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1 Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil Leandro Marins de Souza Advogado em Curitiba Doutor em Direito do Estado pela USP Mestre em Direito Econômico e Social pela PUCPR Presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB/PR Conselheiro Fiscal da Fundação Grupo Boticário Autor do livro: Tributação do terceiro setor no Brasil, São Paulo : Ed. Dialética, 2004, 352 pgs. [email protected] 41 3078-3704 www.marinsdesouza.com.br https://www.facebook.com/MarinsdeSouzaAdvogados

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Page 1: Leandro Marins de Souza · 2015. 7. 27. · Leandro Marins de Souza Advogado em Curitiba Doutor em Direito do Estado pela USP Mestre em Direito Econômico e Social pela PUCPR Presidente

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Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil

Leandro Marins de SouzaAdvogado em Curitiba

Doutor em Direito do Estado pela USP

Mestre em Direito Econômico e Social pela PUCPR

Presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB/PR

Conselheiro Fiscal da Fundação Grupo Boticário

Autor do livro: Tributação do terceiro setor no Brasil, São Paulo : Ed. Dialética, 2004, 352 pgs.

[email protected]

41 3078-3704

www.marinsdesouza.com.br

https://www.facebook.com/MarinsdeSouzaAdvogados

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Contexto: Marcos Legais

Histórico legislativo do Terceiro Setor

1º Marco Legal: década de 90

2º Marco Legal: Nova Lei da Filantropia

Em paralelo: Estatuto do Terceiro Setor, Lei de Organização Administrativa...

Recentemente: Lei 12868/13 (altera Lei do CEBAS)

Decreto 8242/2014 (regulamento CEBAS)

Decreto 8243/2014 (Política Nacional de Participação Social)

Decreto 8244/2014 (altera Dec. 6170/07)

Novo Marco ou Marco Zero

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Contexto do Novo Marco

Escândalos ministeriais

2011: Decreto suspensão de repassesfederais e criação de Grupo de Trabalho

PLS 3877/04 (CPIs das ONGs)

PL 7168/14 – aprovado – Lei 13.019/2014

Conclusão para o Novo Marco: insegurança jurídica!

Porém:

Há diversas leis;

Há diversas ferramentas de controle;

Havia uma lacuna de fiscalização enorme.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):linhas gerais

“Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para as parceriasvoluntárias, envolvendo ou não transferências de recursosfinanceiros, estabelecidas pela União, Estados, Distrito Federal,Municípios e respectivas autarquias, fundações, empresaspúblicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviçopúblico, e suas subsidiárias, com organizações da sociedadecivil, em regime de mútua cooperação, para a consecução definalidades de interesse público; define diretrizes para a políticade fomento e de colaboração com as organizações da sociedadecivil; e institui o termo de colaboração e o termo de fomento”.

Lei Nacional: normas gerais + regulamentação pelos entesfederados

Parcerias voluntárias: mútua cooperação + interesse público≠ contrato

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):linhas gerais

Extingue a figura dos convênios entreAdministração Pública e instituições sem finslucrativos, substituídos pelos Termos deColaboração e de Fomento:

“Art. 84. Salvo nos casos expressamente previstos, não se aplica àsrelações de fomento e de colaboração regidas por esta Lei o dispostona Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e na legislação referente aconvênios, que ficarão restritos a parcerias firmadas entre os entesfederados.

Parágrafo único. Os convênios e acordos congêneres vigentes entre asorganizações da sociedade civil e a administração pública na data deentrada em vigor desta Lei serão executados até o término de seuprazo de vigência, observado o disposto no art. 83”.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):linhas gerais

Termo de Colaboração:“Art. 16. O termo de colaboração deve ser adotado pela administraçãopública em caso de transferências voluntárias de recursos paraconsecução de planos de trabalho propostos pela administraçãopública, em regime de mútua cooperação com organizações dasociedade civil, selecionadas por meio de chamamento público,ressalvadas as exceções previstas nesta Lei”.

