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O Álbum do Bicentenário e a história

Danilo Arnaldo Briskievicz

Em 1914, a cidade do Serro vivia os primeiros anos da república brasileira. Havia um ímpeto de progreso extremamente ilustrado nos municípios históricos de Minas Gerais. Os intelectuais, os políticos, os profissionais liberais, o governo municipal, a população em geral começaram a perceber que o Serro não era apenas uma cidade-museu parada no tempo. Havia no ar uma inquietação tipicamente mineira. O serrano daquele período republicano estava ansioso por uma nova onda de progresso. Uma onda moderna que reinventase a antiga Vila do Príncipe. A Vila do Príncipe que comandou no século XVIII o norte de Minas Gerais. A Vila do Príncipe que retirou sua riqueza do próprio chão nas beiras dos córregos Lucas e Quatro Vinténs.

No contexto republicano, contudo, a luta era por reconhecimento histórico e político. Por isso, há no Álbum do Bicentenário uma queixa aguda e um pedido solene. Queixam os serranos do esquecimento: do governo central do Rio de Janeiro, dos políticos serranos que não conseguiam fazer retornar ao Serro o que a cidade lhes havia dado em educação e renome. Ser serrano no início do século XX era ter uma mãe nobilíssima. Era senso comum nos centros urbanos que o Serro doava à nação grandes vultos. Mas o que faziam os políticos serranos no poder? Não conseguiam aprovar leis que levassem o progresso ao Serro. Basta lembrar a eterna e melancólica luta pela Estrada de Ferro que nunca chegou ao Serro apesar do jornal A voz do Serro anunciar a proximidade de sua chegada milagrosa em 1912.

Pedem os serranos o reconhecimento da pátria brasileira. Alcibíades Nunes, organizador do Álbum em sua parte histórica, afirma que“merece homenagens esta querida e lendária terra, já com direito à veneração da Pátria.” Há no Álbum um grito de reivindicação no ar. Ouvem-se os clamores de uma cidade esquecida em sua história e relegada a segundo plano – ou talvez planos mais distantes–, em Minas Gerais. Os serranos gritaram seu orgulho de ter nascido na “brilhante sociedade serrana dos brilhantes tempos de antanho”. Talvez esse grito tenha sido ouvido tardiamente, mas em tempo, talvez sem a perspectiva turísitca de hoje. Falamos do tombamento federal pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, em 1938. Um reconhecimento da importância histórica. Mas o Serro nunca mais teve o poder econômico e a atração sociológica do século XVIII. Hoje o século XVIII é apenas um tempo distante e que evoca mais direito à partilha das riquezas nacionais.

Depois de colocarmos o espírito do Álbum em suas queixas e pedidos falemos da organização interna dele.

Alcibíades Nunes(1870-1942) organizou diretamente o Álbum do Bicentenário. Ex-seminarista lazarista, ao retornar ao Serro tornou-se professor, escrivão da Comarca e jornalista. Publicou o livro Dos meus escritos, em 1931, uma coletânea de seus artigos na imprensa. Reconhecido pela comunidade por sua redação impecável e de sua fé católica invencível comandou o grupo de escritores do Álbum.

* Mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de Minas Gerais. Site: http://recantodasletras.uol.com.br/autores/doserro

