legislação aplicada ao mpu comentada

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  • 5/12/2018 Legislao Aplicada ao MPU Comentada

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    C L _ E _ G _ I _ S L _ A _ c ; _ k _ o _ A _ p L _ I _ C _ A _ D _ ~ _ A _ O ~ M _ P _ ~ )SUMARIO

    MINISTERIO PUBLICO DAUNIAO (CONSTITUI(,":AoFEDERAL DE 1988 E LEI COMPLEMENTARN. 75, DE 20.05.1993) :: 1PERFIL CONSTITUCIONAL 1CONCEITO 3PRINCIPIOS E FUN(,":OESINSTlTUCIONAIS 5AAUTONOMIA FUNCIONAL, ADMINISTRATIVA E FINANCElRA 11A INICIATIVALEGISLATIVA 2A ELABORA(,":AoDA PROPOSTA ORCAMENTARIA 11OS VAruoS MINISTERIOS PUBLICOS 14o PROCURADOR-GERAL DA REPUBLICA E DEMAIS PROCURADORES-GERAIS DO MPU:REQUISITOS PARAAINVESTIDURAE PROCEDIMENTO DE DESTITUI(,":Ao 1212 11 25 e 29FUN(:OES EXCLUSIVAS E CONCORRENTES 5 1 1 9MEMBROS:INGRESSO NACARRElRA, PROMO(,":CmS,APOSENTADORIA, GARANTIAS, PRERROGATIVAS EVEDACOES 9/ 10 e 33SERVICOS AUXILIARES:REGIME JURImCO (LEI N. 8112/ 1990 E SUAS ALTERA(,":OES) 53CARRElRAS DEANALISTAE TECNICO DOMPU (LEI N. 9. 953/ 2000 E LEI N. 10.47612002) 44LEI DE IMPROBIDADEADMINISTRATIVA(LEI N. 8.429 DE 02.06.1992) 76CONSELHO NACIONAL DO MINISTERIO PUBLICO (DISPOSI(,":OESCONSTlTUCIONAIS) 47

    If.~--------------------------------------------------------OBCURSOSiDiTciiiALEGISLA(:AO APLICADA AO MINISTERIOPIJBLICO DAUNIAO

    CAPITULO IVDAS FUN(:OES ESSENCIAIS A JUSTICA

    Se~aoIDo Ministerio Publiconecessario que 0 Ministerio Publico atue com co-ragem e decisao, sob pena de vermos 0 aumento da desi-gualdade social, da imoralidade publica, do desequilibrioecologico, do abandono das criancas e dos idosos, do des-caso com os deficientes fisicos, do numero de acidentes detrabalho, do desrespeito com 0 patrimonio publico.A Constituicao de 1988 dedicou ao Ministerio Publicosecao especial (Secao I - Do Ministerio Publico, do Capitu-lo IV - Das Funcoes Essenciais a Justica, do Titulo IV - DaOrganizacao dos Poderes), firmando sua autonomia e alar-gando suas funcoes em busca da defesa dos direitos e dasgarantias da sociedade.

    Art. 127.0 Ministerio Publico e instituicdo permanen-te, essencial ajunr;GOurisdicional do Estado, incumbindo-the a defesa da ordem juridica, do regime democratico edos interesses sociais e individuais indisponiveis.

    I" Siloprincipios institucionais do Ministerio Publi-co a unidade, a indivisibilidade e a independencia funcio-na!.

    2" Ao Ministerio Publico Ii assegurada autonomiafuncional e administrativa, podendo, observado a dispostono art. 169, propor ao Poder Legislativo a criacdo e extin-

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    I f _OBCURSOSi E D i T O R Arao de seus cargos e servicos auxiliares, provendo-os por I - as seguintes garantias:concurso publico de provas ou de provas e titulos, a poll- a) vitaliciedade, apos dois anos de exercicio, niio po-tica remuneratoria e os pianos de carreira; a lei dispora dendo perder 0 cargo seniio por sentenca judicial transita-sobre sua organizacdo efuncionamento. da em julgado;

    3 0Ministerio Publico elaborara sua proposta or- b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pu-camentaria dentro dos limites estabelecidos na lei de dire- blico, mediante decisiia do argiio colegiado competente dotrizes orcamentarias. Ministerio Publico, pelo voto da maioria absoluta de seus

    4 Se 0 Ministerio Publico niio encaminhar a res- membros, assegurada ampla defesa;pectiva proposta orcamentaria dentro do prazo estabele- c) irredutibilidade de subsidio.fixado na forma do art.cido na lei de diretrizes orcamentarias, 0Poder Executivo 39, 4~ e ressalvado 0 disposto nos arts. 37,X e XI, 150, II,considerara, para fins de consolidaciio da proposta orca- 153, III, 153, 2 , L 'mentaria anual, os valores aprovados na lei orcamentaria II-as seguintes vedaciies:vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na a) receber, a qualquer titulo e sob qualquer pretexto,forma do 3. honordrios, percentagens ou custas processuais;

    5 Se a proposta orcamentaria de que trata este. ar- b) exercer a advocacia;tigo for encaminhada em desacordo com os limites estipu- c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;lados na forma do 3, 0 Poder Executivo procederd aos d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquerajustes necessarios para fins de consolidacdo da proposta outra funciio publica, salvo uma de magisterio;orcamentaria anual. e) exercer atividade politico-partidaria;

    6 Durante a execuciio orcamentdria do exercicio, f) receber, a qualquer titulo ou pretexto, auxilios oundo podera haver a realizacdo de despesas ou a assunciio contribuicbes de pessoas fisicas, entidades publicas ou pri-de obrigacbesque extrapolem os limites estabelecidos na vadas, ressalvadas. as exceciies previstas em lei.lei de diretrizes orcamentarias, exceto se previamente au- 6" Aplica-se aos membros do Ministerio Publico 0torizadas, mediante a abertura de creditos suplementares disposto no art. 95, pardgrafo unico, V .ou especiais. Art. 129. Sdo funciies institucionais do Ministerio Pu-

    Art. 128. 0Ministerio Publico abrange: blico:1- 0 Ministerio Publico da Unido, que compreende: 1- promover, privativamente, a aciio penal publica, naa) 0Ministerio Publico Federal; forma da lei;b) 0Ministerio Publico do Trabalho; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Publicos ec) 0Ministerio Publico Militar; :'0 dos services de relevdncia publica aos direitos assegura-d) 0Ministerio Publico do Distrito Federal e Territo- dos nesta Constituicdo, promovendo as medidas necessd-

    rias a sua garantia;III - promover 0nquerito civil e a acao civil publica,

    para a protecdo do patrimonio publico e social, do meioambiente e de outros interesses difusos e coletivos;IV - promover a ariio de inconstitucionalidade ou re-

    presentacdo para fins de intervencdo da Unido e dos Esta-dos, nos cas os previstos nesta Constituicdo;

    V - defender judicialmente os direitos e interesses daspopulacbes indlgenas;

    VI - expedir notificacbes nos procedimentos adminis-trativos de sua competencia, requisitando informacoes edocumentos para instrul-los, naforma da lei complementarrespectiva;

    VII - exercer 0 controle externo da atividade policial,na forma da lei complementar mencionada no artigo ante-rior;

    VIIl - requisitar diligencias investigatorias e a ins tau-racao de inquerito policial, indicados os fundamentos juri-dicos de suas manifestaciies processuais;

    IX - exercer outras funciies que the forem conferidas,desde que compativeis com sua finalidade, sendo-Ihe ve-dada a representacdo judicial e a consultoria juridica deentidades publicas.

    I" A legitimaciio do Ministerio Publico para as aciiescivis previstas neste artigo ndo impede a de terceiros, nasmesmas hipoteses, segundo 0 disposto nesta Constituiciioe na lei.

    rios;II - os Ministerios Publicos dos Estados.1 0 Ministerio Publico da Uniiio tem por chefe 0Procurador-Geral da Republica, nomeado pelo Presiden-

    te da Republica dentre integrantes da carreira, maio res detrinta e cinco anos, apos a aprovaciio de seu nome pelamaioria absoluta dos membros do Senado Federal, paramandato de dois anos, permitida a reconductio.

    2" A destituiciio do Procurador-Geral da Republi-ca, par iniciativa do Presidente da Republica, devera serprecedida de autorizacdo da maioria absoluta do SenadoFederal.

    3" Os Ministerios Publicos dos Estados e 0 do Dis-trito Federal e Territories formardo lista triplice dentreintegrantes da carreira, na forma da lei respectiva, paraescolha de seu Procurador- Geral, que sera nomeado peloChefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, per-mitida uma reconduciio.

    4 Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distri-to Federal e Territories poderdo ser destituidos por delibe-racdo da maioria absoluta do Poder Legislativo, na formada lei complementar respectiva.

    5" Leis complementares da Unido e dos Estados,cuja iniciativa e facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabeleceriio a organizaciio, as atribuicoes e 0estatuto de cada Ministerio Publico, observadas, relativa-mente a seus membros:

    2 B e r t r a n d Oliveira

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    ~ . .OBCURSOSEDITORA

    rAs Jum;oes do Ministerio Publico so podem serexercidas por integrantes da carreira, que deverdo residirna comarca da respectiva 10tm;110, s alvo autorizacdo dochefe da instituicdo.

    30 ingresso na carreira do Ministerio Publico far-se-a mediante concurso publico de provas e titulos, asse-gurada a participaciio da Ordem dos Advogados do Brasilem sua realizacdo, exigindo-se do bacharel em direito, nominimo, tres anos de atividade juridica e observando-se,nas nomeacoes, a ordem de classificaciio.

    4 Aplica-se ao Ministerio Publico, no que couber, 0disposto no art. 93.

    5A distribuicdo de processos no Ministerio Publicosera imediata.

    Art. 130. Aos membros do Ministerio Publico junto aosTribunais de Contas aplicam-se as disposicbes desta seciiopertinentes a direitos, vedaciies eforma de investidura.

    Art. l30-A. 0 Conselho Nacional do Ministerio PU-

    subsldios ou proventos proporcionais ao tempo de service eaplicar outras sanciies administrativas, assegurada ampladefesa;

    IV - rever, de oficio ou mediante provocaciio, os pro-cessos disciplinares de membros do Ministerio Publico daUniiio ou dos Estados julgados hci menos de um ano;

    V - elaborar relatorio anual, propondo as providen-cias que julgar necessarias sobre a situaciio do MinisterioPublico no Pais e as atividades do Conselho, 0 qual deveintegrar a mensagem prevista no art. 84 , XI.

    3 0 Conselho escolhera, em votaciio secreta, umCorregedor nacional, dentre os membros do Ministerio PU-blico que 0 integram, vedada a reconduciio, competindo-Ihe, alem das atribuicbes que the forem conferidas pela lei.as seguintes:

    1- receber reclamacoes e denuncias, de qualquer inte-ressado, relativas aos membros do Ministerio Publico e dosseus services auxiliares;

    II - exercer funcoes executivas do Conselho, de inspe-r;ao e correiciio geral;

    III-requisitar e designar membros do Ministerio PU-blico, delegando-lhes atribuicoes, e requisitar servidoresde orgaos do Ministerio Publico.

    4"0 Presidente do Conselho Federal da Ordem dosAdvogados do Brasil oficiara junto ao Conselho.

    5 Leis da Unido e dos Estados criariio ouvidoriasras; III- tres membros do Ministerio Publico dos Estados; do Ministerio Publico, competentes para receber reclama-IV _ do i s juizes, indicados um pelo Supremo Tribunal r;oes e denuncias de qualquer interessado contra membros

    17 d. I t 1 S . Trib l d. r. . ou orgiios do Ministerio Publico, inclusive contra seus ser-re era eouropeo upertor tri una e Justica;V doi d d. . di d I C lh 17 d. [_ vicos auxiliares, representando diretamente ao Conselho- OlS a voga os, In tea os pe 0 onse 0 re era -_. ,. ,d. 0 d. d. Ad d. d. B 'l Nacional do Ministerio Publico.a r. em os voga os 0 rasu;VI - dois cidaddos de notavel saber juridico e reputa-

    gao ilibada, indicados um pela Camara dos Deputados eoutro pelo Senado Federal. -

    ]0 Os membros do Conselho oriundos do MinisterioPublico seriio indicados pelos respectivos Ministerios PU-blicos, naforma da lei.

