legislação de segurança e medicina no trabalho - manual prático

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  • 8/4/2019 Legislao de Segurana e Medicina no Trabalho - Manual prtico

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    LEGISLAO DESEGURANA

    EMEDICINA NO TRABALHO

    Manual Prtico Atualizado at janeiro/03

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    APRESENTAO

    Esta publ icao tem por objet ivo que o pequeno e micro empresriocompreenda a legislao sobre Segurana e Medicina no Trabalhode uma forma simplif icada, sistemtica, clara.

    As indst rias em geral, independentement e do port e, tm nooda necessidade de prevenir os riscos dos acidentes do trabalho edas doenas profissionais, mormente pelos altos custos querepresentam e pela prpria responsabilidade social. Entendemosas dif iculdades no conhecimento de todos os aspectos que norteiamesta matria, pois trata-se de procedimentos que impactamdiretamente a produtividade e a competitividade das empresas.

    A FIESP/CIESP sempre sensibilizada com a micro e pequena indstriaelaborou o presente trabalho, de forma que todos os int eressadostenham melhor lucratividade e qualidade de vida por meio dodesempenho em segurana e medicina no trabalho nas empresas.

    Pedro EvangelinosDiretor Titular do Departamento de Integrao Sindical

    Ermano M archett iCoordenador da Cmara de Desenvolvimento das Pequenas e

    Mdias Empresas

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    N D I C E G E R A L

    I - Introduo

    II - Condies de Segurana e Medicina do Trabalho - Breve Histrico

    III - Acident e do Trabalho

    1. Conceito

    2. Benef cios Previdencirios

    3. Seguro Acidente do Trabalho

    4. Aposent adoria Especial

    5. Como preencher o Perf il Prof issiogrf ico Previdencirio

    IV - Anlise de Risco do Trabalho

    V - Segurana e Medicina do Trabalho - Responsabil idade para as Empresas

    1. Aspectos Gerais

    2. Legislao e Jurisprudncia

    VI - Normas Regulament adoras - NRs

    1. Prembulo

    2. Resumos NRs

    NR1 - DISPOSIES GERAIS

    NR2 - INSPEO PRVIA

    NR3 - EMBARGO OU INTERDIO

    NR4 - SERVIOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANA

    E EM MEDICINA DO TRABALHO - SESMT

    NR5 - COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES - CIPA

    NR6 - EQUIPAMENTO DE PROTEO INDIVIDUAL - EPI

    NR7 - PROGRAM A DE CONTROLE MDICO DE SADE OCUPACIONAL - PCMSO

    NR8 - EDIFICAES

    NR9 - PROGRAMA DE PREVENO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA

    NR10 - INSTALAES E SERVIOS EM ELETRICIDADE

    NR11 - TRANSPORTE, MOVIMENTAO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS

    NR12 - M QUINAS E EQUIPAM ENTOS

    NR13 - CALDEIRAS E VASOS DE PRESSO

    NR14 - FORNOS

    NR15 - ATIVIDADES E OPERAES INSALUBRES

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    NR16 - ATIVIDADES E OPERAES PERIGOSAS

    NR17 - ERGONOMIA

    NR18 - CONDIES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO NA INDSTRIA DA CONSTRUO-PCMT

    NR19 - EXPLOSIVOS

    NR20 - LQUIDOS COM BUSTVEIS E INFLAM VEIS

    NR21 - TRABALHO A CU ABERTO

    NR22 - TRABALHOS SUBTERRNEOS

    NR23 - PROTEO CONTRA INCNDIOS

    NR24 - CONDIES SANITRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO

    NR25 - RESDUOS INDUSTRIAIS

    NR26 - SINALIZAO DE SEGURANA

    NR27 - REGISTRO PROFISSIONAL DO TCNICO DE SEGURANA DO TRABALHO NO

    MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGO

    NR28- FISCALIZAO E PENALIDADES

    VII - AS NORMAS REGULAMENTADORAS E SUA CONTRIBUIO PARA O DESENVOLVIM ENTO

    HARMNICO E SEGURO DAS RELAES DO TRABALHO

    BIBLIOGRAFIA

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    I - INTRODUO

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    No Direi to do Trabalho e no Direit o Previdencirio observa-se uma dinmica int ensa, as modif icaes sof reqent es, as alteraes peridicas. Sabemos que a part ir da lei, no sent ido estrit o do t ermo, percorre-seuma longa cadeia de atos at a concret izao da norma (temos ento Port arias, Instrues Normat ivas,Ordens de Servio, M odelos).

    Objet ivando colaborar com o pequeno e micro empresrio, bem como com aqueles que t m int eresse noassunto, a FIESP/CIESP elaborou o presente Manual Prtico de Legislao sobre Segurana e Medicina noTrabalho, visualizando conjuntamente toda uma cadeia de atos e conseqncias para as empresas,empregados, governo e toda a sociedade.

    A Segurana e Medicina no Trabalho preocupa-se com todas as ocorrncias que int erf iram em soluo decontinuidade em qualquer processo produtivo, independente se nele tenha resultado leso corporal,perda material, perda de tempo ou mesmo esses t rs fatores conjunt os.

    Desta forma, apresentamos um breve histr ico sobre a Segurana e Medicina no Trabalho , demonst randoa conceituao de um Acidente do Trabalho e as suas conseqncias previdencirias e trabalhistas, bemcomo o que uma Anlise de Risco do Trabalho, sua elaborao, suas etapas e conseqent ement e os seusresultados.

    Discorremos sobre a legislao do SAT - Seguro Acidente do Trabalho, sobre as contribuies que sodevidas pelo empregador em relao aos empregados que esto expostos a cond ies especiais de t rabalhoe sobre a Aposentadoria Especial, contendo a nova legislao sobre a obrigatoriedade do PerfilProfissiogrfico Previdencirio para as empresas, como a sua implantao.

    Conceituamos, legalmente, o que a Segurana e Medicina no Trabalho, o que uma NormaRegulament adora e os aspectos gerais cont idos na legislao de como uma empresa pode ser penalizadacivil, penal e administrativamente.

    Finali zando, foi elaborado um breve resumo das vint e e oito Normas Regulamentadoras, que podem seracessadas, na ntegra, no prprio site www.mte.gov.br do Ministrio do Trabalho e Emprego, por meiodo Departamento de Segurana e Medicina no Trabalho.

    sabido que preveno de acidentes no se faz simplesmente com a aplicao de normas, porm elasind icam o caminho obrigatrio e determ inam limit es mnimos de ao para que se alcance, na pleni tude,

    os recursos existentes na legislao. necessrio que se conhea seus meandros e possibilidades e, comisso, conseguir eliminar, ao mximo, os riscos nos ambientes de trabalho.

    Assessoria Sindical da FIESP-CIESP

    O trabalho t em uma tal fecundidade e tal eficcia, que sepode afirmar, sem receio de engano, que ele a font e nicade onde procede a riqueza das naes . Papa Leo XIII 1

    I - INTRODUO

    1. Encclica Rerum Novarum. Edit. Vozes, 6Ed.

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    II - CONDIES DESEGURANAEMEDICINA NO TRABALHO - BREVEHISTRICO

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    II - CONDIES DE SEGURANA E MEDICINA NO TRABALHO -BREVE HISTRICO

    Dentro das perspectivas dos direitos fundamentais do trabalhador em usufruir de uma boa e saudvelqualidade de vida, na medida em que no se pode dissociar os direitos humanos e a qualidade de vida,verif ica-se, gradat ivamente, a grande preocupao com as cond ies do t rabalho .

    A primazia dos meios de produo em detrimento da prpria sade humana fato que, inf elizmente,vem sendo experiment ado ao longo da histria da sociedade moderna. possvel conciliar economia esade no trabalho.

    As doenas aparentement e modernas (st ress, neuroses e as leses por esforos repetit ivos), j h sculosvem sendo diagnosticadas.

    Os problemas relacionados com a sade intensificam-se a partir da Revoluo Industrial. As doenas dotrabalho aumentam em proporo a evoluo e a potencializao dos meios de produo, com asdeplorveis condies de trabalho e da vida das cidades.

    A OIT - Organizao Internacional do Trabalho, em 1919, com o advento do Tratado de Versalhes,

    objeti vando uni formizar as questes t rabalhi stas, a superao das cond ies subumanas do t rabalho e odesenvolviment o econmico, adota seis convenes dest inadas proteo da sade e in tegridade f sicados trabalhadores (limitao da jornada de trabalho, proteo maternidade, trabalho noturno paramulheres, idade mnima para admisso de crianas e o t rabalho not urno para menores).

    At os dias atuais diversas aes foram implementadas envolvendo a qualidade de vida do trabalho,buscando in tervir diret ament e nas causas e no apenas nos efeit os a que esto expostos os t rabalhadores.

    Em 1919, por meio do Decreto Legislat ivo n 3.724, de 15 de janeiro de 1919, implantaram-se servios demedicina ocupacional, com a fiscalizao das condies de trabalho nas fbricas.

    Com o advento da Segunda Guerra Mundial despert ou-se uma nova ment alidade humanit ria, na buscade paz e estabilidade social.

    Finda a Segunda Guerra Mundial, assinada a Carta das Naes Unidas, em So Francisco, em 26 dejunho de 1945, que estabelece nova ordem na busca da preservao, progresso social e melhores condiesde vida das futuras geraes.

    Em 1948, com a criao da OMS - Organizao Mundial da Sade, estabelece-se o conceito de que a sade o comp leto bem-estar f sico, ment al e social, e no somente a ausncia de afeces ouenfermidades e que o gozo d o grau mximo de sade que se pode alcanar um dos direit osfundamentais de todo ser humano..

    Em 10 de dezembro de 1948, a Assemblia Geral das Naes Unidas, aprova a Declarao Universal dosDireit os Humanos do Homem, que se const it ui uma f ont e de pr incpios na aplicao das normas jur dicas,

    que assegura ao trabalhador o direito ao trabalho, livre escolha de emprego, as condies justas efavorveis de t rabalho e pro teo cont ra ao desemprego; o direito ao repouso e ao lazer, lim itao dehoras de t rabalho , fr ias peridicas remuneradas, alm de padro de vida capaz de assegurar a si e a suafamlia sade e bem-estar.

    Cont udo, a reconstruo ps-guerra induz a srios prob lemas de acidentes e doenas que repercutem nasatividades empresariais, tanto no que se refere s indenizaes acidentrias, quanto ao custo peloafastamento de empregados doentes.

    Impunha-se a criao de novos mtodos de int erveno das causas de doenas e dos acidentes, recorrendo-se part icipao int erprof issional.

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    Em 1949, a Inglaterra pesquisa a ergonomia, que objetiva a organizao do t rabalho em vista da realidadedo meio ambient e laboral adequar-se ao homem.

    Em 1952, com a f undao da Comunidade Europia do Carvo e do Ao - CECA, as questes volt aram-separa a segurana e medicina do trabalho nos setores de carvo e ao, que at hoje estimula e financiaprojetos no setor.

