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LEI COMPLEMENTAR 1.010, DE 01 DE JUNHO DE 2007 Dispõe sobre a criação da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, entidade gestora do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos - RPPS e do Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado de São Paulo - RPPM, e dá providências correlatas. CAPÍTULO I DA CRIAÇÃO E DA COMPETÊNCIA Artigo 1º - Fica criada a SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, entidade gestora única do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos titulares de cargos efetivos - RPPS e do Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado de São Paulo - RPPM, autarquia sob regime especial com sede e foro na cidade de São Paulo - SP e prazo de duração indeterminado. Parágrafo único - O regime especial, a que se refere o "caput", caracteriza- se por autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão de recursos humanos e autonomia nas suas decisões. Artigo 2º - São segurados do RPPS e do RPPM do Estado de São Paulo, administrados pela SPPREV: I - os titulares de cargos efetivos, assim considerados os servidores cujas atribuições, deveres e responsabilidades específicas estejam definidas em estatutos ou normas estatutárias e que tenham sido aprovados por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos ou de provas de seleção equivalentes; II - os membros da Polícia Militar do Estado, assim definidos nos termos do Artigo 42 da Constituição Federal. § 1º - Aplicam-se as disposições constantes desta lei aos servidores titulares de cargos vitalícios, efetivos e militares, da Administração direta e indireta, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado e seus Conselheiros, das Universidades, do Poder Judiciário e seus membros, e do Ministério Público e seus membros, da Defensoria Pública e seus membros. § 2º - Por terem sido admitidos para o exercício de função permanente, inclusive de natureza técnica, e nos termos do disposto no inciso I deste Artigo, são titulares de cargos efetivos os servidores ativos e inativos que, até a data da publicação desta lei, tenham sido admitidos com fundamento nos incisos I e II do Artigo 1º da Lei Nº 500/1974. § 3º - O disposto no § 2º deste Artigo aplica-se aos servidores que, em razão da natureza permanente da função para a qual tenham sido admitidos, estejam na mesma situação ali prevista. Artigo 3º - A SPPREV tem por finalidade administrar o Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos titulares de cargos efetivos - RPPS e o Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado de São Paulo - RPPM, cabendo-lhe: I - a administração, o gerenciamento e a operacionalização dos regimes; II - a concessão, pagamento e manutenção dos benefícios assegurados pelos regimes; III - a arrecadação e cobrança dos recursos e contribuições necessários ao custeio dos regimes; IV - a gestão dos fundos e recursos arrecadados; e V - a manutenção permanente do cadastro individualizado dos servidores públicos ativos e inativos,

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Legislação complementar + decretos, tudo atualizado e formatado pra prova de Tecnico Spprev 2012

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LEI COMPLEMENTAR Nº 1.010, DE 01 DE JUNHO DE 2007Dispõe sobre a criação da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, entidade gestora do Regime Próprio de

Previdência dos Servidores Públicos - RPPS e do Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado de São Paulo - RPPM, e dá providências correlatas.

CAPÍTULO IDA CRIAÇÃO E DA COMPETÊNCIA

Artigo 1º - Fica criada a SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, entidade gestora única do Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos titulares de cargos efetivos - RPPS e do Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado de São Paulo - RPPM, autarquia sob regime especial com sede e foro na cidade de São Paulo - SP e prazo de duração indeterminado.Parágrafo único - O regime especial, a que se refere o "caput", caracteriza-se por autonomia administrativa, financeira, patrimonial e de gestão de recursos humanos e autonomia nas suas decisões.Artigo 2º - São segurados do RPPS e do RPPM do Estado de São Paulo, administrados pela SPPREV:I - os titulares de cargos efetivos, assim considerados os servidores cujas atribuições, deveres e responsabilidades específicas estejam definidas em estatutos ou normas estatutárias e que tenham sido aprovados por meio de concurso público de provas ou de provas e títulos ou de provas de seleção equivalentes;II - os membros da Polícia Militar do Estado, assim definidos nos termos do Artigo 42 da Constituição Federal.§ 1º - Aplicam-se as disposições constantes desta lei aos servidores titulares de cargos vitalícios, efetivos e militares, da Administração direta e indireta, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado e seus Conselheiros, das Universidades, do Poder Judiciário e seus membros, e do Ministério Público e seus membros, da Defensoria Pública e seus membros.§ 2º - Por terem sido admitidos para o exercício de função permanente, inclusive de natureza técnica, e nos termos do disposto no inciso I deste Artigo, são titulares de cargos efetivos os servidores ativos e inativos que, até a data da publicação desta lei, tenham sido admitidos com fundamento nos incisos I e II do Artigo 1º da Lei Nº 500/1974.§ 3º - O disposto no § 2º deste Artigo aplica-se aos servidores que, em razão da natureza permanente da função para a qual tenham sido admitidos, estejam na mesma situação ali prevista.Artigo 3º - A SPPREV tem por finalidade administrar o Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos

titulares de cargos efetivos - RPPS e o Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado de São Paulo - RPPM, cabendo-lhe:I - a administração, o gerenciamento e a operacionalização dos regimes;II - a concessão, pagamento e manutenção dos benefícios assegurados pelos regimes;III - a arrecadação e cobrança dos recursos e contribuições necessários ao custeio dos regimes;IV - a gestão dos fundos e recursos arrecadados; eV - a manutenção permanente do cadastro individualizado dos servidores públicos ativos e inativos, dos militares do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformado, e respectivos dependentes, e dos pensionistas.§ 1º - Na consecução de suas finalidades a SPPREV atuará com independência e imparcialidade, visando o interesse público, observados os princípios da legalidade, impessoalidade, publicidade, moralidade e eficiência.§ 2º - O ato de concessão dos benefícios para o membro ou servidor do Poder Judiciário, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público, da Defensoria Pública e das Universidades será assinado pelo chefe do respectivo Poder, entidade autônoma ou órgão autônomo, que o remeterá, em seguida, à SPPREV para formalização, pagamento e manutenção.§ 3º - O ato que conceder a aposentadoria indicará as regras constitucionais, permanentes ou de transição, aplicadas, o valor dos proventos e o regime a que ficará sujeita sua revisão ou atualização.§ 4º - Cada Poder, órgão autônomo ou entidade fará as comunicações necessárias para que a SPPREV observe os direitos à integralidade e à paridade de remuneração, quando assegurados.§ 5º - Fica vedado à SPPREV o desempenho das seguintes atividades:1 - concessão de empréstimos de qualquer natureza, inclusive à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, a entidades da Administração indireta e aos servidores públicos ativos e inativos, aos militares do serviço ativo, agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformado, e aos pensionistas e demais empregados do Estado de São Paulo;

2 - celebrar convênios ou consórcios com outros Estados ou Municípios com o objetivo de pagamento de benefícios;3 - aplicar recursos em títulos públicos, com exceção de títulos do Governo Federal;4 - atuação nas demais áreas da seguridade social ou qualquer outra área não pertinente a sua precípua finalidade;5 - atuar como instituição financeira, bem como prestar fiança, aval ou obrigar-se, em favor de terceiros, por qualquer outra forma.§ 6º - O cadastro a que se refere o inciso V deste Artigo, dentre outras informações julgadas relevantes ou necessárias nos termos da legislação aplicável, conterá:1 - nome e demais dados pessoais, inclusive dos dependentes;2 - matrícula e outros dados funcionais;3 - remuneração utilizada como base para as contribuições do servidor ou do militar a qualquer regime de previdência, mês a mês;4 - valores mensais e acumulados da contribuição;5 - valores mensais e acumulados da contribuição do ente federativo.§ 7º - Aos servidores públicos ativos e aos militares do serviço ativo serão disponibilizadas, anualmente, as informações constantes de seu cadastro individualizado, nos termos e prazos definidos em regulamento.§ 8º - Os valores constantes do cadastro individualizado a que se refere o inciso V deste Artigo serão consolidados para fins contábeis.Artigo 4º - Caberá ao Poder Executivo instalar a SPPREV, devendo seu regulamento, aprovado por decreto do Poder Executivo no prazo máximo de 90 (noventa) dias a contar da data de publicação desta lei complementar, fixar-lhe a estrutura organizacional e estabelecer as demais regras necessárias à instalação e funcionamento da entidade.Parágrafo único - A SPPREV vincula-se à Secretaria de Estado da Fazenda, que a supervisionará.

CAPÍTULO IIDA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

Seção IDos Órgãos de Administração

Artigo 5º - A SPPREV terá como órgãos de administração o Conselho de Administração, a Diretoria Executiva e o Conselho Fiscal.

Seção IIDo Conselho de Administração

Artigo 6º - O Conselho de Administração é o órgão de deliberação superior da SPPREV, competindo-lhe fixar as diretrizes gerais de atuação da SPPREV, praticar atos e deliberar sobre matéria que lhe seja atribuída por lei ou regulamento e:I - aprovar os regimentos internos;II - aprovar o orçamento anual;III - aprovar os Relatórios anuais da Diretoria Executiva e as demonstrações financeiras de cada exercício;IV - atuar como Conselho de Administração do fundo a que se refere o Artigo 31 desta lei complementar; eV - manifestar-se sobre qualquer assunto de interesse da SPPREV que lhe seja submetido pela Diretoria Executiva.Artigo 7º - O Conselho de Administração será composto por 14 (catorze) membros efetivos e respectivos suplentes, com mandato de 2 ( dois) anos, permitida uma recondução, escolhidos na seguinte conformidade:I - 7 (sete) membros efetivos e respectivos suplentes indicados pelo Governador do Estado, sendo um membro efetivo e seu suplente, obrigatoriamente, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, no posto de Coronel PM, todos demissíveis "ad nutum";II - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores ativos e inativos do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ambos escolhidos entre os seus servidores titulares de cargos efetivos;III - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores ativos e inativos do Poder Legislativo, ambos escolhidos entre seus servidores titulares de cargos efetivos;IV - 2 (dois) membros efetivos e respectivos suplentes indicados pelos servidores ativos do Poder Executivo, titulares de cargos efetivos, e seus pensionistas;V - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores inativos do Poder Executivo, ex-titulares de cargos efetivos, e seus pensionistas;VI - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos militares do serviço ativo, da reserva remunerada ou reformado, e seus pensionistas;VII - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores ativos e inativos das Universidades estaduais e seus pensionistas.§ 1º - Os membros do Conselho de Administração deverão ter formação universitária e comprovada experiência profissional em uma das seguintes áreas: seguridade, administração, economia, finanças, direito, contabilidade, atuária ou engenharia.

§ 2º - O Poder Executivo disciplinará, no prazo de até 90 (noventa) dias contados da publicação desta lei complementar, os procedimentos gerais para nomeação e indicação dos representantes dos servidores ativos, inativos e pensionistas, bem como dos militares do serviço ativo, da reserva remunerada ou reformado e pensionistas, garantindo-se a participação exclusiva das entidades representativas, sindicais e associativas no processo de indicação.§ 3º - O Governador do Estado escolherá, dentre os membros do Conselho de Administração, o seu Presidente e Vice-Presidente.§ 4º - A indicação dos membros do Conselho de Administração deverá ser feita no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias:1 - a contar da publicação do decreto a que se refere o § 2º deste Artigo, no que respeita à sua primeira composição; 2 - antes do término do mandato dos respectivos Conselheiros, nas composições subseqüentes.§ 5º - Na hipótese de não atendimento dos prazos estabelecidos no § 4º deste Artigo, a indicação dos Conselheiros far-se-á mediante livre escolha do Chefe do Poder Executivo, observados os requisitos previstos no § 1º deste Artigo.Artigo 8º - O Conselho de Administração reunir-se-á, ordinariamente, uma vez ao mês, com a presença da maioria absoluta de seus membros e deliberará por maioria simples dentre os presentes, cabendo ao Presidente do Conselho o voto de qualidade.Parágrafo único - O Diretor Executivo Presidente terá assento nas reuniões do Conselho de Administração, com direito a voz, mas sem voto.

Seção IIIDa Diretoria Executiva

Artigo 9º - A Diretoria Executiva é o órgão de execução das atividades que competem à SPPREV.Artigo 10 - A Diretoria Executiva será composta por 5 (cinco) Diretores Executivos, cujas atribuições serão definidas em decreto regulamentar, sendo:I - Diretor Presidente;II - Diretor de Administração;III -Diretor de Finanças;IV -Diretor de Benefícios - Servidores Públicos; eV -Diretor de Benefícios - Militares.§ 1º - A nomeação dos Diretores Presidente, de Administração, de Finanças, de Benefícios - Servidores Públicos e de Benefícios - Militares, por livre escolha do

Governador do Estado, observará o preenchimento dos requisitos legais.§ 2º - O Diretor de Benefícios - Militares será escolhido pelo Governador do Estado entre Oficiais da Polícia Militar, ocupantes do posto de Coronel da reserva remunerada da Polícia Militar do Estado de São Paulo.§ 3º - Os membros da Diretoria Executiva serão pessoas qualificadas para a função, com formação universitária e comprovada experiência profissional na respectiva área de atuação.Artigo 11 - Ao Diretor Presidente compete organizar e supervisionar as atividades da SPPREV e exercer as demais atribuições definidas em regulamento.Artigo 12 - Compete aos diretores desempenhar as atribuições previstas em regulamento, além daquelas que lhes forem delegadas pelo Diretor Presidente.

Seção IVDo Conselho Fiscal

Artigo 13 - O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização e controle interno da SPPREV, competindo-lhe:I - analisar as demonstrações financeiras e demais documentos contábeis da entidade, emitindo parecer e encaminhando-os ao Conselho de Administração;II - opinar sobre assuntos de natureza econômico-financeira e contábil que lhes sejam submetidos pelo Conselho de Administração ou pela Diretoria Executiva;III - atuar como Conselho Fiscal do fundo a que se refere o Artigo 31 desta lei complementar; e,IV - comunicar ao Conselho de Administração fatos relevantes que apurar no exercício de suas atribuições.Parágrafo único - No desempenho de suas funções, o Conselho Fiscal, que se reunirá mensalmente, poderá requisitar e examinar livros e documentos da SPPREV que se fizerem necessários, bem como, justificadamente, solicitar o auxílio de especialistas e peritos.Artigo 14 - O Conselho Fiscal será composto por 6 (seis) membros efetivos e respectivos suplentes, com mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução.§ 1º - Os membros do Conselho Fiscal, observado o disposto no § 2º deste Artigo, serão escolhidos da seguinte forma:1 - 3 (três) membros efetivos e seus respectivos suplentes indicados pelo Governador do Estado, todos demissíveis "ad nutum";2 - 1 (um) membro efetivo e seu suplente oriundos do Poder Executivo, indicados pelos seus servidores ativos, inativos, ou pelos militares do serviço ativo, da reserva remunerada ou reformado, e respectivos pensionistas;

3 - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente oriundos do Poder Judiciário e Ministério Público, indicados pelos seus servidores ativos e inativos e pelos pensionistas; e4 - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente oriundos do Poder Legislativo, indicados pelos seus servidores ativos e inativos e pelos pensionistas.§ 2º - A indicação dos membros efetivos e suplentes do Conselho Fiscal referidos nos itens 2 e 3 do § 1º deste Artigo se dará de forma alternada e sucessiva entre os responsáveis pelas indicações, na seguinte conformidade:1 - na primeira composição do Conselho Fiscal:a) o membro efetivo a que se refere o item 2 será indicado pelos servidores ativos, inativos e pensionistas do Poder Executivo, e o respectivo suplente pelos militares do serviço ativo, da reserva remunerada ou reformados e pensionistas;b) o membro efetivo a que se refere o item 3 será indicado pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas oriundos do Poder Judiciário e o respectivo suplente pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas oriundos do Ministério Público;2 - na segunda composição do Conselho Fiscal:a) o membro efetivo a que se refere o item 2 será indicado pelos militares do serviço ativo, da reserva remunerada ou reformados e pensionistas e o respectivo suplente pelos servidores ativos, inativos e pensionistas do Poder Executivo;b) o membro efetivo a que se refere o item 3 será indicado pelos servidores ativos e inativos e pelos pensionistas oriundos do Ministério Público e o respectivo suplente pelos oriundos do Poder Judiciário;§ 3º - Aplica-se aos membros do Conselho Fiscal o disposto nos §§ 1°, 2º, 4º e 5°, do Artigo 7º desta lei complementar.§ 4º - O presidente do Conselho será eleito pelos membros do Conselho Fiscal devidamente constituído, devendo a escolha recair sobre um dos membros indicados pelos servidores.

Seção VDas demais disposições

Artigo 15 - A fim de implantar o sistema de renovação parcial e periódica dos Conselhos de Administração e Fiscal, o primeiro mandato de metade dos conselheiros e respectivos suplentes será acrescido de 50% (cinqüenta por cento) do prazo definido nesta lei complementar.Parágrafo único - O regulamento definirá quais os membros da primeira composição dos Conselhos que

terão o prazo de duração de seus mandatos estendido nos termos do "caput" deste Artigo.Artigo 16 - É vedado ao Conselheiro e ao Diretor Executivo o exercício simultâneo de mais de um cargo de administração na SPPREV.Artigo 17 - Os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal somente perderão o mandato em virtude de:I - condenação penal transitada em julgado;II - decisão desfavorável em processo administrativo irrecorrível; ouIII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;IV - três ausências consecutivas ou cinco alternadas nas reuniões do Conselho, que não forem justificadas.§ 1º - Instaurado processo administrativo para apuração de irregularidades poderá o Governador do Estado, por solicitação do Secretário de Estado supervisor, determinar o afastamento provisório do Conselheiro, até a conclusão do processo.§ 2º - O afastamento de que trata o § 1º deste Artigo não implica prorrogação do mandato ou permanência no Conselho de Administração ou Fiscal além da data inicialmente prevista para o seu término.§ 3º - Pelo exercício irregular da função pública, os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal e da Diretoria Executiva responderão penal, civil e administrativamente, nos termos da legislação aplicável, em especial a Lei federal nº 8.429, de 2 de junho de 1992 (Lei de Improbidade Administrativa).Artigo 18 - Na hipótese de vacância nos Conselhos de Administração e Fiscal, assumirá o respectivo suplente ou, na impossibilidade, outro membro será indicado pelos respectivos responsáveis, devendo o novo membro exercer o mandato pelo período remanescente.Artigo 19 - A remuneração mensal dos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal corresponderá a 20% (vinte por cento) da remuneração do Diretor Presidente da SPPREV, observados os critérios estabelecidos em regulamento.Artigo 20 - A representação judicial da SPPREV, com prerrogativas processuais de Fazenda Pública, será exercida pela Procuradoria Geral do Estado, a qual exercerá, também, representação extrajudicial, consultoria e assessoria jurídica, conforme definido em regulamento próprio.Artigo 21 - O pessoal da SPPREV será admitido sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho - C.L.T.Artigo 22 - Ficam criados, na SPPREV, 5 (cinco) cargos de Diretor Executivo, com o vencimento mensal R$ 9.667,00 (nove mil, seiscentos e sessenta e sete reais).

