legislativo n° 186, de 9 de julho de 2008, a convenção...
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MINISTÉRIO DAJUSTIÇASECRETARIA NACIONAL DO CONSUMIDOR
DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDORCOORDENAÇÃO-GERAL DE CONSULTORIA TÉCNICA E PROCESSOS
ADMINISTRATIVOS
End.: Esplanada dos Ministérios. Bloco T- Palácio da Justiça Raymundo Faoro - Sala 520-Cep: 70064-900 - Br^ília-DFf Fone:(0xx61)2025-3170/Fa\:(0xx61)2025-3497-F
Notan.® 61 2014- Senacon/SNPD/MJ
Protocolado
n° 0 3 deabril de2014.
Data:
Assunto:
SIAPSO/CMB^SENACON
9«Tl(e Protocolo t ApoioProcHud
08012.001413/20 4-9
Atuação conjunta. Acessibilidade e a devida inclusão das pessoas comdeficiência no mercado de consumo. C-i
ã
o
Sra. Coordenadora - Geral de Consultoria Técnica e Processos Administrativos,
1. Trata-se de nota técnica, conjunta com a Secretaria Nacional de Promoção dos
Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República - SNPD/SDH/PR, que visa esclarecer questões relativas à acessibilidade dos
consumidores com deficiência e a sua devida inclusão no mercado de consumo, nos termos do
Código de Defesa do Consumidor.
I - Acessibilidade e sua Interface com a Defesa do Consumidor
2. A legislação brasileira, no que tange a garantia de direitos relativos à promoção da
inclusão social das pessoas com deficiência, encontra-se dentre as mais avançadas do mundo
e assegura a esse grupo de pessoas o direito a um convívio social equilibrado, proibindo
qualquer tipo de discriminação.
3. A Constituição Federal de 1988 foi promissora ao introduzir no ordenamento jurídico
nacional a tutela dos direitos das minorias, contemplando em seu bojo ampla proteção e
garantia de inclusão social das pessoas com deficiência, conforme se extrai dos seguintes
comandos do texto constitucional: art. 3°, III e IV; art. 5°, XIII; art. 7°, XXXI; art. 37, VIII;
art. 203, IV e V; art. 208, III; art. 227, §1°, II; e, art. 244, entre outros.
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I
4. Outrossim, destaque-se que o Congresso Nacional aprovou, por meio do Decreto
Legislativo n° 186, de 9 de julho de 2008, a Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com ^
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0.\7^ Deficiência e seu Protocolo Facultativo, com status de emenda constitucional, ao observar o* '
procedimento do § 3°, do artigo 5°, da Constituição Federal, que prevê que: "Oi' tratados e
convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros,
serão equivalentes às emendas constitucionais''.
5. Além das referidas previsões constitucionais, a legislação infraconstitucional também
deferiu tratamento especial à pessoa com deficiência pela Lei n° 7.853, de 24 de outubro de
1989 (que dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência^ sua integração social, sobre a
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa com Deficiência - Corde, institui a tutela
jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do
Ministério Público, define crimes, e dá outras providências); o Decreto n° 3.298 de 20 de
dezembro de 1999 (que regulamenta a Lei n® 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispondo sobre
a Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência, consolida as normas de
proteção, e dá outras providências); a Lei n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000 (que
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências); o Decreto Federal n°
5.296/04 (que regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade
de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências); e a Norma da ABNT
NBR 9050:2004 (que prevê a acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos), entre outras.
6. A concepção do termo "pessoa com deficiência" e o respectivo conceito encontram-se
previstos no Artigo 1 da Convenção Sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, que
estabeleceu que ^^Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo
de natureza fisica, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na 'sociedade em igualdades de
condições com as demais pessoas.'' A Convenção reconhece, no seu preâmbulo, que a
' Embora "pessoa portadora de deficiência" seja o texto literal da lei, entende-se que tal termo foi tacitamentealterado com o advento da Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que tem status de emendaconstitucional. Utilizaremos aqui e em outras citações "pessoa com deficiência" - preferível também a"deficiente" ou "portador de necessidades especiais" e outros eufemismos, já superados.