    2Compete ao Conselho Nacional do Ministerio PU-blico 0 controle da atuaciio administrativa e f inance ira doMinisterio Publico e do cumprimento dos deveres funcio-nais de seus membros, cabendo-Ihe:

    1- zelar pela autonomiafuncional e administrativa doMinisterio Publico. podendo expedir atos regulamentares,no ambito de sua competencia, ou recomendar providen-cias;

    11- zelar pela observdncia do art. 37 e apreciar, de ofi-cio ou mediante provocacdo, a legalidade dos atos adminis-trativos praticados por membros ou orgiios do MinisterioPublico da Uniiio e dos Estados, podendo desconstitui-los,reve-los oufixar prazo para que se adotem as providenciasnecessdrias ao exato cumprimento da lei. sem prejuizo dacompetencia dos Tribunais de Contas;

    III - receber e conhecer das reclamacbes contra mem-bros ou orgiios do Ministerio Publico da Uniiio ou dos Es-tados, inclusive contra seus services auxiliares, sem prejui-zo da competencia disciplinar e correicional da instituiciio,podendo avo car processos disciplinares em curso, determi-nar a remociio, a disponibilidade ou a aposentadoria com

    blico compiie-se de quatorze membros nomeados pelo Pre-sidente da Republica, depois de aprovada a escolha pelamaio ria absoluta do Senado Federal, para urn mandato dedois anos, admitida uma reconduciio, sendo:

    1- 0Procurador-Geral da Republica. que 0preside;II - quatro membros do Ministerio Publico da Unido,

    assegurada a representaciio de cada uma de suas carrei-

    A Lei Orgiinica do Ministerio Publico da Uniao e aLei Complementar n. 75, de 20 de maio de 1993, que tratadas disposicoes gerais, estabelece suas principais funcoes eseus instrumentos de atuacao,

    LEI COMPLEMENTAR N. 75, DE20 DE MAIO DE 1993

    Dispiie sobre a organizaciio, as atri-buicbes e 0 estatuto do Ministerio Publicoda Uniiio.

    o PRESIDENTE DA REPUBLICAFaco saber que 0 Congresso Nacional decreta e eu san-ciono a seguinte lei complementar:o CONGRESSO NACIONAL decreta:

    TITULO IDAS DISPOSICOES GERAIS

    CAPITULO IDADEFINICAO, DOS PRINCIPIOS EDAS FUNCOES INSTITUCIONAISArt. 1 0 Ministerio Publico da Uniao, organizado poresta lei Complementar, e instituicao permanente, essencial

    L egisla~ao A plicada ao M P U 3

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    Comentarloo art. 127, caput, da Constituidio de 1988, conceituao Ministerio Publico e a LC n. 75/1993, no presente artigo,reproduz, quase que com as mesmas palavras, aquele dis-positivo constitucional.oMinisterio Publico e uma Instituicdo que se realiza edura no meto social. Ao ajirmar que 0Ministerio Publico einstituiciio permanente, a Carta colocou-o como um dos or-gaos pelos quais 0Estado manifesta sua soberania e vetou,implicitamente, que 0poder constituinte derivado suprimaou deforme a instituiciio ministerial.o Texto de 1988 dedicou ao Ministerio Publico a Se -cdo 1, do Capitulo IV - Das Funcoes Essenciais Ii Justica- Titulo IV - Da Organizacao dos Poderes, sendo que a es-sencialidade a funeao jurisdicional doEstado diz menos doque deveria, visto que 0Ministerio Publico exerce diversas Art. 30 0 Ministerio Publico da Uniao exercera 0 con-funcoes, independentemente da prestaciio jurisdicional, e, trole externo da atividade policial tendo em vista:por estranho que pareca, tambem diz mats do que deveria, a) 0 respeito aos fundamentos do Estado Democra-dado que 0Ministerio Publico ruio ojicia em todos osfeitos tieo de Direito, aos objetivos fundamentais da Republicasubmetidos IIprestactio juri sd i cional . Federativa do Brasil, aos princfpios informadores das rela-aMinisterio Publico e tido ha multo tempo como a ins- yoes internacionais, bern como aos direitos assegurados natituiciiofiscal da lei, buscando a defesa da ordemjurldica. Constituicao Federal e na lei;a Ministerio Publico, forte e independente, mantem b) a preservacao da ordem publica, da incolumidadeestreita liga

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    . - .BCURSOSiDliOiiAd) a seguridade social, a educacao, a cultura e ao des-

    porto, a ciencia e it tecnologia, it comunicacao social e aomeio ambiente;

    e) it seguranya publica;III - a defesa dos seguintes bens e interesses:a) 0 patrimonio nacional;b) 0 patrimonio publico e social;c) 0 patrimonio cultural brasileiro;d) 0meio ambiente;e) os direitos e interesses coletivos, especialmente das

    comunidades indigenas, da familia, da crianca, do adoles-cente e do idoso;

    IV - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Publicosda Uniao, dos services de relevancia publica e dos meiosde comunicacao social aos principios, garantias, condicoes,direitos, deveres e vedacoes previstos na Constituicao Fe-deral e na lei, relativos a comunicacao social;

    V - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Publicos daUniao e dos services de relevancia publica quanta:

    a) aos direitos assegurados na Constituicao Federal re-lativos as acoes e aos services de saude e it educacao;b) aos principios da legalidade, da impessoalidade, damoralidade e da publicidade;

    VI - exercer outras funcces previstas na ConstituicaoFederal e na lei.

    I" as orgaos do Ministerio Publico da Uniao devemzelar pela observancia dos principios e competencias daInstituicao, bern como pelo livre exercicio de suas funcoes,

    2" Somente a lei podera especificar as funcoes atribu-'. idas pela Constituicao Federal e por esta Lei Complementar

    Art. 5 Sao funcoes institucionais do Ministerio PU- ao Ministerio Publico da Uniao, observados os principios eblico da Uniao: normas nelas estabelecidos.

    Art. 4 Sao principios institucionais do Ministerio PU-blico da Uniao a unidade, a indivisibilidade e a independen-cia funcional.

    Comentarioas principios da instituicdo, aplicaveis ao Ministe-

    rio Publico da Uniiio e aos Ministerios Publicos dos Es-tados, estdo referidos no art. 127, 1~ da Constituicdo.Aqui, os mesmos principios, aplicaveis especificamenteao Ministerio Publico da Uniiio.

    A unidade significa que os membros do MinisterioPublico da Unido estdo sob a chejia de um s6 Procura-dor-Geral, destacando-se que a unidade existe dentro decada ramo do MPU

    A indivisibilidade significa que os membros niio sevinculam aos processos nos quais atuam, podendo sersubstituidos uns pelos outros, desde que tal substituicdoocorra dentro de cada ramo.

    A independencia funcional significa que os mem-bros tem total liberdade, sem que estejam submetidos,em suas decisiies, a interferencias, niio podendo os su-periores ordenar a atuacdo em um sentido ou em outro.Assim, hierarquia s6 e concebivel no sentido adminis-trativo, pela natural chejia exercida na instituicdo peloseu Procurador-Geral, que pode deliberar, por exemplo,sobre a estrutura daquele ramo e a distribuiciio dos re-cursos, ndo se podendo cogitar a hierarquia no sentidofuncional.

    I - a defesa da ordem juridica, do regime democratico,dos interesses sociais e dos interesses individuais indispo-niveis, considerados, dentre outros, os seguintes fund amen-tos e principios:

    a) a soberania e a representatividade popular;b) os direitos politicos;c) os objetivos fundamentais da Republica Federativa

    do Brasil;d) a indissolubilidade da Uniao;e) a independencia e a harmonia dos Poderes da Uniao;f) a autonomia dos Estados, do Distrito Federal e dos

    Municipios;g) as vedacoes impostas a Uniao, aos Estados, ao Dis-

    trito Federal e aos Municipios;h) a legalidade, a impessoalidade, a moralidade e a pu-blicidade, relativas a administracao publica direta, indireta

    ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Uniao;II - zelar pela observancia dos principios constitucio-

    nais relativos:a) ao sistema tributario, as limitacoes do poder de tri-

    butar, a reparticao do poder impositivo e das receitas tribu-tarias e aos direitos do contribuinte;

    b) as financas publicas;c) a atividade economica, it polit ica urbana, agricola,

    fundi aria e de reforma agraria e ao sistema financeiro na-cional;

    ComentarioA Constituiciio de 1988 ampliou sobremaneira asfun-roes do Ministerio Publico, transformando-o em um verda-deiro defensor da sociedade.

    As linhas gerais do papel do Ministerio Publico con-sistem em dinamizar 0funcionamento do sistema juridico,suprindo as lacunas noprocesso de mobilizaciio e dinami-zacdo da ordem publica.

    Desse modo, a Constituiciio Federal enumera as im-portantes funcbes ministeriais:

    1-Promover, privativamente, a arao penal publica,naforma da lei.aMinisterio Publico age privativamente ao decidir sepromove a aciio penal publica, sendo que a exceciio a pri-vatividade de iniciativa da acdo penal publica pelo Minis-terio Publico decorre do expresso napropria Constituiciio.a inciso LIX do art. 50 da Constituiciio estatui que "seraadmitida ariio penal privada nos crimes de aciio publica,se esta ndofor intentada noprazo legal ", sendo que a mes-ma referencia esta repetida no Codigo de Processo Penal(art. 29). sao casos de inercia do Ministerio Publico, poresta entendida a omissdo do oferecimento da denuncia, damanifestacdo de arquivamento ou da requisicdo de novas enecessarias diligencias complementares. Diz-se que 0Mi-nisterio Publico e 0 dominus lit is da acdo penal publica.

    5L egisl.,ao A p l Lc a d a 80 M P U

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    ~OBCURSOSi iDIToRAII - Zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Pttblicos IV - Promover a at;i1ode inconstitucionalidade ou re-

    e dos services de relevdncia publica aos direitos assegura- presentacdo para fins de intervencdo da Unido e dos Esta-dos nesta Constituicdo, promovendo as medidas necessa- dos, nos casos previstos na Constituiciio.rias a sua garantia. Conforme 0 art. 103, VL da Carta Maior, 0 Procura-

    Afunciio de defensor dopovo e a de defender interes- dor-Geral da Republica e um dos legitimados a propor ases da populaciio perante a Administraciio Publica, uma aciio de inconstitucionalidade, sendo que a representacdovez que essa presta services de relevdncia publica e tem, de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ouprimariamente, a obrigaciio de respeitar os direitos asse- estadual, em face da Constituicdo Federal, e ar;iio diretagurados na Constituiciio. de competencia originaria do Supremo Tribunal Federal.

    III - Promover 0 inquerito civil e a aciio civil publica A decretacdo de intervenciio da Unido nos Estadospara a protecdo do patrimdnio publico e social, do meio mediante representaciio do Procurador-Geral da Republi-ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. ca sera promovida perante 0Supremo Tribunal Federal, na

    A Constituiciio ampliou 0 objeto do inquerito civil, que hipotese de inobservdncia dos principios sensiveis, conti-agora serve para a coleta de elementos para a propositura dos no inciso VII do art. 34 , e tambem perante 0 Supremoda acdo civil da area de atuaciio ministerial. a inquerito Tribunal Federal, na hipotese de recusa a execucdo de leicivil destina-se a: federal.

