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Legislação do condomínio Direitos e Deveres Legislação complementar consolidada Regime jurídico da propriedade horizontal Julgados de paz — organização, competência e funcionamento atualizada pela Lei n.º 54/2013, de 31 de julho Jurisprudência

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Legislação

do condomínio

Direitos e Deveres

Legislação complementar consolidada

Regime jurídico da propriedade

horizontal

Julgados de paz — organização,

competência e funcionamento

atualizada pela Lei n.º 54/2013, de 31 de julho

Jurisprudência

PARTE I — CONDOMÍNIO: LEGISLAÇÃO CONSOLIDADA 23

Regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios 23

Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º Objeto 25

Artigo 2.º Definições 26

Artigo 3.º Âmbito 27

Artigo 4.º Princípios gerais 28

Artigo 5.º Competência 28

Artigo 6.º Responsabilidade no caso de edifícios ou recintos 29

Artigo 7.º Responsabilidade pelas condições exteriores de SCIE 29

CAPÍTULO II

CARACTERIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS E RECINTOS

Artigo 8.º Utilizações-tipo de edifícios e recintos 30

Artigo 9.º Produtos de construção 32

Artigo 10.º Classificação dos locais de risco 33

Artigo 11.º Restrições do uso em locais de risco 36

Artigo 12.º Categorias e fatores do risco 36

Artigo 13.º Classificação do risco 37

Artigo 14.º Perigosidade atípica 38

CAPÍTULO III

CONDIÇÕES DE SCIE

Artigo 15.º Condições técnicas de SCIE 38

Artigo 16.º Projetos e planos de SCIE 38

Artigo 17.º Operações urbanísticas 39

Artigo 17.º -A Apresentação dos projetos das especialidades 40

Artigo 18.º Utilização dos edifícios 40

Artigo 19.º Inspeções 40

Artigo 20.º Delegado de segurança 41

Artigo 21.º Medidas de autoproteção 41

Artigo 22.º Implementação das medidas de autoproteção 42

Artigo 23.º Comércio e instalação de equipamentos em SCIE 42

Artigo 24.º Fiscalização 42

CAPÍTULO IV

PROCESSO CONTRAORDENACIONAL

Artigo 25.º Contraordenações e coimas 43

Artigo 26.º Sanções acessórias 46

Artigo 27.º Instrução e decisão dos processos sancionatórios 47

Artigo 28.º Destino do produto das coimas 47

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 29.º Taxas 47

Artigo 30.º Credenciação 48

Artigo 31.º Incompatibilidades 48

Artigo 32.º Sistema informático 48

Artigo 33.º Publicidade 49

Artigo 34.º Norma transitória 49

Artigo 35.º Comissão de acompanhamento 49

Artigo 36.º Norma revogatória 50

Artigo 37.º Regiões Autónomas 50

Artigo 38.º Entrada em vigor 51

ANEXO I 53

ANEXO II 55

ANEXO III 61

ANEXO IV 65

Artigo 1.º Projeto da especialidade de SCIE 65

Artigo 2.º Conteúdo da memória descritiva e justificativa de SCIE 65

Artigo 3.º Conteúdo das peças desenhadas de SCIE 68

ANEXO V 69

Artigo 1.º Elaboração das fichas de segurança 69

Artigo 2.º Elementos técnicos 69

ANEXO VI 71

Regulamento Geral do Ruído 73

Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro

Artigo 1.º Aprovação do Regulamento Geral do Ruído 74

Artigo 2.º Alteração ao Decreto-Lei n.º 310/2002, de 18 de dezembro 74

Artigo 3.º Alteração à Portaria n.º 138/2005, de 2 de fevereiro 75

Artigo 4.º Regime transitório 76

Artigo 5.º Norma revogatória 76

Artigo 6.º Regiões Autónomas 76

Artigo 7.º Entrada em vigor 76

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º Objeto 77

Artigo 2.º Âmbito 77

Artigo 3.º Definições 78

Artigo 4.º Princípios fundamentais 80

Artigo 5.º Informação e apoio técnico 81

CAPÍTULO II

PLANEAMENTO MUNICIPAL

Artigo 6.º Planos municipais de ordenamento do território 81

Artigo 7.º Mapas de ruído 82

Artigo 8.º Planos municipais de redução de ruído 82

Artigo 9.º Conteúdo dos planos municipais de redução de ruído 83

Artigo 10.º Relatório sobre o ambiente acústico 83

CAPÍTULO III

REGULAÇÃO DA PRODUÇÃO DE RUÍDO

Artigo 11.º Valores limite de exposição 83

Artigo 12.º Controlo prévio das operações urbanísticas 85

Artigo 13.º Atividades ruidosas permanentes 86

Artigo 14.º Atividades ruidosas temporárias 87

Artigo 15.º Licença especial de ruído 87

Artigo 16.º Obras no interior de edifícios 88

Artigo 17.º Trabalhos ou obras urgentes 88

Artigo 18.º Suspensão da atividade ruidosa 89

Artigo 19.º Infraestruturas de transporte 89

Artigo 20.º Funcionamento de infraestruturas de transporte aéreo 90

Artigo 21.º Outras fontes de ruído 90

Artigo 22.º Veículos rodoviários a motor 91

Artigo 23.º Sistemas sonoros de alarme instalados em veículos 91

Artigo 24.º Ruído de vizinhança 91

Artigo 25.º Caução 91

CAPÍTULO IV

FISCALIZAÇÃO E REGIME CONTRAORDENACIONAL

Artigo 26.º Fiscalização 92

Artigo 27.º Medidas cautelares 92

Artigo 28.º Sanções 93

Artigo 29.º Apreensão cautelar e sanções acessórias 94

Artigo 30.º Processamento e aplicação de coimas 94

CAPÍTULO V

OUTROS REGIMES E DISPOSIÇÕES

DE CARÁTER TÉCNICO

Artigo 31.º Outros regimes 94

Artigo 32.º Normas técnicas 95

Artigo 33.º Controlo metrológico de instrumentos 95

Artigo 34.º Entidades acreditadas 95

ANEXO I 97

ANEXO II 99

Modelo da ficha técnica da habitação 101

Portaria n.º 817/2004, de 16 de julho

ANEXO 103

Regime de manutenção e inspeção de ascensores e outros meios

de elevação 105

Decreto-Lei n.º 320/2002, de 28 de dezembro

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º Objeto e âmbito 106

Artigo 2.º Definições 107

CAPÍTULO II

MANUTENÇÃO

Artigo 3.º Obrigação de manutenção 107

Artigo 4.º Contrato de manutenção 108

Artigo 5.º Tipos de contrato de manutenção 108

Artigo 6.º Atividade de manutenção 109

CAPÍTULO III

INSPEÇÃO

Artigo 7.º Competências das câmaras municipais 109

Artigo 8.º Realização das inspeções 110Artigo 9.º Acidentes 110Artigo 10.º Entidades inspetoras 111Artigo 11.º Selagem das instalações 111Artigo 12.º Presença de um técnico de manutenção 111

CAPÍTULO IV

SANÇÕES

Artigo 13.º Contraordenações 112Artigo 14.º Instrução do processo e aplicação das coimas e sanções acessórias 112Artigo 15.º Distribuição do produto das coimas 113

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Artigo 16.º Entidades conservadoras e associações inspetoras de elevadores 113

Artigo 17.º Ascensores com cabina sem porta ou sem controlo de carga 113Artigo 18.º Ascensores de estaleiro 114Artigo 19.º Regime transitório 114

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 20.º Substituição das instalações 115Artigo 21.º Certificação das EMA 115Artigo 22.º Procedimentos de controlo 115Artigo 23.º Disponibilização de elementos 116Artigo 24.º Obras em ascensores 116Artigo 25.º Taxas 116Artigo 26.º Fiscalização 116Artigo 27.º Norma revogatória 117Artigo 28.º Aplicação nas Regiões Autónomas 117Artigo 29.º Entrada em vigor 117

ANEXO I 119

ANEXO II 123

ANEXO III 125

ANEXO IV 127

ANEXO V 129

Regulamento dos Requisitos Acústicos dos Edifícios 131

Decreto-Lei n.º 129/2002, de 11 de maio

Artigo 1.º Aprovação 132

Artigo 2.º Regiões Autónomas 132

Artigo 3.º Regime transitório 132

Artigo 4.º Entrada em vigor 133

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º Objeto e âmbito de aplicação 135

Artigo 2.º Definições 135

Artigo 3.º Responsabilidade 136

Artigo 4.º Acompanhamento da aplicação e apoio técnico 137

CAPÍTULO II

REQUISITOS ACÚSTICOS DOS EDIFÍCIOS

Artigo 5.º Edifícios habitacionais e mistos, e unidades hoteleiras 138

Artigo 6.º Edifícios comerciais e de serviços, e partes similares em edifícios industriais 140