Parágrafo único - Os cargos a que se refere o "caput" deste Artigo serão extintos quando for implementado o Quadro de Pessoal de que trata o Artigo 39 desta lei complementar.

CAPÍTULO IIIDAS DISPOSIÇÕES ECONÔMICAS E FINANCEIRAS

Seção IDa São Paulo Previdência - SPPREV

Artigo 23 - A SPPREV organizará a administração do RPPS e do RPPM com base em normas gerais de contabilidade e atuária, de modo a garantir seu equilíbrio financeiro e atuarial, observados os critérios definidos pelas legislações estadual e federal aplicáveis e respectivos regulamentos.Artigo 24 - O patrimônio, as receitas e as disponibilidades de caixa da SPPREV serão mantidos em conta específica.Parágrafo único - A SPPREV deverá realizar escrituração contábil distinta da mantida pelo Tesouro Estadual, inclusive quanto às rubricas destacadas no orçamento para pagamento de benefícios, e também adotar os planos de contas definidos pelas autoridades reguladoras competentes.Artigo 25 - A SPPREV receberá mensalmente, para custeio de sua instalação e funcionamento, remuneração correspondente à taxa de administração definida anualmente e aprovada por ato do Poder Executivo, respeitados os limites estabelecidos na legislação.Parágrafo único - Cada órgão, entidade e Poder contabilizará como despesa a taxa de administração estabelecida no "caput" deste Artigo, proporcionalmente ao valor da respectiva folha de pagamento do pessoal vinculado ao RPPS e ao RPPM, relativamente ao exercício financeiro anterior.Artigo 26 - Os valores dos benefícios pagos pela SPPREV serão:I - computados para efeito de cumprimento de vinculações legais e constitucionais de gastos em áreas específicas;II - deduzidos do repasse obrigatório de recursos a outras entidades, órgãos ou Poderes dos quais os inativos, ou respectivos beneficiários, forem originários.Artigo 27 - O Estado de São Paulo é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do RPPS e do RPPM decorrentes do pagamento de benefícios previdenciários, observada a insuficiência apurada em cada um dos Poderes e órgãos autônomos.

Parágrafo único - Entende-se por insuficiência financeira o valor resultante da diferença entre o valor total da folha de pagamento dos benefícios previdenciários e o valor total das contribuições previdenciárias dos servidores, dos Poderes, entidades autônomas e órgãos autônomos do Estado.Artigo 28 - Ficam o Poder Executivo e o IPESP autorizados a repactuar as dívidas e os haveres existentes entre si e os demais órgãos integrantes do RPPS e RPPM, e assim consolidar as demais obrigações em favor dos dois regimes próprios de previdência social.§ 1º - O ajuste de que trata o "caput" deste Artigo deve prever o pagamento integral dos montantes devidos pelo Estado em até 10 (dez) anos a contar da publicação desta lei.§ 2º - Os recursos aportados pelo Estado para a cobertura de insuficiências financeiras nos termos desta lei serão utilizados pelo Executivo como pagamento dos compromissos a que se refere o "caput" deste Artigo.§ 3º - Fica a Fazenda do Estado autorizada a assumir a responsabilidade pelo pagamento:1 - de débitos do IPESP, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários insatisfeitos;2 - de débitos previdenciários da CBPM, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários insatisfeitos.§ 4º - As obrigações assumidas pela Fazenda do Estado, em conseqüência da autorização de que trata o § 3º, serão consideradas no ajuste de que trata o "caput" deste Artigo.Artigo 29 - A SPPREV disponibilizará ao público, inclusive por meio de rede pública de transmissão de dados, informações atualizadas sobre as receitas e despesas do RPPS e do RPPM, bem como os critérios e parâmetros adotados para garantir o seu equilíbrio financeiro e atuarial.Artigo 30 - A SPPREV deverá realizar avaliação atuarial inicial e em cada balanço, bem como poderá manter auditoria externa, por entidade independente legalmente habilitada nas áreas contábil, de benefícios e atuarial, conforme previsto em regulamento.

Seção IIDa Constituição de Fundo com Finalidade

Previdenciária

Artigo 31 - Fica o Poder Executivo autorizado a constituir fundo com finalidade previdenciária, de natureza contábil, destinado a recepcionar os recursos e o

patrimônio previdenciários, sob a direção, administração e gestão da SPPREV.§ 1º - Os recursos do fundo a que se refere o "caput" deste Artigo serão destinados exclusivamente ao pagamento de benefícios previdenciários do RPPS e do RPPM.§ 2º - Caberá à SPPREV, por intermédio dos seus órgãos de administração, a representação, a administração e a gestão do fundo a que se refere o "caput" deste Artigo, na forma prevista nesta lei complementar.§ 3º - A SPPREV deverá manter os recursos destinados ao pagamento de benefícios em conta específica em nome do fundo a que se refere o "caput" deste Artigo.§ 4º - O fundo a que se refere o "caput" deste Artigo e a SPPREV terão registros cadastrais e contabilidade distintos, não havendo entre eles qualquer comunicação ou direitos, inexistindo solidariedade ou subsidiariedade obrigacionais ativas ou passivas.Artigo 32 - O fundo a que se refere o Artigo 31 desta lei complementar contará com recursos constituídos por:I - bens, direitos e ativos dotados pelo Estado de São Paulo;II - contribuições previdenciárias mensais dos servidores públicos, ativos e inativos, dos militares do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformados, e dos respectivos pensionistas, nos termos da legislação aplicável;III - contribuição previdenciária do Estado, em contrapartida à contribuição dos servidores públicos civis, ativos e inativos, dos militares do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformados, e dos respectivos pensionistas;IV - aportes extraordinários do Estado;V - acervo patrimonial de órgãos e entidades estaduais que lhe forem transferidos por ato do Poder Executivo;VI - rendimentos das aplicações financeiras de seus recursos;VII - produto da alienação de seus bens;VIII - aluguéis e outros rendimentos derivados dos bens componentes de seu patrimônio;IX - doações, subvenções e legados;X - outros recursos consignados no orçamento do Estado, inclusive os decorrentes de créditos suplementares;XI - receitas decorrentes do reconhecimento de dívidas do Estado com o IPESP, vencidas antes da vigência desta lei complementar e apuradas nos termos do Artigo 28 desta lei.Parágrafo único - A contribuição previdenciária do Estado, a que se refere o "caput" do Artigo 2º da Lei Federal Nº 9.717/1998, alterada pela Lei Federal Nº

10.887/2004, para os regimes próprios de previdência de que trata o Artigo 2º desta lei complementar, corresponderá ao dobro do valor da contribuição do servidor ativo.Artigo 33 - Os recursos garantidores das reservas técnicas, fundos e provisões do fundo a que se refere o Artigo 31 desta lei complementar serão aplicados de acordo com as condições de mercado e da legislação aplicável à matéria, e observadas as regras de segurança, solvência, liquidez, rentabilidade, proteção e prudência financeira.Artigo 34 - A gestão dos bens imóveis do fundo a que se refere o Artigo 31 desta lei complementar será realizada visando compatibilizar a diversificação dos investimentos à legislação e regulamentação aplicáveis, de modo a obter melhor rentabilidade.Parágrafo único - Fica autorizada a alienação ou oneração dos bens imóveis dotados ao fundo a que se refere o Artigo 31 desta lei complementar devendo tal alienação ou oneração observar os valores praticados pelo mercado imobiliário e reverter em seu benefício.

CAPÍTULO IVDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 35 - A SPPREV poderá, durante os 24 (vinte e quatro) meses subseqüentes a sua instalação, solicitar a colaboração onerosa, mediante afastamento, de servidores públicos, de militares do serviço ativo e empregados de órgãos ou entidades integrantes da Administração Pública Estadual, para o exercício de atribuições compatíveis com os respectivos níveis de formação profissional.Parágrafo único - A despesa decorrente do afastamento de servidores públicos, militares do serviço ativo e empregados da Administração Pública Estadual, sem prejuízo de vencimentos, salários e demais vantagens, será ressarcida ao órgão ou entidade de origem, pela SPPREV.Artigo 36 - As atribuições conferidas pela legislação em vigor ao Instituto de Previdência do Estado de São Paulo - IPESP, à Caixa Beneficente da Polícia Militar - CBPM, às Secretarias de Estado e às entidades da Administração indireta do Estado, bem como aos Tribunal de Justiça, Ministério Público e Universidades, relacionadas à administração e pagamento de benefícios previdenciários, serão assumidas pela SPPREV, conforme cronograma a ser definido por decreto.Artigo 37 - Fica o Poder Executivo autorizado a:I - transferir para a SPPREV o acervo patrimonial do IPESP e da CBPM, relativos às competências que lhe são

atribuídas por esta lei complementar, de acordo com o cronograma referido no Artigo 36 desta lei complementar;II - transferir para a SPPREV o acervo patrimonial das Secretarias de Estado e das entidades da Administração indireta do Estado, relativos às competências que lhe são atribuídas por esta lei complementar, de acordo com o cronograma referido no Artigo 36 desta lei complementar;III - remanejar, transferir ou utilizar os saldos orçamentários do IPESP, da CBPM, das Secretarias de Estado e das entidades da Administração indireta do Estado, para atender as despesas previdenciárias e de instalação e estruturação da SPPREV.Parágrafo único - Até que se conclua a instalação da SPPREV os órgãos, entidades e unidades dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, e do Ministério Público ficam incumbidos de assegurar o suporte necessário ao funcionamento da SPPREV.Artigo 38 - Os órgãos, entidades e unidades dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, e do Ministério Público deverão transferir à SPPREV as informações constantes do acervo técnico e documental relacionado às atividades que lhe são atribuídas, na conformidade do cronograma a que se refere o Artigo 36 desta lei complementar.Artigo 39 - O Poder Executivo apresentará, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de publicação desta lei complementar, projeto de lei dispondo sobre a criação do Quadro de Pessoal da SPPREV e a fixação da remuneração dos empregos públicos, cargos e funções de confiança.Artigo 40 - A SPPREV deverá estar instalada e em pleno funcionamento, tendo assumido a administração e execução de todas as atividades que lhe são conferidas nos termos desta lei complementar, inclusive no que se refere aos Poderes Judiciário e Legislativo, e ao Ministério Público, em até 2 (dois) anos após a publicação desta lei complementar, período no qual os órgãos, entidades e unidades dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, e do Ministério Público, deverão fornecer à SPPREV, mensalmente, as informações relativas a dados cadastrais e folha de pagamento dos seus membros e servidores públicos, ativos e inativos, dos militares do serviço ativo, dos agregados ou licenciados, da reserva remunerada ou reformados, necessárias ao atendimento das exigências contidas na Lei Federal Nº 9.717/1998, com alterações introduzidas pela Lei Federal Nº 10.887/2004, e regulamentação própria.

§ 1º - Concluída a instalação da SPPREV fica extinto o IPESP, sendo suas funções não previdenciárias realocadas em outras unidades administrativas conforme regulamento.§ 2º - As funções previdenciárias da CBPM serão transferidas para a SPPREV, permanecendo a CBPM com as suas funções não previdenciárias, na forma a ser definida em regulamento.Artigo 41 - Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito suplementar no orçamento do Estado, até o valor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), destinados à implementação das medidas previstas nesta lei complementar.Artigo 42 - Cada Poder, órgão autônomo ou entidade será responsável pela satisfação dos créditos de seus membros ou servidores inativos, e respectivos beneficiários, pendentes na data da publicação desta lei.Artigo 43 - Fica suprimida a possibilidade de dispensa imotivada, pelo Estado, dos docentes do magistério público estadual, admitidos até a publicação desta lei, com fundamento na Lei Nº 500/1974.Artigo 44 - Em conseqüência do disposto no Artigo 43, fica excluída a aplicabilidade aos docentes do magistério público estadual da hipótese de dispensa prevista no inciso III do Artigo 35 da Lei Nº 500/1974.Artigo 45 - Ficam revogados o Artigo 25 da Lei Nº 452/1974 e os Artigos 133, 140, 141, 142 e 143, todos da Lei Complementar N º180/1978.Artigo 46 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.

LEI COMPLEMENTAR Nº 1.012, DE 05 DE JULHO DE 2007

Altera a Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978; a Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968; a Lei Complementar nº 207, de 5 de janeiro de 1979 e dá providências correlatas

Seção IDa Pensão

Artigo 1º - Os Artigos 144, 147, 148, 149, 150, 155 e 158 da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978, passam a vigorar com a seguinte redação:

Artigo 144 - O valor inicial da pensão por morte devida aos dependentes de servidor falecido será igual à totalidade da remuneração no cargo efetivo em que se deu o óbito, ou à dos proventos do inativo na data do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social, de que trata o Artigo 201 da Constituição Federal, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela que exceder esse limite.Parágrafo único - O cálculo do valor inicial da pensão mensal, na situação prevista no § 3º do Artigo 137 desta lei complementar, no caso do servidor que vier a falecer antes de sua aposentadoria, tomará por base a média das aulas ministradas nos 12 (doze) meses anteriores ao do óbito, adotando-se o valor unitário vigente na data do óbito.

Artigo 147 - São dependentes do servidor, para fins de recebimento de pensão:I - o cônjuge ou o companheiro ou a companheira, na constância, respectivamente, do casamento ou da união estável;II - o companheiro ou a companheira, na constância da união homoafetiva;III - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na Legislação do Regime Geral de Previdência Social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os incapazes civilmente, estes dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor;IV - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor e não existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I, II ou III deste Artigo, ressalvado o disposto no § 3º deste Artigo.

§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor.§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou a incapacidade.§ 3º - Mediante declaração escrita do servidor, os dependentes a que se refere o inciso IV deste Artigo poderão concorrer em igualdade de condições com os demais.§ 4º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do servidor não conferem direito à pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.§ 5º - A comprovação de dependência econômica dos dependentes enumerados na segunda parte do inciso III, no inciso IV e no § 1° deste Artigo deverá ter como base à data do óbito do servidor e ser feita de acordo com as regras e critérios estabelecidos em norma regulamentar.§ 6º - Na falta de decisão judicial com trânsito em julgado reconhecendo a união estável, o companheiro ou companheira deverá comprová-la conforme estabelecido em norma regulamentar.

Artigo 148 - Com a morte do servidor a pensão será paga aos dependentes, mediante rateio, em partes iguais.§ 1º - O valor da pensão será calculado de acordo com a regra prevista no “caput” do Artigo 144 desta lei complementar, procedendo-se, posteriormente, à divisão do benefício em quotas, nos termos deste Artigo.§ 2º - O pagamento do benefício retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60 (sessenta) dias depois deste.§ 3º - O pagamento do benefício será feito a partir da data do requerimento, quando ultrapassado o prazo previsto no § 2º deste Artigo.§ 4º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier requerê-la, admitindo-se novas inclusões a qualquer tempo, as quais produzirão efeitos financeiros a partir da data em que forem requeridas, nos termos dos parágrafos 2º e 3º deste Artigo.§ 5º - A perda da qualidade de dependente pelo pensionista implica na extinção de sua quota de pensão,

admitida a reversão da respectiva quota somente de filhos para cônjuge ou companheiro ou companheira e destes para aqueles.§ 6º - Com a extinção da última quota de pensão, extingue-se o benefício.

Artigo 149 - A perda da condição de beneficiário dar-se-á em virtude de:I - falecimento, considerada para esse fim a data do óbito;II - não cumprimento de qualquer dos requisitos ou condições estabelecidos nesta lei complementar;III - matrimônio ou constituição de união estável.Parágrafo único - Aquele que perder a qualidade de beneficiário, não a restabelecerá.

Artigo 150 - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira somente terá direito à pensão se o servidor lhe prestava pensão alimentícia na data do óbito.Parágrafo único - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira concorrerá em igualdade de condições com os demais dependentes, sendo o valor de seu benefício limitado ao valor da pensão alimentícia que recebia do servidor.

Artigo 155 - Nenhum beneficiário poderá receber mais de uma pensão decorrente desta lei complementar, exceto filho, enteado e menor tutelado, de casal contribuinte, assegurado aos demais o direito de opção pela pensão mais vantajosa. Artigo 158 - A incapacidade e a invalidez, para os fins previstos no Artigo 147 desta lei complementar, serão verificadas mediante inspeção por junta médica pericial.

Artigo 2º - Fica assegurada a continuidade do pagamento aos atuais beneficiários de pensão enquanto mantiverem as condições que, sob a égide da legislação anterior, lhes garantia a percepção do benefício.Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na legislação a que se refere o “caput” deste Artigo.Artigo 3º - Para os óbitos ocorridos antes da vigência desta lei complementar, o valor do benefício da pensão e a forma de cálculo das quotas devidas a cada um dos dependentes obedecerão às regras previstas na legislação vigente na data do óbito.Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na legislação a que se refere o “caput” deste Artigo.

Seção IIDo Salário-Família, do Auxílio-Reclusão e Funeral

Artigo 4º - O Título XIII, da Lei Complementar nº 180, de 12 de maio de 1978, fica acrescido do Capítulo I-A e dos Artigos 163-A e 163-B, com a seguinte redação:

CAPÍTULO I-A - Do Salário-família e do Auxílio reclusão.Artigo 163-A - Ao servidor ou ao inativo de baixa renda será concedido salário-família por:I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos; eII - filho inválido de qualquer idade.§ 1º - O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e, anualmente, à apresentação de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de freqüência à escola do filho menor ou equiparado, nos termos do regulamento.§ 2º - O critério para aferição da baixa renda do servidor ou do inativo será o mesmo utilizado para trabalhadores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social.

