legislação trabalhista 1

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MÓDULO – LEGISLAÇÃO TRABALHISTA PROFESSORA: LORENA FÁTIMA DUARTE FERNADES

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Page 1: Legislação trabalhista   1

MÓDULO – LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

PROFESSORA: LORENA FÁTIMA DUARTE FERNADES

Page 2: Legislação trabalhista   1

Atualmente para exercer qualquer

profissão é indispensável estar bem

informado e atualizado.

Page 3: Legislação trabalhista   1

AS LEIS TRABALHISTAS

Surgimento

Foi em janeiro de 1942 que o presidente Getúlio Vargas e

o ministro do Trabalho Alexandre Marcondes Filho

trocaram as primeiras ideias sobre a conveniência de

fazer uma consolidação das leis do trabalho. A ideia

inicial era criar a Consolidação das Leis do Trabalho.

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Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)

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O QUE É?

• A Consolidação das Leis do Trabalho é a legislação que rege as

relações de trabalho, individuais ou coletivas. Seu objetivo é

unificar todas as leis trabalhistas praticadas no País.

A CLT é chamada de Consolidação das Leis Trabalhistas, ao invés de

Código das Leis Trabalhistas porque seu objetivo foi apenas reunir a

legislação trabalhista já existente na época, reunindo-a. Daí seu nome.

Não poderia receber a denominação "Código" por não se tratar de um

direito novo, apenas de uma reunião consolidadora.

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Contratos de trabalho

•RELAÇÃO DE EMPREGO trata do trabalho subordinado do empregado

em relação ao empregador.

•CONTRATO DE TRABALHO – é gênero e compreende o contrato de

emprego.

•Requisitos do contrato:

- CONTINUIDADE – trato sucessivo, de duração

- SUBORDINAÇÃO – dirigido pelo empregador

- ONEROSIDADE – recebe salário

- PESSOALIDADE – realizado por certa e determinada pessoa

- ALTERIDADE – sem ascensão de qualquer risco pelo trabalhador.

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CONCEITO LEGAL

É um acordo Expresso ou Tácito, correspondente à relação deemprego entre empregado e empregador, no qual o primeiro secompromete a trabalhar para o segundo, que o remunera.

Denominação recorrente é CONTRATO INDIVIDUAL DETRABALHO – art. 442 CLT

Objetivo do contrato de trabalho: prestação de serviçosubordinado e não eventual do empregado ao empregador,mediante pagamento de salário.

Obrigação principal do contrato: é prestar serviços (empregado),pagar salário (empregador).

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MODALIDADES

Contrato Tácito

Contrato Expresso

Contrato de trabalho por prazo determinado

Contrato de Experiência

Contrato de trabalho por Obra Certa

Contrato de trabalho por tempo Indeterminado

Aviso prévio

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CONTRATO TÁCITO

-São aqueles que são ajustados verbalmente. A tácita

ocorre quando alguém presta serviços não eventuais a

outrem, sob dependência deste e mediante salário, muito

embora não tenham as partes envolvidas, externado de

forma explicita e clara esta vontade.

-O funcionário vai ficando, ficando...

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CONTRATO EXPRESSO

O contrato expresso é aquele em que as partes

estipulam as condições da prestação de serviços de

forma clara, podendo ser celebrado de forma verbal

ou escrito.

-Qualquer contrato pode ser feito verbalmente,

bastando haver o ajuste entre as partes.

- Art. 443 CLT

Page 11: Legislação trabalhista   1

CONTRATO COM PRAZO DETERMINADO

-O contrato por prazo determinado é o que estipula otermo inicial do trabalho e o termo final do mesmo.O termo prefixado ou da execução de serviçosespecificados ou ainda da realização de certoacontecimento suscetível de previsão aproximada.

- O empregado ao ser admitido já tem conhecimentoprévio de duração do pacto laboral. (art 443, § 1ºCLT)

-Ex: contratação de técnico para treinamento deoperadores de um equipamento sofisticado.

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CONTRATO DE EXPERIÊNCIA

-O contrato de experiência é uma modalidade docontrato por prazo determinado, cuja finalidade é a deverificar se o empregado tem aptidão para exercer afunção para a qual foi contratado.

