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1

LEGISLAÇÃO

2

3

ÍNDICE

DECRETO-LEI N.º 197/2012 de 24 de agosto ..................................................... 5

DECRETO-LEI N.º 198/2012 de 24 de agosto ..................................................... 17

DECRETO-LEI N.º 147/2003 de 11 de Julho ........................................................ 31

LEI N.º 66-B/2012, de 31 de dezembro ( Art. 201.º) ............................................ 39

PORTARIA N.º 161/2013, de 23 de abril .............................................................. 41

LEI N.º 51/2013 de 24 de julho .............................................................................. 45

DECRETO-LEI N.º 71/2013 de 30 de maio ........................................................... 53

PORTARIA N.º 255/2013 de 12 de agosto ........................................................... 59

OFÍCIO CIRCULADO N.º 30150/2013 – 2013-08-30 .......................................... 71

OFÍCIO CIRCULADO N.º 30149/2013 – 2013-07-26 .......................................... 83

4

5

DECRETO-LEI N.º 197/2012

de 24 de agosto

6

4656 Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto-Lei n.º 197/2012de 24 de agosto

O presente diploma transpõe para a ordem jurídica interna o artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Con-selho, de 12 de fevereiro, e a Diretiva n.º 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho, que alteraram a Diretiva n.º 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro, rela-tiva ao sistema comum do imposto sobre o valor acres-centado (IVA), respetivamente, no que respeita ao lugar das prestações de serviços e às regras em matéria de fa-turação.

A transposição do disposto no artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro, implica a alteração da redação do artigo 6.º do Código do IVA no sentido de alterar a regra de localização aplicável à locação de meios de transporte, que não seja de curta duração, efetuada a não sujeitos passivos. Esta presta-ção de serviços passa, por via de regra, a ser tributada no lugar onde o destinatário está estabelecido, tem do-micílio ou residência habitual. Esta regra é, contudo, afastada no caso da locação de embarcações de recreio, que se considera localizada no lugar onde a embarcação é colocada à disposição do não sujeito passivo, quando a prestação de serviços for realizada por um prestador a partir da sua sede ou estabelecimento estável situados no mesmo lugar.

Por sua vez, a transposição da Diretiva n.º 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho, implica diversas alterações ao Código do IVA e, bem assim, alguns ajustamentos de noutros diplomas do sistema fiscal português. De entre as diversas alterações, destaca -se, nomeadamente, a in-trodução de alterações em matéria de exigibilidade do imposto, a simplificação dos requisitos para a utilização de faturação eletrónica por parte dos operadores económicos, a uniformização no plano da União Europeia das menções referentes aos regimes de tributação aplicáveis a constar das faturas, a fixação uniforme de um prazo máximo para emissão da fatura no caso de serviços intracomunitários cujo imposto seja devido no Estado membro do adquirente e a introdução de faturas simplificadas.

Adicionalmente, ao clarificar -se que a emissão de fatura é obrigatória para todas as transmissões de bens e pres-tações de serviços, independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços e ainda que estes não a solicitem, qualquer que seja o sector de atividade em causa, e se explicitar que nas faturas emiti-das por meios eletrónicos todo o seu conteúdo deve ser processado eletronicamente, são ainda adotadas medidas que visam combater a economia informal, a fraude e a evasão fiscais.

Evidencia -se ainda que os sujeitos passivos não po-dem emitir e entregar documentos de natureza diferente da fatura para titular a transmissão de bens ou prestação de serviços aos respetivos adquirentes ou destinatários, sob pena de aplicação das penalidades legalmente pre-vistas.

No entanto, de modo a assegurar que não são aumenta-dos os encargos administrativos para os sujeitos passivos, permite -se que sejam emitidas faturas simplificadas nas transmissões de bens efetuadas por retalhistas a parti-culares quando o valor da fatura seja inferior a € 1000, bem como em quaisquer outras transmissões de bens e prestações de serviços de montante não superior a € 100, neste caso quer os adquirentes sejam sujeitos passivos ou particulares.

Assim:No uso da autorização legislativa concedida pelo ar-

tigo 128.º da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.ºObjeto

1 — O presente diploma procede à transposição para a ordem jurídica interna do artigo 4.º da Diretiva n.º 2008/8/CE, do Conselho, de 12 de fevereiro, que altera a Diretiva n.º 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novem-bro, no que respeita ao lugar das prestações de serviços, e da Diretiva n.º 2010/45/UE, do Conselho, de 13 de julho, que altera a Diretiva n.º 2006/112/CE, do Conselho, de 28 de novembro, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado no que respeita às regras em matéria de faturação, introduzindo alterações na legislação do imposto sobre o valor acrescentado (IVA).

2 — O presente diploma procede à alteração dos se-guintes diplomas:

a) Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, apro-vado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro;

b) Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro;

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Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012 4657

c) Decreto -Lei n.º 221/85, de 3 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 206/2006, de 26 de outubro, e pela Lei n.º 32 -B/2002, de 30 de dezembro;

d) Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro;

e) Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro;

f) Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho, com as al-terações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 256/2003, de 21 de outubro, e pela Lei n.º 60 -A/2005, de 30 de dezembro;

g) Regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e antiguidades, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 199/96, de 18 de outubro, e alterado pela Lei n.º 4/98, de 12 de janeiro;

h) Regime especial de exigibilidade do imposto so-bre o valor acrescentado nas empreitadas e subemprei-tadas de obras públicas, aprovado em anexo ao Decreto--Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, e alterado pelas Leis n.os 3 -B/2000, de 4 de abril, e 109 -B/2001, de 27 de de-zembro, e pelo Decreto -Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro;

i) Regime especial aplicável ao ouro para investimento, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 362/99, de 16 de setembro, e alterado pela Lei n.º 3 -B/2000, de 4 de abril;

j) Regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas entregas de bens às cooperativas agrícolas, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 418/99, de 21 de outubro;

k) Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio;l) Regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços

de transporte rodoviário nacional de mercadorias, aprovado em anexo à Lei n.º 15/2009, de 1 de abril.

Artigo 2.ºAlteração ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

Os artigos 2.º, 6.º, 7.º, 8.º, 16.º, 19.º, 22.º, 27.º, 29.º, 36.º, 37.º, 38.º, 40.º, 45.º, 46.º, 47.º, 48.º, 51.º, 52.º, 62.º, 65.º, 72.º, 78.º, 79.º e 97.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 2.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) As pessoas singulares ou coletivas que mencionem

indevidamente IVA em fatura;d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .l) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 6.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .g) Locação de um meio de transporte, que não seja

de curta duração, quando o destinatário for uma pessoa estabelecida ou domiciliada fora do território nacional.

10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .g) Locação de um meio de transporte, que não seja

de curta duração, quando o destinatário for uma pessoa estabelecida ou domiciliada no território nacional.

11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) Locação de um meio de transporte, que não seja de

curta duração, efetuada a pessoa que não seja um sujeito passivo, quando este esteja estabelecido ou domiciliado fora da Comunidade e a utilização ou exploração efetivas do meio de transporte ocorram no território nacional;

d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) Locação de uma embarcação de recreio, que não

seja de curta duração, efetuada a pessoa que não seja um sujeito passivo, quando o locador tenha no território nacional sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, domicílio, a partir do qual os serviços são prestados, e a efetiva colocação da embarcação à disposição do destinatário ocorra no território nacional.

13 — O disposto na alínea g) do n.º 10 não tem apli-cação relativamente à locação de uma embarcação de recreio, que não seja de curta duração, quando o locador tenha sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, do-micílio fora do território nacional, a partir do qual os ser-viços são prestados, e a efetiva colocação da embarcação à disposição do destinatário ocorra no mesmo território.

Artigo 7.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

8

4658 Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 — Nas transmissões de bens isentas nos termos

do artigo 14.º do Regime do IVA nas Transações In-tracomunitárias, efetuadas de forma continuada por um período superior a um mês, o imposto é devido e torna -se exigível no final de cada mês, pelo montante correspondente.

Artigo 8.º[...]

1 — Não obstante o disposto no artigo anterior, sem-pre que a transmissão de bens ou prestação de serviços dê lugar à obrigação de emitir uma fatura nos termos do artigo 29.º, o imposto torna -se exigível:

a) Se o prazo previsto para a emissão da fatura for respeitado, no momento da sua emissão;

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) Se a transmissão de bens ou a prestação de serviços

derem lugar ao pagamento, ainda que parcial, anterior-mente à emissão da fatura, no momento do recebimento desse pagamento, pelo montante recebido, sem prejuízo do disposto na alínea anterior.

2 — O disposto no número anterior é ainda aplicá-vel aos casos em que se verifique emissão de fatura ou pagamento, precedendo o momento da realização das operações tributáveis, tal como este é definido no artigo anterior.

3 — Nas prestações intracomunitárias de serviços, cujo imposto seja devido no território de outro Estado membro em resultado da aplicação do disposto na alí-nea a) do n.º 6 do artigo 6.º, a exigibilidade ocorre nos termos do artigo 7.º

4 — Nas transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias o imposto torna -se exigível no momento da emissão da fatura ou, quando esta não tenha sido emitida dentro do prazo previsto no n.º 2 do artigo 27.º daquele Regime, no momento em que aquele prazo termina.

Artigo 16.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) As quantias respeitantes a embalagens, desde que

as mesmas não tenham sido efetivamente transacionadas

e da fatura constem os elementos referidos na parte final da alínea b) do n.º 5 do artigo 36.º

7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — Quando os elementos necessários à determi-

nação do valor tributável sejam expressos em moeda diferente da moeda nacional, a taxa de câmbio a utilizar é a última divulgada pelo Banco Central Europeu ou a de venda praticada por qualquer banco estabelecido no território nacional.

9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 19.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) Em faturas passadas na forma legal;b) No recibo de pagamento do IVA que faz parte das

declarações de importação, bem como em documentos emitidos por via eletrónica pela Autoridade Tributária e Aduaneira, nos quais constem o número e a data do movimento de caixa.

3 — Não pode deduzir -se imposto que resulte de operação simulada ou em que seja simulado o preço constante da fatura.

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — No caso de faturas emitidas pelos próprios ad-

quirentes dos bens ou serviços, o exercício do direito à dedução fica condicionado à verificação das condições previstas no n.º 11 do artigo 36.º

6 — Para efeitos do exercício do direito à dedução, consideram -se passadas na forma legal as faturas que contenham os elementos previstos nos artigos 36.º ou 40.º, consoante os casos.

7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 22.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — Sem prejuízo do disposto no artigo 78.º, a de-

dução deve ser efetuada na declaração do período ou de período posterior àquele em que se tiver verificado a receção das faturas ou de recibo de pagamento do IVA que fizer parte das declarações de importação.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — Em qualquer caso, a Autoridade Tributária e

Aduaneira pode exigir, quando a quantia a reembolsar exceder € 30 000, caução, fiança bancária ou outra ga-rantia adequada, que determina a suspensão do prazo de contagem dos juros indemnizatórios referidos no número seguinte, até à prestação da mesma, a qual deve ser mantida pelo prazo de seis meses.

8 — Os reembolsos de imposto, quando devidos, devem ser efetuados pela Autoridade Tributária e Adua-neira até ao fim do 2.º mês seguinte ao da apresentação do pedido ou, no caso de sujeitos passivos que estejam

9

Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012 4659

inscritos no regime de reembolso mensal, até aos 30 dias posteriores ao da apresentação do referido pedido, findo os quais podem os sujeitos passivos solicitar a liquida-ção de juros indemnizatórios nos termos do artigo 43.º da lei geral tributária.

9 — O Ministro das Finanças pode autorizar a Au-toridade Tributária e Aduaneira a efetuar reembolsos em condições diferentes das estabelecidas nos núme-ros anteriores relativamente a sectores de atividade cujo volume de negócios seja constituído essencial-mente por operações previstas na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º ou relativamente às quais a obrigação de liquidação do imposto seja de responsabilidade do adquirente.

10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 — A inscrição no regime de reembolso mensal

a que se refere o n.º 8 é efetuada a pedido do sujeito passivo, por transmissão eletrónica de dados através do sítio eletrónico da Autoridade Tributária e Aduaneira, até ao final do mês de novembro do ano anterior àquele em que se destina a produzir efeitos, devendo os termos e as condições de acesso ser definidos por despacho normativo do Ministro das Finanças.

15 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 27.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — As pessoas referidas na alínea c) do n.º 1 do

artigo 2.º, bem como as que pratiquem uma só operação tributável nas condições referidas na alínea a) da mesma disposição, devem entregar nos locais de cobrança le-galmente autorizados o correspondente imposto nos prazos de, respetivamente, 15 dias a contar da emissão da fatura e até ao final do mês seguinte ao da conclusão da operação.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — Quando o valor do imposto apurado pelo sujeito

passivo na declaração periódica apresentada nos termos do n.º 1 do artigo 41.º for superior ao montante do res-petivo meio de pagamento, é extraída, pela Autoridade Tributária e Aduaneira, certidão de dívida, pela dife-rença entre o valor apurado e o valor do respetivo meio de pagamento, ou pela totalidade do valor declarado no caso da falta do meio de pagamento, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 88.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário.

7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 29.º[...]

1 — Para além da obrigação do pagamento do im-posto, os sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º devem, sem prejuízo do previsto em disposições especiais:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

b) Emitir obrigatoriamente uma fatura por cada transmissão de bens ou prestação de serviços, tal como vêm definidas nos artigos 3.º e 4.º, independentemente da qualidade do adquirente dos bens ou destinatário dos serviços, ainda que estes não a solicitem, bem como pelos pagamentos que lhes sejam efetuados an-tes da data da transmissão de bens ou da prestação de serviços;

c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — Quando o valor tributável de uma operação ou

o imposto correspondente sejam alterados por qualquer motivo, incluindo inexatidão, deve ser emitido docu-mento retificativo de fatura.

8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 — (Revogado.)14 — Para cumprimento do disposto na alínea b)

do n.º 1, as faturas podem ser elaboradas pelo próprio adquirente dos bens ou serviços ou por um terceiro, em nome e por conta do sujeito passivo.

15 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 — Não é permitida aos sujeitos passivos a emissão

e entrega de documentos de natureza diferente da fatura para titular a transmissão de bens ou prestação de servi-ços aos respetivos adquirentes ou destinatários, sob pena de aplicação das penalidades legalmente previstas.

Artigo 36.ºPrazo de emissão e formalidades das faturas

1 — A fatura referida na alínea b) do n.º 1 do ar-tigo 29.º deve ser emitida:

a) O mais tardar no 5.º dia útil seguinte ao do momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º;

b) O mais tardar no 15.º dia do mês seguinte àquele em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º, no caso das prestações intracomunitárias de serviços que sejam tributáveis no território de outro Estado membro em resultado da aplicação do disposto na alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º;

c) Na data do recebimento, no caso de pagamentos relativos a uma transmissão de bens ou prestação de serviços ainda não efetuada, bem como no caso em que o pagamento coincide com o momento em que o imposto é devido nos termos do artigo 7.º

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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4660 Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012

3 — As faturas são substituídas por guias ou notas de devolução, quando se trate de devoluções de mer-cadorias anteriormente transacionadas entre as mesmas pessoas, devendo a sua emissão processar -se o mais tardar no 5.º dia útil seguinte à data da devolução.

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — As faturas devem ser datadas, numeradas se-

quencialmente e conter os seguintes elementos:a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — As guias ou notas de devolução e outros do-

cumentos retificativos de faturas devem conter, além da data e numeração sequencial, os elementos a que se refere a alínea a) do número anterior, bem como a referência à fatura a que respeitam e as menções desta que são objeto de alterações.

7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — No caso de sujeitos passivos que não disponham

de sede, estabelecimento estável ou domicílio em ter-ritório nacional, que tenham nomeado representante nos termos do artigo 30.º, as faturas emitidas, além dos elementos previstos no n.º 5, devem conter ainda o nome ou denominação social e a sede, estabelecimento estável ou domicílio do representante, bem como o respetivo número de identificação fiscal.

10 — As faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidas por via eletrónica desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a in-tegridade do seu conteúdo e a sua legibilidade através de quaisquer controlos de gestão que criem uma pista de auditoria fiável, considerando -se cumpridas essas exigências se adotada, nomeadamente, uma assinatura eletrónica avançada ou um sistema de intercâmbio ele-trónico de dados.

11 — A elaboração de faturas por parte do adqui-rente dos bens ou dos serviços fica sujeita às seguintes condições:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) Conter a menção ‘autofaturação’.

12 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, a elaboração de faturas pelos próprios adquirentes dos bens ou dos serviços ou por terceiros que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em qual-quer Estado membro está sujeita a autorização prévia da Autoridade Tributária e Aduaneira, que pode fixar condições específicas para a sua efetivação.

13 — Nas situações previstas nas alíneas i), j) e l) do n.º 1 do artigo 2.º, bem como nas demais situações em que o destinatário ou adquirente for o devedor do imposto, as faturas emitidas pelo transmitente dos bens ou prestador dos serviços devem conter a expressão ‘IVA — autoliquidação’.

14 — Nas faturas processadas através de sistemas informáticos, todas as menções obrigatórias, incluindo o nome, a firma ou a denominação social e o número de

identificação fiscal do sujeito passivo adquirente, devem ser inseridas pelo respetivo programa ou equipamento informático de faturação.

15 — A indicação na fatura da identificação e do domicílio do adquirente ou destinatário que não seja sujeito passivo não é obrigatória nas faturas de va-lor inferior a € 1000, salvo quando o adquirente ou destinatário solicite que a fatura contenha esses ele-mentos.

16 — A indicação na fatura do número de identifi-cação fiscal do adquirente ou destinatário não sujeito passivo é sempre obrigatória quando este o solicite.

Artigo 37.º[...]

1 — A importância do imposto liquidado deve ser adicionada ao valor da fatura, para efeitos da sua exi-gência aos adquirentes dos bens ou destinatários dos serviços.

2 — Nas operações pelas quais seja emitida uma fatura nos termos do artigo 40.º, o imposto pode ser incluído no preço, para efeitos do disposto no número anterior.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 38.º[...]

1 — No caso de entrega de mercadorias à consigna-ção, procede -se à emissão de faturas no prazo de cinco dias úteis a contar:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — A fatura, processada de acordo com a alínea b) do número anterior, deve fazer sempre apelo à documen-tação emitida aquando da situação referida na alínea a) do referido número.

Artigo 40.ºFaturas simplificadas

1 — A obrigatoriedade de emissão de fatura prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º pode ser cumprida atra-vés da emissão de uma fatura simplificada em transmis-sões de bens e prestações de serviços cujo imposto seja devido em território nacional, nas seguintes situações:

a) Transmissões de bens efetuadas por retalhistas ou vendedores ambulantes a não sujeitos passivos, quando o valor da fatura não for superior a € 1000;

b) Outras transmissões de bens e prestações de ser-viços em que o montante da fatura não seja superior a € 100.

2 — As faturas referidas no número anterior devem ser datadas, numeradas sequencialmente e conter os seguintes elementos:

a) Nome ou denominação social e número de iden-tificação fiscal do fornecedor dos bens ou prestador dos serviços;

b) Quantidade e denominação usual dos bens trans-mitidos ou dos serviços prestados;

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Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012 4661

c) O preço líquido de imposto, as taxas aplicáveis e o montante de imposto devido, ou o preço com a inclusão do imposto e a taxa ou taxas aplicáveis;

d) Número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário, quando for sujeito passivo.

3 — As faturas referidas nos números anteriores de-vem ainda conter o número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário que não seja sujeito passivo quando este o solicite.

4 — As faturas referidas nos números anteriores po-dem ser processadas nos termos previstos no artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho, ou ainda por outros meios eletrónicos, nomeadamente máqui-nas registadoras, terminais eletrónicos ou balanças eletrónicas, com registo obrigatório das operações no rolo interno da fita da máquina ou em registo interno por cada transmissão de bens ou prestação de servi-ços, sendo -lhes aplicável, em qualquer caso, quanto às matérias não especificamente reguladas neste ar-tigo, as restantes disposições que regem a emissão de faturas.

5 — Sem prejuízo da obrigação de registo das trans-missões de bens e das prestações de serviços efetuadas, a obrigação referida na alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º pode ser cumprida mediante a emissão de documentos ou do registo das operações, respetivamente, nas se-guintes operações:

a) Prestações de serviços de transporte, de estacio-namento, portagens e entradas em espetáculos, quando seja emitido um bilhete de transporte, ingresso ou outro documento ao portador comprovativo do pa-gamento;

b) Transmissões de bens efetuadas através de apa-relhos de distribuição automática que não permitam a emissão de fatura.

6 — A faculdade referida no número anterior pode ser declarada aplicável pelo Ministro das Finanças a outras categorias de sujeitos passivos que forneçam a consumidores finais serviços caracterizados pela sua uniformidade, frequência e valor limitado.

7 — O Ministro das Finanças pode, nos casos em que julgue conveniente, e para os fins previstos neste Código, equiparar certos documentos de uso comercial a faturas.

Artigo 45.º

[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — Para tal efeito, as faturas, guias ou notas de

devolução e outros documentos retificativos de fatu-ras, incluindo os emitidos, em nome e por conta do sujeito passivo, pelo próprio adquirente dos bens ou por um terceiro, são identificados através das referidas designações e numerados sequencialmente, em uma ou mais séries convenientemente referenciadas, devendo conservar -se na respetiva ordem os seus duplicados e, bem assim, todos os exemplares dos que tiverem sido anulados ou inutilizados, com os averbamentos indis-pensáveis à identificação daqueles que os substituíram, se for caso disso.

Artigo 46.ºRegisto das operações em caso de emissão

de faturas simplificadas

1 — Os sujeitos passivos que emitam faturas nos termos do artigo 40.º e não utilizem sistemas in-formáticos integrados de faturação e contabilidade podem efetuar o registo das operações, realizadas diariamente com não sujeitos passivos, pelo montante global das contraprestações recebidas pelas trans-missões de bens e prestações de serviços tributáveis, imposto incluído, assim como pelo montante das contraprestações relativas às operações não tribu-táveis ou isentas.

2 — O registo referido no número anterior deve ser efetuado, o mais tardar, no 1.º dia útil seguinte ao da realização das operações, com base em duplicados das faturas emitidas, em extratos diários produzidos pelos equipamentos eletrónicos relativos a todas as operações realizadas ou em folhas de caixa, que podem substituir o mesmo registo desde que contenham a indicação ine-quívoca de um único total diário.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — (Revogado.)5 — A opção pela elaboração de folhas de caixa a

que se refere o n.º 2 não dispensa a obrigatoriedade de conservação dos duplicados das faturas e dos demais documentos ali referidos nas condições e prazo previstos no artigo 52.º

Artigo 47.º(Revogado.)

Artigo 48.º[...]

1 — O registo das operações mencionadas nas alí-neas b) e c) do n.º 2 do artigo 44.º deve ser efetuado após a receção das correspondentes faturas e guias ou notas de devolução, até à apresentação das declarações a que se referem os artigos 41.º ou 43.º, se enviadas dentro do prazo legal, ou até ao fim desse prazo, se essa obrigação não tiver sido cumprida.

2 — Para tal efeito, as faturas, guias ou notas de devolução e outros documentos retificativos de fatu-ras, incluindo os que sejam emitidos na qualidade de adquirente ao abrigo dos n.os 14 e 15 do artigo 29.º, são numerados seguidamente, em uma ou mais séries con-venientemente referenciadas, devendo conservar -se na respetiva ordem os seus originais e, bem assim, todos os exemplares dos que tiverem sido anulados, com os averbamentos indispensáveis à identificação daqueles que os substituíram, se for caso disso.

Artigo 51.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) Da data da receção da fatura que certifique a aqui-

sição;b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

12

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Artigo 52.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — É permitido o arquivamento em suporte eletró-

nico das faturas emitidas por via eletrónica desde que se encontre garantido o acesso completo e em linha aos dados e assegurada a integridade da origem e do conteúdo e a sua legibilidade.

5 — Os sujeitos passivos com sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional que preten-dam proceder ao arquivamento em suporte eletrónico dos documentos referidos no número anterior fora do território da Comunidade devem solicitar autorização prévia à Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual pode fixar condições específicas para a sua efetivação.

6 — Os sujeitos passivos que não disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território na-cional que pretendam manter o arquivo dos livros, re-gistos e demais documentos, incluindo os referidos no n.º 4, fora do território da Comunidade, devem solicitar autorização prévia à Autoridade Tributária e Aduaneira, a qual pode fixar condições específicas para a sua efe-tivação.

7 — É ainda permitido o arquivamento em suporte eletrónico das faturas ou de quaisquer outros docu-mentos com relevância fiscal desde que processados por computador, nos termos definidos por portaria do Ministro das Finanças.

Artigo 62.º[...]

Salvo no caso das vendas referidas no n.º 9 do ar-tigo 60.º, as faturas emitidas por retalhistas sujeitos ao regime especial de tributação previsto no artigo 60.º não conferem direito à dedução, devendo delas constar a menção ‘IVA — não confere direito à dedução’.

Artigo 65.º[...]

1 — Os retalhistas sujeitos ao regime especial de tri-butação previsto no artigo 60.º são obrigados a registar no prazo de 30 dias a contar da respetiva receção as faturas e guias ou notas de devolução relativas aos bens ou serviços adquiridos e a conservá -las com observância do disposto no n.º 2 do artigo 48.º

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 72.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — O direito à dedução referido no número an-

terior só pode ser exercido com base em faturas pas-sadas na forma legal, podendo, porém, os elementos relativos à identificação do adquirente, com exceção do número de identificação fiscal, ser substituídos pela simples indicação da matrícula do veículo abas-tecido.

3 — As faturas emitidas pelos revendedores devem conter a indicação do preço líquido, da taxa aplicável e

do montante de imposto correspondente ou, em alter-nativa, a indicação do preço com inclusão do imposto e da taxa aplicável.

4 — No caso de entregas efetuadas por revendedores por conta dos distribuidores, as faturas emitidas pelos revendedores devem conter a menção ‘IVA — não con-fere direito à dedução’ ou expressão similar.

Artigo 78.º[...]

1 — As disposições dos artigos 36.º e seguintes de-vem ser observadas sempre que, emitida a fatura, o valor tributável de uma operação ou o respetivo imposto venham a sofrer retificação por qualquer motivo.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 79.º[...]

1 — O adquirente dos bens ou serviços tributáveis que seja um sujeito passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, agindo como tal, e não isento, é solidariamente responsável com o fornecedor pelo pagamento do imposto quando a fatura obrigatória não tenha sido passada, contenha uma indicação inexata quanto ao nome ou endereço das partes intervenientes, à natureza ou à quantidade dos bens transmitidos ou serviços fornecidos, ao preço ou ao montante de im-posto devido.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — Sem prejuízo da responsabilidade solidária pelo

pagamento prevista nos números anteriores, a respon-sabilidade pela emissão das faturas, pela veracidade do seu conteúdo e pelo pagamento do respetivo imposto, nos casos previstos no n.º 14 do artigo 29.º, cabe ao sujeito passivo transmitente dos bens ou prestador dos serviços.

4 — Não obstante o disposto nos números anterio-res, nos casos em que o imposto resulte de operação simulada ou em que seja simulado o preço constante da fatura, o adquirente dos bens ou serviços que seja um sujeito passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, agindo como tal, e ainda que isento de imposto, é solidariamente responsável, pelo pa-gamento do imposto, com o sujeito passivo que na fatura figura como fornecedor dos bens ou prestador dos serviços.

5 — A responsabilidade solidária prevista no número anterior é aplicável ainda que o adquirente dos bens ou

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Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012 4663

serviços prove ter pago a totalidade ou parte do imposto ao sujeito passivo que na fatura figura como fornecedor dos bens ou prestador dos serviços.

Artigo 97.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — As liquidações só podem ser anuladas quando

esteja provado que o imposto não foi incluído na fatura passada ao adquirente nos termos do artigo 37.º

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

Artigo 3.ºAlteração ao Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias

Os artigos 6.º, 13.º, 23.º, 27.º e 28.º do Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto--Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 6.º

[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — Para efeitos do disposto na alínea a) do número

anterior, a data da primeira utilização é a constante do tí-tulo de registo de propriedade ou documento equivalente quando se trate de bens sujeitos a registo, licença ou matrícula, ou, na sua falta, a da fatura emitida aquando da aquisição pelo primeiro proprietário.

Artigo 13.º

[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) Na data da emissão da fatura, se tiver sido emitida

antes do prazo previsto na alínea a).

2 — O disposto na alínea b) do número anterior não é aplicável quando a fatura respeitar a pagamentos par-ciais que precedam o momento em que os bens são colocados à disposição do adquirente.

Artigo 23.º

[...]

1 — Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, os sujeitos passivos referidos no artigo 2.º devem:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) Emitir obrigatoriamente uma fatura por cada

transmissão de bens efetuada nas condições previstas no artigo 7.º, bem como pela transmissão ocasional de um meio de transporte novo isenta nos termos do artigo 14.º;

c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 27.º[...]

1 — O imposto devido pelas aquisições intracomuni-tárias de bens deve ser liquidado pelo sujeito passivo na fatura emitida pelo vendedor ou em documento interno emitido pelo próprio sujeito passivo.

2 — As faturas relativas às transmissões de bens isen-tas nos termos do artigo 14.º devem ser emitidas o mais tardar até ao 15.º dia do mês seguinte àquele em que os bens foram colocados à disposição do adquirente.

3 — As faturas a que se refere o número anterior devem ser emitidas pelo valor total das transmissões de bens, ainda que tenham sido efetuados pagamentos ao sujeito passivo anteriormente à data da transmissão dos bens.

4 — A obrigação de emitir fatura, a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, não é aplicável aos pagamentos efetuados ao sujeito passivo anteriormente à data das transmissões de bens isentas nos termos do artigo 14.º

5 — Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 36.º do Código do IVA, as faturas referidas nos números anteriores devem ainda conter o número de identifica-ção fiscal do sujeito passivo do imposto, precedido do prefixo ‘PT’ e o número de identificação para efeitos do imposto sobre o valor acrescentado do destinatário ou adquirente, que deve incluir o prefixo do Estado membro que o atribuiu, conforme a norma internacional código ISO -3166 alfa 2, bem como o local de destino dos bens.

6 — (Revogado.)

Artigo 28.º[...]

1 — As pessoas singulares ou coletivas que efetuem aquisições intracomunitárias de meios de transporte novos devem exigir que a fatura emitida pelo vendedor contenha os seguintes elementos:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — As pessoas singulares ou coletivas que efetuem transmissões de meios de transporte novos para outros Estados membros são obrigadas a emitir uma fatura, que deve conter todos os elementos referidos no número anterior.»

Artigo 4.ºAlteração ao Decreto -Lei n.º 221/85, de 3 de julho

O artigo 4.º do Decreto -Lei n.º 221/85, de 3 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 206/2006, de 26 de outubro, e pela Lei n.º 32 -B/2002, de 30 de dezembro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 4.º1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — As faturas respeitantes a prestações de servi-

ços abrangidas pelo presente diploma não podem dis-

14

4664 Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012

criminar o imposto devido e devem conter a menção ‘Regime da margem de lucro — Agências de viagens’, não conferindo, em qualquer caso, direito à dedução do imposto.»