Artigo 163-B - Aos dependentes de servidor de baixa renda recolhido à prisão, nos termos do Artigo 70 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, será concedido auxílio-reclusão.§ 1º - O pagamento do auxílio-reclusão obedecerá aos mesmos critérios estabelecidos no Artigo 148 desta lei complementar, enquanto o servidor permanecer na situação de que trata o “caput” deste Artigo.§ 2º - Consideram-se dependentes, para fins do disposto no “caput” deste Artigo, as pessoas discriminadas nos incisos I a IV e no § 1º do Artigo 147 desta lei complementar.§ 3º - O direito à percepção do benefício cessará:I - no caso de extinção da pena;II - se ao servidor, ao final do processo criminal, for imposta a perda do cargo;III - se da decisão administrativa irrecorrível, em processo disciplinar, resultar imposição da pena demissória, simples ou agravada; eIV - por morte do servidor ou do beneficiário do auxílio.§ 4º - O pagamento do benefício de que trata este Artigo será suspenso em caso de fuga, concessão de liberdade condicional ou alteração do regime prisional para prisão albergue, podendo ser retomados os pagamentos, no caso de modificação dessas situações.

§ 5º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão, além de outros requisitos previstos em lei ou regulamento, será instruído, obrigatoriamente, com certidão do efetivo recolhimento do servidor à prisão, expedida por autoridade competente, devendo ser renovada a cada 3 (três) meses, junto à unidade previdenciária, para fins de percepção do benefício.§ 6º - O critério para aferição da baixa renda do servidor a que alude o “caput” deste Artigo é o mesmo utilizado para os servidores sujeitos ao Regime Geral de Previdência Social.

Artigo 5º - Ao servidor recolhido à prisão antes da data da vigência desta lei complementar aplicar-se-ão as regras previstas na legislação então vigente.

Artigo 6º - Os Artigos 70 e 168 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, passam a vigorar com a seguinte redação:

Artigo 70 - O servidor preso em flagrante, preventiva ou temporariamente ou pronunciado será considerado afastado do exercício do cargo, com prejuízo da remuneração, até a condenação ou absolvição transitada em julgado.§ 1º - Estando o servidor licenciado, sem prejuízo de sua remuneração, será considerada cessada a licença na data em que o servidor for recolhido à prisão.§ 2º - Se o servidor for, ao final do processo judicial, condenado, o afastamento sem remuneração perdurará até o cumprimento total da pena, em regime fechado ou semi-aberto, salvo na hipótese em que a decisão condenatória determinar a perda do cargo público.

Artigo 168 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais, será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do servidor ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1 (um) mês da remuneração.§ 1º - Se o óbito de integrante da carreira de Agente de Segurança Penitenciária e da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária ocorrer em decorrência de lesões recebidas no exercício de suas funções, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva remuneração.§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste Artigo dependerá da comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.§ 3º - As despesas com o funeral do servidor e do inativo que tenham sido efetuadas por terceiros serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste Artigo.

§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa natureza serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste Artigo, mediante a apresentação de alvará judicial.§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado pela respectiva unidade pagadora, mediante a apresentação pelo interessado ou por procurador legalmente habilitado, da certidão de óbito, do comprovante das despesas efetivamente realizadas ou do alvará judicial, juntamente com a prova de identidade do requerente.§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições deste Artigo.§ 7º - Quando as despesas com o funeral do servidor ou inativo forem efetuadas por terceiros ou por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no “caput” ou no parágrafo 1º deste Artigo, conforme o caso, a diferença para atingir o limite neles previstos será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais.”

Artigo 7º - O Artigo 51 da Lei Complementar nº 207, de 5 de janeiro de 1979, passa a vigorar com a seguinte redação:

Artigo 51 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais, será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do policial civil ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1 (um) mês da remuneração.§ 1º - Se o óbito do policial civil ocorrer em decorrência de lesões recebidas no exercício de suas funções, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva remuneração.§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste Artigo dependerá da comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.§ 3º - As despesas com o funeral do policial civil ativo ou inativo que tenham sido efetuadas por terceiros serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste Artigo.§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa natureza serão ressarcidas até o limite previsto no “caput” deste Artigo, mediante a apresentação de alvará judicial.§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado pela respectiva unidade pagadora, mediante a apresentação, pelo interessado ou por procurador legalmente habilitado, da certidão de óbito, do comprovante das despesas efetivamente realizadas ou do alvará judicial,

juntamente com a prova de identidade do requerente.§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições deste Artigo.§ 7º - Quando as despesas com o funeral do policial civil ativo ou inativo forem efetuadas por terceiros ou por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no “caput” ou no parágrafo 1º deste Artigo, conforme o caso, a diferença para atingir o limite neles previstos será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais.

Seção IIIDa Contribuição e da Base de Cálculo

Artigo 8º - A contribuição social dos servidores públicos titulares de cargos efetivos, ativos e dos militares do governo de São Paulo, para a manutenção do regime próprio de previdência social do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, será de 11% (onze por cento) e incidirá sobre a totalidade da base de contribuição.§ 1º - Para os fins desta lei complementar, entende-se como base de contribuição o total dos vencimentos do servidor, incluindo-se o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei ou por outros atos concessivos, dos adicionais de caráter individual e de quaisquer outras vantagens, excluídas:1. as diárias para viagens;2. o auxílio-transporte;3. o salário-família;4. o salário-esposa;5. o auxílio-alimentação;6. as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;7. a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança;8. as demais vantagens não incorporáveis instituídas em lei; e9. o abono de permanência de que tratam o § 19 do Artigo 40 da Constituição Federal, o § 5º do Artigo 2º e o § 1º do Artigo 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003 e referido no Artigo 4º desta lei complementar.§ 2º - O servidor titular de cargo efetivo poderá optar pela inclusão na base de contribuição de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, para efeito de cálculo do seu benefício previdenciário, respeitada, em qualquer

hipótese, a limitação estabelecida no § 2º do Artigo 40 da Constituição Federal.§ 3º - A inclusão das vantagens referidas no parágrafo anterior para efeito de cálculo do benefício previdenciário dependerá do cumprimento de tempo mínimo de contribuição, valores médios observados, dentre outros requisitos a serem previstos na regulamentação desta lei complementar.§ 4º - A regulamentação disciplinará as disposições deste Artigo.§ 5º - A contribuição dos servidores de que trata o “caput” deste Artigo entrará em vigor após 90 (noventa) dias da data da publicação desta lei complementar.§ 6º - A contribuição dos servidores de que tratam as Leis Complementares n.ºs 180, de 12 de maio de 1978, 943, de 23 de junho de 2003 e 954, de 31 de dezembro de 2003 dos servidores civis; bem como a Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974 dos militares ficam mantidas, inclusive proporcionalmente aos dias de vigência, quando for o caso, até o início do recolhimento das contribuições a que se refere o “caput” deste Artigo.Artigo 9º - Os aposentados e os pensionistas do Estado, inclusive os de suas Autarquias e Fundações, do Poder Judiciário, Poder Legislativo, Universidades, Tribunal de Contas, Ministério Público, Defensoria Pública e Polícia Militar, contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social.Parágrafo único - Nos casos de acumulação remunerada de aposentadorias e/ou pensões, considerar-se-á, para fins de cálculo da contribuição de que trata o “caput” deste Artigo, o somatório dos valores percebidos, de forma que a parcela remuneratória imune incida uma única vez.Artigo 10 - O décimo-terceiro salário será considerado para fins de incidência das contribuições de que tratam os Artigos 8º e 9º desta lei complementar.

Seção IVDo Abono de Permanência

Artigo 11 - O servidor titular de cargo efetivo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas na alínea a, do inciso III, do § 1º, do Artigo 40 da Constituição Federal, ou que tenha cumprido os requisitos do § 5º do Artigo 2º ou do § 1º do Artigo 3º, ambos da Emenda Constitucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e que opte por permanecer em atividade, fará jus a um abono de permanência

equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas no inciso II do § 1o do Artigo 40 da Constituição Federal.Parágrafo único - Não será incluído na base de cálculo para fixação do valor de qualquer benefício previdenciário o abono a que se refere o “caput” deste Artigo.

Seção VDos Afastamentos

Artigo 12 - O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, terá suspenso o seu vínculo com o regime próprio de previdência social do Estado enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhe assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime.§ 1º- Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime próprio de previdência social do Estado, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, assim como da contribuição patronal prevista na legislação aplicável, observando-se os mesmos percentuais e incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais.§ 2º - O recolhimento de que trata o § 1° deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunerações dos servidores públicos.§ 3º - Em caso de atraso no recolhimento, serão aplicados os encargos moratórios previstos para a cobrança dos tributos estaduais, cessando, após 60 (sessenta) dias, as coberturas previdenciárias até a total regularização dos valores devidos, conforme dispuser o regulamento.

Seção VIDas Disposições Finais

Artigo 13 - O disposto nesta lei complementar aplica-se aos servidores titulares de cargos efetivos da Administração direta e indireta, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e seus Conselheiros, além das Universidades, Defensoria Pública, Poder Judiciário e seus membros, e Ministério Público e seus membros, abrangidos pela Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.Parágrafo único - Aos servidores militares ativos, da reserva reformada e seus pensionistas aplicam-se

somente as regras previstas nos Artigos 8º e seguintes desta lei complementar.

Artigo 14 - O Poder Executivo deverá regulamentar esta lei complementar no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar de sua publicação.Artigo 15 - Com a entrada em vigor das contribuições previstas nos Artigos 8º e 9º desta lei complementar, ficam revogadas as contribuições previstas nas Leis Complementares nºs 943, de 23 de junho de 2003, 954, de 31 de dezembro de 2003, e 180, de 12 de maio de 1978, bem como da Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974.Artigo 16 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.

LEI COMPLEMENTAR Nº 1.013, DE 06 DE JULHO DE 2007

Altera a Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974, e o Decreto-lei nº 260, de 29 de maio de 1970, e dá providências correlatas

Artigo 1º - Os Artigos 6º, 8º, 9º, 10, 11, 16, 20, 23, 26, 29, 31 e o inciso II do Artigo 34, todos da Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974, que instituiu a Caixa Beneficente da Polícia Militar - CBPM, em cumprimento ao disposto no Artigo 42 e seus parágrafos da Constituição Federal, passam a vigorar com a seguinte redação:

Artigo 6º - São contribuintes obrigatórios:I - os militares do serviço ativo; II - os militares agregados ou licenciados;III - os militares da reserva remunerada ou reformados; IV - os pensionistas dos militares a que se referem os incisos I, II e III deste Artigo.

Artigo 8º - São dependentes do militar, para fins de recebimento de pensão:I - o cônjuge ou o companheiro ou companheira, na constância, respectivamente, do casamento ou da união estável;II - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na legislação do regime geral da previdência social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os incapazes civilmente, esses dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do militar;III - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do militar, e não existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I ou II deste Artigo, ressalvado o disposto no parágrafo § 3° deste Artigo.§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do militar.§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou incapacidade.§ 3º - Mediante declaração escrita do militar os dependentes enumerados no inciso III deste Artigo poderão concorrer em igualdade de condições com os demais.§ 4º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do militar não conferem direito à pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.

§ 5º - A comprovação de dependência econômica dos dependentes enumerados na segunda parte do inciso II, no inciso III e no § 1° deste Artigo deverá ter como base a data do óbito do militar de acordo com as regras e critérios estabelecidos em norma regulamentar.§ 6º - Na falta de decisão judicial com trânsito em julgado reconhecendo a união estável, o companheiro ou companheira deverá comprová-la conforme estabelecido em norma regulamentar.

Artigo 9º - Com a morte do militar, a pensão será paga aos dependentes mediante rateio, em partes iguais.§ 1º - O valor da pensão será calculado de acordo com a regra prevista no Artigo 26 desta lei, procedendo-se, posteriormente, à divisão do benefício em quotas, nos termos deste Artigo.§ 2º - O pagamento do benefício retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60 (sessenta) dias depois deste.§ 3º - O pagamento do benefício será feito a partir da data do requerimento, quando ultrapassado o prazo previsto no § 2º deste Artigo.§ 4º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier a requerê-la, admitindo-se novas inclusões a qualquer tempo, que produzirão efeitos financeiros a partir da data em que forem requeridas, nos termos dos parágrafos 2° e 3° deste Artigo.§ 5º - A perda da qualidade de dependente pelo pensionista implica na extinção de sua quota de pensão, admitida a reversão da respectiva quota somente de filhos para cônjuge ou companheiro ou companheira e destes para aqueles.§ 6º - Com a extinção da última quota de pensão extingue-se o benefício.

Artigo 10 - A perda da qualidade de dependente dar-se-á em virtude de:I - falecimento, considerada para esse fim a data do óbito;II - não cumprimento de qualquer dos requisitos ou condições estabelecidos nesta lei;III - matrimônio ou constituição de união estável.Parágrafo único - Aquele que perder a qualidade de dependente não a restabelecerá."

Artigo 11 - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira somente terão direito à pensão se o militar lhe prestava pensão alimentícia na data do óbito.Parágrafo único - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira concorrerão em igualdade de condições com os demais dependentes, sendo o valor de seu benefício limitado ao valor da pensão alimentícia que recebia do militar.

Artigo 16 - Nenhum dependente poderá receber mais de uma pensão decorrente desta lei, exceto filho, enteado e menor tutelado, de casal contribuinte, assegurado aos demais o direito de opção pela pensão mais vantajosa.

Artigo 20 - A incapacidade e a invalidez, para os fins previstos no Artigo 8° desta lei, serão verificadas mediante perícia por junta de saúde militar.

Artigo 23 - O direito à pensão não está sujeito à decadência ou prescrição.

Artigo 26 - O valor inicial da pensão por morte devida aos dependentes do militar falecido será igual à totalidade da remuneração do militar no posto ou graduação em que se deu o óbito, ou dos proventos do militar da reserva remunerada ou reformado na data do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o Artigo 201 da Constituição Federal, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela que exceder esse limite, exceto na situação prevista no § 1º do Artigo 1º da Lei nº 5.451, de 22 de dezembro de 1986, quando o valor do benefício corresponderá à integralidade dos vencimentos ou proventos do militar.

Artigo 29 - Fica assegurado o direito à percepção de auxílio-reclusão ao dependente de militar do serviço ativo, da reserva remunerada, do reformado e do agregado percebendo vencimentos ou licenciado que estiver preso provisoriamente ou condenado a pena privativa de liberdade, até 2 (dois) anos, enquanto permanecer em regime fechado ou estiver internado por medida de segurança.§ 1º - O pagamento do auxílio-reclusão obedecerá aos mesmos critérios estabelecidos no Artigo 9º desta lei, enquanto o militar permanecer na situação de que trata o "caput" deste Artigo.§ 2º - Consideram-se dependentes, para os fins do disposto no "caput" deste Artigo, as pessoas

discriminadas nos incisos I a III e no § 1º do Artigo 8º desta lei.§ 3º - Durante o pagamento do auxílio-reclusão o policial militar deixará de perceber vencimentos.§ 4º - O direito à percepção do benefício cessará:1. no caso da extinção da pena;2. com a exoneração, demissão ou expulsão do militar, ou com sua colocação em liberdade definitiva;3. por morte do militar ou do dependente. § 5º - O pagamento do benefício de que trata este Artigo será suspenso em caso de fuga, concessão de liberdade condicional ou progressão do regime prisional, podendo ser retomados os pagamentos no caso de modificação dessas situações.§ 6º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão, além de outros requisitos previstos em lei ou regulamento, será instruído, obrigatoriamente, com certidão do efetivo recolhimento à prisão do militar do serviço ativo, da reserva remunerada, do reformado e do agregado percebendo vencimentos ou do licenciado, expedida por autoridade competente, devendo ser renovada a cada 3 (três) meses, junto à unidade previdenciária, para fins de percepção do benefício.§ 7º - A condenação criminal superveniente à demissão ou expulsão do militar não confere qualquer direito ao auxílio-reclusão de que trata este Artigo.

Artigo 31 - A taxa de contribuição para a assistência médico-hospitalar e odontológica é de 2% (dois por cento) da respectiva retribuição-base.§ 1º - A taxa de contribuição dos pensionistas da CBPM é de 1% (um por cento) do valor da pensão que estejam percebendo.§ 2º - As taxas de contribuição de que trata este Artigo serão recolhidas diretamente à CBPM, que as repassará, de imediato, à Cruz Azul de São Paulo. § 3º - A retribuição-base mensal será constituída dos vencimentos, indenização por sujeição ao Regime Especial de Trabalho Policial Militar, gratificações, outras vantagens pecuniárias e proventos, excetuadas as parcelas relativas a salário-família, diárias, ajuda de custo, transporte, auxílio-funeral, representações de qualquer natureza e equivalente.

Artigo 34 - ...........................................................II - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na legislação do regime geral da previdência social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os incapazes civilmente, esses dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do militar;

Artigo 2º - Para os óbitos ocorridos antes da data da publicação desta lei complementar, o cálculo da pensão devida ao dependente obedecerá as regras da legislação vigente na data do óbito.Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na legislação a que se refere o "caput" deste Artigo.Artigo 3º - Ficam assegurados aos atuais pensionistas os direitos previdenciários previstos na legislação vigente antes da data da publicação desta lei complementar, enquanto mantiverem as condições que, sob a égide da legislação anterior, lhes garantia o benefício.Artigo 4º - Ao militar do serviço ativo, ao agregado percebendo vencimentos, ao licenciado, ao da reserva remunerada ou ao reformado será concedido salário-família por:I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos;II - filho inválido de qualquer idade.§ 1º - O pagamento do salário-família é condicionado à apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e, anualmente, à apresentação de atestado de vacinação obrigatória e de comprovação de freqüência à escola do filho menor ou equiparado, nos termos do regulamento.§ 2º - O critério para fins de pagamento do salário-família será o mesmo utilizado para os trabalhadores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social.Artigo 5º - Ao militar recolhido à prisão antes da data da vigência desta lei complementar aplicar-se-ão as regras previstas na legislação então vigente.Artigo 6º - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais do militar do serviço ativo, do agregado percebendo vencimentos, do licenciado, da reserva remunerada ou do reformado falecido, será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família, de valor correspondente a 1 (um) mês da respectiva remuneração.§ 1º - Se o óbito do militar ocorrer em decorrência de lesões recebidas no exercício da função policial, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva remuneração.§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste Artigo dependerá da comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.§ 3º - As despesas com o funeral do militar do serviço ativo, agregado percebendo vencimentos, licenciado, da reserva remunerada ou reformado, que tenham sido efetuadas por terceiros serão ressarcidas, até o limite previsto no "caput" deste Artigo.