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Contou com o auxílio do Alferes Luiz Pinto, importantíssimo historiador serrano responsável por excelentes transcrições de documentos serranos em várias edições da Revista do Arquivo Público Mineiro. Numa delas fez a tradução integral da certidão de descoberta do Serro, cuja cópia na Revista do APM é a única comprovação documental da conquista pelos bandeirantes em 1702. Alguns poetas serranos foram convidados para ilustrar o Álbum. A maioria dos escritores de hinos e poemas já eram conhecidos da comunidade serrana através do jornal A voz do Serro. Destacamos a participação do historiador e escritor Nelson Coelho de Senna com ainspiração da epígrafe que é uma espécie de resumo do espírito do Álbum. A epígrafe é o sentimento vivo dos serranos naquele momento, fazendo referência à terra natal que nos dá o berço e exige esse reconhecimento. O orador oficial foi o mesmo Dr.Nelson de Senna. No dia 29 de janeiro de 1914 foi ouvido pela população na sessão especial da Câmara. As fotografias em preto e branco (em negativos de vidro) foram executadas pacientemente por Antônio Lima da Costa (1877-1960), apelidado Nhô Costa. Nhô Costa era, na época, o tipógrafo responsável pela publicação do jornal A voz do Serro editado pela Typographia Serrana. A voz do Serro foi um dos melhores da cidade em termos históricos com artigos de Dr. Dario Augusto Ferreira da Silva e que precederam à publicação na mesma Typographia Serrana do clássico Memória sobre o Serro Antigo. N’A voz do Serro percebe-se uma população politicamente ativa, ligada aos grandes assuntos nacionais. No jornal foi feita toda a propaganda das comemorações dos 200 anos do Serro. Alcibíades Nunes era um dos redatores d’A voz do Serro que durou de 1912 até 29 de janeiro de 1914, data exata do bicentenário. Nhô Costa registrou em fotografia algumas paisagens urbanas, procissões (considerados na época grandes eventos), pitorescas cenas como um convescote no Morro da Páscoa, uma caça ao veado, entre os famosos retratos de estúdio. Neles podemos observar o valor social da fotografia naquele contexto. Estar no Álbum era ter grande visibilidade social. Por isso, Nhô Costa pedia às autoridades através do jornal A voz do Serro para passarem em seu estúdio a fim de fazer seus retratos. A impressão do Álbum foi realizada na Imprensa Oficial na capital de Minas Gerais. As máquinas modernas deram ao Álbum um aspecto de estrela do dia 29 de janeiro de 1914 quando foi distribuido à população. Nesse dia solene aconteceu uma missa celebrada por Dom Joaquim Silvério de Souza, arcebispo de Diamantina. Além disso, como era de costume naquela época, discursou o orador ilustre Nelson de Senna na Câmara dos Vereadores. A comissão central dos festejos foi coordenada pelo médico Antônio Tolentino Júnior. O orgulho da comissão foi entregar aos serranos e visitantes o Álbum-retrato da cidade. E não só isso: o Álbum foi distribuído por todo o Estado, especialmente para as instituições públicas como um recado da importância da terra serrana. O Álbum do Bicentenário de 1914 comemorou os duzentos anos de elevação das Minas do Serro do Frio (1702 a 1714) à Vila do Príncipe (1714 a 1838). Curiosamente, uma figura que domina atualmente os municípios é o prefeito, que no Álbum não aparece. É que o presidente da Câmara era a autoridade máxima do município. Somente a partir de 1930 com o golpe de Estado de Getúlio Vargas é que a prefeitura será criada em substituição ao presidente da Câmara e, em alguns casos, do Intendente Municipal. O Poder Legislativo era, na prática, dentro das cidades, o Poder Executivo. Por isso, com o auxílio do Poder Legislativo do Estado de Minas Gerais é que o Serro pode fazer as comemorações de seu bicentenário em 1914. O Álbum do Bicentenário é um documento dos mais importantes do Serro por registrar a cidade poucos anos antes do tombamento nacional. A sua quase extinção dos baús e arquivos pessoais e públicos do Serro é um fato preocupante. A edição fac-similar que agora publicamos é resultado de um longo percurso de avanço tecnológico. Passamos por fotocópias, fotogramas, restauração de imagem, digitalização em programas específicos e horas e horas de paciente trabalho. Mas nada substitui a satisfação de poder visualizar na tela do computador o Álbum do Bicentenário como que saído de um dos mais profundos baús da história. Por fim, o Álbum do Bicentenário é uma obra de domínio público. Pertence ao povo do Serro. Pertence à história do Brasil. Ao povo do Serro mais uma publicação em que o espírito que nos moveu foi o do resgate histórico e da colocação gratuita das fontes de pesquisa de interesse coletivo na rede mundial de computadores para o acesso de todos em qualquer parte do mundo.