    Na dcada de 60 inicia-se um movimento social renovado, revigorado e redimensionado marcado peloquestionamento do sentido da vida, o valor da l iberdade, o signif icado do trabalho na vida, o uso docorpo, notadamente nos pases industrializados como a Alemanha, Frana, Inglaterra, Estados Unidos eItlia.

    Na Itlia, a empresa Farmit lia, iniciou um processo de conscient izao dos operrios quanto nocividadedos produt os qumicos e dos tcnicos para a det eco dos prob lemas. A FIAT reorganiza as condies det rabalho nas fbricas, mod if icando as formas de part icipao da classe operr ia.

    Na realidade o problema da sade do t rabalhador passa a ser out ra, desloca-se da ateno dos efeit ospara as causas, o que envolve as condies e questes do meio ambient e.

    No incio da dcada de 70, o Brasil o detentor do t tu lo de campeo mundial de acidentes. E, em 1977,o legislador dedica no texto da CLT - Consol idao das Leis do Trabalho, por sua reconhecida importnciaSocial, captulo especfico Segurana e Medicina do Trabalho. Trata-se do Captulo V, Ttulo II, artigos154 a 201, com redao da Lei n 6.514/77.

    O Ministrio do Trabalho e Emprego, por meio da Secretaria de Segurana e Sade no Trabalho, hojedenominado Departamento de Segurana e Sade no Trabalho, regu lament a os art igos cont idos na CLTpor meio da Port aria n 3.214/78, criando vint e e oi to Normas Regulamentadoras - NRs. Com a publicaoda Portaria n 3214/78 se estabelece a concepo de sade ocupacional.

    Em 1979, a Comisso Intersindical de Sade do Trabalhador, promove a Semana de Sade do Trabalhadorcom enorme sucesso e em 1980 essa comisso de t ransforma no Depart ament o Int ersindical de Estudos ePesquisas de Sade e dos Ambientes do Trabalho.

    Os eventos dos anos seguin tes enfatizaram a elim inao do r isco de acident es, da insalubr idade ao ladodo movimento das campanhas salariais.

    Os diversos Sindicatos dos Trabalhadores, como o das Indst rias Metalrgicas, Mecnicas, t iveram funda-ment al import ncia denunciando as cond ies inseguras e indignas observadas no t rabalho .

    Com a Constituio de 1988 nasce o marco principal da etapa de sade do trabalhador no nossoordenamento jur dico. Est garant ida a reduo dos riscos inerent es ao trabalho, por meio de normas desade, higiene e segurana. E, rat if icadas as Convenes 155 e 161 da OIT, que t ambm regulament amaes para a preservao da Sade e dos Servios de Sade do Trabalhador.

    As conquistas, pouco a pouco, vm int roduzindo novas ment alidades, sediment ando bases slidas para opleno exerccio do di reit o que todos devem ter sade e ao trabalho prot egido de riscos ou das cond iesperigosas e insalubres que pem em r isco a vida, a sade f sica e mental do t rabalhador.

    A pro teo sade do t rabalhador f undament a-se, const it ucionalment e, na tut ela da vida comdignidade , e tem como objet ivo primordial a reduo do risco de doena, como exemplif ica o art . 7,inciso XXII, e tambm o art . 200, inciso VIII, que prot ege o meio ambiente do t rabalho , alm do art . 193,que determina que a ordem social tem como base o primado do t rabalho, e como objeti vo o bem-estare a just ia sociais . Posteriorment e, o Ministrio do Trabalho, por meio da Port aria n 3.067, de 12.04.88,aprovou as cinco Normas Regulamentadoras Rurais vigentes.A Portaria SSST n 53, de 17.12.97, aprovou a NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade noTrabalho Porturio.

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    Atuando de forma tripartite o Ministrio do Trabalho e Emprego, divulga para consulta pblica a Portaria SIT/SST n 19 de 08.08.01, publicada no DOU de 13.08.01, para a criao da NR n 30 - Norma Regulamentadorade Segurana e Sade no Trabalho Aquavirio.

    E, em 06.11.02 foi publicada no DOU a Portaria n 30, de 22.10.02, da Secretaria de Inspeo do Trabalho, doMTE, divulgando para consulta pblica proposta de texto de criao da Norma Regulamentadora N 31 -Segurana e Sade nos Trabalhos em Espaos Confinados.

    Os problemas referentes segurana, sade, ao meio ambiente e qualidade de vida no trabalho vmganhando importncia no Governo, nas entidades empresariais, nas centrais sindicais e na sociedade comoum todo. O Ministrio do Trabalho e Emprego tem como meta a reduo de 40% nos nmeros de acidentes dotrabalho no Pas at 2003.

    Propostas para construir um Brasil moderno e competitivo, com menor nmero de acidentes e doenas detrabalho, com progresso social na agricultura, na indstria, no comrcio e nos servios, devem ser apoiadas.Para isso deve haver a conjuno de esforos de todos os setores da sociedade e a conscientizao naaplicao de programas de sade e segurana no trabalho. Trabalhador saudvel e qualificado representaprodutividade no mercado globalizado.

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    III - ACIDENTEDO TRABALHO

    1. Conceito

    2. Benefcios Previdencirios

    3. Seguro Acidente do Trabalho

    4. Aposentadoria Especial

    5. Como preencher o Perfil Profissiogrfico Previdencirio

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    III - ACIDENTE DO TRABALHO

    o que ocorre pelo exerccio do t rabalho a servio da empresa ou pelo exerccio do t rabalho dos seguradosprevidencirios, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda oureduo, permanente ou temporria, da capacidade para o t rabalho.

    Consideram -se acidente do t rabalho:

    I - doena prof issional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do t rabalho pecu-liar a determinada atividade constante da respectiva relao elaborada pelo Ministrio da PrevidnciaSocial;

    II - doena do t rabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em f uno de condies especiaisem que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante da respectiva relaoelaborada pelo Ministrio da Previdncia Social.

    No so consideradas como doena do trabalho:a) doena degenerat ivab) a inerente a grupo etrio;c) a que no produza incapacidade laborativa;

    d) a doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela se desenvolva, salvocomprovao de que result ante de exposio ou cont ato direto determinado pela natureza do t rabalho.

    Equiparam -se ao acidente do trabalho:I - o acidente ligado ao t rabalho que, embora no tenha sido a causa nica, haja cont ribu do diretamentepara a mort e do segurado, para reduo ou perda da sua capacidade para o t rabalho, ou produzido lesoque exija ateno mdica para a sua recuperao;

    II - o acident e sof rido pelo segurado no local e no horrio do t rabalho , em conseqncia de:a) ato de agresso, sabotagem ou t errorismo prati cado por t erceiro ou companheiro de t rabalho;b) ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;c) ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro ou de companheiro de t rabalho;d) ato de pessoa pr ivada do uso da razo;

    e) desabamento, inundao, incndio e out ros casos fort uit os ou decorrentes de fora maior;

    III - a doena proveniente de cont aminao acident al do empregado no exerccio de sua ati vidade;

    IV - o acidente sof rido pelo segurado, ainda que fora do local e horrio de t rabalho:a) na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade da empresa;b) na prestao espontnea de qualquer servio empresa para lhe evitar prejuzo ou proporcionarproveito;c) em viagem a servio da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seusplanos para melhorar capacitao da mo-de-obra, independent emente do meio de locomoo ut ilizado,inclusive veculo de propriedade do segurado;d) no percurso da residncia para o local de t rabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de

    locomoo, inclusive veculo de propr iedade do segurado;

    V - nos perodos dest inados refeio ou descanso, ou por ocasio da sat isfao de out ras necessidadesfisiolgicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado considerado no exerccio do trabalho;

    No considerada agravao ou complicao de acidente do t rabalho a leso que, result ante de acident ede outra origem, se associe ou se superponha s conseqncias do anterior.

    Dia do acidenteConsidera-se como dia do acident e, no caso de doena prof issional ou do t rabalho, a data do in cio daincapacidade laborat iva para o exerccio da atividade habit ual, ou o dia da segregao compulsria, ouo dia em que f or realizado o diagnsti co, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.

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    Comunicao do acidenteA empresa dever comunicar o acident e do t rabalho Previdncia Social at o pr imeiro dia t il seguin teao da ocorrncia e, em caso de mort e, de imediato, autoridade competent e, sob pena de mult a varivelentre o limite mnimo e o limite mximo do salrio-de-contribuio, sucessivamente aumentada nasreincidncias.

    Da comunicao de acident e do t rabalho recebero cpia f iel o acidentado ou seus dependentes, bem

    como o sind icato a que corresponda a sua categoria.

    Na falta de comunicao por parte da empresa, podem formaliz-la o prprio acidentado, seusdependentes, a entidade sindical competente, o mdico que o assistiu ou qualquer autoridade pblica,no prevalecendo o prazo previsto de um dia.

    A empresa no se exime de sua responsabilidade pela comunicao do acidente feita pelos terceirosacima citados.Os sindicatos e as entidades de classe podero acompanhar a cobrana das multas, pelaPrevidncia Social.

    Caracterizao do acidenteO acidente do trabalho pode ser caracterizado:a) administ rat ivamente, pelo Setor de benef cio do INSS;b) t ecnicamente, pela percia mdica do INSS, que estabelecer o nexo de causa e efeito ent re: o acident ee a leso; a doena e o t rabalho; a causa mor t is e o acidente.

    BENEFCIOS PREVIDENCIRIOS

    Auxlio-doenaO auxlio-doena ser devido ao segurado que, cumprido o perodo de carncia exigido pelo M inistrioda Previdncia e Assistncia Social, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade ha-

    bit ual por mais de 15 (quinze) dias consecut ivos. Durant e os primeiros quinze dias consecut ivos ao doafastamento da atividade por mot ivo de doena, incumbir empresa pagar ao segurado empregado oseu salrio int egral.

    A empresa que d ispuser de servio mdico, prprio ou em convnio , ter a seu cargo o exame mdico eo abono das faltas correspondentes aos primeiros quinze dias, devendo encaminhar o segurado empregado percia mdica da Previdncia Social quando a incapacidade ultrapassar os quinze dias.

    O segurado em gozo de auxlio-doena, insuscept vel de recuperao para sua at ividade habitual, deversubmeter-se a processos de reabili tao prof issional para o exerccio de ou tra at ividade.

    No cessar o benef cio at que seja dado como habili tado para o desempenho de nova atividade que

    lhe garanta a subsistncia ou, quando considerado no-recupervel, for aposentado por invalidez.

    O segurado empregado em gozo de auxlio -doena ser considerado pela empresa como licenciado.

    Auxlio- acident eO auxlio-acidente ser concedido, como indenizao, ao segurado quando, aps a consolidao dasleses decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqelas que impliquem reduo dacapacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

    O auxlio-acident e ser devido a part ir do dia seguin te ao da cessao do auxlio-doena, independen-temente de qualquer remunerao ou rendiment o auf erido pelo acidentado, vedada sua acumulaocom qualquer aposentadoria.O recebimento de salrio ou concesso de outro benefcio, exceto deaposentadoria, no prejud icar a cont inuidade do recebimento do auxlio-acidente.