Termo de Fomento:“Art. 17. O termo de fomento deve ser adotado pela administraçãopública em caso de transferências voluntárias de recursos paraconsecução de planos de trabalho propostos pelas organizações dasociedade civil, em regime de mútua cooperação com a administraçãopública, selecionadas por meio de chamamento público, ressalvadas asexceções previstas nesta Lei”.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):linhas gerais

A partir de agora:

Termos de Colaboração e de Fomento (Lei 13.019/2014);

Contratos de Gestão (OS – Lei 9.637/1998):

“Art. 3º Não se aplicam as exigências desta lei: (...)

III - aos contratos de gestão celebrados com organizações sociais,na forma estabelecida pela Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998”.

Termos de Parceria (OSCIP – Lei 9.790/99):

“Art. 4o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, àsrelações da administração pública com entidades qualificadas comoorganizações da sociedade civil de interesse público, de que trataa Lei no 9.790, de 23 de março de 1999, regidas por termos deparceria”.

Importante: os novos instrumentos não estão proibidos paraas OS e OSCIP! Incluir no regulamento.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):linhas gerais

E os convênios? Somente entre entes federativos, conformeartigo 84? E o artigo 3º, I e II?

“Art. 3o Não se aplicam as exigências desta Lei:

I - às transferências de recursos homologadas pelo Congresso Nacionalou autorizadas pelo Senado Federal naquilo em que as disposições dostratados, acordos e convenções internacionais específicas conflitaremcom esta Lei, quando os recursos envolvidos forem integralmenteoriundos de fonte externa de financiamento;

II - às transferências voluntárias regidas por lei específica, naquilo emque houver disposição expressa em contrário”.

E o SUS (não é transferência voluntária), o SUAS (é transferênciavoluntária regida por lei específica), os projetos incentivados, asemendas parlamentares? É importante que o regulamento esclareçaestas e outras hipóteses.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):chamamento público

Etapas do chamamento:

Publicação do edital no site do órgão;

Apresentação das propostas;

Análise das propostas técnicas pela Comissão de Seleção(Planos de Trabalho) e sua ordenação (artigo 28);

Análise dos documentos exigidos pelo artigo 24, § 1º, VII.

Importante: impedimento

Hipóteses de dispensa (artigo 30):

Substituição da instituição por paralisação;

Guerra ou desordem pública, com CEBAS;

Programa de proteção de testemunhas.

Inexigibilidade (artigo 31): inviabilidade de competição.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):chamamento público

Conteúdo mínimo do edital:

“Art. 24. Para a celebração das parcerias previstas nesta Lei, aadministração pública deverá realizar chamamento público paraselecionar organizações da sociedade civil que torne mais eficaz aexecução do objeto.

§ 1o O edital do chamamento público especificará, no mínimo:

I - a programação orçamentária que autoriza e fundamenta acelebração da parceria;

II - o tipo de parceria a ser celebrada;

III - o objeto da parceria;

IV - as datas, os prazos, as condições, o local e a forma deapresentação das propostas;

V - as datas e os critérios objetivos de seleção e julgamento daspropostas, inclusive no que se refere à metodologia de pontuação e aopeso atribuído a cada um dos critérios estabelecidos, se for o caso;

VI - o valor previsto para a realização do objeto;

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):chamamento público

Conteúdo mínimo do edital:

“Art. 24.

(...) VII - a exigência de que a organização da sociedade civil possua:

a) no mínimo, 3 (três) anos de existência, com cadastro ativo,comprovados por meio de documentação emitida pela Secretaria daReceita Federal do Brasil, com base no Cadastro Nacional da PessoaJurídica - CNPJ;

b) experiência prévia na realização, com efetividade, do objeto daparceria ou de natureza semelhante;

c) capacidade técnica e operacional para o desenvolvimento dasatividades previstas e o cumprimento das metas estabelecidas.

