 1 ao 9 NP 30 Proprietrio

    Por dispositivo infringido L 30 -- -- -- --

  • Art. 78 - As pessoas fsicas e jurdicas de direito pblico ou privado atendero as normas tcnicas e a legislao especfica, naquilo em que forem aplicveis, de forma supletiva ou subsidiria, e que no confrontem ao prescrito nesta lei e em seu regulamento.

    CAPTULO XV DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS

    Art. 79 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art. 80 - Ficam revogados a Lei n 2.968, de 3 de agosto de 1978, os artigos 87 e 88 da Lei n 7.031, de 12 de janeiro de 1996, e os artigos 31 e 33 da Lei n 8.616, de 14 de julho de 2003.

    Belo Horizonte, 10 de setembro de 2012

    Marcio Araujo de Lacerda Prefeito de Belo Horizonte

    (Originria do Projeto de Lei n 2.026/11, de autoria do Executivo)

    ANEXO I DEFINIES

    Para os efeitos desta lei, so adotadas as seguintes definies:

    Abrigo externo de armazenamento de resduo slido: local apropriado, construdo de acordo com as normas tcnicas da SLU, para armazenar os contenedores ou os resduos slidos acondicionados em sacos, at a realizao da coleta externa.

    Acondicionamento: ato de embalar os resduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam s aes de punctura e ruptura, para fins de coleta e transporte.

    Bateria: acumuladores recarregveis ou conjuntos de pilhas, interligados em srie ou em paralelo.

    Boca de lobo: estruturas hidrulicas para captao das guas pluviais e servidas transportadas pelas sarjetas e sarjetes. Em geral, situam-se sob o passeio ou sob a sarjeta.

    Caamba: mobilirio destinado coleta e ao transporte de resduos de qualquer natureza, principalmente coleta de terra e entulho.

    Capina: atividade de limpeza de logradouros pblicos e terrenos no edificados por meio de corte ou remoo da cobertura vegetal herbcea ou arbustiva rente ao solo.

    Catador de material reciclvel: trabalhador que cata, seleciona e vende material reciclvel, como papel, papelo, vidro, materiais ferrosos e no ferrosos, bem como outros materiais reaproveitveis.

    Coleta seletiva: recolhimento diferenciado de resduos slidos, previamente segregados nas fontes geradoras, conforme sua constituio ou composio, com o intuito de encaminh-los para reutilizao, reaproveitamento, reciclagem, compostagem, tratamento ou destinao final adequada.

    Compostagem: processo de decomposio biolgica de frao orgnica biodegradvel de resduos slidos, efetuado por uma populao diversificada de organismos em condies controladas, at a obteno de um material humificado e estabilizado.

    Contenedor: equipamento fechado, de caractersticas definidas em normas especficas, empregado no armazenamento de resduos slidos devidamente acondicionados.

    Destinao final ambientalmente adequada: destinao de resduos que inclui a reutilizao, a reciclagem, a compostagem, a recuperao e o aproveitamento energtico ou outras destinaes admitidas pelos rgos competentes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, do Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria - SNVS - e do Sistema nico de Ateno Sanidade Agropecuria - SUASA, entre elas a disposio final, observando-se normas operacionais especficas, de modo a evitar danos ou riscos sade pblica e segurana, bem como a minimizar os impactos ambientais adversos.

  • Disposio final: disposio dos resduos slidos em local adequado, de acordo com critrios tcnicos aprovados no processo de licenciamento ambiental pelo rgo competente.

    Drenagem: conjunto de operaes e instalaes destinadas a remover os excessos de gua das superfcies e dos terrenos.

    Equipamentos eltricos e eletrnicos - EEE: equipamentos de uso domstico, industrial, comercial e de servios, cujo adequado funcionamento depende de correntes eltricas ou campos eletromagnticos, bem como os equipamentos para gerao, transferncia e medio dessas correntes e campos.