Artigo 5.ºAlteração ao Código do IRS

O artigo 115.º do Código do Imposto sobre o Rendi-mento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 115.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) A emitir fatura nos termos da alínea b) do n.º 1

do artigo 29.º do Código do IVA por cada transmis-são de bens, prestação de serviços ou outras operações efetuadas e a emitir documento de quitação de todas as importâncias recebidas.

2 — (Revogado.)3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — As pessoas que paguem rendimentos previstos

no artigo 3.º são obrigadas a exigir os respetivos recibos ou faturas.»

Artigo 6.ºAlteração ao Código do IRC

O artigo 132.º do Código do Imposto sobre o Rendi-mento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 132.ºPagamento de rendimentos

1 — (Anterior corpo do artigo.)2 — O disposto no n.º 4 do artigo 115.º do Código

do IRS é aplicável com as necessárias adaptações aos rendimentos sujeitos a IRC.»

Artigo 7.ºAlteração ao Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de junho

O artigo 5.º do Decreto -Lei n.º 198/90, de 19 de ju-nho, com as alterações introduzidas pelo Decreto -Lei n.º 256/2003, de 21 de outubro, e pela Lei n.º 60 -A/2005, de 30 de dezembro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 5.º1 — As faturas referidas na alínea b) do n.º 1 do

artigo 29.º do Código do IVA devem ser processadas através de sistemas informáticos ou ser pré -impressas em tipografias autorizadas, de acordo com as regras previstas no n.º 1 do artigo 8.º e nos artigos 9.º a 11.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos do IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, pela

Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto -Lei n.º 198/2012.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

Artigo 8.ºAlteração ao regime especial de tributação dos bens em segunda

mão, objetos de arte, de coleção e antiguidades

O artigo 6.º do regime especial de tributação dos bens em segunda mão, objetos de arte, de coleção e antiguidades, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 199/96, de 18 de ou-tubro, e alterado pela Lei n.º 4/98, de 12 de janeiro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 6.º1 — As faturas relativas às transmissões efetuadas

ao abrigo do regime especial de tributação da margem, emitidas pelos sujeitos passivos revendedores, não po-dem discriminar o imposto devido e devem conter a menção ‘Regime da margem de lucro — Bens em se-gunda mão’, ‘Regime da margem de lucro — Objetos de arte’ ou ‘Regime da margem de lucro — Objetos de coleção e antiguidades’, conforme os casos.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

Artigo 9.ºAlteração ao regime especial de exigibilidade do imposto

sobre o valor acrescentadonas empreitadas e subempreitadas de obras públicas

O artigo 7.º do regime especial de exigibilidade do imposto sobre o valor acrescentado nas empreitadas e subempreitadas de obras públicas, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, e alterado pelas Leis n.os 3 -B/2000, de 4 de abril, e 109 -B/2001, de 27 de dezembro, e pelo Decreto -Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 7.º1 — As faturas relativas a operações abrangidas pelo

artigo 1.º devem ser numeradas seguidamente numa série especial, convenientemente referenciada, e conter a menção ‘Exigibilidade de caixa’.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

Artigo 10.ºAlteração ao regime especial aplicável

ao ouro para investimento

Os artigos 5.º e 10.º do regime especial aplicável ao ouro para investimento, aprovado em anexo ao Decreto--Lei n.º 362/99, de 16 de setembro, e alterado pela Lei n.º 3 -B/2000, de 4 de abril, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 5.º1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012 4665

4 — A renúncia à isenção deve ser exercida caso a caso e a respetiva fatura, quando o adquirente seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, deve conter a menção ‘IVA — autoliquidação’.

Artigo 10.º1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — As faturas referentes às transmissões de ouro

sob a forma de matéria -prima ou de produtos semitrans-formados de toque igual ou superior a 325 milésimos devem conter expressamente a menção ‘IVA — autoli-quidação’, quando o adquirente seja um sujeito passivo dos mencionados na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA, que tenha direito à dedução total ou parcial do imposto.»

Artigo 11.ºAlteração ao regime especial de exigibilidade

do imposto sobre o valor acrescentadonas entregas de bens às cooperativas agrícolas

O artigo 5.º do regime especial de exigibilidade do im-posto sobre o valor acrescentado nas entregas de bens às cooperativas agrícolas, aprovado em anexo ao Decreto--Lei n.º 418/99, de 21 de outubro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 5.º1 — As faturas relativas a operações abrangidas pelo

artigo 1.º devem ter uma série especial e conter a men-ção ‘Exigibilidade de caixa’.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

Artigo 12.ºAlteração ao Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio

O artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 3.º[...]

1 — As faturas podem, sob reserva de aceitação pelo destinatário, ser emitidas por via eletrónica desde que seja garantida a autenticidade da sua origem, a integri-dade do seu conteúdo e a sua legibilidade.

2 — Para efeitos do número anterior, entende -se por:a) ‘Fatura eletrónica’ uma fatura que contenha os

elementos referidos nos artigos 36.º ou 40.º, n.º 2, do Código do IVA e que tenha sido emitida e recebida em formato eletrónico;

b) ‘Autenticidade da origem’ a comprovação da identidade do fornecedor ou prestador ou do emitente da fatura;

c) ‘Integridade do conteúdo’ o facto de o conteúdo da fatura não ter sido alterado.

3 — A garantia da autenticidade da origem e a inte-gridade do conteúdo podem ser asseguradas mediante quaisquer controlos de gestão que criem uma pista de auditoria fiável entre as faturas e as transmissões de bens ou prestações de serviços.

4 — Considera -se garantida a autenticidade da origem e a integridade do conteúdo das faturas eletrónicas se ado-tado, nomeadamente, um dos seguintes procedimentos:

a) Aposição de uma assinatura eletrónica avançada nos termos do Decreto -Lei n.º 290 -D/99, de 2 de agosto, alterado pelos Decretos -Leis n.os 62/2003, de 3 de abril, 165/2004, de 6 de julho, 116 -A/2006, de 16 de junho, e 88/2009, de 9 de abril;

b) Utilização de um sistema de intercâmbio eletrónico de dados, desde que os respetivos emitentes e destinatários outorguem um acordo que siga as condições jurídicas do ‘Acordo tipo EDI europeu’, aprovado pela Recomenda-ção n.º 1994/820/CE, da Comissão, de 19 de outubro.

5 — No caso de lotes que compreendam várias fa-turas eletrónicas transmitidas ou disponibilizadas ao mesmo destinatário, as menções comuns às várias fa-turas podem ser feitas apenas uma vez, na medida em que, para cada fatura, esteja acessível a totalidade da informação.»

Artigo 13.ºAditamento ao Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio

É aditado o artigo 6.º -A ao Decreto -Lei n.º 196/2007, de 15 de maio, com a seguinte redação:

«Artigo 6.º -ADireito de acesso das autoridades competentes

dos Estados membros

1 — A Autoridade Tributária e Aduaneira tem direito ao acesso em linha, ao carregamento e à utilização dos dados constantes das faturas emitidas e recebidas por via eletrónica por:

a) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabe-lecimento estável ou domicílio em território nacional;

b) Sujeitos passivos que disponham de sede, estabele-cimento estável ou domicílio em outro Estado membro, relativamente às faturas em que o IVA seja devido em território nacional.

2 — A autoridade competente de outro Estado mem-bro tem direito ao acesso em linha, ao carregamento e à utilização dos dados constantes das faturas emitidas e recebidas por via eletrónica por sujeitos passivos que disponham de sede, estabelecimento estável ou domi-cílio em território nacional, relativamente às faturas em que o IVA seja devido nesse Estado membro.»

Artigo 14.ºAlteração ao regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços

de transporte rodoviário nacional de mercadorias

O artigo 4.º do regime especial de exigibilidade do IVA dos serviços de transporte rodoviário nacional de mercado-rias, aprovado em anexo à Lei n.º 15/2009, de 1 de abril, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 4.º1 — As faturas relativas a operações abrangidas pelo

n.º 1 do artigo 1.º devem ter uma série especial e conter a menção ‘Exigibilidade de caixa’.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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4666 Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

Artigo 15.ºCaducidade de autorizações

As autorizações concedidas ao abrigo do n.º 5 do ar-tigo 40.º do Código do IVA, na redação anterior à entrada em vigor do presente diploma, caducam em 31 de março de 2013.

Artigo 16.ºDisposição final

Com a entrada em vigor do presente diploma, consideram--se derrogadas todas as referências a «fatura ou documento equivalente» constantes da legislação em vigor, devendo entender -se como sendo feitas apenas à «fatura» a que se refere a alínea b) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, na sua atual redação.

Artigo 17.ºNorma revogatória

São revogados:a) Os n.os 13 do artigo 29.º e 4 do artigo 46.º e o ar-

tigo 47.º do Código do IVA, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro;

b) O n.º 6 do artigo 27.º do Regime do IVA nas Tran-sações Intracomunitárias, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro;

c) O n.º 2 do artigo 115.º do Código do IRS, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro.

Artigo 18.ºEntrada em vigor

1 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o presente diploma entra em vigor em 1 de janeiro de 2013.

2 — As alterações introduzidas pelos artigos 12.º e 13.º e, bem assim, a alteração introduzida pelo presente diploma ao n.º 10 do artigo 36.º do Código do IVA entram em vigor em 1 de outubro de 2012.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 12 de julho de 2012. — Pedro Passos Coelho — Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento.

Promulgado em 14 de agosto de 2012.Publique -se.O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.Referendado em 21 de agosto de 2012.O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho.

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DECRETO-LEI N.º 198/2012

de 24 de agosto

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4666 Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012

Decreto-Lei n.º 198/2012de 24 de agosto

Um dos vetores essenciais da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro, que aprova o orçamento do Estado para o ano de 2012 (LOE 2012), consiste no reforço significativo do combate à fraude e à evasão fiscais de forma a garantir uma justa repartição do esforço fiscal.

Neste contexto, o presente diploma visa concretizar a auto-rização legislativa concedida ao Governo pelo artigo 172.º da LOE 2012, instituindo um regime que regule, nomeadamente,

a transmissão eletrónica dos elementos das faturas e outros documentos com relevância fiscal, para reforçar o combate à informalidade e à evasão fiscal e para auxiliar os contri-buintes a evitar o incumprimento das suas obrigações fiscais.

Pretende -se, assim, criar um instrumento eficaz para combater a economia paralela, alargar a base tributável e reduzir a concorrência desleal, promovendo -se a exigência de fatura por cada transação e reduzindo -se as situações de evasão fiscal associadas à omissão do dever de emitir documento comprovativo da transação.

Adicionalmente, não obstante a existência de um quadro sancionatório para a violação do dever de emitir e exigir fa-turas ou recibos, previsto no artigo 123.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, pretende -se que essa exigência seja também sustentada num dever de cidadania. Neste sentido, é criada uma dedução em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), correspondente a uma parte do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) suportado por qualquer membro do agregado familiar, incluído em faturas que titulam prestações de serviços em determinados setores de ativi-dade e comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

Atendendo ao carácter inovador deste incentivo fiscal, optou--se por introduzir esta medida de forma gradual, aplicando -a, numa primeira fase, a apenas determinados setores de ati-vidade qualificados, a nível internacional, como setores de risco acrescido em termos de informalidade. Pretende -se que, no futuro, este incentivo fiscal seja gradualmente alargado a outros setores de atividade em que esta medida possa eficaz-mente combater a fraude e evasão fiscais.

Em face da importância de concretização da presente medida e como forma de apoiar os contribuintes, será disponibilizada, gratuitamente, uma aplicação informática destinada a extrair dos ficheiros SAF -T (PT) das empresas os elementos relevantes das faturas a serem enviadas à AT, bem como os meios necessários para permitir a submissão direta dos dados das faturas através do Portal das Finanças. Com efeito, a disponibilização desta aplicação destina -se a garantir um princípio estruturante de todo o sistema, que é o da gratuidade, evitando assim que os sujeitos passivos e os consumidores finais sejam onerados com custos adicionais decorrentes da aplicação desta medida.

Finalmente, pretende -se ainda com o presente diploma proceder à alteração do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, no sentido de se estabelece-rem regras que assegurem a integridade dos documentos de transporte e que garantem à AT um controlo mais eficaz destes documentos, obstando à sua posterior viciação ou ocultação.

Foi ouvida a Comissão Nacional de Proteção de Dados.Assim:No uso da autorização legislativa concedida pelo ar-

tigo 172.º da Lei n.º 64 -B/2011, de 30 de dezembro, e nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.ºObjeto

O presente diploma procede à criação de medidas de controlo da emissão de faturas e outros documentos com relevância fiscal e respetivos aspetos procedimentais, bem como a criação de um incentivo de natureza fiscal à exi-gência daqueles documentos por adquirentes que sejam

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Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012 4667

pessoas singulares, alterando -se o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, e efetuando -se um conjunto de alterações ao regime de bens em circulação objeto de transações entre sujei-tos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril.

Artigo 2.ºFinalidade do incentivo e âmbito

1 — O incentivo de natureza fiscal tem por finalidade valorizar a participação dos adquirentes que sejam pessoas singulares na prevenção da evasão fiscal e na prossecução de um sistema fiscal mais equitativo.

2 — As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) apenas po-dem beneficiar do incentivo referido no número anterior quanto às faturas que titulem operações efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional.

Artigo 3.ºComunicação dos elementos das faturas

1 — As pessoas, singulares ou coletivas, que tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio fiscal em ter-ritório português e aqui pratiquem operações sujeitas a IVA, são obrigadas a comunicar à Autoridade Tributária a Aduaneira (AT), por transmissão eletrónica de dados, os elementos das faturas emitidas nos termos do Código do IVA, por uma das seguintes vias:

a) Por transmissão eletrónica de dados em tempo real, integrada em programa de faturação eletrónica;

b) Por transmissão eletrónica de dados, mediante re-messa de ficheiro normalizado estruturado com base no ficheiro SAF -T (PT), criado pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, contendo os elementos das faturas;

c) Por inserção direta no Portal das Finanças;d) Por outra via eletrónica, nos termos a definir por

portaria do Ministro das Finanças.

2 — A comunicação referida no número anterior deve ser efetuada até ao dia 8 do mês seguinte ao da emissão da fatura, não sendo possível alterar a via de comunicação no decurso do ano civil.

3 — Os sujeitos passivos que sejam obrigados a produzir o ficheiro SAF -T (PT), criado pela Portaria n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, devem optar por uma das modalidades cons-tantes das alíneas a) e b) do n.º 1.

4 — A AT disponibiliza no Portal das Finanças o modelo de dados para os efeitos previstos nos n.os 1 e 2, devendo dele constar os seguintes elementos relativamente a cada fatura:

a) Número de identificação fiscal do emitente;b) Número da fatura;c) Data de emissão;d) Tipo de documento, nos termos referidos na Portaria

n.º 321 -A/2007, de 26 de março, alterada pela Portaria n.º 1192/2009, de 8 de outubro, que regula o ficheiro nor-malizado, designado SAF -T (PT);

e) Número de identificação fiscal do adquirente que seja sujeito passivo de IVA, quando tenha sido inserido no ato de emissão;

f) Número de identificação fiscal do adquirente que não seja sujeito passivo de IVA, quando este solicite a sua inserção no ato de emissão;

g) Valor tributável da prestação de serviços ou da trans-missão de bens;

h) Taxas aplicáveis;i) O motivo justificativo da não aplicação do imposto,

se aplicável;j) Montante de IVA liquidado.

5 — Até ao final do mês seguinte ao da sua emissão, a AT disponibiliza às pessoas singulares, no Portal das Finanças, os elementos indicados no número anterior re-lativamente às faturas que titulem prestações de serviços em que constem como adquirentes e que sejam emitidas por sujeitos passivos enquadrados para efeitos fiscais, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE — Rev. 3, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguin-tes setores de atividade:

a) Secção G, Classe 4520 — Manutenção e reparação de veículos automóveis;

b) Secção G, Classe 45402 — Manutenção e reparação de motociclos, de suas peças e acessórios;

c) Secção I — Alojamento, restauração e similares;d) Secção S, Classe 9602 — Atividades de salões de

cabeleireiro e institutos de beleza.

6 — As pessoas singulares podem comunicar à AT os elementos das faturas em que constem como adquirentes, que tenham na sua posse, e que não tenham sido dispo-nibilizados nos termos do número anterior, após a data aí prevista, devendo manter na sua posse as faturas registadas para exibi -las à AT sempre que solicitadas por um período de quatro anos, contado a partir do final do ano em que ocorreu a aquisição.

7 — As pessoas singulares devem indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no n.º 5, quais as faturas em que constem como adquirentes que titulam prestações de serviços enquadradas nos setores de atividade men-cionados naquele número, sempre que o sujeito passivo emitente esteja também enquadrado, para efeitos fiscais, noutros setores de atividade, sob pena de aquelas faturas não serem elegíveis para o incentivo fiscal.

8 — As pessoas singulares que sejam sujeitos passivos de IVA devem também indicar no Portal das Finanças, a partir da data referida no n.º 5, quais as faturas que titu-lam aquisições efetuadas fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional, sob pena de todas as faturas em que constam como adquirentes não serem elegíveis para o incentivo fiscal.

Artigo 4.ºAditamento ao Estatuto dos Benefícios Fiscais

1 — É aditado o artigo 66.º -B ao Estatuto dos Benefí-cios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, com a seguinte redação:

«Artigo 66.º -BDedução em sede de IRS de IVA suportado em fatura

1 — À coleta do IRS devido pelos sujeitos passivos é dedutível um montante correspondente a 5 % do IVA suportado por qualquer membro do agregado familiar,

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com o limite global de € 250, que conste de faturas que titulem prestações de serviços comunicadas à Au-toridade Tributária e Aduaneira (AT) nos termos do Decreto -Lei n.º 197/2012, enquadradas, de acordo com a Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3, CAE — Rev. 3, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade:

a) Secção G, Classe 4520 — Manutenção e reparação de veículos automóveis;

b) Secção G, Classe 45402 — Manutenção e repara-ção de motociclos, de suas peças e acessórios;

c) Secção I — Alojamento, restauração e similares;d) Secção S, Classe 9602 — Atividades de salões de

cabeleireiro e institutos de beleza.

2 — O incentivo previsto no número anterior opera por dedução à coleta do IRS do ano em que as faturas foram emitidas, desde que a declaração de rendimentos do agregado familiar seja entregue nos prazos previstos no artigo 60.º do Código do IRS.

3 — Os adquirentes que pretendam beneficiar do incentivo devem exigir ao emitente a inclusão do seu número de identificação fiscal nas faturas.

4 — As pessoas singulares que sejam sujeitos pas-sivos de IVA apenas podem beneficiar do incentivo relativamente às faturas que titulam aquisições efetua-das fora do âmbito da sua atividade empresarial ou profissional.

5 — O valor do incentivo é apurado pela AT com base nas faturas que lhe forem comunicadas, por via eletrónica, até ao dia 31 de janeiro do ano seguinte ao da sua emissão, relativamente a cada adquirente nelas identificado.

6 — A AT disponibiliza no Portal das Finanças o montante do incentivo até ao dia 10 do mês de fevereiro do ano seguinte ao da emissão das faturas.

7 — Do cálculo do montante do incentivo refe-rido no número anterior, pode o adquirente reclamar, até ao final do mês de março do ano seguinte ao da emissão, de acordo com as normas aplicáveis ao procedimento de reclamação graciosa com as devidas adaptações.

8 — Os adquirentes que pretendam beneficiar deste incentivo devem manter na sua posse as faturas que não tenham sido regularmente comunicadas pelo sujeito passivo emitente à AT e disponibilizadas no Portal das Finanças, por um período de quatro anos, contado a partir do final do ano em que ocorreu a aquisição.

9 — Havendo divergências entre os elementos co-municados pelos adquirentes e pelos sujeitos passivos emitentes, ou havendo indícios de que as faturas não cor-respondem a prestações de serviços reais enquadradas no n.º 1, o direito ao incentivo depende de confirmação pela AT da veracidade da operação.

10 — Este incentivo não se encontra abrangido pelos limites constantes da tabela do n.º 2 do artigo 88.º do Código do IRS.»

2 — É aditado à parte II do EBF, aprovado pelo Decreto--Lei n.º 215/89, de 1 de julho, o capítulo XII com a epígrafe «Benefícios pela exigência de fatura», constituído pelo artigo 66.º -B.

Artigo 5.ºConservação dos dados pessoais comunicados

Os dados pessoais comunicados relativos a faturas em que os adquirentes sejam pessoas singulares devem ser mantidos até ao final do quarto ano seguinte àquele a que respeitem, sendo obrigatoriamente destruídos no prazo de seis meses após o decurso deste prazo.

Artigo 6.ºConfidencialidade e segurança da informação

1 — Os dados pessoais comunicados à AT nos termos do artigo 3.º estão abrangidos pelo dever de confidencialidade previsto no artigo 64.º da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, e ape-nas podem ser utilizados para as finalidades previstas no presente diploma.

2 — A AT deve adotar as medidas de segurança neces-sárias relativamente aos dados pessoais comunicados para impedir a respetiva consulta ou utilização indevida por qualquer pessoa ou forma não autorizada e para garantir que o acesso aos dados pessoais está limitado às pessoas autorizadas no âmbito das suas atribuições legais.

Artigo 7.ºAlteração ao anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho

Os artigos 2.º, 4.º, 5.º, 6.º, 7.º, 8.º, 10.º, 11.º, 12.º, 13.º, 14.º, 16.º, 17.º e 18.º do regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, apro-vado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 2.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) ‘Documento de transporte’ a fatura, guia de re-

messa, nota de devolução, guia de transporte ou docu-mentos equivalentes;

c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 4.º[...]

1 — As faturas devem conter obrigatoriamente os elementos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012 4669

6 — Os documentos de transporte, quando o destina-tário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais referidos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder -se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — As alterações ao local de destino, ocorridas du-

rante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado.

9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — Em relação aos bens transportados por vende-

dores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código do IVA, respetivamente, o documento de trans-porte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do mesmo Código.

11 — Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comuni-cados na forma prevista na alínea b) do n.º 6 do artigo seguinte.

Artigo 5.º[...]

1 — Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias:

a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a auten-ticidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o disposto no Código do IVA;

b) Através de programa informático que tenha sido objeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22 -A/2012, de 24 de janeiro;

c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo económico, de cujos respetivos direitos de autor seja detentor;

d) Diretamente no Portal das Finanças;e) Em papel, utilizando -se impressos numerados se-

guida e tipograficamente.

2 — Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e) do número anterior devem ser processa-dos em três exemplares.

3 — A numeração dos documentos emitidos nos ter-mos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão.

4 — (Anterior n.º 3.)5 — Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar

à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1, antes do início do transporte.

6 — A comunicação prevista no número anterior é efetuada da seguinte forma:

a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1;

b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do do-cumento emitido, com inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte.

7 — Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identificação ao documento.

8 — Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, sem-pre que o transportador disponha de código fornecido pela AT fica dispensado da impressão do documento de transporte.

9 — A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de dados para os efeitos previstos na alínea a) do n.º 6.

10 — A comunicação prevista nos n.os 5 e 6 não é obrigatória para os sujeitos passivos que, no período de tributação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendimento, tenham um volume de negócios inferior ou igual a € 100 000.

Artigo 6.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) Que tenha cessado atividade nos termos dos arti-

gos 33.º ou 34.º do Código do IVA;c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento

das obrigações constantes do artigo 41.º do Código do IVA, durante três períodos consecutivos.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — Os exemplares dos documentos de transporte

referidos no n.º 2 do artigo anterior são destinados:a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à ins-

peção tributária, sendo recolhido nos atos de fiscalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da AT;

c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — No caso referido na alínea a) do n.º 1 do ar-

tigo 5.º, consideram -se exibidos os documentos comu-nicados à AT, desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo.

8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 7.º[...]

1 — Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no ar-tigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do artigo 5.º

22

4670 Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — Quando o transporte dos bens em circulação for

efetuado por transportador público regular coletivo de passageiros ou mercadorias ou por empresas concessio-nárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode acompanhar os respetivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 8.º[...]

1 — A impressão tipográfica dos documentos de transporte referidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só pode ser efetuada em tipografias devidamente auto-rizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a um sistema de numeração unívoca.

2 — (Revogado.)3 — (Revogado.)4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — O pedido de autorização referido no número

anterior deve ser entregue por via eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a identificação, as atividades exercidas e o local do estabelecimento da tipografia, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 10.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — O fornecimento dos impressos é registado

previamente pela tipografia autorizada, em suporte in-formático, devendo conter os elementos necessários à comunicação referida no n.º 5.

3 — (Revogado.)4 — As requisições e os registos informáticos refe-

ridos nos números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos.

5 — Por cada requisição dos sujeitos passivos, as tipografias comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças, previamente à impressão nos respetivos documentos, os elementos identificativos dos adquiren-tes e as gamas de numeração dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º

6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — (Revogado.)

Artigo 11.º[...]

O Ministro das Finanças, por proposta do diretor--geral da AT, pode determinar a revogação da autoriza-ção concedida nos termos do artigo 8.º em todos os casos em que se deixe de verificar qualquer das condições referidas no seu n.º 4, sejam detetadas irregularidades relativamente às disposições do presente diploma ou se verifiquem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa autorizada.

Artigo 12.º(Revogado.)

Artigo 13.º[...]

1 — Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização do cumprimento das normas previstas no presente diploma compete à AT e à unidade com as atribuições tributárias, fiscais e aduaneiras da Guarda Nacional Republicana, cabendo também a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, designadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração que lhes for solici-tada para o efeito.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — Os funcionários a quem incumbe a fiscalização

prevista no n.º 1 consultam os elementos constantes da base de dados dos bens em circulação disponibilizada pela AT, mediante acesso individual e certificado, e sempre que se verifiquem quaisquer infrações às nor-mas do presente diploma, devem levantar o respetivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte.

5 — Sempre que as outras autoridades atuem em con-junto com a AT, cabe aos funcionários desta autoridade levantar os autos de notícia a que haja lugar.

6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — Sempre que aplicável, as entidades referidas

neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido recolhido o respetivo duplicado.

Artigo 14.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — Consideram -se não emitidos os documentos de

transporte sempre que não tenham sido observadas as normas de emissão ou de comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º

7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — Sempre que aplicável, considera -se falta de

exibição do documento de transporte a não apresenta-ção imediata do código previsto no n.º 7 do artigo 5.º

Artigo 16.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — No caso de os bens apreendidos nos termos do

número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa -se o preceituado no artigo 886.º -C do Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012 4671

Artigo 17.º[...]

1 — Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à no-tificação referida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores regularizar a situação encontrada em falta, mediante exibição ou emissão dos documen-tos em falta nos termos do presente diploma, bem como dos documentos referidos no n.º 2 do artigo 7.º, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n.os 2 e 4 do artigo 6.º e do pagamento das coimas aplicáveis, com redução a metade, no serviço de finanças a que se refere o n.º 4 do mesmo artigo.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 18.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas

originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o comprovativo de emissão ou, sendo caso disso, o ori-ginal e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documentos mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos n.os 2 e 4 do artigo 6.º;

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

Artigo 8.ºDisposição regulamentar

O modo de cumprimento das obrigações de comuni-cação previstas nas alterações introduzidas pelo presente diploma ao regime de bens em circulação objeto de tran-sações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril, é regulamentado por portaria do Ministro das Finanças.

Artigo 9.ºNorma revogatória

São revogados os n.os 2 e 3 do artigo 8.º, os n.os 3 e 7 do artigo 10.º e o artigo 12.º do regime de bens em circula-ção objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 238/2006, de 20 de dezembro, e pela Lei n.º 3 -B/2010, de 28 de abril.

Artigo 10.ºRepublicação

É republicado em anexo, que faz parte integrante do presente diploma, o regime de bens em circulação objeto de transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, com a redação atual.

Artigo 11.ºEntrada em vigor

O presente diploma entra em vigor em 1 de janeiro de 2013.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de julho de 2012. — Pedro Passos Coelho — Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento.

Promulgado em 16 de agosto de 2012.Publique -se.O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.Referendado em 21 de agosto de 2012.O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho.

ANEXO

(a que se refere o artigo 10.º)

Republicação do regime de bens em circulação objetode transações entre sujeitos passivos de IVA, aprovado

em anexo ao Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho

Artigo 1.ºÂmbito de aplicação

Todos os bens em circulação, em território nacional, seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam objeto de operações realizadas por sujeitos passivos de imposto sobre o valor acrescentado deverão ser acompanhados de documentos de transporte processados nos termos do presente diploma.

Artigo 2.ºDefinições

1 — Para efeitos do disposto no presente diploma considera -se:

a) «Bens» os que puderem ser objeto de transmissão nos termos do artigo 3.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado;

b) «Documento de transporte» a fatura, guia de remessa, nota de devolução, guia de transporte ou documentos equi-valentes;

c) «Valor normal» o preço de aquisição ou de custo devidamente comprovado pelo sujeito passivo ou, na falta deste o valor normal determinado nos termos do n.º 4 do artigo 16.º do Código do Imposto sobre o Valor Acres-centado;

d) «Remetente» a pessoa singular ou coletiva ou en-tidade fiscalmente equiparada que colocou os bens em circulação à disposição do transportador para efetivação do respetivo transporte ou operações de carga, bem como o transportador quando os bens em circulação lhe per-tençam;

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4672 Diário da República, 1.ª série — N.º 164 — 24 de agosto de 2012

e) «Transportador» a pessoa singular ou coletiva ou en-tidade fiscalmente equiparada que, recebendo do remetente ou de anterior transportador os bens em circulação, realiza ou se propõe realizar o seu transporte até ao local de destino ou de transbordo ou, em caso de dúvida, a pessoa em nome de quem o veículo transportador se encontra registado, salvo se o mesmo for objeto de um contrato de locação financeira, considerando -se aqui o respetivo locatário;

f) «Transportador público regular coletivo» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada que exerce a atividade de exploração de transportes co-letivos e que se encontra obrigada ao cumprimento de horários e itinerários nas zonas geográficas que se lhes estão concessionadas;

g) «Destinatário ou adquirente» a pessoa singular ou coletiva ou entidade fiscalmente equiparada a quem os bens em circulação são postos à disposição;

h) «Local de início de transporte ou de carga» o local onde o remetente tenha entregue ou posto à disposição do transportador os bens em circulação, presumindo -se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado;

i) «Local de destino ou descarga» o local onde os bens em circulação forem entregues ao destinatário, presumindo--se como tal o constante no documento de transporte, se outro não for indicado;

j) «Primeiro local de chegada» o local onde se verificar a primeira rutura de carga.