    1. permitir que ndo sejam propostas ar;oes cuja V-Defender judicialmente as direitos e interesses dasdesnecessidade fique evidente apos efetuada a populacbes indigenas.investigacdo; Alem da legitimaciio ativa do Ministerio Publico, os

    2. tornar viavel 0 ajuizamento de acoes mais bem proprios indios, suas comunidades e organizacbes silopar-aparelhadas; tes Iegitimaspara ingressar emjuizo na defesa de seus inte-3. possibilitar a composicdo, evitando, desse modo, a resses, conforme 0 estatuido no art. 23 2 da Carta.propositura de actio. VI - Expedir notificacbes nos procedimentos adminis-a inquerito civil e investigaciio administrativa a cargo trativosde sua competencia. requisitando informacoes e

    do Ministerio Publico, por meio do qual sdo promovidas documentos para instrui-los, naforma da lei complementardiligencias. sao requisitados documentos, informacoes, respectiva.exames e pericias, sdo expedidas notificaciies e tomados A Carta assegura ao Ministerio Publico a expediciiodepoimentos. Procedimento investigatorio ndo contradito- de notificaciies nos procedimentos administrativos de suario, por meio do inquerito civil, niio se decidem interesses competencia, podendo requisitar informacoes e documen-nem se aplicam sanciies, sendo dispensado seja existirem'''' tos que deem base aos procedimentos. Nos procedimentoselementos bastantespara apropositurada aciio. administrativos estdo incluidas as investigaciies voltadas

    Na area civel, a Carta niio deu privatividade a ini- a coleta de elementos de conviccdo, tanto na esfera civelciativa ministerial, visto que a legitimaciio do Ministerio quanta na criminal.Publico ndo impede a de terceiros, nas mesmas hipoteses. Notificacoes silo verdadeiras intimacoes por meio dasEnquanto 0patrimonio publico compreende bens e di- quais 0 Ministerio Publico faz saber que deseja ouvir al-reitos de valor econ/imico, artistico, estetico, historico ou guem em dia, hora e local indicados e, ruiohavendo 0 com-turistico, por patrimimio social entende-se todos os bens pareeimento, e cabivel a conductio coercitiva.materials e, principalmente, imateriais da coletividade Atuando em sua area de atribuiciies, 0Ministerio Pu-como um todo, como os interesses estritamente culturais, blico tera amplo poder de requisicdo, pouco importa sejatais como as dances e 0 cancioneiro popular. federal, estadual ou municipal a autoridade ou 0 6rgao

    Meio ambiente, nos termos de Lei n. 6.938, de 1981, e desttnatario da requisiciio.o conjunto de condicoes, leis, tnfiuencias e interaciies de Confere-se aos membros do Ministerio Publico acessoordem fisica, quimica e biologiea, que permite, abriga e incondicional a qualquer banco de dados de cardter publi-rege a vida em todas as suasformas. A defesa do meio am- co au relativo a service de natureza publica, semprejuizobiente esta amparada pelo principio da responsabilidade de sua responsabilidade civile criminal pelo usa indevidoobjetiva, sendo ate mesmo admitida a desconsideraciio da das informaciies e documentos. Autoridade alguma, nospessoa jurldica sempre que sua personalidade forobstdcu- termos do 2" do art. 8" da LC n. 75/1993, sob qualquer1 0 ao ressareimento de prejulzos causados a qualidade do pretexto, podera opor ao Ministerio Publico a exceciio demeio ambiente. sigilo, sem prejuizo da subsistencia do carater sigiloso daTanto interesses difusos como coletivos sao indivisi- informacdo, do registro, do dado ou do documento.veis, mas diferenciam-se pela origem: difusos supiiem titu- VII - Exercer 0 controle externo da atividade policial,lares lndeterminaveis, ligados por circunstdncia defato, ao naforma da lei complementar mencionada no artigo ante-passo que coletivos referem-se a grupo, categoria ou classe rior.depessoas ligadas pela mesma relacdo juridica bdsica. 0 aqui referido tem por objetivo criar um sistema de

    A Lei n. 7.347, de 24 dejulho de 1985, disciplina a acao fiscaiizaciio ou vigildncia, dirigido a melhor coleta dos ele-civil publica de responsabilidade por danos causados ao mentos de conviccdo, voltados para formar a opiniiio domeio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor membro do Ministerio Publico, destinatdrio final do inque-artistico, estetico; historico, turlstico epaisagistico. rito policial.

    Bertrand Oliveira

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    ~ -BCURSOSiEDiTOiAd) outros interesses individuais indisponiveis, homo-

    geneos, sociais, difusos e coletivos;VIII - promover outras acoes, nelas incIuido 0 man-

    dado de injuncao sempre que a falta de norma regulamen-tadora tome inviavel 0 exercicio dos direitos e liberdadesconstitucionais e das prerrogativas inerentes a nacionalida-de, a soberania e a cidadania, quando difusos os interessesa serem protegidos;IX - promover ayao visando ao cancelamento de na-turalizacao, em virtude de atividade nociva ao interessenacionaI;

    X - prom over a responsabilidade dos executores ouagentes do estado de defesa ou do est ado de sitio, peIos ili-citos cometidos no periodo de sua duracao;

    XI - defender judicialmente as direitos e interessesdas populacoes indigenas, incluidos os relativos as terraspor elas tradicionalmente habitadas, propondo as acoes ca-biveis;

    XII - prop or ayao civil coletiva para defesa de interes-ses individuais homogeneos;

    XIII-propor acoes de responsabilidade do fornecedorde produtos e services;XIV - prom over outras acees necessaries ao exerciciode suas funcoes institucionais, em defesa da ordemjuridica,do regime democratico e dos interesses sociais e individuaisindisponiveis, especialmente quanto:

    a) ao Estado de Direito e as instituicoes democraticas;b) a ordem economica e financeira;c) a ordem social;d) ao patrimonio cultural brasileiro;e) a manifestacao de pensamento, de criacao, de ex-

    pressao ou de informacao;f) a probidade administrativa;g) ao meio ambiente;XV - manifestar-se em qualquer fase dos processos,

    acolhendo solicitacao do juiz ou por sua iniciativa, quandoentender existente interesse em causa que justifique a inter-vencao;

    XVI - (Vetado)XVII - propor as ayoes cabiveis para:a) perda ou suspensao de direitos politicos, nos casos

    previstos na Constituicao Federal;b) declaracao de nulidade de atos ou contratos gerado-

    res do endividamento externo da Uniao, de suas autarquias,fundacoes e demais entidades controladas pelo Poder Publi-co Federal, ou com repercussao direta ou indireta em suasfinancas; .

    c) dissolucao compulsoria de associacoes, inclusive departidos politicos, nos casos previstos na Constituicao Fe-deral;

    d) cancelamento de concessao ou de permissao, noscasos previstos na Constituicao Federal;

    e) declaracao de nulidade de clausula contratual quecontrarie direito do consumidor;

    XVIII - representar;a) ao orgao judicial competente para quebra de sigi-

    10 da correspondencia e das cornunicacoes telegraficas, dedados e das comunicacoes telefonicas, para fins de investi-gacao criminal ou instrucao processual penal, bern comomanifestar-se sobre representacao a ele dirigida para osmesmos fins;

    Deve a controle ser exercido sabre:1 . as notlcias-crimes recebidas pela policia, que nem

    sempre sao consideradas e consequentemente in-vestigadas;2. a apuracdo de crimes em que estiio envolvidos as

    proprios integrantes da policia;3. as visitas as delegacias de policia;4. a instauracdo e a tramitaciio de inqueritos policiais.VIII - Requisitar diligencias investigatorias e instau-

    raciio de inquerito policial, indicados os fundamentos jurf-dicos de suas manifestaciies processuais.

    Cuida o aqui comentado de tres hipoteses distintas, asaber:

    1. a requisicdo de diligencias investigatorias (dpoliciaou a qualquer outra pessoa);

    2. a requisidio de instauraciio de inquerito policial aautoridade policial;

    3. a necessidade de fundamentar juridicamente todasas suas manifestaciies lancadas em processos.

    IX - Exercer outras funcnes que the forem corferidas,desde que compativeis com sua finalidade, sendo-lhe ve-dadas a representacdo judicial e a consultoria juridica deentidades publicas.ifirme a posicionamento constitucional no sentidode impedir que, ainda que seja por lei, venha 0 MinisterioPublico receber outras funcses ndo condizentes com a suanatureza, contrariando suas origens de defensor dos inte-resses sociais e individuais indisponiveis. Assim, 0 disposi-tivoveda ao Ministerio Publico a representacdo judicial e a "0consultoria jurldica de entidades publicas, sendo que, paratal finalidade, previu a Constituiciio, no ambito da Uniiio, acriacdo da Advocacia-Geral da Unido.

    CAPITULO IIDOS INSTRUMENTOS DE ATUA

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    - f i l lOBCURSOSEDITORAb) ao Congresso Nacional, visando ao exercicio das 1-notificar testemunhas e requisitar sua conducao co-

    competencias deste ou de qualquer de suas Casas ou co- ercitiva, no caso de ausencia injustificada;missces; II - requisitar informacoes, exames, pericias e docu-

    c) ao Tribunal de Contas da Uniao, visando ao exerci- mentos de autoridades da Administracao Publica direta oucio das competencies deste; indireta;

    d) ao orgao judicial competente, visando a aplicacao III - requisitar da Administracao Publica servicesde penalidade por infracoes cometidas contra as normas de temporaries de seus servidores e meios materiais necessa-protecao a infancia e a juventude, sem prejuizo da promo- rios para a realizacao de atividades especificas;yaOda responsabilidade civil e penal do infrator, quando IV - requisitar informacoes e documentos a entidadescabfvel; privadas;XIX - promover a responsabilidade: V - realizar inspecoes e diligencias investigatorias;

    a)da autoridade competente, pelo nao exercicio das in- VI - ter livre acesso a qualquer local publico ou pri-cumbencias, constitucional e legalmente impostas ao Poder vado, respeitadas as normas constitucionais pertinentes aPublico da Uniao, em defesa do meio ambiente, de sua pre- inviolabilidade do domicilio;servacao e de sua recuperacao; VII - expedir notificacoes e intimacoes necessarias

    b) de pessoas fisicas ou juridicas, em razao da pratica aos procedimentos e inqueritos que instaurar;de atividade lesiva ao meio ambiente, tendo em vista a apli- VIII - ter acesso incondicional a qualquer banco decacao de sancoes penais e a reparacao dos danos causados; dados de carater publico ou relativo a service de relevancia

    XX - expedir recomendacoes, visando a melhoria dos publica;services publicos e de relevancia publica, bern como ao res- IX - requisitar 0 auxilio de forca policial.peito, aos interesses, direitos e bens cuja defesa the cabe 10 membro do Ministerio Publico sera civil e cri-promover, fixando prazo razoavel para a adocao das provi- minalmente responsavel pelo uso indevido das informacoesdencias cabiveis. e documentos que requisitar; a ayao penal, na hipotese, po-

    10 Sera assegurada a participacao do Ministerio Pu- dent ser proposta tambem pelo ofendido, subsidiariamente,blico da Uniao, como instituicao observadora, na forma e na forma da lei processual penal.nas condicoes estabelecidas em ato do Procurador-Geral 2" Nenhuma autoridade podera opor ao Ministerioda Republica, em qualquer orgao da administracao publica Publico, sob qualquer pretexto, a excecao de sigilo, sem pre-direta, indireta ou fundacional da Uniao, que tenha atribui- juizo da subsistencia do carater sigiloso da informacao, doyoes correlatas as funcoes da Instituicao, registro, do dado ou do documento que lhe seja fornecido.