Artigo 7.º Edifícios escolares e similares, e de investigação 142

Artigo 8.º Edifícios hospitalares e similares 143

Artigo 9.º Recintos desportivos 145

Artigo 10.º Estações de transporte de passageiros 145

Artigo 10.º -A Auditórios e salas 146

CAPÍTULO III

FISCALIZAÇÃO E SANÇÕES

Artigo 11.º Fiscalização 148

Artigo 12.º Classificação das contraordenações 148

Artigo 13.º Sanções acessórias 148

Artigo 14.º Instrução dos processos e aplicação das coimas 149

Artigo 15.º Produto das coimas 149

ANEXO 151

Julgados de paz — Organização, competência e funcionamento 153

Lei n.º 78/2001, de 13 de julho

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º Âmbito 153

Artigo 2.º Princípios gerais 153

Artigo 3.º Criação e instalação 154

Artigo 4.º Circunscrição territorial e sede 154

Artigo 5.º Custas 154

CAPÍTULO II

COMPETÊNCIA

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 6.º Da competência em razão do objeto 155

Artigo 7.º Conhecimento da incompetência 155

SECÇÃO II

DA COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO VALOR, DA MATÉRIA E DO TERRITÓRIO

Artigo 8.º Em razão do valor 155

Artigo 9.º Em razão da matéria 155

Artigo 10.º Competência em razão do território 156

Artigo 11.º Foro da situação dos bens 157

Artigo 12.º Local do cumprimento da obrigação 157

Artigo 13.º Regra geral 157

Artigo 14.º Regra geral para pessoas coletivas 157

CAPÍTULO III

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

DOS JULGADOS DE PAZ

Artigo 15.º Das secções 158

Artigo 16.º Serviço de mediação 158

Artigo 17.º Atendimento e apoio administrativo 158

Artigo 18.º Uso de meios informáticos 159

Artigo 19.º Pessoal 159

Artigo 20.º Modalidade e horário de funcionamento 159

CAPÍTULO IV

DOS JUÍZES DE PAZ E DOS MEDIADORES

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 21.º Impedimentos e suspeições 159

Artigo 22.º Dever de sigilo 159

SECÇÃO II

JUÍZES DE PAZ

Artigo 23.º Requisitos 160

Artigo 24.º Recrutamento e seleção 160

Artigo 25.º Provimento e nomeação 161

Artigo 26.º Funções 161

Artigo 27.º Incompatibilidades 161

Artigo 28.º Remuneração 162

Artigo 29.º Disposições subsidiárias 162

SECÇÃO III

DOS MEDIADORES

Artigo 30.º Mediadores 162

Artigo 31.º Requisitos 162

Artigo 32.º Seleção e reconhecimento de qualificações de mediadores 163

Artigo 33.º Listas de mediadores 163

Artigo 34.º Regime 164

Artigo 35.º Da mediação e funções do mediador 164

Artigo 36.º Remuneração do mediador 164

CAPÍTULO V

DAS PARTES E SUA REPRESENTAÇÃO

Artigo 37.º Das partes 164

Artigo 38.º Representação 165

Artigo 39.º Litisconsórcio e coligação 165

Artigo 40.º Apoio judiciário 165

CAPÍTULO VI

DO PROCESSO

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 41.º Incidentes 165

Artigo 41.º-A Procedimentos cautelares 166

Artigo 42.º Distribuição dos processos 166

SECÇÃO II

DO REQUERIMENTO INICIAL E DA CONTESTAÇÃO

Artigo 43.º Apresentação do requerimento 166

Artigo 44.º Limitações à apresentação do pedido 167

Artigo 45.º Citação do demandado 167

Artigo 46.º Formas de citação e notificação 167

Artigo 47.º Contestação 167

Artigo 48.º Reconvenção 167

SECÇÃO III

DA PRÉ-MEDIAÇÃO E DA MEDIAÇÃO

Artigo 49.º Pré-mediação 168

Artigo 50.º Objetivos da pré-mediação 168

Artigo 51.º Marcação da mediação 168

Artigo 52.º Confidencialidade 169

Artigo 53.º Mediação 169

Artigo 54.º Falta de comparência à pré-mediação ou à mediação 169

Artigo 55.º Desistência 169

Artigo 56.º Acordo 170

SECÇÃO IV

DO JULGAMENTO

Artigo 57.º Audiência de julgamento 170

Artigo 58.º Efeitos das faltas 170

Artigo 59.º Meios probatórios 171

Artigo 60.º Sentença 171

Artigo 61.º Valor da sentença 171

SECÇÃO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 62.º Recursos 172

Artigo 63.º Direito subsidiário 172

CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 64.º Rede dos julgados de paz 172

Artigo 65.º Conselho dos Julgados de Paz 173

Artigo 66.º Desenvolvimento do projeto 174

Artigo 67.º Processos pendentes 174

Artigo 68.º Entrada em vigor 174

Reajusta o programa de apoio financeiro criado pelo Decreto-Lei

n.º 7/99, de 8 de janeiro, designado SOLARH 175

Decreto-Lei n.º 39/2001, de 9 de fevereiro

Artigo 1.º Âmbito 176

Artigo 2.º Conceitos 176

Artigo 3.º Limites de rendimento 177

Artigo 4.º Condições de acesso 178

Artigo 5.º Instrução das candidaturas 178

Artigo 6.º Apreciação das candidaturas 180

Artigo 7.º Elegibilidade das candidaturas 181

Artigo 8.º Aprovação dos pedidos 181

Artigo 9.º Limites máximos de custos e duração das obras 181

Artigo 10.º Condições dos empréstimos 181

Artigo 11.º Obras em partes comuns de prédios 182

Artigo 12.º Fim das habitações 183

Artigo 13.º Alteração das condições de apoio financeiro 184

Artigo 14.º Ónus 184

Artigo 15.º Levantamento da inalienabilidade 185

Artigo 16.º Caducidade do ónus de inalienabilidade 186

Artigo 17.º Amortização antecipada e alienação 186

Artigo 18.º Transmissão por morte 186

Artigo 19.º Garantia 187

Artigo 20.º Financiamento 187

Artigo 21.º Emolumentos 187

Artigo 22.º Herança vaga 187

Artigo 23.º Confirmação de elementos 188

Artigo 24.º Falsas declarações 188

Artigo 25.º Norma revogatória 188

Artigo 26.º Entrada em vigor e aplicação 188

Regime Especial de Comparticipação e Financiamento na Recuperação

de Prédios Urbanos em Regime de Propriedade Horizontal,

abreviadamente designado por RECRIPH 189

Decreto-Lei n.º 106/96, de 31 de julho

Artigo 1.º Objeto 190

Artigo 2.º Beneficiários 190

Artigo 3.º Obras comparticipáveis e financiáveis 191

Artigo 4.º Regime de comparticipação e financiamento 191

Artigo 5.º Valor das comparticipações 192

Artigo 6.º Instrução do pedido de comparticipação 192

Artigo 7.º Instrução do pedido de financiamento 193

Artigo 8.º Apresentação do pedido de comparticipação 193

Artigo 9.º Concretização da comparticipação 194

Artigo 10.º Início e conclusão das obras 194

Artigo 11.º Representação 194

Regime da Conta Poupança-Condomínio 195

Decreto-Lei n.º 269/94, de 25 de outubro

Artigo 1.º 196

Artigo 2.º 196

Artigo 3.º 196

Artigo 4.º 196

Artigo 5.º 197

Artigo 6.º 197

Artigo 7.º 197

Artigo 8.º 198

Artigo 9.º 198

Regime Jurídico da Propriedade Horizontal 199

Decreto-Lei n.º 268/94, de 25 de outubro

Artigo 1.º Deliberações da assembleia de condóminos 199

Artigo 2.º Documentos e notificações relativos ao condomínio 200

Artigo 3.º Informação 200

Artigo 4.º Fundo comum de reserva 200

Artigo 5.º Atualização do seguro 200

Artigo 6.º Dívidas por encargos de condomínio 201

Artigo 7.º Falta ou impedimento do administrador 201

Artigo 8.º Publicitação das regras de segurança 201

Artigo 9.º Dever de informação a terceiros 201

Artigo 10.º Obrigação de constituição da propriedade horizontal e de obtenção da licença de utilização 201

Artigo 11.º Obras 202

Artigo 12.º Direito transitório 202

Regime de licenciamento de obras particulares 203

Decreto-Lei n.º 445/91, de 20 de novembro

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.º Objeto de licenciamento 204