2 — Para efeitos do disposto no presente diploma:a) Consideram -se «bens em circulação» todos os que

se encontrem fora dos locais de produção, fabrico, trans-formação, exposição, dos estabelecimentos de venda por grosso e a retalho ou de armazém de retém, por motivo de transmissão onerosa, incluindo a troca, de transmis-são gratuita, de devolução, de afetação a uso próprio, de entrega à experiência ou para fins de demonstração, ou de incorporação em prestações de serviços, de remessa à consignação ou de simples transferência, efetuadas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 2.º do Código do Im-posto sobre o Valor Acrescentado;

b) Consideram -se ainda bens em circulação os bens encontrados em veículos nos atos de descarga ou trans-bordo mesmo quando tenham lugar no interior dos es-tabelecimentos comerciais, lojas, armazéns ou recintos fechados que não sejam casa de habitação, bem como os bens expostos para venda em feiras e mercados a que se referem os Decretos -Leis n.os 252/86, de 25 de agosto, e 259/95, de 30 de setembro.

Artigo 3.ºExclusões

1 — Excluem -se do âmbito do presente diploma:a) Os bens manifestamente para uso pessoal ou domés-

tico do próprio;b) Os bens provenientes de retalhistas, sempre que tais

bens se destinem a consumidores finais que previamente os tenham adquirido, com exceção dos materiais de cons-trução, artigos de mobiliário, máquinas elétricas, máquinas ou aparelhos recetores, gravadores ou reprodutores de imagem ou de som, quando transportados em veículos de mercadorias;

c) Os bens pertencentes ao ativo imobilizado;

d) Os bens provenientes de produtores agrícolas, apí-colas, silvícolas ou de pecuária resultantes da sua própria produção, transportados pelo próprio ou por sua conta;

e) Os bens dos mostruários entregues aos pracistas e viajantes, as amostras destinadas a ofertas de pequeno valor e o material de propaganda, em conformidade com os usos comerciais e que, inequivocamente, não se des-tinem a venda;

f) Os filmes e material publicitário destinados à exibição e exposição nas salas de espetáculos cinematográficos, quando para o efeito tenham sido enviados pelas empre-sas distribuidoras, devendo estas fazer constar de forma apropriada nas embalagens o respetivo conteúdo e a sua identificação fiscal;

g) Os veículos automóveis, tal como se encontram de-finidos no Código da Estrada, com matrícula definitiva;

h) As taras e embalagens retornáveis;i) Os resíduos sólidos urbanos provenientes das recolhas

efetuadas pelas entidades competentes ou por empresas a prestarem o mesmo serviço.

2 — Encontram -se ainda excluídos do âmbito do pre-sente diploma:

a) Os produtos sujeitos a impostos especiais de consumo, tal como são definidos no artigo 4.º do Código dos Impostos Especiais de Consumo, publicado em anexo ao Decreto--Lei n.º 566/99, de 22 de dezembro, quando circularem em regime suspensivo nos termos desse mesmo Código;

b) Os bens respeitantes a transações intracomunitá-rias a que se refere o Decreto -Lei n.º 290/92, de 28 de dezembro;

c) Os bens respeitantes a transações com países ou territórios terceiros quando em circulação em território nacional sempre que sujeitos a um destino aduaneiro, de-signadamente os regimes de trânsito e de exportação, nos termos do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, do Conselho, de 12 de outubro;

d) Os bens que circulem por motivo de mudança de instalações do sujeito passivo, desde que o facto e a data da sua realização sejam comunicados às direções de finanças dos distritos do itinerário, com pelo menos oito dias úteis de antecedência, devendo neste caso o transportador fazer -se acompanhar de cópia dessas comunicações.

3 — Relativamente aos bens referidos nos números anteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documento de transporte nos termos do presente diploma, sempre que existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação, pode exigir -se prova da sua proveniência e destino.

4 — A prova referida no número anterior pode ser feita me-diante a apresentação de qualquer documento comprovativo da natureza e quantidade dos bens, sua proveniência e destino.

Artigo 4.ºDocumentos de transporte

1 — As faturas devem conter obrigatoriamente os ele-mentos referidos no n.º 5 do artigo 36.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado.

2 — Sem prejuízo do disposto no n.º 6 do presente ar-tigo, as guias de remessa ou documentos equivalentes devem conter, pelo menos, os seguintes elementos:

a) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede e número de identificação fiscal do remetente;

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b) Nome, firma ou denominação social, domicílio ou sede do destinatário ou adquirente;

c) Número de identificação fiscal do destinatário ou adquirente, quando este seja sujeito passivo, nos termos do artigo 2.º do Código do Imposto sobre o Valor Acres-centado;

d) Designação comercial dos bens, com indicação das quantidades.

3 — Os documentos de transporte referidos nos nú-meros anteriores cujo conteúdo não seja processado por computador devem conter, em impressão tipográfica, a referência à autorização ministerial relativa à tipografia que os imprimiu, a respetiva numeração atribuída e ainda os elementos identificativos da tipografia, nomeadamente a designação social, sede e número de identificação fiscal.

4 — As faturas, guias de remessa ou documentos equi-valentes devem ainda indicar os locais de carga e descarga, referidos como tais, e a data e hora em que se inicia o transporte.

5 — Na falta de menção expressa dos locais de carga e descarga e da data do início do transporte, presumir -se--ão como tais os constantes do documento de transporte.

6 — Os documentos de transporte, quando o destinatário não seja conhecido na altura da saída dos bens dos locais re-feridos no n.º 2 do artigo 2.º, são processados globalmente, nos termos referidos nos artigos 5.º e 8.º, e impressos em papel, devendo proceder -se do seguinte modo à medida que forem feitos os fornecimentos:

a) No caso de entrega efetiva dos bens, devem ser pro-cessados em duplicado, utilizando -se o duplicado para justificar a saída dos bens;

b) No caso de saída de bens a incorporar em serviços prestados pelo remetente dos mesmos, deve a mesma ser registada em documento próprio, nomeadamente folha de obra ou qualquer outro documento equivalente.

7 — Nas situações referidas nas alíneas a) e b) do nú-mero anterior, deve sempre fazer -se referência ao respetivo documento global.

8 — As alterações ao local de destino, ocorridas du-rante o transporte, ou a não aceitação imediata e total dos bens transportados, obrigam à emissão de documento de transporte adicional em papel, identificando a alteração e o documento alterado.

9 — No caso em que o destinatário ou adquirente não seja sujeito passivo, far -se -á menção do facto no docu-mento de transporte.

10 — Em relação aos bens transportados por vendedores ambulantes e vendedores em feiras e mercados, destina-dos a venda a retalho, abrangidos pelo regime especial de isenção ou regime especial dos pequenos retalhistas a que se referem os artigos 53.º e 60.º do Código do IVA, respe-tivamente, o documento de transporte pode ser substituído pelas faturas de aquisição processadas nos termos e de harmonia com o artigo 36.º do mesmo Código.

11 — Os documentos referidos nas alíneas a) e b) do n.º 6 e as alterações referidas no n.º 8 são comunicados na forma prevista na alínea b) do n.º 6 do artigo seguinte.

Artigo 5.ºProcessamento dos documentos de transporte

1 — Os documentos referidos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º devem ser emitidos por uma das seguintes vias:

a) Por via eletrónica, devendo estar garantida a autenti-cidade da sua origem e a integridade do seu conteúdo, de acordo com o disposto no Código do IVA;

b) Através de programa informático que tenha sido ob-jeto de prévia certificação pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos da Portaria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Portaria n.º 22 -A/2012, de 24 de janeiro;

c) Através de software produzido internamente pela empresa ou por empresa integrada no mesmo grupo eco-nómico, de cujos respetivos direitos de autor seja detentor;

d) Diretamente no Portal das Finanças;e) Em papel, utilizando -se impressos numerados seguida

e tipograficamente.

2 — Os documentos emitidos nos termos das alíneas b) a e) do número anterior devem ser processados em três exemplares.

3 — A numeração dos documentos emitidos nos termos do n.º 1 deve ser progressiva, contínua e aposta no ato de emissão.

4 — Quando, por exigência de ordem prática, não seja bastante a utilização de um único documento dos referi-dos na alínea b) do n.º 1 do artigo 2.º, deve utilizar -se o documento com o número seguinte, nele se referindo que é a continuação do anterior.

5 — Os sujeitos passivos são obrigados a comunicar à AT os elementos dos documentos processados nos termos referidos no n.º 1, antes do início do transporte.

6 — A comunicação prevista no número anterior é efe-tuada da seguinte forma:

a) Por transmissão eletrónica de dados para a AT, nos casos previstos nas alíneas a) a d) do n.º 1;

b) Através de serviço telefónico disponibilizado para o efeito, com indicação dos elementos essenciais do docu-mento emitido, com inserção no Portal das Finanças até ao 5.º dia útil seguinte.

7 — Nas situações previstas na alínea a) do número anterior, a AT atribui um código de identificação ao do-cumento.

8 — Nos casos previstos na alínea a) do n.º 1, sempre que o transportador disponha de código fornecido pela AT fica dispensado da impressão do documento de trans-porte.

9 — A AT disponibiliza no Portal das Finanças o sistema de emissão referido na alínea d) do n.º 1 e o modelo de dados para os efeitos previstos na alínea a) do n.º 6.

10 — A comunicação prevista nos n.os 5 e 6 não é obri-gatória para os sujeitos passivos que, no período de tri-butação anterior, para efeitos dos impostos sobre o rendi-mento, tenham um volume de negócios inferior ou igual a € 100 000.

Artigo 6.ºCircuito e validade dos documentos de transporte

1 — Os documentos de transporte são processados pelos sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do IVA e pelos detentores dos bens e antes do início da circulação nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do presente diploma.

2 — Ainda que processados nos termos do número an-terior, para efeitos do presente diploma consideram -se não exibidos os documentos de transporte emitidos por

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sujeito passivo que se encontre em qualquer das seguintes situações:

a) Que não esteja registado;b) Que tenha cessado atividade nos termos dos arti-

gos 33.º ou 34.º do Código do IVA;c) Que esteja em falta relativamente ao cumprimento

das obrigações constantes do artigo 41.º do Código do IVA, durante três períodos consecutivos.

3 — O disposto no número anterior aplica -se apenas aos casos em que simultaneamente se verifiquem a qualidade de remetente e transportador.

4 — Consideram -se ainda não exibidos os documentos de transporte na posse de um sujeito passivo que, sendo simultaneamente transportador e destinatário, se encontre em qualquer das situações referidas no n.º 2 do presente artigo.

5 — Os exemplares dos documentos de transporte refe-ridos no n.º 2 do artigo anterior são destinados:

a) Um, que acompanha os bens, ao destinatário ou ad-quirente dos mesmos;

b) Outro, que igualmente acompanha os bens, à ins-peção tributária, sendo recolhido nos atos de fiscalização durante a circulação dos bens pelas entidades referidas no artigo 13.º, e junto do destinatário pelos serviços da AT;

c) O terceiro, ao remetente dos bens.

6 — Sem prejuízo do disposto no artigo 52.º do Código do IVA, devem ser mantidos em arquivo, até ao final do 2.º ano seguinte ao da emissão, os exemplares dos docu-mentos de transporte destinados ao remetente e ao desti-natário, bem como os destinados à inspeção tributária que não tenham sido recolhidos pelos serviços competentes.

7 — No caso referido na alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º, consideram -se exibidos os documentos comunicados à AT, desde que apresentado o código atribuído de acordo com o n.º 7 do mesmo artigo.

8 — Sempre que exigidos os documentos de transporte ou de aquisição relativos aos bens encontrados nos locais referidos na alínea a) do n.º 2 do artigo 2.º, cujo transporte ou circulação tenha estado sujeita à disciplina do presente diploma, e o sujeito passivo ou detentor dos bens alegue que o documento exigido não está disponível no local, por este ser diferente da sua sede ou domicílio fiscal ou do local de centralização da escrita, notificar -se -á aquele para no prazo de cinco dias úteis proceder à sua apresentação, sob pena da aplicação da respetiva penalidade.

9 — Relativamente aos bens sujeitos a fácil deterio-ração, o documento exigido no número anterior deve ser exibido de imediato.

10 — Se ultrapassado o prazo estabelecido na parte final do n.º 6 do presente artigo, considera -se exibido o documento exigido nos termos do n.º 8 se os bens em causa se encontrarem devidamente registados no inventário final referente ao último exercício económico.

Artigo 7.ºTransportador

1 — Os transportadores de bens, seja qual for o seu destino e os meios utilizados para o seu transporte, devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o original e o duplicado do documento referido no artigo 1.º ou, sendo caso disso, o código referido no n.º 7 do artigo 5.º

2 — Tratando -se de bens importados em Portugal que circulem entre a estância aduaneira de desalfandegamento e o local do primeiro destino, o transportador deve fazer -se acompanhar, em substituição do documento referido no número anterior, de documento probatório do desalfan-degamento dos mesmos.

3 — Quando o transporte dos bens em circulação for efetuado por transportador público regular coletivo de pas-sageiros ou mercadorias ou por empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documento de transporte ou código referido no n.º 7 do artigo 5.º pode acompanhar os respetivos bens em envelope fechado, sendo permitida a abertura às autoridades referidas no artigo 13.º

4 — A disciplina prevista neste artigo não se aplica ao transportador público de passageiros quando os bens em circulação pertencerem aos respetivos passageiros.

Artigo 8.ºImpressão dos documentos de transporte

1 — A impressão tipográfica dos documentos de trans-porte referidos na alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º só pode ser efetuada em tipografias devidamente autorizadas pelo Ministro das Finanças, devendo obedecer a um sistema de numeração unívoca.

2 — (Revogado.)3 — (Revogado.)4 — Nos casos em que, por exigências comerciais, for

necessário o processamento de mais de três exemplares dos documentos referidos, é permitido à tipografia autorizada executá -los, com a condição de imprimir nos exemplares que excedam aquele número uma barra com a seguinte indicação: «Cópia de documento não válida para os fins previstos no Regime dos Bens em Circulação».

5 — A autorização referida no n.º 1 é concedida, me-diante a apresentação do respetivo pedido, às pessoas sin-gulares ou coletivas ou entidades fiscalmente equiparadas que exerçam a atividade de tipografia ou que a iniciem, na condição de que:

a) Não tenham sofrido condenação nos termos dos ar-tigos 87.º a 91.º, 103.º a 107.º, 113.º, 114.º, 116.º a 118.º, 120.º, 122.º e 123.º do Regime Geral das Infrações Tri-butárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, nem nos termos das normas correspondentes do Regime Jurídico das Infrações Fiscais não Aduaneiras, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 20 -A/90, de 15 de janeiro;

b) Não estejam em falta relativamente ao cumprimento das obrigações constantes do n.º 1 do artigo 26.º e dos n.os 1 e 2 do artigo 40.º do Código do IVA, do n.º 1 do artigo 57.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ou do n.º 1 do artigo 96.º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas;

c) Não se encontrem em estado de falência;d) Não tenham sido condenadas por crimes previstos

nos artigos 256.º, 258.º, 259.º, 262.º, 265.º, 268.º e 269.º do Código Penal.

6 — O pedido de autorização referido no número an-terior deve ser entregue por via eletrónica, no Portal das Finanças, contendo a identificação, as atividades exercidas e o local do estabelecimento da tipografia, devendo ser acompanhado dos seguintes elementos:

a) Certificado do registo criminal do proprietário da empresa, ou, tratando -se de sociedade, de cada um dos sócios gerentes ou administradores em exercício;

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b) Certificado, processado pela entidade judicial respe-tiva, para efeitos da alínea c) do número anterior.

Artigo 9.ºSubcontratação

1 — É permitido às tipografias autorizadas encarregar outras tipografias, desde que também autorizadas, da im-pressão dos documentos que lhes forem requisitados, desde que façam acompanhar os seus pedidos da fotocópia das requisições recebidas.

2 — Tanto a tipografia que efetuou a impressão como a que a solicitou devem efetuar os registos e a comunicação referidos no artigo 10.º

Artigo 10.ºAquisição de documentos de transporte

1 — A aquisição dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º é efetuada mediante requisição escrita do adqui-rente utilizador, a qual contém os elementos necessários ao registo a que se refere o n.º 2 do presente artigo.

2 — O fornecimento dos impressos é registado previa-mente pela tipografia autorizada, em suporte informático, devendo conter os elementos necessários à comunicação referida no n.º 5.

3 — (Revogado.)4 — As requisições e os registos informáticos referidos

nos números anteriores devem ser mantidos em arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de quatro anos.

5 — Por cada requisição dos sujeitos passivos, as ti-pografias comunicam à AT por via eletrónica, no Portal das Finanças, previamente à impressão nos respetivos documentos, os elementos identificativos dos adquirentes e as gamas de numeração dos impressos referidos no n.º 1 do artigo 8.º

6 — A comunicação referida no número anterior deve conter o nome ou denominação social, número de iden-tificação fiscal, concelho e distrito da sede ou domicílio da tipografia e dos adquirentes, documentos fornecidos, respetiva quantidade e numeração atribuída.

7 — (Revogado.)

Artigo 11.ºRevogação da autorização de impressão

de documentos de transporte

O Ministro das Finanças, por proposta do diretor -geral da AT, pode determinar a revogação da autorização con-cedida nos termos do artigo 8.º em todos os casos em que se deixe de verificar qualquer das condições referidas no seu n.º 4, sejam detetadas irregularidades relativamente às disposições do presente diploma ou se verifiquem outros factos que ponham em causa a idoneidade da empresa autorizada.

Artigo 12.º(Revogado.)

Artigo 13.ºEntidades fiscalizadoras

1 — Sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades, a fiscalização do cumprimento das normas previstas no presente diploma compete à AT e à

unidade com as atribuições tributárias, fiscais e aduaneiras da Guarda Nacional Republicana, cabendo também a esta última, conjuntamente com as restantes autoridades, desig-nadamente a Polícia de Segurança Pública, prestar toda a colaboração que lhes for solicitada para o efeito.

2 — Para assegurar a eficácia das ações de fiscalização, as entidades fiscalizadoras podem proceder à abertura das embalagens, malas ou outros contentores de merca-dorias.

3 — Relativamente à abertura de embalagens ou con-tentores acondicionantes de produtos que, pelas suas ca-racterísticas de fácil deterioração ou perigo, não devam ser manuseados ou expostos ao meio ambiente, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) As embalagens ou contentores de tais produtos devem ser sempre rotulados ou acompanhados de uma declaração sobre a natureza do produto;

b) As entidades fiscalizadoras, em tais casos, não de-vem abrir as referidas embalagens, sem prejuízo de, em caso de dúvida quanto aos bens transportados, serem tomadas as medidas adequadas para que se verifique, em condições aconselháveis, se os bens em circulação condizem com os documentos de transporte que os acom-panham.

4 — Os funcionários a quem incumbe a fiscalização prevista no n.º 1 consultam os elementos constantes da base de dados dos bens em circulação disponibilizada pela AT, mediante acesso individual e certificado, e sempre que se verifiquem quaisquer infrações às normas do presente diploma devem levantar o respetivo auto de notícia, com a ressalva do disposto no número seguinte.

5 — Sempre que as outras autoridades atuem em con-junto com a AT, cabe aos funcionários desta autoridade levantar os autos de notícia a que haja lugar.

6 — Sempre que a infração for detetada no decurso de operações em que colaborem duas ou mais autoridades, a parte do produto das coimas que se mostrem devidas destinadas ao autuante será repartida, em partes iguais, pelos serviços envolvidos.

7 — Sempre que aplicável, as entidades referidas neste artigo devem averbar no original do documento de transporte o facto de ter sido recolhido o respetivo duplicado.

SECÇÃO I

Infrações

Artigo 14.ºInfrações detetáveis no decurso da circulação de bens

1 — A falta de emissão ou de imediata exibição do documento de transporte ou dos documentos referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º e ainda as situações pre-vistas nos n.os 2 e 4 do artigo 6.º farão incorrer os infratores nas penalidades previstas no artigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço.

2 — As omissões ou inexatidões praticadas nos docu-mentos de transporte referidos no artigo 1.º e no n.º 2 do artigo 7.º que não sejam a falta de indicação do número

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de identificação fiscal do destinatário ou adquirente dos bens ou de qualquer das menções referidas nos n.os 4 e 8 do artigo 4.º e no n.º 3 do artigo 8.º ou ainda o não cumprimento do disposto no n.º 7 do artigo 4.º farão incorrer os infratores nas penalidades referidas no ar-tigo 117.º do Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer ao transportador que não seja transportador público regular de passageiros ou mercadorias ou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço.

3 — Será unicamente imputada ao transportador a in-fração resultante da alteração do destino final dos bens, ocorrida durante o transporte, sem que tal facto seja por ele anotado.

4 — Quando os bens em circulação, transportados num único veículo, provierem de mais de um remetente, a cada remetente será imputada a infração resultante dos bens por ele remetidos.

5 — Sempre que o transportador dos bens em circulação em situação irregular não identifique o seu remetente, ser--lhe -á imputada a respetiva infração.

6 — Consideram -se não emitidos os documentos de transporte sempre que não tenham sido observadas as normas de emissão ou de comunicação constantes dos artigos 5.º e 8.º

7 — Somente são aplicáveis as sanções referidas no presente artigo quando as infrações forem verificadas du-rante a circulação dos bens.

8 — É sempre competente para a aplicação de coimas por infrações ao presente diploma o chefe do serviço de finanças da área onde foram detetadas.

9 — Sempre que aplicável, considera -se falta de exibi-ção do documento de transporte a não apresentação ime-diata do código previsto no n.º 7 do artigo 5.º

SECÇÃO II

Da apreensão

Artigo 15.ºApreensão provisória

1 — Quando, em relação aos bens encontrados em cir-culação nos termos dos artigos 1.º e 3.º, o seu detentor ou transportador declare que os mesmos não são provenientes de um sujeito passivo de IVA ou face à sua natureza, es-pécie e quantidade, se possa concluir que os mesmos não integram nenhuma das situações de exclusão previstas e em todos os casos em que haja fundadas suspeitas da prática de infração tributária, pode exigir -se prova da sua proveniência ou destino, a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de se proceder à imediata apreensão provi-sória dos mesmos e do veículo transportador, nos termos do artigo 16.º

2 — Do auto devem obrigatoriamente constar os fun-damentos que levaram à apreensão provisória, designada-mente os requisitos exigidos no número anterior.

3 — Se a prova exigida no n.º 1 não for feita de imediato ou não for efetuada dentro de cinco dias úteis, a apreen-são provisória converter -se -á em definitiva, passando a observar -se o disposto no artigo 17.º

4 — O disposto no presente artigo aplica -se, com as devidas adaptações, às situações previstas nos n.os 2 e 4 do artigo 6.º

Artigo 16.ºApreensão dos bens em circulação e do veículo transportador

1 — Independentemente das sanções aplicáveis, as in-frações referidas nos n.os 1 e 2 do artigo 14.º relativas aos bens em circulação implicam a apreensão destes, bem como dos veículos que os transportarem, sempre que estes veículos não estejam afetos aos transportes públicos regu-lares de passageiros ou mercadorias ou afetos a empresas concessionárias a prestarem o mesmo serviço por conta daqueles.

2 — No caso de os bens apreendidos nos termos do número anterior estarem sujeitos a fácil deterioração, observa -se o preceituado no artigo 886.º -C do Código de Processo Civil, bem como as disposições do Código de Procedimento e de Processo Tributário aplicáveis.

3 — Da apreensão dos bens e dos veículos será lavrado auto em duplicado ou, no caso do n.º 6 do presente artigo, em triplicado, sendo os mesmos entregues a um fiel de-positário, de abonação correspondente ao valor normal dos bens apreendidos expressamente referido nos autos, salvo se puderem ser removidos, sem inconveniente, para qualquer depósito público.

4 — O original do auto de apreensão será entregue no serviço de finanças da área onde foi detetada a in-fração.

5 — O duplicado do auto de apreensão será entregue ao fiel depositário mediante recibo.

6 — Quando o fiel depositário não for o condutor do veículo ou o transportador, será entregue a este último, ou na sua ausência ao primeiro, um exemplar do auto de apreensão.

7 — Nos casos de apreensão em que o remetente não seja o transportador dos bens, proceder -se -á, no prazo de três dias úteis, à notificação do remetente para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 17.º

Artigo 17.ºRegularização das apreensões

1 — Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à notificação referida no n.º 7 do artigo anterior, podem os infratores regularizar a situação encontrada em falta, mediante exi-bição ou emissão dos documentos em falta nos termos do presente diploma, bem como dos documentos referidos no n.º 2 do artigo 7.º, ou dos documentos comprovativos da regularização das situações previstas nos n.os 2 e 4 do artigo 6.º e do pagamento das coimas aplicáveis, com re-dução a metade, no serviço de finanças a que se refere o n.º 4 do mesmo artigo.

2 — As despesas originadas pela apreensão são da res-ponsabilidade do infrator, sendo cobradas conjuntamente com a coima.

3 — Decorrido o prazo referido no n.º 1 sem que se en-contre regularizada a situação, e sem prejuízo do disposto nos n.os 5 e 6 deste artigo, são levantados os autos de notícia relativos às infrações verificadas.

4 — Para efeitos do número anterior, o serviço de fi-nanças comunica o facto ao apreensor, que, após o levan-tamento do auto respetivo, lho remete.

5 — Nos casos em que o chefe do serviço de finanças competente constate que a apreensão foi feita sem pre-encher os requisitos previstos no presente diploma ou de que foi feita a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, não deverá ser levantado auto de notícia, arquivando -se o auto

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de apreensão, depois de ouvido o apreensor sempre que tal se mostre conveniente.

6 — Nos casos de haver manifesta impossibilidade em fazer a prova referida no n.º 1 do artigo 15.º, pode o chefe do serviço de finanças proceder de conformidade com o disposto no número anterior após proceder às diligências que se mostrarem necessárias.

7 — As decisões proferidas nos termos dos n.os 5 e 6 do presente artigo podem ser alteradas, no prazo de 30 dias, por despacho do diretor de finanças do distrito, a quem o respetivo processo será remetido.

8 — O despacho proferido nos termos do número an-terior pode determinar o prosseguimento do processo, unicamente para pagamento das coimas que se mostrem devidas, considerando -se sempre definitiva a libertação dos bens e meios de transporte.

9 — Nos casos referidos no número anterior são os infratores notificados do despacho do diretor de finanças, podendo utilizar a faculdade prevista no n.º 1 do presente artigo, contando -se o prazo aí referido a partir da data da notificação.

10 — As decisões a que se referem os n.os 5 e 7 serão sempre comunicadas ao apreensor.

11 — Da decisão de apreensão cabe recurso para o tri-bunal tributário de 1.ª instância.

Artigo 18.º

Decisão quanto à apreensão

1 — À decisão sobre os bens em circulação e veí-culos de transporte apreendidos ou ao produto da sua venda é aplicável o disposto do n.º 4 do artigo 73.º do Regime Geral das Infrações Tributárias com as neces-sárias adaptações.

2 — O levantamento da apreensão do veículo e dos bens respetivos só se verificará quando:

a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesas originadas pela apreensão e, bem assim, exibidos o com-provativo de emissão ou, sendo caso disso, o original e o duplicado ou, no caso de extravio, segunda via ou fotocópia do documento de transporte ou dos documen-tos mencionados no n.º 2 do artigo 7.º, ou se encontrem regularizadas as situações previstas nos n.os 2 e 4 do artigo 6.º;

b) For prestada caução, por meio de depósito em di-nheiro ou de fiança bancária, que garanta o montante das coimas e dos encargos referidos na alínea a);

c) Se verificar o trânsito em julgado da decisão que qualifica a infração ou apreensão insubsistente.

3 — Nos casos de apreensão em que o remetente não seja transportador dos bens, o levantamento da apreensão, quer dos bens quer do veículo, será efetuado nos termos do número anterior, relativamente a cada um deles, in-dependentemente da regularização efetuada pelo outro infrator.

Artigo 19.º

Legislação subsidiária

Ao presente regime complementar é aplicável subsi-diariamente o Regime Geral das Infrações Tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de junho.

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DECRETO-LEI N.º 147/2003

de 11 de julho

32

3928 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 158 — 11 de Julho de 2003

o

n.

o 57/2003

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto-Lei n.o 147/2003de 11 de Julho

O regime regulador dos documentos que devemacompanhar as mercadorias em circulação que ora sesubstitui datava de 1989, sem que até agora tivesse tidoqualquer revisão sensível.

A evolução entretanto verificada nos regimes tribu-tários substantivos e, mais recentemente, as profundasmodificações operadas no quadro sancionatório dasinfracções fiscais impunham uma revisão profunda doregime em causa no sentido não apenas de o adequara tais quadros normativos mas também de actualizaralgumas das soluções normativas que ao tempo neleforam acolhidas.

Por outro lado, a experiência adquirida com a vigênciado Decreto-Lei n.o 45/89, de 11 de Fevereiro, permitiuconstatar a necessidade de se proceder a ajustamentosem diversas das suas disposições, cuja aplicação conduziaa situações de injustiça ou dificultava a acção dos agenteseconómicos. Acresce que a simplicidade de algumas dasformalidades exigidas era, com frequência, abusiva-mente utilizada por alguns operadores económicos.

Em consequência do referido e da experiência adqui-rida, tornou-se evidente a necessidade de proceder àsua substituição, de modo a eliminar, tanto quanto pos-sível, situações menos justas e, simultaneamente, tornara sua aplicação mais precisa e flexível, sem prejuízoda eficácia a atingir no campo do combate à fraudee evasão fiscal, especialmente na área do imposto sobreo valor acrescentado, que se pretende agora incremen-tada e substancialmente mais abrangente. É tambémpor isso que a vertente sancionatória por infracções àsobrigações emergentes do diploma deixa de ser auto-nomamente consagrada para passar a ser disciplinadapelo Regime Geral das Infracções Tributárias.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.o 1 do artigo 198.o da

Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.o

Objecto

É aprovado o regime de bens em circulação objectode transacções entre sujeitos passivos de IVA, nomea-damente quanto à obrigatoriedade e requisitos dos docu-mentos de transporte que os acompanham, anexo aopresente diploma e que dele faz parte integrante.

Artigo 2.o

Revogação

1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguintesé revogado o Decreto-Lei n.o 45/89, de 11 de Fevereiro.

2 — São válidas para os efeitos deste diploma as auto-rizações concedidas na vigência do Decreto-Lein.o 45/89, de 11 de Fevereiro, e do Decreto-Lei n.o 97/86,de 16 de Maio.

3 — Os processos pendentes à data da entrada emvigor do presente diploma continuam a reger-se, atétrânsito em julgado da respectiva decisão, pela legislaçãoque lhes era aplicável.

Artigo 3.o

Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor 60 dias após adata da sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9de Maio de 2003. — José Manuel Durão Bar-roso — Maria Manuela Dias Ferreira Leite — MariaCeleste Ferreira Lopes Cardona.

Promulgado em 26 de Junho de 2003.

Publique-se.

O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.

Referendado em 2 de Julho de 2003.

O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso.

ANEXO

(a que se refere o artigo 1.o)

Artigo 1.o

Âmbito de aplicação

Todos os bens em circulação, em território nacional,seja qual for a sua natureza ou espécie, que sejam

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N.o 158 — 11 de Julho de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3929

objecto de operações realizadas por sujeitos passivosde imposto sobre o valor acrescentado deverão ser acom-panhados de documentos de transporte processados nostermos do presente diploma.