    2A lei assegurara a participacao do Ministerio P U - _ '0 3 A falta injustificada e 0 retardamento indevido doblico da Uniao nos orgaos colegiados estatais, federais ou cumprimento das requisicoes do Ministerio Publico impli-do Distrito Federal, constituidos para defesa de direitos e carao a responsabilidade de quem the der causa.interesses relacionados com as funcoes da Instituicao, 40 As correspondencias, notificacoes, requisicoes

    e intimacoes do Ministerio Publico quando tiverem comodestinatario 0 Presidente da Republica, 0 Vice-Presidenteda Republica, membro do Congresso Nacional, Ministro doSupremo Tribunal Federal, Ministro de Estado, Ministrode Tribunal Superior, Ministro do Tribunal de Contas daUniao ou chefe de missao diplomatic a de carater permanen-te serao encaminhadas e levadas a efeito pelo Procurador-Geral da Republica ou outro orgao doMinisterio Publico aquem essa atribuicao seja delegada, cabendo as autoridadesmencionadas fixar data, hora e local em que puderem serouvidas, se for 0 caso. 5As requisicoes do Ministerio Publico serao feitasfixando-se prazo razoavel de ate dez dias uteis para atendi-mento, prorrogavel mediante solicitacao justificada.

    ComentarfoEntre os instrumentos de atuaciio conferidos ao Mi-

    nisterio Publico, 0 dispositive relaciona a actio direta deinconstitucionalidade, faltou, porem, a aciio declaratoriade constitucionalidade, uma vez que 0projeto que originoua Lei Complementar n. 75 , de 1993, estava em tramitaciiono Congresso Nacional quando foi aprovada a EmendaConstitucional n. 3, de 1993, que cometeu ao MinisterioPublico, pelo Procurador-Geral da Republica, a iniciativada aciio dec/aratoria de constitucionalidade.

    Art. 7Incumbe aoMinisterio Publico da Uniao, sem-pre que necessario ao exercicio de suas funcdes institucio-nais:

    1-instaurar inquerito civil e outros procedimentos ad-ministrativos correlatos;II - requisitar diligencias investigatorias e a instaura-'(ao de inquerito policial e de inquerito policial militar, po-

    dendo acompanha-los e apresentar provas;III - requisitar a autoridade competente a instauracao

    de procedimentos administrativos, ressalvados os de natu-reza disciplinar, podendo acompanha-los e produzir provas.Art. 80 Para 0 exercicio de suas atribuicoes, 0Minis-terio Publico da Uniao podera, nos procedimentos de suacompetencia:8

    CAPiTULO IIIDO CONTROLE EXTERNO DA

    ATIVIDADE POLICIALArt. 90 Ministerio Publico da Uniao exercera 0 con-trole externo da atividade policial por meio de medidas ju-diciais e extrajudiciais podendo:I - ter livre ingresso em estabelecimentos policiais ou

    prisionais;II - ter acesso a quaisquer documentos relativos a ati-vidade-fim policial;

    Bertrand Oliveira

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    ~ . .BCURSOS"EDITORA

    20 Sempre que 0 titular do direito lesado nao puderconstituir advogado e a acao cabivel nao incumbir ao Mi-nisterio Publico, 0 caso, com os elementos colhidos, seraencaminhado it Defensoria Publica competente.

    Art. 16. A lei regulara os procedimentos da atuacaodo Ministerio Publico na defesa dos direitos constitucionaisdo cidadao,

    As garantias (vitaliciedade, inamovibilidade e irredu-tibilidade de subsidios) estdo referidas no Texto Maior (art.128, 5~inciso L a, b e c).

    Vitaliciedade - em decorrencia da vitaliciedade, ad-quirida apos do is anos de exercicio, os membros do Minis-terio Publico ndo podem perder 0 cargo, a niio ser median-te sentenca judicial transitada em julgado. Logo, a partir

    Art. 11. A defesa dos direitos constitucionais do cida- da Constituicdo de 1988, niio mais se admite a perda dodao visa it garantia do seu efetivo respeito pelos Poderes PU- '-. carg~ = mernb~o vitalicio em .decorrencia de mera decisiioblicos e pelos prestadores de services de relevancia publica. administrativa mterna corpons.A perda administrativa do cargo, no ambito do Minis-

    terio Publico, jicou reservada aos membros da Instituiciio-que-ainda ndo tenham adquirido a vitaliciedade, ou seja,para os que estejam cumprindo 0 estagio probatorio.

    Inamovibilidade - uma vez titular do respectivo car-go, os membros do Ministerio Publico somente poderdo ser-removidos por iniciativa propria, nunca ex officio de-qual-quer outra autoridade, salvo em uma excecdo: por motive,de interesse publico, mediante decisdo do orgiio colegiadocompetente do Ministerio Publico, pelo voto da maioria ab-soluta de seus membros, assegurada ampla defesa. Regis- .tre-se, no caso, que a redaciio do art. 128 5~ inciso L b da ,Constituiciio, dada pela Emenda Constitucional n. 45 , de2004, faz referencia a maioria absoluta e nap mais a doistercos. No caso do Ministerio Publico da Unido, 0 orgiiocolegiado competente e 0 Conselho Superior do respectivoramo, conforme 0 art. 21 1 da IC n. 7511993.Irredutibiltdade de subsidios - a EC n. 1911998 inovouao instituir 0 sistema de subsldio para remunerar os mem-bros do Ministerio Publico. Na sistematica atual, subsidioe a remuneracdo exclusiva.fixada em parce/a unica, veda-do a acrescimo de qualquer gratificacdo, adicional, abo no,verba de representacdo ou de qualquer outra especie remu-neratoria, obedecido, .em qualquer caso, 0 disposto no art.37, X eXL da Constitutcao.

    III - representar it . autoridade competente pela adocaode providencias para sanar a omissao indevida, ou para pre-venir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder;

    IV - requisitar a autoridade competente para instau-ra(,:ao de inquerito policial sobre a omissao ou fato ilicitoocorrido no exercfcio da atividade policial;

    V - promover a a(,:aopenal por abuso de poder.Cementarloo controle externo da atividade policial, referido no

    art. 129, inciso VIL da Carta Maior, e aqui novamente ci-tado, para destacar as meios de atuacdo do Ministerio PU-blico de Unido.o legislador ndo buscou estabelecer hierarquia oudisciplina administrativa pela submissiio da autoridadepolicial do Ministerio Publico da Unido, mas umaforma decorreiciio sabre a atividade policial.

    Os meios aqui tratados tem por objetivo atingir os j insda instituicdo, controlar a atividade policial, entre outros.

    Art. 10. A prisao de qualquer pessoa, por parte de auto-ridade federal ou do Distrito Federal e Territories, devera sercomunicada irnediatamente ao Ministerio Publico compe-tente, com indicacao do lugar onde se encontra 0 preso e co-pia dos documentos comprobatorios da legalidade da prislio.

    CAPITULO IVDA DEFESA DOS D1REITOS CONSTITUCIONAIS

    Comentarjoopresente artigo esta em sintonia com 0 estabelectdo:no art. 2~ vez que 0 Parquet tem 0 papel de defensor dopovo perante a Administraciio Publica.

    Art. 12. 0 Procurador dos Direitos do Cidadao agirade offcio ou mediante representacao, notificando a autori-dade questionada para que preste informacao, no prazo queassiaar,

    Art. 13. Recebidas ou nao as informacoes e instruidoo caso, se 0 Procurador dos Direitos do Cidadao concluirque direitos constitucionais foram ou estao sendo desres-peitados, d,ev.era notificar 0 responsavel para que tome asprovidencias necessaries a prevenir a repeticao ou que de-termine a cessacao do desrespeito verificado.

    Art. 14. Nao atendida, no prazo devido, a notificacaoprevista no antigo anterior, a Procuradoria dos Direitos doCidadao representara ao poder ou autoridade competentepara promover a responsabilidade pela acao ou omissao in-constitucionais.

    Art. 1'S. E vedado aos orgaos de defesa dos direitosconstitucionais do cidadao promover em juizo a defesa dedireitos individuais lesados.

    10Quando a legitimidade para a a(,:ao decorrente dainobservancia da Constituicao Federal, verificada pela Pro-curadoria, couber a outro orgao do Ministerio Publico, oselementos de i~f@rrna:ylio ser-lhe-ao remetidos.

    CAPITULO VDAS GARANTIAS E DAS PRERROGATIVASArt. 17. Os membros do Ministerio Publico da Uniao

    - gozam das seguintes garantias:I - vitaliciedade, apos dois anos de efetivo exercicio,

    nao podendo perder 0 cargo senao por sentenca judicialtransitada emjulgado;

    II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pu-blico, mediante decisao do Conselho Superior, por voto dedois tercos de seus membros, asseguradaampla defesa;

    III- (Vetado)Comentarfo

    IArt. 18. Sao prerrogativas dos membros do MinisterioPublico da Uniao:

    L e g is t a c a o A plicad. ao M P U 9

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    _ , .OBCURSOS'iDITORAI-nstitucionais:

    ComentarloPrerrogativas sao distinciies ou vantagens que se li-

    gam ao cargo; garantias sao de pessoas, do orgiio, doofi-cio ou da instituiciio e destinam-se a assegurar 0 exerciciodas funcbes.

    10

    Assim como nem toda garantia e prerrogativa, nemtoda prerrogativa e garantia. Por exemplo, 0 direito deusar vestes talares ou insignias privativas, 0 de tomar as-sento it direita dos magistrados, 0 de entender-se direta-mente como as autoridades.

    Tem foro por prerrogativa de atribuiciies os membrosdo Ministerio Publico, competindo:

    1. ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar,originariamente, nas infracbes comuns, 0 Procu-rador- Geral da Republica;

    2. ao Senado Federal, julgar 0 Procurador-Geral daRepublica nos crimes de responsabiltdade;

    3. ao Superior Tribunal de Justica, processar e julgar,originariamente, os membros do Ministerio Publicoda Unido que ojiciem perante tribunais;

    4. aos Tribunais Regionais Federais, processar ejulgar, originariamente, os membros do MinisterioPublico da Unido, ressalvada a competencia daJustica Eleitoral.

    ComentartoAs garantias dos membros do Ministerio Publico da

    Unido estdo referidas no art. 17 e as prerrogativas estdoreferidas no art. 18 da presente Lei Complementar.