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Notas cronológicas relativas ao Bicentenário Destacamos abaixo algumas notas cronológicas a fim de ilustrar o contexto social de 1912 a 1914. As notas foram retiradas do jornal A voz do Serro e mostram a cidade do Serro com importantes obras públicas e um mordaz espírito de coletividade. A condenação do atraso torna-se evidente na rejeição do mundo rural dentro da cidade. O poder público municipal é incitado a tomar providências para conter o avanço da degradação da vida urbana no Serro. 1912 - Juiz de Direito da Comarca: Dr. Félix Generoso. Escrivão da Comarca: Alcibíades Nunes de Ávila e Silva. Delegado de Polícia: Júlio Pessoa. Advogados: Dr. Sales Mourão, Rua Dr. Cláudio, antiga residência do Dr. Coelho e Dr. Salles Mourão atende à Rua Cláudio, na antiga residência do Dr. Coelho. Coletor Municipal: Francisco de Sales e Silva; Comércio: Sebastião A. de Lima, Rua Teófilo Ottoni, 15. (fazendas finas e grossas, armarinho, ferragens, chapéus, brinquedos para crianças, presentes e cartões postais); Vieira e Seabra, Rua Dr. Simão (fazendas, armarinhos, chapéus, calçados, louças, ferragens e gêneros do país por atacado e varejo; rancho para tropas); Farmácia Vasconcelos, Rua Teófilo Ottoni. (Drogas nacionais e estrangeiras dos melhores fabricantes. Funcionamento dia e noite); Alfaiataria Serrana (Antônio Lima da Costa), Rua Dr. Simão. 1912 – 20 de janeiro – pedem-se providências contra cavaleiros que se atentam somente ao chic da velocidade não se importando com as ruas cheias de pessoas e crianças. - não houve procissão de São Sebastião por causa das copiosas chuvas. 1912 – 30 de janeiro – eleições para o Senado Federal – F. A. Bueno de Paiva (185 votos); deputados – Dr. Sabino Barroso Jr. (911 votos). 1912 – 10 de fevereiro – início das aulas no Grupo João Pinheiro com 256 alunos. 1912 – 20 de março – pedido de construção de toldos ou cobertas para as lavanderias do Botavira, na Praia e no Chaveco. A Praça da Cavalhada recebe melhorias. 1912 – 06 de abril – na Fazenda Modelo, Afonso de Barros Leite deixa a direção e assume Rodrigo de Pombal Pimenta. 1912 – 29 de abril – excursão de compradores de jazidas de ferro liderada por Joseph E. Corney. Estes americanos acabaram por escalar o Pico do Itambé. 1912 – 30 de maio – inauguração da Capela de Santa Rita por Pe. João Moreira numa das dependências do Asilo Casa dos Ottoni. -a baronesa e seus filhos doam imagens e bens da Chácara do Descanso ao Asilo no valor de 3:000$000 . 1912 – 10 de julho – pedem-se providências à Delegacia em relação às queimadas provocadas nas matas serranas. 1912 – 20 de julho – fundação da Liga Operária Beneficente cuja principal preocupação são as questões sociais e sua solução. Teve como protetor São José, o modelo dos operários.

Notas extraídas de: BRISKIEVICZ, Danilo A. A arte da crônica e suas anotações. Serro: Tipographia Serrana, 2008.