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    A Previdncia Social prev que a perda da audio, em qualquer grau, somente proporcionar a concessodo auxlio-acidente, quando, alm do reconhecimento de causalidade ent re o t rabalho e a doena, result ar,comprovadamente, na reduo ou perda da capacidade para o trabalho, que habitualmente exercia.

    Aposentadoria por invalidezA aposentador ia por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carncia exigida, ser devida aosegurado que, estando ou no em gozo de auxlio-doena, for considerado incapaz e insusceptvel de

    reabilitao para o exerccio de atividade que lhe garanta a subsistncia, e ser-lhe- paga enquantopermanecer nesta condio.

    A concesso de aposentadoria por invalidez depender da verif icao mediante exame mdico pericial acargo da Previdncia Social, podendo o segurado, s suas expensas, fazer-se acompanhar de mdico desua confiana.

    Concluindo a percia mdica inicial pela existncia de incapacidade total e definitiva para o trabalho, aaposentadoria por invalidez ser devida ao segurado empregado, a contar do dcimo sexto dia doafastamento da atividade, ou a partir da entrada do requerimento , se entre o afastamento e a entradado requerimento decorrerem mais de t rint a dias.

    Durant e os primeiros quinze dias de afastamento da ati vidade por mot ivo de invalidez, caber empresapagar ao segurado empregado o salrio.

    O aposentado por invalidez que retornar voluntariamente atividade ter sua aposentadoriaautomaticamente cancelada, a partir da data do retorno.

    Verif icada a recuperao da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, ser observado o seguinteprocedimento:

    I - quando a recuperao ocorrer dent ro de 5 (cinco) anos, cont ados da data do in cio da aposentador iapor invalidez ou do auxlio -doena que a ant eceda sem int errupo, o benef cio cessar de imediat o parao segurado empregado que tiver direito a retornar funo que desempenhava na empresa quando seaposentou, na forma da legislao t rabalhista, valendo como documento, para t al f im, o certif icado de

    capacidade fornecido pela Previdncia Social.

    II - quando a recuperao for parcial, ou ocorrer dent ro de 5 (cinco) anos, cont ados da data da aposentadoriapor invalidez ou do auxlio-doena que a ant eceda sem int errupo, ou ainda quando o segurado f ordeclarado apt o para o exerccio de t rabalho diverso do qual habi tualment e exercia, a aposentador ia sermanti da, sem prejuzo da volt a atividade.

    Observe-se que o benef icirio empregado em gozo de uma das prestaes, acima citadas, tem di reit o aoabono anual, equivalente ao 13 salrio.

    Penso por m orteA penso por mort e,seja por acident e t pico, seja por doena ocupacional, devida aos dependentes do

    segurado.Estabilidade provisriaO segurado que sof reu acident e do trabalho t em garant ida, pelo prazo de doze meses, a manut eno doseu cont rato de t rabalho na empresa, aps a cessao do auxlio-doena acident rio, independentementede percepo de auxlio-acident e.Em se tratando de cont rato por prazo determinado, a resciso cont ratual poder ser efetuada no t rminodo prazo ajustado, no havendo que se falar em estabilidade.

    Ressalte-se que, se o empregado se afasta apenas por at 15 (qu inze) dias da empresa, no h concessodo auxlio-doena e no haver garantia de emprego.A garantia de emprego de doze meses s assegurada aps a cessao do auxlio-doena. Caso oempregado se afaste com periodicidade para tratamento mdico, com percepo de auxlio-doena

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    acidentrio, ser computada a garant ia de doze meses a parti r do retorno do empregado ao t rabalho,isto , quando da cessao def ini t iva do auxlio-doena acident rio.

    Destaque-se, tambm, que o cont rato de t rabalho do empregado encont ra-se int errompido at o dcimoquinto dia e suspenso a partir do dcimo sexto dia ao do acidente.

    SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO - SATO Seguro Acidente do Trabalho - SAT tem sua base constitucional estampada no inciso XXVIII do art. 7,Inciso I do art. 195 e inciso I do art. 201, todos da Carta Magna de 1988, garantindo ao empregado umseguro cont ra acident e do t rabalho , s expensas do empregador, mediant e pagamento de um adicionalsobre a folha de salrios, com administrao atribuda Previdncia Social.

    A base inf ra-const it ucional da exao a Lei n 8.212/91, que estabelece em seu art . 22, II: Art .22 - Acont ribuio a cargo da empresa dest inada Seguridade Social, alm do d isposto no art . 23, de:I - .........................................................................................................................................................................

    II - para o f inanciamento do benefcio previsto nos arts. 57 e 58 da Lei 8.213/91, de 24 de ju lho de 1991, edaqueles concedidos em razo do grau de incidncia de incapacidade labo rat iva decorrente dos riscosambientais do trabalho, sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas, no decorrer do ms, aossegurados empregados e trabalhadores avulsos:

    a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja at ividade preponderante o risco de acident es do t rabalhoseja considerado leve;b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderant e o r isco de acident es do t rabalhoseja considerado mdio ;c) 3% (t rs por cento) para as empresas em cuja at ividade preponderante o risco de acidentes do t rabalhoseja considerado grave .

    A at ividade preponderante da empresa, para fins de enquadramento na alquota de grau de risco destinadaa arrecadar recursos para custear o f inanciamento dos benef cios concedidos em razo de maior incidnciade incapacidade laborativa decorrente de riscos ambientais, aquela que ocupa, na empresa, o maiornmero de segurados empregados e t rabalhadores avulsos.

    O enquadramento das atividades da empresa de responsabilidade da prpr ia empresa como, tambm,estabelece o Decret o n 3.048/99, em seu art .202, 4, que a empresa o f aa de acordo com a Relao deAtividades Preponderantes e correspondentes graus de risco, prevista em seu Anexo V, obedecidas asseguintes disposies:

    a) a empresa com estabeleciment o nico e uma nica ati vidade enquadrar-se- na respect iva ati vidade;

    b) a empresa com estabeleciment o nico e mais de uma ati vidade econmica para enquadrar-se simularo enquadramento em cada uma delas, prevalecendo como preponderante aquela que tenha o maiornmero de segurados empregados e t rabalhadores avulsos;b1) para fins de enquadramento no sero considerados os empregados que prestam servios ematividades-meio, assim entendidas aquelas atividades que auxiliam ou complementam indistintamenteas diversas atividades econmicas da empresa, como, por exemplo, administrao geral, recepo,faturamento, cobrana, etc.;

    c) a empresa com mais de um estabelecimento e diversas atividades econmicas proceder da seguinteforma:c1) enquadrar-se-, inicialmente, por estabeleciment o, em cada uma das at ividades econmicas existentes,prevalecendo como preponderante aquela que tenha o maior nmero de segurados empregados et rabalhadores avulsos e, em seguida, comparar os enquadrament os dos estabeleciment os para definir o

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    enquadramento da empresa, cuja atividade econmica preponderante ser aquela que tenha o maiornmero de segurados empregados e trabalhadores avulsos, apurada dent re t odos os seus estabelecimentos;c2) na ocorrncia de at ividade econmica preponderante idnt ica (mesmo CNAE), em estabeleciment osdistintos, o nmero de segurados empregados e trabalhadores avulsos dessas atividades ser totalizadopara definio da atividade econmica preponderante da empresa;

    d) apurando-se, no estabelecimento, na empresa ou no rgo do poder pblico, o mesmo nmero de

    segurados empregados e trabalhadores avulsos em atividades econmicas distintas, ser consideradocomo preponderante aquela que corresponder ao maior grau de risco.

    Impor tante fr isar que, para o f inanciamento dos benef cios de aposentadoria especial, segundo a Lei n9.732/98 (DOU de 14.12.98), com vigncia a part ir da compet ncia de abri l/99, as alquot as (1%, 2% ou3%) sero acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade, exercida pelosegurado a servio da empresa, que permita a concesso desse benefcio aps quinze, vinte ou vinte ecinco anos de cont ribuio, respect ivamente.

    Observe-se que o acrscimo incide exclusivamente sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas,no decorrer do ms, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos sujeitos a condies especiais.Com relao aos demais empregados da empresa, que no estiverem expostos a agente nocivo e,conseqent emente, no f izerem jus aposentadoria especial, no haver qualquer acrscimo na alquota

    dest inada ao SAT. Cabe destacar que, com a revogao do 9, do art . 202 do Regulament o da PrevidnciaSocial aprovado pelo Decreto n 3.048/99 pelo art . 4 do Decreto n 3.265/99, a microempresa e a empresade pequeno port e no optantes pelo SIMPLES, que recolhiam a cont ribuio sobre o percentual mnimode 1% para o f inanciamento das aposentador ias especiais, f icam sujeit as s alquot as normais de 1%, 2%ou 3%, conf orme o enquadramento . Havendo agente nocivo, que propicie ao empregado o benefciode aposentador ia especial, dever ser observada a majorao de alquota cont ida na Lei n 9.732/98.

    Ressalte-se que a Medida Provisria n 83, de 12.12.2002, publicada no DOU de 13.12.02, que dispesobre a concesso da aposentador ia especial ao cooperado de cooperat iva de t rabalho e de produo,em seu 1 do art. 1, criou para as empresas tomadoras de servios de cooperado, que labore emcondies especiais, contribuies adicionais de 9%, 7% e 5%, incidentes sobre o valor bruto da notafiscal ou sobre a fatura de prestao de servios.

    A M edida, em seu art. 6, majorou para 4%, 3% e 2% os percentuais de reteno do valor brut o da notafiscal ou fatura de prestao de servios relativos a servios prestados mediante cesso de mo-de-obra,inclusive em regime de t rabalho temporrio, por segurado empregado, cuja atividade permi ta a concessode aposentadoria especial aps 15, 20 ou 25 anos de cont ribuio. A MP tambm criou, em seu art . 4,para as empresas a obrigao de arrecadar a contribuio do segurado contribuinte individual a seuservio, descontando-a da respectiva remunerao, e recolher o valor arrecadado juntamente com acont ribuio a seu cargo at o dia 02 do ms seguin te ao da competncia. No caso do cont ratado no serinscrito no INSS, a empresa dever inscrev-lo no INSS como contribuinte individual.

    Em seu art . 10, a MP discipl inou que a alquota de um, dois ou t rs por cento, dest inada ao f inanciamentodo benefcio de aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razo do grau de incidncia deincapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poder ser reduzida, em atcinqent a por cento, ou aument ada, em at cem por cento, conforme dispuser o regulamento , em razodo desempenho da empresa em relao respectiva atividade econmica, apurado em conformidadecom os resultados obtidos a partir dos ndices de freqncia, gravidade e custo, calculados segundo ametodo logia aprovada pelo Conselho Nacional de Previdncia Social.

    A M edida Provisria ent ra em vigor na dat a de sua publi cao, ou seja 13.12.02, produzindo seus efeit os,quant o aos 1 e 2 do art . 1 e aos arts. 4 a 6 e 9, a part ir do dia primeiro ao nonagsimo dia da suapublicao.