Artigo 2.º Competência 205

Artigo 3.º Dispensa de licenciamento municipal 205

Artigo 4.º Processo de licenciamento 206

Artigo 5.º Certificado de conformidade do projeto 207

Artigo 6.º Termo de responsabilidade 208

Artigo 7.º Direito à informação 208

Artigo 8.º Publicitação dos pedidos de licenciamento de obras 209

Artigo 9.º Publicitação do alvará de licença de construção 209

CAPÍTULO II

PROCESSO DE LICENCIAMENTO

SECÇÃO I

EM ÁREA ABRANGIDA POR PLANO DE PORMENOR OU ALVARÁ

DE LOTEAMENTO

SUBSECÇÃO I

DO PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

Artigo 10.º Requerimento 210

Artigo 11.º Instrução do processo 210

Artigo 12.º Deliberação final 210

Artigo 13.º Validade 211

SUBSECÇÃO II

DO PEDIDO DE LICENCIAMENTO

Artigo 14.º Requerimento 211

Artigo 15.º Instrução do processo 212

Artigo 16.º Saneamento e apreciação liminar 212

Artigo 17.º Apreciação do projeto de arquitetura 213

Artigo 17.º-A Apresentação dos projetos das especialidades 214

Artigo 18.º Escavações 214

Artigo 19.º Consultas no âmbito dos projetos das especialidades 215

Artigo 20.º Licença de construção 216

Artigo 21.º Alvará de licença de construção 217

Artigo 22.º Especificações do alvará de licença de construção 217

Artigo 23.º Caducidade da licença de construção 218

Artigo 24.º Fiscalização da obra 219

Artigo 25.º Livro de obra 219

Artigo 26.º Licença e alvará de utilização 220

Artigo 27.º Vistoria 221

Artigo 28.º Especificações do alvará de licença de utilização 223

Artigo 29.º Alterações durante a execução da obra 223

Artigo 30.º Alteração ao uso fixado na licença de utilização 224

SECÇÃO II

EM ÁREA ABRANGIDA POR PLANO DE URBANIZAÇÃO

SUBSECÇÃO I

DO PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

Artigo 31.º Disposições aplicáveis 224

Artigo 32.º Consultas no âmbito do pedido de informação prévia 225

Artigo 33.º Deliberação final 225

SUBSECÇÃO II

DO PEDIDO DE LICENCIAMENTO

Artigo 34.º Disposições aplicáveis 225

Artigo 35.º Consultas 226

Artigo 36.º Apreciação do projeto de arquitetura 226

SECÇÃO III

EM ÁREA ABRANGIDA POR PLANO DIRETOR MUNICIPAL

SUBSECÇÃO I

DO PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

Artigo 37.º Disposições aplicáveis 227

Artigo 38.º Deliberação final 227

SUBSECÇÃO II

DO PEDIDO DE LICENCIAMENTO

Artigo 39.º Disposições aplicáveis 228

Artigo 40.º Instrução do processo 228

Artigo 41.º Apreciação do projeto de arquitetura 228

SECÇÃO IV

EM ÁREA NÃO ABRANGIDA POR PLANO MUNICIPAL DE ORDENAMENTO

DO TERRITÓRIO OU ALVARÁ DE LOTEAMENTO

SUBSECÇÃO I

DO PEDIDO DE INFORMAÇÃO PRÉVIA

Artigo 42.º Disposições aplicáveis 229

Artigo 43.º Instrução do processo 230

Artigo 44.º Deliberação final 230

SUBSECÇÃO II

DO PEDIDO DE LICENCIAMENTO

Artigo 45.º Disposições aplicáveis 230

Artigo 46.º Instrução do processo 231

Artigo 47.º Apreciação do projeto de arquitetura 231

SECÇÃO V

OBRAS CUJO PROJETO CARECE DE APROVAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL

Artigo 48.º Processo de licenciamento 232

Artigo 49.º Dispensa de autorização prévia de localização 232

Artigo 50.º Licença de funcionamento 232

SECÇÃO VI

LICENCIAMENTO DE OBRAS DE DEMOLIÇÃO

Artigo 50.º -A Demolições 233

CAPÍTULO III

FISCALIZAÇÃO E SANÇÕES

Artigo 51.º Competência para fiscalizar 233

Artigo 52.º Invalidade do licenciamento 233

Artigo 53.º Participação 234

Artigo 54.º Contraordenações 234

Artigo 55.º Sanções acessórias 236

Artigo 56.º Responsabilidade dos funcionários e agentes da Administração Pública 236

Artigo 56.º -A Falsas declarações ou informações dos técnicos e dos autores de projetos 237

Artigo 57.º Embargo 237

Artigo 58.º Demolição da obra e reposição do terreno 238

Artigo 59.º Desrespeito de atos administrativos 239

Artigo 60.º Impedimentos 239

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 61.º Atos tácitos 239

Artigo 61.º -A Promoção das consultas 239

Artigo 62.º Intimação judicial para um comportamento 240

Artigo 63.º Indeferimento 241

Artigo 64.º Recurso hierárquico 242

Artigo 65.º Relação dos instrumentos de planeamento territorial e das servidões administrativas e restrições de utilidade pública 242

Artigo 66.º Relação das disposições legais referentes à construção 243

Artigo 67.º Qualificação dos técnicos 243

Artigo67.º -A Identificação dos técnicos autores dos projetos de arquitetura e do técnico responsável pela direção técnica da obra 244

Artigo 68.º Taxas 244

Artigo 68.º -A Regulamentos municipais 244

Artigo 68.º -B Competência para a verificação do cumprimento do Regulamento de Segurança contra Incêndios em Edifícios de Habitação 245

Artigo 69.º Regime das notificações e comunicações 245

Artigo 70.º Responsabilidade civil 246

Artigo 71.º Elementos estatísticos 246

Artigo 72.º Regime transitório 246

Artigo 73.º Revogação 247

Artigo 73.º -A Edifícios inacabados 247

Artigo 74.º Regiões Autónomas 248

Artigo 75.º Entrada em vigor 248

PARTE II — LEGISLAÇÃO RELEVANTE NOS SEGUINTES DIPLOMAS 249

Código Civil

Decreto-Lei n.º 47 344, de 25 de novembro de 1966

TÍTULO�II�DO�DIREITO�DE�PROPRIEDADE

CAPÍTULO VI

PROPRIEDADE HORIZONTAL

SECÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1414.º Princípio geral 251

Artigo 1415.º Objeto 251

Artigo 1416.º Falta de requisitos legais 251

SECÇÃO II

CONSTITUIÇÃO

Artigo 1417.º Princípio geral 252

Artigo 1418.º Conteúdo do título constitutivo 252

Artigo 1419.º Modificação do título 252

SECÇÃO III

DIREITOS E ENCARGOS DOS CONDÓMINOS

Artigo 1420.º Direitos dos condóminos 253

Artigo 1421.º Partes comuns do prédio 253

Artigo 1422.º Limitações ao exercício dos direitos 254

Artigo 1422.º -A Junção e divisão de frações autónomas 254

Artigo 1423.º Direitos de preferência e de divisão 255

Artigo 1424.º Encargos de conservação e fruição 255

Artigo 1425.º Inovações 255

Artigo 1426.º Encargos com as inovações 256

Artigo 1427.º Reparações indispensáveis e urgentes 257

Artigo 1428.º Destruição do edifício 257

Artigo 1429.º Seguro obrigatório 257

Artigo 1429.º -A Regulamento do condomínio 257

SECÇÃO IV

ADMINISTRAÇÃO DAS PARTES COMUNS DO EDIFÍCIO

Artigo 1430.º Órgãos administrativos 258

Artigo 1431.º Assembleia dos condóminos 258

Artigo 1432.º Convocação e funcionamento da assembleia 258

Artigo 1433.º Impugnação das deliberações 259

Artigo 1434.º Compromisso arbitral 259

Artigo 1435.º Administrador 260

Artigo 1435.º -A Administrador provisório 260

Artigo 1436.º Funções do administrador 261

Artigo 1437.º Legitimidade do administrador 261

Artigo 1438.º Recurso dos atos do administrador 261

Artigo 1438.º -A Propriedade horizontal de conjuntos de edifícios 262

Código de Processo Civil

Lei n.º 41/2013, de 26 de junho

TÍTULO�I�DA�AÇÃO�EM�GERAL

CAPÍTULO II

DAS PARTES

SECÇÃO I

PERSONALIDADE E CAPACIDADE JUDICIÁRIA

Artigo 11.º Conceito e medida da personalidade judiciária 265

Artigo 12.º Extensão da personalidade judiciária 265

...

Artigo 223.º Citação ou notificação de incapazes e pessoas coletivas 266

...

Artigo 383.º Suspensão das deliberações da assembleia de condóminos 266

...

Artigo 1003.º Nomeação de administrador na propriedade horizontal 266

...