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1912 – 20 de agosto – Dr. Benjamim Café – antigo promotor de Justiça passa a Juiz de Direito da Comarca do Serro. Promotor: Francisco de Salles Correia Mourão, removido de Dores do Indaiá. - projeto do Deputado infame Floriano de Brito propunha a legalização do divórcio. Gerou grande polêmica. 1912 – 10 de setembro – “urge para evitarem as terríveis febres, que na estação quente do ano passado ceifaram, em poucos dias, tantas vidas preciosas no canto do bairro da Praia, se façam ali limpeza e desobstrução do Córrego Lucas, e se deixem sempre a correr no seu leito quantidade de água necessária para se evitarem as estagnações de lamas pútridas, no Paneleiro, onde há tantos açudes. Providências em tempo”. – o Colégio Nossa Senhora da Conceição anuncia: “este colégio acha-se instalado em vasto e arejado prédio que obedece às mais rigorosas prescrições de higiene. Sob a direção competente e carinhosa das digníssimas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, ali o ensino compreende o curso primário completo e quase todo o normal, inglês, música vocal, piano, bandolim, pintura e trabalhos de agulha. A pensão é apenas de 80$000 por trimestre compreendendo lavagem de roupa. Pagam-se mais 20$000 de joia de entrada. É facultativo o ensino de música, piano, bandolim e pintura, pagando-se, separadamente, a 10$000 mensais. A matrícula se abre a 1º de outubro e o ano letivo se encerra a 31 de julho. Recebem-se alunas de qualquer idade”. 1912 – 15 de setembro – homenagens ao Dr. Félix Generoso, por sua posse como Juiz de Direito da Comarca. 18 h – grande massa constituída de representantes de todas as classes de nossa sociedade precedida de uma banda de música e ao estrugir de miríades de fogos dirigiu-se à casa do manifestado. Ali o saudou o inteligente professor José da Paixão, diretor do Grupo Escolar Dr. João Pinheiro. O Dr. Félix convidando a entrarem em sua residência aos amigos soube cumulá-los de gentilezas. 20 h – Grupo João Pinheiro - os belos salões do grupo escolar admiravelmente ornados e feericamente iluminados abriram-se para receberem ao Dr. Félix e sua exma. família e cavalheiros que incorporados vinham para a soirée dançante última parte das festas ao Dr. Félix. Dançaram os numeroso convidados e o homenageado animadamente até às 5h da manhã. 1912 - 18 a 21 de setembro – sessão da Câmara delibera o fechamento das casas comerciais ao meio dia nos domingos e dias santificados. Além disso, mudou os nomes das ruas: Praça Dom Epaminondas à antiga Rua do Comércio; Rua Dr. Júlio Ottoni rua central que se encontra com Dr. Simão; Praça Cristiano Ottoni onde se acha a casa dos Ottoni; Rua Monsenhor Moreira onde nasceu o padre; Rua Major Jacinto Magalhães onde ele nasceu. 1912 – 20 de setembro – comentário sobre o queijo do Serro: “do jovem Adelardo Ribeiro de Miranda, inteligente cultor da indústria pastoril e que aos 17 anos tão esforçada e proficientemente se entrega à indústria dos laticínios, recebemos um soberbo queijo, que agradecemos”. 1912 – 30 de setembro – enviado ao Congresso Nacional o protesto do Serro contra o infame projeto do divórcio a vínculo. 1912 - 1º de outubro – 10 h - trasladação do crucifixo para o Paço Municipal, local provisório do Tribunal do Júri, primeiro ato do Dr. Félix Generoso como Juiz de Direito. A imagem encontrava-se na Igreja do Carmo e foi levada pelo Monsenhor Moreira até o Paço Municipal 1912 – 15 de outubro – festa de Santa Teresa celebrada na Santa Casa, como dispõe o compromisso, e no dia 22, acontece também a Assembléia Geral para eleição da nova Mesa Administrativa que autoriza o seu provedor Monsenhor Moreira fazer a trasladação dos restos mortais do Dr. Vieira de Andrade para sua cidade natal e encomendar um busto do mesmo, fazendo orçamento com artistas brasileiros e estrangeiros. 1912 – 20 de outubro – visita ao Serro do Pe. José Coelho, acompanhando Dom Joaquim em visita pastoral. – registro de horários da Paróquia Nossa Senhora da Conceição: missa paroquial às 10 horas, aos domingos e dias santificados; na Igreja de Santa Rita às 7 horas; ambas com predica ao Evangelho. Catecismo para crianças pelo pároco, na Matriz, aos domingos, ao meio dia; pelas Filhas de Maria, a mesma hora nas igrejas de Santa Rita e