§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa natureza serão ressarcidas, até o limite previsto no "caput" deste Artigo, mediante a apresentação de alvará judicial.§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado pela respectiva unidade pagadora, mediante a apresentação, pelo interessado ou por procurador legalmente habilitado, da certidão de óbito, do comprovante das despesas efetivamente realizadas ou do alvará judicial, juntamente com a prova de identidade do requerente.§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições deste Artigo.§ 7º - Quando as despesas com o funeral do militar do serviço ativo, agregado percebendo vencimentos, licenciado, da reserva remunerada ou reformado, forem efetuadas por terceiros ou por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no "caput" e no § 1º deste Artigo, a diferença para atingir o limite neles previstos será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais.Artigo 7º - A contribuição previdenciária dos militares do serviço ativo, para a manutenção do regime próprio de previdência dos militares do Estado, será de 11% (onze por cento) e incidirá sobre a totalidade da base de contribuição.§ 1º - Para os fins desta lei complementar, entende-se como base de contribuição o total dos vencimentos do militar, incluindo-se o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei ou por outros atos concessivos, dos adicionais de caráter individual e de quaisquer outras vantagens, excluídas:1. as diárias para viagens;2. o auxílio-transporte;3. o salário-família;4. o salário-esposa;5. o auxílio-alimentação;6. as parcelas percebidas em decorrência de local de trabalho;7. as parcelas percebidas em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança;8. as demais vantagens não incorporáveis instituídas em lei.§ 2º - O militar poderá optar pela inclusão, na base de contribuição, de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, para efeito de cálculo do seu benefício previdenciário, respeitada, em qualquer hipótese, a limitação estabelecida no § 2º do art. 40 da Constituição Federal.

§ 3º - A inclusão das vantagens referidas no parágrafo anterior para efeito de cálculo do benefício previdenciário dependerá do cumprimento de tempo mínimo de contribuição e valores médios observados, dentre outros requisitos a serem previstos na regulamentação desta lei complementar.§ 4º - A contribuição dos militares de que trata o "caput" deste Artigo entrará em vigor após 90 (noventa) dias da data da publicação desta lei complementar.§ 5º - A contribuição previdenciária dos militares de que tratam as Leis Complementares nºs 943, de 23 de junho de 2003 e 954, de 31 de dezembro de 2003, bem como a Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974 ficam mantidas, inclusive proporcionalmente aos dias de vigência, quando for o caso, até o início do recolhimento das contribuições a que se refere o "caput" deste Artigo.§ 6º - As disposições deste Artigo serão disciplinadas em regulamento.Artigo 8º - Os militares da reserva remunerada, reformados, agregados e os pensionistas contribuirão com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de aposentadorias e pensões que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social.Parágrafo único - Nos casos de acumulação remunerada de aposentadorias e/ou pensões, considerar-se-á, para fins de cálculo da contribuição de que trata o "caput" deste Artigo, o somatório dos valores percebidos, de forma que a parcela remuneratória imune incida uma única vez.Artigo 9º - O décimo-terceiro salário será considerado para fins de incidência das contribuições de que tratam os Artigos 7º e 8º desta lei complementar.Artigo 10 - O militar afastado ou licenciado do cargo, sem direito à remuneração, terá suspenso o seu vínculo com o regime próprio de previdência dos militares do Estado enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhe assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime.§ 1º - Será assegurada ao militar licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime próprio de previdência dos militares do Estado, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, observando-se os mesmos percentuais, e incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus quando no exercício de suas atribuições, computando-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais.§ 2º - O recolhimento de que trata o § 1º deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento dos vencimentos dos militares.

§ 3º - Em caso de atraso no recolhimento, serão aplicados os encargos moratórios previstos para a cobrança dos tributos estaduais, cessando, após 60 (sessenta) dias, as coberturas previdenciárias até a total regularização dos valores devidos, conforme dispuser o regulamento.Artigo 11 - Com a entrada em vigor das contribuições previdenciárias previstas nos Artigos 7º e 8º desta lei complementar, ficam revogadas as contribuições previstas nas Leis Complementares nºs 943, de 23 de junho de 2003, e 954, de 31 de dezembro de 2003, bem como no Artigo 24 da Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974.Artigo 12 - O Poder Executivo deverá regulamentar esta lei complementar no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar de sua publicação.Artigo 13 - Os incisos I e II do Artigo 7º do Decreto-lei nº 260, de 29 de maio de 1970, passam a vigorar com a seguinte redação:

Artigo 7º - .............................................................I - não perceberá vencimentos e vantagens nas situações previstas nos incisos III, IV, V, VI, VIII, X, XII e XIII do Artigo 5º deste decreto-lei;II - perceberá dois terços dos vencimentos e vantagens do respectivo posto ou graduação nos casos dos incisos II e VII do Artigo 5º deste decreto-lei;

Artigo 14 - Ficam revogados os Artigos 7º, 12, 13, 14, 15, 17, 19, 24, 28, 33, 39 e 43, e os incisos III e IV do Artigo 34 da Lei nº 452, de 2 de outubro de 1974.Artigo 15 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.

LEI COMPLEMENTAR Nº 1.058, DE 16 DE SETEMBRO DE 2008Institui o Plano de Carreiras, de Empregos Públicos e Sistema Retribuitório para os empregados da

SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, e dá providências correlatas

Artigo 1º - Fica instituído, na forma desta lei complementar, o Plano de Carreiras, de Empregos Públicos e Sistema Retribuitório para os empregados da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV (QP-SPPREV).Artigo 2º - Para fins de aplicação do Plano de que trata esta lei complementar, consideram-se:I - grau: o valor fixado para uma classe;II - referência: símbolo indicativo do nível salarial do emprego público em confiança;III - classe: conjunto de empregos públicos de mesma natureza e igual denominação;IV - carreira: conjunto de classes de mesma natureza de trabalho, escalonadas de acordo com o grau de complexidade das atribuições e responsabilidade;V - emprego público: conjunto de atribuições e responsabilidades cometidas ao empregado público;VI - salário: retribuição pecuniária, fixada em lei, paga mensalmente ao empregado público pelo efetivo exercício do emprego público;VII - remuneração: o valor correspondente ao salário, acrescido das vantagens pecuniárias a que o empregado público faça jus, previstas em lei;VIII - quadro de pessoal: o conjunto de empregos públicos pertencentes à SPPREV.Artigo 3º - Fica criado o Quadro de Pessoal da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV (QPSPPREV), composto de:I - Subquadro de Empregos Públicos Permanentes (SQEP-P);II - Subquadro de Empregos Públicos em Confiança (SQEP-C).Parágrafo único - Os integrantes dos subquadros de que trata este Artigo ficam sujeitos à jornada completa de trabalho, caracterizada pela exigência da prestação de 40 (quarenta) horas semanais de trabalho.Artigo 4º - O regime jurídico dos empregados da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV é o da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.Artigo 5º - Para fins de implantação do Plano de Carreiras, de Empregos Públicos e Sistema Retribuitório de que trata esta lei complementar ficam instituídas, no QP-SPPREV, as carreiras e classes a seguir mencionadas:I - Subquadro de Empregos Públicos Permanentes (SQEP-P):a) Analista em Gestão Previdenciária;

b) Técnico em Gestão Previdenciária;II - Subquadro de Empregos Públicos em Confiança (SQEP-C):a) Diretor Presidente;b) Diretor de Administração e Finanças;c) Diretor de Benefícios - Servidores Públicos;d) Diretor de Benefícios - Militares;e) Diretor de Relacionamento com o Segurado;f) Secretário Executivo;g) Assessor Técnico Previdenciário;h) Assistente Técnico Previdenciário I;i) Assistente Técnico Previdenciário II;j) Assistente Previdenciário.§ 1º - As carreiras a que se refere o inciso I deste Artigo são constituídas por 3 (três) classes, identificadas pelos algarismos romanos I, II e III, e pelos graus "A", "B" e "C", de acordo com as lei complementar n.1.058, de 16.09.2008 Página 1 de 8exigências de maior capacitação para o desempenho das atividades que lhe são afetas, constantes da Escala de Salários - Empregos Públicos Permanentes, na conformidade das Tabelas A e B, do Anexo I, desta lei complementar.§ 2º - As classes de que trata o inciso II deste Artigo são constituídas de 7 (sete) referências alfanuméricas, constantes da Escala de Salários - Empregos Públicos em Confiança, na conformidade da Tabela C do Anexo I, desta lei complementar.Artigo 6º - Aos integrantes da carreira de Analista em Gestão Previdenciária incumbe:I - analisar, acompanhar e instruir processos de concessão, pagamento, cadastro e informações de aposentadorias e pensões do conjunto de servidores públicos e militares do Estado de São Paulo;II - planejar, implantar e avaliar as ações voltadas às atividades relativas ao Regime Próprio de Previdência no âmbito do Estado de São Paulo, propondo as adequações necessárias;III - planejar, implantar, coordenar e avaliar ações voltadas ao atendimento e orientação aos segurados ativos, inativos, pensionistas e dependentes, zelando pela manutenção e atualização do cadastro previdenciário;IV - coordenar as atividades de suporte ao gerenciamento das atividades corporativas da SPPREV,

no que se refere aos serviços administrativos, logísticos, de infra-estrutura e de suprimentos;V - coordenar, acompanhar e avaliar as atividades de gestão de recursos humanos, gestão orçamentária, financeira, patrimonial, análise contábil, auditoria contábil, despesas de pessoal, cálculos judiciais, política de investimentos da entidade e gestão da tecnologia e sistemas de informação.Artigo 7º - Aos integrantes da carreira de Técnico em Gestão Previdenciária incumbe:I - prestar atendimento aos segurados do Regime Próprio de Previdência do Estado de São Paulo;II - executar as atividades administrativas no processo de concessão e pagamento de aposentarias e pensões;III - executar as atividades de apoio relacionadas à administração e gestão da SPPREV;IV - executar quaisquer outras atividades de apoio às atribuições do Analista em Gestão Previdenciária.Artigo 8º - Ficam criados no Quadro de Pessoal da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV (QPSPPREV), os seguintes empregos públicos:I - no Subquadro de Empregos Públicos Permanentes (SQEP-P), enquadrados na Escala de Salários - Empregos Públicos Permanentes:a) 75 (setenta e cinco) de Analista em Gestão Previdenciária;b) 250 (duzentos e cinqüenta) de Técnico em Gestão Previdenciária;II - no Subquadro de Empregos Públicos em Confiança (SQEP-C), enquadrados na Escala de Salários - Empregos Públicos em Confiança:a) 1 (um) de Diretor Presidente;b) 1 (um) de Diretor de Administração e Finanças;c) 1 (um) de Diretor de Benefícios - Servidores Públicos;d) 1 (um) de Diretor de Benefícios - Militares;e) 1 (um) de Diretor de Relacionamento com o Segurado;f) 1 (um) de Secretário Executivo;g) 10 (dez) de Assessor Técnico Previdenciário;h) 30 (trinta) de Assistente Técnico Previdenciário I;i) 22 (vinte e dois) de Assistente Técnico Previdenciário II;j) 60 (sessenta) de Assistente Previdenciário.Parágrafo único - Os requisitos mínimos para preenchimento dos empregos públicos permanentes e em confiança de que trata este Artigo ficam estabelecidos na conformidade das Tabelas A e B do Anexo II desta lei complementar.Artigo 9º - O ingresso nas carreiras a que se refere o inciso I do Artigo 5º desta lei complementar dar-se-á mediante concurso público, na classe inicial, observados

os requisitos mínimos de preenchimento previstos nesta lei complementar, e os critérios estabelecidos na instrução especial que rege o concurso, na seguinte conformidade:I - para a carreira de Analista em Gestão Previdenciária, o concurso público será realizado em 3 (três) etapas sucessivas, constituídas, respectivamente, de provas, títulos e curso específico de formação, sendo as 1ª e 3ª etapas em caráter eliminatório e a 2ª etapa classificatória;II - para a carreira de Técnico em Gestão Previdenciária, o concurso público será realizado em até 2 (duas) etapas sucessivas, constituídas, respectivamente, de provas ou de provas e títulos.§ 1º - O curso específico de formação a que alude o inciso I do "caput" deste Artigo terá duração máxima de 6 (seis) meses e será realizado na forma a ser disciplinada na instrução especial que lei complementar n.1.058, de 16.09.2008 Página 2 de 8regerá cada concurso público.§ 2º - Durante o período do curso específico de formação a que se refere o § 1º deste Artigo, o candidato fará jus a bolsa de estudo mensal correspondente a 75% (setenta e cinco por cento) do valor do salário atribuído à Classe I, Grau "A", do respectivo emprego público permanente.§ 3º - O candidato servidor público estadual poderá ser afastado do exercício das atribuições de seu cargo ou da função-atividade que exerce, durante o período do curso específico de formação, sem prejuízo dos vencimentos ou salários e das demais vantagens do cargo ou da funçãoatividade, sendo-lhe facultado optar pela respectiva retribuição.§ 4º - Para os servidores afastados nos termos do § 3º deste Artigo, ficam mantidas as contribuições previdenciárias e de assistência médica incidentes sobre a retribuição do cargo de que é titular ou da função-atividade de que é ocupante.§ 5º - Serão considerados habilitados, para fins de preenchimento dos respectivos empregos públicos, os candidatos que obtiverem classificação final equivalente ao número de vagas oferecidas no respectivo edital.§ 6º - O concurso público encerrar-se-á com a publicação dos atos de preenchimento dos empregos públicos pelos candidatos que obtiveram classificação correspondente ao número de vagas oferecidas em edital.§ 7º - O encerramento do concurso ocorrerá ainda que o número de candidatos aprovados seja inferior ao número de vagas oferecidas, hipótese em que as vagas remanescentes deverão ser apresentadas no próximo concurso.

§ 8º - As vagas existentes e não incluídas nos respectivos editais, as de candidatos habilitados que não entraram em exercício, bem como as que posteriormente vierem a ocorrer, serão destinadas para novo concurso público de habilitação.Artigo 10 - A admissão e a dispensa dos empregados nos empregos públicos permanentes e em confiança, a que se refere esta lei complementar, competem ao Diretor Presidente da SPPREV.§ 1º - Ficam excetuados do disposto no "caput" deste Artigo os empregos públicos em confiança a que se referem as alíneas "a", "b", "c", "d" e "e" do inciso II do Artigo 8º desta lei complementar, de competência exclusiva do Governador.§ 2º - Das decisões sobre dispensa dos empregados nos empregos públicos permanentes e em confiança a que se refere o "caput" deste Artigo caberá recurso ao Conselho de Administração.Artigo 11 - A retribuição pecuniária dos empregados públicos abrangidos por este Plano de Carreiras, Empregos Públicos e Sistema Retribuitório compreende salários, cujos valores são os fixados nas Escalas de Salários, Tabelas A, B e C, constantes do Anexo I desta lei complementar, bem como as seguintes vantagens pecuniárias:I - adicional por tempo de serviço, de que trata o Artigo 129 da Constituição do Estado, que será calculado na base de 5% (cinco por cento) sobre o valor do salário, por qüinqüênio de prestação de serviço, observado o disposto no inciso XVI do Artigo 115 da mesma Constituição;II - décimo terceiro salário;III - acréscimo de 1/3 (um terço) das férias;IV - ajuda de custo;V - diárias;VI - gratificação "pro labore" a que se refere os Artigos 13 e 14 desta lei complementar;VII - outras vantagens pecuniárias previstas em lei, inclusive gratificações.Artigo 12 - Os empregos públicos em confiança de comando, previstos nesta lei complementar, comportam substituição, desde que o período de afastamento seja igual ou superior a 15 (quinze) dias.§ 1º - Durante o tempo em que exercer a substituição, o empregado público fará jus à diferença entre o valor do salário do emprego público, de que é ocupante, acrescido dos adicionais inerentes ao emprego público, se for o caso, e o valor do salário do emprego público em confiança, acrescido da mesma vantagem, proporcionalmente aos dias substituídos.