Artigo 2.o

Definições

1 — Para efeitos do disposto no presente diplomaconsidera-se:

a) «Bens» os que puderem ser objecto de trans-missão nos termos do artigo 3.o do Código doImposto sobre o Valor Acrescentado;

b) «Documento de transporte» a factura, guia deremessa, nota de venda a dinheiro, nota de devo-lução, guia de transporte ou documentos equi-valentes;

c) «Valor normal» o preço de aquisição ou de custodevidamente comprovado pelo sujeito passivoou, na falta deste o valor normal determinadonos termos do n.o 4 do artigo 16.o do Códigodo Imposto sobre o Valor Acrescentado;

d) «Remetente» a pessoa singular ou colectiva ouentidade fiscalmente equiparada que colocou osbens em circulação à disposição do transpor-tador para efectivação do respectivo transporteou operações de carga, bem como o transpor-tador quando os bens em circulação lhe per-tençam;

e) «Transportador» a pessoa singular ou colectivaou entidade fiscalmente equiparada que, rece-bendo do remetente ou de anterior transpor-tador os bens em circulação, realiza ou se pro-põe realizar o seu transporte até ao local dedestino ou de transbordo ou, em caso de dúvida,a pessoa em nome de quem o veículo trans-portador se encontra registado, salvo se omesmo for objecto de um contrato de locaçãofinanceira, considerando-se aqui o respectivolocatário;

f) «Transportador público regular colectivo» apessoa singular ou colectiva ou entidade fiscal-mente equiparada que exerce a actividade deexploração de transportes colectivos e que seencontra obrigada ao cumprimento de horáriose itinerários nas zonas geográficas que se lhesestão concessionadas;

g) «Destinatário ou adquirente» a pessoa singularou colectiva ou entidade fiscalmente equiparadaa quem os bens em circulação são postos àdisposição;

h) «Local de início de transporte ou de carga» olocal onde o remetente tenha entregue ou postoà disposição do transportador os bens em cir-culação, presumindo-se como tal o constanteno documento de transporte, se outro não forindicado;

i) «Local de destino ou descarga» o local ondeos bens em circulação forem entregues ao des-tinatário, presumindo-se como tal o constanteno documento de transporte, se outro não forindicado;

j) «Primeiro local de chegada» o local onde severificar a primeira ruptura de carga.

2 — Para efeitos do disposto no presente diploma:

a) Consideram-se «bens em circulação» todos osque se encontrem fora dos locais de produção,

fabrico, transformação, exposição, dos estabe-lecimentos de venda por grosso e a retalho oude armazém de retém, por motivo de transmis-são onerosa, incluindo a troca, de transmissãogratuita, de devolução, de afectação a uso pró-prio, de entrega à experiência ou para fins dedemonstração, ou de incorporação em presta-ções de serviços, de remessa à consignação oude simples transferência, efectuadas pelos sujei-tos passivos referidos no artigo 2.o do Códigodo Imposto sobre o Valor Acrescentado;

b) Consideram-se ainda bens em circulação os bensencontrados em veículos nos actos de descargaou transbordo mesmo quando tenham lugar nointerior dos estabelecimentos comerciais, lojas,armazéns ou recintos fechados que não sejamcasa de habitação, bem como os bens expostospara venda em feiras e mercados a que se refe-rem os Decretos-Leis n.os 252/86, de 25 deAgosto, e 259/95, de 30 de Setembro.

Artigo 3.o

Exclusões

1 — Excluem-se do âmbito do presente diploma:

a) Os bens manifestamente para uso pessoal oudoméstico do próprio;

b) Os bens provenientes de retalhistas, sempre quetais bens se destinem a consumidores finais quepreviamente os tenham adquirido, com excep-ção dos materiais de construção, artigos demobiliário, máquinas eléctricas, máquinas ouaparelhos receptores, gravadores ou reprodu-tores de imagem ou de som, quando transpor-tados em veículos de mercadorias;

c) Os bens pertencentes ao activo imobilizado;d) Os bens provenientes de produtores agrícolas,

apícolas, silvícolas ou de pecuária resultantesda sua própria produção, transportados pelopróprio ou por sua conta;

e) Os bens dos mostruários entregues aos pracistase viajantes, as amostras destinadas a ofertas depequeno valor e o material de propaganda, emconformidade com os usos comerciais e que,inequivocamente, não se destinem a venda;

f) Os filmes e material publicitário destinados àexibição e exposição nas salas de espectáculoscinematográficos, quando para o efeito tenhamsido enviados pelas empresas distribuidoras,devendo estas fazer constar de forma apropriadanas embalagens o respectivo conteúdo e a suaidentificação fiscal;

g) Os veículos automóveis, tal como se encontramdefinidos no Código da Estrada, com matrículadefinitiva;

h) As taras e embalagens retornáveis;i) Os resíduos sólidos urbanos provenientes das

recolhas efectuadas pelas entidades competen-tes ou por empresas a prestarem o mesmoserviço.

2 — Encontram-se ainda excluídos do âmbito do pre-sente diploma:

a) Os produtos sujeitos a impostos especiais deconsumo, tal como são definidos no artigo 4.odo Código dos Impostos Especiais de Consumo,

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3930 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 158 — 11 de Julho de 2003

publicado em anexo ao Decreto-Lei n.o 566/99,de 22 de Dezembro, quando circularem emregime suspensivo nos termos desse mesmoCódigo;

b) Os bens respeitantes a transacções intracomu-nitárias a que se refere o Decreto-Lei n.o 290/92,de 28 de Dezembro;

c) Os bens respeitantes a transacções com paísesou territórios terceiros quando em circulaçãoem território nacional sempre que sujeitos a umdestino aduaneiro, designadamente os regimesde trânsito e de exportação, nos termos doRegulamento (CEE) n.o 2913/92, do Conselho,de 12 de Outubro;

d) Os bens que circulem por motivo de mudançade instalações do sujeito passivo, desde que ofacto e a data da sua realização sejam comu-nicados às direcções de finanças dos distritosdo itinerário, com pelo menos oito dias úteisde antecedência, devendo neste caso o trans-portador fazer-se acompanhar de cópia dessascomunicações.

3 — Relativamente aos bens referidos nos númerosanteriores, não sujeitos à obrigatoriedade de documentode transporte nos termos do presente diploma, sempreque existam dúvidas sobre a legalidade da sua circulação,pode exigir-se prova da sua proveniência e destino.

4 — A prova referida no número anterior pode serfeita mediante a apresentação de qualquer documentocomprovativo da natureza e quantidade dos bens, suaproveniência e destino.

Artigo 4.o

Documentos de transporte

1 — As facturas devem conter, obrigatoriamente, oselementos referidos no n.o 5 do artigo 35.o do Códigodo Imposto sobre o Valor Acrescentado.

2 — Sem prejuízo do disposto no n.o 6 do presenteartigo, as guias de remessa ou documentos equivalentesdevem conter, pelo menos, os seguintes elementos:

a) Nome, firma ou denominação social, domicílioou sede e número de identificação fiscal doremetente;

b) Nome, firma ou denominação social, domicílioou sede do destinatário ou adquirente;

c) Número de identificação fiscal do destinatárioou adquirente, quando este seja sujeito passivo,nos termos do artigo 2.o do Código do Impostosobre o Valor Acrescentado;

d) Designação comercial dos bens, com indicaçãodas quantidades.

3 — Os documentos de transporte referidos nosnúmeros anteriores cujo conteúdo não seja processadopor computador devem conter, em impressão tipográ-fica, a referência à autorização ministerial relativa à tipo-grafia que os imprimiu, a respectiva numeração atribuídae ainda os elementos identificativos da tipografia,nomeadamente a designação social, sede e número deidentificação fiscal.

4 — As facturas, guias de remessa ou documentosequivalentes devem ainda indicar os locais de carga edescarga, referidos como tais, e a data e hora em quese inicia o transporte.

5 — Na falta de menção expressa dos locais de cargae descarga e da data do início do transporte, presu-mir-se-ão como tais os constantes do documento detransporte.

6 — Os documentos de transporte, quando o desti-natário não seja conhecido na altura da saída dos bensdos locais referidos no n.o 2 do artigo 2.o, são proces-sados globalmente, devendo proceder-se do seguintemodo à medida que forem feitos fornecimentos:

a) No caso de entrega efectiva dos bens, devemser processados em duplicado, utilizando-se oduplicado para justificar a saída dos bens;

b) No caso de saída de bens a incorporar em ser-viços prestados pelo remetente dos mesmos,deve a mesma ser registada em documento pró-prio, nomeadamente folha de obra ou qualqueroutro documento equivalente.

7 — Nas situações referidas nas alíneas a) e b) donúmero anterior, deve sempre fazer-se referência aorespectivo documento global.

8 — As alterações ao local de destino, ocorridasdurante o transporte, ou a não aceitação imediata etotal dos bens transportados devem ser anotadas pelotransportador nos respectivos documentos de trans-porte.

9 — No caso em que o destinatário ou adquirentenão seja sujeito passivo, far-se-á menção do facto nodocumento de transporte.

10 — Em relação aos bens transportados por vende-dores ambulantes e vendedores em feiras e mercados,destinados a venda a retalho, abrangidos pelo regimeespecial de isenção ou regime especial dos pequenosretalhistas a que se referem os artigos 53.o e 60.o doCódigo do IVA, respectivamente, o documento de trans-porte poderá ser substituído pelas facturas de aquisiçãoprocessadas nos termos e de harmonia com o artigo 35.odo mesmo Código.

Artigo 5.o

Processamento dos documentos de transporte

1 — Os documentos referidos na alínea b) do n.o 1do artigo 2.o devem ser processados em três exemplares,utilizando-se impressos numerados seguida e tipogra-ficamente ou processados por computador, com umaou mais séries, convenientemente referenciadas.

2 — A numeração dos documentos referidos nonúmero anterior deve ser aposta no acto da impressão,ser progressiva e não conter mais de 11 dígitos.

3 — Quando, por exigência de ordem prática, nãoseja bastante a utilização de um único documento dosreferidos na alínea b) do n.o 1 do artigo 2.o, deve uti-lizar-se o documento com o número seguinte, nele sereferindo que é a continuação do anterior.

Artigo 6.o

Circuito e validade dos documentos de transporte

1 — Os documentos de transporte são processadospelos sujeitos passivos referidos na alínea a) do n.o 1do artigo 2.o do Código do IVA e pelos detentores dosbens e antes do início da circulação nos termos do n.o 2do artigo 2.o do presente diploma.

2 — Ainda que processados nos termos do númeroanterior, para efeitos do presente diploma conside-ram-se não exibidos os documentos de transporte emi-

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N.o 158 — 11 de Julho de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3931

tidos por sujeito passivo que se encontre em qualquerdas seguintes situações:

a) Que não esteja registado;b) Que tenha cessado actividade nos termos dos

artigos 32.o ou 33.o do Código do IVA;c) Que esteja em falta relativamente ao cumpri-

mento das obrigações constantes do artigo 40.odo Código do IVA, durante três períodosconsecutivos.

3 — O disposto no número anterior aplica-se apenasaos casos em que simultaneamente se verifiquem a qua-lidade de remetente e transportador.

4 — Consideram-se ainda não exibidos os documen-tos de transporte na posse de um sujeito passivo que,sendo simultaneamente transportador e destinatário, seencontre em qualquer das situações referidas no n.o 2do presente artigo.

5 — Os exemplares dos documentos de transportereferidos no n.o 1 do artigo anterior são destinados:

a) Um, que acompanha os bens, ao destinatárioou adquirente dos mesmos;

b) Outro, que igualmente acompanha os bens, àinspecção tributária, sendo recolhido nos actosde fiscalização durante a circulação dos benspelas entidades referidas no artigo 13.o, e juntodo destinatário pelos serviços da Direcção-Geraldos Impostos;

c) O terceiro, ao remetente dos bens.

6 — Sem prejuízo do disposto no artigo 52.o doCódigo do IVA, devem ser mantidos em arquivo, atéao final do 2.o ano seguinte ao da emissão, os exemplaresdos documentos de transporte destinados ao remetentee ao destinatário, bem como os destinados à inspecçãotributária que não tenham sido recolhidos pelos serviçoscompetentes.

7 — Os sujeitos passivos que utilizem documentos detransporte cujo conteúdo seja processado por compu-tador são obrigados a conservar em boa ordem até finaldo 4.o ano seguinte ao da sua emissão os suportes infor-máticos relativos à análise, programação e execução dosrespectivos tratamentos.

8 — Sempre que exigidos os documentos de trans-porte ou de aquisição relativos aos bens encontradosnos locais referidos na alínea a) do n.o 2 do artigo 2.o,cujo transporte ou circulação tenha estado sujeita à dis-ciplina do presente diploma, e o sujeito passivo ou deten-tor dos bens alegue que o documento exigido não estádisponível no local, por este ser diferente da sua sedeou domicílio fiscal ou do local de centralização daescrita, notificar-se-á aquele para no prazo de cinco diasúteis proceder à sua apresentação, sob pena da aplicaçãoda respectiva penalidade.

9 — Relativamente aos bens sujeitos a fácil deterio-ração, o documento exigido no número anterior deveser exibido de imediato.

10 — Se ultrapassado o prazo estabelecido na partefinal do n.o 6 do presente artigo, considera-se exibidoo documento exigido nos termos do n.o 8 se os bensem causa se encontrarem devidamente registados noinventário final referente ao último exercício económico.

Artigo 7.o

Transportador

1 — Os transportadores de bens, seja qual for o seudestino e os meios utilizados para o seu transporte,devem exigir sempre aos remetentes dos mesmos o ori-ginal e o duplicado do documento referido no artigo 1.o

2 — Tratando-se de bens importados em Portugal quecirculem entre a estância aduaneira de desalfandega-mento e o local do primeiro destino, o transportadordeve fazer-se acompanhar, em substituição do docu-mento referido no número anterior, de documento pro-batório do desalfandegamento dos mesmos.

3 — Quando o transporte dos bens em circulação forefectuado por transportador público regular colectivode passageiros ou mercadorias ou por empresas con-cessionárias a prestarem o mesmo serviço, o documentode transporte pode acompanhar os respectivos bens emenvelope fechado, sendo permitida a abertura às auto-ridades referidas no artigo 13.o

4 — A disciplina prevista neste artigo não se aplicaao transportador público de passageiros quando os bensem circulação pertencerem aos respectivos passageiros.

Artigo 8.o

Impressão dos documentos de transporte

1 — A impressão dos documentos de transporte refe-ridos no presente diploma só pode ser efectuada emtipografias devidamente autorizadas pelo Ministro dasFinanças.

2 — Os sujeitos passivos podem optar pelo proces-samento dos referidos documentos através de compu-tador, desde que utilizem software que garanta a suanumeração conforme o disposto no n.o 2 do artigo 5.o,e o comuniquem previamente à direcção de finançasdo distrito da sua sede.

3 — Os documentos de transporte processados nostermos do número anterior devem conter a expressão«processado por computador».

4 — Nos casos em que, por exigências comerciais, fornecessário o processamento de mais de três exemplaresdos documentos referidos, é permitido à tipografia auto-rizada executá-los, com a condição de imprimir nosexemplares que excedam aquele número uma barra coma seguinte indicação: «Cópia de documento não válidapara os fins previstos no Regime Tributário Comple-mentar dos Bens em Circulação.»

5 — A autorização referida no n.o 1 é concedida,mediante a apresentação do respectivo pedido, às pes-soas singulares ou colectivas ou entidades fiscalmenteequiparadas que exerçam a actividade de tipografia ouque a iniciem, na condição de que:

a) Não tenham sofrido condenação nos termos dosartigos 87.o a 91.o, 103.o a 107.o, 113.o, 114.o,116.o a 118.o, 120.o, 122.o e 123.o do RegimeGeral das Infracções Tributárias, aprovado pelaLei n.o 15/2001, de 5 de Junho, nem nos termosdas normas correspondentes do Regime Jurí-dico das Infracções Fiscais não Aduaneiras,aprovado pelo Decreto-Lei n.o 20-A/90, de 15de Janeiro;

b) Não estejam em falta relativamente ao cum-primento das obrigações constantes do n.o 1 doartigo 26.o e dos n.os 1 e 2 do artigo 40.o doCódigo do IVA, do n.o 1 do artigo 57.o do

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3932 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 158 — 11 de Julho de 2003

Código do Imposto sobre o Rendimento dasPessoas Singulares ou do n.o 1 do artigo 96.odo Código do Imposto sobre o Rendimento dasPessoas Colectivas;

c) Não se encontrem em estado de falência;d) Não tenham sido condenadas por crimes pre-

vistos nos artigos 256.o, 258.o, 259.o, 262.o, 265.o,268.o e 269.o do Código Penal.

6 — O pedido deve ser apresentado no serviço definanças da área da sede ou domicílio do requerente,contendo a identificação, actividades exercidas e localdos estabelecimentos de tipografia, devendo ser acom-panhado dos seguintes elementos:

a) Certificado do registo criminal do proprietárioda empresa, ou, tratando-se de sociedade, decada um dos sócios gerentes ou administradoresem exercício;

b) Certificado, processado pela entidade judicialrespectiva, para efeitos da alínea c) do númeroanterior.

Artigo 9.o

Subcontratação

1 — É permitido às tipografias autorizadas encarregaroutras tipografias, desde que também autorizadas, daimpressão dos documentos que lhes forem requisitados,desde que façam acompanhar os seus pedidos da foto-cópia das requisições recebidas.

2 — Tanto a tipografia que efectuou a impressãocomo a que a solicitou devem efectuar os registos ea comunicação referidos no artigo 10.o

Artigo 10.o

Aquisição de documentos de transporte

1 — A aquisição dos impressos referidos no n.o 1 doartigo 8.o é efectuada mediante requisição escrita doadquirente utilizador, a qual contém os elementos neces-sários ao registo a que se refere o n.o 2 do presenteartigo.

2 — O fornecimento dos impressos é registado pre-viamente pela tipografia autorizada, em livro próprio,cujo registo contém os elementos necessários à comu-nicação referida no n.o 5 do presente artigo.

3 — Podem as tipografias optar, em substituição dolivro referido no número anterior, por registo informá-tico adequado que contenha os mesmos elementos,sendo, neste caso, obrigatória a entrega em suporteinformático da comunicação referida no n.o 5 do pre-sente artigo.

4 — Os livros, as requisições e os registos informáticosreferidos nos números anteriores devem ser mantidosem arquivo, por ordem cronológica, pelo prazo de qua-tro anos.

5 — Até 15 de Março de cada ano, as tipografias auto-rizadas devem comunicar à direcção de finanças da áreada respectiva sede ou domicílio os dados identificativosdos adquirentes a quem no ano anterior foram forne-cidos os impressos referidos no n.o 1 do artigo 8.o

6 — A comunicação referida no número anterior deveconter o nome ou denominação social, número de iden-tificação fiscal, concelho e distrito da sede ou domicílioda tipografia e dos adquirentes, documentos fornecidos,respectiva quantidade e numeração atribuída.

7 — Esta comunicação pode ser substituída pelaremessa de duplicados ou fotocópias das requisições oufotocópias das folhas do livro a que se referem os n.os 1e 2 do presente artigo com a menção de que está con-forme o original, aposta pela tipografia.

Artigo 11.o

Revogação da autorização de impressão de documentos de transporte

O Ministro das Finanças, por proposta do director--geral dos Impostos, pode determinar a revogação daautorização concedida nos termos do artigo 8.o em todosos casos em que se deixe de verificar qualquer das con-dições referidas no seu n.o 5, sejam detectadas irregu-laridades relativamente às disposições do presentediploma ou se verifiquem outros factos que ponhamem causa a idoneidade da empresa autorizada.

Artigo 12.o

Obrigação de utilização de documentos de transporteimpressos tipograficamente

Quando forem detectadas situações irregulares ouanómalas resultantes da utilização dos documentos pro-cessados por computador, o Ministro das Finanças, porproposta do director-geral dos Impostos, pode deter-minar, por despacho, a obrigatoriedade de os sujeitospassivos utilizarem exclusivamente documentos detransporte impressos tipograficamente, por um períodonão inferior ao determinado no referido despacho, nummínimo de um ano civil e máximo de quatro anos civis.

Artigo 13.o

Entidades fiscalizadoras

1 — Sem prejuízo das competências atribuídas porlei a outras entidades, a fiscalização do cumprimentodas normas previstas no presente diploma compete àDirecção-Geral dos Impostos, à Direcção-Geral dasAlfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumoe à Brigada Fiscal da Guarda Nacional Republicana,cabendo também a esta última, conjuntamente com asrestantes autoridades, designadamente a Polícia deSegurança Pública, prestar toda a colaboração que lhesfor solicitada para o efeito.

2 — Para assegurar a eficácia das acções de fiscali-zação, as entidades fiscalizadoras podem proceder àabertura das embalagens, malas ou outros contentoresde mercadorias.

3 — Relativamente à abertura de embalagens ou con-tentores acondicionantes de produtos que, pelas suascaracterísticas de fácil deterioração ou perigo, nãodevam ser manuseados ou expostos ao meio ambiente,devem ser tomadas as seguintes providências:

a) As embalagens ou contentores de tais produtosdevem ser sempre rotulados ou acompanhadosde uma declaração sobre a natureza do produto;

b) As entidades fiscalizadoras, em tais casos, nãodevem abrir as referidas embalagens, sem pre-juízo de, em caso de dúvida quanto aos benstransportados, serem tomadas as medidas ade-quadas para que se verifique, em condiçõesaconselháveis, se os bens em circulação condi-zem com os documentos de transporte que osacompanham.

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N.o 158 — 11 de Julho de 2003 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 3933

4 — Os funcionários a quem incumbe a fiscalizaçãoprevista no n.o 1, sempre que se verifiquem quaisquerinfracções às normas do presente diploma, devem levan-tar o respectivo auto de notícia, com a ressalva do dis-posto no número seguinte.

5 — Sempre que as outras autoridades actuem emconjunto com a Direcção-Geral dos Impostos ou coma Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Espe-ciais sobre o Consumo, cabe aos funcionários destesdois organismos levantar os autos de notícia a que hajalugar.

6 — Sempre que a infracção for detectada no decursode operações em que colaborem duas ou mais auto-ridades, a parte do produto das coimas que se mostremdevidas destinadas ao autuante será repartida, em partesiguais, pelos serviços envolvidos.

7 — As entidades referidas neste artigo devem aver-bar no original do documento de transporte o facto deter sido recolhido o respectivo duplicado.

SECÇÃO I

Infracções

Artigo 14.o

Infracções detectáveis no decurso da circulação de bens

1 — A falta de emissão ou de imediata exibição dodocumento de transporte ou dos documentos referidosno artigo 1.o e no n.o 2 do artigo 7.o e ainda as situaçõesprevistas nos n.os 2 e 4 do artigo 6.o farão incorrer osinfractores nas penalidades previstas no artigo 117.o doRegime Geral das Infracções Tributárias, aprovado pelaLei n.o 15/2001, de 5 de Junho, aplicáveis quer ao reme-tente dos bens quer ao transportador que não seja trans-portador público regular de passageiros ou mercadoriasou empresas concessionárias a prestar o mesmo serviço.

2 — As omissões ou inexactidões praticadas nos docu-mentos de transporte referidos no artigo 1.o e no n.o 2do artigo 7.o que não sejam a falta de indicação donúmero de identificação fiscal do destinatário ou adqui-rente dos bens ou de qualquer das menções referidasnos n.os 4 e 8 do artigo 4.o e no n.o 3 do artigo 8.oou ainda o não cumprimento do disposto no n.o 7 doartigo 4.o farão incorrer os infractores nas penalidadesreferidas no artigo 117.o do Regime Geral das InfracçõesTributárias, aprovado pela Lei n.o 15/2001, de 5 deJunho, aplicáveis quer ao remetente dos bens quer aotransportador que não seja transportador público regu-lar de passageiros ou mercadorias ou empresas con-cessionárias a prestar o mesmo serviço.

3 — Será unicamente imputada ao transportador ainfracção resultante da alteração do destino final dosbens, ocorrida durante o transporte, sem que tal factoseja por ele anotado.

4 — Quando os bens em circulação, transportadosnum único veículo, provierem de mais de um remetente,a cada remetente será imputada a infracção resultantedos bens por ele remetidos.

5 — Sempre que o transportador dos bens em cir-culação em situação irregular não identifique o seuremetente, ser-lhe-á imputada a respectiva infracção.

6 — Presume-se não emitido o documento de trans-porte que não seja imediatamente exibido pelo trans-portador.

7 — Somente são aplicáveis as sanções referidas nopresente artigo quando as infracções forem verificadas

durante a circulação dos bens, sendo competente paraa sua determinação o chefe do serviço de finanças daárea onde foram detectadas.

SECÇÃO II

Da apreensão

Artigo 15.o

Apreensão provisória

1 — Quando, em relação aos bens encontrados emcirculação nos termos dos artigos 1.o e 3.o, o seu detentorou transportador declare que os mesmos não são pro-venientes de um sujeito passivo de IVA ou face à suanatureza, espécie e quantidade, se possa concluir queos mesmos não integram nenhuma das situações deexclusão previstas e em todos os casos em que hajafundadas suspeitas da prática de infracção tributária,pode exigir-se prova da sua proveniência ou destino,a qual deve ser imediatamente feita, sob pena de seproceder à imediata apreensão provisória dos mesmose do veículo transportador, nos termos do artigo 16.o

2 — Do auto devem obrigatoriamente constar os fun-damentos que levaram à apreensão provisória, desig-nadamente os requisitos exigidos no número anterior.

3 — Se a prova exigida no n.o 1 não for feita de ime-diato ou não for efectuada dentro de cinco dias úteis,a apreensão provisória converter-se-á em definitiva, pas-sando a observar-se o disposto no artigo 17.o

4 — O disposto no presente artigo aplica-se, com asdevidas adaptações, às situações previstas no n.os 2 e4 do artigo 6.o

Artigo 16.o

Apreensão dos bens em circulação e do veículo transportador

1 — Independentemente das sanções aplicáveis, asinfracções referidas nos n.os 1 e 2 do artigo 14.o relativasaos bens em circulação implicam a apreensão destes,bem como dos veículos que os transportarem, sempreque estes veículos não estejam afectos aos transportespúblicos regulares de passageiros ou mercadorias ouafectos a empresas concessionárias a prestarem o mesmoserviço por conta daqueles.

2 — No caso de os bens apreendidos nos termos donúmero anterior estarem sujeitos a fácil deterioração,observar-se-á o preceituado no artigo 851.o do CódigoCivil, bem como as disposições do Código de Proce-dimento e de Processo Tributário aplicáveis.

3 — Da apreensão dos bens e dos veículos serálavrado auto em duplicado ou, no caso do n.o 6 do pre-sente artigo, em triplicado, sendo os mesmos entreguesa um fiel depositário, de abonação correspondente aovalor normal dos bens apreendidos expressamente refe-rido nos autos, salvo se puderem ser removidos, seminconveniente, para qualquer depósito público.

4 — O original do auto de apreensão será entregueno serviço de finanças da área onde foi detectada ainfracção.

5 — O duplicado do auto de apreensão será entregueao fiel depositário mediante recibo.

6 — Quando o fiel depositário não for o condutordo veículo ou o transportador, será entregue a esteúltimo, ou na sua ausência ao primeiro, um exemplardo auto de apreensão.

7 — Nos casos de apreensão em que o remetente nãoseja o transportador dos bens, proceder-se-á, no prazo

38

3934 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A N.o 158 — 11 de Julho de 2003

de três dias úteis, à notificação do remetente para efeitosdo disposto no n.o 1 do artigo 17.o

Artigo 17.o

Regularização das apreensões

1 — Nos 15 dias seguintes à apreensão ou à noti-ficação referida no n.o 7 do artigo anterior, podem osinfractores regularizar a situação encontrada em falta,mediante a exibição do original e do duplicado do docu-mento de transporte ou dos documentos referidos non.o 2 do artigo 7.o, ou dos documentos comprovativosda regularização das situações previstas nos n.os 2 e 4do artigo 6.o e do pagamento das coimas aplicáveis,com redução a metade, no serviço de finanças a quese refere o n.o 4 do mesmo artigo.

2 — As despesas originadas pela apreensão são daresponsabilidade do infractor, sendo cobradas conjun-tamente com a coima.

3 — Decorrido o prazo referido no n.o 1 sem quese encontre regularizada a situação, e sem prejuízo dodisposto nos n.os 5 e 6 deste artigo, são levantados osautos de notícia relativos às infracções verificadas.

4 — Para efeitos do número anterior, o serviço definanças comunica o facto ao apreensor, que, após olevantamento do auto respectivo, lho remete.

5 — Nos casos em que o chefe do serviço de finançascompetente constate que a apreensão foi feita sempreencher os requisitos previstos no presente diplomaou de que foi feita a prova referida no n.o 1 do artigo 15.o,não deverá ser levantado auto de notícia, arquivando-seo auto de apreensão, depois de ouvido o apreensor sem-pre que tal se mostre conveniente.

6 — Nos casos de haver manifesta impossibilidade emfazer a prova referida no n.o 1 do artigo 15.o, podeo chefe do serviço de finanças proceder de conformidadecom o disposto no número anterior após proceder àsdiligências que se mostrarem necessárias.

7 — As decisões proferidas nos termos dos n.os 5 e6 do presente artigo podem ser alteradas, no prazo de30 dias, por despacho do director de finanças do distrito,a quem o respectivo processo será remetido.

8 — O despacho proferido nos termos do númeroanterior pode determinar o prosseguimento do processo,unicamente para pagamento das coimas que se mostremdevidas, considerando-se sempre definitiva a libertaçãodos bens e meios de transporte.

9 — Nos casos referidos no número anterior são osinfractores notificados do despacho do director de finan-ças, podendo utilizar a faculdade prevista no n.o 1 dopresente artigo, contando-se o prazo aí referido a partirda data da notificação.

10 — As decisões a que se referem os n.os 5 e 7 serãosempre comunicadas ao apreensor.

11 — Da decisão de apreensão cabe recurso para otribunal tributário de 1.a instância.

Artigo 18.o

Decisão quanto à apreensão

1 — À decisão sobre os bens em circulação e veículosde transporte apreendidos ou ao produto da sua vendaé aplicável o disposto do n.o 4 do artigo 73.o do RegimeGeral das Infracções Tributárias com as necessáriasadaptações.

2 — O levantamento da apreensão do veículo e dosbens respectivos só se verificará quando:

a) Forem pagas as coimas aplicadas e as despesasoriginadas pela apreensão e, bem assim, exibi-dos o original e o duplicado ou, no caso deextravio, segunda via ou fotocópia do docu-mento de transporte ou dos documentos men-cionados no n.o 2 do artigo 7.o, ou se encontremregularizadas as situações previstas nos n.os 2e 4 do artigo 6.o;

b) For prestada caução, por meio de depósito emdinheiro ou de fiança bancária, que garanta omontante das coimas e dos encargos referidosna alínea a);

c) Se verificar o trânsito em julgado da decisãoque qualifica a infracção ou apreensão insub-sistente.