    Atualizado at janeiro/2003

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    APOSENTADORIA ESPECIAL

    A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carncia exigida pela Previdncia Social, ser devida aosegurado que tenha trabalhado durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme ocaso, sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica. A concesso daaposentadoria especial depender de comprovao pelo segurado, perante o Inst it uto Nacional do SeguroSocial - INSS, do tempo de t rabalho permanente, no ocasional nem int ermit ente, em cond ies especiaisque prejudiquem a sade ou a int egridade fsica, durante o perodo mnimo f ixado.

    Considera-se para esse fim:

    I - trabalho permanente aquele em que o segurado, no exerccio de todas as suas funes, esteveefetivamente exposto agentes nocivos fsicos, qumicos, biolgicos ou associao de agentes;

    II - t rabalho no ocasional nem intermitente aquele em que, na jornada de t rabalho, no houve interrupoou suspenso do exerccio de atividade de exposio aos agentes nocivos, ou seja, no foi exercida deforma alternada, atividade comum e especial.

    Ent ende-se por agentes nocivos aqueles que possam t razer ou ocasionar danos sade ou int egridadefsica do trabalhador nos ambientes de trabalho, em funo de natureza, concentrao, intensidade e

    fator de exposio, considerando-se:a) fsicos: os rudos, as vibraes, o calor, as presses anormais, as radiaes ionizantes, etc.;b) qumicos: os manif estados por nvoas, neblinas, poeiras, fumos, gazes, vapores de substncias nocivaspresentes no ambient e de t rabalho, aborvidos pela via respirat ria, bem como aqueles que f orem passveisde absoro por meio de outras vias;c) biolgicos: os microorganismos como bactrias, fungos, parasitas, bacilos, vrus e ricketesias dentreoutros.

    O segurado dever comprovar, alm do tempo de trabalho, exposio aos agentes nocivos qumicos,fsicos, biolgicos ou associao de agentes prejudiciais sade ou integridade fsica, pelo perodoequivalent e ao exigido para a concesso do benef cio.

    O tempo de t rabalho exercido sob cond ies especiais que sejam ou venham a ser consideradas prejudiciais sade ou int egridade f sica ser somado , aps a respect iva converso ao tempo de t rabalho exercidoem atividade comum, segundo critrios estabelecidos pelo Ministrio da Previdncia e Assistncia Social,para efeito de concesso de qualquer benef cio.

    Segundo a Instruo Normativa n 84, da Diretoria Colegiada do Instituto Nacional do Seguro Social -INSS, de 17.12.02, publ icada no DOU de 23.12.02, em sua subseo IV, que t rat a Das Condies para aConcesso da Aposent adori a Especial , art . 146, 3, determ ina: Qualquer que seja a dat a dorequeriment o dos benefcios do RGPS - Regime Geral da Previdncia Social, as at ividades exercidas deveroser analisadas da seguinte forma:

    Perodo Trabalhado Enquadram ento

    At 28/04/1995 Quadro Anexo ao Decreto n 53.831, de 1964.Anexos I e II do RBPS, aprovado pelo Decret o n 83.080, de 1979.Sem apresentao de laudo tcnico, exceto para o rudo(Nvel de Presso Sonora Elevado).

    De 29/04/1995 a 05/03/1997 Anexo I do Decret o n 83.080, de 1979.Cdigo 1.0.0 do Anexo ao Decreto n 53.831, de 1964.Com apresent ao de Laudo Tcnico.

    A part ir de 06/03/1997 Anexo IV do Decreto n 2.172, de 1997, subst it udo peloDecreto n 3.048, de 1999.

    Com apresent ao de Laudo Tcnico.

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    Not e-se que o benef cio da aposent ador ia especial alm das previses acima citadas para a sua concesso,ser f inanciado com os recursos provenientes da contribuio de que t rata o inciso II do art igo 22 da Lei8.212/91, ou seja, recolh iment o de 1%, 2% ou 3% decorrentes do grau de incidncia dos riscos ambient aisdo trabalho, sobre o total das remuneraes pagas ou creditadas no decorrer do ms, cujas alquotassero acrescidas de 12 (doze), 9 (nove) ou 6% (seis pontos percentuais), conforme a atividade exercidapelo segurado a servio da empresa que permita a concesso da aposentadoria especial de 15 (quinze),20 (vint e) ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuio, respect ivamente.

    Destaque-se que o acrscimo de 15, 20 ou 25%, acima cit ado, incide exclusivamente sobre a remuneraodo segurado sujeit o s condies especiais para a concesso da aposent adoria especial.

    Para f ins de Comprovao do exerccio de At ividade Especial, a empresa deve fornecer ao t rabalhador oPerf il Prof issiogrf ico Previdencirio - PPP, vide modelo abaixo, emit ido com base em Laudo Tcnico deCondies Ambient ais de Trabalho - LTCAT, expedido por mdico do t rabalho ou engenheiro de segurana.

    Alternativamente, at 30 de junho de 2003, poder ser fornecido, para comprovao o f ormulrio, antigoSB-40, DISES BE 5235, DSS-8030, DIRBEN 8030. O LTCAT dever ser exigido para os perodos de atividadeexercida sob condies especiais apenas a part ir de 29 de abr il de 1995, exceto no caso do agente nocivorudo ou out ro no arrolado nos decretos regulamentares, os quais exigem apresentao de laudo paratodos os perodos declarados.

    A exigncia da apresentao do LTCAT, acima citada, ser dispensada a partir de 01/07/2003, data davigncia do PPP, devendo, ent ret ant o, permanecer na empresa disposio da Previdncia Social, sesolicitado.

    Os laudos tcnico-periciais de dat as ant eriores ao exerccio das at ividades que atendam aos requisit os dasnormas da poca em que foram realizados serviro de base para o enquadramento da atividade comexposio a agent es nocivos, desde que a empresa conf irme, no f ormulrio DIRBEN-8030 ou no PPP, queas cond ies atuais de t rabalho (ambiente, agente nocivo e out ras) permaneceram inalteradas desde queforam elaborados.

    Os laudos tcnicos elaborados com base em levantamento ambient al, emit idos em dat as posteriores ao

    exerccio da atividade do segurado, devero retratar f ielment e as condies ambient ais do local de t rabalho,detalhando, alm dos agentes nocivos existentes poca, as datas das alteraes ou das mudanas dasinstalaes f sicas ou do lay out daquele ambient e.

    O PPRA - Programa de Preveno de Riscos Ambient ais, nos termos da NR9, visa a preservao da sade eda integridade dos trabalhadores, pela antecipao, pelo reconhecimento, pela avaliao e,conseqentemente, pelo controle da ocorrncia de riscos ambientais, sendo sua abrangncia eprofundidade dependentes das caractersticas dos riscos e das necessidades de controle, devendo serelaborado e implementado pela empresa, por estabelecimento.

    Do laudo t cnico de condies ambient ais do t rabalho devero constar in formao sobre a existncia detecnolog ia de pro teo coletiva ou individual que diminua a int ensidade do agente agressivo a lim ites de

    tolerncia e recomendao sobre a sua adoo pela empresa.O PCMAT - Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Const ruo, nos termosda NR18, obrigat rio para estabeleciment os que desenvolvem indstria da construo (grupo 45 da tabelaCNAE), com vinte trabalhadores ou mais, implementa medidas de controle e sistemas preventivos desegurana nos processos, nas condies e no meio ambiente de trabalho.

    O PCMSO - Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional, nos termos da NR7, objetiva promovere preservar a sade dos trabalhadores a ser elaborado e implementado pela empresa ou peloestabelecimento, a partir do PPRA e do PCMAT, com carter de promover preveno, rastreamento ediagnst ico precoce dos agravos sade relacionados ao t rabalho, inclusive de natureza subclnica, almda constatao da existncia de casos de doenas prof issionais ou danos irreversveis sade.

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    A empresa deve elaborar e manter atualizado o Perfil Profissiogrfico Previdencirio, abrangendo asatividades desenvolvidas pelo t rabalhador. O perf il p rof issiogrfico previdencirio o document o histricode laborao, personalssimo, do t rabalhador que presta servio empresa que, entre out ras inf ormaes,registra dados admin ist rat ivos, parmet ros ambientais e indicadores bio lg icos.

    O Auditor Fiscal do Trabalho poder autuar a empresa que deixar de manter laudo tcnico atualizadocom referncia aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou de

    emitir documento de comprovao de efetiva exposio em desacordo com o respectivo laudo. Comotambm, passvel de infrao a empresa que deixar de elaborar e manter atualizado o perfilprofissiogrfico previdencirio.

    Em uma Ao Fiscal e da Inspeo do Local de Trabalho, o audi tor f iscal da Previdncia Social ou o mdicoperito da Previdncia Social, solicitaro empresa, por estabelecimento e, se esta for contratante deservios de terceiros intramuros, tambm de suas empresas contratadas, entre outros, os seguinteselementos:1) o PPRA - Programa de Preveno de Risco Ambiental; PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos(minerao) ou PCMAT - Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo,conf orme o caso;2) o PCMSO - Programa de Cont role Mdico de Sade Ocupacional;3) o PPP - Perf il Prof issiogrf ico Previdencirio;4) a GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garant ia do Tempo de Servio e Inf ormaes PrevidnciaSocial, a part ir da competncia janeiro de 1999;5) a GRFP - Guia de Recolhimento Rescisr io do Fundo de Garant ia do Tempo de Servio e Informaes Previdncia Social, a part ir da competncia fevereiro de 1999;6) o LTCAT - Laudo Tcnico de Condies Ambient ais do Trabalho , quando for o caso;7) a CAT - Comunicao de Acident e do Trabalho.

    COMO PREENCHER O PERFIL PROFISSIOGRFICO PREVIDENCIRIO

    O Perfil Profissiogrfico Previdencirio - PPP est contido no Anexo XV da Instruo Normativa n 84/02da Diretoria Colegiada do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, de 17.12.02, publicada no DOU de23.12.02, que revogou a Instruo Normat iva INSS/DC n 78, de 16.07.02, pub licada no DOU de 18.07.02,sendo que seu fo rmu lrio poder ser copiado, via Internet , pelas empresas, diret ament e nos sit es:www.mpas.gov.br ou www.previdenciasocial.gov.br.