Artigo 1056.º Exoneração do administrador na propriedade horizontal 267

Regime jurídico da urbanização e edificação 269

Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro

Artigo 66.º Propriedade horizontal 269

...

Artigo 77.º Especificações 269

PARTE III — JURISPRUDÊNCIA (SUMÁRIOS) 273

Jurisprudência

Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, de 23 de março de 2012,

Processo n.º 6862/10.6TBALM.L1-6, publicado em www.dgsi.pt

Acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, de 6 de dezembro de 2012,

Processo n.º 54/09.4TJLSB.L1-6, publicado em www.dgsi.pt

Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça, de 2 de julho de 2009,

Processo n.º 09B0511, publicado em www.dgsi.pt

Jurisprudência dos julgados de paz

Sentença do Julgado de Paz de Lisboa, Processo n.º 176/2012-JP, de 21

de setembro de 2012

Sentença do Julgado de Paz de Lisboa, Processo n.º 199/2012-JP, de 29

de junho de 2012

Sentença do Julgado de Paz do Seixal, Processo n.º 198/2011-JP, de 12

de julho de 2011

Sentença do Julgado de Paz do Funchal, Processo n.º 67/2011-JP, de 4

de julho de 2011

Sentença do Julgado de Paz de Santa Maria da Feira, Processo n.º 116/

2009-JP, de 1 de março de 2010

Recomendação n.º 6/B/2007, de 14 de dezembro de 2007, publicada em

www.provedor-jus.pt

PARTE IV — MINUTA DE REGULAMENTO DE CONDOMÍNIO 277

23

LEGISLAÇÃO DO CONDOMÍNIO

PARTE�I

CONDOMÍNIO��LEGISLAÇÃO�CONSOLIDADA

REGIME JURÍDICO DA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS

Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro

A legislação sobre segurança contra incêndio em edifícios encontra--se atualmente dispersa por um número excessivo de diplomas avulsos, dificilmente harmonizáveis entre si e geradores de dificuldades na com-preensão integrada que reclamam. Esta situação coloca em sério risco não apenas a eficácia jurídica das normas contidas em tal legislação, mas também o seu valor pedagógico.

Com efeito, o atual quadro legal é pautado por um edifício legisla-tivo heterogéneo e de desigual valor hierárquico normativo. De tudo se encontra, resoluções do Conselho de Ministros, decretos-leis, decretos regulamentares, portarias, uns com conteúdo excessivamente minucioso, outros raramente ultrapassando o plano genérico.

Para além disso, verificam-se sérias lacunas e omissões no vasto arti-culado deste quadro normativo. Tal deve-se parcialmente ao facto de para um conjunto elevado de edifícios não existirem regulamentos específicos de segurança contra incêndios. É o caso, designadamente, das instalações industriais, dos armazéns, dos lares de idosos, dos museus, das bibliotecas, dos arquivos e dos locais de culto. Nestas situações aplica-se apenas o Re-gulamento Geral das Edificações Urbanas, de 1951, que é manifestamente insuficiente para a salvaguarda da segurança contra incêndio.

Perante uma pluralidade de textos não raras vezes divergentes, senão mesmo contraditórios nas soluções preconizadas para o mesmo tipo de problemas, é particularmente difícil obter, por parte das várias entidades responsáveis pela aplicação da lei, uma visão sistematizada e uma interpre-tação uniforme das normas, com evidente prejuízo da autoridade técnica que a estas deve assistir.

24

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR CONSOLIDADA

A situação descrita reflete decerto uma opção de política legisla-tiva que se traduziu na emissão de regulamentos específicos para cada utilização-tipo de edifícios, alguns dos quais de limitada aplicação, contrá-rios à conceção de um regulamento geral de segurança contra incêndio, enquanto tronco normativo comum de aplicação geral a todos os edifícios, sem prejuízo de nele se incluírem disposições específicas complementares julgadas convenientes a cada utilização-tipo.

A criação do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil e a posterior criação da Autoridade Nacional de Proteção Civil, autoridade nacional com atribuições na área da segurança contra incêndio em edi-fícios, competente para propor as medidas legislativas e regulamentares consideradas necessárias neste domínio, facilitou a opção pela edificação de um verdadeiro regulamento geral, há muito reclamado, estruturando-o de forma lógica, rigorosa e acessível.

Este decreto-lei, que agora é publicado, engloba as disposições re-gulamentares de segurança contra incêndio aplicáveis a todos os edifícios e recintos, distribuídos por 12 utilizações-tipo, sendo cada uma delas, por seu turno, estratificada por quatro categorias de risco de incêndio. São considerados não apenas os edifícios de utilização exclusiva, mas também os edifícios de ocupação mista.

Aproveita-se igualmente este amplo movimento reformador, traduzido no novo regime jurídico, para adotar o conteúdo das Decisões da Comissão das Comunidades Europeias n.os 2000/147/CE e 2003/632/CE, relativas à classificação da reação ao fogo de produtos de construção, e n.os 2000/367/CE e 2003/629/CE, respeitantes ao sistema de classifica-ção da resistência ao fogo.

A introdução deste novo regime jurídico recomenda que se proceda à avaliação, em tempo oportuno, do seu impacte na efetiva redução do nú-mero de ocorrências, das vítimas mortais, dos feridos, dos prejuízos mate-riais, dos danos patrimoniais, ambientais e de natureza social, decorrentes dos incêndios urbanos e industriais que se venham a verificar. Tal avaliação é particularmente pertinente face a novos fatores de risco, decorrentes do progressivo envelhecimento da população e da constante migração populacional para as cidades, apesar da tendência positiva resultante da entrada em vigor dos primeiros regulamentos de segurança contra incên-dios em edifícios.

As soluções vertidas no novo regime jurídico vão de encontro às mais avançadas técnicas de segurança contra incêndio em edifícios. Contudo, não se prevê que venham a ter um impacte significativo no custo final da construção, porquanto muitas dessas soluções são já ado-tadas na execução dos projetos e na construção dos edifícios que não dispõem de regulamentos específicos de segurança contra incêndio. Tal deve-se largamente ao recurso à regulamentação estrangeira e, por analogia, à regulamentação nacional anterior, quer por exigência

25

LEGISLAÇÃO DO CONDOMÍNIO

das companhias de seguros, quer por decisão do dono da obra e dos projetistas.

Importa ainda salientar que a fiscalização das condições de segurança contra incêndio nos vários tipos de edifícios, recintos e estabelecimentos, é exercida no pleno respeito pelos direitos que os cidadãos e as empresas têm a uma desejada racionalização dos procedimentos administrativos, de modo a simplificar, desburocratizar e modernizar nesta área específica a atividade da Administração Pública, tanto a nível central como local.

Neste sentido, adequaram-se os procedimentos de apreciação das condições de segurança contra incêndios em edifícios, ao regime jurí-dico da urbanização e edificação, alterado pela Lei n.º 60/2007, de 4 de setembro.

Por último, cumpre também referir que o novo regime jurídico é o resultado de um trabalho longo e concertado entre especialistas designados pelo Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil e pelo Conselho Superior de Obras Públicas e Transportes, através da sua Subcomissão de Regulamentos de Segurança contra Incêndio em Edifícios.

Foram ainda recolhidos os contributos de todas as entidades con-sideradas como mais diretamente interessadas neste domínio, como é o caso das diversas entidades públicas, não representadas na referida Subcomissão, envolvidas no licenciamento das utilizações-tipo de edi-fícios, recintos e estabelecimentos, designadamente das que careciam de adequada regulamentação específica na área da segurança contra incêndio.

Foram ouvidos a Associação Nacional de Municípios Portugueses, a Ordem dos Arquitetos, a Ordem dos Engenheiros, a Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o

Governo decreta o seguinte:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1.ºObjeto

O presente decreto-lei estabelece o regime jurídico da segurança contra incêndios em edifícios, abreviadamente designado por SCIE.