§ 2o É vedado admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos deconvocação, cláusulas ou condições que comprometam, restrinjam oufrustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências oudistinções em razão da naturalidade, da sede ou do domicílio dosconcorrentes ou de qualquer outra circunstância impertinente ouirrelevante para o específico objeto da parceria”.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Plano de Trabalho

“Art. 22. Deverá constar do plano de trabalho, sem prejuízo da modalidade deparceria adotada:

I - diagnóstico da realidade que será objeto das atividades da parceria, devendoser demonstrado o nexo entre essa realidade e as atividades ou metas a serematingidas;

II - descrição pormenorizada de metas quantitativas e mensuráveis a serematingidas e de atividades a serem executadas, devendo estar claro, preciso edetalhado o que se pretende realizar ou obter, bem como quais serão os meiosutilizados para tanto;

III - prazo para a execução das atividades e o cumprimento das metas;

IV - definição dos indicadores, qualitativos e quantitativos, a serem utilizadospara a aferição do cumprimento das metas;

V - elementos que demonstrem a compatibilidade dos custos com os preçospraticados no mercado ou com outras parcerias da mesma natureza, devendoexistir elementos indicativos da mensuração desses custos, tais como:cotações, tabelas de preços de associações profissionais, publicaçõesespecializadas ou quaisquer outras fontes de informação disponíveis ao público;

(...)

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Plano de Trabalho

“Art. 22. (...)

VI - plano de aplicação dos recursos a serem desembolsados pela administraçãopública;

VII - estimativa de valores a serem recolhidos para pagamento de encargosprevidenciários e trabalhistas das pessoas envolvidas diretamente naconsecução do objeto, durante o período de vigência proposto;

VIII - valores a serem repassados, mediante cronograma de desembolsocompatível com os gastos das etapas vinculadas às metas do cronograma físico;

IX - modo e periodicidade das prestações de contas, compatíveis com o períodode realização das etapas vinculadas às metas e com o período de vigência daparceria, não se admitindo periodicidade superior a 1 (um) ano ou que dificultea verificação física do cumprimento do objeto;

X - prazos de análise da prestação de contas pela administração públicaresponsável pela parceria.

Parágrafo único. Cada ente federado estabelecerá, de acordo com a suarealidade, o valor máximo que poderá ser repassado em parcela única para aexecução da parceria, o que deverá ser justificado pelo administrador público noplano de trabalho”.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Plano de Trabalho (atuação em rede)

“Art. 25. É permitida a atuação em rede para a execução de iniciativasagregadoras de pequenos projetos, por 2 (duas) ou mais organizaçõesda sociedade civil, mantida a integral responsabilidade da organizaçãocelebrante do termo de fomento ou de colaboração, desde que:

I - essa possibilidade seja autorizada no edital do chamamento públicoe a forma de atuação esteja prevista no plano de trabalho;

II - a organização da sociedade civil responsável pelo termo defomento e/ou de colaboração possua:

a) mais de 5 (cinco) anos de inscrição no CNPJ;

b) mais de 3 (três) anos de experiência de atuação em rede,comprovada na forma prevista no edital; e

c) capacidade técnica e operacional para supervisionar e orientardiretamente a atuação da organização que com ela estiver atuando emrede;

III - seja observado o limite de atuação mínima previsto em editalreferente à execução do plano de trabalho que cabe à organização dasociedade civil celebrante do termo de fomento e colaboração; (...)

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Plano de Trabalho (atuação em rede)

(...)

“IV - a organização da sociedade civil executante e não celebrante dotermo de fomento ou de colaboração comprove regularidade jurídica efiscal, nos termos do regulamento;

V - seja comunicada à administração pública, no ato da celebração dotermo de fomento ou de colaboração, a relação das organizações dasociedade civil executantes e não celebrantes do termo de fomento oude colaboração.

Parágrafo único. A relação das organizações da sociedade civilexecutantes e não celebrantes do termo de fomento ou de colaboraçãode que trata o inciso V do caput não poderá ser alterada sem prévioconsentimento da administração pública, não podendo as eventuaisalterações descumprir os requisitos previstos neste artigo”.