    PERFIL PROFISSIOGRFICO PREVIDENCIRIO - PPP

    1 Empresa/Estabelecimento: CNPJ 2 CNAE

    3 ANO4 Nome do Trabalhador

    5 NIT 6 CTPS 7 Data de Admisso na empresa

    8 Data do Nascimento 9 Sexo

    10 CAT emitida : SIM ( ) NO ( ) Data da Emisso: / / .N

    CAT emitida : SIM ( ) NO ( ) Data da Emisso: / / .N

    CAT emitida : SIM ( ) NO ( ) Data da Emisso: / / .N

    CAT emitida : SIM ( ) NO ( ) Data da Emisso: / / .N

    CAT emitida : SIM ( ) NO ( ) Data da Emisso: / / .N

    CAT emitida : SIM ( ) NO ( ) Data da Emisso: / / .N

    11 Requisitos da Funo:

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    DESCRIO PROFISSIOGRFICA12 Descrio das Atividades:

    13 Perodo 14 Setor 15 Cargo 16 Funo 17 CBO

    ___/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/______/___/___ a ___/___/___

    ___/___/___ a ___/___/___ EXPOSIO18 Perodo 19 Agente 20 Intensidade/Concentrao 21 Tcnica Utilizada 22 Proteo eficaz EPI/EPC 23 GFIP Cdigo

    EXAMES MDICOS CLNICOS E COMPLEMENTAR/EXPOSIO24 Data 25 Tipo 26 Descrio dos Resultados (normais/alterados)

    Exame audiomtrico de referncia: Exame audiomtrico de seqencial:Orelha Direita Orelha Esquerda Orelha Direita Orelha Esquerda

    ( ) Normal ( ) Normal ( ) Normal ( ) Normal( ) Anormal ( ) Anormal ( ) Anormal ( ) Anormal( ) Estvel ( ) Estvel( ) Agravamento ( ) Agravamento

    ( ) Ocupacional (.. )Ocupacional ( ) Ocupacional ( ) Ocupacional( ) No Ocupacional ( ) No Ocupacional ( ) No Ocupacional ( ) No Ocupacional

    27 Exposio a agente nocivo: ( ) Habitual/Permanente ( ) Ocasional/intermitente ( ) Ausncia de Agente Nocivo

    28 Data da Emisso do Documento: _________/________/___________

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    Instrues de Preenchiment oO PPP um document o histri co laboral pessoal, com propsitos previdencirios para in formaesrelat ivas f iscalizao do gerenciament o de riscos e existncia de agentes nocivos no ambient e det rabalho , para or ient ar processo de reconheciment o de aposentadoria especial. Tambm poder sersolicitado para orientar programa de reabilitao profissional e subsidiar o reconhecimento tcnico donexo causal em benef cios por incapacidade.

    O PPP composto por vrios campos que integram informaes extradas do Laudo Tcnico deCondies Ambientais do Trabalho (LTCAT), do PPRA, do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) edo PCMSO com informaes administ rat ivas.

    Deve ser mant ido no estabeleciment o no qual o t rabalhador est iver laborando, seja este a empresa devnculo empregatcio ou no.

    O PPP deve ser elaborado e mant ido atualizado, cont endo todas as alteraes ocorridas nas ati vidadesdesenvolvidas pelo empregado, quando t iver havido mudanas das cond ies ambient ais que alt eremmedies de intensidade ou qualidade de algum agente nocivo e ser entregue ao empregado porocasio do encerramento do cont rato de t rabalho.

    Pode ser produzido em papel ou meio magntico. Quando for o caso dever haver um documento

    assinado pelos responsveis legais validando o PPP do perodo.

    Empresa/ Carimbo com o CNPJ do estabelecimento no qual o t rabalhadorEstabelecimento: executou suas funes;

    Ano: Ano de elaborao.Ocorrncia GFIP: Cdigo previsto em manual SEFIP.

    Setor: Descrio usada pela empresa para o posto de trabalho predominante.Cargo/Funo: Descreve a t aref a principal sendo, geralment e, a denominao na

    carteira de trabalho.Descrio das atividades: Usando verbos no infinitivo, relaciona as atividades que compem o

    trabalho. Todas as vezes em que houver mudana de f uno dever serdescrit a a ati vidade inerent e a nova funo.

    Requisitos da funo: Descrever sinteticamente os requisitos necessrios para o desempenhoda funo, tais como dest reza manual, biot ipo, acuidade visual, nvel deinstruo, entre outros.

    Exposio: Registro das exposies aos agent es listados no anexo IV.Natureza do agente: Relacionar todos os agentes nocivos presentes no ambiente onde a

    atividade exercida, mesmo que no prejudiquem a sade ou aint egridade f sica ou que estejam sob p rot eo efi caz.

    Intensidade/Concentrao: Quantificao ambiental do agente, quando couber. Quando nocouber a quanti fi cao, citar apenas a expresso qualit ativa .

    Neut ralizao: Indicar se a empresa f ornece t ecnologias de prot eo colet iva e/ouindividual ef icazes no sent ido de neutralizar a nocividade dos agenteselencados. Responda af irmati vamente com SIM se tais tecnologias soeficazes ou com resposta NO no caso contrrio.

    GFIP: Indicar o respect ivo cdigo da GFIP/SEFIP existente no campo 33 doreferido documento.

    Exames: Relacionar os exames realizados para controle mdico ocupacional dotipo admissionais, perid icos, de retorno de afastamento ou de t roca defuno. Colocar apenas se os exames esto normais ou alt erados - nodescrever resul tados. Apontar apenas aqueles relacionados aos riscosambientais que f orem constatados.

    Responsveis: indispensvel se declinar os nomes do Coordenador do PCM SO, doEng. de Segurana do Trabalho (se houver), do responsvel pelaelaborao do Laudo Ambient al, bem como, a assinatura do emitentedo PPP (Gerente de RH ou Representante legal do empregador).

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    O PPP deve ser elaborado e mant ido pela empresa de vnculo do empregado.

    O PPP pode ser mantido atualizado em meio magntico, sendo facultada a adio de campos cominf ormaes complement ares a crit rio da empresa.

    As informaes sobre resultados de exames a serem inseridos no PPP devem obedecer as NormasRegulament adoras da Portaria n 3214/78. No caso de agent e fsico rudo, tais informaes devem atender

    aos preceitos do Anexo I da NR7.

    Passaremos , a seguir, a analisar o referido formulrio, buscando melhor aclarar as I nstrues dePreenchimento, editadas conjuntamente com ele.

    Na realidade, dest ina-se no s subst it uio ao DIRBEN 8030(SB-40), comprovant e para a efet iva exposiodo empregado a agentes nocivos, para efeito de aposentadoria especial, mas tambm por ocasio derequer iment o de benefcios por incapacidade, como o acidentrio (B91) ou o previdencirio (B31); bemcomo por ocasio de encerramento do cont rato de t rabalho (Lei n 9.528/97).

    Teoricamente, toda empresa, atendendo a legislao t rabalhista, j tem elaborado o PPRA - Programa dePreveno de Riscos Ambientais, por fora da Norma Regulamentadora NR9 e para elaborao do DSS8030, do Laudo Tcnico, exigido desde 29.4.1995, por fora da Ao Civil Pblica de 26/10/2000, e doPerfil Profissiogrfico Previdencirio, exigido a partir de 1999, pelo Decreto n 3048/99, que enquantono def inido em modelo prpr io e at 30 de junho de 2003, o estabelecimento est autor izado a fo rnecerao empregado o DSS 8030.

    Pelo Decreto n 4.032, de 26.11.2001, o artigo 68, 2, a denominao de Perfil ProfisssiogrficoPrevidencirio - PPP foi mencionado para comprovao da efet iva exposio do segurado aos agentesnocivos. Somente com a IN n 78/02, foi aprovado o formulrio PPP, que passaria a viger a part ir de 1 dejaneiro de 2003, ent retanto, com a pub licao da IN/84/02, foi pror rogado o prazo e ser exigido a part irde 01 de julho de 2003. Desta forma, at 30 de junho de 2003, pode ser entregue ao empregado oDIRBEN 8030.

    O Laudo Tcnico deve exist ir no ambient e de t rabalho com efet iva exposio a agentes nocivos sadeou int egridade f sica do t rabalhador, base para a emisso do DSS 8030 e do fut uro PPP. Deve ser elaboradopor Mdico do Trabalho ou por Engenheiro de Segurana no Trabalho.

    A empresa que no mantiver Laudo Tcnico atualizado com referncia aos agentes nocivos, ou emitirdocumento em desacordo com o respectivo laudo, estar sujeita a multa varivel de R$ 758,11 a R$75.810,50 (valor atualizado em 01.06.2001).

    Da mesma f orma, toda empresa deve ter elaborado o PCMSO - Programa de Cont role Mdico de SadeOcupacional, por fora da Norma Regulamentadora NR7, a fim de realizar a ASO - Avaliao de SadeOcupacional de seus empregados.

    O PPP dever ser emitido com base no Laudo Tcnico de Condies Ambientais, atualizado anualmente,na mesma poca em que se atualizar o PPRA, PGR ou o PCMAT, dependendo do caso; quando de alt eraesde layout da empresa com al teraes de exposio de agent es nocivos, mesmo que o cdigo GFIP/SEFIPno se altere.

    O Perf il Prof issiogrf ico Previdencirio do empregado ser elaborado pela empresa, por meio magntico,emitido em papel por ocasio do encerramento de cont rato de trabalho; para fins de requerimento dereconhecimento de perodos laborados em condies especiais; para fins de concesso de benefcios porincapacidade, a part ir de 01/07/03; mediant e um recibo de ent rega.

    O legislador no restringiu , nem no texto da lei nem em decreto, a obrigatoriedade da ent rega do PPP aot rabalhador. A empresa deve fazer o PPP para t odos os seus empregados, historiando durante a vigncia

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    do cont rato de t rabalho a rot ina e as mut aes ocorridas na jornada de t rabalho com nfase na exposioa riscos, mantendo-os em arquivo digital, colocados disposio da fiscalizao, se necessrio, e serememit idos em papel quando for preciso nos casos acima cit ados.

    O modelo do PPP padro, podendo-se aumentar ou diminuir as dimenses, bem como ampliar o tamanhodos campos, reduzindo-os ou aument ando-os, ou at mesmo cont emplar dados adicionais consideradosnecessrios pela empresa.

    FORM ULRIO:

    Campo 1 - Empresa/Estabelecim ent o: CNPJOs dados so auto explicativos. CNPJ do estabelecimento onde o trabalhador executou suas funes.Caso o empregado seja t ransferido para uma f il ial, com out ro CNPJ, deve-se iniciar out ro PPP.

    Campo 2 - CNAEA Classif icao Nacional de At ividades Econmicas, cont ida no Anexo V do Decret o 3048/99, o indicat ivodo grupo econmico do grau de risco da empresa.

    Campo 3 - AnoTendo em vista a obr igatoriedade de preenchimento do novo documento iniciar-se em 1/07/03, a empresapoder ident if icar o novo perf il a part ir do exerccio de 2003. O DIRBEN 8030 vlido at 30/06/03, pois direito adquirido do trabalhador. Todavia, caso a empresa tenha todos os dados necessrios e queira,nada a impede de preencher o documento a part ir de 1995. Todo ano, nos casos previstos na legislao,este campo poder ser aument ado ou poder ser preenchido uma f olha para cada exerccio anual (anofiscal).

    Campo 4 - Nom e do Trabalhador

    Campo 5 - NIT (PIS/PASEP)Nmero chave, ut ili zado pela Previdncia Social a p art ir do nm ero do PIS/PASEP, que cont m aidentificao total do segurado, que uma vez aberto para a concesso de um benefcio, impedeconcomitncia com novas aberturas em qualquer parte do terri trio nacional. Objeti va evitar f raudes.

    Campo 6 - CTPS - Carteira de Trabalho e Previdncia Social

    Campo 7 - Dat a de Admisso na empresa

    Campo 8 - Data de Nascimento

    Campo 9 - SexoCampos auto explicativos.