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR CONSOLIDADA

Artigo 2.ºDefinições

Para efeitos do presente decreto-lei e legislação complementar, entende-se por:

a) «Altura da utilização-tipo» a diferença de cota entre o plano de referência e o pavimento do último piso acima do solo, suscetível de ocupação por essa utilização-tipo;

b) «Área bruta de um piso ou fração» a superfície total de um dado piso ou fração, delimitada pelo perímetro exterior das paredes exteriores e pelo eixo das paredes interiores separadoras dessa fração, relativa-mente às restantes;

c) «Área útil de um piso ou fração» a soma da área útil de todos os compartimentos interiores de um dado piso ou fração, excluindo-se vestíbulos, circulações interiores, escadas e rampas comuns, insta-lações sanitárias, roupeiros, arrumos, armários nas paredes e outros compartimentos de função similar, e mede-se pelo perímetro inte-rior das paredes que delimitam aqueles compartimentos, descon-tando encalços até 30 cm, paredes interiores, divisórias e condutas;

d) «Carga de incêndio» a quantidade de calor suscetível de ser libertada pela combustão completa da totalidade de elementos contidos num espaço, incluindo o revestimento das paredes, divisórias, pavimentos e tetos;

e) «Categorias de risco» a classificação em quatro níveis de risco de incêndio de qualquer utilização-piso de um edifício e recinto, aten-dendo a diversos fatores de risco, como a sua altura, o efetivo, o efetivo em locais de risco, a carga de incêndio e a existência de pisos abaixo do plano de referência, nos termos previstos no artigo 12.º;

f) «Densidade de carga de incêndio» a carga de incêndio por unidade de área útil de um dado espaço ou, para o caso de armazenamento, por unidade de volume;

g) «Densidade de carga de incêndio modificada» a densidade de carga de incêndio afetada de coeficientes referentes ao grau de perigosi-dade e ao índice de ativação dos combustíveis, determinada com base nos critérios referidos no n.º 4 do artigo 12.º;

h) «Edifício» toda e qualquer edificação destinada à utilização humana que disponha, na totalidade ou em parte, de um espaço interior utilizável, abrangendo as realidades referidas no n.º 1 do artigo 8.º;

i) «Edifícios independentes» os edifícios dotados de estruturas inde-pendentes, sem comunicação interior ou, quando exista, efetuada exclusivamente através de câmaras corta-fogo, e que cumpram as disposições de SCIE, relativamente à resistência ao fogo dos elemen-tos de construção que os isolam entre si;

j) «Efetivo» o número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultâneo um dado espaço de um edifício ou recinto;

27

LEGISLAÇÃO DO CONDOMÍNIO

l) «Efetivo de público» o número máximo estimado de pessoas que pode ocupar em simultâneo um edifício ou recinto que recebe público, excluindo o número de funcionários e quaisquer outras pessoas afetas ao seu funcionamento;

m) «Espaços» as áreas interiores e exteriores dos edifícios ou recintos;n) «Imóveis classificados» os monumentos classificados nos termos da

Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro;o) «Local de risco» a classificação de qualquer área de um edifício ou

recinto, em função da natureza do risco de incêndio, com exceção dos espaços interiores de cada fogo e das vias horizontais e verticais de evacuação, em conformidade com o disposto no artigo 10.º;

p) «Plano de referência» o plano de nível, à cota de pavimento do acesso destinado às viaturas de socorro, medida na perpendicular a um vão de saída direta para o exterior do edifício;

q) «Recintos» os espaços delimitados ao ar livre destinados a diversos usos, desde os estacionamentos, aos estabelecimentos que rece-bem público, aos industriais, oficinas e armazéns, podendo dispor de construções de caráter permanente, temporário ou itinerante;

r) «Utilização-tipo» a classificação do uso dominante de qualquer edifício ou recinto, incluindo os estacionamentos, os diversos tipos de estabelecimentos que recebem público, os industriais, oficinas e armazéns, em conformidade com o disposto no artigo 8.º

Artigo 3.ºÂmbito

1. Estão sujeitos ao regime de segurança contra incêndios:a) Os edifícios, ou suas frações autónomas, qualquer que seja a utiliza-

ção e respetiva envolvente;b) Os edifícios de apoio a postos de abastecimento de combustíveis,

tais como estabelecimentos de restauração, comerciais e oficinas, regulados pelos Decretos-Leis n.os 267/2002 e 302/2001, de 26 de novembro e de 23 de novembro, respetivamente;

c) Os recintos.2. Excetuam-se do disposto no número anterior:

a) Os estabelecimentos prisionais e os espaços classificados de acesso restrito das instalações de forças armadas ou de segurança;

b) Os paióis de munições ou de explosivos e as carreiras de tiro.3. Estão apenas sujeitos ao regime de segurança em matéria de acessibili-

dade dos meios de socorro e de disponibilidade de água para combate a incêndios, aplicando-se nos demais aspetos os respetivos regimes específicos:a) Os estabelecimentos industriais e de armazenamento de substâncias

perigosas, abrangidos pelo Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de julho;

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR CONSOLIDADA

b) Os espaços afetos à indústria de pirotecnia e à indústria extrativa;c) Os estabelecimentos que transformem ou armazenem substâncias e

produtos explosivos ou radioativos.4. Nos edifícios com habitação, excetuam-se do disposto no n.º 1, os espaços

interiores de cada habitação, onde apenas se aplicam as condições de segurança das instalações técnicas.

5. Quando o cumprimento das normas de segurança contra incêndios nos imóveis classificados se revele lesivo dos mesmos ou sejam de concretização manifestamente desproporcionada são adotadas as medidas de autoproteção adequadas, após parecer da Autori-dade Nacional de Proteção Civil, abreviadamente designada por ANPC.

6. Às entidades responsáveis pelos edifícios e recintos referidos no n.º 2 incumbe promover a adoção das medidas de segurança mais adequadas a cada caso, ouvida a ANPC, sempre que entendido con-veniente.

Artigo 4.ºPrincípios gerais

1. O presente decreto-lei baseia-se nos princípios gerais da preservação da vida humana, do ambiente e do património cultural.

2. Tendo em vista o cumprimento dos referidos princípios, o presente decreto-lei é de aplicação geral a todas as utilizações de edifícios e recintos, visando em cada uma delas:a) Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios;b) Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios, circunscrevendo

e minimizando os seus efeitos, nomeadamente a propagação do fumo e gases de combustão;

c) Facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes em risco;d) Permitir a intervenção eficaz e segura dos meios de socorro.

3. A resposta aos referidos princípios é estruturada com base na defini-ção das utilizações-tipo, dos locais de risco e das categorias de risco, que orientam as distintas disposições de segurança constantes deste regime.

Artigo 5.ºCompetência

1. A ANPC é a entidade competente para assegurar o cumprimento do regime de segurança contra incêndios em edifícios.

2. À ANPC incumbe a credenciação de entidades para a realização de vistorias e de inspeções das condições de SCIE, nos termos previstos no presente decreto-lei e nas suas portarias complementares.

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LEGISLAÇÃO DO CONDOMÍNIO

Artigo 6.ºResponsabilidade no caso de edifícios ou recintos

1. No caso de edifícios e recintos em fase de projeto e construção são responsáveis pela aplicação e pela verificação das condições de SCIE:a) Os autores de projetos e os coordenadores dos projetos de operações

urbanísticas, no que respeita à respetiva elaboração, bem como às intervenções acessórias ou complementares a esta a que estejam obrigados, no decurso da execução da obra;

b) A empresa responsável pela execução da obra;c) O diretor de obra e o diretor de fiscalização de obra, quanto à con-

formidade da execução da obra com o projeto aprovado.2. Os autores dos projetos, os coordenadores dos projetos, o diretor de

obra e o diretor de fiscalização de obra, referidos nas alíneas a) e c) do número anterior subscrevem termos de responsabilidade, de que conste, respetivamente, que na elaboração do projeto e na execução e verificação da obra em conformidade com o projeto aprovado, foram cumpridas as disposições de SCIE.

3. A manutenção das condições de segurança contra risco de incêndio aprovadas e a execução das medidas de autoproteção aplicáveis aos edifícios ou recintos destinados à utilização-tipo i referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 8.º, durante todo o ciclo de vida dos mesmos, é da responsabilidade dos respetivos proprietários, com exceção das suas partes comuns na propriedade horizontal, que são da responsabilidade do administrador do condomínio.

4. Durante todo o ciclo de vida dos edifícios ou recintos que não se integrem na utilização-tipo referida no número anterior, a responsa-bilidade pela manutenção das condições de segurança contra risco de incêndio aprovadas e a execução das medidas de autoproteção aplicá-veis é das seguintes entidades:a) Do proprietário, no caso do edifício ou recinto estar na sua posse;b) De quem detiver a exploração do edifício ou do recinto;c) Das entidades gestoras no caso de edifícios ou recintos que dispo-

nham de espaços comuns, espaços partilhados ou serviços coletivos, sendo a sua responsabilidade limitada aos mesmos.

Artigo 7.ºResponsabilidade pelas condições exteriores de SCIE

Sem prejuízo das atribuições próprias das entidades públicas, as en-tidades referidas nos n.os 3 e 4 do artigo anterior são responsáveis pela ma-nutenção das condições exteriores de SCIE, nomeadamente no que se re-fere às redes de hidrantes exteriores e às vias de acesso ou estacionamento

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR CONSOLIDADA

dos veículos de socorro, nas condições previstas no presente decreto-lei e portarias complementares, quando as mesmas se situem em domínio privado.