-Art. 443, § 2º, e parágrafo único do art. 445 CLT

-Será testado o empregado, sem ter uma característicade aprendizado. Verificar a aptidão do empregado.

-Prazo máximo de 90 dias – estabelecido em dias

-Deve ser registrado na CTPS

-Pode ser prorrogado por 1 única vez (art. 451 CLT) –porém sem ultrapassar os 90 dias totais

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CONTRATO DE TRABALHO POR OBRA CERTA

-O contrato de trabalho por obra certa é também

considerado uma modalidade de contrato por prazo

determinado, em que o empregado é admitido para

trabalhar enquanto a obra durar.

-Serviços especificados (art. 443, §1º CLT); ou

acontecimento suscetível de previsão aproximada.

-Ex: contrato de safra, construção civil

-Prazo: não poderá exceder 2 anos. (art. 445 CLT)

-Há dependência da realização de um serviço específico.

-Ao realizar a obra, cessa o contrato.

Page 14: Legislação trabalhista   1

CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO INDETERMINADO

Não existe período pré-definido, normalmente, quando acaba

a vigência do contrato de experiência, não havendo dispensa

por parte do empregador, nem o desejo de ser dispensado por

parte do empregado, entra-se no período de contrato por

tempo indeterminado.

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AVISO PRÉVIO

-O aviso prévio é dado ao empregador quando o mesmo decide rescindir ocontrato, assim o aviso prévio é considerado uma maneira de notificar oempregado ou empregador da sua saída do serviço.

-ART. 487 CLT

-O aviso prévio tem por finalidade evitar a surpresa na ruptura do contrato detrabalho, possibilitando ao empregador o preenchimento do cargo vago e aoempregado uma nova colocação no mercado de trabalho

-Aviso prévio é a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por umadas partes, empregador ou empregado, que decide extingui-lo, com aantecedência que estiver obrigada por força de lei.

-A Lei 12.506/2011 prevê que o trabalhador com até um ano de emprego que fordispensado sem justa causa tem direito a 30 dias de aviso prévio, ouindenização correspondente, sendo que esse tempo será aumentado em 3 diaspara cada ano adicional de serviço prestado, até o limite de 60 dias deacréscimo, ou seja, 90 dias de aviso prévio no total.

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JORNADA DE TRABALHOTempo em que o empregado permanece em seu localde trabalho, ou à disposição de seu empregador, éconsiderado sua jornada de trabalho. Sua duraçãonão poderá ultrapassar oito horas diárias, ou 44horas semanais. – art. 7º, XIII, CF

-Varia conforme a profissão: bancários etelefonistas, jornada de 6hrs diárias

-Jornadas diferenciadas:

-Art. 227 clt (telefonistas), turnos ininterruptos (art.7º ,XIX, CF)

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PERÍODO DE DESCANSOEm qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda

de 6 horas, é obrigatória a concessão de um intervalo

para repouso ou alimentação.

-ART. 66 CLT

-DESCANSO SEMANAL REMUNERADO (arts. 67

da CLT, 7º, XV da CF)

-É o período de 24 hrs em que o empregado deixa de

prestas serviços, preferencialmente aos domingos e

feriados.

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VALE-TRANSPORTEArt. 1º - O Vale-Transporte constitui benefício que o

empregador antecipará ao trabalhador para utilização

efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e

vice-versa.

-Regido pela Lei 7.418/1985, Decreto 95.247/87.

-Em geral tem caráter obrigatório, cabendo ao empregado

aceitar ou não; não tem natureza salarial. Não integrando a

remuneração do empregado.

Page 19: Legislação trabalhista   1

FÉRIASO direito a férias anuais remuneradas é garantido a todo

trabalhador pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Esse período de descanso e lazer é concedido ao cidadão

após um ano de vigência do contrato de trabalho; com pelo

menos 1/3 a mais do que o salário normal.

-ART. 134 CLT

-ART. 142 CLT

-ART. 131 CLT (FALTAS INJUSTIFICADAS)

-ART. 130 CLT: PROPORÇÃO:

-5 Faltas – 30 dias de férias

-6 a 14 faltas – 24 dias

-15 a 23 faltas – 18 dias

-24 a 32 faltas – 12 dias

-Mais de 32 faltas – sem férias

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PERÍODO AQUISITIVO – doze meses iniciais

em que o trabalhador adquire seu direito à

férias.