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"'-oydeficiência é um conceito em evolução e, mais uma vez, reforça que ela é resultado da
interação com barreiras devidas às atitudes e ao ambiente.
7. A existência de diversas leis conferindo proteção especial a essa categoria de
indivíduos é clara: sedimentar o princípio da igualdade ou isonomia, ao promover a inclusão
social das pessoas com deficiência, de forma a tratar desigualmente aos desiguais, na medida
em que se desigualam, já que nessa forma de agir é que se encontra a verdadeira realização do
mencionado princípio da igualdade.
9. Pelo citado princípio, toma-se inaceitável o desprezo dos direitos fundamentais de
qualquer cidadão. No contexto de uma sociedade de consumo contemporânea, pessoas com-
deficiências têm direitos face aos fornecedores e à sociedade. Elas merecem atenção não
apenas por serem sujeitos de direitos, mas se vistas, sob um novo enfoque, como um enorme
mercado de consumidores ainda negligenciado. Sua exclusão como consumidores resulta não
de sua deficiência, mas do desrespeito a direitos que já restaram consagrados pela Lei Maior e
pòr legislação infraconstitucional.
8. Toma-se, portanto, imprescindível estabelecer que a pessoa com deficiência tenha
direito a um tratamento diferenciado, visando à eliminação das barreiras, muitas vezes
despercebidas pelas pessoas que não apresentam deficiências. Outrossim, eventual ofensa ao
princípio da igualdade constitui-se na- quebra do próprio princípio da dignidade da pessoa
humana, compreendido como sendo o alicerce dos direitos individuais e do sistema
democrático brasileiro.
10. Nesse diapasão é que se invoca a aplicação do Código de Defesa do Consumidor,
como norma de ordem pública e interesse social, a favor dessa categoria de indivíduos. Essas
pessoas são enquadradas como consumidoras, partícipes de uma relação de consumo e que se/
caracteriza pelo vínculo, existente entre elas e os fomecedores na aquisição de produto ou na
prestação de serviço.
11. Destarte, enfatize-se que todas as pessoas, sejam elas pessoas com deficiência ou não,
são consumidoras na medida em que se enquadrem no disposto no artigo 2®, caput, do CDC,
que conceitua consumidor como '̂ 'toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço destinatárioJínaP'.
12. Ademais, constitui objetivo da Política Nacional das Relações de Consumo reconhecer
(artigo 4^ I, do CDC) que consumidor é a parte vulnerável da relação estabelecida entre o
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)mecedor e o consumidor. Inclusive, pode-se inferir que as pessoas com deficiência possuem
condição de vulnerabilidade potencializada pelas barreiras existentes nas relações de
consumo, o que as caracterizam como consumidoras hipervulneráveis. Assim sendo, a pessoa
com deficiência é um consumidor mais Mgil, porquanto se encontra mais exposta às práticas
invasivas do mercado de consumo, se comparadas à grande maioria da população
consumidora.
13. O Código de Defesa do Consumidor, no artigo 39, IV, apresenta os fatores de
hipervulnerabilidade dos consumidores (idade, saúde, conhecimento ou condição social), »
fazendo constar no roljle práticas abusivas ser vedado ao fornecedor de produtos ou serviços
^'prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social para impingir-lhe seus produtos ou serviços''.
14. Em face dessa condição de vulnerabilidade especial dos consumidores, o Código de
Defesa do Consumidor detalhou no artigo 6°, seus direitos básicos como forma de propiciar o
equilíbrio e harmonia nas relações de consumo. Dentre os incisos do artigo em comento pode-
se destacar o direito de informação, como sendo um dos mais importantes para a proteção das
pessoas com deficiência, por ser ele um dos pilares do sistema de defesa do consumidor e que
se encontra previsto no inciso III, sendo expresso ao dispor que o consumidor tem direito á
informação adequada e clara sobre todas as características referentes ao produto ou serviço e
os riscos deles provenientes.