§ 2º - O valor da diferença a que se refere o § 1º deste Artigo será computado para fins de décimo terceiro salário, das férias e do acréscimo de 1/3 (um terço) das férias.§ 3º - Sobre o valor da substituição de que trata este Artigo incidirão os descontos previdenciários devidos.Artigo 13 - O exercício das funções de gerência e supervisão de equipe, que venham a ser caracterizadas como atividades específicas das carreiras de que trata o inciso I do Artigo 5º desta lei complementar, será retribuído por meio de atribuição de gratificação "pro labore", calculada pela aplicação de percentuais sobre o valor do salário inicial das classes correspondentes, na seguinte conformidade:lei complementar n.1.058, de 16.09.2008 Página 3 de 8§ 1º - Para o fim de que trata o "caput" deste Artigo, a identificação das funções de gerência e supervisão de equipe e as unidades a que se destinam, bem como outras exigências, serão estabelecidas por ato do Diretor Presidente.§ 2º - O valor da gratificação "pro labore" de que trata este Artigo, sobre o qual incidirá, quando for o caso, o adicional por tempo de serviço, será computado para fins do décimo terceiro salário e do acréscimo de 1/3 (um terço) de férias.§ 3º - O empregado público não perderá o direito à percepção do "pro labore" quando se afastar em virtude de férias e outros afastamentos que a legislação considere como de efetivo exercício para todos os efeitos legais.§ 4º - Sobre o valor do "pro labore" de que trata o "caput" deste Artigo incidirão os descontos previdenciários devidos.§ 5º - As funções de gerência e supervisão, de que trata o "caput" deste Artigo, comportam substituição, desde que o período de afastamento seja igual ou superior a 15 (quinze) dias.§ 6º - Durante o tempo em que exercer a substituição, o empregado público fará jus ao valor do "pro labore", calculado nos termos do "caput" deste Artigo, proporcionalmente aos dias substituídos.Artigo 14 - O empregado público do Quadro permanente SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV que vier a preencher emprego público em confiança do mesmo quadro poderá optar pela retribuição correspondente ao emprego público permanente de que é ocupante.§ 1º - O empregado público que fizer uso da opção a que se refere o "caput" deste Artigo fará jus à percepção de gratificação "pro labore" calculada mediante a aplicação do percentual de 10% (dez por cento) incidente sobre o

valor fixado para o emprego público em confiança para o qual foi admitido.§ 2º - O valor da gratificação "pro labore" de que trata o § 1º deste Artigo, sobre o qual incidirá, quando for o caso, o adicional por tempo de serviço, será computado para fins do décimo terceiro salário e do acréscimo de 1/3 (um terço) de férias.§ 3º - O empregado público não perderá o direito à percepção da gratificação "pro labore" quando se afastar em virtude de férias e outros afastamentos que a legislação considere como de efetivo exercício para todos os efeitos legais.§ 4º - Sobre o valor do "pro labore" de que trata o § 1º deste Artigo incidirão os descontos previdenciários devidos.§ 5º - Durante o período em que exercer substituição de função em confiança exclusivamente de direção, o ocupante de emprego público do Quadro permanente da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA -SPPREV poderá fazer uso da opção nos termos do "caput" deste Artigo, fazendo jus às vantagens decorrentes, observado o disposto no Artigo 12 desta lei complementar.Artigo 15 - A mobilidade funcional nas carreiras a que se refere o inciso I do Artigo 5º desta lei complementar dar-se-á mediante progressão, que se realizará anualmente, e promoção.§ 1º - Poderão ser beneficiados com a progressão ou promoção até 20% (vinte por cento) do contingente integrante de cada grau da respectiva classe da carreira, existente na data de abertura de cada processo.§ 2º - Quando o contingente integrante de cada grau ou classe for igual ou inferior a 3 (três) empregados, poderá ser beneficiado com a progressão ou com a promoção 1 (um) empregado desde que atendidas as demais exigências legais.Artigo 16 - Progressão é a passagem do emprego público de um grau para o imediatamente superior, dentro da respectiva classe, mediante avaliação de desempenho a ser regulamentada por ato específico da SPPREV, aprovado pelo Conselho de Administração da entidade.Parágrafo único - O interstício mínimo para concorrer à progressão, computado sempre o tempo de efetivo exercício do empregado público no grau da classe em que estiver enquadrado o emprego público, será de 3 (três) anos.Artigo 17 - Promoção é a elevação do emprego público à classe imediatamente superior da lei complementar n.1.058, de 16.09.2008 Página 4 de 8respectiva carreira, mediante aprovação em prova de conhecimentos específicos, obedecidos os interstícios, a periodicidade e

as demais condições e exigências a serem estabelecidas por ato específico da SPPREV.Parágrafo único - Somente concorrerá à promoção o empregado público que estiver no último grau da classe anterior, observado o interstício mínimo de 2 (dois) anos no respectivo grau.Artigo 18 - Na vacância, os empregos públicos permanentes retornarão à classe inicial da respectiva carreira.Artigo 19 - O regimento interno da SPPREV disporá sobre as atribuições dos empregos públicos em confiança a que se refere esta lei complementar.Artigo 20 - Fica instituído Quadro Especial, sob a responsabilidade da Secretaria da Fazenda, a ser integrado pelos servidores do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo - IPESP, a partir do início da instalação da SPPREV, nos termos do disposto no Artigo 40 da Lei Complementar nº1.010, de 1º de junho de 2007, combinado com o Artigo 22 do Decreto nº 52.046, de 9 de agosto de 2007.§ 1º - Os cargos e as funções-atividades do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo - IPESP ficam extintos na seguinte conformidade:1 - na data da publicação desta lei complementar:a) os vagos;b) os cargos em comissão e as funções em confiança cujos ocupantes não tenham a efetividade assegurada por lei;c) as funções-atividades permanentes cujos ocupantes não tenham adquirido estabilidade, ficando os mesmos dispensados, garantidos os direitos decorrentes;2 - na data da vacância, os cargos efetivos, as funções-atividades de natureza permanente com estabilidade adquirida e os cargos em comissão e as funções em confiança cujos ocupantes tenham a efetividade assegurada por lei.§ 2º - Os servidores do Quadro Especial a que se refere o "caput" deste Artigo poderão ser afastados junto à SPPREV, mediante requisição do seu dirigente, pelo Secretário da Pasta.§ 3º - Em caráter excepcional os servidores do Quadro Especial poderão ser transferidos para as Secretarias de Estado, observado o padrão de lotação e o interesse dos órgãos, ouvida a Secretaria de Gestão Pública.Artigo 21 - Ficam extintos os empregos públicos a que se refere o inciso II do Artigo 8º desta lei complementar, na seguinte conformidade:I - alínea "h":a) 15 (quinze), no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data do primeiro preenchimento nos empregos públicos permanentes do Subquadro de Empregos Públicos

Permanentes (SQEP-P), de que trata o inciso I do Artigo 5º desta lei complementar;b) 10 (dez), decorridos 3 (três) anos da data de ingresso dos empregados públicos de que trata a alínea "a" deste inciso;II - alínea "i":a) 8 (oito), no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data do primeiro preenchimento nos empregos públicos permanentes do Subquadro de Empregos Públicos Permanentes (SQEP-P), a que se refere a alínea "a" do inciso I do Artigo 5º desta lei complementar;b) 8 (oito), decorridos 3 (três) anos da data de ingresso dos empregados públicos de que trata a alínea "a" deste inciso;III - alínea "j":a) 40 (quarenta), no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data do primeiro preenchimento nos empregos públicos permanentes do Subquadro de Empregos Públicos Permanentes (SQEP-P), a que se refere a alínea "b" do inciso I do Artigo 5º desta lei complementar;b) 10 (dez), decorridos 3 (três) anos da data de ingresso dos empregados públicos de que trata a alínea "a" deste inciso.Artigo 22 - A quantidade de empregados e servidores públicos em exercício na SPPREV, considerados os recebidos por transferência e afastamento, bem como o pessoal admitido pela SPPREV, não poderá ultrapassar o quadro total de empregos públicos criados pelo Artigo 8º desta lei complementar, deduzidas as quantidades a serem extintas, previstas no Artigo 21 desta lei complementar.Artigo 23 - O Artigo 10 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

Artigo 10 - A Diretoria Executiva será composta por 5 (cinco) diretores executivos, cujas atribuições serão definidas em decreto regulamentar, sendo:I - lei complementar n.1.058, de 16.09.2008 Página 5 de 8I - Diretor Presidente;II - Diretor de Administração e Finanças;III - Diretor de Relacionamento com o Segurado;IV - Diretor de Benefícios - Servidores Públicos;V - Diretor de Benefícios - Militares.

Artigo 24 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei complementar correrão à conta de dotações próprias consignadas no orçamento vigente da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA - SPPREV, ficando o Poder Executivo autorizado a abrir, para o corrente exercício, créditos suplementares até o limite de R$ 9.125.480,00 (nove

milhões, cento e vinte e cinco mil e quatrocentos e oitenta reais), nos termos do § 1º do Artigo 43 da Lei federal nº 4.320, de 27 de março de 1964.Artigo 25 - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Disposição Transitória

Artigo único - Excepcionalmente, as funções de Gerente e de Supervisor de Equipe, de que trata o Artigo 13 desta lei complementar, poderão ser exercidas por servidores não integrantes do Quadro de Pessoal da SPPREV, com comprovada experiência na área de atuação, por até 3 (três) anos a partir da data da publicação desta lei complementar.

LEI COMPLEMENTAR Nº 1.162, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2011Dispõe sobre reestruturação das carreiras e classes da

Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, e dá providências correlatas

Artigo 1º - Os dispositivos da Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, adiante mencionados, passam a vigorar com a redação que segue:

Artigo 9º - O ingresso nas carreiras a que se refere o inciso I do Artigo 5º desta lei complementar dar-se-á mediante concurso público, na classe inicial, observados os requisitos mínimos de preenchimento previstos nesta lei complementar, e os critérios estabelecidos na instrução especial que rege o concurso, na seguinte conformidade:I - para a carreira de Analista em Gestão Previdenciária o concurso será realizado em 2 (duas) etapas sucessivas, constituídas, respectivamente, de provas e títulos;II - para a carreira de Técnico em Gestão Previdenciária, o concurso público será realizado em até 2 (duas) etapas sucessivas, constituídas, respectivamente, de provas ou de provas e títulos.§ 1º - Os admitidos para o emprego de Analista em Gestão Previdenciária farão, obrigatoriamente, curso especial que terá carga horária mínima de 60 (sessenta) horas e máxima de 120 (cento e vinte) horas, na forma a ser disciplinada por ato do Diretor Presidente da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA – SPPREV.§ 2º - O curso a que se refere o § 1º deste Artigo deverá ser encerrado em até 180 (cento e oitenta) dias contados da data do primeiro ingresso.§ 3º - Poderão ser admitidos candidatos habilitados para o preenchimento até que o número dos que entrem em exercício corresponda ao de vagas colocadas em concurso, constantes, obrigatoriamente, do respectivo edital.§ 4º - O concurso público encerrar-se-á quando o número de empregados que entrarem em exercício nos empregos corresponder ao de vagas oferecidas em edital.§ 5º - O concurso público encerrar-se-á com a publicação dos atos de preenchimento dos empregos públicos pelos candidatos que obtiveram classificação correspondente ao número de vagas oferecidas em edital.§ 6º - O encerramento do concurso ocorrerá ainda que o número de candidatos aprovados seja inferior ao número de vagas oferecidas, hipótese em que as vagas

remanescentes deverão ser apresentadas no próximo concurso.§ 7º - As vagas existentes e não incluídas nos respectivos editais, e as que posteriormente vierem a ocorrer, serão destinadas para novo concurso público de habilitação.

Artigo 13 - O exercício das funções de gerência e supervisão de equipe, que venham a ser caracterizadas como atividades específicas das carreiras de que trata o inciso I do Artigo 5º desta lei complementar, será retribuído por meio de atribuição de gratificação “pro labore”, calculada pela aplicação de percentuais sobre o valor do salário inicial das classes correspondentes, na seguinte conformidade:

§ 1º - Para o fim de que trata o “caput” deste Artigo, a identificação das funções de gerência e supervisão de equipe e as unidades a que se destinam, bem como outras exigências, serão estabelecidas por ato do Diretor Presidente.§ 2º - O valor da gratificação “pro labore” de que trata este Artigo, sobre o qual incidirá, quando for o caso, o adicional por tempo de serviço, será computado para fins do décimo terceiro salário e do acréscimo de 1/3 (um terço) de férias.§ 3º - O empregado público não perderá o direito à percepção do “pro labore” quando se afastar em virtude de férias e outros afastamentos que a legislação considere como de efetivo exercício para todos os efeitos legais.§ 4º - Sobre o valor do “pro labore” de que trata o “caput” deste Artigo incidirão os descontos previdenciários devidos.§ 5º - As funções de gerência e supervisão, de que trata o “caput” deste Artigo, comportam substituição, desde que o período de afastamento seja igual ou superior a 15 (quinze) dias.§ 6º - Durante o tempo em que exercer a substituição, o empregado público fará jus ao valor do “pro labore”, calculado nos termos do “caput” deste Artigo, proporcionalmente aos dias substituídos.

Artigo 22 - A quantidade de servidores em exercício na SPPREV, considerados os empregados admitidos pela SPPREV e os recebidos por afastamentos, não poderá ultrapassar o quadro total de empregos criados pelo Artigo 8º desta lei complementar e legislação posterior, deduzidas as quantidades a serem extintas, previstas no Artigo 21 desta lei complementar.

Artigo 2º - Ficam criados no Quadro de Pessoal da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA – SPPREV (QP-SPPREV), os seguintes empregos:I - no Subquadro de Empregos Públicos Permanentes (SQEP-P), enquadrados na Escala de Salários – Empregos Públicos Permanentes:a) 20 (vinte) de Analista em Gestão Previdenciária;b) 50 (cinquenta) de Técnico em Gestão Previdenciária;II - no Subquadro de Empregos Públicos em Confiança (SQEP-C), enquadrados na Escala de Salários – Empregos em Confiança, 7 (sete) de Assessor Técnico Previdenciário.Artigo 3º - O emprego público em confiança de Secretário Executivo previsto nas alíneas “f” dos incisos II dos Artigos 5º e 8º, ambos da Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, fica com a denominação alterada para Diretor Vice-Presidente.Artigo 4º - O Anexo I da Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, em decorrência de reestruturação, passa a vigorar na conformidade do Anexo I desta lei complementar.Artigo 5º - Fica instituído o Prêmio de Incentivo à Qualidade Previdenciária – PIQPREV, a ser concedido aos empregados em efetivo exercício na São Paulo Previdência – SPPREV, pertencentes às classes de:I - Técnico em Gestão Previdenciária;II - Analista em Gestão Previdenciária.§ 1º - Os empregados das classes a que se refere este Artigo, no exercício das funções de gerência e supervisão de equipe, de que trata o Artigo 13 da Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, farão jus ao PIQPREV, em valor correspondente ao fixado para o respectivo emprego permanente.§ 2º - A concessão do PIQPREV de que trata esta lei complementar será cessada a partir da data de exercício do empregado em emprego público em confiança, em decorrência de admissão ou designação.§ 3º - O PIQPREV será devido a partir do primeiro dia do mês subsequente àquele em que tiver sido concluído o respectivo processo avaliatório, a que se refere o Artigo 8º desta lei complementar.Artigo 6º - O empregado que ingresse ou passe a ter exercício em unidades da São Paulo Previdência –

SPPREV durante o processo avaliatório a que se refere o Artigo 8º desta lei complementar, fará jus ao recebimento do Prêmio de Incentivo à Qualidade Previdenciária - PIQPREV, em valor correspondente a 50% (cinquenta por cento) do percentual previsto para a respectiva classe, na seguinte conformidade:I - a partir da data de exercício quando contar com pelo menos 30 (trinta) dias de efetivo exercício no processo avaliatório a que se refere o “caput” deste Artigo;II - a partir do 1º dia em que for submetido à avaliação quando tiver menos de 30 (trinta) dias de efetivo exercício no processo avaliatório a que se refere o “caput” deste Artigo.§ 1º - Apurado o valor do PIQPREV correspondente ao primeiro processo avaliatório de desempenho de que participe o empregado a que se refere o “caput” deste Artigo, será efetuada, quando for o caso, a compensação das importâncias pagas nos termos do mesmo Artigo.§ 2º - O empregado que requerer dispensa antes de ser avaliado deverá devolver os valores recebidos com base neste Artigo.Artigo 7º - O PIQPREV será calculado mediante a aplicação de percentual sobre o valor do salário da classe inicial do emprego público permanente de Analista em Gestão Previdenciária, na seguinte conformidade:I - Técnico em Gestão Previdenciária: até 18% (dezoito por cento);II - Analista em Gestão Previdenciária: até 30% (trinta por cento).Artigo 8º - O PIQPREV será atribuído com base no resultado das atividades do empregado, aferido mediante processo avaliatório específico, realizado trimestralmente, de acordo com normas e critérios a serem estabelecidos em decreto, mediante proposta do Diretor Presidente da SPPREV, ouvida a Secretaria de Gestão Pública.Parágrafo único - O valor do PIQPREV corresponderá ao produto dos resultados obtidos no processo avaliatório a que se refere o “caput” deste Artigo pelo do cálculo efetuado nos termos do Artigo 7º desta lei complementar.Artigo 9º - O empregado abrangido pelo Artigo 5º desta lei complementar não perderá o direito à percepção do PIQPREV quando se afastar em virtude de férias, e outros afastamentos que a legislação considere como de efetivo exercício para todos os efeitos legais.Parágrafo único - O PIQPREV não será considerado para cálculo de qualquer vantagem pecuniária, exceto no cômputo do décimo terceiro salário, das férias e do

acréscimo de 1/3 (um terço) das férias, e sobre ele incidirão os descontos previdenciários devidos.Artigo 10 - O Anexo II da Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, passa a vigorar na conformidade do Anexo II desta lei complementar.Artigo 11 - Os empregados admitidos para os empregos públicos de que tratam o Artigo 5º da Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, e o Artigo 2º desta lei complementar, não poderão ser afastados, transferidos, cedidos ou, por qualquer forma, realocados para exercer atividades estranhas às atribuições da São Paulo Previdência – SPPREV.Artigo 12 - Em caráter excepcional e por ato do Secretário da Fazenda, poderão ser afastados junto à SPPREV ocupantes de cargo de Assistente de Administração e Controle do Erário, pertencentes ao Quadro da Secretaria da Fazenda, pelo prazo máximo de 3 (três) anos, a contar da data da publicação desta lei complementar.§ 1º - Fica mantido o pagamento do Prêmio de Incentivo à Qualidade – PIQ, instituído nos termos da Lei Complementar nº 804, de 21 de dezembro de 1995, para os servidores a que se refere o “caput” deste Artigo.§ 2º - Os servidores a que se refere este Artigo não serão computados para os fins do disposto no Artigo 22 da Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, e alterações posteriores.

Artigo 13 - Os dispositivos da Lei nº 14.016, de 12 de abril de 2010, adiante mencionados, passam a vigorar com a redação que segue:

Artigo 18 - .............................................................§ 4º - Na hipótese de permanecerem com o IPESP apenas as atribuições previstas nos incisos I e II do Artigo 10 desta lei, a totalidade das despesas de que trata o § 3º deste Artigo serão rateadas entre a Carteira das Serventias e a Carteira dos Advogados.

Artigo 22 - Fica instituída a Gratificação por Atividades de Pagamentos Especiais - GAPE, a ser concedida aos servidores que estiverem em exercício no IPESP.

Artigo 14 - As despesas decorrentes da aplicação desta lei complementar correrão à conta das dotações próprias consignadas no orçamento vigente da SÃO PAULO PREVIDÊNCIA – SPPREV, suplementadas se necessário.Artigo 15 - Esta lei complementar e sua Disposição Transitória entram em vigor na data de sua publicação,

produzindo efeitos pecuniários a partir de 1º de agosto de 2011.

DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIA

Artigo único - Para fins do disposto no Artigo 22 da Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, com a redação dada por esta lei complementar, não serão computados os servidores do Quadro Especial, a que se refere o Artigo 20 da Lei Complementar nº 1.058, de 16 de setembro de 2008, afastados junto à SPPREV, pelo prazo de 3 (três) anos a contar da data da publicação desta lei complementar.