    Estabelecimentos geradores de resduos de servios de sade: qualquer unidade relacionada com o atendimento sade humana ou animal, inclusive os servios de assistncia domiciliar e de trabalhos de campo; laboratrios analticos de produtos para sade; necrotrios, funerrias e servios onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservao); servios de medicina legal; drogarias e farmcias, inclusive as de manipulao; estabelecimentos de ensino e pesquisa na rea de sade; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnstico in vitro; unidades mveis de atendimento sade; servios de acupuntura; servios de tatuagem; dentre outros similares.

    Estao de transferncia: local onde os resduos slidos provenientes de veculos coletores so agregados e organizados antes de serem transportados e destinados s unidades de tratamento ou disposio final.

    Evento: qualquer realizao de atividade recreativa, social, cultural, religiosa ou esportiva, ou acontecimento institucional ou promocional, comunitrio ou no, previamente planejado com a finalidade de criar conceito e estabelecer a imagem de organizaes, produtos, servios, ideias e pessoas, cuja realizao tenha carter temporrio e local determinado, nos termos da legislao vigente.

    Geradores de resduos slidos: pessoas fsicas ou jurdicas, de direito pblico ou privado, que geram resduos slidos por meio de suas atividades, includo o consumo.

    Gesto integrada dos resduos slidos: conjunto articulado de aes polticas, normativas, operacionais, financeiras, de educao ambiental e de planejamento, desenvolvidas e aplicadas aos processos de gerao, segregao, coleta, manuseio, acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento e destinao final dos resduos slidos.

    Lmpadas usadas ou inservveis: lmpadas ao fim de uso, inteiras ou quebradas, bem como lmpadas fora de especificao.

    Limpeza pblica: conjunto de aes, de responsabilidade dos Municpios, relativas aos servios pblicos de coleta e remoo de resduos slidos de gerao difusa e de seu transporte, tratamento e destinao final, e aos servios pblicos de limpeza em logradouros pblicos e corpos d'gua e de varrio de ruas.

    Logstica reversa: instrumento de desenvolvimento econmico e social caracterizado por um conjunto de aes, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituio dos resduos slidos ao setor empresarial, para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinao final ambientalmente adequada.

    Logradouro pblico: conjunto formado pelo passeio e pela via pblica, no caso de avenida, rua e alameda; passagem de uso exclusivo de pedestre e, excepcionalmente, de ciclista; praa e quarteiro fechado.

    Manejo dos resduos de servios de sade - RSS: ao de gerenciar os resduos em seus aspectos intra e extraestabelecimento, desde a gerao at a disposio final, incluindo as seguintes etapas: gerao, segregao, minimizao, acondicionamento, coleta e transporte internos, armazenamento temporrio, armazenamento externo, coleta e transporte externos, estao de transferncia, tratamento e disposio final.

  • Manejo integrado de resduos slidos: forma de operacionalizao dos resduos slidos gerados pelas instituies privadas e daqueles de responsabilidade dos servios pblicos, compreendendo as etapas de reduo, segregao, coleta, manipulao, acondicionamento, transporte, armazenamento, transbordo, triagem, tratamento, comercializao e destinao final adequada dos resduos, observadas as diretrizes estabelecidas no Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos.

    Material perfurocortante: qualquer material pontiagudo ou que contenha fios de corte capazes de causar perfuraes ou cortes.

    Material reciclvel: componentes do resduo slido domiciliar, pblico ou especial, que podem ser reutilizados na forma em que se apresentam ou que sejam passveis de serem transformados em novo produto e insumo.

    Minimizao: conjunto de aes que permitem a reduo, a reutilizao, a recuperao ou a reciclagem dos resduos slidos.

    Mobilirio urbano: equipamento de uso coletivo instalado em logradouro pblico com o fim de atender uma utilidade ou conforto pblico.

    Panfleto: meio de comunicao impresso destinado a divulgar eventos, servios, atividades, produtos e outros.