    CAPiTULO VIDA AUTONOMIA DO MINISTERIO PUBLICOArt. 22. Ao Ministerio Publico da Uniao e assegurada

    autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe:

    I - prop or ao Poder Legislativo a criacao e extincao deseus cargos e services auxiliares, bem como a fixacao dosvencimentos de seus membros e servidores;

    II - prover os cargos de suas carreiras e dos servicesauxiliares;

    III - organizar os services auxiliares;IV - praticar atos pr6prios de gestae,Art. 23. 0 Ministerio Publico da Uniao elaborara sua

    proposta orcamentaria dentro dos limites da lei de diretri-zes orcamentarias,

    10Os recursos correspondentes a s suas dotacoes or-camentarias, compreendidos os creditossuplementares eespeciais , ser-lhe-ao entregues ate 0 dia vinte de cada mes,

    a) sentar-se no mesmo plano e imediatamente it direitados juizes singulares ou presidentes dos orgaos judiciariesper ante os quais oficiem;

    b) usar vestes talares;c) ter ingresso e transite livres, em razao de servico,

    em qualquer recinto publico ou privado, respeitada a garan-tia constitucional da inviolabilidade do domicilio;

    d) a prioridade em qualquer service de transporte oucomunicacao, publico ou privado, no territ6rio nacional,quando em service de carater urgente;

    e) 0porte de arma, independentemente de autorizacao;f) carteira de identidade especial, de acordo com mo-

    delo aprovado pelo Procurador-Geral da Republica e por eleexpedida, nela se consignando as prerrogativas constantesdo inciso I, alineas c, dee do inciso II, alineas d, e ef,desteartigo;II - processuais:

    a) do Procurador-Geral da Republica, ser processado ejulgado, nos crimes comuns, pelo Supremo Tribunal Fede-ral e pelo Senado Federal, nos crimes de responsabilidade;

    b) do membro do Ministerio Publico da Uniao que ofi- Art. 19. 0 Procurador-Geral da Republica tera as mes-cie perante tribunais, ser processado e julgado, nos crimes mas honras e tratamento dos Ministros do Supremo Tri-comuns e de responsabilidade, pelo Superior Tribunal de bunal Federal; e os demais membros da instituicao, as queJustica; forem reservadas aos magistrados perante os quais oficiem.

    c) do membra do Ministerio Publico da Uniao que ofi- Art. 20. Os 6rgaos do Ministerio Publico da Uniao te-cie perante juizos de primeira instancia, ser processado e rao presenca e palavra asseguradas em todas as sessoes dosjulgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos colegiados em que oficiem.Tribunais Regionais Federais, ressalvada a competencia da Art. 21. As garantias e prerrogativas dos membros doJustica Eleitoral; Ministerio Publico da Uniao sao inerentes ao exercicio de

    d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do'. suas funcoes e irrenunciaveis,tribunal competente ou em razao de flagrante de crime ina- Paragrafo unico, As garantias e prerrogativas previstasfiancavel, caso em que a autoridade fara imediata comuni- nesta Lei Complementar nao exc1uem as que sejam estabe-cacso aquele tribunal e ao Procurador-Geral da Republica, lecidas em outras leis.sob pena de responsabilidade;

    e) ser recolhido it prisao especial ou a sala especial deEstado-Maior, com direito a privacidade e a disposicao dotribunal competente para 0 julgamento, quando sujeito aprisao antes da decisao final; e a dependencia separada noestabelecimento em que tiver de ser cumprida a pena;

    f) nao ser indiciado em inquerito policial, observado 0disposto no paragrafo unico deste artigo;

    g) ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e localpreviamente ajustados com 0 magistrado ou a autoridadecompetente;

    h) receber intimacao pessoalmente nos autos em qual-querprocessoe grau de jurisdicao nos feitos em que tiverque oficiar.

    Paragrafo unico. Quando, no curso de investigacao,houver indicio da pratica de infracao penal por membro doMinisterio Publico da Uniao, aautoridade policial, civil oumilitar, remetera imediatamente os autos ao Procurador-Geral da Republica, que designara membro do MinisterioPublico para prosseguimento da apuracao do fato.

    Bertrand Oliveira

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    ~ -BCURSOSEDITORA

    Nos mesmos moldes, estatui a LC n. 7511993, em seuart. 23, caput, fazendo referencia expressa ao MinisterioPublico da Unido.

    Autonomia financeira e a capacidade de elaboraciioda pro posta orcamentaria e de gestiio e aplicacdo dosrecurs os destin ados a prover as atividades e services doorgiio titular da dotactio. Essa autonomia pressupbe aexistencia de dotaciies que possam ser livremente adminis-tradas, aplicadas e remanejadas pela unidade orcamenta-ria a que foram destinadas.o Ministerio Publico, assim como 0 Judiciario, niiopossui recursos financeiros proprios. Mas, na elaboraciioda proposta orcamentaria global, esses orgaos tem a ini-ciativa exclusiva de determinarem as recursos necessdriosa atender as proprias despesas, que sdo formuladas combase em criterios e prioridades par eles proprios estabele-cidos. 0Executivo, incumbido de compor aprojeto final deorcamento, estd constitucionalmente obrigado a respeitaressas propostas parciais exclusivas, dentro dos limites ge-rais fixados pela lei de diretrizes orcamentdrias, segundodetermina a Constituiciio.A autonomia financeira do Ministerio Publico daUnido ndo 0 dispensa de suportar a natural controle ex-terno do Congresso Nacional, exercido com 0 auxilio doTribunal de Contas da Unido.

    2 A fiscalizacao contabil, financeira, orcamentaria,operacional e patrimonial do Ministerio Publico da Uniaosera exercida pelo Congresso Nacional, mediante controleexterno, com 0 auxilio do Tribunal de Contas da Uniao,segundo 0 disposto no Titulo IV, Capitulo I, Secao IX, daConstituicao Federal, e por sistema proprio de controle in-terno.

    3 As contas referentes ao exercicio anterior seraoprestadas, anualmente, dentro de sessenta dias da aberturada sessao legislativa do Congresso Nacional.

    ComentarloA Constituicdo conferiu autonomia ao Ministerio PU-

    blico (autogestlio funcional e administrativa).o 2" do art. 127 da Carta de 1988 dispoe que aoMinisterio Publico e assegurada autonomia funcional e ad-ministrativa, podendo, observado 0 disposto no art. 169,propor ao Poder Legislativo a criaciio e extinciio de seuscargos e services auxiliares, provendo-os por concurso pu-blico de provas e de provas e tltulos, apolitica rem unerato-ria e os pianos de carreira.Alem desse dispositivo, 0 art. 85, 11, da Constituiciioatribui crime de responsabilidade ao Presidente da Repu-blica par atos que atentem contra a livre exercicio do Mi-nisterio Publico.

    Por seu turno, a LC n. 7511993 estabelece, em seu art.22, que ao Ministerio Publico da Unido e assegurada auto-nomia funcional, administrativa efinance ira, cabendo-lhe:

    1. propor ao Poder Legislativo a criaciio e extinciiode seus cargos e servicos auxiliares, bem comoa fixacdo dos vencimentos de seus membros"G(subsidios) e servidores;

    2. prover os cargos de suas carreiras e dos servicesauxiliares;3. organizar os services auxiliares;

    4. praticar atos proprios de gestiio.A autonomia Juncional diz respeito ao Ministerio PU-

    blico enquanto Instituicdo, e a independencia funcional euma garantia conferida a cada um de seus membros en-quanta agentes politicos.

    Ja a autonomia administrativa significa direcdo pro-pria daquilo que e proprio. Segundo Hely Lopes Meirelles,em parecer publicado na Revista Justitia, n. 123, e a fa-culdade de gestlio dos negocios da entidade ou do orgfio,segundo as normas legais que a regem, editadas pela enti-dade estatal competente. Niio se confunde com autonomiapolltica, que e a prerrogativa de editar suas proprias nor-mas e aplica-las na sua organizacdo e nas suas atividades,segundo os preceitos constitucionais e as leis superioresque instituem a entidade e delimitam a sua atuaciio. Porisso mesmo, a autonomia politica so e concedida as enti-dades estatais - Unido, Estados, DF e Municipios -, aopasso que a autonomia administrativa pode ser atribuidaa qualquerorgdo ou entidade que, em raziio de seus ob-jetivos, deva gerir com mats liberdade os seus negocios,ficando apenas vinculado (niio subordinado) ao Poder queo instituiu.

    A Constituiciio, no 3 do art. 127, dispbe que 0Minis-terio Publico elaborara sua pro posta orcamentdria dentrodos limites estabelecidos na lei de diretrizes orcamentdrias.

    CAPiTULO VIIDA ESTRUTURAArt .24. 0 Ministerio Publico da Uniao compreende:I - 0Ministerio Publico Federal;11- 0Ministerio Publico do Trabalho;III - 0Ministerio Publico Militar;IV - 0 Ministerio Publico do Distrito Federal e Terri-

    torios.Paragrafo unico, A estrutura basica do Ministerio PU-blico da Uniao sera organizada por regulamento, nos ter-mos da lei.

    ComentartoA'Constituicdo, em seu art. 128, estabelece que 0Mi-

    nisterio Publico abrange:1 - 0 Ministerio Publico da Uniiio, que compreende 0

    Ministerio Publico Federal, 0Ministerio Publico do Traba-lho, 0 Ministerio Publico Militar e 0Ministerio Publico doDistrito Federal e Territories;

    11- as Ministerios Publicos dos Estados.Cabe observar que ndo hG neste elenco 0 Ministerio

    Publico dos Tribunais de Contas, isto porque 0 art. 13 0 daConstituiciio Federal concebeu a Ministerio Publico juntoaos Tribunais de Contas como um orgiio especial e distintodo Ministerio Publico comum.

    cAPiTULovmDO PROCURADOR-GERAL DAREPUBLICAArt. 25. 0 Procurador-Geral da Republica e 0 chefe do

    Ministerio Publico da Uniao, nomeado pelo Presidente daRepublica dentre integrantes da carreira, maiores de trintae cinco anos, permitida a reconducao precedida de nova de-cisao do Senado Federal.

    11Legisla~ao Aplicada a o MPU

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    I f _OBCURSOSEiiiTORA

    Paragrafo unico, A exoneracao, de oficio, do Procu-rador-Geral da Republica, por iniciativa do Presidente daRepublica, devera ser precedida de autorizacao da maioriaabsoluta do Senado Federal, em votacao secreta.

    Art. 27. 0 Procurador-Geralda Republica designata,dentre os integrantes da carreira, maiores de trinta e cincoanos, 0 Vice-Procurador-Geral da Republica, que 0 substi-tuira em seus impedimentos. No caso de vacancia, exercerao cargo 0Vice-Presidente do Conselho Superior do Minis-

    Art. 26. Sao atribuicoes do Procurador-Geral da Re- "0 terio Publico Federal, ate 0 provimento definitivo do cargo.publica, como Chefe doMinisterio Publico da Uniao:I - representar a instituicao;II - propor ao Poder Legislativo os projetos de lei sobreo Ministerio Publico da Uniao;III - apresentar a proposta de orcamento do MinisterioPublico da Uniao, compatibilizando os anteprojetos dos di-ferentes ramos da Instituicao, na forma da lei de diretrizesorcamentarias;IV - nomear e dar posse ao Vice-Procurador-Geralda Republica, ao Procurador-Geral do Trabalho, ao Procu-rador-Geral da Justica Militar, bern como dar posse ao Pro-curador-Geral de Justica do Distrito Federal e Territories;V - encaminhar ao Presidente da Republica a listatriplice para nomeacao do Procurador-Geral de Justica doDistrito Federal e Territories;VI - encaminhar aos respectivos Presidentes as listassextuplas para composicao dos Tribunais Regionais Fede-rais, do Tribunal de Justica do Distrito Federal e Territories,do Superior Tribunal de Justica, do Tribunal Superior doTrabalho e dos Tribunais Regionais do Trabalho;VII - dirimir contlitos de atribuicao entre integrantes .de ramos diferentes doMinisterio Publico da Uniao;VIII - praticar atos de gestae administrativa, finance i-ra e de pessoal;IX - prover e desprover os cargos das carreiras do Mi-nisterio Publico da Uniao e de seus services auxiliares;X - arbitrar 0 valor das vantagens devidas aos mem-bros do Ministerio Publico da Uniao, nos casos previstosnesta Lei Complementar;

    Comentartoo chefe do Ministerio Publico da Unido e 0Procura-dor-Geral da Republica, nos moldes do art. 128, ]V daCarta Maior.Com 0 advento da Constituiciio de 1988, 0 Procura-dor-Geral da Republica, pela primeira vez, passou a sernecessariamente um dos integrantes de carreira, devendoser 0 nome aprovado pelo Senado Federal, por voto secre-ta, apos arguicdo publica.o Procurador-Geral da Republica tem uma forma deinvestidura por tempo certo, dita mandato, e apossibilidadede ser reconduzido ndo e limitada, sendo que para cadareconduciio repete-se 0 processo de primeira investidura,inclusive com arguicdo do Senado Federal.A destituiciio cabe ao Presidente da Republica, aposaprovaciio de maioria absoluta do Senado Federal, nos ter-mos do art. 52, inciso XI, da Carta Maior. 0 Senado niiodestitui, apenas autoriza que 0 Presidente da Republicadestitua.Nesse ponto, na o ha total simetria com os MinisteriosPublicos dos Estados e do Distrito Federal e Territories,ja que nestes 0 Poder Legislativo niio autoriza, mas simdestitui 0Procurador-Geral de Justica, tal qual 0 art. 128,4da Carta.