PERÍODO CONCESSIVO – doze meses

subseqüentes ao período aquisitivo nos

quais o empregado deverá gozar suas

férias.

EX: 10-05-2014 (admissão), 10-05-2015

(período aquisitivo), 10-05-2016 (período

concessivo).

Page 21: Legislação trabalhista   1

ABONO PECUNIÁRIO

“É facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a

que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração

que lhe seria devida nos dias correspondentes”.

Parágrafo 1: O abono de férias deverá ser requerido até 15

dias antes do término do período aquisitivo”.

-ART. 143 CLT.

-É facultado ao empregado pedir, mas obrigatório o empregador

aceitar o requerimento do mesmo.

Page 22: Legislação trabalhista   1

13º SALÁRIOÉ um salário extra, oferecido ao trabalhador no final de cada

ano, calculado com base na remuneração integral ou no valor

da aposentadoria do cidadão. O pagamento da gratificação ao

trabalhador não aposentado é feito em duas parcelas.

-É devido a qualquer tipo de empregado, temporário,

doméstico, rural etc. Lei 4090/1962.

-Deve ser feito com base no salário de dezembro

-Pode ser dividido em 2 parcelas – 1ª entre os meses de

fevereiro a novembro e a 2ª até o dia 20 de dezembro.

Page 23: Legislação trabalhista   1

REMUNERAÇÃO

(SALÁRIO+ADICIONAIS)

Salário mensal: é a contraprestação direta do serviço, devida

e paga diretamente pelo empregador, equivalente às horas

trabalhadas no mês, de acordo com a jornada de trabalho

contratada.

-Remuneração: é a soma de todas as parcelas recebidas pelo

empregado, dentre elas o salário, a gorjeta, os adicionais, etc.

-Art. 457 CLT

-Atraso salarial – art. 459 CLT – até o 5º dia útil do mês

subseqüente ao vencido.

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• REGRAS DE PROTEÇÃO AO SALÁRIO:

a) IRREDUTIBILIDADE SALARIAL – art. 7º, VI, CF), ou

alterada por meio de norma coletiva

b) IMPENHORABILIDADE – não pode ter seu salário

penhorado em nenhuma hipótese, ressalvando a

pensão alimentícia.

c) INTANGIBILIDADE – art. 462 CLT – vedado ao

empregador efetuar descontos no salário do

empregado, salvo quando resultar de adiantamentos.

Page 25: Legislação trabalhista   1

ADICIONAL DE HORAS EXTRAS

É o tempo trabalhado além da jornada normal pelo

empregado, que não pode ser obrigado a cumpri-las,

a não ser nos casos de necessidade imperiosa,

quando há necessidade de se terminar um serviço já

iniciado, por exemplo.

Page 26: Legislação trabalhista   1

ADICIONAL NOTURNO

Jornada de trabalho que acontece entre as 22h

de um dia até às 5h do dia seguinte, isso é o

caso de trabalho noturno.

Page 27: Legislação trabalhista   1

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Uma atividade Insalubre é aquela na qual o empregado

trabalha diariamente na presença de agentes nocivos à sua

saúde (excesso de barulho, excesso de poeira, trabalho com

agentes químicos, etc.).

Page 28: Legislação trabalhista   1

ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

Atividades perigosas aquelas que, por sua natureza

ou métodos de trabalho, impliquem o contato

permanente com inflamáveis ou explosivos em

condições de risco acentuado.

Page 29: Legislação trabalhista   1

FGTSFundo de Garantia por Tempo de Serviço- Tem oobjetivo de auxiliar o trabalhador, caso esse sejademitido, em qualquer hipótese de encerramento darelação de emprego.

-Lei 5.107/66 – finalidade de conceder um tipo depoupança aos empregados, proporcionando-lhes umagarantia em caso de despedimento sem justa causa. –

-Alterado pela Lei nº 8.036/1990 e decreto nº99.684/90.

- Depósito de 8% da remuneração do

empregado.