CAPÍTULO II

CARACTERIZAÇÃO DOS EDIFÍCIOS

E RECINTOS

Artigo 8.ºUtilizações-tipo de edifícios e recintos

1. Aos edifícios e recintos correspondem as seguintes utilizações-tipo:a) Tipo i «habitacionais», corresponde a edifícios ou partes de edifícios

destinados a habitação unifamiliar ou multifamiliar, incluindo os espaços comuns de acessos e as áreas não residenciais reservadas ao uso exclusivo dos residentes;

b) Tipo ii «estacionamentos», corresponde a edifícios ou partes de edifícios destinados exclusivamente à recolha de veículos e seus reboques, fora da via pública, ou recintos delimitados ao ar livre, para o mesmo fim;

c) Tipo iii «administrativos», corresponde a edifícios ou partes de edifí-cios onde se desenvolvem atividades administrativas, de atendimento ao público ou de serviços, nomeadamente escritórios, repartições públicas, tribunais, conservatórias, balcões de atendimento, notá-rios, gabinetes de profissionais liberais, espaços de investigação não dedicados ao ensino, postos de forças de segurança e de socorro, excluindo as oficinas de reparação e manutenção;

d) Tipo iv «escolares», corresponde a edifícios ou partes de edifícios recebendo público, onde se ministrem ações de educação, ensino e formação ou exerçam atividades lúdicas ou educativas para crianças e jovens, podendo ou não incluir espaços de repouso ou de dormida afetos aos participantes nessas ações e atividades, nomeadamente escolas de todos os níveis de ensino, creches, jardins-de-infância, centros de formação, centros de ocupação de tempos livres destina-dos a crianças e jovens e centros de juventude;

e) Tipo v «hospitalares e lares de idosos», corresponde a edifícios ou partes de edifícios recebendo público, destinados à execução de ações de diagnóstico ou à prestação de cuidados na área da saúde, com ou sem internamento, ao apoio a pessoas idosas ou com condi-cionalismos decorrentes de fatores de natureza física ou psíquica, ou onde se desenvolvam atividades dedicadas a essas pessoas, nomea-damente hospitais, clínicas, consultórios, policlínicas, dispensários médicos, centros de saúde, de diagnóstico, de enfermagem, de he-modiálise ou de fisioterapia, laboratórios de análises clínicas, bem como lares, albergues, residências, centros de abrigo e centros de dia com atividades destinadas à terceira idade;

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LEGISLAÇÃO DO CONDOMÍNIO

f) Tipo vi «espetáculos e reuniões públicas», corresponde a edifícios, partes de edifícios, recintos itinerantes ou provisórios e ao ar livre que recebam público, destinados a espetáculos, reuniões públicas, exibição de meios audiovisuais, bailes, jogos, conferências, pales-tras, culto religioso e exposições, podendo ser, ou não, polivalentes e desenvolver as atividades referidas em regime não permanente, nomeadamente teatros, cineteatros, cinemas, coliseus, praças de touros, circos, salas de jogo, salões de dança, discotecas, bares com música ao vivo, estúdios de gravação, auditórios, salas de conferên-cias, templos religiosos, pavilhões multiusos e locais de exposições não classificáveis na utilização-tipo x;

g) Tipo vii «hoteleiros e restauração», corresponde a edifícios ou partes de edifícios, recebendo público, fornecendo alojamento temporário ou exercendo atividades de restauração e bebidas, em regime de ocu-pação exclusiva ou não, nomeadamente os destinados a empreendi-mentos turísticos, alojamento local, estabelecimentos de restauração ou de bebidas, dormitórios e, quando não inseridos num estabeleci-mento escolar, residências de estudantes e colónias de férias, ficando excluídos deste tipo os parques de campismo e caravanismo, que são considerados espaços da utilização-tipo ix;

h) Tipo viii «comerciais e gares de transportes», corresponde a edifícios ou partes de edifícios, recebendo público, ocupados por estabeleci-mentos comerciais onde se exponham e vendam materiais, produ-tos, equipamentos ou outros bens, destinados a ser consumidos no exterior desse estabelecimento, ou ocupados por gares destinados a aceder a meios de transporte rodoviário, ferroviário, marítimo, fluvial ou aéreo, incluindo as gares intermodais, constituindo espaço de interligação entre a via pública e esses meios de transporte, com exceção das plataformas de embarque ao ar livre;

i) Tipo ix «desportivos e de lazer», corresponde a edifícios, partes de edifícios e recintos, recebendo ou não público, destinados a ativi-dades desportivas e de lazer, nomeadamente estádios, picadeiros, hipódromos, velódromos, autódromos, motódromos, kartódromos, campos de jogos, parques de campismo e caravanismo, pavilhões desportivos, piscinas, parques aquáticos, pistas de patinagem, giná-sios e saunas;

j) Tipo x «museus e galerias de arte», corresponde a edifícios ou partes de edifícios, recebendo ou não público, destinados à exibição de peças do património histórico e cultural ou a atividades de exibição, demonstração e divulgação de caráter científico, cultural ou técnico, nomeadamente museus, galerias de arte, oceanários, aquários, ins-talações de parques zoológicos ou botânicos, espaços de exposição destinados à divulgação científica e técnica, desde que não se enqua-drem nas utilizações-tipo vi e ix;

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR CONSOLIDADA

l) Tipo xi «bibliotecas e arquivos», corresponde a edifícios ou par-tes de edifícios, recebendo ou não público, destinados a arquivo documental, podendo disponibilizar os documentos para consulta ou visualização no próprio local ou não, nomeadamente bibliotecas, mediatecas e arquivos;

m) Tipo xii «industriais, oficinas e armazéns», corresponde a edifícios, partes de edifícios ou recintos ao ar livre, não recebendo habitual-mente público, destinados ao exercício de atividades industriais ou ao armazenamento de materiais, substâncias, produtos ou equi-pamentos, oficinas de reparação e todos os serviços auxiliares ou complementares destas atividades.

2. Atendendo ao seu uso os edifícios e recintos podem ser de utilização exclusiva, quando integrem uma única utilização-tipo, ou de utilização mista, quando integrem diversas utilizações-tipo, e devem respeitar as condições técnicas gerais e específicas definidas para cada utilização-tipo.

3. Aos espaços integrados numa dada utilização-tipo, nas condições a seguir indicadas, aplicam-se as disposições gerais e as específicas da utilização-tipo onde se inserem, não sendo aplicáveis quaisquer outras:a) Espaços onde se desenvolvam atividades administrativas, de arquivo

documental e de armazenamento necessários ao funcionamento das entidades que exploram as utilizações-tipo iv a xii, desde que sejam geridos sob a sua responsabilidade, não estejam normalmente acessíveis ao público e cada um desses espaços não possua uma área bruta superior a:i) 10 % da área bruta afeta às utilizações-tipo iv a vii, ix e xi;ii) 20 % da área bruta afeta às utilizações-tipo viii, x e xii;

b) Espaços de reunião, culto religioso, conferências e palestras, ou onde se possam ministrar ações de formação, desenvolver atividades desportivas ou de lazer e, ainda, os estabelecimentos de restauração e bebidas, desde que esses espaços sejam geridos sob a respon-sabilidade das entidades exploradoras de utilizações-tipo iii a xii e o seu efetivo não seja superior a 200 pessoas, em edifícios, ou a 1000 pessoas, ao ar livre;

c) Espaços comerciais, oficinas, de bibliotecas e de exposição, bem como os postos médicos, de socorros e de enfermagem, desde que sejam geridos sob a responsabilidade das entidades exploradoras de utilizações-tipo iii a xii e possuam uma área útil não superior a 200 m2.

Artigo 9.ºProdutos de construção

1. Os produtos de construção são os produtos destinados a ser incorpo-rados ou aplicados, de forma permanente, nos empreendimentos de construção.

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LEGISLAÇÃO DO CONDOMÍNIO

2. Os produtos de construção incluem os materiais de construção, os elementos de construção e os componentes isolados ou em módulos de sistemas prefabricados ou instalações.

3. A qualificação da reação ao fogo dos materiais de construção e da re-sistência ao fogo padrão dos elementos de construção é feita de acordo com as normas comunitárias.

4. As classes de desempenho de reação ao fogo dos materiais de cons-trução e a classificação de desempenho de resistência ao fogo padrão constam respetivamente dos anexos i, ii e vi ao presente decreto-lei, que dele fazem parte integrante.