    Campo 10 - CATTodas as Comunicaes de Acident es de Trabalho devem ser regi st radas, constando a data da emisso e o

    respectivo nmero. Ressalte-se que o PPP ser emitido somente se houver solicitao de benefcio aoINSS.

    Campo 11 - Requisitos da Funo um campo importante. O que o empregador exigiu do empregado para admiti-lo? A empresa deut reinamento ou o empregado t inha t reinamento para exercer a funo? Por exemplo, o empregado f ezo 1 grau, foi admitido para servios gerais, porm foi operar uma mquina e aconteceu um acidente.Este fato um sinalizador para a Previdncia da incapacidade do empregado para exercer tal funo.Precavendo-se, importante repensar os nomes das funes e anotar o progresso individual de cadat rabalhador e sua funo na empresa, sua capacitao para t al at ividade.

    Grade Descrio Profissiogrfica

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    Campo 12 - Descrio das AtividadesEste campo j estava descri to no DIRBEN 8030. Deve-se ut il izar os verbos no inf init ivo e indicar as tarefasque o t rabalhador executa habit ualmente. Exemplo: soldar, cort ar, cont rolar f luxo, acompanhar fluxo,lubrif icar mquina. um campo importante para a caracterizao da at ividade como especial, que dependede comprovao de t rabalho permanente, no ocasional nem intermitente, bem como da efetiva exposioa agentes nocivos qumicos, fsicos, bio lgicos ou associao de agentes prejudiciais sade ou integridadefsica.

    Campo 13 - Perodo

    Campo 14 - SetorTempo transcorrido entre duas datas que ficou lotado em determinado setor.

    Campo 15 - CargoCargo e funo pode ser ou no ser a mesma coisa. Por exemplo: o cargo Gerente de engenharia e afuno engenheiro. M ot orista de caminho tem a mesma funo e cargo. No caso do empregado ter ocargo de ajudante de servios gerais e na prt ica um operador de mquinas, necessrio que o empregadofaa algum curso, a fim de estar habilitado para exercer a sua funo (campo 16) e os requisitos dafuno, descritos no campo 11. Ressalte-se que, para fins trabalhistas, o empregado deve ter em suaCart eira de Trabalho, os mesmos dados constant es no PPP. Nesse moment o, a prpria empresa pode f azeruma reviso e auditar seus registros.

    Campo 16 - Funo

    Cam po 17 - CBOA Classif icao Brasileira de Ocupaes most ra a classif icao da ati vidade desenvolvida pelo t rabalhador.

    Grade ExposioEste campo de responsabilidade dos tcnicos especializados da empresa, ou seja, engenheiro de seguranado trabalho, ou mdico do trabalho, ou mdico coordenador do PCMSO ou pelo responsvel pelaelaborao do LTCAT e pelas mensuraes oferecidas.

    Os dados abaixo sero colocados de forma resumida, dos resumos constantes do PPRA/LTCAT e no necessrio anexar nenhum Laudo, pois caso a Previdncia Social necessite de algum dado solicitardiretamente empresa tal documento, permanecendo, desta forma, resguardada maiores informaessobre o estabeleciment o.

    Campo 18 - PerodoTempo que poder ser o mesmo daquele citado no Campo 13, caso as datas sejam as mesmas, dependendodas atividades desenvolvidas.

    Campo 19 - AgenteAgente nocivo a que o empregado esteve exposto, por exemplo: slica, rudo, caso contrrio o campopode ser anulado com um t rao hor izontal. Preferencialmente, inf ormar o Agent e constant e do Anexo

    IV do Decreto 3048/99.Campo 20 - Intensidade/ConcentraoComo auto-explica o prprio Anexo, nas Instrues de Preenchimento, quando couber colocar aquant if icao ambient al. Quando no couber a quanti f icao, citar apenas a expresso qualit ativa .Devendo-se atender aos requisit os dos Anexos da NR15.

    Cam po 21 - Tcnica UsadaColoca-se de forma genrica se a empresa/empregado ut il iza EPI ou EPC, ou ambos. No h necessidadede especificar maiores dados, pois se necessrio, esto contidos no LTCAT.

    Cam po 22 - Prot eo ef icaz EPI/EPCIndica-se com SIM ou NO se as tcnicas ut il izadas neutral izam os efeit os nocivos.

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    Campo 23 - GFIP - CdigoEsta codificao dever estar de acordo com o Campo 22. O cdigo a ser preenchido relativo aos cam-pos de moviment ao da GFIP/SEFIP, obt idos do LTCAT e indicat ivos da exposio ou no do t rabalhadoraos agentes nocivos da seguin te forma:

    Cdigo 0 - trabalhador com um nico vnculo empregatcio que nunca esteve exposto a agente algum (isento de pagamento de alquot a suplementar do SAT. Este cdigo aparece como um campo em branco

    na impresso da SEFIP.

    Cdigo 1 - trabalhador com um nico vnculo empregatcio que esteve exposto no passado, porm aempresa passou a dar prot eo efi caz pelo que no mais se considera exposto ( isento de pagamento dealquota suplementar do SAT.

    Cdigo 2 - t rabalhador com um nico vnculo empregat cio que est exposto a agent e nocivo ou associaode agentes que contemplam aposentadoria especial aos 15 anos de atividade ( pagamento da alquotade 12%.

    Cdigo 3 - t rabalhador com um nico vnculo empregat cio que est exposto a agent e nocivo ou associaode agentes que cont emplam aposentador ia especial aos 20 anos de atividade ( pagament o da alquotade 9%.Cdigo 4 - t rabalhador com um nico vnculo empregat cio que est exposto a agent e nocivo ou associaode agentes que cont empla aposentador ia especial aos 25 anos de atividade ( pagament o da alquot a de6%.

    Cdigo 5 - trabalhador com mais de um nico vnculo empregat cio que no est exposto a agente nocivo( isento pagamento da alquota suplementar do SAT.

    Cdigo 6 - t rabalhador com mais de um nico vnculo empregatcio que est exposto a agente nocivo ouassociao de agentes que cont emplam aposentadoria especial aos 15 anos de at ividade ( pagament o daalquota de 12%.

    Cdigo 7 - t rabalhador com mais de um nico vnculo empregatcio que est exposto a agente nocivo ou

    associao de agent es que cont emplam aposentadoria especial aos 20 anos de at ividade ( pagament o daalquota de 9%.

    Cdigo 8 - t rabalhador com mais de um nico vnculo empregatcio que est exposto a agente nocivo ouassociao de agent es que contemplam aposentadoria especial aos 25 anos de at ividade ( pagament oda alquot a de 6%.

    Campo de grade - Exam es Mdicos Clnicos e Com plem ent ares/PosioNesta grade deve-se atender as regras da Norma Regulament adora NR7, que det ermina os t ipos de examesmdicos ou aqueles obrigatrios para acompanhamento da exposio ao agente nocivo declarado. Nopronturio do trabalhador, na empresa, devero ficar todos os exames clnicos e complementares, nohavendo divulgao dos resultados, respeitando-se, assim, o sigilo mdico e individual do trabalhador.

    Caso haja necessidade de alguma inf ormao extra, dos exames mdicos do t rabalhador, a Percia Mdicaent rar em cont ato com a empresa para esclarecer a sua dvida.

    Campo 24 - DataA dat a do exame realizado deve manter relao com o t ipo (campo 25) e com a descrio dos result ados(campo 26).

    Campo 25 - TipoSo aqueles exames mencionados na legislao t rabalh ista, nas Normas Regulament adoras, e na legislaoprevidenciria, Anexo IV do RPS - Regulament o da Previdncia Social.No caso da empresa ter o agent e rudo , o exame correspondente ser a audiometr ia. Ressalte-se, tambm,que se a empresa tem ru do deve precaver-se, fazendo um exame audiomt rico no exame admissional, afim de acompanhar a evoluo auditiva de seu trabalhador.

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    Campo 26 - Descrio dos ResultadosDeve-se sempre usar a expresso NORMAL ou ALTERADO.No caso da empresa cont ratar um deficiente, pode colocar a observao Alterado porque def iciente .No quadro Exame audiomtrico de referncia: realizado quando a empresa tem rudo, pode-se anotarcomo o pr imeiro exame , por exemplo, no caso do exame admissional ou peridico, e se no prximoexame no ocorrer nenhuma alt erao, anota-se consecut ivo . Soment e em caso de alt erao anot ar-se- no quadro Exame audiomt rico de seqencial.

    Campo 27 - Exposio a agent e nocivoDever haver coerncia nas informaes cont idas neste campo com os quesit os 19 a 23, como o uso deEPIs, cdigo do GFIP.

    Campo 28 - Data da Emisso do Documento:A data do documento ser aquela em que for emitido. Emitir-se- o PPP quando do encerramento docont rato de trabalho; por ocasio de requerimento de benefcio acidentrio e para requerer aposentador iaespecial.

    Grade Responsveis pelas Avaliaes/Informaes

    Obrigatoriament e o PPP dever vir assinado pelo preposto administ rat ivo da empresa, responsvel pelaveracidade das informaes administ rat ivas. A empresa deve declinar nome e CRM do M dico do Trabalhoda empresa, vinculado por cont rato de t rabalho ou por delegao, ou coordenador do PCMSO - NR7.

    No caso da empresa ter d imensionament o que comporte o SESMT - Servio Especializado de Segurana eMedicina do Trabalho - NR4, o PPP dever declinar nome e CREA do Engenhei ro da Segurana doTrabalho , ou nome e CRM do Mdico do Trabalho, responsvel pelas medi es dos agent es nocivos e/ouresponsvel pela confeco do LTCAT. Caso contrrio este campo no ser assinalado.

    IV - ANLISEDERISCO DO TRABALHO

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    IV - ANLISE DE RISCO DO TRABALHO

    um mtodo sistemtico de anlise e avaliao de todas as etapas eelementos de um determinado t rabalho para:

    Desenvolver e racionalizar toda a seqncia de operaes que o

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    t rabalhador executa; Identificar os riscos potenciais de acidentes fsicos e materiais; Identif icar e corrigir problemas de produt ividade; Implementar a maneira correta para execuo de cada etapa do t rabalho com segurana.

    Cria uma base para um custo efetivo de produo do produ to , atravs do d irecionamento do empregadopara tcnicas sabidamente corret as (testadas e aprovadas).

    Envolve totalmente os empregados, supervisores, chef es e prof issionais de segurana no desenvolvimentode prt icas seguras de t rabalho, criando novas mot ivaes, eliminando o desint eresse.

    A Anlise de Risco do Trabalho bem implement ada torna os t rabalhadores mais part icipativos com:

    Novas sugestes; Alertas acerca de outros riscos; Certeza de que o programa de segurana confivel e efetivo.