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do Rosário. Reuniões: Associação das Filhas de Maria todos os domingos, às 4:30 horas, no Colégio; Conferência de São Vicente domingos às 6 horas da tarde após a benção do Santíssimo Sacramento, na Matriz. Guarda de Honra do Sagrado Coração de Jesus nas primeiras sextas-feiras de cada mês, no consistório da Matriz. Visitas ao SS. Sacramento todos os dias de 6 às 8 horas da noite. Comunhão mensal das crianças no dia 25 com predica. Missa solene em honra a Nossa Senhora da Conceição a 8 de cada mês. Missa solene em honra a São Geraldo às segundas quartas-feiras todos os meses. – audiências dos juízes de Direito e Municipal: no Paço Municipal aos sábados ao meio dia. – o jornal A Voz do Serro denuncia: “Vamos para outro mundo! Na antiga Rua da Cadeia há um grande depósito saboroso depósito de galinhas e outros animais mortos. Consta-nos que não somente nessa Rua, mas em outros pontos da cidade as há em franca putrefação. Bonito! Tudo isso com as imundícies da caixa d’água e do encanamento da água potável é mesmo com a levar para o além toda esta população. Mas... não se diz que o fiscal é o olho da Câmara? E que faz o conservador da água? Ainda vivem?” 1912 – 30 de outubro - está a mata completamente invadida de varicela ou alastrim: “o povo daquelas regiões está ficando a gente mais feia do mundo” – Belo Horizonte - no segundo Congresso Brasileiro de Instrução Primária e Secundária o Grupo Escolar Dr. João Pinheiro foi representado pelo Dr. Antônio Rodrigues Coelho Júnior, a pedido do professor José Paixão. 1912 – 04 de novembro – Grupo Escolar João Pinheiro solenidade de promoção dos alunos ao 2º ano (37 alunos), ao 3º ano (21 alunos) e ao 4º ano (21 alunos). Compareceram aos exames do 4º ano e foram aprovados 11 alunos. São eles: Luís Advíncula Reis, José Generoso Sobrinho, Chardinal de Magalhães, Francisco de Sales e Silva Júnior, Generoso Rabelo, Petrina Maria da Silva, Carmelita Cecília Ferreira Sampaio, Amélia Augusta Mourão, Amélia Cândida da Silva, Carmelina Camila Brandão, Maria Júlia de Mesquita. Receberam prêmios os alunos Chardinal de Magalhães, Petrina Maria da Silva, Olavo Queirós Siqueira, Maria Rosália dos Santos, Antônio Augusto de Sales, Abrilina Rufina da Silva, Mário de Magalhães, Isnard do Nascimento Moura e Marieta Rosa de Jesus Pena. Paraninfo: Pe. João Moreira. 1912 – 20 de novembro – estrada de ferro anunciada para daqui a cinco anos: “assim o quer a Companhia Vitória a Diamantina. Disso faz questão o nosso eminente Dr. Sabino Barroso.” – o jornal A Voz do Serro critica: “as formigas estão aniquilando a bela arborização de nossas praças. Por Deus, salvem-se as árvores, já tão crescidas, já tão bonitas. Uns cacos com água e um pouco de zelo da parte dos responsáveis salvarão ainda muitas daquelas lindas plantas que tanto custaram. E porque não se consertam as grades das árvores?” – acaba de se empossar no cargo de Juiz Municipal deste termo o Dr. Benjamim Café recebendo os cumprimentos do grupo de docentes do Grupo Escolar João Pinheiro e do diretor que o visitaram. – anúncio de A Voz do Serro: “Fumo banana – João Fidélis avisa que tem depósito em casa de sua residência. Rua da Cadeia Velha, preços ao alcance de todos”. – visita dos engenheiros alemães P. Jacob, M. Schnverber, C. Kelbig ao Serro para estudar as jazidas de ferro. – epidemia de alastrim no município de Serro. – segundo A Voz do Serro “há poucos dias uma criancinha filha do Sr. Henrique Rosa da Silva, empunhando uma luz, dirigiu-se a um quarto da casa onde em um cabide estavam dependurados muitos vestidos. A chama de luz ateou fogo às roupas que se incendiaram todas, já ausente a criança. Queimando-se a prateleira em que estava uma bacia de porcelana caiu esta e com o estrepito da queda chamou a atenção de pessoas da casa, que evitaram o incêndio do prédio e de mais uns 20 prédios da rua Dr. Júlio Ottoni. Queimou-se toda a roupa da digna sogra do nosso amigo, mas a sogra nada sofreu com o que muito se rejubilou o Henrique para quem sua bondosa sogra é mãe carinhosíssima, assim como é senhora distintíssima e muito estimada em nossa sociedade”. 1912 – 08 de dezembro – festa de Nossa Senhora da Conceição. Consistiu a festa em novenas festivas e missa cantada. À tarde desfilou pelas ruas de nossa cidade o majestoso préstito religioso percorrendo a sagrada imagem da virgem.