- Limita a liberdade de opção durante a execução, oportunidade emque podem surgir instituições mais apropriadas inclusive.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Celebração do Termo de Colaboração ou Fomento

Exigências estatutárias (artigo 33):

Objetivos sociais;

Conselho Fiscal;

Destinação patrimonial a outra instituição que preencha osrequisitos da lei em caso de dissolução;

Prestação de contas conforme princípios e NormasBrasileiras de Contabilidade;

Publicação anual do relatório de atividades edemonstrações financeiras a qualquer cidadão.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Celebração do Termo de Colaboração ou Fomento

Regularidade (artigo 34):

Prova da propriedade ou posse legítima;

Certidões de regularidade fiscal;

Cópia do Estatuto registrado ou certidão;

Comprovação da situação das instalações e condições materiais,quando necessário: deveria ficar para verificação in loco ou nomínimo o regulamento deve esclarecer qual documento.;

Ata de eleição da Diretoria e relação dos dirigentes;

Prova que atua no endereço previsto no CNPJ: e quando há maisde um endereço ou executa atividades em endereço diverso;

“VIII – regulamento de compras e contratações, próprio ou deterceiro, aprovado pela administração pública celebrante, emque se estabeleça, no mínimo, a observância dos princípios dalegalidade, da moralidade, da boa-fé, da probidade, daimpessoalidade, da economicidade, da eficiência, da isonomia,da publicidade, da razoabilidade e do julgamento objetivo e abusca permanente da qualidade e durabilidade”.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Celebração do Termo de Colaboração ou Fomento

Providências prévias pela Administração Pública (artigo 35):

Chamamento público;

Indicação da Dotação Orçamentária (já estará no Edital);

Parecer de órgão técnico da Administração Pública expresso:mérito da proposta, identidade e reciprocidade de interesses,viabilidade da execução inclusive comparando preços demercado, adequação do cronograma de desembolso, descriçãodos meios e procedimentos adotados para fiscalização daexecução e das metas do termo, descrição dos elementos deconvicção e meios de prova aceitos na prestação de contas,designação do gestor, designação da comissão demonitoramento e avaliação, aprovação do regulamento decompras e contratações da organização);

Parecer de órgão jurídico da Administração Pública quanto àpossibilidade de celebração da parceria.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Celebração do Termo de Colaboração ou Fomento

Outras disposições:

Proibida a exigência de contrapartida financeira, facultadaa exigência de contrapartida em bens e serviços (artigo35, § 6º): não há previsão de limite.

Bens, equipamentos e materiais permanentes adquiridoscom recursos provenientes da celebração da parceria:inalienabilidade e promessa de transferência à AP em casode extinção (artigo 35, § 5º) + possibilidade de AP doar aterceiros os bens se não forem imprescindíveis àcontinuidade do projeto (artigo 36).

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Celebração do Termo de Colaboração ou Fomento

Vedações à celebração de termos:

Organização que (artigo 39):• Não constituída ou não autorizada a funcionar;

• Omissão em prestações de contas anteriores;

• “III – tenha como dirigente agente político de Poder ou do MinistérioPúblico, dirigente de órgão ou entidade da administração pública dequalquer esfera governamental, ou respectivo cônjuge oucompanheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou porafinidade, até o segundo grau”;

• Contas rejeitadas nos últimos 5 anos enquanto não sanado;

• Tenha sido punida enquanto durar a penalidade (suspensão ouinidoneidade);

• Dirigentes com contas irregularidades nos últimos 8 anos, inabilitadapara cargo em comissão ou confiança ou responsável por ato deimprobidade.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Celebração do Termo de Colaboração ou Fomento

Vedações à celebração de termos:

Tenham por objeto direta ou indiretamente(artigo 40):• Delegação de funções de regulação, fiscalização, exercício do

poder de polícia ou outras atividades exclusivas do Estado;

• Prestação de serviços ao Estado;

• Contratação de serviços de consultoria;

• Contratação de serviços de apoio administrativo,fornecimento de materiais consumíveis ou outros bens.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Formalização do Termo de Colaboração ou Fomento

Cláusulas essenciais:

Objeto;

Obrigações das partes;

Valor do repasse e cronograma;

Classificação orçamentária da despesa e demaisinformações do empenho;

Contrapartida e forma de aferição;

Prazo de vigência e hipóteses de prorrogação;

Forma e prazos de prestação de contas (nunca superior aum ano);

Forma de monitoramento e avaliação pelo Poder Público;

Obrigatoriedade de restituição de recursos nos casos dalei;

Titularidade dos bens na conclusão ou extinção daparceria; (...)