15. O djreito á informação ao consumidor tem como conseqüência o dever de informar
por parte do fornecedor, possuindo estreita ligação com o princípio da boa-fé objetiva. Oi
último princípio refere-se mais a uma regra de conduta nas relações de consumo,
estabelecendo um padrão de comportamento por parte do fornecedor, a fim de tomar a relação
mais equilibrada e transparente. Por ele há obrigação do fornecedor de repassar a informação
de forma responsável e adequada, para não prejudicar a parte interessada. Saliente-se que o
fornecedor é o responsável por transmitir de forma clara e verídica as informações acerca do
produto adquirido ou do serviço prestado, sob pena de ensejar a violação do princípio da boa-
fé objetiva. A violação ao dever de informação gera, via de regra, responsabilidade do
fornecedor de reparar um eventual dano sofrido pelo consumidor.
16. Nesse mesmo aspecto, esclareça-se que o fornecedor tem ainda o dever de agir com
transparência, transmitindo as informações de forma acessível, permitindo-se o conhecimento
das peculiaridades inerentes ao produto ou serviço. O princípio em comento traz a idéia
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central da possibilidade de existência de uma relação contratual mais sincera emen^ ^nosa_jentre o consumidor e o fornecedor, principalmente em relação aos consumidores
hipervulneráveis.
17. Observa-se, como já destacado, que as pessoas com deficiência necessitam que as
barreiras encontradas para a concretização dos seus direitos sejam eliminadas. Entre essas
barreiras, encontram-se as da comunicação e informação. As informações que vêm sendo
prestadas ao consumidor com deficiência, de modo geral, apresentam-se insuficientes ou, nem
mesmo conseguem chegar ao seu destinatário, pelo formato que vêm sendo divulgadas pelos
fomecedores.
18. O oferecimento de um produto ou prestação de um serviço com qualidade no mercado
de consumo não se afasta, ao contrário, aproxima todos da promoção da acessibilidade. Deste
modo, constitui direito de todo consumidor, quer seja ele pessoa com deficiência ou não, a
plena equiparação de oportunidades, que se materializa quando o consumidor pode usar ao
máximo sua autonomia e conhecimento para usufruir, de forma integral, um produto ou
serviço colocado no mercado de consumo.
19. A acessibilidade, consoante o artigo 2°, inciso I, da Lei n° 10.098, de 19 de dezembro
de 2000, vem a ser a '^possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e
autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos
transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa com deficiência ou com
mobilidade reduzida'\
20. Outrossim, depreende-se, ao se interpretar o texto da Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência, que a acessibilidade vem a ser uma ferramenta colocada a serviço
das pessoas com deficiência para que elas atinjam sua autonomia em todos os aspectos da
vida. Dessa forma, se alcança uma visão atualizada das especificidades necessárias aos
produtos e serviços a serem oferecidos, para que o maior número de pessoas possam utilizá-
los de maneira plena e independente, não se restringindo á acessibilidade ao meio físico. Em
outras palavras, significa, também, disponibilizar a informação e os serviços em diversos
formatos para quç todos possam utilizar e compreender os citados produtos e serviços, fato
que permitirá o respeito dos direitos desses indivíduos na sociedade
^A fim de possibilitar às pessoas com deficiência viver deforma independente e participar plenamente detodos osaspectosda vida, os Estados Partes tomarão as medidas apropriadas para assegurar às pessoas com deficiência o acesso, em igualdade
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11. Nesse diapasão aparece, um novo conceito para a concepção de bens e serviços,
também previsto na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, qual seja, o
"Desenho Universal", que significa a concepção de produtos, ambientes, programas e
serviços a serem usados, na maior medida possível, por todas as pessoas, sem necessidade de
adaptação ou projeto específico. Observa-se que os produtos e serviços, quando já pensados,
em sua concepção, para serem usados por todos, mostram-se econômicos e sustentáveis na
medida em que se dilui o custo de projetar a acessibilidade no projeto como um todo, e não
em um projeto específico para este fim ou uma adaptação posterior.
22. Assim, para que as pessoas com deficiência possam ter pleno acesso ao uso dos
serviços e dos produtos disponíveis no mercado de consunjo, faz-se necessário o respeito
integral aos seus direitos e, na prática, sua implementação.