    A Anlise de Risco do Trabalho, com uma tcnica de soluo de problemas, pode ajudar-nos a:

    Identificar problemas reais que possam ter sido ignorados durante a seleo de equipamentos ou naelaborao do lay-out do local de t rabalho; Encont rar problemas pot enciais que podem result ar em mudanas no p rodut o produzido ou etapas doprocesso; Avaliar possveis maneiras para prevenir acident es, paradas de produo, defi cincias na qualidade eredues no valor do produto; Conhecer tcnicas ocultas de produt ividade e qualidade prat icadas por operadores; Ident if icar abusos comet idos no processo produt ivo, de qualidade e segurana comet idos por empregados; Usar t odas as inf ormaes disponveis em t reinamento para empregados novos, transferidos.

    Por que elaborar Anlises de risco de trabalho?

    Para a empresa ser economicamente saudvel, devemos ser ef icient es.

    Para fazermos as coisas de maneira correta, sem erro, na primeira vez; Para termos um aproveitamento total de pessoas, equipamentos e do local de trabalho; Para prot eger os empregados e ter o local de t rabalho l ivre de r iscos desconhecidos; Para p reservar nossos empregos.

    Resumindo, a anlise uma maneira sistemtica para o reconheciment o de:

    Exposies a ri scos ou acidentes; Possveis problemas e incluindo produo, qualidade ou desperdcio; Desenvolver maneiras corretas para realizao das tarefas de forma que atos inseguros, condiesinseguras, acidentes, falhas, retrabalhos e desperdcios no ocorram; Fazer de maneira certa sem perdas de qualquer espcie.

    Elaborao

    Esclarecer que a Anlise apenas quanto tarefa em si, no colocando em jogo o desempenho detrabalho do empregado.

    Escolhida uma tarefa, explique ao trabalhador o propsito da Anlise e discuta o processo de trabalhocom o empregado que desempenha a tarefa.

    Todas as atividades devero ser analisadas nos seus detalhes, porm adotando um critrio bsico para aanli se, os seguintes fatores:

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    Anlise do processo; At ividades que podero gerar leses, esmagament os, cort es, queimaduras, decepament os de membros,etc, at a mort e; Atividades que geram acidentes com freqncia; Atividades com produtos qumicos; Riscos ergonmicos; Arrumao e limpeza;

    Uso de equipamentos de prot eo individual; Treinamentos; Outros.

    Etapas do Trabalho

    Envolver o empregado em todas as fases da anlise, desde a discusso de qual a melhor maneira paraexecuo de cada passo da taref a at a discusso de ri scos em potencial e solues recomendadas.

    Observar atent amente os detalhes do t rabalho antes de iniciar a anlise.

    Dividir o t rabalho discriminando suas etapas bsicas, o que fei to pr imeiro, o que feit o em seguida e oque feit o depois bem como fazer corretamente.

    Voc pode fazer isto: Observando atenta e detalhadamente todas as operaes do trabalho; Conversando com o operador sobre sua experincia no desempenho da funo; Esboando seu conheciment o do t rabalho observado; Descreva as etapas na sua ordem normal de ocorrncia. O que realmente feito, no os detalhes decomo f eito.

    Riscos de Acidentes

    Estude cada etapa de um t rabalho , separadament e.Pergunte a voc mesmo que acident e poder ia acont ecer em cada etapa de trabalho.Voc poder responder:

    Observando o t rabalho; Conversando com o operador Analisando acidentes ocorridos

    Quando voc analisa cada etapa do trabalho dever dar ateno aos seguintes agentes que causamacidentes:

    Posicionament oTrabalhos em mquinas cujo ponto de operao permi te a int roduo de dedos ou da mo. Choque elt ricoFios expostos, principalment e se o t rabalho est relacionado com elet ricidade. Produtos qumicosContato permanente ou no com qualquer desses produtos. FogoCortando ou soldando em locais imprprios, riscos de vazamentos ou derramamentos de produtosinf lamveis que possibili tem fogo pela natureza da atividade ou do ambiente.

    1. rea de TrabalhoPisos e passagens irregulares, obstrudas, escorregadias, com salincia ou buracos.

    Arrumao e limpeza inadequada.

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    Falta de espao.

    Pilhas inseguras ou materiais sobre a cabea.

    Exposio a poeiras, fumos e substncias qumicas.

    2. Mat eriaisPesados de dif cil manejo, cort ante, quent e, corrosivo, txico, inf lamvel, perf urant e.

    3. Mquinas ou equipamentosPartes mveis, correias, correntes, roldanas e engrenagens desprotegidos.

    Pont os de operao que permit em o acesso do operador.

    4. Ferrament asAdapt adas, falt a de manuteno, inadequadas ao t rabalho , gastas, usadas de forma incorret as.

    5. Equipament o de Prot eo Individual - EPIInadequado ao trabalho, usado incorretamente, falta de EPI.

    6. ErgonomiaPostura incorreta, repet it ividade de movimentos, levantamento de peso, monotonia.

    7. Out ros riscos de acidentes:Brincadeira em local de trabalhoFalta de treinamento do operadorLay-out inadequadoFazer reparos em mquinas ou equipamentos em movimentoFalta de planejamento de uma ati vidadeTransferncia de funcionrios de um setor para o outro.

    Procedimentos corretosPara cada trabalho analisado, pergunt e a voc mesmo, qual o melhor procedimento para que o operadorexecut e sua f uno sem erros e sem r iscos e com qualidade.

    Voc poder responder:Observando melhor a sequncia do t rabalhoDiscutindo com o operador ou com outros trabalhadores mais experientes na funoAplicando todo o seu conhecimento e experinciaPesquisando algum acident e ocorrido na at ividade para reforar sua conclusoSeja claro ao estabelecer os procedimentos para execuo da tarefa, no procure sof ist icao, mas processosrpidos, simples, racionais e eficientesNos procedimentos a serem seguidos pelo operador, no omita nenhum detalhe da atividade, do

    maquinrio , de ferrament as, de postura, do prprio processo, de sade, etc.Ao orientar o trabalhador quanto ao procedimento correto e cuidados ao efetuar a operao, evitegeneralizar frases como seja cauteloso , esteja atento , tome cuidado , etc.Por exemplo: Use luvas de raspa ao invs de Tomar Cuidado com a chapa met lica, devido ela ser cortante.

    Reviso

    Aps ter elaborado um rascunho da Anlise de Riscos do Trabalho, revise-a: Revise, na prt ica, cada etapa do t rabalho elaborado para ver se as seqncias das operaes, os riscos,os procediment os para execuo das tarefas e segurana esto corretos ou podem ser melhorados na sua

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    eficincia, qualidade do trabalho, sem comprometer a segurana. Encont rar uma nova maneira de fazer o t rabalho a fim de melhorar a produt ividade e de eliminar osdesperdcios, melhorando as etapas do processo ou modificando sua seqncia, ou se for necessrio,modif icando equipamentos e precaues de segurana e sade para eliminar ou reduzir os riscos. Modificar as condies fsicas e ambientais que geram os riscos de acidentes, tais como ferramentas,materiais, equipamentos, lay-out, produtos, matrias primas e meio ambiente. Eliminar riscos presentes modificando o procedimento de trabalho.

    Descrever exatamente o que o empregado precisa saber a f im de desempenhar a tarefa ut ili zando-sedeste novo mtodo. Reveja todo o processo com os empregados que execut am as tarefas. Anot e suas idias sobre o processo,os riscos, e os melhores procedimentos adotados para executar as operaes. Assegure-se de que os empregados ent enderam o propsit o da Anlise de Risco do Trabalho e as razespara as modificaes no procedimento de seu trabalho. Encaminhe para os Gerent es, Chef es e Supervisores dos setores envolvidos as anl ises de risco elaboradaspara conheciment o e aprovao.

    Implementao

    A aprovao final para a Anlise de Risco do Trabalho deve ser concedida somente aps revisada pelo

    Gerente, Chefe, Supervisor, empregado e outros responsveis pela designao do procedimento detrabalho. Para implement ar a Anlise de Risco do Trabalho aprovada, o supervisor deve treinar os empregadosenvolvidos. A Anlise de Risco do Trabalho deve ser revisada periodicamente com os empregados envolvidos deforma que estes saibam como deve ser execut ado o t rabalho sem qualquer t ipo de acident es. A qualquer tempo que a Anlise venha a ser revisada, deve ser providenciado treinamento dos novosmtodos de trabalho ou medidas protetoras para todos os empregados afetados pela mudana. A Anlise tambm deve ser utilizada para treinar novos empregados quanto ao processo produtivo epreveno de acidentes. Documente o envolvimento de todos os parti cipantes ao encerrar o t reinamento. Coloque uma cpia da anlise, quando o t rabalho f or em mquinas, prximo do operador para consult as

    ou f iscalizaes. Encaminhe uma cpia da Anlise e o documento assinado por cada trabalhador treinado para serarquivado em seu depart amento, no setor de segurana do t rabalho, em seus respect ivos pront urios, noDepartamento Pessoal. A anlise dever ser revista sempre que ocorrerem alt eraes no processo, no maquinrio , lay-out ouequipamento.

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    V - SEGURANA EMEDICINA

    DO TRABALHO - RESPONSABILIDADEPARA AS EMPRESAS

    1. Aspectos Gerais

    2. Legislao e Jurisprudncia

    V - SEGURANA E M EDICINA DO TRABALHO -RESPONSABILIDADE PARA AS EMPRESAS

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    A vida em sociedade exige regras de comport amento f undamentais para sua sobrevivncia ditadas peloDireito. Assim, nossas regras do direito so coercitivas.

    O ato ilcito a manifestao ou omisso de vontade que se ope lei, pode gerar responsabilidadepenal ou civil, ou ambas, concomitantemente.

    Se a ao ou omisso for volunt ria ou intencional, o ato i lcit o doloso.

    Se a ao ou omisso for involunt ria, mas o dano ocorre, o ato ilcito culposo.

    Culpa uma conduta positiva ou negativa segundo a qual algum no quer que o dano acontea, masele ocorre pela falta de previso daquilo que perfeitamente previsvel.

    O ato culposo aquele praticado por negligncia, imprudncia ou impercia.

    NEGLIGNCIA a omisso voluntria de di ligncia ou cuidado;falt a, ou demora no prevenir ou obstar um dano.

    IMPRUDNCIA a forma de culpa que consiste na falta involuntria de observncia de medidas deprecauo e segurana, de conseqncia previsveis, que se faziam necessrias no momento para evitarum mal ou a inf rao da lei.

    IMPERCIA a falta de aptido especial, habilidade, ou experincia, ou de previso, no exerccio dedeterminada funo, prof isso, arte ou o fcio.

    A empresa pode agir com culpa in eligendo , provenient e da falt a de cautela ou previdncia na escolha depessoa a quem confia a execuo de um ato ou servio.

    Por exemplo, manter empregado no legalmente habilitado ou sem as aptides requeridas.

    Ou a empresa age com culpa in vig ilando, aquela ocasionada pela falta de dil igncia, ateno, vigi lncia,

    fiscalizao ou quaisquer outros atos de segurana do agente, no cumprimento do dever, para evitarprejuzo a algum.

    Por exemplo, a empresa de transportes que deixa o veculo sair desprovido de freios e causa acidentes.