DECRETO Nº 52.337, DE 07 DE NOVEMBRO DE 2007Disciplina os procedimentos para a composição dos Conselhos de Administração e Fiscal da São Paulo

Previdência - SPPREV e dá providências correlatas

SEÇÃO IDo Conselho de Administração

Artigo 1º - O Conselho de Administração é o órgão de deliberação superior da SPPREV, competindo-lhe fixar as diretrizes gerais de atuação, praticar atos e deliberar sobre as seguintes matérias:I - aprovar os regimentos internos;II - aprovar o orçamento anual;III - atuar como Conselho de Administração do fundo a que se refere o Artigo 31 da Lei Complementar n° 1.010, de 1º de junho de 2007;IV - aprovar os Relatórios anuais da Diretoria Executiva e as demonstrações financeiras de cada exercício;V - manifestar-se sobre qualquer assunto de interesse da SPPREV que lhe seja submetido pela Diretoria Executiva.Artigo 2º - A SPPREV encaminhará à Secretaria da Fazenda e ao Tribunal de Contas do Estado nos prazos previstos em normas próprias, os seguintes documentos:I - o Relatório anual da Diretoria Executiva;II - o balanço e as demonstrações financeiras;III - a deliberação do Conselho de Administração prevista no Artigo 1º inciso IV deste decreto;IV - os demais documentos contábeis e financeiros exigidos pela legislação aplicável à previdência dos servidores.Artigo 3º - O Conselho de Administração poderá determinar por deliberação da maioria dos seus membros, a qualquer tempo, a realização de inspeções, auditorias ou tomadas de contas, podendo, para tanto, utilizar peritos independentes, se for o caso.Artigo 4º - O Conselho de Administração será composto por 14 (catorze) membros efetivos e respectivos suplentes escolhidos na seguinte conformidade:I - 7 (sete) membros efetivos e respectivos suplentes indicados pelo Governador do Estado, sendo um membro efetivo e seu suplente, obrigatoriamente, da Polícia Militar do Estado de São Paulo, no posto de Coronel PM, todos demissíveis “ad nutum”;II - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores ativos e inativos do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, ambos escolhidos entre os seus servidores titulares de cargos efetivos;III - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores ativos e inativos do Poder Legislativo, ambos escolhidos entre seus servidores titulares de cargos efetivos;

IV - 2 (dois) membros efetivos e respectivos suplentes indicados pelos servidores ativos do Poder Executivo, titulares de cargos efetivos, e seus pensionistas;V - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores inativos do Poder Executivo, ex-titulares de cargos efetivos, e seus pensionistas;VI - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos militares do serviço ativo, da reserva remunerada ou reformado, e seus pensionistas;VII - 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente indicados pelos servidores ativos e inativos das Universidades estaduais e seus pensionistas.Parágrafo único - O Governador do Estado escolherá, dentre os membros do Conselho de Administração, o Presidente e o Vice-Presidente.Artigo 5º - Os membros do Conselho de Administração deverão ter formação universitária e comprovada experiência profissional em uma das seguintes áreas: seguridade, administração, economia, finanças, direito, contabilidade, atuária ou engenharia.Artigo 6º - O mandato dos membros do Conselho de Administração será de 2 (dois) anos, permitida uma recondução.

SEÇÃO IIDo Conselho Fiscal

Artigo 7º - O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização e controle interno da SPPREV, competindo-lhe praticar atos e deliberar sobre as seguintes matérias:I - analisar as demonstrações financeiras e demais documentos contábeis da entidade, emitindo parecer e encaminhando-o ao Conselho de Administração;II - opinar sobre assuntos de natureza econômico-financeira e contábil que lhes sejam submetidos pelo Conselho de Administração ou pela Diretoria Executiva;III - atuar como Conselho Fiscal do fundo a que se refere o Artigo 31 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º junho de 2007;IV - comunicar ao Conselho de Administração fatos relevantes que apurar no exercício de suas atribuições.Artigo 8º - O Conselho Fiscal será composto por 6 (seis) membros efetivos e respectivos suplentes.§ 1º - Os membros do Conselho Fiscal, observado o disposto no § 2º deste Artigo, serão escolhidos da seguinte forma:

1. 3 (três) membros efetivos e seus respectivos suplentes indicados pelo Governador do Estado, todos demissíveis “ad nutum”;2. 1 (um) membro efetivo e seu suplente oriundos do Poder Executivo, indicados pelos seus servidores ativos, inativos, ou pelos militares do serviço ativo, da reserva remunerada ou reformado, e respectivos pensionistas;3. 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente oriundos do Poder Judiciário e Ministério Público, indicados pelos seus servidores ativos e inativos e pelos pensionistas;4. 1 (um) membro efetivo e respectivo suplente oriundos do Poder Legislativo, indicados pelos seus servidores ativos e inativos e pelos pensionistas.§ 2º - A indicação dos membros efetivos e suplentes do Conselho Fiscal, referidos nos itens 2 e 3 do § 1º deste Artigo, se dará de forma alternada e sucessiva entre os responsáveis pelas indicações, na forma definida no § 2º do Artigo 14 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º junho de 2007.§ 3º - O Presidente do Conselho será eleito pelos membros do Conselho Fiscal devidamente constituído, devendo a escolha recair sobre um dos membros indicados pelos servidores.Artigo 9º - Os membros do Conselho Fiscal deverão ter formação universitária e comprovada experiência profissional em uma das seguintes áreas: seguridade, administração, economia, finanças, direito, contabilidade, atuária ou engenharia.Artigo 10 - O mandato dos membros do Conselho Fiscal será de 2 (dois) anos, vedada a recondução.Artigo 11 - O Conselho Fiscal para exercer suas funções deverá ter, em cada sessão, no mínimo 50% (cinqüenta por cento) de seus membros.

SEÇÃO IIIDas Disposições Comuns aos Conselhos

Artigo 12 - A remuneração mensal dos membros dos Conselhos de Administração e Fiscal corresponderá a 20% (vinte por cento) da remuneração do Diretor Presidente da SPPREV.§ 1º - Os Conselheiros efetivos serão substituídos pelos Conselheiros suplentes nos seus impedimentos.§ 2º - Os Conselheiros efetivos convocados deverão prévia e formalmente informar suas ausências.§ 3º - Só terá direito à remuneração o Conselheiro efetivo ou suplente que comparecer à reunião regularmente convocada.§ 4º - Quando os Conselheiros efetivos deixarem de participar das reuniões ordinária ou extraordinárias do mês respectivo receberão, assim como os suplentes que os substituírem, remuneração proporcional correspondente

ao número de reuniões de que participarem, respeitado o limite total previsto no caput deste Artigo.Artigo 13 - É vedado ao Conselheiro efetivo ou suplente ter exercício simultâneo na administração da SPPREV, assim como o Presidente e Diretores da SPPREV serem membros dos Conselhos de Administração e Fiscal.Artigo 14 - Os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal somente perderão o mandato em virtude de:I - condenação penal transitada em julgado;II - decisão desfavorável em processo administrativo irrecorrível;III - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;IV - três ausências consecutivas ou cinco alternadas nas reuniões do Conselho, que não forem justificadas.§ 1º - Instaurado processo administrativo para apuração de irregularidades, o Governador do Estado, por solicitação do Secretário da Fazenda, poderá determinar o afastamento provisório do Conselheiro até a conclusão do processo.§ 2º - O afastamento de que trata o parágrafo anterior não implica prorrogação do mandato ou permanência no Conselho de Administração ou Fiscal além da data inicialmente prevista para o seu término.§ 3º - Os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal indicados pelo Governador do Estado poderão ser demitidos “ad nutum”.Artigo 15 - Na hipótese de vacância nos Conselhos de Administração e Fiscal, assumirá o respectivo suplente ou, na impossibilidade, outro membro será indicado pelos órgãos representados na forma do Artigo 17 deste decreto, devendo o novo membro exercer o mandato pelo período remanescente.

SEÇÃO IVDa Nomeação dos Conselhos

Artigo 16 - A nomeação dos Conselheiros e respectivos suplentes de que tratam o Artigo 7º, inciso I e Artigo 14, § 1º, item 1, ambos da Lei Complementar 1.010, de 1º de junho de 2007, far-se-á pelo Governador do Estado mediante escolha dos nomes propostos pelo Secretário da Fazenda.Artigo 17 - As indicações a que referem o Artigo 7º, incisos II a VII e Artigo 14, § 1º, itens 2, 3 e 4, da Lei Complementar nº 1.010, de 1º junho de 2007, serão efetuadas por organização sindical, entidade de classe ou associação de abrangência estadual, legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano.§ 1º - Somente os servidores titulares de cargo efetivo, assim definidos na Lei Complementar 1.010, de 1º de junho de 2007, poderão participar do processo de indicação e ser indicados.

§ 2º - Os indicados deverão ter concluído o estágio probatório.§ 3º - As indicações conterão informações sobre a vinculação do nome sugerido ao segmento representado, bem como a comprovação de que atende aos requisitos exigidos pelo § 1º, do Artigo 7º, da Lei Complementar nº 1010, de 1º de junho de 2007.§ 4º - Os currículos enviados que não atenderem a qualquer dos requisitos exigidos pelo § 1º do Artigo 7º da Lei Complementar nº 1010, de 1º de junho de 2007, serão desconsiderados.§ 5º - A SPPREV regulamentará a forma de disposição e envio dos currículos de que trata este Artigo.Artigo 18 - As Entidades, Organizações e Associações representativas referidas no Artigo anterior, na primeira nomeação terão 30(trinta) dias, a partir da data da publicação deste decreto, para enviar os nomes à SPPREV, que os encaminhará ao Secretário da Fazenda para os fins previstos no Artigo 17 deste decreto.§ 1º - Nas nomeações seguintes os nomes deverão ser enviados 180 (cento e oitenta) dias antes do vencimento do mandato atual.§ 2º - Decorridos 180 (cento e oitenta) dias da publicação deste decreto e não havendo nomes indicados, o Governador do Estado indicará o representante conforme o disposto no Artigo 7º § 5º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.Artigo 19 - Os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal nomeados serão empossados por ato do Diretor Presidente da SPPREV.

SEÇÃO VDo Funcionamento dos Conselhos

Artigo 20 - As reuniões dos Conselhos de Administração e Fiscal serão conduzidas pelos seus respectivos Presidentes ou pelos substitutos destes.§ 1º - As reuniões serão ordinárias e extraordinárias, sendo aquelas realizadas 1 (uma) vez ao mês.§ 2º - Em cada reunião ordinária será marcada a reunião ordinária seguinte e essa decisão terá força de uma convocação formal.Artigo 21 - Os Presidentes dos Conselhos de Administração e Fiscal informarão com, no mínimo, 3 (três) dias de antecedência, a pauta da próxima reunião.Parágrafo único - As reuniões só poderão deliberar sobre assuntos previamente incluídos na pauta.Artigo 22 - As reuniões extraordinárias poderão ser convocadas pelos Presidentes dos Conselhos de Administração e Fiscal, pela maioria absoluta de seus membros ou pelo Diretor-Presidente da SPPREV com, no mínimo, um dia de antecedência.

Parágrafo único - A convocação extraordinária deverá ser comunicada aos Conselheiros com informação expressa das razões de urgência que a motivaram.Artigo 23 - O Conselho de Administração, presente a maioria de seus membros, deliberará por maioria simples, cabendo ao Presidente do Conselho o voto de qualidade.Parágrafo único - O Diretor-Presidente da SPPREV, ou seu substituto legal, terá assento nas reuniões do Conselho de Administração, com direito a voz, mas sem voto.

SEÇÃO VIDas Disposições Finais

Artigo 24 - Para a implantação do sistema de renovação parcial e periódica dos Conselhos de Administração e Fiscal serão observadas as seguintes regras:I - No Conselho de Administração:a) 3 (três) dos representantes do Governador do Estado, indicados no ato de posse da primeira composição, terão mandato de 3(três) anos;b) 3 (três) dos representantes indicados conforme o Artigo 18 deste decreto, indicados no ato de posse da primeira composição, terão mandato de 3 (três) anos;II - No Conselho Fiscal:a) 1 (um) representante do Governador do Estado indicado no ato de posse da primeira composição, terá mandato de 3 (três) anos.b) 1 (um) representante indicado conforme o Artigo 18 deste decreto, indicado no ato de posse da primeira composição, terá mandato de 3(três) anos.Parágrafo único - Os demais membros dos Conselhos de Administração e Fiscal serão renovados ao final do biênio, devendo a partir daí a renovação ocorrer a cada ano.Artigo 25 - As atividades dos Conselhos de Administração e Fiscal terão início juntamente com o efetivo funcionamento da SPPREV, conforme o Artigo 22 do Decreto 52.046, de 9 de agosto de 2007.Artigo 26 - Ficam mantidos os mandatos dos atuais Conselheiros do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo - IPESP até a extinção deste, conforme o disposto no Artigo 40 § 1º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º junho de 2007.Artigo 27 - Compete à SPPREV proporcionar aos Conselhos de Administração e Fiscal os meios necessários ao exercício de suas atividades.Artigo 28 - Os Conselhos de Administração e Fiscal contarão com um Secretário que será indicado pelo Diretor Presidente da SPPREV.Artigo 29 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

DECRETO Nº 52.859, DE 02 DE ABRIL DE 2008Regulamenta a Lei Complementar nº 1.012, de 5 de julho de 2007

CAPÍTULO IDisposição Preliminar

Artigo 1º - As disposições deste decreto aplicam-se aos segurados do Regime Próprio de Previdência Social - RPPS de que trata o Artigo 2º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.

CAPÍTULO IIDas Contribuições Sociais ao RPPS

SEÇÃO IDa Contribuição do Servidor Ativo

Artigo 2º - A contribuição social do servidor ativo ao RPPS é de 11% (onze por cento) e incidirá sobre a totalidade da base de contribuição, nos termos do Artigo 8º da Lei Complementar nº 1.012, de 5 de julho de 2007.Artigo 3º - A base de contribuição referida no Artigo 2º deste decreto corresponde à totalidade do subsídio, da remuneração ou dos vencimentos, incluídas as vantagens pecuniárias permanentes, os adicionais de caráter individual e quaisquer outras vantagens pessoais incorporadas ou suscetíveis de incorporação e excluídos unicamente:I - as diárias para viagens;II - o auxílio-transporte;III - o salário-família;IV - o salário-esposa;V - o auxílio-alimentação;VI - as parcelas remuneratórias pagas em decorrência de local de trabalho;VII - a parcela percebida em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança;VIII - o abono de permanência;IX - a parcela correspondente a 1/3 (um terço) de férias;X - outras vantagens não incorporáveis instituídas em lei.§ 1º - O décimo terceiro salário será considerado para a aferição da base de contribuição de que trata o "caput" deste Artigo.§ 2º - O servidor poderá optar pela inclusão na base de contribuição das parcelas remuneratórias a que se referem os incisos VI e VII deste Artigo, para efeito de cálculo do benefício previdenciário, respeitada, em qualquer hipótese a limitação estabelecida no § 2° do Artigo 40 da Constituição Federal.§ 3º - A opção de que trata o § 2º deste Artigo, admissível depois de se iniciar a percepção da parcela a

que se referir, será exercida com o preenchimento de formulário próprio fornecido pela São Paulo Previdência - SPPREV e produzirá efeitos:1. no mês em que for manifestada, se a comunicação à SPPREV ocorrer até o cadastramento da parcela;2. no mês seguinte ao da manifestação, quando comunicada à SPPREV em período posterior ao fixado no item anterior.§ 4º - Os descontos efetuados no subsídio, na remuneração ou nos vencimentos, em razão de faltas justificadas e injustificadas ou perda de vencimentos, somente serão considerados, para a aferição da base de contribuição, quando o servidor tenha ingressado no serviço público após a publicação da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.

SEÇÃO IIDa Contribuição do Inativo e do Pensionista

Artigo 4º - A contribuição social para o RPPS, devida pelos aposentados e pensionistas, será de 11% (onze por cento), incidente sobre a parcela dos proventos de aposentadoria e de pensão que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS.§ 1º - Quando o inativo ou pensionista seja portador de doença incapacitante e nos termos do § 21 do Artigo 40 da Constituição Federal, a contribuição prevista no "caput" deste Artigo incidirá apenas sobre a parcela dos proventos de aposentadoria e de pensão que supere o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS.§ 2º - Para os fins do disposto no parágrafo anterior e conforme o Artigo 151 da Lei federal nº 8.213, de 24 de julho de 1991, considera-se portador de doença incapacitante quem seja acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa; hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave; doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida-Aids; e contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada.§ 3º - Nos casos de percepção cumulativa de proventos de aposentadoria ou de pensão, considerar-se-á, para o

cálculo da contribuição de que trata o "caput" deste Artigo, o somatório dos valores percebidos, de forma que o limite máximo estabelecido para os benefícios do RGPS incida uma única vez.§ 4º - O décimo terceiro salário será considerado para fins de incidência da contribuição de que trata o "caput" deste Artigo.

SEÇÃO IIIDa Contribuição do Estado

Artigo 5º - A contribuição previdenciária do Estado de São Paulo para o custeio do RPPS corresponderá ao dobro do valor da contribuição dos servidores, nos termos do parágrafo único do Artigo 32 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.Parágrafo único - O Estado é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do RPPS, decorrentes do pagamento dos benefícios previdenciários.

SEÇÃO IVDo Recolhimento e da Finalidade das Contribuições

Artigo 6º - As contribuições devidas pelos servidores, pelos inativos e pensionistas e pelo Estado, para o custeio do RPPS, serão contabilizadas separadamente e recolhidas em favor da SPPREV na data do pagamento do subsídio, dos vencimentos ou da remuneração, dos proventos de aposentadoria e das pensões.§ 1º - A contribuição dos servidores ativos, dos inativos e dos pensionistas dar-se-á mediante desconto mensal na respectiva folha de pagamento.§ 2º - Os recursos provenientes das contribuições a que se refere o "caput" deste Artigo:1. destinam-se exclusivamente ao custeio dos benefícios previdenciários do RPPS;2. deverão ser contabilizados em contas específicas;3. serão administrados segundo as regras contidas nas Resoluções do Conselho Monetário Nacional - CMN e sob a orientação, a supervisão e o acompanhamento do Ministério da Previdência e Assistência Social, nos termos do Artigo 9º, inciso I, da Lei federal nº 9.717, de 27 de novembro de 1998.§ 3º - Ficam vedados empréstimos e financiamentos de qualquer natureza, para qualquer pessoa física ou jurídica, bem como o pagamento de benefícios previdenciários mediante convênio ou consórcios, nos termos da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.