23. Deste modo, o fornecedor de serviços deve atentar-se à finalidade primordial de
efetivar a implementação dos direitos do consumidor com deficiência, por meio de um
atendimento prioritário, que inclui várias medidas de acessibilidade, ou seja, medidas para
eliminar ou mitigar as barreiras no atendimento. Como exemplo, para consumidores com
deficiência sensorial (visão e/ou audição), pode-se disponibilizar telefone para surdos,
mensagens em texto associadas às mensagens audíveis e vice-versa, atendentes proficientes
em Libras (Língua Brasileira de Sinais), elevadores com sinalização braile nas botoeiras e
de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive aos sistemas etecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público,tanto na zona urbana como na rural. Essas medidas, que incluirão a identifícação e a eliminação de obstáculos e barreiras àacessibilidade, serão aplicadas, entre outros, a:
a) Edifícios, rodovias, meios de transporte e outras instalações internas e externas, inclusive escolas, residências,instalações médicas e local de trabalho;
b) Informações, comunicações e outros serviços, inclusive serviços eletrônicos e serviços de emergência.2.0s Estados Partes também tomarão medidas apropriadas para:-a) Desenvolver, promulgar e monitorar a implementação de normas e diretrizes mínimas para a acessibilidade das
instalações e dos serviços abertos ao público ou de uso público;b) Assegurar que as entidades privadas que oferecem instalações e serviços abertos ao público ou de uso público
levem em consideração todos os aspectos relativos à acessibilidade para^essoas com deficiência;c) Proporcionar, a todos os atores envolvidos, formação em relação às questões de acessibilidade com as quais as
pessoas com deficiência se confrontam:d) Dotar os edifícios e outras instalações abertas ao público ou de uso público de sinalização em braille e em formatos
de fácil leitura e compreensão;e) Oferecer formas de assistência humana ou animal e serviços de mediadores, incluindo guias, ledores e intérpretes
profissionais da língua de sinais, para facilitar o acesso aos edifícios e outras instalações abertas ao público ou de usopúblico;
O Promover outras formas apropriadas de assistência e apoio a pessoas com deficiência, a fim de assegurar a essaspessoas o acesso a informações:
g) Promover o acesso de pessoas com deficiência a novos sistemas e tecnologias da informação e comunicação,inclusive à Internet;
h) Promover, desde a fase inicial, a concepção, o desenvolvimento, a produção e a disseminação de sistemas etecnologias de informação e comunicação, a fim de que esses sistemas e tecnologias se tomem acessíveis a custo mínimo.
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/v
anúncio verbal, alarmes de emergência sonoros/ luminosos, impressos em braile e'te%--
caracteres ampliados, entre outros. Para consumidores com deficiência física, pode-áe.
disponibilizar vagas nas garagens e' estacionamentos identificadas com o SIA (Símbolo
Internacional de Acesso) localizadas próximas à entrada, executar rampas de acesso, pisos
nivelados e antiderrapantes, dispor de sanitários acessíveis, quartos adaptados em
estabelecimentos de hospedagem, e outros. Para pessoas com deficiência intelectual, assim
como todas as outras pessoas, inclusive estrangeiros ou pessoas não alfabetizadas, é
importante disponibilizar informações claras com fotos, pictogramas, etc.
24. No que pertine aos produtos, para a promoção da acessibilidade às pessoas com
deficiência físicas, é importante que seja observado, conforme «já dito sobre o desenho
universal, que estes produtos levem era consideração a diversidade dos seus possíveis
usuários, de forma a não restringir seu uso. Como exemplo, tem-se a obrigatoriedade de
apresentação de informações sobre os medicamentos em Braille nas embalagens, de forma a
garantir a devida segurança para as pessoas com deficiência visual que os televisores
possuam o recurso da legenda oculta {closed caption) e tecla SAP {Second Áudio Program),
para que as pessoas com defíciência auditiva e visual, respectivamente, possam acompanhar a
programação que está sendo transmitida com a legenda em tempo real e a audiodescrição;
sem contar os diversos produtos de tecnologia assistiva feitos especificamente para as pessoas
com deficiência e que estão sendo comercializados de forma cada vez mais freqüente.