    12

    XI - fixar 0 valor das bolsas devidas aos estagiarios;XII - exercer outras atribuicoes previstas em lei;XIII - exercer 0 poder regulamentar, no ambito do

    Ministerio Publico da Uniao, ressalvadas as competenciasestabelecidas nesta Lei Complementar para outros orgaosnela instituidos,

    10 0 Procurador-Geral da Republica podera delegaraos Procuradores-Gerais as atribuicoes previstas nos inci-sos VII e VIII deste artigo.2 A delegacao tambem podera ser feita ao Diretor-Geral da Secretaria do Ministerio Publico da Uniao paraa pratica de atos de gestae administrativa, financeira e depessoal, estes apenas em relacao aos servidores e servicesauxiliares.

    ComeutarloCabe observar que cabe ao Procurador-Geral da Re-

    publica dar posse e niio nomear 0 Procurador-Geral deJustica, chefe do MPDFT, bem como cabe aa PGR enca-minhar ao Presidente da Republica a !ista triplice elabora-dapelo Colegio de Procuradores e Promotores de Justicapara fins de escolha e nomeaciio do Procurador-Geral deJustica do Distrito Federal e Territorios.

    ComentarioConforme o.art. 6 7, inciso 1 , cabem aos Subprocura-

    dares-Gerais da Republica, privativamente, asfum;oes deVice-Procurador-Geral da Republica.

    CAPITULO IXDO CONSELHO DE ASSESSORAMENTO

    SUPERIOR DOMINISTERIO PUBLICO DA UNrAOArt. 28. 0 Conselho de Assessoramento Superiordo Ministerio Publico da Uniao, sob a presidencia do

    Procurador-Geral da Republica sent integrado pelo Vice-Procurador-Geral da Republica, pelo Procurador-Geral doTrabaIho, pelo Procurador-Geral da Justica Militar e peloProcurador-Geral de Justica do Distrito Federal e Territo-rios.

    Art. 29 . As reunioes do Conselho de AssessoramentoSuperior do Ministerio Publico da Uniao serao convocadaspelo Procurador-Geral da Republica, podendo solicita-lasqualquer de seus membros.

    Art. 30. 0 Conselho de Assessoramento Superior doMinisterio Publico da Uniao devera opinar sobre as mate-rias de interesse geral da Instituicao, e em especial sobre:

    I - projetos de lei de interesse comum do MinisterioPublico da Uniao, neles incluidos:a)os que visem a alterar normas gerais da Lei Organica

    do Ministerio Publico da Uniao;

    B e r t r a n d Oliveira

  • 5/12/2018 Legislao Aplicada ao MPU Comentada

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    ~ . .BCURSOSiEDITORAAs "carreiras" dos membros dos diferentes ramos do

    Ministerio Publico da Unido (Ministerio Publico Federal,Ministerio Publico do Trabalho, Ministerio Publico Militare Ministerio Publico do Distrito Federal e Territories) siloindependentes entre si. Desse modo, para ser membro doMinisterio Publico Federal, 0 concurso a ser enfrentadoe para 0Ministerio Publico Federal, para ser membro doMinisterio Publico do Trabalho, 0concurso e para 0Minis-terio Publico do Trabalho, e assim por diante, sendo quea Comissao de Concurso sera integrada pelo respectivoProcurador-Geral, seu Presidente, por dois membros dorespectivo ramo do Ministerio Publico da Uniiio, por umjurista de reputacdo ilibada, indicados pelo Conselho Su-perior, epor um advogado indicado pelo Conselho Federalda Ordem dos Advogados do Brasil.o estagio probatorio e 0periodo de dois anos de efe-tivo exerclcio na carreira, ocasido em que os membros doMinisterio Publico da Unido somente poderiio perder 0cargo mediante decisiio da maioria absoluta do respectivoConselho Superior.

    ComentarleLei Orgdnica do Ministerio Publico daf!JniCioe aLC n.75,de 1993, aqui estudada.b) a proposta de orcamento do Ministerio Publico da

    Uniao;c) os que proponham a fixayao dos vencimentos nas

    carreiras enos services auxiliares;II-a organizacao e 0 funcionamento da Diretoria-Geral e dos Services da Secretaria do Ministerio Publicoda Uniao.ComentarloA Secretaria do Ministerio Publico da Unido e dirigi-dapelo seu Diretor-Geral de livre escolha do Procurador-Geral da Republica e demissivel ad nutum, incumbindo-lheos servicos auxiliares de apoio tecnico e administrativo iiInstituiciio, conforme 0 art. 35.

    Art. 31. 0 Conselho de Assessoramento Superior po-dera prop or aos Conselhos Superiores dos diferentes ramosdo Ministerio Publico da Uniao medidas para uniformizaros atos decorrentes de seu poder normativo.

    Comentar]oCada um dos quatro ramos do Ministerio Publica daUnido possui seu proprio Conselho Superior (arts. 54, 95,128 e 163).

    CAPITULO XDAS CARREIRASArt. 32. As carreiras dos diferentes ramos do Ministe- '"

    rio Publico da Uniao sao independentes entre si, tendo cadauma delas organizacao propria, na forma desta lei comple-mentar.

    ComentarfnAs carreiras dos quatro ramos do Ministerio Publicoda Uniiio estdo apresentadas nos arts. 44, 86, 119 e 154 dapresente Lei Complementar.

    Art. 33. As funcoes do Ministerio Publico da Uniao sopodem ser exercidas por integrantes da respectiva carreira,que deverao residir onde estiverem lotados.

    ComentarloCabe aqui deixar registrado que a Texto Constitucio-nal estabelece que asfuncoes do Ministerio Publico sopo-dem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverdoresidir na comarca da respectiva lotacdo, salvo autoriza-r;Ciodo chefe da instituicao.tart. 129, 2")

    Art. 34. A lei estabelecera 0 numero de cargos das car-reiras do Ministerio Publico da Uniao e os oficios em queserao, exercidas suas funcoes.

    ComentartoOs membros do Ministerio Publico da Unido ingres-sam na carreirapor concurso publico de provas e titulos,assegurada a participacdo da Ordem dos Advogados doBrasil em sua realizacao, observada, nas nomeacoes, a or-dem de classificacdo.

    CAPITULO XIDOSSERVICOS AUXILIARES

    Art. 35. A Secretaria do Ministerio Publico da Uniaoe dirigida pelo seu Diretor-GeraI de livre escolha do Procu-rador-Geral da Republica e demissivel ad nutum, incumbin-do-Ihe os services auxiliares de apoio tecnico e administra-tivo 11Instituicao,

    Art. 36. 0 pessoal dos services auxiliares sera organi-zado em quadro proprio de carreira, sob regime estatutario,para apoio tecnico-administrativo adequado a s atividadesespecfficas da Instituicao,

    CementarloA Carreira deApoio Tecnico-Admintstrativo do Minis-

    terio Publico da Uniaofoi criada pela Lei n. 8.428, de 29de maio de 1992, regulamentada pela Lei n. 8.628, de 19 defevereiro de 1993, alterada pela Lei n. 8.972, de 29 de de-zembro de 1994, pela Lei n. 9.953, de 4 dejaneiro de 2000,epela Lei n. 10.476, de 27 dejunho de 2002.

    TiTULO IIDOS RAMOS DO MINISTERIO

    PUBLICO DAUNIAOComentar]oopresente Titulo II estd dividido em quatro Capliulos,

    umpara cada um dos ramos elencados no art. 24.CAPITULO I

    DO MINISTERIO PUBLICO FEDERALSe~ao IDa Competencla, dos Orgaos e da Carreira

    Art. 37. 0 Ministerio Publico Federal exercera as suasfuncoes:

    13L e g is L a c a o A p l L c a d e ao M PU

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    ~ . .BCURSOSE 1 i i T O R AI - nas causas de competencia do Supremo TribunalFederal, do Superior Tribunal de Justica, dos Tribunais Re-

    gionais Federais e dos Juizes Federais, e dos Tribunais eJuizes Eleitorais;II-nas causas de competencia de quaisquer juizes e

    tribunais, para defesa de direitos e interesses dos indios edas populacoes indigenas, do meio ambiente, de bens e di-reitos de valor artistico, estetico, historico, turistico e paisa-gistico, integrantes do patrimonio nacional;III - (Vetado)Paragrafo unico, 0 Ministerio Publico Federal sentparte legitima para interpor recurso extraordinario das de-

    cisoes da Justica dos Estados nas representacoes de incons-titucionalidade.Art. 38. Sao funcoes institucionais do Ministerio Pu-blico Federal as previstas nos Capitulos I, II, III e IV doTitulo I, incumbindo-lhe, especialmente:

    1-instaurar inquerito civil e outros procedimentos ad-ministrativos correlatos;II - requisitar diligencias investigatorias e instauracaode inquerito policial, podendo acompanha-los e apresentarprovas;

    III- requisitar a autoridade competente a instauracaode procedimentos administrativos, ressalvados os de natu-reza disciplinar, podendo acompanha-los e produzir provas;IV - exercer 0 controle externo da atividade das poli-cias federais, na forma do art. 9" ;V - participar dos Conselhos Penitenciarios;VI - integrar os orgaos colegiados previstos no 2do art. 6" , quando componentes da estrutura administrativada Uniao, '.VII - fiscalizar a execucao da pena, nos processos decompetencia da Justica Federal e da Justica Eleitoral.Art. 39. Cabe aoMinisterio Publico Federal exercer adefesa dos direitos constitucionais do cidadao, sempre quese cuidar de garantir-Ihes 0 respeito:

    1-pelos Poderes Publicos Federais;11- pelos orgaos da administracao publica federal di-reta ou indireta;III-pelos concessionarios e permissionarios de servi-co publico federal;IV - por entidades que exercam outra funcao delegadada Uniao.Art. 40. 0 Procurador-Geral da Republica designata,dentre os Subprocuradores-Gerais da Republica e medianteprevia aprovacao do nome pelo Conselho Superior, 0 Procu-rador Federal dos Direitos do Cidadao, para exercer as fun-

    r,:oesdo oficio pelo prazo de dois anos, permitida uma re-conducao, precedida de nova decisao do Conselho Superior. 1"Sempre que possivel, 0 Procurador nao acumularao exercicio de suas funcoes com outras do Ministerio Pu-blico Federal.2 0 Procurador somente sera dispensado, antes dotermo de sua investidura, por iniciativa do Procurador-Ge-ral da Republica, anuindo a maioria absoluta do ConselhoSuperior.Art. 41. Em cada Estado e no Distrito Federal sera de-signado, na forma do art. 49, III, orgao doMinisterio Publi-co Federal para exercer as funcoesdo offciode ProcuradorRegional dos Direitos do Cidadao,

    14 B e r t r a n d Oliveira

    Paragrafo unico, 0 Procurador Federal dos Direitos doCidadao expedira instrucces para 0 exercicio das funcoesdos oflcios de Procurador dos Direitos do Cidadao, respei-tado 0 principio da independencia funcionaL

    Art. 42. A execucao da medida prevista no art. 14 in-cumbe ao Procurador Federal dos Direitos do Cidadao,

    Art. 43. Sao orgaos do Ministerio Publico Federal:I - 0 Procurador-Geral da Republica;II - 0Colegio de Procuradores da Republica;III - 0 Conselho Superior do Ministerio Publico Fe-

    deral;IV - as Cdmaras de Coordenacao e Revisao do Minis-

    terio Publico Federal;V - a Corregedoria doMinisterio Publico Federal;VI - os Subprocuradores-Gerais da Republica;VII - os Procuradores Regionais da Republica;VIII - os Procuradores da Republica.Paragrafo unico, As Camaras de Coordenacao e Re-

    visao poderao funcionar isoladas ou reunidas, integrandoConselho Institucional, conforme dispuser 0 seu regimento.Art. 44. A carreira do Ministerio Publico Federal econstituida pelos cargos de Subprocurador-Geral da Repu-blica, Procurador Regional da Republica e Procurador daRepublica.