3 — Nos casos de apreensão em que o remetente nãoseja transportador dos bens, o levantamento da apreen-são, quer dos bens quer do veículo, será efectuado nostermos do número anterior, relativamente a cada umdeles, independentemente da regularização efectuadapelo outro infractor.

Artigo 19.o

Legislação subsidiária

Ao presente regime complementar é aplicável sub-sidiariamente o Regime Geral das Infracções Tributá-rias, aprovado pela Lei n.o 15/2001, de 5 de Junho.

39

LEI N.º 66-B/2012

de 31 de dezembro

40

Diário da República, 1.ª série — N.º 252 — 31 de dezembro de 2012 7424-(113)

Artigo 201.ºRegime transitório no âmbito do Decreto-

-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho

Os sujeitos passivos que se encontrem abrangidos pela obrigação prevista no n.º 1 do artigo 1.º do Decreto -Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, podem utilizar, até 31 de dezembro de 2013, os documentos de transporte impressos ao abrigo do regime em vigor até 1 de maio de 2013, sem prejuízo do cumprimento da obrigação de comunicação dos mesmos, nos termos do disposto no artigo 5.º do referido diploma legal.

Lei nº 66-B/2012, de 31/12 - Orçamento do Estado para 2013

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PORTARIA N.º 161/2013

de 23 de abril

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Diário da República, 1.ª série — N.º 79 — 23 de abril de 2013 2483

Portaria n.º 161/2013de 23 de abril

O Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, introduz alterações ao regime de bens em circulação aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, determinando, designadamente, a obrigação de comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) dos elementos dos documentos de transporte.

O novo regime permite à AT um reforço do controlo efetivo das operações realizadas pelos agentes económi-cos. Por outro lado, o novo regime foi concebido para tornar mais simples e mais rápido o cumprimento de obri-gações de emissão dos documentos de transporte pelas empresas.

A definição dos meios de emissão dos documentos de transporte e das formas de comunicação dos seus elemen-tos encontra-se prevista no artigo 5.º do referido regime. O modo de cumprimento das obrigações de comunica-ção foi, porém, remetido para portaria do Ministro das Finanças.

No âmbito desta portaria, estabelece-se ainda a exclu-são das obrigações de comunicação dos documentos de transporte sempre que o destinatário ou adquirente seja consumidor final. Esta exclusão visa reforçar a proteção dos dados pessoais dos consumidores finais, em linha com o disposto no Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto.

Por fim, de forma a permitir uma melhor adaptação dos agentes económicos às novas regras aplicáveis aos bens em circulação e por razões operacionais relacionadas com o novo sistema de comunicação por transmissão electrónica de dados, estabelece-se que o novo regime apenas entrará em vigor no dia 1 de julho de 2013.

Assim: Manda o Governo, pelo Ministro de Estado e das Fi-

nanças, ao abrigo do disposto no artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, o seguinte:

Artigo 1.º Objeto

O presente diploma regulamenta o modo de cumpri-mento das obrigações de comunicação dos elementos dos documentos de transporte previstas no regime de bens em circulação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, e republicado pelo Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto.

Artigo 2.ºÂmbito de aplicação

1 – O presente diploma aplica-se às entidades referidas no n.º 1 do artigo 6.º do regime de bens em circulação, sem prejuízo da dispensa de comunicação prevista no n.º 10 do artigo 5.º do mesmo regime.

2 – São excluídos das obrigações de comunicação previstas no artigo anterior os documentos de transporte em que o destinatário ou adquirente seja consumidor final.

3 – A comunicação dos elementos dos documentos de transporte é efetuada pelos sujeitos passivos remetentes dos bens, podendo estes habilitar terceiros a fazê-la, em seu nome e por sua conta, em funcionalidade disponibilizada no Portal das Finanças.

4 – As alterações referidas no n.º 8 do artigo 4.º do regime de bens em circulação, quando estas forem efe-tuadas em documentos de transporte impressos em tipo-grafias autorizadas e processadas pelos transportadores,

43

2484 Diário da República, 1.ª série — N.º 79 — 23 de abril de 2013

são comunicadas pelos remetentes, até ao 5.º dia útil seguinte ao do transporte, sem prejuízo do disposto no número anterior.

5 – O disposto no número anterior é também aplicável quando, após a comunicação de dados prevista na alínea a) do n.º 6 do artigo 5º do regime dos bens em circulação, se verifique, antes do início do transporte, a necessidade de retificação em particular da data e hora em que aquele se inicia, e estas alterações sejam efetuadas pelos trans-portadores em documentos de transporte impressos em tipografias autorizadas, devendo nestes referenciar-se o documento alterado.

Artigo 3.º Comunicação por transmissão eletrónica de dados

1 – A comunicação por transmissão eletrónica de dados prevista na alínea a) do n.º 6 do artigo 5.º do regime de bens em circulação é efetuada por uma das seguintes vias:

a) Por transmissão electrónica em tempo real, in-tegrada em programa informático, utilizando o Web-service disponibilizado pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT);

b) Através do envio de ficheiro exportado pelo programa informático de emissão, recorrendo à aplicação de envio de dados disponibilizada no Portal das Finanças na Internet (www.portaldasfinancas.gov.pt);

c) Através da emissão direta no Portal das Finanças do documento de transporte.

2 – A obrigação de comunicação efetuada nos termos do número anterior considera-se cumprida no momento em que é disponibilizado o código de identificação atribuído ao documento.

3 – As entidades referidas no artigo anterior que se encontrem sujeitas às obrigações previstas na Porta-ria n.º 363/2010, de 23 de junho, alterada pela Por-taria n.º 22 -A/2012, de 24 de janeiro, e pela Portaria n.º 160/2013, ou que emitam os documentos de transporte através de sistemas informáticos, utilizam um dos meios de comunicação referidos no n.º 1.

4 – Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1, a AT disponibiliza no Portal das Finanças uma aplicação infor-mática, com as funcionalidades de emissão e comunicação necessárias ao cumprimento das obrigações previstas no regime de bens em circulação.

5 – Não obstante o disposto no n.º 11 do artigo 4.º do regime de bens em circulação, a comunicação do docu-mento de transporte adicional, previsto no n.º 8 daquele artigo, pode ser efetuada por transmissão electrónica de dados, sendo-lhe aplicável o disposto no n.º 8 do artigo 5.º do referido regime.

6 – Em caso de transporte dos bens referidos na alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do regime de bens em circulação, que não seja efectuado pelo produtor ou por sua conta, a obrigação de comunicação considera-se também cumprida, desde que, cumulativamente:

a) Seja comunicado previamente pelo adquirente, nos termos e condições previstas no presente artigo, e em documento próprio, pelo menos o número de identi-ficação fiscal de cada produtor e a data do início do transporte;

b) Sejam emitidos documentos de transporte em papel, impressos em tipografias autorizadas, à medida que os

bens forem objeto de carga, identificando o número de identificação fiscal do produtor, a designação comercial dos bens e as quantidades, bem como o local, o dia e a hora de carga, devendo tais documentos acompanhar o transporte de bens;

c) Os elementos dos documentos referidos na alínea an-terior sejam inseridos no Portal das Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte ao do início do transporte, fazendo menção do documento comunicado nos termos da alínea a).

Artigo 4.º Comunicação através de serviço telefónico

1 – A comunicação dos elementos dos documentos de transporte é realizada através de serviço telefónico auto-mático, nos seguintes casos:

a) Quando os documentos de transporte sejam emitidos nos termos da alínea e) do n.º 1 do artigo 5.º do regime de bens em circulação, pelas entidades não abrangidas pelo disposto no artigo anterior;

b) Durante o período de inoperacionalidade do sistema de comunicação utilizado pelas entidades referidas no n.º 3 do artigo anterior, desde que devidamente comprovada pelo respetivo operador.

2 – Para efeitos do disposto no número anterior, a AT disponibiliza no Portal das Finanças, mediante autenticação das entidades que a solicitem, uma senha individual de acesso ao serviço telefónico automático.

3 – As entidades referidas no n.º 1 do artigo 2.º acedem ao serviço telefónico automático da AT, identificado no Portal das Finanças, fornecendo o seu número de identi-ficação fiscal e a senha referida no número anterior.

4 – Na comunicação telefónica indicam-se os seguintes elementos do documento de transporte:

a) Os quatro últimos dígitos do número do documento de transporte, devendo, se inferior ao milhar, ser precedido de “zeros” até completar os quatro dígitos;

b) A data de início do transporte (dia e mês, por esta ordem, com a inserção de quatro dígitos);

c) A hora do início do transporte (hora e minuto, por esta ordem, com a inserção de quatro dígitos);

d) O número de identificação fiscal do adquirente, quando aplicável.

5 – A AT valida a comunicação efetuada nos termos dos números anteriores com a atribuição de um código de comunicação telefónica, através de mensagem de voz e escrita, que atesta que a comunicação daqueles elementos foi efetuada com sucesso.

6 – Nos casos de comunicação através de serviço tele-fónico automático, as entidades referidas no n.º 1 do ar-tigo 2.º devem inserir no Portal das Finanças, até ao 5.º dia útil seguinte ao do início do transporte, os elementos do documento de transporte ainda não comunicados na forma prevista no n.º 4, mediante o acesso ao registo do docu-mento através do código de comunicação telefónica.

Artigo 5.º Comunicação em caso de inoperacionalidade dos sistemas

da Autoridade Tributária e Aduaneira

1 – Em caso de inoperacionalidade dos sistemas da AT que suportam a gestão da comunicação dos elementos dos

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Diário da República, 1.ª série — N.º 79 — 23 de abril de 2013 2485

documentos de transporte, as entidades referidas no n.º 1 do artigo 2.º ficam dispensadas da comunicação prévia prevista no n.º 5 do artigo 5.º do regime de bens em circulação, sendo obrigadas a comunicar os elementos dos documentos de trans-porte, até ao 5.º dia útil seguinte ao do início do transporte.

2 – No caso previsto no número anterior, o transportador deve fazer-se acompanhar dos documentos de transporte em suporte de papel.

Artigo 6.º

Inoperacionalidade dos sistemas da AutoridadeTributária e Aduaneira

Nos casos em que ocorra indisponibilidade dos siste-mas da AT que suportam a gestão da comunicação dos elementos dos documentos de transporte, a AT deverá conservar, por um período de 60 dias, o registo histórico das ocorrências e a sua delimitação temporal, para efeitos da verificação da prática de infrações e levantamento do auto de notícia, quando a ele haja lugar.

Artigo 7.º

Inserção dos elementos dos documentos de transporte

A inserção no Portal das Finanças dos elementos dos do-cumentos de transporte emitidos em papel pode também ser efetuada através de uma das vias previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 3.º.

Artigo 8.º

Instruções e especificações técnicas

A AT disponibiliza no Portal das Finanças as instruções e especificações técnicas, para cumprimento das obrigações previstas no presente diploma.

Artigo 9.º

Produção de efeitos

As alterações ao Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de julho, previstas no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, e na Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, entram em vigor no dia 1 de julho de 2013.

Artigo 10.º

Entrada em vigor

A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

Pelo Ministro de Estado e das Finanças, Luís Filipe Bruno da Costa de Morais Sarmento, Secretário de Estado do Orçamento, em substituição, em 18 de abril de 2013.

45

LEI N.º 51/2013

de 24 de julho

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4282 Diário da República, 1.ª série — N.º 141 — 24 de julho de 2013

Lei n.º 51/2013de 24 de julho

Procede à primeira alteração à Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezem-bro (Orçamento do Estado para 2013), à alteração do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, do Código dos Impostos Especiais de Consumo, do Estatuto dos Benefícios Fiscais, à segunda alteração ao Decreto -Lei n.º 172/94, de 25 de junho, e à Lei n.º 28/2012, de 31 de julho, e à terceira alteração ao Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro.A Assembleia da República decreta, nos termos da

alínea g) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Artigo 1.ºObjeto

1 — A presente lei altera a Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, que aprova o Orçamento do Estado para 2013.

2 — A presente lei altera, ainda, o Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro, o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro, o Código dos Impostos Especiais de Consumo, aprovado pelo Decreto--Lei n.º 73/2010, de 21 de junho, o Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, o Decreto -Lei n.º 172/94, de 25 de junho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 60/95, de 7 de abril, a Lei n.º 28/2012, de 31 de julho, alterada pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de de-

zembro, e o Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro,

47

Diário da República, 1.ª série — N.º 141 — 24 de julho de 2013 4283

alterado pelo Decreto -Lei n.º 128/2012, de 21 de junho, e pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro.

Artigo 2.ºAlteração à Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro

Os artigos 3.º, 11.º, 31.º, 51.º, 96.º, 119.º, 124.º, 131.º, 143.º, 144.º, 148.º e 194.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 3.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — (Revogado.)3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) 2,5 % das dotações iniciais do subagrupamento

0101 — «Remunerações certas e permanentes»;b) [Anterior alínea a).]c) [Anterior alínea b).]d) [Anterior alínea c).]e) [Anterior alínea d).]f) [Anterior alínea e).]g) [Anterior alínea f).]

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 11.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — Fica a Direção -Geral de Proteção Social aos

Trabalhadores em Funções Públicas (ADSE) autorizada a transferir a totalidade do montante da contribuição da entidade empregadora para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 31.º[...]

1 — O disposto no artigo 27.º é ainda aplicável a todos os contratos a celebrar, por instituições de direito privado, que visem o desenvolvimento de atividades de docência, de investigação ou com ambas conexas, sempre que os mesmos sejam expressamente suportados por financiamento público, no âmbito dos apoios ao Sistema Científico e Tecnológico Nacional.

2 — Aos diferentes tipos de contratos em vigor, ce-lebrados nos termos do número anterior, continuam a aplicar -se as reduções entretanto determinadas.

Artigo 51.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — Sem prejuízo do disposto no n.º 8 do artigo 62.º da Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto, que aprova o regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais, durante o ano de 2013 e tendo em vista o cumpri-mento das medidas de redução de pessoal previstas no PAEF, os candidatos a que se refere a alínea b) do nú-mero anterior não podem ser opositores a procedimentos concursais exclusivamente destinados a trabalhadores com relação jurídica de emprego público por tempo in-determinado previamente constituída, considerando -se suspensas todas as disposições em contrário.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 96.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — (Revogado.)3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — Sem prejuízo do disposto nos números ante-

riores, o aumento de receita do imposto municipal so-bre imóveis (IMI), resultante do processo de avaliação geral dos prédios urbanos constante do Decreto -Lei n.º 287/2003, de 12 de novembro, na redação que lhe foi dada pela Lei n.º 60 -A/2011, de 30 de novembro, é obrigatoriamente utilizado na redução do endividamento de médio e longo prazo do município e ou, pagamento de dívidas a fornecedores registadas no SIIAL a 30 de junho de 2012.

5 — Os municípios que cumpram os limites de endividamento líquido calculado nos termos da Lei n.º 2/2007, de 15 de janeiro, podem substituir as redu-ções de endividamento referidas no número anterior por uma aplicação financeira a efetuar obrigatoriamente junto do Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, E. P. E. (IGCP, E. P. E.), no mesmo montante em falta para integral cumprimento das re-duções previstas no presente artigo.

6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — No caso de incumprimento das obrigações pre-

vistas no presente artigo, há lugar a uma redução das transferências do Orçamento do Estado no montante equivalente a 20 % do valor da redução respetivamente em falta.

Artigo 119.º[...]

1 — Fica o Governo autorizado, nos termos da alínea h) do artigo 161.º da Constituição, através do membro do Governo responsável pela área das finanças, com a faculdade de delegação, a conceder empréstimos e a realizar outras operações de crédito ativas, até ao montante contratual equivalente a € 10 040 000 000, in-cluindo a eventual capitalização de juros, não contando para este limite os montantes referentes a reestruturação ou consolidação de créditos do Estado.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 124.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

48

4284 Diário da República, 1.ª série — N.º 141 — 24 de julho de 2013

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — As empresas públicas não financeiras devem

manter as suas disponibilidades e aplicações financeiras junto do IGCP, E. P. E., nos termos do n.º 1, sendo -lhes para esse efeito aplicável o regime da tesouraria do Estado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 191/99, de 5 de junho, alterado pelas Leis n.os 3 -B/2000, de 4 de abril, e 107 -B/2003, de 31 de dezembro.

8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 131.º[...]

1 — Para fazer face às necessidades de financiamento decorrentes da execução do Orçamento do Estado, in-cluindo os serviços e fundos dotados de autonomia administrativa e financeira, fica o Governo autorizado, nos termos da alínea h) do artigo 161.º da Constituição e do artigo 133.º da presente lei, a aumentar o endivi-damento líquido global direto, até ao montante máximo de € 15 840 000 000.

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 143.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — A redução de encargos brutos para o erário

público expectável em 2013 é de 35 % face ao valor originalmente contratado.

Artigo 144.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) O pessoal com funções policiais da Polícia de

Segurança Pública, os militares da Guarda Nacional Republicana, o pessoal da Polícia Judiciária, bem como de outras forças policiais, os militares das Forças Ar-madas e militarizados, no ativo, quando em serviço que implique a deslocação no meio de transporte público;

c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 148.º[...]

1 — Os contratos -programa a celebrar pelas admi-nistrações regionais de saúde, I. P. (ARS, I. P.), com os hospitais integrados no SNS ou pertencentes à rede nacional de prestação de cuidados de saúde, nos termos do n.º 2 da base XII da Lei n.º 48/90, de 24 de agosto, alterada pela Lei n.º 27/2002, de 8 de novembro, e do n.º 2 do artigo 1.º do regime jurídico da gestão hospi-talar, aprovado em anexo à Lei n.º 27/2002, de 8 de novembro, são autorizados pelos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde e po-dem envolver encargos até um triénio.

2 — Os contratos -programa a que se refere o nú-mero anterior tornam -se eficazes com a sua assinatura e são publicados em extrato na 2.ª série do Diário da República.

3 — O contrato -programa a celebrar entre a Adminis-tração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS, I. P.), e a SPMS — Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E., relativo aos sistemas de informação e comunicação e mecanismo de racionalização de com-pras a prover ao SNS, fixa os encargos com esta ativi-dade até ao limite de um triénio, mediante aprovação dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e da saúde, sendo -lhe aplicável o disposto no número anterior.

4 — Os contratos -programa celebrados no âmbito do funcionamento ou implementação da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados podem envolver encargos até um triénio e tornam -se eficazes com a sua assinatura.

5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 194.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — O regime previsto nos números anteriores é

igualmente aplicável às desvalorizações excecionais e despesas suportadas em 2013 como decorrência da entrada em vigor do Decreto -Lei n.º 71/2013, de 30 de maio, que aprova o regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (regime de IVA de caixa).»

Artigo 3.ºAlteração dos mapas I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII,

XIV e XV anexos à Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro

1 — Os mapas I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV e XV a que se refere o artigo 1.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, são alterados de acordo com as redações constantes dos anexos I a XV à presente lei, da qual fazem parte integrante.

2 — No que se refere às transferências para a Assem-bleia da República, não incluindo as entidades com au-tonomia administrativa que funcionam junto deste órgão de soberania, mantêm -se os valores constantes dos mapas anexos à Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro.

Artigo 4.ºAlteração ao Código do Imposto sobre o Rendimento

das Pessoas Singulares

O artigo 115.º do Código do Imposto sobre o Rendi-mento das Pessoas Singulares, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -A/88, de 30 de novembro, abreviadamente desig-nado por Código do IRS, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 115.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) A passar fatura, recibo ou fatura -recibo, em mo-

delo oficial, de todas as importâncias recebidas dos

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seus clientes, pelas prestações de serviços referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 3.º, ainda que a título de provisão, adiantamento ou reembolso de despesas, bem como dos rendimentos indicados na alínea c) do n.º 1 do mesmo artigo; ou

b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

Artigo 5.ºAlteração ao Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado

Os artigos 29.º, 40.º, 57.º e 58.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 394 -B/84, de 26 de dezembro, abreviadamente desig-nado por Código do IVA, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 29.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .18 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20 — A obrigação referida na alínea b) do n.º 1 pode

ser cumprida mediante a emissão de outros documentos pelas pessoas coletivas de direito público, organismos sem finalidade lucrativa e instituições particulares de solidariedade social, relativamente às transmissões de bens e prestações de serviços isentas ao abrigo do ar-tigo 9.º

Artigo 40.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) O motivo justificativo da não aplicação do imposto,

se for caso disso.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 57.º[...]

As faturas emitidas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 53.º no exercício da sua atividade devem sem-pre conter a menção «IVA — regime de isenção».

Artigo 58.ºObrigações de faturação, declarativas e período

em que passa a ser devido o imposto

1 — Sem prejuízo do disposto nos números seguin-tes, os sujeitos passivos isentos nos termos do artigo 53.º devem cumprir o disposto nas alíneas b) e i) do n.º 1 do artigo 29.º e nos artigos 31.º, 32.º e 33.º

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

Artigo 6.ºAlteração ao Código dos Impostos Especiais de Consumo

O artigo 89.º do Código dos Impostos Especiais de Con-sumo, abreviadamente designado por Código dos IEC, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 73/2010, de 21 de junho, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 89.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .f) Sejam utilizados em instalações sujeitas ao re-

gime de comércio europeu de emissão de licenças de gases com efeitos de estufa (CELE), identificadas no anexo II do Decreto -Lei n.º 38/2013, de 15 de março, ou a um acordo de racionalização dos consumos de energia (ARCE), no que se refere aos produtos energéticos clas-sificados pelos códigos NC 2701, 2702, 2704 e 2713, ao fuelóleo com teor de enxofre igual ou inferior a 1 %, classificado pelo código NC 2710 19 61 e aos produtos classificados pelo código NC 2711;

g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .j) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .l) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) Utilizada nas instalações previstas na alínea f) do

número anterior.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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4286 Diário da República, 1.ª série — N.º 141 — 24 de julho de 2013

5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — As isenções previstas nas alíneas a), c), d), e),

f), h), i) e j) do n.º 1 e nas alíneas a), c) e e) do n.º 2 dependem de reconhecimento prévio da autoridade aduaneira competente.»

Artigo 7.ºAlteração do Estatuto dos Benefícios Fiscais

1 — O artigo 66.º -B do Estatuto dos Benefícios Fis-cais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, abreviadamente designado por EBF, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 66.º -B[...]

1 — À coleta do IRS devido pelos sujeitos passi-vos é dedutível um montante correspondente a 15 % do IVA suportado por qualquer membro do agregado familiar, com o limite global de € 250, que conste de faturas que titulem prestações de serviços comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) nos termos do Decreto -Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto, enquadradas, de acordo com a Classificação Portuguesa das Ativida-des Económicas, Revisão 3, CAE — Rev. 3, aprovada pelo Decreto -Lei n.º 381/2007, de 14 de novembro, nos seguintes setores de atividade:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . »

2 — A alteração introduzida pela presente lei ao ar-tigo 66.º -B do Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 215/89, de 1 de julho, reporta os seus efeitos a 1 de janeiro de 2013.

Artigo 8.ºAlteração ao Decreto -Lei n.º 172/94, de 25 de junho

Os artigos 1.º, 7.º, 9.º e 10.º do Decreto -Lei n.º 172/94, de 25 de junho, que regula a atribuição de alojamento aos militares dos quadros permanentes, quando colocados em localidade situada fora do local da sua residência habitual, alterado pelo Decreto -Lei n.º 60/95, de 7 de abril, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 1.º[...]

1 — Os militares das Forças Armadas dos quadros permanentes na efetividade de serviço têm direito a alojamento condigno, para si e para o seu agregado fa-

miliar, a fornecer pelo Estado mediante o pagamento de uma contraprestação mensal, quando sejam colocados em local distanciado de mais de 100 km da localidade da sua residência habitual, contados de acordo com o previsto no artigo 12.º

2 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 7.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — Não se fazendo o militar acompanhar do seu

agregado familiar para o concelho do local em que foi colocado ou para localidade de distância daquele local de menos de 100 km, a percentagem referida no número anterior será de:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 9.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .a) O militar é colocado em local situado dentro dos

limites do concelho onde tem a sua residência habi-tual ou em local distanciado destes limites menos de 100 km;

b) O cônjuge do militar, dele não separado judicial-mente de pessoas e bens, usufrua de casa do Estado em localidade distanciada de menos de 100 km do local onde este tenha sido colocado, ou no concelho em que este local se situa, ou ainda de suplemento de residência ou equivalente, e destes direitos não prescinda;

c) O militar ou o seu cônjuge, quando não separados judicialmente de pessoas e bens, disponha de habitação própria, condigna e disponível, em localidade distan-ciada de menos de 100 km do local onde o primeiro foi colocado ou no concelho onde este local se situa;

d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

2 — Não é conferido o direito a suplemento de re-sidência quando o militar é colocado em local situado dentro dos limites do concelho da colocação que, tendo nela cabimento orgânico, declarar preferir, ou em local distanciado destes limites menos de 100 km.

3 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Artigo 10.º[...]

1 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 — Durante o período de colocação do militar, o

direito a alojamento ou a suplemento de residência caduca a partir do momento em que aquele deixe de dispor de residência habitual, em casa própria ou do seu cônjuge, desde que não separados judicialmente de pessoas e bens, ou por qualquer deles arrendada, em

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localidade distanciada de mais de 100 km do local onde foi colocado, mas nunca antes de decorridos dois anos desde o momento da aquisição do direito.

3 — Em qualquer caso, o direito a suplemento de residência caduca decorridos três anos desde a data em que o militar se apresenta para iniciar funções, mantendo--se ele colocado dentro dos limites do mesmo concelho ou em local distanciado destes limites menos de 50 km, exceto no caso de se manter colocado numa região autónoma na qual não tenha a sua residência habitual, situação em que o direito ao suplemento de residência caduca decorridos cinco anos.»

Artigo 9.ºAlteração à Lei n.º 28/2012, de 31 de julho

A coluna relativa ao ano de 2013, do quadro plurianual de programação orçamental — 2013 -2016, constante do anexo a que se refere o artigo 2.º da Lei n.º 28/2012, de 31 de julho, alterada pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, passa a ter a seguinte redação:

Unidade: milhões de euros

2013

Soberania P001 Órgãos de soberania 2.871

P002 Governação e Cultura 222

P005 Representação Externa 319

P008 Justiça 721

4.133

Segurança P006 Defesa 1.842

P007 Segurança Interna 1.827

3.669

Social P011 Saúde 7.913

P012 Ensino Básico e Secundário e Administração Escolar 5.475

P013 Ciência e Ensino Superior 1.367

P014 Solidariedade e Segurança Social 9.367

24.122

Económica P003 Finanças e Administração Pública 7.166

P004 Gestão da Dívida Pública 6.941

P009 Economia e Emprego 160

P010 Agricultura, Mar e Ambiente 422

14.689

46.613Agrupamentos de programas

Despesa coberta por receitas gerais

Subtotal agrupamento

Subtotal agrupamento

Subtotal agrupamento

Subtotal agrupamento

Artigo 10.ºContribuição sobre prestações de doença e de desemprego

1 — Sem prejuízo da cláusula de salvaguarda prevista no número seguinte, as prestações do sistema previdencial concedidas no âmbito das eventualidades de doença e desemprego são sujeitas a uma contribuição nos seguintes termos:

a) 5 % sobre o montante dos subsídios concedidos no âmbito da eventualidade de doença;

b) 6 % sobre o montante dos subsídios de natureza previdencial concedidos no âmbito da eventualidade de desemprego.

2 — A aplicação do disposto no número anterior não prejudica, em qualquer caso, a garantia do valor mínimo das prestações, nos termos previstos nos respetivos regi-mes jurídicos.

3 — O disposto na alínea a) do n.º 1 não se aplica a subsídios referentes a período de incapacidade temporária de duração inferior ou igual a 30 dias.

4 — O disposto na alínea b) do n.º 1 não se aplica às situações de majoração do subsídio de desemprego, pre-vistas no artigo 118.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de de-zembro.

5 — A contribuição prevista no presente artigo reverte a favor do IGFSS, I. P., sendo deduzida pelas instituições de segurança social do montante das prestações por elas pagas, constituindo uma receita do sistema previdencial.

Artigo 11.ºSaldos globais

Os serviços e fundos autónomos não podem apre-sentar saldos globais inferiores aos aprovados pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, salvo autorização ex-pressa do membro do Governo responsável pela área das finanças.

Artigo 12.ºSuspensão das atividades do Dia da Defesa Nacional

no 2.º semestre de 2013

1 — As atividades do Dia da Defesa Nacional são sus-pensas durante o 2.º semestre de 2013.

2 — Para as atividades a reiniciar em janeiro de 2014, deve ser estudado e proposto um novo modelo que, cum-prindo os objetivos fixados no artigo 11.º da Lei do Serviço Militar, aprovada pela Lei n.º 174/99, de 21 de setembro, alterada pela Lei Orgânica n.º 1/2008, de 6 de maio, pro-mova um maior envolvimento das diferentes entidades públicas previstas no n.º 1 do artigo 20.º do Regulamento da Lei do Serviço Militar, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 289/2000, de 14 de novembro, alterado pelo Decreto--Lei n.º 52/2009, de 2 de março.

Artigo 13.ºTransferências para o Fundo de Pensões

dos Militares das Forças Armadas

1 — Fica o Governo autorizado a transferir do orça-mento do Ministério da Defesa Nacional para o Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas o montante máximo de € 40 000 000, para fazer face ao pagamento dos complementos de pensão a que se referem os n.os 2 e 3do artigo 1.º do Decreto -Lei n.º 269/90, de 31 de agosto, alterado pelos Decretos -Leis n.os 73/91, de 9 de fevereiro, 328/91, de 5 de setembro, 160/94, de 4 de junho, e 76/2009, de 1 de abril.

2 — Os montantes transferidos nos termos do número anterior são obrigatoriamente restituídos ao Ministério da Defesa Nacional pelo Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas, mediante retenção por parte deste Ministério do produto da rentabilização dos bens imóveis que lhe estejam afetos.

Artigo 14.ºAlterações orçamentais no agrupamento de despesas com pessoal

As alterações orçamentais que se revelem necessá-rias ao pagamento do subsídio de férias ou prestações equivalentes, às pessoas a que se refere o n.º 9 do ar-tigo 27.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, são da competência do membro do Governo da tutela, quando aplicável.