25. Constata-se que as pessoas com deficiência são titulares de todo o conjunto de direitos
civis, culturais, econômicos, políticos e sociais e devem ser tratadas com igualdade perante as
demais. Os obstáculos e práticas discriminatórias que impeçam o exercício dos direitos e
liberdades garantidos constitucional e infraconstitucionalmente devem ser coibidos pelo
Estado, por intermédio de seus órgãos de atuação.
26. Nesse contexto, caso o consumidor com deficiência não tenha seus direitos respeitados
poderá recorrer a qualquer dos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Defesa do
Consumidor (SNDC). São integrantes do SNDC (Procons, Defensorias Públicas, Ministérios
Públicos, Delegacias do Consumidor, entre outros).
' Agência Nacional deVigilância Sanitária (ANVISA). Resolução - ElDC n° 71, de22dedezembro de2009 (estabeleceregras para a rotulagem de medicamentos).
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27. Todos os órgãos integrantes do SNDC, por possuírem atribuição concorrente para o
exercício do poder de polícia administrativa, detêm competência para receber denúncias,
apurar irregularidades e promover de forma coordenada, difusa e capilarizada a proteção e
defesa dos direitos dos consumidores no País.
IIL Conclusão
28. As pessoas com deficiência são titulares de direitos que necessitam de proteção
especial, inclusive no que diz respeito à defesa de seus direitos como consumidoras. O
objetivo em se conferir uma proteção especial a essa categoria de indivíduos visa reconhecer e
tomar efetivo o princípio da igualdade. A plena equiparação de oportunidades no mercado de
consumo se concretizará com uma prestação de serviço ou disponibilização de produto de
qualidade pelo fornecedor. Os consumidores com deficiência que não tiverem seus direitos
respeitados podem procurar os órgãos de defesa do consumidor mais próximos de sua
localidade para a promoção da defesa dos seus direitos, devendo todos os órgãos integrantes
do Sistema Nacional do Consumidor observarem as prerrogativas que referidos consumidores
possuem, conferindo-lhes o atendimento especializado de que são detentores.
À consideração superior.
)/ÍÁ'Áz-Fernanda Vilela Oliveira
Coordenadora de Análise e
Orientação TéFCnlca em Defesa do
Consumidor
Alessandra m. Camargos C. Oliveira
Coordehado^-Geral de ConsultoriaTécnica e Processos Administrativos
^ C--
ry Martins de Oliva
Diretor do DPDC
Brasília, ^ de abril de 2014.
mRodrigo Abreu de feitas Machado
Coordenador de Acessibilidade
SNPD/SDH/PR
Sérgio Paulo da Silveira NascimentoCoordenador-Geral de Acessibilidade
Luiz C^vis Guido RibeiroDiretor de Políticas Temáticas
SNPD/SDH/PR
SNED^DH
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MINISTÉRIO DAJUSTIÇASECRETARIA NACIONAL DO CONSUMIDOR
DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE PROTOCOLADOS
Ficha
Número do protocolo: 08012.001413/2014-98 Ano de Instauração: 2014^"REPRESENTANTE: Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e Secretaria Nacional dePromoção dos Direitos da Pessoa com Deficicncia da Secretaria de Direitos Humanos daPresidência da República (SNPD/SDH/PR)INTERESSADO (se houver); -
REPRESENTADO (se houver):
1. RESUMO (síntese da questão posta): Nota Técnica conjunta com a SecretariaNacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de DireitosHumanos da Presidência da República - SNPD/SDH/PR, que visa esclarecer questõesrelativas à acessibilidade dos consumidores com deficiência e sua devida inclusão no mercado
de consumo, nos termos do Código de Defesa do Consumidor.Procedência:
• MPF/MPE
• PROCON Estadual
• PROCON Municipal• Agências Reguladoras• SDÊ / DPDC / DPDE• CADE
• AGU
• Polícia Civil / Federal
• Fornecedor
• Consumidor
• Entidade Civil Nacional
• Organismo Internacional• Poder Judiciário
• Poder LegislativoJgIPoder Executivo• Sem especificação
Assuntos:
• Alimentos
• Saúde
• Habitação• Produtos
iS^erviços• Financeiro
• SNDC
• Pàlestras e Eventos
• Pedidos de material,passagens e diárias.• Prêmios e Sorteios
• Não identificável
Tipologia dos procedimentos:
• Averiguação preliminàr (AP)• Processo Administrativo Sancionatório (PA)
^Consulta / Encaminhamento de Informação (Cl)• Reclamação / Orientação (RO)D Processo de Chamamento (PC)âÍProtocolado Interno (PI)uMedida Cautelar Administrativa (MC)Ao SETPRO para:
^Autuar, numerar e rubricar.• Verificar antecedentes.