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Formalização do Termo de Colaboração ou Fomento

Cláusulas essenciais: Estimativa de aplicação financeira e forma de destinação;

Prerrogativa do órgão público assumir ou transferir a execução,no caso de paralisação ou ocorrência de fato relevante, paraevitar descontinuidade: em que situações de paralisação? Qualfato relevante e para quem? Qual o processo para isso?

Obrigação de movimentação dos recursos em conta bancáriaespecífica em instituição indicada pela administração;

“XV – o livre acesso dos servidores dos órgãos ou das entidadespúblicas repassadoras dos recursos, do controle interno e doTribunal de Contas correspondentes aos processos, aosdocumentos, às informações referentes aos instrumentos detransferências regulamentados por esta Lei, bem como aoslocais de execução do objeto”: qual o procedimento para isso?Livre acesso?

Possibilidade de rescisão do instrumento e suas consequências,estipulando-se prazo mínimo de 60 dias para informar estaintenção; (...)

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Formalização do Termo de Colaboração ou Fomento

Cláusulas essenciais: Foro;

“XVIII – a obrigação de a organização da sociedade civil inserircláusula, no contrato que celebrar com fornecedor de bens ouserviços com a finalidade de executar o objeto da parceria, quepermita o livre acesso dos servidores ou empregados dos órgãosou das entidades públicas repassadoras dos recursos públicos,bem como dos órgãos de controle, aos documentos e registroscontábeis da empresa contratada, nos termos desta Lei, salvoquando o contrato obedecer a normas uniformes para todo equalquer contratante”: absurdo! Livre acesso aos contratados?

Responsabilidade exclusiva da organização pelo gerenciamentoadministrativo e financeiro dos recursos;

Responsabilidade exclusiva da organização pelo pagamento dasdespesas incorridas no termo.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Execução do Termo de Colaboração ou Fomento

Contratação de bens e serviços conforme regulamento decompras e contratações (artigo 43), podem ser feitas peloSICONV: princípios da Administração Pública;

Vedações (artigo 45):

Taxa de administração ou similar;

Pagamento de servidor público;

Modificação do objeto, salvo se ampliadas as metas e aprovado;

Utilizar recursos para finalidade diversa do Plano de Trabalho;

Despesa em data anterior à parceria;

Despesa em data posterior à parceria, salvo autorização;

Transferir recursos para clubes, associações de servidores,partidos políticos ou congêneres;

Despesas de multas, juros ou correção, salvo atraso no repasse;

Publicidade, salvo as educativas previstas no Plano de Trabalho;

Pagamento de pessoal, salvo artigo 46;

Obras de ampliação ou novas estruturas físicas.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Execução do Termo de Colaboração ou Fomento

Remuneração de pessoal (artigo 46):

“Art. 46. Poderão ser pagas com recursos vinculados à parceria, desdeque aprovadas no plano de trabalho, as despesas com:

I - remuneração da equipe dimensionada no plano de trabalho,inclusive de pessoal próprio da organização da sociedade civil, durantea vigência da parceria, podendo contemplar as despesas compagamentos de impostos, contribuições sociais, Fundo de Garantia doTempo de Serviço - FGTS, férias, décimo-terceiro salário, saláriosproporcionais, verbas rescisórias e demais encargos sociais, desde quetais valores:

a) correspondam às atividades previstas para a consecução do objeto eà qualificação técnica necessária para a execução da função a serdesempenhada;

b) sejam compatíveis com o valor de mercado da região onde atua enão superior ao teto do Poder Executivo;

c) sejam proporcionais ao tempo de trabalho efetiva e exclusivamentededicado à parceria celebrada”: regulamento deve prever os critériosde proporcionalidade e pagamento após o término da parceria.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Execução do Termo de Colaboração ou Fomento

Requisitos remuneração de pessoal (artigo 47, §§ 3º, 4º e5º):

“§ 3o A seleção e a contratação pela organização da sociedade civil deequipe envolvida na execução do termo de fomento e/ou decolaboração deverão observar os princípios da administração públicaprevistos no caput do art. 37 da Constituição Federal.

§ 4o A organização da sociedade civil deverá dar ampla transparênciaaos valores pagos a título de remuneração de sua equipe de trabalhovinculada à execução do termo de fomento ou de colaboração.