    Em matria acidentria, a culpa exclusiva do empregado irrelevante por se adotar, a par da teoria dorisco social, tambm a responsabilidade ob jet iva ou sem culpa (conquista dos t rabalhadores) e decorrent eda t eoria do r isco prof issional, consagrada em todas as leis acident rias do t rabalho vigentes no Brasil.Somente o do lo exclui a reparao por acident e do t rabalho e o nus da prova, neste caso, incumbe aoempregador e ao INSS.

    O infortnio laboral pode gerar responsabilidade penal, civil, administrativa, acidentria do trabalho,

    t rabalhista. Sendo independent es as responsabilidades civil e criminal das out ras.A responsabilidade objet iva, no precisa ser demonst rada a culpa do empregador, seus prepostos ou doprprio t rabalhador. No se pergunt a se h culpa ou no. Havendo nexo de causalidade, h obrigao deindenizar.

    Nada impede as providncias administrativas, como a interdio provisria ou definitiva da empresacausadora do dano por inexistncia de segurana, aplicao de multas admin ist rat ivas.Resciso do cont rato de t rabalho por inobservncia das cond ies impostas pelas normas regulamentadorasso severamente mult adas pelos juzes.

    Basta a prova do acident e tipo, a doena prof issional, ou daquela result ante das condies anormais ou

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    excepcionais em que o trabalho se desenvolvia, a condio de empregado, o nexo causal, a incapacidadelaborativa ou a morte.

    Como se sabe, tudo que diz respeito a acidente do t rabalho, dent ro do risco normal da at ividade laborativa regido pela Lei de Acident es , pois dispensa o lesado de demonst rar a culpa do empregador.

    A matria infort unst ica foi acolhida em benefcio do t rabalhador e no do empregador, isto o mais

    fraco nada tem a provar, isto leva o acidentado s vias no s acidentria, cai no domnio daresponsabilidade civil.Assim, tudo que extravasa o risco p rof issional de responsabilidade civil.

    Observe-se que a orientao que a ao do acidente de trabalho, por ser natureza alimentar compensatria e a de responsabilidade civil indenizatr ia, visando restabelecer a sit uao existente eanterior ao dano.

    Sintetizando a evoluo do fundamento da responsabilidade civil, observa-se que a culpa ou riscoconsubstancia a razo por que algum deve ser obrigado a reparar o dano . uma observao pr imria,porm o fundamento que determina a responsabilidade civil.

    O empregador poder responder, por exemplo, em uma Ao de Indenizao por Ato Ilcit o , ou emuma Ao Ordinria de Indenizao por Perdas e Danos , etc.

    O que normalmente se pede numa ao de indenizao:1. indenizao pelo acidente do t rabalho em det erminado valor;2. penso mensal vitalcia;3. indenizao por danos morais;4. indenizao por danos estticos;5. indenizao por lucros cessant es;6. pagament o de despesas mdicas; medicament os; prt eses mecnicas, dependendo do caso.

    Legislao e Jurisprudncia

    A responsabilidade do empregador encont ra-se def inida na legislao citada a seguir, aclarada por suavez pela jur isprudncia que segue a ela.

    CONSTITUIO FEDERAL/1988Captulo II - Dos Direi tos Sociais Art . 7 - So direitos dos t rabalhadores urbanos e rurais, alm de out ros que visem a melhoria de suacondio social:I -........................................................................................................................................................................XXII - reduo dos riscos inerentes ao t rabalho , por meio de normas de sade, higiene e segurana;XXVIII - seguro cont ra acident es de t rabalho, a cargo do empregador, sem exclui r a indenizao a queeste est obrigado, quando incorrer em do lo ou culpa;

    CDIGO CIVIL BRASILEIRO/1916 Art . 159 - Aquele que, por ao ou omisso volunt ria, negligncia, ou imprudncia, violar d ireito,ou causar prejuzo a outrem, fica obrigado a reparar o dano .

    A verificao da culpa e a avaliao da responsabilidade regulam-se pelo disposto nesse Cdigo, nosart igos 1518 a 1532 e 1537 a 1553.

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    CDIGO CIVIL BRASILEIRO/2003Art. 186 - Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito ecausar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comet e ato ilcito .

    Art . 927 - Aquele que, por ato il cit o (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.Pargrafo nico - Haver obrigao de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casosespecif icados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo aut or do dano implicar, porsua natureza, risco para os direitos de out rem .

    (correspondncia legislativa parcial dos artigos citados, CC 1916, 159)

    SM ULA 229 STF: A indenizao acident ria no exclui a do Direit o Comum , em caso de dolo ou culpa grave doempregador .

    SM ULA 341 STF: presumida a culpa do pat ro ou comitent e pelo ato culposo do empregado ou preposto .

    Smulas: O empregador, que t em o dever de assegurar aos seus empregados as cond ies de realizar o t rabalhosem pr em risco sua in tegridade f sica, age com culpa se permi te que obreiro sem a devida quali f icaoe treinament o execut e trabalho de alto risco, vindo a sof rer em conseqncia disso dano irreparvel queo impossibil it a para suas at ividades normais (TAPR-Ac.52727900 - 5 Cmara Civil ).

    Acidente de Trabalho - Indenizao pelo d ireit o comum - Empresa que, sem submeter o empregado anenhum treinamento especfico o requisita para operar em mquina - Previsibilidade do evento - culpacaracterizada. Age culposamente a empresa que, sem submeter o trabalhador a nenhum treinamentoespecfico o requisita para operar em mquina, pois a ocorrncia do acidente lhe era absolutamenteprevisvel ( EI- 130.591-1/5 - 2 Cmara Civil ).

    A reparao do dano moral tem natureza tambm puni t iva, aflit iva para o of ensor, com o que tem aimportante funo, entre outros efeitos, de evitar que se repitam situaes semelhantes. A teoria do

    valor de desestmulo na reparao dos danos morais insere-se na misso preventiva de sanso civil quedefende no s int eresse privado mas tambm visa a devoluo do equil brio s relaes privadas . (2Tribunal de Alada Civil do Est . SP- Apelao Civil n 483.023).

    Acidente do t rabalho Culpa grave - Inobservncia grosseira de caut elas ord inrias e regras de sensocomum caracteriza a culpa grave, a que se refere a Smula n 229 do Supremo Tribunal Federal (7 Cmara Cvel do Estado do RJ - Apelao Cvel n 2.954/84).

    Alm do dolo a ele se equiparam a negl igncia grave, a omisso conscient e do empregador, que no seincomoda com a segurana do empregado, expondo-o ao perigo, ao acidente. Tal falta se equipara aodolo a que se refere o art . 31 da Lei de Acident es . (Rev.dos Tribunais, vol. 315, pg. 811)

    Uma vez que os mecanismos no so mant idos pelo empregador em perfeito estado de funcionament o, evidente que o pat ro est contribuindo com culpa, culpa essa que pode tornar-se grave e at gravssima,para a produo do acident e, e tal culpa pode equiparar-se ao do lo . (Rev. Dos Tribunais, vol. 315, pg.811).

    Quando a empresa no cumpre a obr igao implcita, no que diz respeit o segurana do t rabalho deseus empregados, tem o dever de indeniz-los, porque quem cria o ri sco tem o dever de elimin-lo .Esta a chamada responsabilidade ob jet iva do nosso direit o.

    Observe-se que as aes pessoais, prescreviam aps 20 (vinte) anos, segundo nosso Cdigo Civi l Brasileiro/1917:

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    Art . 177 - As aes pessoais prescrevem, ordinariament e, em 20 (vinte) anos, as reais em 10 (dez), ent representes e, entre ausentes, em 15 (quinze), cont ados da data em que poderiam ter sido propostas .

    O novo Cdigo Civil/2003 diminuiu o prazo de prescricional, para se propor ao de indenizao decorrentede atos ilcitos em acident es de t rabalho, para 3 (t rs) anos, de acordo com o art . 206, pargraf o 3, incisoV.

    J existe divergncia ent re os juristas quant o ao prazo prescricional. Segundo, Jos Luiz Dias Campos: Sea reparao tinha e tem natureza alimentar no h como se pretender dilatar prazo prescricional paraeste perodo, pois que dano moral pode ser postulado 20 anos aps o fato? 2

    J o mdico Koshi ro Ot ani, Coordenador da Comisso de Sade do Trabalhador da Secret aria de Estadoda Sade de So Paulo opina: No tenho dvidas de que esta reduo afeta pr incipalmente os portadoresde doenas ocupacionais que se instalam lent amente, tendo uma evoluo crn ica, mas tambm podemating ir os acidentes do t rabalho com desdobramento, principalmente na esfera mental, a depender dagravidade do acidente tipo .1

    Essas aes, de natureza civil , a cargo do empregador sero cumulativas com as prestaes acident rias,a cargo da Previdncia.

    E, confirmando o enunciado acima o Decreto n 3.048/99, da Previdncia Social cita:

    DECRETO n 3.048/99 - Regulamento da Previdncia Social

    Art . 342 - O pagamento pela Previdncia Social, das prestaes decorrentes do acident e, a que se ref ereo art . 336 (mortes/acident es) no exclui a responsabilidade civil da empresa ou de t erceiros .

    Isto , age com culpa grave a empresa contratante e a contratada que no observam sequer o mnimoexigvel em atividades sabidament e perigosas, no que tange segurana dos seus empregados, ensejando,assim, a reprimenda indenizatria de carter solidrio.

    O Decreto n 3.048/99, nos art igos elencados abaixo, t rat am das aes regressivas por part e da Previdnciacont ra os responsveis e a responsabi lidade penal das pessoas jurd icas que deixarem de observ-las:

    DECRETO n 3.048/99

    Art . 338 - A empresa responsvel pela adoo e uso das medidas colet ivas e individuais de proteo esade do trabalhador.Pargrafo nico - dever da empresa prestar informaes pormenorizadas sobre os riscos da operao aexecutar e dos produ tos a manipular .

    Art . 341 - Nos casos de negligncia quanto s normas de segurana e sade do t rabalho indicadas paraa proteo individual e colet iva, a Previdncia Social propor ao regressiva contra os responsveis .

    Art . 343 - Const it ui cont raveno penal, punvel com mult a, deixar a empresa de cumprir as normas desegurana e sade do Trabalho .

    Art . 339 - O Ministrio do Trabalho e Emprego f iscalizar e os sindicatos e ent idades representati vas declasse acompanharo o f iel cumpriment o do disposto nos art igos 338 e 343 .

    Alm da responsabilidade de natureza civil, o empregador poder responder criminalment e ( contravenopenal, crime de perigo, de leses corporais) como tambm os sindicatos podero estar sempre presentes,int ervindo na empresa.

    1. Revista Proteo, Janeiro/2003, p.24

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    Isto sem falar da NR1, item 1.7 das responsabilidades do empregador, que alm de fazer part e do rol dalegislao para uma ao proposta por seu empregado, (aes estas de responsabil idade civil , objet ivandoindenizao por danos pat rimoniais e morais decorrentes dos acident es do t rabalho e das doenasprof issionais) ser alvo certo de muitas mul tas.

    NR1 - DISPOSIES GERAIS

    1.1.