• Juntar ao processo n.®D Apensar ao processo n."O Outro:
Observações:
Brasília, de
Enquadramento preliminar no CDC:G Política Nacional das Relações de Consumo
-^[Direitos Básicos do Consumidorn Saúde e Segurança• Defeito ou Vício
• Decadência e Prescrição• Oferta e Publicidade
• Práticas Abusivas
• Cobrança de Dívidas• Banco de Dados
• Proteção Contratual• Sanções Administrativas
• Infração Penal• Aspectos^judiciais• Disposições GeraisO Sem enquadramento no CDC
Gestão do Fluxo de Trabalho:
• Aguardando manifestações externasn Aguardando manifestações internas• Em averiguação
• Em instrução• Aguardando decisão da autoridade• Execução da decisão irrecorrível• Suspensão por decisão judicialProvidências imediatas:
KÀ cgctpa/caton• ÀCGSC• ÀCGPRC• Ao Gabinfete do Diretor
O Ao Gabinete do Secretário
• Arquive-se• Encaminhar a outro órgão (especificai" abaixo).
de 2014.
t^rnandaMeia QUmraCoordenadora de Analise eOrientaçãoTécnica em Defesi do Ccnsumidar
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MINISTÉRIO DÁ JUSTIÇASECRETARIA NACIONAL DO CONSUMIDOR
DEPARTAMENTO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDORGABiríETE DO DIRETOR ",
Ofício, di5 /2Q14/DPDC^enacon/MJ ^(anexar Nota Técnica n° 61 2014-Ser2Cí)n/SNPD/MJ
Brasília-DF, o? de abril de ^014.
Ao Senhor , , .LUIS CLÓVIS GUIDO RIBEIRODiretor de Políticas Temáticas . , '
. SNPD/SDH/PR
Setor Comercial Sul - B, Quadrá9, Lote Edifício ParqueCidade Coiporaíe, Torre "A", 8® andarCEP: 70308-200 BraSília/DF
Assunto: Assinatura da Nota Técnica n° 61 2014-Senacon/SNPD/MJ Acessibilidade e a
devida inclusão das pessoas com deficiência no mercado de consuroo(Procedimento Adramistrativo n° 08012.001413/2014-98) ' ' '
Senhor Diretor,
1. Cumprimentando-o, cordialmente, informamos que após_,a assinatura da Nota vTécnica de Acessibilidade e a devida inçlusão das pessoas com deficiência nomercado deconsuiiio,a "mesma foi apresentada na T Reunião da Secretaria Nacional do Consxmiidor (Senacon) comSistema Nacional de Defesa do Consumidor, no dia 03 de abril de 2014.
Outrossim, encaminhamos ainda cópia da referida Nota Técnica.
Aproveitamos a oportunidade para registrar nossos votos de elevacía estima e.consideração. : ir'""""
Atenciosamente, : qQ[/• X. •
'l • •' • •' •••f• ' -.''i- .• ' • ;>•
"-v;
i; A^URY RÍAÍ^TINS DEDiretor do DPDC
•/
Esplanada dos Ministérios, Bloco T, 5° andar, sala 52Q, Cep; 70064-900, Brasílía-£)F .Fone: (Oxx61) 2025-3237/3105 - Fax: (Oxxól) 2025-3323
wvAv.mj.gov.br