52

4288 Diário da República, 1.ª série — N.º 141 — 24 de julho de 2013

Artigo 15.ºAlteração ao Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro

O artigo 8.º -A do Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro, que regula o acesso às prestações do Serviço Nacional de Saúde por parte dos utentes no que respeita ao regime das taxas moderadoras e à aplicação de regi-mes especiais de benefícios, alterado pelo Decreto -Lei n.º 128/2012, de 21 de junho, e pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 8.º -AContraordenação pelo não pagamento de taxas moderadoras

devidas pela utilização dos serviços de saúde

1 — Constitui contraordenação, punível com coima, o não pagamento pelos utentes, no prazo de 10 dias seguidos após notificação para o efeito, das taxas mo-deradoras devidas pela utilização dos serviços de saúde num período de 90 dias, em cada uma das entidades referidas no artigo 2.º

2 — (Revogado.)3 — A notificação a que se refere o n.º 1 é efetuada por

carta registada para o domicílio fiscal constante da base de dados da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

4 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 — A contraordenação prevista no n.º 1 é punida

com coima de valor mínimo correspondente a cinco vezes o valor das taxas moderadoras em dívida, mas nunca inferior a € 30, e de valor máximo correspondente ao quíntuplo do valor mínimo da coima, com respeito pelos limites máximos previstos no artigo 17.º do regime geral do ilícito de mera ordenação social, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos -Leis n.os 356/89, de 17 de outubro, 244/95, de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro.

7 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .8 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9 — Na falta de pagamento das taxas moderadoras

devidas, é lavrado auto de notícia com os seguintes elementos:

a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) Domicílio fiscal;c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) Data de início e data de fim das prestações de

saúde e valor das taxas moderadoras;e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

10 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

11 — Pela entidade referida no número anterior é extraída a certidão de dívida, composta pelas taxas moderadoras e custos administrativos associados, que são remetidos à entidade competente para proceder à cobrança coerciva.

12 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13 — Compete à AT promover a cobrança coer-

civa dos créditos compostos pelas taxas moderadoras, coima e custos administrativos, nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 433/99, de 26 de outubro.

14 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16 — . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17 — Para efeitos do disposto no n.º 3 e com ob-

servância do disposto na Lei da Proteção de Dados Pessoais, aprovada pela Lei n.º 67/98, de 26 de outubro:

a) A ACSS, I. P., comunica à AT, por via eletrónica e automatizada, o número de identificação fiscal dos utentes a notificar;

b) A AT fica autorizada a disponibilizar à ACSS, I. P., também por via eletrónica e automatizada, o domicí-lio fiscal associado ao número de identificação fiscal do utente a notificar, constante da sua base de dados fiscal.»

Artigo 16.ºNorma revogatória

São revogados o n.º 2 do artigo 3.º, o n.º 2 do artigo 96.º, e os n.os 2 a 4 do artigo 117.º da Lei n.º 66 -B/2012, 31 de de-zembro, e o n.º 2 do artigo 8.º -A do Decreto -Lei n.º 113/2011, de 29 de novembro, alterado pelo Decreto -Lei n.º 128/2012, de 21 de junho, e pela Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro.

Artigo 17.ºEntrada em vigor e produção de efeitos

1 — A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

2 — A alteração introduzida pela presente lei ao ar-tigo 51.º da Lei n.º 66 -B/2012, de 31 de dezembro, reporta os seus efeitos à data da entrada em vigor da referida lei.

Aprovada em 19 de junho de 2013.A Presidente da Assembleia da República, Maria da

Assunção A. Esteves.Promulgada em 12 de julho de 2013.Publique -se.O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.Referendada em 15 de julho de 2013.O Primeiro -Ministro, Pedro Passos Coelho.

53

DECRETO-LEI N.º 71/2013

de 30 de maio

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3142 Diário da República, 1.ª série — N.º 104 — 30 de maio de 2013

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Decreto-Lei n.º 71/2013de 30 de maio

Em cumprimento do programa de Governo, e de forma a promover a melhoria das condições de tesouraria do tecido empresarial Português, o Governo aprova, para vigorar já a partir do último trimestre de 2013, um regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), o qual terá carácter facultativo e será estruturado de forma simplificada.

Nos termos da autorização legislativa contida na Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (Lei do Orçamento do Estado para 2013), a exigibilidade do IVA devido nas operações ativas efetuadas no âmbito deste regime apenas ocorrerá no momento do recebimento do seu pagamento pelos clientes. Este regime tem, desta forma, em vista, promover a melhoria da situação financeira das empresas abrangidas, por via da diminuição da pressão de tesouraria e dos custos financeiros associados à entrega do IVA ao Estado antes do respetivo recebimento.

Em complemento, a dedução do imposto suportado nas aqui-sições de bens e serviços destinadas à atividade do sujeito pas-sivo apenas será possível no momento do respetivo pagamento aos seus fornecedores, observando as regras previstas na Dire-tiva n.º 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro, rela-tiva ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado.

Atendendo ao seu caráter inovador, o Governo optou por introduzir esta medida de forma gradual, pelo que o regime abrangerá, nesta fase, apenas os sujeitos passivos de IVA com um volume de negócios anual até 500 000,00 EUR, e que não beneficiem de isenção do imposto. Este limiar, no entanto, corresponde ao limite máximo que os Esta-dos-membros, à luz das regras comunitárias, podem adotar unilateralmente, sem intervenção da União Europeia.

Com a criação deste regime, estão potencialmente abrangi-das por esta medida mais de 85% das empresas portuguesas, bem como um número muito significativo de sujeitos pas-sivos titulares de rendimentos empresariais e profissionais.

Dado que a aplicação do regime de contabilidade de caixa não é compatível com a existência em simultâneo de outros regimes especiais de exigibilidade, são revogados os Decretos-Leis n.ºs 204/97, de 9 de agosto e 418/99, de 21 de outubro, e a Lei n.º 15/2009, de 1 de abril. Não obs-tante, permite-se que os sujeitos passivos que se encontrem abrangidos pelos regimes especiais agora revogados, e que reúnam as condições exigidas, possam exercer a opção pelo regime de contabilidade de caixa.

Assim:No uso da autorização legislativa concedida pelo ar-

tigo 241.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, e nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Artigo 1.ºObjeto

O presente decreto-lei aprova o regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (regime de IVA de caixa), e altera o Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (Código do IVA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de dezembro.

Artigo 2.ºAprovação do regime de IVA de caixa

É aprovado o regime de IVA de caixa, em anexo ao presente decreto-lei, que dele faz parte integrante.

Artigo 3.ºAlteração ao Código do Imposto sobre o Valor AcrescentadoOs artigos 8.º e 19.º do Código do IVA, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de dezembro, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 8.º[…]

1 - Não obstante o disposto no artigo anterior e no re-gime de IVA de caixa, sempre que a transmissão de bens ou prestação de serviços dê lugar à obrigação de emitir uma fa-tura nos termos do artigo 29.º, o imposto torna-se exigível:

a) […];b) […];c) […].2 - […].3 - […]. 4 - […].

Artigo 19.º[…]

1 - […].2 - […]:a) […];b) […];c) Nos recibos emitidos a sujeitos passivos enqua-

drados no «regime de IVA de caixa», passados na forma legal prevista neste regime.

3 - […].4 - […].5 - […].6 - […].7 - […].8 - […].»

Artigo 4.ºAlteração à Lei Geral Tributária

O artigo 63.º-B da Lei Geral Tributária, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de 17 de dezembro, passa a ter a seguinte redação:

«Artigo 63.º-B[…]

1 - […]:a) […];b) […];c) […];d) Quando se trate da verificação de conformidade de

documentos de suporte de registos contabilísticos dos sujeitos passivos de IRS e IRC que se encontrem sujeitos a contabilidade organizada ou dos sujeitos passivos de IVA que tenham optado pelo regime de IVA de caixa;

e) […];f) […];g) […].

2 - […].3 - […].4 - […].5 - […].6 - […].7 - […].8 - […].

55

Diário da República, 1.ª série — N.º 104 — 30 de maio de 2013 3143

9 - […].10 - […].11 - […].»

Artigo 5.ºAlteração ao Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto

Os artigos 1.º e 3.º do Decreto-Lei n.º 198/2012, de 24 de agosto, alterado pela Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, passam a ter a seguinte redação:

«Artigo 1.º[…]

1 - […].2 - O presente diploma aplica-se ainda, com as de-

vidas adaptações, aos documentos referidos no n.º 6 do artigo 36.º e no n.º 1 do artigo 40.º do Código do IVA, bem como aos recibos comprovativos de pagamento emitidos por sujeitos passivos enquadrados no regime de IVA de caixa, ou emitidos a estes sujeitos passivos, quando estes os solicitem, em ambos os casos na forma legal prevista neste regime.

Artigo 3.º […]

1 - […].2 - […].3 - […].4 - […]:a) […];b) […];c) […];d) […];e) […];f) […];g) […];h) […];i) […];j) […];k) A menção «IVA – regime de caixa», se aplicável.5 - […].6 - […].7 - […].8 - […].»

Artigo 6.ºNorma transitória

1 - Os sujeitos passivos que, à data da publicação do presente decreto-lei, reúnam as condições para optar pelo regime de IVA de caixa, podem exercer essa opção, nas condições previstas no artigo 4.º do referido regime, até ao dia 30 de setembro de 2013.

2 - Os sujeitos passivos que, à data da publicação do pre-sente decreto-lei, se encontrem abrangidos pelos regimes espe-ciais de exigibilidade agora revogados e que exerçam a opção prevista no número anterior, estão sujeitos à regra de exigibi-lidade do imposto prevista na alínea a) do n.º 3 do artigo 2.º do regime de IVA de caixa, quanto às faturas que transitam do anterior regime e relativamente às quais ainda não ocorreu o recebimento total ou parcial do preço, nos seguintes termos:

a) No momento do pagamento das referidas faturas; oub) No 12.º mês posterior à data de produção de efeitos do

presente decreto-lei, sempre que o pagamento das referidas faturas não tenha ocorrido em momento anterior.

3 - Os sujeitos passivos que, à data da publicação do presente decreto-lei, se encontrem abrangidos pelos re-

gimes especiais de exigibilidade agora revogados e que não exerçam a opção pelo regime de IVA de caixa, devem entregar o imposto incluído em faturas relativamente às quais ainda não ocorreu o recebimento total ou parcial do preço na primeira declaração a submeter ao abrigo das regras gerais de exigibilidade, aplicáveis aos mesmos a partir da entrada em vigor do presente regime.

Artigo 7.º Norma revogatória

São revogados:a) O Regime Especial de Exigibilidade do Imposto

sobre o Valor Acrescentado dos Serviços de Transporte Rodoviário Nacional de Mercadorias, aprovado pela Lei n.º 15/2009, de 1 de abril, alterada pelo Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto;

b) O Regime Especial de Exigibilidade do Imposto sobre o Valor Acrescentado nas Empreitadas e Subempreitadas de Obras Públicas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, alterado pelas Leis n.ºs 127-B/97, de 20 de dezembro, 3-B/2000, de 4 de abril, e 109-B/2001, de 27 de dezembro, e pelos Decretos-Leis n.ºs 21/2007, de 29 de janeiro, e 197/2012, de 24 de agosto;

c) O Regime Especial de Exigibilidade do Imposto sobre o Valor Acrescentado nas Entregas de Bens às Cooperati-vas Agrícolas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 418/99, de 21 de outubro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 197/2012, de 24 de agosto.

Artigo 8.ºProdução de efeitos

Com exceção do disposto no n.º 1 do artigo 6.º, as de-mais disposições do presente decreto-lei produzem efeitos a partir de 1 de outubro de 2013.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 9 de maio de 2013. — Pedro Passos Coelho — Vítor Louçã Rabaça Gaspar.

Promulgado em 27 de maio de 2013.Publique-se.O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.Referendado em 29 de maio de 2013.O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.

ANEXO

(a que se refere o artigo 2.º)

Regime de IVA de caixa

Artigo 1.ºÂmbito

1 - Podem optar pelo regime de contabilidade de caixa em sede de Imposto sobre o Valor Acrescentado (regime de IVA de caixa), os sujeitos passivos de IVA que, não tendo atingido no ano civil anterior um volume de negócios, para efeitos de IVA, superior a 500 000,00 EUR, não exerçam exclusivamente uma atividade prevista no artigo 9.º, e não estejam abrangidos pelo regime de isenção previsto no artigo 53.º, ou pelo regime dos pequenos retalhistas previsto no artigo 60.º, todos do Código do IVA.

2 - O presente regime aplica-se a todas as transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas pelos sujeitos passi-vos de IVA que preencham as condições previstas no número

56

3144 Diário da República, 1.ª série — N.º 104 — 30 de maio de 2013

anterior, sempre que as mesmas tenham por destinatários outros sujeitos passivos de IVA, com exceção das seguintes:

a) Importação, exportação e atividades conexas, previs-tas nos artigos 13.º, 14.º e 15.º do Código do IVA;

b) Transmissões e aquisições intracomunitárias de bens e operações assimiladas nos termos previstos no Regime do IVA nas Transações Intracomunitárias;

c) Prestações intracomunitárias de serviços;d) Operações em que o adquirente seja o devedor do

imposto;e) Operações em que os sujeitos passivos tenham rela-

ções especiais, nos termos dos n.ºs 10 e 12 do artigo 16.º do Código do IVA.

3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 1, apenas podem op-tar pelo regime de IVA de caixa os sujeitos passivos regista-dos para efeitos deste imposto há, pelo menos, doze meses, cuja situação tributária se encontre regularizada, nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário e sem obrigações declarativas em falta.

Artigo 2.ºExigibilidade

1 - O imposto relativo às operações abrangidas pelo regime, nos termos do artigo anterior, é exigível no momento do re-cebimento total ou parcial do preço, pelo montante recebido.

2 - O imposto é, ainda, exigível quando o recebimento total ou parcial do preço preceda o momento da realização das operações tributáveis.

3 - Não obstante o disposto nos números anteriores, o im-posto incluído em faturas relativamente às quais ainda não ocorreu o recebimento total ou parcial do preço é exigível:

a) No 12.º mês posterior à data de emissão da fatura, no período de imposto correspondente ao fim do prazo;

b) No período seguinte à comunicação de cessação da inscrição no regime nos termos do artigo 5.º;

c) No período correspondente à entrega da declara-ção de cessação da atividade a que se refere o artigo 33.º do Código do IVA, nos casos previstos no artigo 34.º do mesmo diploma.

Artigo 3.ºDedução do imposto pelo sujeito passivo abrangido pelo regime

1 - Os sujeitos passivos enquadrados no presente regime apenas podem deduzir o imposto que incide sobre todas as transmissões de bens ou as prestações de serviços que lhes forem efetuadas desde que tenham na sua posse fatu-ra-recibo ou recibo comprovativo de pagamento emitido de acordo com os requisitos previstos no artigo 6.º.

2 - Não obstante o disposto no número anterior, o imposto que incida sobre as transmissões de bens ou as prestações de serviços efetuadas aos sujeitos passivos en-quadrados no presente regime é considerado dedutível no 12.º mês posterior à data de emissão da fatura sempre que o pagamento desta, e a consequente dedução do imposto, não tenha ocorrido em momento anterior, bem como nas situações das alíneas b) e c) do n.º 3 do artigo anterior.

3 - A dedução nos termos dos números anteriores deve ser efetuada na declaração do período ou do período se-guinte àquele em que se tiver verificado a receção da fa-tura-recibo ou recibo comprovativo de pagamento emitido de acordo com os requisitos previstos no artigo 6.º ou o decurso do prazo mencionado no número anterior.

4 - O disposto no n.º 1 não se aplica às operações em que a obrigação de liquidação do imposto compete ao adquirente dos bens e serviços.

Artigo 4.ºOpção pelo regime

1 - Os sujeitos passivos que reúnam as condições do artigo 1.º podem exercer a opção pelo regime de IVA de caixa mediante comunicação, à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), por via eletrónica, no Portal das Finanças, até ao dia 31 de outubro de cada ano.

2 - Os sujeitos passivos que exerçam a opção prevista no número anterior são obrigados a permanecer no regime de IVA de caixa durante um período de, pelo menos, dois anos civis consecutivos.

3 - Findo o prazo previsto no número anterior, os sujeitos passivos que pretendam voltar a aplicar as regras gerais de exigibilidade previstas nos artigos 7.º e 8.º do Código do IVA deverão comunicar tal opção à AT, por via eletrónica, no Portal das Finanças.

4 - No caso de reingresso no regime geral de exigi-bilidade do imposto, os sujeitos passivos são obrigados a permanecer neste regime durante um período de, pelo menos, dois anos civis consecutivos.

5 - As opções previstas nos números anteriores produ-zem efeitos nos seguintes termos:

a) A opção prevista no n.º 1 produz efeitos no mês de janeiro do ano seguinte ao da comunicação;

b) A comunicação a que se refere o n.º 3 é feita a todo o tempo e produz efeitos no período de imposto seguinte ao da comunicação.

6 - Os termos e as condições das comunicações previstas no presente artigo são definidos por portaria do Ministro das Finanças.

Artigo 5.ºAlteração do regime de exigibilidade

1 - Os sujeitos passivos abrangidos pelas disposições do presente regime devem comunicar à AT, por via eletrónica, no Portal das Finanças, qualquer dos seguintes factos, logo que estes ocorram:

a) Tenha sido atingido no ano civil um volume de negó-cios, para efeitos de IVA, superior a 500 000,00 EUR;

b) Sempre que os sujeitos passivos passem a efetuar exclusivamente operações excluídas pelo n.º 2 do artigo 1.º.

2 - A cessação do regime será efetuada oficiosamente pela AT nos casos em que:

a) O sujeito passivo passe a exercer exclusivamente uma atividade prevista no artigo 9.º, ou passe a estar abrangido pelo regime de isenção previsto no artigo 53.º, ou pelo regime dos pequenos retalhistas previsto no artigo 60.º, todos do Código do IVA;

b) O sujeito passivo não tenha a situação tributária re-gularizada, nos termos do Código de Procedimento e de Processo Tributário;

c) A AT disponha de fundados indícios para supor que determinado sujeito passivo utilizou o regime de forma indevida ou fraudulenta.

3 - Os casos de cessação do regime de IVA de caixa previstos nos números anteriores produzem efeitos nos seguintes termos:

a) A comunicação a que se refere o n.º 1 produz efeitos no período de imposto seguinte ao da comunicação;

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Diário da República, 1.ª série — N.º 104 — 30 de maio de 2013 3145

b) A cessação oficiosa a que se refere o número anterior produz efeitos de forma imediata.

4 - Caso ocorra a circunstância referida na alínea b) do n.º 2, ainda que o sujeito passivo regularize a sua situação tributária, não poderá optar pelo presente regime, sem que esteja decorrido um ano desde a regularização da situação.

5 - Nos casos de passagem do regime geral de exigibi-lidade ao regime de IVA de caixa, ou inversamente, a AT pode tomar as medidas que julgue necessárias a fim de evitar que o sujeito passivo usufrua de vantagens injusti-ficadas ou sofra prejuízos igualmente injustificados.

6 - A cessação oficiosa do regime efetuada de acordo com o disposto no n.º 2 é precedida de audição prévia do interessado, cabendo recurso hierárquico da decisão definitiva, a interpor nos termos definidos no Código do Procedimento e de Processo Tributário.

Artigo 6.ºRequisitos dos documentos de suporte

1 - As faturas, incluindo as faturas simplificadas, rela-tivas às operações abrangidas pelo regime nos termos do n.º 2 do artigo 1.º devem ter uma série especial, e conter a menção «IVA - regime de caixa».

2 - No momento do pagamento, total ou parcial, das fa-turas referidas no número anterior, bem como nas situações referidas no n.º 2 do artigo 2.º, é obrigatória a emissão de recibo, pelos montantes recebidos.

3 - O recibo emitido por sujeitos passivos enquadrados no regime de IVA de caixa, ou emitido a estes sujeitos pas-sivos, quando estes o solicitem, deve ser datado, numerado sequencialmente e conter os seguintes elementos:

a) O preço, líquido de imposto;b) A taxa ou taxas de IVA aplicáveis e o montante de

imposto liquidado; c) Número de identificação fiscal do emitente;d) Número de identificação fiscal do adquirente;e) O número e série da fatura a que respeita o pagamento;f) A menção «IVA – regime de caixa».

4 - A data da emissão do recibo referido no número anterior deve coincidir com a do pagamento, processando-se o mesmo em duplicado e destinando-se o original ao adqui rente e a cópia ao arquivo do transmitente dos bens ou prestador de serviços.

5 - Os recibos de pagamento mencionados no n.º 3 devem ser emitidos e comunicados nos termos previstos para a emis-são e comunicação de faturas, com as devidas adaptações.

6 - Não obstante o disposto nos números anteriores, nas situações referidas no n.º 3 do artigo 2.º, os sujeitos passi-vos enquadrados no regime de IVA de caixa devem emitir um documento retificativo de fatura, nos termos do n.º 6 do artigo 36.º do Código do IVA, mencionando que o regime de IVA de caixa deixou de ser aplicável àquela operação.

Artigo 7.ºRegisto das operações abrangidas pelo regime

1 - Para efeitos da aplicação do disposto no n.º 3 do artigo 44.º do Código do IVA, as operações abrangidas pelo presente regime devem ser registadas separadamente de forma a evidenciar:

a) O valor das transmissões de bens e das prestações de serviços abrangidas pelo regime nos termos do n.º 2 do artigo 1.º, líquidas de imposto;

b) O montante e data dos recebimentos;

c) O valor do imposto respeitante às operações men-cionadas na alínea anterior, com relevação distinta do montante ainda não exigível.

2 - O registo das operações mencionadas no número anterior deve, ainda, ser evidenciado de modo a permitir:

a) O cálculo do imposto devido em cada período res-peitante aos montantes recebidos;

b) O cálculo do imposto devido, nos termos do n.º 3 do artigo 2.º, respeitante às faturas ainda não pagas.

3 - Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo 44.º do Código do IVA, as transmissões de bens e as prestações de serviços efetuadas aos sujeitos passivos abrangidos pelo regime devem ser por estes registadas de forma a eviden-ciar ainda o montante e data dos pagamentos efetuados relativamente a cada aquisição.

Artigo 8.ºCréditos incobráveis ou de cobrança duvidosa

Os regimes de regularização de imposto previstos nos n.ºs 7 e 8 do artigo 78.º, bem como na alínea b) do n.º 2 e no n.º 4 do artigo 78.º-A, todos do Código do IVA, apenas poderão ser aplicados às operações efetuadas pelos sujeitos passivos abrangidos pelo regime de IVA de caixa depois de verificada a exigibilidade do imposto prevista na alínea a) do n.º 3 do artigo 2.º

Artigo 9.ºLegislação subsidiária

O Código do IVA é aplicável subsidiariamente a tudo o que não esteja especialmente previsto no presente regime.

58

59

PORTARIA N.º 255/2013

de 12 de agosto

60

Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013 4803

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Portaria n.º 255/2013de 12 de agosto

A Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro, que aprovou a Lei do Orçamento do Estado para 2013, alterou o atual regime dos créditos considerados incobráveis e outros créditos e criou um novo regime designado de créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis, o qual está previsto nos artigos 78.º-A a 78.º-D do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (adiante Código do IVA), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de dezembro.

Este novo regime substitui o paradigma de controlo judicial da incobrabilidade — o qual tem contribuído, de forma significativa, para o elevado volume de pendências judiciais — por um sistema de controlo pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), inteiramente informatizado e baseado na noção de crédito de cobrança duvidosa.

Pretende-se, assim, que o novo sistema permita à AT reu-nir toda a informação relevante sobre cada um dos créditos em mora, bem como os respetivos devedores, tendo em vista exercer um efetivo controlo sobre as regularizações de imposto efetuadas pelos sujeitos passivos. Este sistema permitirá, igual-mente, atuar no controlo das regularizações a favor do Estado, reforçando o combate à fraude e evasão fiscais nesta área.

Neste sentido, são aprovados os novos modelos de ane-xos relativos aos campos 40 e 41 da declaração periódica de IVA, os quais têm por objetivo discriminar o norma-tivo legal subjacente a cada regularização, bem como a respetiva base de incidência e montante de imposto, e a identificação do adquirente, entre outros elementos.

Procede -se igualmente a algumas adaptações às instru-ções de preenchimento da declaração periódica, de modo a incorporar as alterações introduzidas pela Lei n.º 64/2012, de 20 de dezembro, que procedeu à alteração do Decreto--Lei n.º 229/95, de 11 de setembro.

Foram ouvidas a Ordem dos Revisores Oficiais de Con-tas e a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas.

Assim,Manda o Governo, pelo Secretário de Estado dos As-

suntos Fiscais, nos termos do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de dezembro, o seguinte:

Artigo 1.º

Objeto

1 — São aprovados pela presente portaria os novos modelos de impressos relativos aos anexos que fazem parte integrante do modelo da declaração periódica de IVA a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, bem como as respe-tivas instruções de preenchimento, que se publicam em anexo:

a) Anexo — REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 40;b) Anexo — REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 41.

2 — São aprovadas pela presente portaria as novas instruções de preenchimento da declaração periódica do IVA, que se publicam em anexo.

Artigo 2.º

Cumprimento da obrigação

Os anexos à declaração periódica de IVA a que se refere o artigo anterior devem ser preenchidos sempre que os sujei-tos passivos tenham inscrito regularizações a seu favor no

campo 40 ou regularizações a favor do Estado no campo 41.

61

4804 Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013

Artigo 3.º

Aplicação no tempo

1 — Mantém-se em vigor o modelo aprovado pela Por-taria n.º 988/2009, de 7 de setembro, para períodos de tributação até setembro de 2013.

2 — Os modelos aprovados pela presente portaria de-vem ser utilizados para períodos de tributação a partir de 1 de outubro de 2013.

O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo de Faria Lince Núncio, em 29 de julho de 2013.

NIF PERÍODO DE IMPOSTO Nº DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA

1

1-A

78.º

1-B

78.º, nº 7

1-C

78.º, nº 7

1-D

78.º, nº 8

€ . . , € . . ,

alínea b)

alínea c) € . . ,

Art.º 78º, nºs, 2,3 e 6

Art.º 78º, nº 7 - créditos considerados incobráveis antes de 2013

Art.º 78º, nº 8, alíneas b), c), d) e e)

alínea c) € . . , € . . , alínea b) € . . ,

Art.º 78 nº 7 - créditos considerados incobráveis a partir de 01/01/2013

alínea a) € . . , € . . ,

REGULARIZAÇÕES A FAVOR DO SUJEITO PASSIVO - ABRANGIDAS PELO ART.º 78 E PELO NOVO REGIME DO ART.º 78º-A a 78.º-D

1 2 3 4

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL

€ . . , € . . ,

alínea e) € €

alínea d)

alínea d) € . . , € . . , € . . ,

€ . . , € . . ,

€ . . ,

€ . . , € . . , alínea b) € . . , € . . ,

alínea d)

nº 6

alínea a)

alínea c)

€ . . , € . . ,

€ . . , € . . , € . . , € . . ,

nº 3

REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 40

nº 2 € . . , € . . ,

Campos de preenchimento automatico pela AT

ARTIGO BASE DE INCIDÊNCIA DA REGULARIZAÇÃO IVA REGULARIZADO

Direção de Serviços do IVA

1-E

1-F

1-G

2

3

4

Art.º 78º - A , nº 4

Art.º 78º - B, nº 4

nº 4, alínea c) € . . , € . . ,

nº 2, alínea a) DEFERIMENTO DO PEDIDO

PRÉVIO PELA AT

78.º - A

€ . . ,

nº 4 DEFERIMENTO TÁCITO

Valor do crédito não seja superior a € 750, IVA incluído, por devedor ( al. a) do nº 8 do artº 78º e al. b) do nº 2 do 78.º - A)

número do pedido prévio

REGULARIZAÇÕES CUJO CRÉDITO NÃO SEJA SUPERIOR A € 750, IVA INCLUÍDO (cujo devedor seja particular ou sujeito passivo sem direito à dedução)

€ . . ,

5Certificação por revisor oficial de contas (ROC) nos termos previstos nos artigos 78.º nº 9 ou

78.º-D

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL DO ROC

78.º- A

VALOR TOTAL DO CAMPO 40

OUTRAS REGULARIZAÇÕES NÃO ABRANGIDAS PELO ARTº 78.º E PELO NOVO REGIME DO ARTº 78.º- A a 78.º- D

Regularizações abrangidas pelos artºs 23 a 26º

€ . . ,

€ . . , € . . , Outras regularizações (Ex: fusão) € . . , € . . ,

O PRESENTE ANEXO CORRESPONDE À VERDADE E NÃO OMITE QUALQUER INFORMAÇÃO PEDIDA

€ . . ,

número do pedido prévio

€ . . ,

78.º - B

nº 4, alínea b) € . . , € . . ,

Art.º 78 - A , nº 2 , alínea a)

nº 4, alínea d) € . . , € . . ,

nº 4, alínea a) € . . , € . . ,

alínea e) € . . , € . . ,

NIF PERÍODO DE IMPOSTO Nº DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA

1

1-A

1-B

1-C

1-D

1-E

Art.º 78.º, nºs 3,4,6

Art.º 78.º, nº 7

Art.º 78.º, nº 8, alínea d)

Art.º 78.º, nº 12

78.º n.º 12 € . . , € . . ,

NÚMERO DO PEDIDO PRÉVIO78.º- C, nº 1 € . . ,

Art.º 78.º - C, nº 1

78.º, nº 8 alínea d) € . . , € . . ,

alínea d) € . . , € . . , alínea c) € . . , € . . ,

€ . . , alínea b) € . . , € . . ,

78.º, nº 7 alínea a) € . . ,

4

nº 6 € . . , € . . , nº 4 € . . , € . . ,

BASE DE INCIDÊNCIA DA REGULARIZAÇÃO

78.º nº 3 € . . ,

1 2 3

IVA REGULARIZADO

€ . . ,

REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 41

REGULARIZAÇÕES A FAVOR DO ESTADO - ABRANGIDAS PELO ART.º 78.º E PELO NOVO REGIME DO ART.º 78.º-A a 78.º-D

Campos de preenchimento automático pela AT

ARTIGO NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL

Direção de Serviços do IVA

1-F

NÚMERO DE IDENTIFICAÇÃO FISCAL

2

3

Outras regularizações

OUTRAS REGULARIZAÇÕES NÃO ABRANGIDAS PELO ART.º 78.º E PELO NOVO REGIME DO ART.º 78.º - A a 78.º - D

€ . . , € . . ,

€ . . ,

O PRESENTE ANEXO CORRESPONDE À VERDADE E NÃO OMITE QUALQUER INFORMAÇÃO PEDIDA

VALOR TOTAL DO CAMPO 41 € . . ,

€ . . ,78.º- C, nº 3

NÚMERO DO PEDIDO PRÉVIO (caso exista) BASE DE INCIDÊNCIA DA REGULARIZAÇÃO

Regularizações abrangidas pelos artºs 23º a 26º € . . , € . . ,

Art.º 78.º - C, nº 3

Anexos à declaração periódica

Instruções de preenchimento

ANEXO - REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 40

Este modelo funciona como anexo à declaração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA (CIVA), dela fazendo parte integrante.

QUADRO 1 Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º e pelo novo regime dos créditos de cobrança duvidosa e incobráveis previsto nos artigos 78.º - A a 78.º - D do CIVA

Campos 1, 2, 3 e 4

O campo 1 corresponde ao normativo legal (artigo, número e alínea);

No campo 2, indicar o número de identificação fiscal do adquirente;

No campo 3, o valor a indicar refere-se à base de incidência da regularização;

No campo 4, o valor a indicar refere-se ao imposto dedutível e que tem por base o normativo

indicado no campo 1.