Page 30: Legislação trabalhista   1

• O empregador deverá depositar, até o dia 7 de cada mês, a

importância devida a título de FGTS do mês anterior,

tomando como base a remuneração e não só o salário;

• Em caso de inadimplência, incidirão juros de 1% ao mês e

multa de 20% sob o valor, sobre o valor atualizado dos

depósitos, ou seja, incidirá não sobre o saldo da conta, e sim

pelos depósitos efetuados pelo empregador depositante.

• São devidas multas sobre o total de depósitos na rescisão

contratual, nas seguintes hipóteses:

• A) 50% n dispensa sem justa causa e na rescisão indireta;

• B) 25% na culpa recíproca e na força maior;

Page 31: Legislação trabalhista   1

• Os depósitos efetuados ao longo do contrato detrabalho podem ser sacados pelo trabalhador ou porseus familiares, nas seguintes situações:

a) DEMISSÃO SEM JUSTA CAUSA;

b) RESCISÃO INDIRETA;

c) EXTINÇÃO DA EMPRESA EMPREGADORA;

d) APOSENTADORIA;

e) FALECIMENTO DO TRABALHADOR, o saldosendo sacado pelos herdeiros do trabalhador;

f) AQUISIÇÃO NO TODO OU EM PARTE DEMORADIA PRÓPRIA;

g) INATIVIDADE DA CONTA VINCULADA POR 3ANOS ININTERRUPTOS;

h) TRABALHADOR PORTADOR DE MOLÉSTIAGRAVE (Lei 8.922/94)

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• HIPÓTESES DE MOVIMENTAÇÃO NA CONTA

VINCULADA AO FGTS: ART. 35 Lei 8.922/94

• NOVAS HIPÓTESES DE MOVIMENTAÇÃO DA

CONTA DO FGTS: Decreto nº 5.860/2006 – art. 1º.

Page 33: Legislação trabalhista   1

INSS

Instituto Nacional do Seguro Social- É um

órgão do Ministério da Previdência Social,

ligado diretamente ao Governo.

Page 34: Legislação trabalhista   1

SEGURO DESEMPREGO

É uma assistência financeira temporária

ao trabalhador demitido sem justa causa.

De forma geral, quem foi demitido sem

justa causa. Também é pago ao

trabalhador que foi resgatado em

situação semelhante à de escravo e ao

pescador profissional durante o defeso

(período em que a atividade é proibida)

Page 35: Legislação trabalhista   1

SEGURO DESEMPREGO• O trabalhador só terá acesso ao seguro-desemprego pela

primeira vez, por exemplo, se tiver trabalhado por pelo

menos 12 meses nos últimos 18 meses anteriores à

demissão. Antes, o período mínimo era de apenas 6 meses.

• 1ª vez - Quanto às parcelas a receber, para ter direito a 4

parcelas, deve comprovar ter trabalhado no mínimo 12

meses e

• no máximo 23 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36

meses.

• Se comprovar ter trabalhado no mínimo 24 meses,

consecutivos ou não, nos últimos 36 meses, o trabalhador

• terá direito a 5 parcelas

Page 36: Legislação trabalhista   1

• 2ª solicitação de seguro - Quanto às parcelas a receber,

para ter direito a 3 parcelas, deve comprovar ter trabalhado

no mínimo 9 meses e

• no máximo 11 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36

meses.

• Para ter direito a 4 parcelas, deve comprovar ter trabalhado

no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses,

• consecutivos ou não, nos últimos 36 meses.

• Para ter direito a 5 parcelas, deve comprovar ter trabalhado

no mínimo 24 meses, consecutivos ou não, nos

• últimos 36 meses.

SEGURO DESEMPREGO

Page 37: Legislação trabalhista   1

• 3ª solicitação de seguro - Quanto às parcelas a receber,

para ter direito a 3 parcelas, deve comprovar ter

trabalhado no mínimo 6 meses e

• no máximo 11 meses, consecutivos ou não, nos últimos 36

meses.

• Para ter direito a 4 parcelas, deve comprovar ter

trabalhado no mínimo 12 meses e no máximo 23 meses,

• consecutivos ou não, nos últimos 36 meses.

• Para ter direito a 5 parcelas, deve comprovar ter

trabalhado no mínimo 24 meses, consecutivos ou não, nos

• últimos 36 meses.

SEGURO DESEMPREGO