    Pilha ou acumulador: gerador eletroqumico de energia eltrica, mediante converso de energia qumica, podendo ser do tipo primria (no recarregvel) ou secundria (recarregvel).

    Plano de Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade - PGRSS: documento que aponta e descreve as aes relativas ao manejo de resduos slidos, observadas suas caractersticas e riscos, no mbito dos estabelecimentos geradores de resduos de servios de sade, contemplando os aspectos referentes s fases de gerenciamento intra e extraestabelecimento de sade.

    Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos Especiais - PGRSE: documento que aponta e descreve as aes relativas ao manejo dos resduos slidos, no mbito das reas de interveno e de influncia direta do empreendimento, contemplando os aspectos referentes s fases de gerenciamento intra e extraestabelecimento.

    Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos: documento integrante do processo de licenciamento que apresenta um levantamento da situao, naquele momento, do sistema de manejo dos resduos slidos, a pr-seleo das alternativas mais viveis e o estabelecimento de aes integradas e diretrizes relativas aos aspectos ambientais, educacionais, econmicos, financeiros, administrativos, tcnicos, sociais e legais para todas as fases de gesto dos resduos slidos, desde a sua gerao at a destinao final.

    Poda: eliminao ou diminuio do comprimento de determinados ramos, de maneira equilibrada e simtrica, mantendo a forma caracterstica da espcie ou, se preciso, modificando-a com fins de adequ-la ao local em que se encontra ou finalidade do seu plantio.

    Poluentes: qualquer substncia presente no ar e que, pela sua concentrao, possa torn-lo imprprio, nocivo ou ofensivo sade, causando inconveniente ao bem estar pblico, danos aos materiais, fauna e flora, ou prejudicial segurana, ao uso e ao gozo da propriedade e s atividades normais da comunidade.

    Reaproveitamento/reutilizao: processo de utilizao dos resduos slidos para outras finalidades, sem sua transformao biolgica, fsica ou qumica.

    Reciclagem: processo de transformao de resduos slidos, que pode envolver a alterao das propriedades fsicas, fsico-qumicas ou biolgicas dos mesmos, tornando-os insumos destinados a processos produtivos.

    Rejeitos: resduos slidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperao por processos tecnolgicos disponveis e economicamente viveis, no apresentem outra possibilidade que no a disposio final ambientalmente adequada.

  • Rejeitos radioativos: rejeitos formados por resduos com elementos qumicos radioativos que no tm ou deixaram de ter utilidade. So usualmente os produtos resultantes de um processo de fisso nuclear, do material utilizado como combustvel nos reatores, do uso de armas nucleares ou, ainda, de laboratrios mdicos ou de pesquisas.

    Resduo mutagnico: substncia, mistura, agente fsico ou biolgico cuja inalao, ingesto ou absoro cutnea possa elevar as taxas espontneas de danos ao material gentico e ainda provocar ou aumentar a frequncia de defeitos genticos.

    Resduo orgnico: resduo domiciliar com caracterstica estritamente orgnica e natureza vegetal, considerado reciclvel, que no apresenta risco adicional sade pblica.

    Resduo patognico: um resduo caracteriza-se como patognico (cdigo de identificao D004) se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, contiver, ou se houver suspeita de conter, microorganismos patognicos, protenas virais, cido desoxirribonucleico (ADN) ou cido ribonucleico (ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados, plasmdios, cloroplastos, mitocndrias ou toxinas capazes de produzir doenas em homens, animais ou vegetais.

    Resduo teratognico: substncia, mistura, organismo, agente fsico ou estado de deficincia que, estando presente durante a vida embrionria ou fetal, produz uma alterao na estrutura ou funo do indivduo dela resultante.

    Resduos de equipamentos eltricos e eletrnicos - REEE: equipamentos eltricos ou eletrnicos que estejam em desuso e disponibilizados ao descarte, incluindo os componentes, subconjuntos e materiais consumveis necessrios para o seu pleno funcionamento.