Subquadro 1 - A Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º n.ºs 2, 3 e 6 do CIVA.

Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização

e o imposto dedutível.

Subquadro 1 - B Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º n.º 7, alíneas a) a d), para créditos considerados incobráveis antes de 2013.

Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização

e o imposto dedutível.

Subquadro 1 - C Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º, n.º 7, alíneas a) a d), para créditos vencidos até 31 de dezembro de 2012, inclusive, mas considerados incobráveis a partir de 01/01/2013.

Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização

e o imposto dedutível.

NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 9 do artigo 78.º do CIVA, na redação dada pelo artigo 195.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro (OE/2013).

Subquadro 1 - D Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º n.º 8, alíneas b), c), d) e e).

Artigo 78.º n.º 8, alínea d) - Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base

de incidência da regularização e o imposto dedutível.

Artigo 78.º n.º 8, alíneas b), c) e e) - cujo devedor é particular ou sujeito passivo sem direito

a dedução - Inscrever a base de incidência da regularização e o imposto dedutível.

Artigo 78.º n.º 8, alínea a) – Os valores respeitantes a este normativo são inscritos no

quadro 2.

NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 9 do artigo 78.º do CIVA.

Subquadro 1 - E Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º - A, n.º 4, alíneas a) a d)

Inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da regularização

e o imposto dedutível relativo a créditos considerados incobráveis que se tenham vencido

após 1 de Janeiro de 2013.

NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 3 do artigo 78.º - D do CIVA.

62

Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013 4805

Subquadro 1 - C Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º n.º 8, alínea d) do CIVA

Deve inscrever o número de identificação fiscal do fornecedor das faturas, a base de

incidência da regularização e o imposto a regularizar a favor do Estado.

Subquadro 1 - D Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º n.º 12 do CIVA

Este campo deve ser preenchido sempre que se verifique a recuperação total ou parcial do

imposto.

Deve inscrever o número de identificação fiscal do adquirente, a base de incidência da

regularização e o imposto a regularizar a favor do Estado.

Subquadro 1 - E Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º- C, n.º 1

Este campo deve ser preenchido sempre que haja lugar a retificação pelo adquirente.

O valor do IVA a inscrever (na coluna do campo 4) corresponde ao valor notificado pela AT

(cf. artigo 78º - B, n.º 5), devendo indicar, ainda, o número de identificação fiscal do emitente

das faturas e o número do pedido prévio (indicado na notificação).

Subquadro 1 – F Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º- C, n.º 3, 1ª parte

Este campo deve ser preenchido sempre que os sujeitos passivos hajam procedido

anteriormente à dedução do imposto associado a créditos de cobrança duvidosa ou

incobráveis e em que se verificou a sua recuperação (total ou parcial).

O valor do IVA a inscrever (na coluna do campo 4) corresponde ao valor recuperado pelo

credor, devendo indicar a base de incidência da regularização e o número do pedido prévio

(só no caso de ter feito esse pedido).

QUADRO 1 Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º e pelo novo regime dos créditos de cobrança duvidosa ou incobráveis previsto nos artigos 78º- A a 78.º- D do CIVA

Campos 1, 2, 3 e 4

O campo 1 corresponde ao normativo legal (artigo, número e alínea);

No campo 2, indicar o número de identificação fiscal do adquirente/fornecedor, consoante o

caso;

No campo 3, o valor a indicar refere-se à base de incidência da regularização;

No campo 4, o valor a indicar refere-se ao imposto a regularizar a favor do Estado (já

deduzido anteriormente pelo s.p.) e que tem por base o normativo indicado no campo 1.

Subquadro 1 - A Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º n.ºs 3, 4 e 6 do CIVA

Deve inscrever o número de identificação fiscal do adquirente/fornecedor, consoante o caso,

a base de incidência da regularização e o imposto a regularizar a favor do Estado.

Subquadro 1 - B Regularizações a favor do Estado abrangidas pelo artigo 78.º n.º 7 do CIVA, por força do n.º 11 do artigo 78º, para efeitos de retificação da dedução inicialmente efetuada

Deve inscrever o número de identificação fiscal do fornecedor, a base de incidência da

regularização e o imposto a regularizar a favor do Estado.

QUADRO 2 Outras regularizações não abrangidas pelo artigo 78º e pelo novo regime previsto nos artigos 78º - A a 78.º - D do CIVA.

Trata-se, nomeadamente, de regularizações previstas nos artigos 23.º a 26.º e outras.

Fazer corresponder ao tipo de regularização indicado na coluna precedente a base de

incidência da regularização (campo 3) e o correspondente imposto dedutível (campo 4).

Subquadro 1 - F Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º - A n.º 2, alínea a) - na situação em que o sujeito passivo apresentou pedido de autorização prévia à AT, via eletrónica, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 78.º- B do CIVA, o qual foi deferido.

Número do pedido prévio – é o número que foi atribuído pela AT, aquando da submissão do

pedido de autorização.

Não necessita indicar a base da incidência da regularização.

O valor do IVA a regularizar (na coluna do campo 4) corresponde ao valor autorizado pela AT.

Subquadro 1 - G Regularizações a favor do sujeito passivo abrangidas pelo artigo 78.º - B, n.º 4 - na situação em que houve deferimento tácito para créditos que sejam inferiores a €150 000, IVA incluído, por fatura.

Número do pedido prévio – é o número que foi atribuído pela AT, aquando da submissão do

pedido de autorização.

Não necessita indicar a base da incidência da regularização.

O valor do IVA a regularizar (na coluna do campo 4) corresponde ao valor incluído na(s)

fatura(s) apresentada(s) perante a AT, com o limite estabelecido no artigo 78.º - B, n.º 4.

QUADRO 2 Regularizações de créditos cujo valor não seja superior a € 750, IVA incluído, por devedor, que seja particular ou sujeito passivo sem direito a dedução, nos termos previstos na alínea a) do n.º 8 do artigo 78.º e alínea b) do n.º 2 do artigo 78.º - A do CIVA.

Inscrever a base de incidência da regularização e o imposto dedutível relativo a créditos com o

limite acima referido.

NOTA: Estas regularizações estão sujeitas a certificação por ROC, de acordo com o n.º 1 do artigo 78.º - D do CIVA.

QUADRO 3 Outras regularizações não abrangidas pelo artigo 78.º e pelo novo regime do artigo 78.º - A a 78.º- D do CIVA.

Regularizações abrangidas pelos artigos 23º a 26º - Fazer corresponder ao tipo de

regularização indicado na coluna precedente a base de incidência da regularização e o

correspondente imposto dedutível (campo 4).

Outras regularizações – (Ex. o caso das fusões)

ANEXO - REGULARIZAÇÕES DO CAMPO 41

Este modelo funciona como anexo à declaração a que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29º do Código do IVA (CIVA), dela fazendo parte integrante.

QUADRO 4 Valor total do campo 40

Quadro de preenchimento automático que resulta da soma dos valores inscritos na coluna do

campo 4 (IVA regularizado).

QUADRO 5 Certificação por revisor oficial de contas, nos termos previstos no artigo 78.º n.º 9 e/ou artigo 78.º- D do CIVA

Sempre que se verifique a certificação, é solicitada a inscrição do número de identificação

fiscal (NIF) do ROC.

63

4806 Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013

Sempre que, nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto, tenha realizado

operações consideradas efetuadas em espaço ou espaços fiscais diferentes daquele em que se

encontra localizada a sede do sujeito passivo declarante, deve assinalar um ou dois campos

respeitantes a tais operações, devendo preencher os anexos correspondentes (ANEXO R).

QUADRO 04 A

Declarações Recapitulativas.

Se no período de referência efetuou transmissões intracomunitárias de bens e operações

assimiladas, ou prestações de serviços a sujeitos passivos com sede ou estabelecimento

estável ou, na sua falta, o domicílio noutro Estado membro da Comunidade e, por este

motivo, apresentou alguma declaração recapitulativa nos termos do artigo 30º do RITI,

assinale este campo.

QUADRO 05

Por força do n.º 2 do artigo 29.º do Código do IVA, a obrigação declarativa subsiste, ainda

que, num determinado período de imposto, não tenham havido operações tributáveis (tanto

ativas como passivas). Se for o caso e, para além disso, não houve lugar a qualquer

regularização ou reporte de imposto, assinale este campo e submeta a declaração, exceto se

estiver obrigado a ter técnico oficial de contas, caso em que deverá passar de imediato ao

quadro 20.

QUADRO 06

Este quadro destina-se a apurar o imposto do período a que respeita a declaração e deve ser

preenchido com base nos elementos constantes da contabilidade ou dos livros referidos no

artigo 50.º do Código do IVA.

Os valores a indicar nos campos 1 a 16 e 20 a 24 devem reportar-se, unicamente, a operações

localizadas no espaço territorial da sede, assinalado no quadro 03. O(s) respeitante(s) a

operações consideradas localizadas em espaço(s) territorial(ais) diferentes(s) constará(ão)

do(s) anexo(s) assinalado(s)no quadro 04.

Os valores a indicar nos campos 40 a 61 e 81 referem-se a regularizações (a favor do sujeito

passivo ou do Estado) e excessos a reportar relativos à totalidade da atividade do sujeito

passivo, ainda que respeitantes a espaço territorial diferente do indicado no Quadro 03.

Os valores a indicar nos campos 65 a 68 respeitam ao total do imposto liquidado/dedutível,

apurado em cada um dos anexos referenciados no Quadro 04.

As operações relativas a transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, bem

como as prestações de serviços localizadas no Estado membro do adquirente, mencionadas

em declaração autónoma (Declaração Recapitulativa), devem ser inscritas no campo 7 deste

quadro.

Operações que, tendo liquidado o imposto, não relevam para efeitos do volume de negócios.

Se, no período a que respeita a declaração, efetuou alguma das seguintes operações:

• Operações em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto;

• Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3º do CIVA e

na Portaria n.º 497/2008, de 24 de junho;

• Transferência de bens ou serviços de um setor tributado a um setor isento;

• Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares

do seu titular, do pessoal ou para fins alheios à mesma;

• Operações referidas nos n.ºs 27 e 28 do artigo 9º, quando constituam operações

acessórias;

• Operações referidas nos n.ºs 29 e 30 do mesmo artigo quando não tenha ocorrido

renúncia à isenção e constituam operações acessórias;

• Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo,

QUADRO 3 Valor total do campo 41

Quadro de preenchimento automático que resulta da soma dos valores inscritos na coluna do

campo 4 (IVA regularizado).

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA

NOTA INTRODUTÓRIA

De acordo com o disposto na Portaria n.º 375/2003, de 10 de maio, os sujeitos passivos do

IVA estão obrigados ao envio, por transmissão eletrónica de dados, da declaração periódica a

que se refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 29.º do Código do IVA, bem como dos respetivos

anexos, nos prazos referidos no n.º 1 do artigo 41.º do mesmo Código.

Para o efeito, o sujeito passivo e o técnico oficial de contas são identificados por senhas

atribuídas pela AT.

PROCEDIMENTOS DE ENVIO

1. Aceder ao Portal das Finanças no endereço: www.portaldasfinancas.gov.pt

2. Após identificação do utilizador (NIF e senha), selecionar sucessivamente:

- Entregar

- IVA

3. Preencher diretamente a declaração ou abrir previamente o ficheiro formatado com as

características indicadas no endereço;

4. Validar a informação e corrigir os erros locais detetados;

5. Submeter a declaração;

Depois de submeter a declaração, é criada e disponibilizada de imediato uma referência

numérica que deve ser utilizada para o pagamento do imposto nos locais de cobrança

legalmente autorizados, considerando-se como tais, as secções de cobrança dos serviços de

finanças, os balcões dos CTT, bem como as instituições de crédito que tenham celebrado os

necessários acordos com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP,

E. P. E. (IGCP), e, ainda, através de sistema de pagamento automático Multibanco ou do

serviço de Homebanking nas instituições de crédito que o disponibilizem.

A declaração considera-se apresentada na data em que for submetida sem anomalias.

No caso de falta de identificação do técnico oficial de contas, quando exigível, a declaração

será recusada, considerando-se como não apresentada.

QUADRO 01

Neste Quadro é inscrito o n.º de identificação fiscal do sujeito passivo devendo este assinalar

se a declaração é submetida dentro ou fora do prazo.

QUADRO 02

Neste Quadro deve selecionar o ano e o período de imposto a que se refere a declaração.

QUADRO 03

Neste Quadro deve selecionar o espaço territorial em que se localiza a sede (Continente,

Açores ou Madeira).

QUADRO 04

Operações realizadas em espaço territorial diferente do da sede.

64

Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013 4807

Neste campo deve ser inscrito o montante total do imposto liquidado nas aquisições

intracomunitárias de bens (compras de bens a fornecedores sedeados em outros Estados

membros) e operações assimiladas.

Campo 14

Neste campo deve ser inscrito o montante total das aquisições intracomunitárias de bens

referidas no n.º 7 do artigo 15.º do CIVA e no artigo 15.º do RITI que, por se encontrarem

abrangidas pelas referidas normas, não são objeto de liquidação de imposto.

Campo 15

Neste campo deve ser inscrito o montante total das aquisições intracomunitárias de bens

sujeitas aos impostos a que se referem os n.ºs 3, 4 e 5 do artigo 22.º do RITI (imposto sobre

veículos ou impostos especiais de consumo) cujo IVA é pago junto das entidades

competentes para a cobrança dos mesmos.

Campo 16

Neste campo deve ser inscrito o montante total das prestações de serviços efetuadas por

entidades residentes noutros Estados membros, consideradas localizadas no território

nacional, em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto e é mencionado no

campo 17.

Campo 17

Neste campo deve ser inscrito o montante total do imposto liquidado nas prestações de

serviços efetuadas por entidades residentes noutros Estados membros, consideradas

localizadas no território nacional.

Campos 20 a 24

Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto dedutível, relativo

a aquisições de imobilizado, existências (discriminadas por taxas – reduzida, intermédia e

normal) e outros bens e serviços.

Campos 40 e 41

Nestes campos devem ser inscritas as regularizações a favor do sujeito passivo (campo 40) e a

favor do Estado (campo 41), efetuadas nos termos dos artigos 23.º a 26.º, 78.º a 78.º- D do

CIVA.

Os montantes inscritos nestes campos devem ser obrigatoriamente relevados nos anexos

designados por Regularizações do campo 40/41, respetivamente.

Campo 61

Neste campo deve inscrever o montante do imposto a reportar, constante do campo 96 da

última declaração que tenha sido apresentada.

Campo 12

Neste campo deve ser inscrito o montante total das aquisições intracomunitárias de bens e

operações assimiladas, cujo imposto foi liquidado e é mencionado no campo 13.

Campo 13 Campos 1, 5 e 3

Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao somatório das

importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito passivo, quer nas

operações por si efetuadas, quer nos casos em que se substitui ao fornecedor, discriminados

pelas respetivas taxas.

Campos 2, 6 e 4

Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto liquidado pelo

sujeito passivo nas transmissões de bens e prestações de serviços por ele efetuadas, bem

como nos casos em que o sujeito passivo se substitui ao fornecedor na liquidação do

imposto.

Nota: Os montantes a inscrever nestes campos devem corresponder rigorosamente aos valores que resultam da aplicação das taxas respetivas aos montantes inscritos nos campos 1, 5 e 3.

Campo 7

Se efetuou transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, ou prestações de

serviços a sujeitos passivos com sede ou estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio

noutro Estado membro da Comunidade e, por este motivo, apresentou alguma declaração

recapitulativa nos termos do artigo 30.º do RITI, mencione neste campo a soma dos

respetivos valores.

Campo 8

Neste campo devem ser inscritos os valores correspondentes às operações isentas ou não

tributadas, mas que conferem direito à dedução do imposto (por exemplo, exportações), nos

termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do Código e, ainda, as operações em que ocorreu a regra de inversão do sujeito passivo (serviços de construção civil, transmissão de imóveis

com renúncia à isenção, sucatas e ouro para investimento).

NOTA: Este campo não contempla os valores correspondentes às prestações de serviços mencionadas na Declaração Recapitulativa a que se refere o artigo 30.º do RITI.

Assinale “SIM” no campo correspondente e preencha também o Quadro 06-A.

Se não efetuou operações desta natureza, assinale “NÃO”.

NOTA: Este campo é de preenchimento obrigatório.

Campo 9

Neste campo devem ser inscritas as operações isentas do imposto, que não conferem direito

à dedução (operações no âmbito do artigo 9.º do CIVA, com exceção das referidas no

ponto V do n.º 1 da alínea b) do artigo 20.º) e ainda as operações a que se refere o

Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de setembro (ouro para investimento), em que não tenha

havido renúncia à isenção.

Campo 10

Este campo é um campo de controlo, de preenchimento automático e corresponde à soma

dos valores inscritos nos campos 12, 14 e 15.

Campo 11

Este campo é um campo de controlo, de preenchimento automático e corresponde ao

valor inscrito no campo 13.

65

4808 Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013

NOTA: Neste campo não deve incluir as operações mencionadas no campo 16 do Quadro 06.

Campo 98

Transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas em Portugal por entidades

residentes em países ou territórios terceiros em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito

passivo declarante.

Campo 94

Imposto a recuperar.

Este campo deve ser preenchido quando o campo 91 for superior ao campo 92, inscrevendo

nele a respetiva diferença.

Neste campo devem ser indicados os montantes dos bens adquiridos no território nacional a

entidades residentes em países comunitários, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito

passivo declarante, enquanto adquirente, mencionados nos campos 1, 5 e/ou 3 do

Quadro 06.

A. Operações localizadas em Portugal em que, na qualidade de adquirente, liquidou o IVA devido.

Campo 97

Transmissões de bens efetuadas em Portugal por entidades residentes em países comunitários

em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito passivo declarante.

Campo 95

Se pretende solicitar o reembolso pelo montante total, ou parcial, do valor apurado no

campo 94, inscreva neste campo o respetivo montante a solicitar.

Campo 96

Neste campo deve inscrever o montante que, constando no campo 94, não tenha sido

incluído no campo 95.

QUADRO 06 A

Este quadro destina-se ao apuramento das operações passivas em que, na qualidade de

adquirente, liquidou o imposto devido, bem como das que, nos termos do Código do IVA,

são afastadas do cálculo do volume de negócios.

NOTA:

Este campo só está disponível em declaração submetida dentro do prazo legal, para períodos de imposto até 2011, da seguinte forma:

- Até outubro de 2011, para os sujeitos passivos enquadrados no regime normal com periodicidade mensal;

- Até ao 3º trimestre de 2011, para os sujeitos passivos com periodicidade trimestral.

Para períodos posteriores, não se verifica esta limitação.

Campos 65 a 68

Sempre que, nos termos do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto, efetue operações ativas

e/ou passivas, consideradas localizadas num ou nos dois espaços diferentes do indicado no

Quadro 03 (Continente, Açores ou Madeira), deve preencher um anexo respeitante a cada

um deles.

No campo 65 deve inscrever o IMPOSTO DEDUTÍVEL, correspondente ao valor inscrito

no campo 63 do anexo. No campo 66 deve inscrever o IMPOSTO LIQUIDADO,

correspondente ao valor inscrito no campo 64 do anexo.

Caso efetue operações localizadas nos dois espaços, deverá preencher um segundo anexo,

inscrevendo os valores de IMPOSTO DEDUTÍVEL e IMPOSTO LIQUIDADO

constantes do mesmo, respetivamente nos campos 67 e 68 da declaração.

Campo 81

Neste campo deve inscrever os montantes das regularizações a favor do sujeito passivo,

originadas por comunicação escrita da AT, indicando no quadro adjacente o(s) período(s) a

que respeitam.

NOTA:

Este campo só está disponível em declaração submetida dentro do prazo legal, para períodos de imposto até 2011, da seguinte forma:

- Até outubro de 2011, para os sujeitos passivos enquadrados no regime normal com periodicidade mensal;

- Até ao 3º trimestre de 2011, para os sujeitos passivos enquadrados no regime normal com periodicidade trimestral.

Para períodos posteriores, este campo está indisponível devendo estes créditos ser inscritos no campo 61.

Campo 90

Total da base tributável. Este campo destina-se a controlar os valores inscritos nos campos 1a 16 e nele deve inscrever o somatório dos mesmos.

Campo 93

Imposto a entregar ao Estado.

Este campo deve ser preenchido, quando o campo 92 for superior ao campo 91, inscrevendo

nele a respetiva diferença.

Campos 91 e 92

Os valores a inscrever nestes campos resultam da soma do imposto a favor do sujeito passivo

e do imposto a favor do Estado, respetivamente.

66

Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013 4809

(Operações realizadas em espaço diferente do da sede)

INSTRUÇÕES PARA PREENCHIMENTO

NOTA INTRODUTÓRIA

Neste anexo deve relevar as operações consideradas localizadas em espaço territorial

diferente do da sede (assinalado no Quadro 03 da declaração periódica), nos termos do

Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de agosto.

Se realizou operações consideradas como localizadas nos dois espaços territoriais diferentes

do da sede, deve submeter um anexo relativo a cada um, nele indicando, exclusivamente, as

operações realizadas no espaço correspondente.

QUADRO 01

Neste Quadro deve inscrever o n.º de identificação fiscal do sujeito passivo e se a declaração

é submetida dentro ou fora do prazo, assinalando o respetivo campo.

QUADRO 02

Neste Quadro deve selecionar o ano e o período de imposto a que se refere a declaração.

QUADRO 03

Neste Quadro deve selecionar o espaço territorial em que se localiza a sede (Continente,

Açores ou Madeira).

• Operações previstas na alínea j) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA.

Nestes campos deve indicar os montantes relativos a aquisições de bens e/ou serviços em

que liquidou o imposto, por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo (Regime do

ouro para investimento; transmissão de imóveis com renúncia à isenção; sucatas; serviços de

construção civil).

QUADRO 20

Este Quadro destina-se à identificação fiscal do técnico oficial de contas. O seu

preenchimento é obrigatório nos casos em que o sujeito passivo declarante esteja obrigado a

possuir contabilidade organizada ou, não o estando, por ela tenha optado.

Neste campo devem ser indicados os montantes dos bens adquiridos no território nacional a

entidades residentes em países ou territórios terceiros, cuja liquidação do imposto coube ao

sujeito passivo declarante, enquanto adquirente, mencionados nos campos 1, 5 e/ou 3 do

Quadro 06.

B. Operações em que liquidou o IVA devido por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.

Campos 99 a 102

Transmissões de bens e prestações de serviços em que ocorreu a regra de inversão:

• Operações a que se refere o Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de setembro;

• Operações a que se refere o n.º 2 do artigo 6.º do Regime da Renúncia à Isenção do

IVA nas Operações Relativas a Bens Imóveis;

• Operações previstas na alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA;

D. Operações referidas nas alíneas a), b) e c) do artigo 42.º

Campo 104

Neste campo deve indicar os valores das bases tributáveis que incluiu no quadro 06

referentes a:

- Operações referidas nos n.ºs 27 e 28 do artigo 9.º, quando constituam operações acessórias;

- Operações referidas nos n.ºs 29 e 30 do mesmo artigo quando não tenha ocorrido renúncia

à isenção e constituam operações acessórias;

C. Operações referidas nas alíneas f) e g) do n.º 3 do artigo 3.º e alíneas a) e b) don.º 2 do artigo 4.º do CIVA.

Campo 103

Neste campo deve preencher os valores das bases tributáveis, inscritos nos campos 1, 5 ou 3,

consoante o caso, referentes a:

• Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3.º do CIVA e na

Portaria n.º 497/2008 de 24 de junho;

• Transferência de bens ou serviços de um sector tributado a um sector isento;

• Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares do

seu titular, do pessoal ou para fins alheios à mesma.

- Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo.

67

4810 Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013

Campos 2, 6 e 4

Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto liquidado pelo

sujeito passivo nas transmissões de bens e prestações de serviços por ele efetuadas, bem

como nos casos em que o sujeito passivo se substitui ao fornecedor na liquidação do

imposto, nas operações consideradas localizadas no espaço a que se refere o presente anexo.

Nota: Os montantes a inscrever nestes campos devem corresponder rigorosamente aos valores que resultam da aplicação das taxas respetivas aos montantes inscritos nos campos 1, 5 e 3.

Campo 7

Se efetuou transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, ou prestações de

serviços a sujeitos passivos com sede ou estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio

noutro Estado membro da Comunidade, a partir do espaço territorial a que respeita o

presente anexo e, por este motivo, apresentou alguma declaração recapitulativa nos termos

do artigo 30.º do RITI, mencione neste campo a soma dos respetivos valores.

Campo 8

Neste campo devem ser inscritos os valores correspondentes às operações isentas ou não

tributadas, mas que conferem direito à dedução do imposto (por exemplo, exportações), nos

termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do Código e, ainda, as operações em que ocorreu a

regra de inversão do sujeito passivo (serviços de construção civil, transmissão de imóveis

com renúncia à isenção, sucatas e ouro para investimento), consideradas localizadas no

espaço a que se refere o presente anexo.

Campo 9

Neste campo devem ser inscritas as operações isentas do imposto que não conferem direito à

dedução (operações no âmbito do artigo 9.º do CIVA, com exceção das referidas no ponto V

do n.º 1 da alínea b) do artigo 20.º) e ainda as operações a que se refere o Decreto-Lei

n.º 362/99, de 16 de setembro (ouro para investimento), consideradas localizadas no espaço

a que se refere o presente anexo, em que não tenha havido renúncia à isenção.

Campo 10

Este campo é um campo de controlo, de preenchimento automático e corresponde à soma

dos valores inscritos nos campos 12, 14 e 15.

Campo 11

Este campo é um campo de controlo, de preenchimento automático e corresponde ao

valor inscrito no campo 13.

Campo 12

Neste campo deve ser inscrito o montante total das aquisições intracomunitárias de bens e

operações assimiladas, consideradas localizadas no espaço a que se refere o presente anexo,

cujo imposto foi liquidado e é mencionado no campo 13.

NOTA: Este campo não contempla os valores correspondentes às prestações de serviços mencionadas na Declaração Recapitulativa a que se refere o artigo 30.º do RITI.

QUADRO 04

Operações realizadas em espaço territorial diferente do da sede.

Assinale o espaço territorial (diferente do assinalado no quadro 03) a que respeita o presente

anexo.

QUADRO 04-A

Declarações Recapitulativas.

Se no período de referência efetuou transmissões intracomunitárias de bens e operações

assimiladas, ou prestações de serviços a sujeitos passivos com sede ou estabelecimento

estável ou, na sua falta, o domicílio noutro Estado membro da Comunidade a partir do

espaço territorial a que respeita o presente anexo e, por este motivo, apresentou alguma

declaração recapitulativa nos termos do artigo 30.º do RITI, assinale este campo.

QUADRO 06

Os valores a indicar nos campos 1 a 16 e 20 a 24 devem reportar-se, unicamente, a operações

localizadas no espaço territorial a que respeita o presente anexo.

Os valores a indicar nos campos 63 e 64 respeitam ao total do imposto liquidado/dedutível, a

inscrever nos campos 65 a 68 da declaração.

As operações relativas a transmissões intracomunitárias de bens e operações assimiladas, bem

como as prestações de serviços localizadas no Estado membro do adquirente, mencionadas

em declaração autónoma (Declaração Recapitulativa), quando efetuadas a partir do espaço

territorial a que respeita o presente anexo, devem ser inscritas no campo 7 deste quadro.

Operações que, tendo liquidado o imposto, não relevam para efeitos do volume de negócios.

Se, no período a que respeita a declaração, efetuou alguma das seguintes operações, localizada

no espaço territorial a que se refere o presente anexo:

• Operações em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto;

• Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3.º do CIVA e na

Portaria n.º 497/2008 de 24 de junho;

• Transferência de bens ou serviços de um setor tributado a um setor isento;

• Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares do

seu titular, do pessoal ou, para fins alheios à mesma;

• Operações referidas nos n.ºs 27 e 28 do artigo 9.º, quando constituam operações

acessórias;

• Operações referidas nos n.ºs 29 e 30 do mesmo artigo quando não tenha ocorrido

renúncia à isenção e constituam operações acessórias;

• Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo,

Assinale “SIM” no campo correspondente e preencha também o Quadro 06-A.

Se não efetuou operações desta natureza, assinale “NÃO”.

NOTA: Este campo é de preenchimento obrigatório.

Campos 1, 5 e 3

Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao somatório das

importâncias que serviram de base ao imposto liquidado pelo sujeito passivo, quer nas

operações por si efetuadas, quer nos casos em que se substitui ao fornecedor, discriminados

pelas respetivas taxas, nas operações consideradas localizadas no espaço a que se refere o

presente anexo.

68

Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013 4811

Campo 14

Neste campo deve ser inscrito o montante total das aquisições intracomunitárias de bens

referidas no n.º 7 do artigo 15.º do CIVA e no artigo 15.º do RITI, consideradas localizadas

no espaço a que se refere o presente anexo, as quais, por se encontrarem abrangidas pelas

referidas normas, não são objeto de liquidação de imposto.

Campo 15

Neste campo deve ser inscrito o montante total das aquisições intracomunitárias de bens

sujeitas aos impostos a que se referem os n.ºs 3, 4 e 5 do artigo 22.º do RITI (imposto sobre

veículos ou impostos especiais de consumo), consideradas localizadas no espaço a que se

refere o presente anexo, cujo IVA é pago junto das entidades competentes para a cobrança

dos mesmos.

Campo 16

Neste campo deve ser inscrito o montante total das prestações de serviços efetuadas por

entidades residentes noutros Estados membros, consideradas localizadas no espaço territorial

a que respeita o presente anexo, em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto e é

mencionado no campo 17.

Campo 17

Neste campo deve ser inscrito o montante total do imposto liquidado nas prestações de

serviços efetuadas por entidades residentes noutros Estados membros, consideradas

localizadas no espaço territorial a que respeita o presente anexo.

Campos 20 a 24

Nestes campos devem ser inscritos os valores correspondentes ao imposto dedutível relativo

a aquisições de imobilizado, existências (discriminadas por taxas – reduzida, intermédia e

normal) e outros bens e serviços, consideradas localizadas no espaço a que se refere o

presente anexo.

Campo 62

Total da base tributável. Este campo destina-se a controlar os valores inscritos nos campos 1a 16 e nele deve inscrever o somatório dos mesmos.

Campo 63

Total do imposto a favor do sujeito passivo.

O montante apurado neste campo corresponde ao IMPOSTO DEDUTÍVEL e deve ser

inscrito no campo 65 (ou 67, se se tratar do segundo anexo a submeter) da declaração.

Campo 64

Total do imposto a favor do Estado.

Campo 13

Neste campo deve ser inscrito o montante total do imposto liquidado nas aquisições

intracomunitárias de bens (compras de bens a fornecedores sedeados em outros Estados

membros) e operações assimiladas cujas bases tributárias são inscritas no campo 12.