    Paragrafo unico, 0 cargo inicial da carreira e 0 de Pro-curador da Republica e 0 do ultimo nivel 0 de Subprocura-dor-Geral da Republica.

    Se'r3.oIIDa Chefia do Ministerio Publico FederalArt. 45. 0 Procurador-Geral da Republica e 0 Chefe

    do Ministerio Publico Federal.Art. 46. Incumbe ao Procurador-Geral da Republicaexercer as funcoes do Ministerio Publico junto ao Supremo

    Tribunal Federal, manifestando-se previamente em todosos processos de sua cornpetencia.

    Paragrafo unico. 0 Procurador-Geral da Republicapropora perante 0 Supremo Tribunal Federal:

    I - a ar,:aodireta de inconstitucionalidade de lei ou atenormativo federal ou estadual e 0 respectivo pedido de me-dida cautelar;

    II - a representacao para intervencao federal nos Esta-dos.e no Distrito Federal, nas hipoteses do art. 34, VII, daConstituicao Federal;

    III - as acoes civeis e penais cabiveis.Art. 47. 0 Procurador-Geral da Republica designaraos Subprocuradores-Gerais da Republica que exercerao,

    por delegacao, suas funcoes junto aos diferentes orgaos ju-risdicionais do Supremo Tribunal Federal. 1"As funcoes do Ministerio Publico Federal juntoaos Tribunais Superiores da Uniao, perante os quais lhe

    compete atuar, somente poderao ser exercidas por titular docargo de Subprocurador-Geral da Republica.

    2 Em caso de vaga ou afastamento de Subprocura-dor-Geral da Republica, por prazo superior a trinta dias, po-dera ser convocado Procurador Regional da Republica parasubstituicao, pelo voto da maioria do Conselho Superior.

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    ~OBCURSOSEDITORA

    3" 0 Procurador Regional da Republica convocado a) funcionar nos orgaos em que a participacao da Ins-recebera a diferenca de vencimento correspondente ao car- tituicao seja legalmente prevista, ouvido 0 Conselho Supe-go de Subprocurador-Geral da Republica, inclusive diarias rior;e transporte, se for 0 caso. b) integrar comissoes tecnicas ou cientfficas, relaciona-

    Art. 48. Incumbe ao Procurador-Geral da Republica das as funcoes da Instituicao, ouvido 0 Conselho Superior;prop or perante 0 Superior Tribunal de Justica: c) assegurar a continuidade dos services, em caso de

    I - a representacao para intervencao federal nos Esta- vacancia, afastamento temporario, ausencia, impedimentodos e no Distrito Federal, no caso de recusa it execucao de ou suspensao do titular, na inexistencia ou falta do substi-lei federal; tuto designado;

    II - a aeao penal, nos casos previstos no art. 105, I, a, d) funcionar perante juizos que nao os previstos no in-da Constituicao Federal. ciso I, do art. 37, desta lei complementar;

    Paragrafo unico, A competencia prevista neste artigo e) acompanhar procedimentos administrativos e in-podera ser delegada a Subprocurador-Geral da Republica, queritos policiais instaurados em areas estranhas it sua

    Art. 49. Sao atribuieoes do Procurador-Geral da Re- competencia especifica, desde que relacionados a fatos depublica, como Chefe do Ministerio Publico Federal: interesse da Instituicao.

    I - representar 0Ministerio Publico Federal; XVI - homologar, ouvido 0 Conselho Superior, 0 re-II - integrar, como membro nato, e presidir 0 Colegio sultado do concurso para ingresso na carreira;

    de Procuradores da Republica, 0 Conselho Superior do Mi- XVII - fazer publicar aviso de existencia de vaga nanisterio Federal e a Comissao de Concurso; lotacao e na relacao bienal de designacoes;

    III - designar 0 Procurador Federal dos Direitos do Ci- XVIII - elaborar a proposta orcamentaria do Minis-dadao e os titulares da Procuradoria nos Estados e no Dis- terio Publico Federal, submetendo-a, para aprovacao, aotrito Federal; Conselho Superior;

    IV - designar um dos membros e 0 Coordenador de XIX - organizar a prestacao de contas do exerciciocada uma das Camaras de Coordenacao e Revisao do Mi- anterior;nisterio Publico Federal; XX - praticar atos de gestae administrativa, financeira

    V - nomear 0 Corregedor-Geral do Ministerio Publico e de pessoal;Federal, segundo lista formada pelo Conselho Superior; XXI - elaborar 0 relatorio das atividades do Ministerio

    VI - designar, observadososcriterios da lei e os es- Publico Federal;tabelecidos pelo Conselho Superior, os oficios em que XXII - coordenar as atividades do Ministerio Publicoexercerao suas funcoes os membros do Ministerio Publico'Q Federal;Federal; XXIII - exercer outras atividades previstas em lei.

    VII - designar:a) 0 Chefe da Procuradoria Regional da Republica,

    dentre os Procuradores Regionais da Republica lotados narespectiva Procuradoria Regional;b) 0 Chefe da Procuradoria da Republica nos Estados

    e no Distrito Federal, dentre os Procuradores da Republicalotados na respectiva unidade;

    VIII - decidir, em grau de recurso, os confiitos de atri-buicces entre orgaos do Ministerio Publico Federal;

    IX - determinar a abertura de correcao, sindicancia ouinquerito administrativo;

    X - determinar instauracao de inquerito ou processoadministrativo contra servidores dos services auxiliares;

    XI - decidir processo disciplinar contra membro dacarreira ou servidor dos services auxiliares, aplicando ass an coe s c abiv ei s;XII - decidir, atendendo it necessidade do service, so-bre:

    a) remocao a pedido ou por permuta;b) alteracao parcial da lista bienal de designacoes;XIII - autorizar 0 afastamento de membros do Minis-

    terio Publico Federal, depois de ouvido 0 Conselho Supe-rior, nas hipoteses previstas em.lei;

    XIV - dar posse aos membros do Ministerio PublicoFederal;

    XV - designar membro do Ministerio Publico Federalpara:

    Comentarloo Procurador-Geral da Republica exerce a papel deChefe do Ministerio Publico da Unido (art. 25) e Chefe do

    Ministerio Publico Federal. Aqui, as atribuiciies do PGRcomo Chefe do MP Federal.

    Art. 50. As atribuicoes do Procurador-Geral da Repu-blica, previstas no artigo anterior, poderao ser delegadas:

    I - a Coordenador de Camara de Coordenacao e Revi-sao, as dos incisos XV, alinea c e XXII;

    II - aos Chefes das Procuradorias Regionais da Re-publica e aos Chefes das Procuradorias da Republica nosEstados e no Distrito Federal, as dos incisos I, XV, aline ac,XX e XXII.

    Art. 51. A aeilo penal publica contra 0 Procurador-Ge-ral da Republica, quando no exercicio do cargo, cabera aoSubprocurador-Geral da Republica que for designado peloConselho Superior do Ministerio Publico Federal.

    Sel;ao IIIDo Coleglo de Procuradores da Republica

    Art. 52. 0 Colegio de Procuradores da Republica, pre-sidido pelo Procurador-Geral da Republica, e integrado portodos os membros da carreira em atividade no MinisterioPublico Federal.

    15Legisla9ao Aplicada 00 MPU

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    ~ -BCURSOSiDITORAComentario 20 Conselho Superior elegera 0 seu Vice-Presiden-Nos moldes do art. 49, IL 0PGR preside 0 Colegio de te, que substituira 0 Presidente em seus impedimentos e em

    Procuradores da Republica. caso de vacancia:Art. 53. Compete ao Colegio de Procuradores da Re- Art. 55. 0 Conselho Superior do Ministerio Publi-publica: co Federal reunir-se-a, ordinariamente, uma vez por mes,

    I - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e em dia previamente fixado, e, extraordinariamente, quan-secreto, a lista sextupla para a composicao do Superior Tri- do convocado pelo Procurador-Geral da Republica, ou porbunal de Justica, sendo elegiveis os membros do Ministerio proposta da maioria de seus membros.Publico Federal, com maisde dez anos na carreira, tendo Art. 56. Salvo disposicao em contrario, as delibera-mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de yoes do Conselho Superior serao tomadas por maioria deidade; votos, presente a maioria absoluta dos seus membros.

    II - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo 1" Em caso de empate, prevalecera 0 voto do Presi-e secreta, a lista sextupla para a composicao dos Tribunais dente, exceto em materia de sancoes, caso em que prevale-Regionais Federais, sendo .elegiveis os membros do Minis- cera a solucao mais favoravel ao acusado.terio Publico Federal, com mais de dez anos de carreira, 2" As deliberacoes do Conselho Superior serao pu-quecontem mais de trinta e menos.de sessenta e cinco anos blicadas no Didrio da Justica, exceto quando 0 Regimentode idade, sempre que possivel lotados na respectiva regiao; Interno determinar sigilo.

    III - eleger, dentre os Subprocuradores-Gerais da Re- Art. 57. Compete ao Conselho Superior do Ministeriopublica e mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, Publico Federal:quatro membros do Conselho Superior doMinisterio Publi- 1-exercer 0 poder normativo no ambito do Ministerioco Federal; Publico Federal, observados os principios desta Lei Com-IV - opinar sobre assuntos gerais de interesse da ins- plementar, especialmente para elaborar e aprovar:tituicao. a}o seu regimento interno, 0 do Colegio de Procurado-

    1Para os fins previstes nos incisos I, II e III, deste res da Republica e os das Camaras de Coordenacao e Revi-artigo, prescindir-se-a de reuniao do,Colegio de Procurado- sao doMinisterio Publico Federal;res, procedendo-se segundo dispuser 0 seu regimento inter- b) as normas e as instrucoes para 0 concurso de ingres-no e exigindo-se 0 voto da maioria absoluta dos eleitores. so na carreira; 2Excepcionalmente, em caso de interesse relevante c) as normas sobre as designacoes para os diferentesda Instituicao, 0 Colegio de Procuradores reunir-se-a em oficios do Ministerio Publico Federal;local designado pelo Procurador-Geral da Republica, desde .'0 d) os criterios para distribuicao de inqueritos, procedi-que convocado por ele ou pela maioria de seus membros. mentos adrninistrativos e quaisquer outros feitos, no Minis-

    3 0 Regimento Interno doColegio de Procuradores terio Publico Federal;da Republica dispora sobre seu funcionamento, e) os criterios de promocao por merecimento, na car-

    reira;f) oprocedimento para avaliar 0 cumprimento das

    condicees do estagio probatorio;II - aprovar 0 nome do Procurador Federal dos Direi-

    t08 do Cidadao;UI - indicar integrantes das Camaras de Coordenacao

    e Revisao; .IV - aprovar a destituicao do Procurador RegionalEleitoral; .V - destituir, gar iniciativa do Procurador-Geral da

    Republica e pelo voto de dois tercos de seus membros, antesdo termino domandate, 0Corregedor-Geral;VI - elaborar a lista triplice para Corregedor-Geral do

    Ministerio Publico Federal;VII- elaborar alista triplice destinada itpromocao pormerecimento;VIII - aprovar a lista de antiguidade dos membros doMinisterio Publico Federal e decidir sobre as reclamacoes

    aela concernentes;IX - indicar 0 membro do Ministerio Publico Federalpara promocao por antiguidade, observado 0 disposto noart. 93, II,alinea d, da Constituicao Federal;

    X - designar 0 Subprocurador-Geral da Republica paraoonhecer de inquerito, pecas de informacao ou representa-ya O sobre crime comum atribuivel ao Procurador-Geral daRepublica e, sendo 0 caso, promover a ayao penal;

    ComentarioCabe destacar que 0presente Colegio, diferentementedos demais, ndo elabora !ista triplicepara a chefia.