Artigo 10.ºClassificação dos locais de risco

1. Todos os locais dos edifícios e dos recintos, com exceção dos espaços interiores de cada fogo, e das vias horizontais e verticais de evacuação, são classificados, de acordo com a natureza do risco, do seguinte modo:a) Local de risco A — local que não apresenta riscos especiais, no qual

se verifiquem simultaneamente as seguintes condições:i) O efetivo não exceda 100 pessoas;ii) O efetivo de público não exceda 50 pessoas;iii) Mais de 90 % dos ocupantes não se encontrem limitados na mo-

bilidade ou nas capacidades de perceção e reação a um alarme;iv) As atividades nele exercidas ou os produtos, materiais e equipa-

mentos que contém não envolvam riscos agravados de incêndio;b) Local de risco B — local acessível ao público ou ao pessoal afeto

ao estabelecimento, com um efetivo superior a 100 pessoas ou um efetivo de público superior a 50 pessoas, no qual se verifiquem si-multaneamente as seguintes condições:i) Mais de 90 % dos ocupantes não se encontrem limitados na

mobilidade ou nas capacidades de perceção e reação a um alarme;

ii) As atividades nele exercidas ou os produtos, materiais e equi-pamentos que contém não envolvam riscos agravados de in-cêndio;

c) Local de risco C — local que apresenta riscos agravados de eclo-são e de desenvolvimento de incêndio devido, quer às atividades nele desenvolvidas, quer às características dos produtos, materiais ou equipamentos nele existentes, designadamente à carga de incêndio;

d) Local de risco D — local de um estabelecimento com permanência de pessoas acamadas ou destinado a receber crianças com idade não superior a seis anos ou pessoas limitadas na mobilidade ou nas capacidades de perceção e reação a um alarme;

34

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR CONSOLIDADA

e) Local de risco E — local de um estabelecimento destinado a dormida, em que as pessoas não apresentem as limitações indicadas nos locais de risco D;

f) Local de risco F — local que possua meios e sistemas essenciais à continuidade de atividades sociais relevantes, nomeadamente os centros nevrálgicos de comunicação, comando e controlo.

2. Quando o efetivo de um conjunto de locais de risco A, inseridos no mesmo compartimento corta-fogo ultrapassar os valores limite cons-tantes da alínea b) do número anterior, esse conjunto é considerado um local de risco B.

3. Os locais de risco C, referidos na alínea c) do n.º 1, compreendem, designadamente:a) Oficinas de manutenção e reparação onde se verifique qualquer das

seguintes condições:i) Sejam destinadas a carpintaria;ii) Sejam utilizadas chamas nuas, aparelhos envolvendo projeção

de faíscas ou elementos incandescentes em contacto com o ar associados à presença de materiais facilmente inflamáveis;

b) Farmácias, laboratórios, oficinas e outros locais onde sejam produzi-dos, depositados, armazenados ou manipulados líquidos inflamáveis em quantidade superior a 10 l;

c) Cozinhas em que sejam instalados aparelhos, ou grupos de apare-lhos, para confeção de alimentos ou sua conservação, com potência total útil superior a 20 kW, com exceção das incluídas no interior das habitações;

d) Locais de confeção de alimentos que recorram a combustíveis sólidos;

e) Lavandarias e rouparias com área superior a 50 m2 em que sejam instalados aparelhos, ou grupos de aparelhos, para lavagem, secagem ou engomagem, com potência total útil superior a 20 kW;

f) Instalações de frio para conservação cujos aparelhos possuam potên-cia total útil superior a 70 kW;

g) Arquivos, depósitos, armazéns e arrecadações de produtos ou mate-rial diverso com volume superior a 100 m3;

h) Reprografias com área superior a 50 m2;i) Locais de recolha de contentores ou de compactadores de lixo com

capacidade total superior a 10 m3;j) Locais afetos a serviços técnicos em que sejam instalados equipa-

mentos elétricos, eletromecânicos ou térmicos com potência total superior a 70 kW, ou armazenados combustíveis;

l) Locais de pintura e aplicação de vernizes;m) Centrais de incineração;n) Locais cobertos de estacionamento de veículos com área compreen-

dida entre 50 m2 e 200 m2, com exceção dos estacionamentos

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LEGISLAÇÃO DO CONDOMÍNIO

individuais, em edifícios destinados à utilização-tipo referida na alínea a) do n.º 1 do artigo 8.º;

o) Outros locais que possuam uma densidade de carga de incêndio modificada superior a 1000 MJ/m2 de área útil, associada à presença de materiais facilmente inflamáveis e, ainda, os que comportem riscos de explosão.

4. Os locais de risco D, referidos na alínea d) do n.º 1, compreendem, designadamente:a) Quartos nos locais afetos à utilização-tipo v ou grupos desses quartos

e respetivas circulações horizontais exclusivas;b) Enfermarias ou grupos de enfermarias e respetivas circulações hori-

zontais exclusivas;c) Salas de estar, de refeições e de outras atividades ou grupos dessas

salas e respetivas circulações horizontais exclusivas, destinadas a pessoas idosas ou doentes em locais afetos à utilização-tipo v;

d) Salas de dormida, de refeições e de outras atividades destinadas a crian-ças com idade inferior a 6 anos ou grupos dessas salas e respetivas circulações horizontais exclusivas, em locais afetos à utilização-tipo iv;

e) Locais destinados ao ensino especial de deficientes.5. Os locais de risco E, referidos na alínea e) do n.º 1, compreendem,

designadamente:a) Quartos nos locais afetos à utilização-tipo iv não considerados na

alínea d) do número anterior ou grupos desses quartos e respetivas circulações horizontais exclusivas;

b) Quartos e suítes em espaços afetos à utilização-tipo vii ou grupos desses espaços e respetivas circulações horizontais exclusivas;

c) Espaços turísticos destinados a alojamento, incluindo os afetos a turismo do espaço rural, de natureza e de habitação;

d) Camaratas ou grupos de camaratas e respetivas circulações horizon-tais exclusivas.

6. Os locais de risco F, referidos na alínea f ) do n.º 1, compreendem, no-meadamente:a) Centros de controlo de tráfego rodoviário, ferroviário, marítimo ou

aéreo;b) Centros de gestão, coordenação ou despacho de serviços de emer-

gência, tais como centrais 112, centros de operações de socorro e centros de orientação de doentes urgentes;

c) Centros de comando e controlo de serviços públicos ou privados de distribuição de água, gás e energia elétrica;

d) Centrais de comunicações das redes públicas;e) Centros de processamento e armazenamento de dados informáticos

de serviços públicos com interesse social relevante;f) Postos de segurança, definidos no presente decreto-lei e portarias

complementares.

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR CONSOLIDADA

Artigo 11.ºRestrições do uso em locais de risco

1. A afetação dos espaços interiores de um edifício a locais de risco B acessíveis a público deve respeitar as regras seguintes:a) Situar-se em níveis próximos das saídas para o exterior;b) Caso se situe abaixo das saídas para o exterior, a diferença entre a

cota de nível dessas saídas e a do pavimento do local não deve ser superior a 6 m.

2. Constituem exceção ao estabelecido no número anterior os seguintes locais de risco B:a) Espaços em anfiteatro, onde a diferença de cotas pode correspon-

der à média ponderada das cotas de nível das saídas do anfiteatro, tomando como pesos as unidades de passagem de cada uma delas;

b) Plataformas de embarque afetas à utilização-tipo viii.3. A afetação dos espaços interiores de um edifício a locais de risco C,

desde que os mesmos possuam volume superior a 600 m3, ou carga de incêndio modificada superior a 20 000 MJ, ou potência instalada dos seus equipamentos elétricos e eletromecânicos superior a 250 kW, ou alimentados a gás superior a 70 kW, ou serem locais de pintura ou aplicação de vernizes em oficinas, ou constituírem locais de produ-ção, depósito, armazenagem ou manipulação de líquidos inflamáveis em quantidade superior a 100 l, deve respeitar as regras seguintes:a) Situar-se ao nível do plano de referência e na periferia do edifício;b) Não comunicar diretamente com locais de risco B, D, E ou F, nem

com vias verticais que sirvam outros espaços do edifício, com exceção da comunicação entre espaços cénicos isoláveis e locais de risco B.

4. A afetação dos espaços interiores de um edifício a locais de risco D e E deve assegurar que os mesmos se situem ao nível ou acima do piso de saída para local seguro no exterior.

Artigo 12.ºCategorias e fatores do risco

1. As utilizações-tipo dos edifícios e recintos em matéria de risco de incên-dio podem ser da 1.ª, 2.ª, 3.ª e 4.ª categorias, nos termos dos quadros i a x do anexo iii e são consideradas respetivamente de risco reduzido, risco moderado, risco elevado e risco muito elevado.