B. Operações em que liquidou o IVA devido por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo.

Campos 67 a 70

Transmissões de bens e prestações de serviços localizadas no espaço territorial a que se refere

o presente anexo, em que ocorreu a regra de inversão:

• Operações a que se refere o Decreto-Lei n.º 362/99, de 16 de setembro;

• Operações a que se refere o n.º 2 do artigo 6.º do Regime da Renúncia à Isenção do

IVA nas Operações Relativas a Bens Imóveis;

• Operações previstas na alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA;

• Operações previstas na alínea j) do n.º 1 do artigo 2.º do CIVA.

Nestes campos deve indicar os montantes relativos a aquisições de bens e/ou serviços em

que liquidou o imposto, por aplicação da regra de inversão do sujeito passivo (Regime do

ouro para investimento; transmissão de imóveis com renúncia à isenção; sucatas; serviços de

construção civil).

O montante apurado neste campo corresponde ao IMPOSTO LIQUIDADO e deve ser

inscrito no campo 66 (ou 68, se se tratar do segundo anexo a submeter) da declaração.

QUADRO 06 A

Este quadro destina-se ao apuramento das operações passivas, mencionadas no Quadro 06,

em que, na qualidade de adquirente, liquidou o imposto devido, bem como das operações

que, nos termos do CIVA, são afastadas do cálculo do volume de negócios.

A. Operações localizadas em Portugal em que, na qualidade de adquirente, liquidou o IVA devido.

Campo 65

Transmissões de bens efetuadas no espaço territorial a que se refere o presente anexo, por

entidades residentes em países comunitários, em que o IVA devido foi liquidado pelo sujeito

passivo declarante.

Neste campo devem ser indicados os montantes dos bens adquiridos a entidades residentes

em países comunitários, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo declarante,

enquanto adquirente, mencionados nos campos 1, 5 e/ou 3 do Quadro 06.

NOTA: Neste campo não deve incluir as operações mencionadas no campo 16 do Quadro 06.

Campo 66

Transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas no espaço territorial a que se refere

o presente anexo, por entidades residentes em países ou territórios terceiros, em que o IVA

devido foi liquidado pelo sujeito passivo declarante.

Neste campo devem ser indicados os montantes dos bens adquiridos a entidades residentes

em países ou territórios terceiros, cuja liquidação do imposto coube ao sujeito passivo

declarante, enquanto adquirente, mencionados nos campos 1, 5 e/ou 3 do Quadro 06.

69

4812 Diário da República, 1.ª série — N.º 154 — 12 de agosto de 2013

- Prestações de serviços efetuadas a título gratuito para as necessidades particulares do

seu titular, do pessoal ou para fins alheios à mesma.

C. Operações referidas nas alíneas f) e g) do n.º 3 do artigo 3.º e alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 4.º do CIVA.

Campo 71

Neste campo deve preencher os valores das bases tributáveis, inscritos nos campos 1, 5 ou 3,

consoante o caso, referentes às seguintes operações localizadas no espaço territorial a que se

refere o presente anexo:

- Transmissões gratuitas de bens não enquadráveis no n.º 7 do artigo 3.º do CIVA e na

Portaria n.º 497/2008 de 24 de junho;

- Transferência de bens ou serviços de um setor tributado a um setor isento;

D. Operações referidas nas alíneas a), b) e c) do artigo 42.º

Campo 72

Neste campo deve indicar os valores das bases tributáveis que incluiu no quadro 06,

referentes a:

- Operações referidas nos n.ºs 27 e 28 do artigo 9.º, quando constituam operações

acessórias;

- Operações referidas nos n.ºs 29 e 30 do mesmo artigo quando não tenha ocorrido

renúncia à isenção e constituam operações acessórias;

- Operações sobre bens de investimento corpóreo e incorpóreo.

QUADRO 20

Este Quadro destina-se à identificação fiscal do técnico oficial de contas. O seu

preenchimento é obrigatório nos casos em que o sujeito passivo declarante esteja obrigado a

possuir contabilidade organizada ou, não o estando, por ela tenha optado.

I SÉRIE

Depósito legal n.º 8814/85 ISSN 0870-9963

Toda a correspondência sobre assinaturas deverá ser dirigida para a Imprensa Nacional-Casa da Moeda, S. A.Unidade de Publicações Oficiais, Marketing e Vendas, Avenida Dr. António José de Almeida, 1000-042 Lisboa

Diário da República Eletrónico:

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Correio eletrónico: [email protected].: 21 781 0870Fax: 21 394 5750

70

71

OFÍCIO CIRCULADO N.º 30150/20132013-08-30

72

Classificação: 020 .01 .10

Segurança:

Processo: 2013 004333

ÁREA DE GESTÃO TRIBUTÁRIA DO IVA - GABINETE DOSUBDIRETOR-GERAL

Av. João XXI, 76 - 9º, Apartado 8290 – 1049-065 LISBOA Tel: (+351) 21 761 09 51 Fax: (+351) 21 793 65 28

Email: [email protected] www.portaldasfinancas.gov.pt Centro de Atendimento Telefónico: (+351) 707 206 707

MO

D.5

2.3

Of.Circulado N.º: 30150/2013 2013-08-30

Entrada Geral:

N.º Identificação Fiscal (NIF): 770 004 407

Sua Ref.ª:

Técnico:

Exmos. SenhoresSubdiretores-GeraisDiretores de ServiçosDiretores de FinançasDiretores de AlfândegasChefes de Equipas MultidisciplinaresChefes dos Serviços de FinançasCoordenadores das Lojas do Cidadão

Assunto: REGIME DE IVA DE CAIXA

Foi publicado no Diário da República, I.ª série, nº 104, de 30 de maio de 2013, o Decreto-Lei nº 71/2013,

que aprovou o regime de contabilidade de caixa em sede do Imposto Sobre o Valor Acrescentado

(regime de IVA de caixa) e introduziu alterações ao Código do IVA (CIVA), à Lei Geral tributária (LGT) e

ao Decreto-Lei nº 198/2012, de 24 de agosto.

O mesmo diploma revogou os regimes de exigibilidade de caixa aplicáveis às empreitadas e

subempreitadas de obras públicas, às entregas de bens pelos agricultores às cooperativas agrícolas e

ao transporte rodoviário nacional de mercadorias aprovados, respetivamente, pelo Decreto-Lei n.º

204/97, de 9 de agosto, pelo Decreto-Lei n.º 418/99, de 21 de outubro, e pela Lei n.º 15/2009, de 1 de

abril.

Tendo em vista uma adequada interpretação e a aplicação uniforme das disposições do regime de IVA

de caixa e das alterações introduzidas nos referidos diplomas, comunica-se aos Serviços e demais

interessados o seguinte:

I - Regime de contabilidade de caixa

1. Âmbito de aplicação

(artigo 1º do regime)

O regime de contabilidade de caixa, também designado de regime de IVA de caixa, é um regime

simplificado e facultativo de tributação, nos termos do qual a exigibilidade do IVA nas operações

efetuadas pelos sujeitos passivos por ele abrangidos ocorre no momento do recebimento do preço, mas

o direito à dedução do imposto por estes suportado é adiado até ao momento do pagamento aos

respetivos fornecedores.

73

ÁREA DE GESTÃO TRIBUTÁRIA DO IVA - GABINETE DOSUBDIRETOR-GERAL

OfNac/30150/2013/2013 2 / 11

De acordo com o disposto no artigo 1º, podem optar pelo regime os sujeitos passivos de IVA que reúnam

os seguintes requisitos:

i) O volume de negócios do ano civil anterior não exceda o montante de 500 000,00;

ii) Não exerçam exclusivamente uma atividade prevista no artigo 9º e não estejam abrangidos pelo

regime de isenção previsto no artigo 53º, ou pelo regime dos pequenos retalhistas a que se

refere o artigo 60º, todos do CIVA;

iii) Estejam registados para efeitos de IVA há, pelo menos, doze (12) meses;

iv) Tenham a sua situação tributária regularizada e sem quaisquer obrigações declarativas em falta.

O regime aplica-se a todas as transmissões de bens e prestações de serviços efetuadas pelos sujeitos

passivos que reúnam as condições supra referidas, com exceção das seguintes operações:

i) Importação, exportação e atividades conexas;

ii) Transmissões e aquisições intracomunitárias de bens e operações assimiladas;

iii) Prestações intracomunitárias de serviços;

iv) Operações em que o destinatário seja o devedor do imposto.

Ficam, ainda, excluídas do âmbito de aplicação do regime as operações em que os sujeitos passivos

tenham relações especiais, nos termos dos nºs 10 e 12 do artigo 16º do CIVA.

2. Exigibilidade do imposto

(artigo 2º do regime)

Conforme dispõe o nº 1 do artigo 2º do regime, o imposto relativo às operações por ele abrangidas é, por

regra, exigível no momento do recebimento total ou parcial do preço, pelo montante recebido. Esta regra

é aplicada ainda que o recebimento total ou parcial do preço preceda o momento da realização das

transmissões de bens ou das prestações de serviços.

No entanto, quando esteja em causa imposto incluído em faturas relativamente às quais ainda não

ocorreu o recebimento, total ou parcial, a exigibilidade ocorre:

i) No 12.º mês posterior à data da emissão da fatura;

ii) No período de imposto seguinte ao da comunicação da cessação da inscrição no regime nos

termos do artigo 5.º;

iii) No período de imposto correspondente à entrega da declaração de cessação da atividade a que

se refere o artigo 33.º nos casos previstos no artigo 34.º, ambos do CIVA.

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Para uma melhor compreensão das regras de exigibilidade ver o quadro I em anexo ao presente ofício -

circulado.

3. Direito à dedução

(artigo 3º do regime)

3.1 Dedução do imposto pelo sujeito passivo abrangido pelo regime

Os sujeitos passivos apenas podem deduzir o IVA que suportam desde que tenham na sua posse fatura -

recibo ou recibo que comprove o pagamento, emitido nos termos do artigo 6º.

A dedução deve ser efetuada na declaração do período ou do período seguinte àquele em que se tiver

verificado a receção daqueles documentos. No entanto, se decorridos doze meses após a sua emissão,

ou ocorrendo cessação da inscrição no regime, ou cessação de atividade, as faturas ainda não tenham

sido pagas, o imposto nelas contido deve ser deduzido, respetivamente,

i) No período de imposto correspondente ao 12º mês posterior à data de emissão da fatura;

ii) No período de imposto seguinte à comunicação da cessação de inscrição no regime;

iii) No período de imposto em que é entregue a declaração de cessação de atividade.

Relativamente às operações em que a obrigação de liquidação do imposto compete ao adquirente dos

bens e serviços a dedução do imposto ocorre nos termos gerais do Código do IVA.

3.2 Dedução do imposto pelos clientes

Não obstante o princípio estabelecido no nº 1 do artigo 22º do CIVA, que faz coincidir o momento do

exercício do direito à dedução com aquele em que se verifica a exigibilidade do imposto, os adquirentes

de bens e serviços fornecidos ao abrigo do regime de IVA de caixa e que não tenham, eles próprios,

optado por este regime, podem exercer esse direito com base na fatura, emitida nos termos dos artigos

36º ou 40º do CIVA e de acordo com o nº 1 do artigo 6º do regime. A dedução é efetuada na declaração

do período ou do período seguinte àquele em que se tiver verificado a receção da fatura, ainda que esta

não se encontre paga.

Nos demais casos, isto é, quando os adquirentes dos bens e serviços estejam igualmente abrangidos

pelo regime de IVA de caixa, aplicam-se as regras relativas ao exercício do direito à dedução indicadas

no ponto anterior.

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3.3 Regularizações

As regularizações relativas a créditos incobráveis ou de cobrança duvidosa, previstas nos nºs 7 e 8 do

artigo 78º, bem como na alínea b) do nº 2 e no nº 4 do artigo 78º-A, ambos do CIVA, apenas são

aplicáveis às operações efetuadas ao abrigo do regime de IVA de caixa depois de verificada a

exigibilidade nos termos da alínea a) do nº 3 do artigo 2º do regime, ou seja, 12 meses após a emissão

da fatura não paga.

4. Regras relativas à emissão dos documentos de suporte

(artigo 6º do regime)

4.1 Faturas

As faturas, incluindo as faturas simplificadas, relativas às operações abrangidas pelo regime, além dos

requisitos dos artigos 36º e 40º do CIVA, devem ter uma série especial e conter a menção “IVA – regime

de caixa”.

4.2 Recibos

Dado que, em regra, é com base no recibo comprovativo do pagamento que pode ser deduzido o

imposto pelos sujeitos passivos abrangidos pelo regime, é sobre este que recai especial atenção,

devendo o mesmo ser emitido na data do pagamento da fatura ou do pagamento antecipado e obedecer

aos requisitos mencionados no artigo 6º do regime, designadamente, ser datado, numerado

sequencialmente e conter os elementos necessários à determinação do valor da operação, ou seja, o

preço líquido de imposto, a taxa ou taxas aplicáveis, o montante de imposto liquidado, os números de

identificação fiscal do emitente e do adquirente e, ainda, a referência à fatura ou faturas a que respeita o

pagamento.

Como medida de controlo do imposto, os recibos processados pelos sujeitos passivos abrangidos pelo

regime ou pelos seus fornecedores, devem ser emitidos e comunicados, nos termos previstos para a

comunicação das faturas, ao abrigo do artigo 3º do Decreto–Lei nº 198/2012, de 24 de agosto, com as

necessárias adaptações.

4.3 Documento retificativo

Sempre que ocorra qualquer uma das situações previstas no nº 3 do artigo 2º do regime – a exigibilidade

ocorra no 12º mês após a data da emissão da fatura; no período seguinte à comunicação da cessação

de inscrição no regime; ou no período de imposto em que é entregue a declaração de cessação de

atividade – os sujeitos passivos devem emitir um documento retificativo da fatura, nos termos do nº 6 do

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artigo 36º do CIVA, nele indicando que o regime de IVA de caixa deixou de ser aplicável à operação

correspondente.

5. Obrigação de registo das operações

(artigo 7º do regime)

Tendo em vista o controlo eficaz do imposto e de modo a cumprir as exigências do artigo 44º do CIVA,

os sujeitos passivos devem, nos termos do artigo 7º do regime, efetuar um registo separado das

operações que efetuam ao abrigo do mesmo, bem como das aquisições de bens e serviços, de modo a

que possa ser apurado o montante do imposto, a data da exigibilidade e a data dos pagamentos

efetuados aos seus fornecedores.

6. Opção pelo regime

6.1 Regime geral

(artigo 4º do regime)

Podem optar pelas regras especiais de exigibilidade os sujeitos passivos que reúnam as condições do

artigo 1º do regime, mediante comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) por via eletrónica

no Portal das Finanças, até 31 de outubro de cada ano, a qual produz efeitos a partir de janeiro do ano

seguinte.

Uma vez exercida a opção, é obrigatória a permanência no regime durante um período mínimo de dois

anos civis consecutivos, findos os quais, caso desejem voltar a aplicar as regras gerais de exigibilidade,

os sujeitos passivos devem disso informar a AT, igualmente por via eletrónica. Esta comunicação pode

ser feita a todo o tempo e produz efeitos no período de imposto seguinte, ficando os sujeitos passivos

obrigados a aplicar as regras gerais de exigibilidade durante um período mínimo de dois anos civis

consecutivos.

O quadro II, anexo ao presente ofício-circulado, contém uma síntese dos procedimentos relativos à

opção pelo regime.

6.2 Regime transitório

(artigo 6º do Decreto-lei nº 71/2013, de 30 de maio)

Face às regras enunciadas no ponto anterior, dado que o regime entra em vigor em 1 de outubro de

2013, foi estabelecido o prazo limite de 30 de setembro para o exercício da opção, aplicável aos sujeitos

passivos que à data da publicação do referido decreto-lei reúnam as condições e pretendam optar pelo

regime. A opção, tal como nas demais situações previstas no regime, é feita mediante comunicação à

AT, por via eletrónica no Portal das Finanças e produz efeitos a partir de 1 de outubro de 2013.

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7. Cessação do regime

(artigo 5º do regime)

A cessação do regime pode ocorrer por iniciativa do sujeito passivo ou oficiosamente por iniciativa da

AT.

No primeiro caso, quando atinja um volume de negócios superior a 500.000,00 ou passe a efetuar

exclusivamente as operações indicadas no nº 2 do artigo 1º do regime, o sujeito passivo deve comunicar

esse facto à AT, por via eletrónica, assim que ele ocorra. A cessação produz efeitos no período de

imposto seguinte ao da comunicação.

No segundo caso, sempre que se verifique que determinado sujeito passivo exerce exclusivamente

atividades previstas no artigo 9º, está abrangido pelo regime de isenção previsto no artigo 53º, ou pelo

regime dos pequenos retalhistas a que se refere o artigo 60º, todos do CIVA, ou não tem a sua situação

tributária regularizada, a AT pode declarar oficiosamente a sua cessação do regime, com efeitos

imediatos.

A cessação oficiosa pode, ainda, ocorrer caso a AT disponha de fundados indícios de que o sujeito

passivo utilizou o regime de forma indevida ou fraudulenta.

O quadro III, anexo a este ofício-circulado, inclui uma síntese das situações em que pode ocorrer a

cessação do regime.

II – Revogação dos regimes especiais de caixa

(artigos 6º e 7º do Decreto-lei nº 71/2013, de 30 de maio)

Com a aprovação do regime de IVA de caixa são revogados os regimes de exigibilidade de caixa

aplicáveis às empreitadas e subempreitadas de obras públicas, às entregas de bens pelos agricultores

às cooperativas agrícolas e ao transporte rodoviário nacional de mercadorias aprovados,

respetivamente, pelo Decreto-Lei n.º 204/97, de 9 de agosto, pelo Decreto-Lei n.º 418/99, de 21 de

outubro e pela Lei n.º 15/2009, de 1 abril.

1. Opção pelo novo regime

Os sujeitos passivos que se encontravam abrangidos pelos regimes especiais de exigibilidade

revogados, podem exercer a opção pelo regime desde que reúnam as condições exigidas, mediante

comunicação por via eletrónica à AT, até 30 de setembro de 2013, passando a aplicar o novo regime a

partir de 1 de outubro de 2013.

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2. Faturas que transitam dos regimes revogados

Caso os sujeitos passivos abrangidos pelos regimes de exigibilidade revogados optem pelo novo regime,

as faturas que transitam do regime anterior, e que ainda não se encontrem pagas, ficam abrangidas

pelas regras do regime de IVA de caixa, o que significa que o imposto nelas liquidado é exigível no

momento do respetivo pagamento ou, caso o pagamento não tenha ocorrido em data anterior, o mais

tardar no 12º mês posterior à entrada em vigor do novo regime (1 de outubro de 2013).

O quadro IV, anexo ao presente ofício-circulado, inclui exemplos relativos às faturas transitadas dos

regimes revogados.

3. Regularização em caso de não opção pelo novo regime

Os sujeitos passivos que em 30 de maio de 2013 se encontravam abrangidos pelos regimes especiais

de exigibilidade revogados e não optem pelo regime de IVA de caixa passam a aplicar as regras gerais

de exigibilidade a partir de 1 de outubro de 2013. Consequentemente, devem proceder à entrega do

imposto liquidado em faturas por eles emitidas, e ainda não pagas pelos seus clientes, na declaração

periódica do mês de outubro ou do 4º trimestre de 2013, consoante a periodicidade de envio da

declaração periódica seja mensal ou trimestral.

III – Alterações legislativas

1. Alteração ao Código do IVA

1.1 Artigo 8º, nº 1

Com a nova redação passa a fazer-se referência ao regime de IVA de caixa, o qual derroga, quando

aplicável, as regras de exigibilidade contidas nos artigos 7º e 8º do CIVA.

1.2 Artigo 19º, nº 2, alínea c)

Os sujeitos passivos que optem pelo regime apenas podem deduzir o imposto que suportam desde que

o mesmo esteja pago e tenham na sua posse o recibo comprovativo do pagamento. Com esta alteração

ficam estabelecidas as condições formais para o exercício do direito à dedução por estes sujeitos

passivos

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2. Alteração à Lei Geral Tributária

Foi alterado o artigo 63º-B, nº 1, alínea d), da Lei Geral Tributária (LGT), prevendo que a AT possa

aceder a informações ou documentos bancários dos sujeitos passivos que tenham optado pelo regime

de IVA de caixa, sem necessidade de prévio consentimento destes últimos.

3. Alteração ao Decreto-Lei nº 198/2012, de 24 de agosto

Artigo 1º, nº 2

Cria a obrigatoriedade de comunicação à AT dos recibos comprovativos do pagamento emitidos pelos

sujeitos passivos abrangidos pelo regime e, ainda, dos recibos comprovativos do pagamento emitidos

pelos seus fornecedores.

Artigo 3º, nº 4

É aditada a alínea k) indicando como elemento relativo à fatura emitida pelos sujeitos passivos que

apliquem o regime, a menção “IVA - regime de caixa”,em conformidade com o previsto no artigo 6º deste

regime.

IV – Comunicação da opção pelo regime por via eletrónica

Para o exercício da opção pelo regime de IVA de caixa, foi criada uma funcionalidade específica no

Portal das Finanças, cujo acesso pode ser efetuado pelos sujeitos passivos ou pelos seus técnicos

oficiais de contas. No caso de entidades com contabilidade organizada, a opção tem de ser exercida,

obrigatoriamente, pelos respetivos TOC´s.

Assim, após autenticação no Portal das Finanças, dos utilizadores como Cidadãos, Empresas ou TOC,

deve aceder-se às seguintes opções:

Serviços /Entregar/Pedido/Opção de Regime de IVA de caixa / Adesão

O pedido de adesão será validado pela AT, que informará, posteriormente, os sujeitos passivos, da

aceitação da opção ou da sua recusa, caso não estejam reunidas as condições previstas no artigo 1º do

regime de IVA de caixa.

A comunicação da cessação do regime, de acordo com o previsto no nº 3 do artigo 4º (opção pela

aplicação das regras gerais de exigibilidade do IVA) ou alíneas a) e b) do nº 1 do artigo 5 (volume de

negócios superior a 500. 000,00 ou prática exclusiva de operações excluídas pelo nº 2 do artigo 1 do

regime), será efetuada, pelos sujeitos passivos ou pelos seus técnicos oficiais de contas, nos mesmos

termos que a adesão ao regime, acedendo à opção:

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Serviços /Entregar/Pedido/Opção de Regime de IVA de caixa / Exclusão

Os comprovativos de qualquer uma das acões (opção ou exclusão), referidas anteriormente, podem ser

obtidos no Portal das Finanças, através da opção:

Obter/ Comprovativos/Opção de Regime de IVA de caixa

V – Produção de efeitos

Face ao disposto no artigo 8º do Decreto-Lei nº 71/2013, de 30 de maio, o regime de IVA de caixa entra

em vigor em 1 de outubro de 2013.

Com os melhores cumprimentos,

O Subdiretor-Geral

Miguel Silva Pinto

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Quadro I

Regras de exigibilidade respeitantes às

operações abrangidas pelo regime – artigo 2º do regime

Regra geral – data

do recebimento dopreço (nºs 1 e 2)

Exceções (nº 3 )

12º mês após datade emissão dafatura - al. a)

Cessação doregime - al. b)

Cessação deatividade - al. c)

Data do recebimento

do preço, total ou

parcial, ainda que

esse recebimento

seja anterior à

realização das

operações

tributáveis

No período de

imposto em que o

prazo de 12 meses

termina

Exemplo:

Fatura emitida em

15.11.2013, prazo

de 12 meses termina

em 15.11.2014

Exigibilidade – mês

de novembro 2014

ou,

4º trimestre 2014

No período seguinte

à comunicação da

cessação de

inscrição no regime

Exemplo:

Comunicação em

06.11.2014

Exigibilidade – Mês

de dezembro de

2014 ou,

1º trimestre de 2015

No período de imposto

em que é entregue a

declaração de

cessação de atividade

Exemplo:

Declaração de

cessação entregue em

20 dezembro de 2014

Exigibilidade – Mês

de dezembro de 2014

ou,

4º trimestre de 2014

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Quadro II

Opção pelo regime – artigo 4º do regime

Prazo Produção de efeitos Permanênciano regime

Saídado regime

Até 31 deoutubro de cada

ano

1 de janeiro do anoseguinte

Mínimo 2 (dois) anos

A todo o tempo, apóspermanência de períodomínimo, com efeitos no

período de impostoseguinte ao dacomunicação

Quadro III

Cessação do regime – artigo 5º do regime

Por deixarem de reunir as condições Por iniciativa dos serviços

Prazo Produção de efeitos Prazo Produção de efeitos

Quando se verifiquequalquer dos factosprevistos no nº 1 do

artigo 5º

Período de impostoseguinte ao dacomunicação

Quando se verifiquequalquer das situações

previstas no nº 2 doartigo 5º

Imediata

Quadro IV

Faturas transitadas dos regimes revogados – artigo 6º, nº 2 do

Decreto-lei nº 71/2013, de 30 de maio

Data da fatura Pagamento Exigibilidade

julho 2013

agosto 2013

agosto 2013

outubro 2013

dezembro 2013

-

outubro 2013

dezembro 2013

outubro 2014

83

OFÍCIO CIRCULADO N.º 30149/20132013-07-26

84

Classificação: 020 .01 .10

Seg.: P úb l i ca

Proc.: 2013003778

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Av. João XXI, 76 - 9º, Apartado 8290 – 1049-065 LISBOA Tel: (+351) 21 761 09 51 Fax: (+351) 21 793 65 28

Email: [email protected] www.portaldasfinancas.gov.pt Centro de Atendimento Telefónico: (+351) 707 206 707

MO

D.0

52.0

1

Of.Circulado N.º: 30149/2013 2013-07-26

Entrada Geral:

N.º Identificação Fiscal (NIF):

Sua Ref.ª:

Técnico:

Exmos. SenhoresSubdiretores-GeraisDiretores de ServiçosDiretores de FinançasDiretores de AlfândegasChefes de Equipas MultidisciplinaresChefes dos Serviços de FinançasCoordenadores das lojas do Cidadão

Assunto: IVA - LEI N.º 51/2013, DE 24 DE JULHO. ALTERAÇÃO AO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA2013.

Foi publicada no Diário da República, I.ª Sér ie, n.º 141, de 24 de julho de 2013, a Lei n.º 51/2013, que

procede à primeira alteração à Lei n.º 66-B/2012,de 31 de dezembro (Orçamento do Estado para 2013),

tendo introduzido alterações ao Código do IVA (CIVA), cuja entrada em vigor ocorre no dia seguinte à

sua publicação.

Tendo em vista a clarificação das alterações introduzidas, procede-se à sua divulgação.

Alterações ao Código do IVA

1. Artigo 29º, n.º 20

É aditado ao artigo 29.º o n.º 20, com a seguinte redação:

“20 – A obrigação referida na alínea b) do n.º 1 pode ser cumprida mediante a emissão de outros

documentos pelas pessoas coletivas de direito público, organismos sem finalidade lucrativa e

instituições particulares de solidariedade social, relativamente às transmissões de bens e

prestações de serviços isentas ao abrigo do artigo 9.”

Com este aditamento, os organismos sem finalidade lucrativa, as IPSS, bem como as pessoas coletivas

de direito público, podem, relativamente às transmissões de bens e prestações de serviços isentas ao

abrigo do artigo 9.º do CIVA, cumprir a obrigação de faturação a que se refere a alínea b) do n.º 1 do

artigo 29.º mediante a emissão de outros documentos, diferentes da fatura, mantendo-se, para as

restantes operações, a obrigação prevista nesta norma legal.

2. Artigo 40.º, n.º 2, alínea e)

É aditado ao artigo 40.º, n.º 2, a alínea e), com a seguinte redação:

“e) O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso.”

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2 / 3

Passa, com este aditamento, a ser possível a emissão de faturas simplificadas para titular operações em

que não ocorre a liquidação do imposto (por exemplo, operações isentas ao abrigo dos artigos 9.º ou

53.º e operações efetuadas nos termos do regime especial dos pequenos retalhistas previsto no artigo

60.º, todos do CIVA), devendo, nestes casos, a fatura conter o motivo justificativo da não aplicação do

imposto.

3. Artigo 57.º

O artigo 57.º passa a ter a seguinte redação:

“[…]

As faturas emitidas pelos sujeitos passivos referidos no artigo 53.º no exercício da sua atividade

devem sempre conter a menção «IVA – regime de isenção».”

Este artigo é alterado em função da obrigação genérica de faturação instituída para os sujeitos passivos

do regime especial de isenção do artigo 53.º, estabelecida no artigo 58.º. Muito embora a norma legal

explicite a expressão a inserir na fatura, aceita-se que a menção possa ser «IVA – regime de isenção –

artigo 53.º».

4. Artigo 58.º, n.º 1

O artigo 58.º passa a ter a seguinte redação:

“Obrigações de faturação, declarativas e período em que passa a ser devido o imposto

1 – Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, os sujeitos passivos isentos nos termos do

artigo 53.º devem cumprir o disposto nas alíneas b) e i) do n.º 1 do artigo 29.º e nos artigos 31.º,32.º e 33.º

2 - …

3 - …

4 - …

5 - …

6 - …”

Com esta alteração é instituída a obrigação genérica de faturação para os sujeitos passivos

enquadrados no regime especial de isenção do artigo 53.º.

Permanecem, assim, dispensados da obrigação de faturação, os sujeitos passivos que realizem

exclusivamente operações isentas nos termos do artigo 9.º, por força do disposto no n.º 3 do artigo 29.º,

ambos do CIVA.

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É revogado o ponto 2.3 do ofício-circulado n.º 30136, de 2012.11.19, da Direção de Serviços do IVA.

Em conformidade com as presentes instruções, o ponto 9.2 do citado ofício-circulado passa a ter a

seguinte redação:

“9.2 A fatura simplificada deve conter os seguintes elementos:

— O nome ou denominação social e número de identificação fiscal do fornecedor dos bens

ou prestador dos serviços;

— A quantidade e a denominação usual dos bens transmitidos ou dos serviços prestados;

— O preço, líquido de imposto, a taxa ou as taxas aplicáveis e o montante do imposto devido

ou, o preço com a inclusão do imposto e a taxa ou as taxas aplicáveis;

— O número de identificação fiscal do adquirente ou destinatário, quando este seja sujeito

passivo do imposto,

— O motivo justificativo da não aplicação do imposto, se for caso disso.

A fatura simplificada deve conter, ainda, o número de identificação fiscal do adquirente ou

destinatário que não seja sujeito passivo do imposto, quando este o solicite.

Em consequência, a fatura simplificada não contempla a possibilidade de indicação do nome e

morada do destinatário dos bens ou serviços nem da data em que os bens foram colocados à

disposição do adquirente, ou os serviços foram realizados, quando essa data não coincide com a

da respetiva emissão. As faturas que titulem operações relativamente às quais se verifiquem estas

circunstâncias, devem ser emitidas nos termos do artigo 36.º do CIVA.”

Com os melhores cumprimentos.

O Subdiretor-Geral,

Miguel Silva Pinto

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