CAPÍTULO IIIDo Servidor Público Afastado ou Licenciado e de sua

Vinculação ao RPPS

Artigo 7º O servidor afastado ou licenciado manterá seu vínculo ao RPPS:I - quando cedido a órgão ou entidade de outro ente da federação, com ou sem ônus para o cessionário, nos termos do Artigo 1º-A, da Lei federal nº 9.717, de 27 de novembro de 1998, incluído pela Medida Provisória nº 2.817-13, de 2001;II - quando o tempo de licenciamento seja considerado como de efetivo exercício no cargo;III - durante o afastamento do cargo efetivo para o exercício de mandato eletivo.Parágrafo único - O servidor que, durante o exercício do mandato de Vereador, ocupe concomitantemente seu cargo efetivo, permanece vinculado, por este, ao RPPS e filia-se, pelo mandato eletivo, ao RGPS.Artigo 8º - Quando não se tratar de hipótese indicada no Artigo 7º deste decreto e ressalvada a opção de que trata o § 1º deste Artigo, o servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, terá suspenso o seu vínculo com o RPPS enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhe assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime.§ 1º - O servidor licenciado ou afastado sem remuneração poderá optar pela manutenção da vinculação ao RPPS.§ 2º - A manutenção do vínculo com o RPPS dependerá do recolhimento mensal, pelo servidor, da respectiva contribuição e da contribuição do Estado.§ 3º - O recolhimento de que trata o § 2º deste Artigo:1. observará os mesmos percentuais e incidirá sobre a totalidade da base de cada contribuição, como se o servidor estivesse no exercício de suas atribuições;2. deverá ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunerações dos servidores públicos.§ 4º - Em caso de atraso no recolhimento, serão aplicados os encargos moratórios previstos para a cobrança dos tributos estaduais, cessando, após 60 (sessenta) dias, as coberturas previdenciárias até a total regularização dos valores devidos.§ 5º - A opção pela manutenção do vínculo com o RPPS poderá ser feita no momento do afastamento do cargo, ou em até 30 (trinta) dias após a publicação do ato que a tiver deferido.Artigo 9º - Quando o servidor seja cedido a outro ente federativo, e o ônus de pagar sua remuneração seja do

órgão ou da entidade cessionária, a este também caberá:I - realizar o desconto da contribuição devida pelo servidor;II - pagar a contribuição devida pelo ente de origem;III - repassar à SPPREV as importâncias relativas às contribuições mencionadas nos incisos I e II deste Artigo.§ 1º - Caso o cessionário não repasse as contribuições à SPPREV no prazo legal, caberá ao órgão ou ente cedente efetuá-lo, sem prejuízo do reembolso de tais valores junto ao cessionário.§ 2º - O termo ou ato de cessão do servidor com ônus para o cessionário deverá prever a responsabilidade deste pelo desconto, recolhimento e repasse das contribuições previdenciárias à SPPREV, conforme valores informados mensalmente pelo cedente.Artigo 10 - Quando o servidor seja cedido a outro ente federativo, sem ônus para o cessionário, o cedente continuará responsável pelo desconto e pelo repasse das contribuições à SPPREV.Artigo 11 - Nas hipóteses de cessão, licenciamento ou afastamento de servidor, de que trata o Artigo 7º, inciso I, deste decreto, o cálculo da contribuição será feito de acordo com a remuneração do cargo efetivo de que o servidor é titular.§ 1º - É facultado ao servidor requerer à SPPREV a inclusão na base de contribuição das parcelas remuneratórias complementares, pagas pelo ente cessionário e não componentes da remuneração do cargo efetivo, quando percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo em comissão ou de função de confiança.§ 2º - Sobre as parcelas referidas no § 1º deste Artigo não incidirão contribuições para o RPPS do ente cessionário, nem para o RGPS.

CAPÍTULO IVDo Abono de Permanência

Artigo 12 - Os servidores que tenham completado ou venham a completar as exigências para a aposentadoria voluntária e optem por permanecer em atividade poderão requerer o abono de permanência a que se refere o § 19 do Artigo 40 da Constituição Federal, acrescido pelo Artigo 1º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.Parágrafo único - O requerimento a que se refere o "caput" deste Artigo será feito com o preenchimento de formulário próprio e dirigido ao órgão setorial ou subsetorial de recursos humanos ao qual o interessado estiver vinculado.

Artigo 13 - O valor do abono de permanência será equivalente ao da contribuição social efetivamente descontada do servidor ativo ou recolhida por este ao RPPS.§ 1º - Deferido o abono de permanência, o órgão no qual o servidor estiver lotado arcará, a partir da data do requerimento, com o pagamento integral do respectivo valor.§ 2º - A concessão do abono de permanência não dispensa o órgão ou ente público a que se refere o § 1º deste Artigo de reter e recolher à SPPREV a contribuição social do servidor e a contribuição devida pelo Estado.Artigo 14 - O direito ao abono de permanência cessará na data da aposentadoria do servidor, em qualquer de suas modalidades.Artigo 15 - O abono de permanência não será incluído na base de cálculo para fixação do valor de qualquer benefício previdenciário.Artigo 16 - No caso de acúmulo de cargos, o abono de permanência será devido considerando-se cada cargo no qual o servidor tenha implementado as condições para aposentadoria.Artigo 17 - Na hipótese de afastamento com prejuízo do subsídio, dos vencimentos ou da remuneração, o abono de permanência será pago pelo órgão ou ente cedente, observado o disposto no § 2º deste Artigo.§ 1º - O pagamento do abono de permanência não dispensa o órgão ou ente cessionário de reter e recolher à SPPREV a contribuição social do servidor e a contribuição do Estado, por ele suportada.§ 2º - O órgão setorial ou subsetorial de recursos humanos a que seja apresentado o requerimento a que se refere o Artigo 12 deste decreto informará o seu deferimento ao órgão ou ente cessionário, para o devido reembolso ao servidor, a partir da data do ingresso do pedido no protocolo.§ 3º - É do órgão cedente a responsabilidade pelo repasse à SPPREV da contribuição do Estado.

CAPÍTULO VDa Pensão e da Comprovação da Dependência

Econômica

Artigo 18 - Têm direito à pensão por morte do servidor:I - o cônjuge ou o companheiro ou companheira, na constância, respectivamente, do casamento ou da união estável;II - o companheiro ou a companheira, na constância da união homoafetiva;III - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na legislação do regime geral da

previdência social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os incapazes civilmente, estes dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor;IV - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor, e não existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I, II ou III deste Artigo, ressalvado o disposto no § 3º deste Artigo.§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do servidor.§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou incapacidade.§ 3º - Mediante declaração escrita do servidor, os dependentes enumerados no inciso IV deste Artigo poderão concorrer em igualdade de condições com os demais.§ 4º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do servidor não conferem direito à pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.§ 5º - Considera-se união estável, para os fins do inciso I deste Artigo, aquela verificada entre homem e mulher, como entidade familiar, quando forem solteiros, separados judicialmente, divorciados ou viúvos, ou tenham prole em comum, enquanto não se separarem.§ 6º - Considera-se união homoafetiva, para os fins do inciso II deste Artigo, aquela verificada entre pessoas do mesmo sexo, como entidade familiar.Artigo 19 - A pensão de que trata o Artigo 18 deste decreto será paga aos beneficiários, mediante rateio, em partes iguais. § 1º - O pagamento da pensão retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60 (sessenta) dias depois deste e, ultrapassado esse prazo, será feito a partir da data do requerimento. § 2º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier a requerê-la, admitindo-se novas inclusões a qualquer tempo, cujos efeitos financeiros serão produzidos nos termos do § 1º deste Artigo.§ 3º - Com a perda da qualidade de dependente, será extinta a respectiva quota de pensão e esta somente reverterá de filhos para cônjuge ou companheiro ou companheira e destes para aqueles.§ 4º - Com a extinção da última quota de pensão, extingue-se o benefício.Artigo 20 - Quando a pensão seja postulada pelo companheiro ou companheira do servidor, a união estável ou a união homoafetiva será comprovada com a apresentação de requerimento à SPPREV, instruído com,

no mínimo, três documentos, relativos a aspectos diferentes, dentre os enumerados a seguir:I - contrato escrito;II - declaração de coabitação;III - cópia de declaração de imposto de renda;IV - disposições testamentárias;V - certidão de nascimento de filho em comum;VI - certidão ou declaração de casamento religioso;VII - comprovação de residência em comum;VIII - comprovação de encargos domésticos que evidenciem a existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil;IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada;X - comprovação de compra e venda de imóvel em conjunto;XI - contrato de locação de imóvel em que figurem como locatários ambos os conviventes;XII - comprovação de conta bancária conjunta;XIII - apólice de seguro em que conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);XIV - registro em associação de classe no qual conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);XV - inscrição em instituição de assistência médica do(a) companheiro(a) como beneficiário(a).Parágrafo único - A apresentação de decisão judicial irrecorrível reconhecendo a união estável ou a união homoafetiva dispensa a apresentação dos documentos enumerados no "caput" deste Artigo.Artigo 21 - A comprovação de dependência econômica, necessária para o deferimento de pensão ao filho inválido para o trabalho ou incapaz civilmente, ao enteado, ao menor tutelado e aos pais do servidor, será feita com a apresentação de, no mínimo, três documentos, dentre os enumerados a seguir:I - declaração pública feita perante tabelião;II - cópia de declaração de imposto de renda, em que conste nominalmente o interessado como dependente;III - disposições testamentárias;IV - comprovação de residência em comum;V - apólice de seguro em que conste o interessado como beneficiário;VI - registro em associação de classe onde conste o interessado como beneficiário;VII - inscrição em instituição de assistência médica do interessado como beneficiário.Parágrafo único - Sem prejuízo do disposto no "caput" deste Artigo, os dependentes que integrem as classes a seguir indicadas também instruirão seus requerimentos:1. o filho inválido, com laudo fornecido por médico perito designado pela SPPREV, demonstrativo de sua invalidez, e com sua certidão de nascimento;

2. o filho civilmente incapaz, com cópia de sentença declaratória de interdição transitada em julgado, e com sua certidão de nascimento;3. o enteado, com sua certidão de nascimento e com certidão demonstrativa de que seu genitor era casado com o servidor;4. o menor tutelado que não possua bens próprios, com sua certidão de nascimento, o termo de tutela definitiva e a declaração, firmada pelo servidor ou por seu responsável, de que não tem bens próprios para seu sustento;5. o pai e a mãe, com a certidão de nascimento do servidor e a declaração escrita em que este tenha nomeado um deles ou ambos como dependentes, a qual somente terá eficácia quando não tenham bens próprios para seu sustento.Artigo 22 - Por decisão motivada, o Diretor Presidente da SPPREV poderá indeferir os requerimentos previstos nos Artigos 20 e 21 deste decreto, quando os documentos exibidos não bastem para demonstrar que o interessado, na data do óbito do servidor, dependia economicamente dele ou atendia aos demais requisitos fixados na lei para a aquisição e o exercício do direito à pensão.

CAPÍTULO VIDo Salário-Família, Do Auxílio Reclusão e Funeral

Artigo 23 - Ao servidor ou ao inativo de baixa renda será concedido salário-família por:I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos;II - filho inválido de qualquer idade.§ 1º - O critério para aferição da baixa renda do servidor ou do inativo será o mesmo utilizado para trabalhadores vinculados ao RGPS.§ 2º - O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e estará condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade, e de comprovação de freqüência à escola do filho menor ou equiparado, a partir dos seis anos de idade.§ 3º - O benefício do salário-família ficará suspenso até que o interessado apresente o atestado de vacinação obrigatória e o comprovante de freqüência escolar, referidos no § 3º deste Artigo.§ 4º - A freqüência escolar será comprovada com a apresentação de documento, relativo ao aluno e emitido pelo estabelecimento de ensino, na forma da legislação própria.

Artigo 24 - Aos dependentes de servidor de baixa renda, enquanto permanecer recolhido à prisão, será concedido auxílio-reclusão.§ 1º - O critério para aferição da baixa renda do servidor a que alude o "caput" deste Artigo é o mesmo utilizado para os trabalhadores sujeitos ao RGPS.§ 2º - O valor do auxílio-reclusão será idêntico ao do salário de contribuição do servidor.§ 3º - O pagamento do auxílio-reclusão obedecerá aos mesmos critérios estabelecidos no Artigo 19 deste decreto.§ 4º - Consideram-se dependentes, para fins do disposto no "caput" deste Artigo, as pessoas mencionadas no Artigo 18 deste decreto.§ 5º - O direito à percepção do benefício cessará:1. no caso de extinção da pena;2. se ao servidor, ao final do processo criminal, for imposta a perda do cargo;3. se da decisão administrativa irrecorrível, em processo disciplinar, resultar imposição da pena demissória, simples ou agravada;4. por morte do servidor ou do beneficiário do auxílio.§ 6º - O pagamento do benefício de que trata este Artigo será suspenso em caso de fuga, concessão de liberdade condicional ou alteração do regime prisional para prisão albergue e somente será retomado caso se modifiquem essas situações.§ 7º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão será instruído com a certidão do efetivo recolhimento do servidor à prisão, expedida por autoridade competente, devendo ser renovada a cada 3 (três) meses e apresentada pelo interessado à SPPREV, para fins de percepção do benefício.Artigo 25 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família do servidor ativo ou inativo falecido, de valor correspondente a 1 (um) mês da remuneração.§ 1º - Se o óbito do policial civil, de integrante da carreira de Agente de Segurança Penitenciária e da classe de Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária ocorrer em decorrência de lesões recebidas no exercício de suas funções, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva remuneração.§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste Artigo dependerá da comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração.§ 3º - As despesas com o funeral do servidor e do inativo que tenham sido efetuadas por terceiros serão ressarcidas até o limite previsto no "caput" deste Artigo.

§ 4º - As despesas com o funeral que tenham sido custeadas por entidade prestadora de serviços dessa natureza serão ressarcidas até o limite previsto no "caput" deste Artigo, mediante a apresentação de alvará judicial.§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral ficará condicionado à apresentação da prova de identidade do requerente, da certidão de óbito, do comprovante das despesas efetivamente realizadas e do alvará judicial.§ 6º - O pagamento do auxílio-funeral será efetuado uma única vez, nos termos das disposições deste Artigo.§ 7º - Quando as despesas com o funeral do servidor ou inativo forem efetuadas por terceiros ou por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no "caput" ou no § 1º deste Artigo, conforme o caso, a diferença para atingir o limite neles previstos será paga ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais.§ 8º - A comprovação de qualidade de companheiro ou companheira, em união estável ou união homoafetiva, para o recebimento do auxílio-funeral, dar-se-á nos termos dos Artigos 18 e 20 deste decreto.Artigo 26 - O auxílio-reclusão, o salário-família e o auxílio-funeral serão geridos pela SPPREV, mediante reembolso do órgão de origem, quando o respectivo beneficiário for servidor inativo ou seu dependente.

CAPÍTULO VIIDas Disposições Finais e Transitórias

Artigo 27 - No prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicação deste decreto, os órgãos setoriais ou subsetoriais de recursos humanos, ou seus correspondentes, nos órgãos cedentes, fornecerão à SPPREV a relação dos servidores afastados, com a indicação do início de cada afastamento, do órgão ou ente em que estão em exercício e da existência, ou não, de prejuízo para o subsídio, os vencimentos ou a remuneração.Artigo 28 - Para o servidor que se encontrava em atividade antes da publicação da Lei Complementar nº

1012, de 5 de julho de 2007, e que optar pela inclusão na base de contribuição de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, no cálculo de seus benefícios previdenciários serão observados os seguintes critérios:I - o tempo mínimo de contribuição será de 1 (um) ano;II - o valor corresponderá a 1/30 (um trinta avos) para a servidora, e 1/35 (um trinta e cinco avos) para o servidor, por ano de contribuição, até o limite de 30/30 (trinta trinta avos) e 35/35 (trinta e cinco trinta e cinco avos), respectivamente, aferidos sobre a média do período.Artigo 29 - Os valores das contribuições que não tenham sido recolhidos à SPPREV serão, nos termos do inciso II do Artigo 26 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, deduzidos do repasse obrigatório de recursos imediatamente posterior, feito ao órgão ou entidade responsável pela respectiva retenção e pagamento.Artigo 30 - A SPPREV manterá um cadastro individualizado para cada contribuinte do RPPS, nos termos do inciso V do Artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, que será atualizado permanentemente com as informações fornecidas pelos órgãos da Administração direta e indireta do Estado de São Paulo.Parágrafo único - O contribuinte receberá anualmente, no mês do seu aniversário, as informações constantes do seu cadastro, que lhe serão fornecidas pela SPPREV mediante comprovante impresso ou certidão eletrônica devidamente autenticada, nos termos do § 7º do Artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.Artigo 31 - Compete ao Diretor Presidente da SPPREV, no exercício de sua atribuição de orientar, supervisionar e regulamentar o RPPS, estabelecer e publicar parâmetros, procedimentos e diretrizes gerais, necessários para dar aplicação às disposições deste decreto.Artigo 32 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

DECRETO Nº 52.860, DE 02 DE ABRIL DE 2008Regulamenta a contribuição previdenciária dos militares do serviço ativo, da reserva remunerada,

reformados, agregados e respectivos pensionistas, nos termos da Lei Complementar nº 1.013, de 6 de julho de 2007, e dá providências correlatas

CAPÍTULO IDisposição Preliminar

Artigo 1º - A contribuição previdenciária para a manutenção do Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado - RPPM, de que trata a Lei Complementar nº 1.013, de 6 de julho de 2007, obedecerá às normas estabelecidas neste decreto.