2. São fatores de risco:a) Utilização-tipo i — altura da utilização-tipo e número de pisos

abaixo do plano de referência, a que se refere o quadro i;b) Utilização-tipo ii — espaço coberto ou ao ar livre, altura da utilização-

-tipo, número de pisos abaixo do plano de referência e a área bruta, a que se refere o quadro ii;

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LEGISLAÇÃO DO CONDOMÍNIO

c) Utilizações-tipo iii e x — altura da utilização-tipo e efetivo, a que se referem os quadros iii e viii, respetivamente;

d) Utilizações-tipo iv, v e vii — altura da utilização-tipo, efetivo, efetivo em locais de tipo D ou E e, apenas para a 1.ª categoria, saída indepen-dente direta ao exterior de locais do tipo D ou E, ao nível do plano de referência, a que se referem os quadros iv e vi, respetivamente;

e) Utilizações-tipo vi e ix — espaço coberto ou ao ar livre, altura da utilização-tipo, número de pisos abaixo do plano de referência e efetivo, a que se refere o quadro v;

f) Utilização-tipo viii — altura da utilização-tipo, número de pisos abaixo do plano de referência e efetivo, a que se refere o quadro vii;

g) Utilização-tipo xi — altura da utilização-tipo, número de pisos abaixo do plano de referência, efetivo e carga de incêndio, calculada com base no valor de densidade de carga de incêndio modificada, a que se refere o quadro ix;

h) Utilização-tipo xii — espaço coberto ou ao ar livre, número de pisos abaixo do plano de referência e densidade de carga de incêndio modificada, a que se refere o quadro x.

3. O efetivo dos edifícios e recintos corresponde ao somatório dos efeti-vos de todos os seus espaços suscetíveis de ocupação, determinados de acordo com os critérios definidos no regulamento técnico mencionado no artigo 15.º

4. A densidade de carga de incêndio modificada a que se referem as alí-neas g) e h) do n.º 2 é determinada com base nos critérios técnicos definidos em despacho do presidente da ANPC.

Artigo 13.ºClassificação do risco

1. A categoria de risco de cada uma das utilizações-tipo é a mais baixa que satisfaça integralmente os critérios indicados nos quadros constantes do anexo iii ao presente decreto-lei.

2. É atribuída a categoria de risco superior a uma dada utilização-tipo, sempre que for excedido um dos valores da classificação na categoria de risco.

3. Nas utilizações de tipo iv, onde não existam locais de risco D ou E, os limites máximos do efetivo das 2.ª e 3.ª categorias de risco podem aumentar em 50 %.

4. No caso de estabelecimentos com uma única utilização-tipo distribuída por vários edifícios independentes, a categoria de risco é atribuída a cada edifício e não ao seu conjunto.

5. Os edifícios e os recintos de utilização mista são classificados na cate-goria de risco mais elevada das respetivas utilizações-tipo, independen-temente da área ocupada por cada uma dessas utilizações.

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR CONSOLIDADA

Artigo 14.ºPerigosidade atípica

Quando comprovadamente, as disposições do regulamento técnico a que se refere o artigo 15.º sejam desadequadas face às grandes dimensões em altimetria e planimetria ou às suas características de funcionamento e exploração, tais edifícios e recintos ou as suas frações são classificados de perigosidade atípica, e ficam sujeitos a soluções de SCIE que, cumu-lativamente:

a) Sejam devidamente fundamentadas pelo autor do projeto, com base em análises de risco, associadas a práticas já experimentadas, méto-dos de ensaio ou modelos de cálculo;

b) Sejam baseadas em tecnologias inovadoras no âmbito das dis-posições construtivas ou dos sistemas e equipamentos de segu-rança;

c) Sejam explicitamente referidas como não conformes no termo de responsabilidade do autor do projeto;

d) Sejam aprovadas pela ANPC.

CAPÍTULO III

CONDIÇÕES DE SCIE

Artigo 15.ºCondições técnicas de SCIE

Por portaria do membro do Governo responsável pela área da prote-ção civil, é aprovado um regulamento técnico que estabelece as seguintes condições técnicas gerais e específicas da SCIE:

a) As condições exteriores comuns;b) As condições de comportamento ao fogo, isolamento e proteção;c) As condições de evacuação;d) As condições das instalações técnicas;e) As condições dos equipamentos e sistemas de segurança;f) As condições de autoproteção.

Artigo 16.ºProjetos e planos de SCIE

1. A responsabilidade pela elaboração dos projetos de SCIE referen-tes a edifícios e recintos classificados na 3.ª e 4.ª categorias de risco, decorrentes da aplicação do presente decreto-lei e portarias com-plementares, tem de ser assumida exclusivamente por um arquiteto, reconhecido pela Ordem dos Arquitetos (OA) ou por um engenheiro,

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LEGISLAÇÃO DO CONDOMÍNIO

reconhecido pela Ordem dos Engenheiros (OE), ou por um engenheiro técnico, reconhecido pela Associação Nacional dos Engenheiros Técni-cos (ANET), com certificação de especialização declarada para o efeito nos seguintes termos:a) O reconhecimento direto dos associados das OA, OE e ANET,

propostos pelas respetivas associações profissionais, desde que comprovadamente possuam um mínimo de cinco anos de experiên-cia profissional em SCIE;

b) O reconhecimento dos associados das OA, OE e ANET, propostos pelas respetivas associações profissionais, que tenham concluído com aproveitamento as necessárias ações de formação na área es-pecífica de SCIE, cujo conteúdo programático, formadores e carga horária tenham sido objeto de protocolo entre a ANPC e cada uma daquelas associações profissionais.

2. A responsabilidade pela elaboração dos planos de segurança internos referentes a edifícios e recintos classificados na 3.ª e 4.ª categorias de risco, constituídos pelos planos de prevenção, pelos planos de emer-gência internos e pelos registos de segurança, tem de ser assumida exclusivamente por técnicos associados das OA, OE e ANET, propostos pelas respetivas associações profissionais.

3. A ANPC deve proceder ao registo atualizado dos autores de projeto e planos de SCIE referidos nos números anteriores e publicitar a listagem dos mesmos no sítio da ANPC.

Artigo 17.ºOperações urbanísticas

1. Os procedimentos administrativos respeitantes a operações urbanís-ticas são instruídos com um projeto de especialidade de SCIE, com o conteúdo descrito no anexo iv ao presente decreto-lei, que dele faz parte integrante.

2. As operações urbanísticas das utilizações-tipo i, ii, iii, vi, vii, viii, ix, x, xi e xii da 1.ª categoria de risco, são dispensadas da apresentação de projeto de especialidade de SCIE, o qual é substituído por uma ficha de segurança por cada utilização-tipo, conforme modelos aprovados pela ANPC, com o conteúdo descrito no anexo v ao presente decreto-lei, que dele faz parte integrante.

3. Nas operações urbanísticas promovidas pela Administração Pública, nomeadamente as referidas no artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, devem ser cumpridas as condições de SCIE.

4. As operações urbanísticas cujo projeto careça de aprovação pela ad-ministração central e que nos termos da legislação especial aplicável tenham exigências mais gravosas de SCIE, seguem o regime nelas previsto.

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR CONSOLIDADA

Artigo 17.º-AApresentação dos projetos das especialidades

1. O requerente deverá solicitar a aprovação dos projetos das especialida-des no prazo de 180 dias a contar da notificação do ato que aprovar o projeto de arquitetura, a contar da formação do deferimento tácito do pedido de aprovação desse projeto, ou dentro do prazo estabelecido nos termos do n.º 5 do artigo 15.º, conforme os casos.

2. O requerimento referido no número anterior é instruído com os proje-tos das especialidades necessários à execução da obra.

3. Caso o requerente opte pela execução faseada da obra, deverá, no re-querimento a que alude o n.º 1, identificar a fase da obra a que o mesmo respeita.

4. A falta de apresentação do requerimento previsto no n.º 1 nos prazos aí referidos implica a caducidade da aprovação do projeto de arquitetura e o arquivamento oficioso do processo.Alterações: Decreto-Lei n.º 250/94, de 15 de outubro.

Artigo 18.ºUtilização dos edifícios

1. O pedido de autorização de utilização de edifícios ou suas frações au-tónomas e recintos, referido no artigo 63.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, deve ser instruído com termo de responsabilidade subscrito pelos autores de projeto de obra e do diretor de fiscalização de obra, no qual devem declarar que se encontram cumpridas as condições de SCIE.

2. Quando haja lugar a vistorias, nos termos dos artigos 64.º e 65.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, ou em virtude de legislação especial em matéria de autorização de funcionamento, nas mesmas deve ser apreciado o cumprimento das condições de SCIE e dos respe-tivos projetos ou fichas de segurança, sem prejuízo de outras situações previstas na legislação específica que preveja ou determine a realização de vistoria.

3. As vistorias referidas no número anterior, referentes às 3.ª e 4.ª catego-rias de risco, integram um representante da ANPC ou de uma entidade por ela credenciada.

Artigo 19.ºInspeções

1. Os edifícios ou recintos e suas frações estão sujeitos a inspeções regulares, a realizar pela ANPC ou por entidade por ela credenciada, para verificação da manutenção das condições de SCIE aprovadas e da