    Resduos de servios de sade: aqueles resultantes de atividades exercidas nos estabelecimentos geradores de resduos de servios de sade que, por suas caractersticas, necessitam de processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou no tratamento anterior sua disposio final.

    Resduos industriais: aqueles provenientes de atividades de pesquisas, de transformao de matrias-primas em novos produtos, de extrao mineral, de montagem e manipulao de produtos acabados, inclusive aqueles gerados em reas de utilidade, apoio, depsito ou administrao das referidas indstrias ou similares.

    Resduos slidos: material, substncia, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinao final se procede, se prope proceder ou se est obrigado a proceder, nos estados slido ou semisslido, bem como gases contidos em recipientes e lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na rede pblica de esgotos ou em corpos dgua, ou exijam para isso solues tcnica ou economicamente inviveis em face da melhor tecnologia disponvel.

    Resduos slidos de construo civil: aqueles provenientes de construes, reformas, reparos, demolies de obras de construo civil e os resultantes da preparao e da escavao de terrenos, tais como tijolos, blocos cermicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfltico, vidros, plsticos, tubulaes, fiao eltrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, calia ou metralha.

    Resduos slidos reversos: aqueles que, por meio da logstica reversa, podem ser tratados e reaproveitados em novos produtos, na forma de insumos, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos.

    Resduos volumosos: resduos constitudos basicamente por material volumoso no removido pela coleta pblica municipal rotineira, como mveis e equipamentos domsticos inutilizados, grandes embalagens e peas de madeira, resduos vegetais provenientes da manuteno de reas verdes pblicas ou privadas, e outros, no caracterizados como resduos industriais.

    Reutilizao: processo de utilizao dos resduos slidos para a mesma finalidade, sem sua transformao biolgica, fsica ou qumica.

    Roada: modalidade de capina na qual feito apenas o desbaste da vegetao herbcea, sem a remoo de tocos ou de razes, preservando a vegetao arbustiva e tendo como padro de

  • acabamento a distncia mdia de 10 a 15cm acima do nvel do solo, permitindo o uso de rastelo para remoo de lixo e entulho.

    Segregao: separao dos resduos no momento e local de sua gerao, de acordo com as caractersticas fsicas, qumicas, biolgicas, o seu estado fsico e os riscos envolvidos.

    Servios complementares: compreendem as atividades de capina, roada, limpeza de bocas de lobo, limpeza de cestos coletores de resduos leves, raspagem de vias e outros logradouros, remoo de placas, faixas e cartazes, recolhimento de animais mortos, lavao de logradouros pblicos e limpeza das margens de crrego e nascentes.

    Tabuado: tapume de tbuas.

    Tapume: vedao de um terreno feita com madeiras. Cerca, tapagem, vedao provisria feita de tbuas.

    Toxicidade: propriedade potencial que o agente txico possui de provocar, em maior ou menor grau, um efeito adverso em consequncia de sua interao com o organismo.

    Tratamento: aplicao de mtodos, tcnicas ou processos que alteram as caractersticas fsicas, fsico-qumicas, qumicas ou biolgicas dos resduos, podendo promover a sua descaracterizao, visando minimizao do risco sade pblica, a preservao da qualidade do meio ambiente, a segurana e a sade do trabalhador. O tratamento pode ser aplicado no prprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento, observadas, nesses casos, as condies de segurana para o transporte entre o estabelecimento gerador e o local do tratamento.

    Valorizao de resduos slidos: requalificao do resduo slido como subproduto ou material de segunda gerao, agregando-lhe valor por meio da reutilizao, do reaproveitamento, da reciclagem, da valorizao energtica ou do tratamento para outras aplicaes.

    Varrio pblica: conjunto de atividades necessrias para ajuntar, acondicionar e remover os resduos lanados por causas naturais ou pela ao humana nos logradouros pblicos.