§ 5o Não poderão fazer jus à remuneração de que trata este artigopessoas naturais que tenham sido condenadas por crimes:

I - contra a administração pública ou o patrimônio público;

II - eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;

III - de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores”.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Execução do Termo de Colaboração ou Fomento

Demais despesas (artigo 46):

“Art. 46. Poderão ser pagas com recursos vinculados à parceria, desdeque aprovadas no plano de trabalho, as despesas com:

(...)

II - diárias referentes a deslocamento, hospedagem e alimentação noscasos em que a execução do objeto da parceria assim o exija;

III - multas e encargos vinculados a atraso no cumprimento deobrigações previstas nos planos de trabalho e de execução financeira,em consequência do inadimplemento da administração pública emliberar, tempestivamente, as parcelas acordadas;

IV - aquisição de equipamentos e materiais permanentes essenciais àconsecução do objeto e serviços de adequação de espaço físico, desdeque necessários à instalação dos referidos equipamentos e materiais”.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Execução do Termo de Colaboração ou Fomento

Despesas indiretas (artigo 47):“Art. 47. O plano de trabalho poderá incluir o pagamento de custos indiretosnecessários à execução do objeto, em proporção nunca superior a 15% (quinzepor cento) do valor total da parceria, desde que tais custos sejam decorrentesexclusivamente de sua realização e que:

I - sejam necessários e proporcionais ao cumprimento do objeto;

II - fique demonstrada, no plano de trabalho, a vinculação entre a realização doobjeto e os custos adicionais pagos, bem como a proporcionalidade entre ovalor pago e o percentual de custo aprovado para a execução do objeto;

III - tais custos proporcionais não sejam pagos por qualquer outro instrumentode parceria.

§ 1o Os custos indiretos proporcionais de que trata este artigo podem incluirdespesas de internet, transporte, aluguel e telefone, bem como remuneraçõesde serviços contábeis e de assessoria jurídica, nos termos do caput, sempreque tenham por objeto o plano de trabalho pactuado com a administraçãopública.

§ 2o Despesas com auditoria externa contratada pela organização da sociedadecivil, mesmo que relacionadas com a execução do termo de fomento e/ou decolaboração, não podem ser incluídas nos custos indiretos de que trata

o caput deste artigo”. E nos diretos? E se ele for responsável?

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Execução do Termo de Colaboração ou Fomento

Liberação dos recursos (artigos 48 e 49):

Conforme cronograma de desembolso, mas poderão ficarretidos nos casos de:

• Fundados indícios de aplicação irregular da parcela anterior:e a presunção de boa-fé?

• Desvio de finalidade, atrasos não justificados, práticasatentatórias aos princípios da Administração Pública,inadimplemento: e qual o procedimento administrativo paratanto?

Quando houver mais de uma parcela, comprovar:

• Preenchimento dos requisitos da lei;

• Prestação de contas da parcela anterior;

• Regularidade com a execução do plano de trabalho.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Execução do Termo de Colaboração ou Fomento

Movimentação e aplicação dos recursos (artigos 51 a 54):

Instituição financeira pública indicada pelo órgão público;

Quando não usados, serão aplicados;

Os recursos provenientes da aplicação podem serutilizados desde que aprovados, ainda em vigência e paraampliar metas;

Saldo final será devolvido em 30 dias do término;

Movimentação por transferência eletrônica mediantecrédito em conta de titularidade dos fornecedores;

Possibilidade excepcional de pagamento em espécie até olimite de R$ 800,00 por beneficiário e limite global de10% do valor da parceria, desde que previstos no Planode Trabalho os itens, a natureza dos beneficiários,cronograma de saques e pagamentos.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Execução do Termo de Colaboração ou Fomento

Alterações no termo (artigos 55 a 57):

Pode ser prorrogado o termo mediante solicitação daorganização até 30 dias antes do término ou de ofício pelaadministração quando atrasar repasses;

Pode ser autorizado pela Administração remanejamentode recursos por categoria de despesa (corrente ou decapital), até o limite de 25% de remanejamento para cadaitem de despesa previsto no Plano de Trabalho.