CAPÍTULO IIDos Contribuintes Obrigatórios para o RPPM

Artigo 2º - São contribuintes obrigatórios para o RPPM:I - os militares do serviço ativo;II - os militares agregados ou licenciados, que continuarem a perceber vencimentos nessa situação;III - os militares da reserva remunerada ou reformados;IV - os pensionistas dos militares a que se referem os incisos I, II e III deste Artigo.Artigo 3º - Para fins de controle da São Paulo Previdência - SPPREV, entidade gestora do RPPM, será aberto um cadastro individualizado para cada contribuinte, nos termos do inciso V do Artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.Parágrafo único - As informações constantes do cadastro de cada contribuinte serão disponibilizadas anualmente, no mês de seu aniversário, mediante comprovante impresso ou certidão eletrônica devidamente autenticada, nos termos do § 7º do Artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.Artigo 4º - A contribuição previdenciária dos militares do serviço ativo, para o RPPM, devida a partir de 5 de outubro de 2007, é de 11% (onze por cento) e incidirá sobre a totalidade da base de contribuição.§ 1º - Para fins de cálculo da contribuição previdenciária devida, entende-se como base de contribuição o total dos vencimentos do militar, incluindo-se o padrão, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei ou por outros atos concessivos, dos adicionais de caráter individual e de quaisquer outras vantagens, excluídas:1. as diárias para viagens;2. o auxílio-transporte;

3. o salário-família;4. o salário-esposa;5. o auxílio-alimentação;6. as parcelas percebidas em decorrência de local de trabalho;7. as parcelas percebidas em decorrência do exercício de cargo em comissão ou de função de confiança;8. as demais vantagens não incorporáveis instituídas em lei.§ 2º - O policial militar, mediante requerimento encaminhado ao órgão de pessoal da Polícia Militar, poderá optar pela inclusão, na base de contribuição, das parcelas remuneratórias a que se referem os itens 6 e 7 do § 1º deste Artigo, para efeito de cálculo do seu benefício previdenciário, que produzirá efeitos:1. no mês da manifestação, se esta ocorrer até o cadastramento da parcela;2. no mês seguinte ao da opção, quando a manifestação ocorrer em período posterior ao fixado no item 1 deste parágrafo.§ 3º - Para os militares que ingressaram na Polícia Militar a partir de 1º de outubro de 2007, a inclusão das parcelas a que se refere o § 2º deste Artigo, para efeito de cálculo do benefício previdenciário, observará os seguintes critérios:1. tempo mínimo de contribuição de 1 (um) ano;2. o valor corresponderá a 1/30 (um trinta avos) por ano de contribuição, calculado sobre a média do período.Artigo 5º - Os militares da reserva remunerada, reformados, agregados e os pensionistas contribuem com 11% (onze por cento), incidentes sobre o valor da parcela dos proventos de inatividade e pensões que supere o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social - RGPS.Parágrafo único - Nos casos de acumulação remunerada de proventos e/ou pensões, considerar-se-á, para fins de cálculo da contribuição de que trata o "caput" deste Artigo, o somatório dos valores percebidos, de forma que a parcela remuneratória imune incida uma única vez.Artigo 6º - O décimo-terceiro salário será considerado para fins de incidência das contribuições de que tratam os Artigos 4º e 5º deste decreto.

Artigo 7º - A partir de 1º de setembro de 2007, a contribuição do Estado para o custeio do RPPM é o dobro da contribuição do militar da ativa.Parágrafo único - O produto de arrecadação deverá ser contabilizado em conta específica e administrado segundo as regras contidas nas resoluções do Conselho Monetário Nacional - CMN, ficando vedados empréstimos e financiamentos de qualquer natureza para qualquer pessoa, bem como o pagamento de benefícios previdenciários mediante convênio ou consórcios, nos termos do § 5º, do Artigo 3º da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007, e seus atos normativos.Artigo 8º - As contribuições devidas para o custeio do RPPM serão recolhidas em favor da SPPREV na mesma data do pagamento dos vencimentos, proventos e pensões, mediantedesconto mensal na respectiva folha de pagamento e contabilizadas separadamente.§ 1º - O Estado é responsável pela cobertura de eventuais insuficiências financeiras do RPPM decorrentes do pagamento dos benefícios previdenciários, na mesma data referida neste Artigo.§ 2º - Os recursos provenientes das contribuições instituídas pela Lei Complementar nº 1.013, de 6 de julho de 2007, destinam-se exclusivamente ao custeio do RPPM.

CAPÍTULO IIIDas Prestações

Artigo 9º - O Regime Próprio de Previdência dos Militares do Estado - RPPM, compreende as seguintes prestações, expressas em benefícios e serviços:I - proventos da inatividade;II - pensão por morte;III - auxílio-reclusão;IV - salário-família.

SEÇÃO IDos Proventos da Inatividade

Artigo 10 - O ato do Comandante Geral que efetivar a passagem para a reserva ou a reforma do militar do Estado indicará sua fundamentação legal, especificando a regra de cálculo, integral ou proporcional, a que faz jus nos termos da legislação em vigor.Artigo 11 - Nas situações de inatividade remunerada previstas na legislação em vigor, o órgão de pessoal da Polícia Militar encaminhará as informações funcionais e previdenciárias ao Diretor de Benefícios - Militares da

SPPREV, para formalização, pagamento e manutenção do benefício.

SEÇÃO IIDa Pensão

Artigo 12 - O direito à pensão não está sujeito à decadência ou prescrição.Artigo 13 - São dependentes do militar, para fins de recebimento de pensão:I - o cônjuge ou o companheiro ou companheira, na constância, respectivamente, do casamento ou da união estável;II - os filhos, de qualquer condição ou sexo, de idade igual à prevista na legislação do regime geral da previdência social e não emancipados, bem como os inválidos para o trabalho e os incapazes civilmente, esses dois últimos desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do militar;III - os pais, desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do militar, e não existam dependentes das classes mencionadas nos incisos I ou II deste Artigo, ressalvado o disposto no § 3º deste Artigo.§ 1º - O enteado e o menor tutelado equiparam-se ao filho desde que comprovadamente vivam sob dependência econômica do militar.§ 2º - A pensão atribuída ao filho inválido ou incapaz será devida enquanto durar a invalidez ou incapacidade.§ 3º - Mediante declaração escrita do militar, encaminhada ao Diretor de Benefícios - Militares da SPPREV, os dependentes enumerados no inciso III deste Artigo poderão concorrer em igualdade de condições com os demais.§ 4º - A incapacidade e a invalidez, para os fins deste Artigo, serão verificadas mediante perícia por Junta de Saúde Militar.§ 5º - A invalidez ou a incapacidade supervenientes à morte do militar não conferem direito à pensão, exceto se tiverem início durante o período em que o dependente usufruía o benefício.Artigo 14 - A comprovação da união estável para fins de pensão, será feita mediante processo, instruído com, no mínimo, três dos seguintes instrumentos probantes, ao final do qual será emitido parecer e decisão:I - contrato escrito;II - declaração pública de coabitação feita perante tabelião;III - cópia de declaração de imposto de renda;IV - disposições testamentárias;V - certidão de nascimento de filho em comum;VI - certidão/declaração de casamento religioso;

VII - comprovação de residência em comum;VIII - comprovação de encargos domésticos que evidenciem a existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil;IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada;X - comprovação de compra e venda de imóvel em conjunto;XI - contrato de locação de imóvel em que figurem como locatários ambos os conviventes;XII - comprovação de conta bancária conjunta;XIII - apólice de seguro em que conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);XIV - registro em associação de classe onde conste o(a) companheiro(a) como beneficiário(a);XV - inscrição em instituição de assistência médica do(a) companheiro(a) como beneficiário(a).Parágrafo único - A apresentação de decisão judicial irrecorrível reconhecendo a união estável dispensa a apresentação dos documentos anteriormente enumerados.Artigo 15 - A comprovação de dependência econômica para fins de pensão será feita mediante processo, instruído com, no mínimo, três dos seguintes instrumentos probantes, ao final do qual será emitido parecer e decisão:I - declaração pública feita perante tabelião;II - cópia de declaração de imposto de renda, em que conste nominalmente o interessado como dependente;III - disposições testamentárias;IV - comprovação de residência em comum;V - apólice de seguro em que conste o interessado como beneficiário;VI - registro em associação de classe onde conste o interessado como beneficiário;VII - inscrição em instituição de assistência médica do interessado como beneficiário.Artigo 16 - Com a morte do militar, a pensão será paga aos dependentes mediante rateio, em partes iguais.Parágrafo único - O valor inicial da pensão por morte devida aos dependentes do militar falecido será igual à totalidade da remuneração do militar no posto ou graduação em que se deu o óbito, ou dos proventos do militar da reserva remunerada ou reformado na data do óbito, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o Artigo 201 da Constituição Federal, acrescido de 70% (setenta por cento) da parcela que exceder esse limite, exceto na situação prevista no § 1º do Artigo 1º da Lei nº 5.451, de 22 de dezembro de 1986, quando o valor do benefício corresponderá à integralidade dos vencimentos ou proventos do militar.

Artigo 17 - O pagamento do benefício retroagirá à data do óbito, quando requerido em até 60 (sessenta) dias deste, mediante a apresentação de requerimento ao Diretor de Benefícios - Militares da SPPREV.§ 1º - O pagamento do benefício será feito a partir da data do requerimento, quando ultrapassado o prazo previsto no "caput" deste Artigo.§ 2º - A pensão será concedida ao dependente que primeiro vier a requerê-la, admitindo-se novas inclusões a qualquer tempo, que produzirão efeitos financeiros a partir da data em que forem requeridas, nos termos do "caput" e § 1º deste Artigo.§ 3º - A perda da qualidade de dependente pelo pensionista implica na extinção de sua quota de pensão, admitida a reversão da respectiva quota somente de filhos para cônjuge oucompanheiro(a), e destes para aqueles.§ 4º - Com a extinção da última quota de pensão extingue-se o benefício.§ 5º - A pensão ou a quota respectiva será paga diretamente ao beneficiário ou a seu representante legal.Artigo 18 - O Diretor Presidente da SPPREV editará normas complementares estabelecendo modelo-padrão de requerimento da pensão de que trata esta seção e relacionando a documentação que o instruirá.Artigo 19 - A perda da qualidade de dependente dar-se-á em virtude de:I - falecimento, considerada para esse fim a data do óbito;II - não cumprimento de qualquer dos requisitos ou condições estabelecidos em lei;III - matrimônio ou constituição de união estável.Parágrafo único - Aquele que perder a qualidade de dependente não a restabelecerá.Artigo 20 - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira somente terão direito à pensão se o militar lhe prestava pensão alimentícia na data do óbito, o que deverá ser comprovado mediante requerimento instruído com cópia da decisão judicial ou homologação de acordo entre as partes, e a respectiva certidão de objeto e pé ou inteiro teor.Parágrafo único - O ex-cônjuge, ex-companheiro ou ex-companheira concorrerão em igualdade de condições com os demais dependentes, sendo o valor de seu benefício limitado ao valor da pensão alimentícia que recebia do militar.Artigo 21 - Nenhum dependente poderá receber mais de uma pensão decorrente deste RPPM, exceto filho, enteado e menor tutelado, de casal contribuinte,

assegurado aos demais o direito de opção pela pensão mais vantajosa.Artigo 22 - Para os óbitos ocorridos antes da data da publicação da Lei Complementar nº 1.013, de 6 de julho de 2007, o cálculo da pensão devida ao dependente obedecerá as regras da legislação vigente na data do óbito.Parágrafo único - Na ocorrência de novo rateio do benefício aplicar-se-ão as regras previstas na legislação a que se refere o "caput" deste Artigo, ficando assegurados aos atuais pensionistas os direitos previdenciários previstos na legislação vigente antes da data da publicação da Lei Complementar nº 1.013, de 6 de julho de 2007, enquanto mantiverem as condições que, sob a égide da legislação anterior, lhes garantia o benefício.Artigo 23 - O órgão de pessoal da Polícia Militar fornecerá ao Diretor de Benefícios - Militares da SPPREV as informações e documentos que forem solicitados para instruir cadastro de contribuinte ou processo de pensão.Artigo 24 - O órgão de pessoal da Polícia Militar, remeterá ao Diretor de Benefícios - Militares da SPPREV, por ocasião da transferência para a reserva, reforma ou do óbito do contribuinte, extrato de seus assentamentos individuais, contendo as informações funcionais e previdenciárias pertinentes.

SEÇÃO IIIDo Auxílio-Reclusão

Artigo 25 - Fica assegurado o direito à percepção de auxílio-reclusão ao dependente de militar do serviço ativo e do agregado percebendo vencimentos ou licenciado que estiver preso provisoriamente ou condenado a pena privativa de liberdade, até 2 (dois) anos, enquanto permanecer em regime fechado ou estiver internado por medida de segurança.§ 1º - O auxílio-reclusão será pago aos dependentes mediante rateio, enquanto o militar permanecer na situação de que trata o "caput" deste Artigo.§ 2º - Poderão requerer o pagamento do auxílio-reclusão os dependentes relacionados nos incisos I a III do Artigo 13 deste decreto.§ 3º - O direito à percepção do benefício cessará:1. no caso da extinção da pena;2. com a exoneração, demissão ou expulsão do militar, ou com sua colocação em liberdade definitiva;3. por morte do militar ou do dependente.§ 4º - Durante o pagamento do auxílio-reclusão o policial militar deixará de perceber vencimentos.

§ 5º - O pagamento do benefício de que trata este Artigo será suspenso em caso de fuga, concessão de liberdade condicional ou progressão do regime prisional, podendo ser retomados os pagamentos no caso de modificação dessas situações.§ 6º - O requerimento para obtenção do auxílio-reclusão será instruído, obrigatoriamente, com certidão do efetivo recolhimento à prisão do militar expedida por autoridade competente, devendo ser renovada a cada 3 (três) meses, junto à SPPREV, para fins de percepção do benefício, mediante requerimento encaminhado ao Diretor de Benefícios - Militares.§ 7º - A condenação criminal superveniente à demissão ou expulsão do militar não confere qualquer direito ao auxílio-reclusão de que trata este Artigo.Artigo 26 - O valor do auxílio-reclusão será calculado na forma do parágrafo único do Artigo 16 deste decreto.Artigo 27 - O Órgão de Pessoal da Polícia Militar será o gestor do auxílio-reclusão.Artigo 28 - Ao militar recolhido à prisão antes da data da vigência da Lei Complementar nº 1013, de 6 de julho de 2007, aplicar-se-ão as regras previstas na legislação então vigente.

SEÇÃO IVDo Salário-Família

Artigo 29 - Será concedido salário-família ao militar do serviço ativo, ao agregado percebendo vencimentos, ao licenciado, ao da reserva remunerada ou ao reformado, que se enquadre na situação de baixa renda, nos termos da lei, por:I - filho ou equiparado de qualquer condição menor de 14 (quatorze) anos;II - filho inválido de qualquer idade.§ 1º - O pagamento do salário-família fica condicionado ao encaminhamento de requerimento, em caso de militar da ativa, ao órgão de pessoal da Polícia Militar, em caso de militar inativo, ao Diretor de Benefícios - Militares da SPPREV, instruído com certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado ou ao inválido e, anualmente, à apresentação de atestado de vacinação obrigatória e, para os maiores de 6 (seis) anos de idade, de comprovação de freqüência à escola do filho menor ou equiparado.§ 2º - O critério para fins de pagamento do salário-família será o mesmo utilizado para os trabalhadores vinculados ao Regime Geral de Previdência Social.

§ 3º - O Diretor de Benefícios - Militares analisará o pedido e, caso preencha os requisitos legais, preparará o ato de concessão do benefício.Artigo 30 - A São Paulo Previdência - SPPREV será a gestora do salário-família dos inativos mediante reembolso do órgão de origem.Parágrafo único - O Órgão de Pessoal da Polícia Militar será o gestor do salário-família dos militares da ativa.

CAPÍTULO IVDo Auxílio-Funeral

Artigo 31 - Ao cônjuge, companheiro ou companheira ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais do militar do serviço ativo, do agregado percebendo vencimentos, do licenciado, da reserva remunerada ou do reformado falecido, será concedido auxílio-funeral, a título de assistência à família, de valor correspondente a 1 (um) mês da respectiva remuneração.§ 1º - Se o óbito do militar ocorrer em decorrência de lesões recebidas no exercício da função policial, o valor do auxílio-funeral corresponderá a 2 (dois) meses da respectiva remuneração.§ 2º - A concessão do valor do benefício nos termos do § 1º deste Artigo dependerá da comprovação da causa do óbito, resultante de competente apuração, assegurada a concessão imediata dos valores constantes do caput deste Artigo.§ 3º - As despesas com o funeral do militar do serviço ativo, agregado percebendo vencimentos, licenciado, da reserva remunerada ou reformado, que tenham sido efetuadas por terceiros serão ressarcidas, até o limite previsto no "caput" deste Artigo.§ 4º - As despesas com o funeral que forem custeadas por entidade prestadora de serviços dessa natureza serão ressarcidas, até o limite previsto no "caput" deste Artigo, mediante a apresentação de alvará judicial.§ 5º - O pagamento do auxílio-funeral fica condicionado ao encaminhamento de requerimento do beneficiário ou de procurador legalmente habilitado, em caso de militar da ativa, ao órgão de pessoal da Polícia Militar, em caso de militar inativo, ao Diretor de Benefícios - Militares da SPPREV, instruído com certidão de óbito, comprovante das despesas efetivamente realizadas ou alvará judicial, juntamente com prova de identidade do requerente.§ 6º - Quando as despesas com o funeral forem efetuadas por terceiros ou por entidade prestadora de serviços dessa natureza, e em valor inferior ao limite previsto no "caput" e no § 1º deste Artigo, a diferença para atingir o limite neles previstos será paga ao

cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais.§ 7º - A concessão do auxílio-funeral ao cônjuge, companheiro ou companheira, ou, na sua falta, aos filhos de qualquer condição ou aos pais, exclui o direito ao ressarcimento das despesas feitas por terceiros ou por entidades prestadoras de serviços dessa natureza, e será efetuado uma única vez, nos termos das disposições deste Artigo.Artigo 32 - A São Paulo Previdência - SPPREV fará o adiantamento do pagamento do auxílio-funeral dos inativos, devendo ser reembolsado pelo Órgão de Pessoal da Polícia Militar.Parágrafo único - O Órgão de Pessoal da Polícia Militar será o gestor do auxílio-funeral dos militares da ativa.

CAPÍTULO VDas Disposições Finais e Transitórias

Artigo 33 - Ao militar afastado ou licenciado do cargo aplicam-se, no que couber, as disposições referentes ao afastamento e licenciamento dos servidores públicos civis.Artigo 34 - Caso não seja repassada a contribuição do militar do Estado em atividade, a contribuição patronal e a insuficiência até o dia do pagamento dos seus respectivos militares inativos e pensionistas, o valor correspondente à folha paga será deduzido do repasse obrigatório imediatamente posterior, conforme inciso II do Artigo 26 da Lei Complementar nº 1.010, de 1º de junho de 2007.Artigo 35 - Para o militar do Estado que se encontrava no serviço ativo a partir de 15 de setembro de 1997 até 1º de outubro de 2007, que optar pela inclusão na base de contribuição de parcelas remuneratórias percebidas em decorrência de local de trabalho, de exercício de cargo em comissão ou de função de confiança, no cálculo de seus benefícios previdenciários serão observados os seguintes critérios:I - tempo mínimo de contribuição de 1 (um) ano;II - o valor corresponderá a 3/30 (três trinta avos) por ano de contribuição, até o limite de 30/30 (trinta trinta avos) aferidos sobre a média do período.Artigo 36 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.