    Seyio IVDo Conselho Superior do Mlnisterto

    Publico FederalArt. 54. 0 Conselho Superior do Ministerio Publico

    Federal, presidido pelo Procurador-Geral da Republica, terna seguinte composicao:I - 0 Procurador-Geral da Republica e 0 Vice-Procu-

    rador-Geral da Republica, que 0 integram como membrosnatos;II - quatro Subprocuradores-Gerais da Republica elei-tos, para mandato de dois anos, na forma do art. 53, III,permitida uma reeleicao;III - quatro Subprocuradores-Gerais da Republicaeleitos, para mandato de dois anos, por seus pares, median-te voto plurinominal, facultativo e secreto, permitida umareeleicao,

    10Serao suplentes dos memhros de que tratam osincisos II e III,os demais votados, em ordem decrescente,observados os criteriosgerais de desempate,

    16Bertrand Oliveira

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    ~ -BCURSOSEDITORA'

    XI - opinar sobre a designacao de membro do Ministe- Art. 59. As Camaras de Coordenacao e Revisao seraorio Publico Federal para: organizadas por funcao ou por materia, atraves de ato nor-a) funcionar nos orgaos em que a participacao da insti- mativo.tuicao seja legalmente prevista; Paragrafo unico, 0 Regimento Interno, que disporab) integrar comissoes tecnicas ou cientificas relaciona- sobre 0 funcionamento das Camaras de Coordenacao e Re-das as funcoes da instituicao; visao, sera elaborado pelo Conselho Superior.XII - opinar sobre 0 afastamento temporario de mem- Art. 60. As Camaras de Coordenacao e Revisao seraobro doMinisterio Publico Federal; compostas por tres membros doMinisterio Publico Federal,XIII - autorizar a designacao, em carater excepcional, sendo urn indicado pelo Procurador-Geral da Republica ede membros do Ministerio Publico Federal, para exercicio dois pelo Conselho Superior, juntamente com seus suplen-de atribuicoes processuais perante juizos, tribunais ou off-cios diferentes dos estabelecidos para cada categoria; tes, para urn mandato de dois anos, dentre integrantes doXIV - determinar a realizacao de correicfies e sindi- ultimo grau da carreira, sempre que possivel,cancias e apreciar os relatorios correspondentes; Art. 61. Dentre os integrantes da Camara de Coorde-XV - determinar a instauracao deprocessos administra- nacao e Revisao, urn deles sent designado pelo Procurador-tivos em que 0 acusado seja membro do Ministerio Publico Geral para a funyao executiva de Coordenador.Federal, apreciar seus relatorios e propor as medidas cabiveis; Art. 62. Compete as Camaras de Coordenacao e Re-

    XVI - determinar 0 afastamento preventivo do exer- visao:cicio de suas funcoes, do membro do Ministerio Publico I - promover a integracao e a coordenacao dos orgaosFederal, indiciado ou acusado em processo disciplinar, e 0 institucionais que atuem em oflcios ligados ao setor de suaseu retorno; competencia, observado 0 principio da independencia fun-XVII - designar a comissao de processo administrativo cional;emque 0 acusado sejamembro doMinisterio Publico Federal; II - manter intercambio com orgaos ou entidades queXVIII - decidir sobre 0 cumprimento do estagio pro- atuem em areas afins;

    batorio por membro do Ministerio Publico Federal, enca- III - encaminhar informacoes tecnico-juridicas aos or-minhando copia da decisao ao Procurador-Geral da Repu- gaos institucionais que atuem em seu setor;blica, quando for 0 caso, para ser efetivada sua exoneracao; IV - manifestar-se sobre 0 arquivamento de inqueri-

    XIX - d~c~di~~obr~ r.emoyao e disponibi~idade .de to policial, inquerito parlamentar ou pecas de informacao,membro do .Mmlsteno Publico Federal, por motrvo de m- exceto nos casos de competencia originaria do Procurador-teresse publico; G l'XX . I .. bid era,- autonzar, pe a malOna a so uta e seus mem-; . . . ~ . .b P d G 1d R ibli ., ~ - V - resolver sobre a distribuicao especial de feitos que,ros, que 0 rocura or- era a epu tea ajuize a acao ,. _ .d d d t bro vit 1" d M' . te . por sua continua rerteracao, devam receber tratamento unr-e per a e cargo con ra mem ro VI a IClO 0 IllIS erroPublico Federal, nos casos previstos nesta lei; forme; . . . _ . . , .XXI - opinar sobre os pedidos de reversao de membro ~I - resolver ~obre a distribuicao es~~clal de mquen-da carreira; tos, feitos e procedimentos, quando a materia, por sua natu-XXII - opinar sobre 0 encaminhamento de proposta de reza ou relevancia, assim 0 exigir;lei de aumento do numero de cargos da carreira; VII - decidir os conflitos de atribuicoes entre os or-

    XXIII - deliberar sobre a realizacao de concurso para gaos do Ministerio Publico Federal.o ingresso na carreira, designar os membros da Comissao Paragrafo unico, A competencia fixada nos incisos Vde Concurso e opinar sobre a homologacao dos resultados; e VI sera exercida segundo criterios objetivos previamenteXXIV - aprovar a proposta orcamentaria que integrara estabelecidos pelo Conselho Superior.o projeto de orcamento doMinisterio Publico da Uniao;XXV - exercer outras funcoes estabelecidas em lei. 100 Procurador-Geral e qualquer membro do Con-selho Superior estao impedidos de participar das decisoesdeste nos casos previstos nas leis processuais para 0 impe-dimento e a suspeicao de membro do Ministerio Publico.

    2As deliberacoes relativas aos incisos I, alineas a ee, IV, XIII, XV, XVI, XVII, XIX e XXI somente poderaoser tomadas com 0 voto favoravel de dois tercos dos mem-bros do Conse1ho Superior.Se~ao V

    Das Camaras de Coerdenacao eRevlsan do Mlnlsterlo Publico Federal

    nisterio Publico.Art. 64. 0 Corregedor-Geral sera nomeado pelo Pro-curador-Geral da Republica dentre os Subprocuradores-

    Gerais da Republica, integrantes de lista trlplice elaboradapelo Conselho Superior, para mandato de dois anos, reno-vavel uma vez.

    10Nao poderao integrar a Iista triplice os membrosdo Conselho Superior.

    20 Serao suplentes do Corregedor-Geral os demaisintegrantes da lista triplice, na ordem em que os designar 0Procurador-Gera!'

    Sec;aoVIDa Corregedoria do Ministerio Publico FederalArt. 63. A Corregedoria do Ministerio Publico Fede-

    ral, dirigida pelo Corregedor-Geral, e 0 orgao fiscalizadordas atividades funcionais e da conduta dos membros doMi-

    Art. 58. As Camaras de Coordenacao e Revisao doMinisterio Publico Federal sao os orgaos setoriais de coor-denacao, de integracao e de revisao do exercicio funcionalna instituicao.

    L e g is La c a o A p l I c a d a ao M P U 1 7

  • 5/12/2018 Legislao Aplicada ao MPU Comentada

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    i f i l lOBCURSOSEDITORA 30 Corregedor-Geral poded\ser destituido por ini-

    ciativa do Procurador-Geral, antes do\termtno do mandate,pelo Conselho Superior, observado 0 \disposto no inciso Vdo art. 57 .

    Art. 72. Compete ao Ministerio Publico Federal exer-cer, no que couber, junto it Justica Eleitoral, as funcoes doMinisterio Publico, atuando em todas as fases e instanciasdo processo eleitoral.

    Paragrafo unico, 0 Ministerio Publico Federal tern le-gitimacao para propor, perante 0juizo competente, as acoespara dec1arar ou decretar a nulidade de negocios juridicos

    Art. 66. Os Subprocuradores-Gerais da Republica se-''O ou atos da administracao publica, infringentes de vedacoesrao designados para oficiar junto ao Supremo Tribunal Fe- legais destinadas a proteger a norrnalidade e a legitimidadederal, ao Superior Tribunal de Justica, ao Tribunal Superior das eleicoes, contra a influencia do poder economico ou 0Eleitoral e nas Camaras de Coordenacao e Revisao. abuso do poder politico ou administrativo.

    1 No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Su- Art. 73.0 Procurador-Geral Eleitoral e 0 Procurador-perior Eleitoral, os Subprocuradores-Gerais da Republica Geral da Republica.atuarao por delegacao do Procurador-Geral da Republica. Paragrafo unico. 0 Procurador-Geral Eleitoral desig-

    2 A designacao de Subprocurador-Geral da Repu- nara, dentre os Subprocuradores-Gerais da Republica, 0blica para oficiar em orgaos jurisdicionais diferentes dos Vice-Procurador-Geral Eleitoral, que 0 substituira em seusprevistos para a categoria depended de autorizacao do impedimentos eexercera 0 cargo em caso de vacancia, ateConselho Superior. 0 provimento definitivo.

    Art. 67. Cabe aos Subprocuradores-Gerais da Repu- Art. 74. Compete ao Procurador-Geral Eleitoral exer-blica, privativamente, 0 exercicio das funcoes de: cer as funcoes do Ministerio Publico nas causas de compe-

    1-Vice-Procurador-Geral da Republica; tencia do Tribunal Superior Eleitoral.II - Vice-Procurador-Geral Eleitoral; Paragrafo unico, Alem do Vice-Procurador-GeralIII - Corregedor-Geral do.Ministerio Publico Federal; Eleitoral, 0 Procurador-Geral podera designar, por neces-IV - Procurador Federal dos Direitos do Cidadao; sidade de service, mernbros do Ministerio Publico FederalV - Coordenador de C~mara de Coordenacao e Revisao. para oficiarern, com sua aprovacao, perante 0 Tribunal Su-

    perior Eleitoral.Art. 75. Incumbe ao Procurador-Geral Eleitoral:I - designar o.P rocurador Regional Eleitoral em cad a

    Estado e no Distr ito Federal;II - acompanhar os procedimentos do Corregedor-

    Geral Eleitoral;III - dirimir conflitos de atribuicoes;IV - requisitar servidores da Uniao e de suas autar-

    quias, quando 0 exigir a necessidade do service, sem preju-izo dos direitos e vantagens inerentes ao exercicio de seus

    ComentarioEntre as competencies do Conselho Superior do Mi-

    nisterio Publico Federal esta a de elaborar lista triplicepara a Corregedor-Geral do Ministerio Publico Federal.Art. 65. Compete ao Corregedor-Geral do Ministerio

    Publico Federal:1- participar, Bern direito a voto, das reunioes do Con-selho Superior;

    II - realizar, de oficio, au por deterrninacao do Procu-rador-Geral ou do Conselho Superior, correicoes e sindi-cancias, apresentando os respectivos relatorios;

    III -instaurar inquerito contra integrante da. carreirae propor ao Conselho Superior a instauracao do processoadministrativo consequente;

    IV - acompanhar 0 estagio probatorio dos membros doMinisterio Publico Federal;V - propor ao Conselho Superior a exoneracao de

    membro do Ministerio Publico Federal que nao cumprir ascondicoes do estagio probatorio,

    Secao VIIDos Subprocuradores-Gerais da Republica

    Se\!iio VIIIDos Procuradores Regionais da Republica

    Art. 68. Os Procuradores Regionais da Republica se-rao designados para oficiarjunto aos TribunaisRegionaisFederais.

    Paragrafo unico, A designacao de Procurador Regionalda Republica para oficiar em orgaos jurisdicionais diferen-tes dos previstos para a categoria dependera de autorizacaodo Conselho Superior. .

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    Art. 69. Os Procuradores Regionais da Republica se-rao.lotados nos oficios nas Procuradorias Regionais da Re-

    \ publica.\\\":Art. 70. Os Procuradores da Republica