Monitoramento e avaliação pela Administração (artigos 58 a60):

Fiscalização durante a execução, inclusive com visitas;

Pesquisa de satisfação dos beneficiários;

Relatório técnico de monitoramento;

Conselhos de políticas públicas e controle social.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Execução do Termo de Colaboração ou Fomento

“Art. 62. Na hipótese de não execução ou má execução de parceria emvigor ou de parceria não renovada, exclusivamente para assegurar oatendimento de serviços essenciais à população, a administraçãopública poderá, por ato próprio e independentemente de autorizaçãojudicial, a fim de realizar ou manter a execução das metas ouatividades pactuadas:

I - retomar os bens públicos em poder da organização da sociedadecivil parceira, qualquer que tenha sido a modalidade ou título queconcedeu direitos de uso de tais bens;

II - assumir a responsabilidade pela execução do restante do objetoprevisto no plano de trabalho, no caso de paralisação ou da ocorrênciade fato relevante, de modo a evitar sua descontinuidade, devendo serconsiderado na prestação de contas o que foi executado pelaorganização da sociedade civil até o momento em que a administraçãoassumiu essas responsabilidades.

Parágrafo único. As situações previstas no caput devem sercomunicadas pelo gestor ao administrador público”.

Sem processo administrativo ou judicial?

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Prestação de Contas

Prestação de contas:

Sempre que possível em Plataforma Eletrônica(SICONV?)

Estratificação no regulamento para parcerias inferiores a R$ 600.000,00

Conterá: Relatório de Execução do Objeto e Relatório de Execução Financeira

Parecer técnico do Gestor Público sobre:

• Resultados alcançados

• Impactos econômicos e sociais

• Grau de satisfação do público-alvo

• Possibilidade de sustentabilidade das ações após conclusão

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Prestação de Contas

Prestação de contas:

Repasse em mais de uma parcela, prestações de contas parciais conforme termo;

Repasse em parcela única, prazo de 90 dias do término do termo, prorrogável por mais 30 dias justificadamente

Aprovação das contas pelo gestor em prazo previsto notermo (entre 90 e 150 dias), prorrogável por igualperíodo, que pode ser:

• Aprovação das contas;

• Aprovação com ressalvas;

• Rejeição e instauração de tomada de contas.

A perda do prazo pela Administração não a proíbe deanalisar as contas: deve haver um limite.

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Conteúdo do Novo Marco (Lei 13.019/14):Sanções

A inobservância ao cumprimento do plano de trabalho pode gerar, após defesa prévia:

Advertência;

Suspensão temporária de participação em chamamento público e assinatura de parcerias e contratos na esfera de governo sancionadora;

Declaração de inidoneidade de participar em chamamento público e assinatura de parcerias e contratos em todas as esferas.

Altera a lei de improbidade administrativa para incluir hipóteses de descumprimento desta lei;

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Pontos Negativos

Art. 42, XV: livre acesso de servidores;

Art. 42, XVII: livre acesso de servidores nasempresas fornecedoras;

Art. 42, parágrafo único: regulamento de comprasaprovado pela Administração Pública;

Arts 2º e 37: possível responsabilidade solidáriados dirigentes (positivo veto ao artigo 74);

Sobreposição/conflito Lei das OSCIP;

Ausência de regra de transição;

Burocracia

Como usar o recurso e não o resultado (controle formal)

Desvinculação de certificações (desprestígio)

Aparente intenção de resposta aos escândalos

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Pontos Positivos

Art. 46: possibilidade de remuneração da equipede Trabalho (inclusive encargos);

Art. 47: possibilidade de pagamento de despesasindiretas (até 15%);

Art. 15: previsão de criação do Conselho Nacionalde Fomento e Colaboração (paritário);

Art. 7º: previsão de capacitação dos gestores,Conselheiros e Sociedade Civil;

Art. 9º e seguintes: ferramentas de transparênciae controle;

Art. 25: possibilidade de atuar em rede.

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Obrigado!

Leandro Marins de SouzaAdvogado em Curitiba

Doutor em Direito do Estado pela USP

Mestre em Direito Econômico e Social pela PUCPR

Presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB/PR

Conselheiro Fiscal da Fundação Grupo Boticário

Autor do livro: Tributação do terceiro setor no Brasil, São Paulo : Ed. Dialética, 2004, 352 pgs.

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