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1912 - 20 de dezembro - o Congresso Nacional concedeu à viúva de Dr. João Pinheiro da Silva, enquanto o for, a pensão de 600$000 e 50$000 a cada um dos seus filhos menores e filhas solteiras Helena, Carolina, Martha, Lúcia, Amanda, Virgínia, Ruth, Isabel, João e José. 1913 – 06 de janeiro - inauguração do Asilo e Liceu da Casa dos Ottoni, doação do Dr. Júlio Ottoni. “A educação técnica ou profissional, máxime neste século de tão intensa luta pela vida, é o ideal. Artigo 20 da Lei Estadual n.º 617, de 18 de setembro de 1913.” 1913 – 18 de janeiro - título de benemérito a Júlio Ottoni pela Câmara Municipal. 1913 – 25 de janeiro - o professor José Augusto da Paixão e Silva funda a Caixa Escolar da Escola João Pinheiro para “fornecer vestuário e tudo o mais necessário aos alunos pobres que, por falta de recursos deixam de freqüentar as aulas do mesmo grupo”. - a Câmara Municipal do Serro em sua sessão ordinária de janeiro votou um conto de réis para o monumento do Dr. Andrade. 1913 – 10 de fevereiro - procissão de Cinzas. Numerosas figuras representavam fatos e personagens da Bíblia e 43 andores com imagens de santos do Novo Testamento. 1913 – 1º de março - início das atividades do Asilo e Liceu da Casa dos Ottoni. 1913 – 18 de abril - o globtrotter brasileiro Manuel Alves passou pelo Serro. Seu desafio no qual apostou 10.000 dólares em Nova Iorque era atravessar o mundo em 13 anos a pé. Iniciou a caminhada em Nova Iorque em 04 de março de 1904 e pretende chegar de volta em 04 de março de 1917. 1913 - 03 de maio - carta do Monsenhor João Moreira em sua visita à Terra Santa e ao Egito. Chegou em 02 de julho de 1913 com manifestações populares. 1913 – 10 de agosto - solicitação de um membro da colônia síria no Serro para ter preferência na instalação da rede telefônica da cidade e dos distritos. 1913 – 19 de agosto - o Cinema Odeon, de Joaquim Hildebrando de Paula e Silva exibia films bons que “não ofendem a moral”. - reclamação contra centenas de cães nas ruas. - remoção do Termo de São Francisco do Sr. Dr. João Luciano Pereira da Silva, para cargo de Juiz Municipal do Termo do Serro. 1913 - 05 de setembro - edital do fiscal municipal Henrique Irineu Fidélis de Andrade: “aviso ao público em geral que no dia 12 vou prender cabritos, carneiros e porcos que estiverem vagando pelas ruas e também dar bola aos cães”. 1913 – 12 de setembro - início da visita pastoral de Dom Joaquim Silvério de Souza, arcebispo de Diamantina. 1913 – 30 de outubro - equiparação do Colégio Nossa Senhora da Conceição à Escola Normal de Belo Horizonte. Decreto 4040, baseado na Lei n.º 501, de 21 de setembro de 1909. 1913 – 20 de novembro - instalação de máquinas para obtenção de energia elétrica no Córrego Lucas para a Santa Casa e Colégio. Obra do Padre João Moreira. 1913 – 1º de dezembro - instituição oficial do curso normal no Colégio Nossa Senhora da Conceição. 1913 – 31 de dezembro - início da organização dos moradores para obtenção da energia elétrica.

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1914 – vereadores: major Joaquim Vieira Hora (presidente), Coronel Antônio Leão Monteiro de Moura (vereador Geral), Dr. Antônio Tolentino (vereador pelo Turvo), Major João Dayrell Mórtimer (vereador pela cidade), tenente-coronel Jacinto de Magalhães e Castro (vereador elo Milho Verde), tenente-coronel José Cândido de Pinho Tavares (vereador por São Sebastião dos Correntes), major Sebastião José Ferreira Rabelo (vereador pelo Paulista), major Henrique Augusto de Aguiar (vereador pelo Itapanhoacanga, vice-presidente), capitão Joaquim José de Figueiredo (vereador pelo Rio do Peixe), tenente-coronel José Generoso Ferreira (vereador por São Gonçalo), Pe. Francisco de Paula Câmara (vereador pelo Rio Vermelho) e major Alcides Alves Diamantino (vereador pelo Itambé).

Poder Judiciário: Dr. Félix Generoso – Juiz de Direito, Dr. João Luciano Pereira da Silva – Juiz Municipal e Dr. João Edmundo Caldeira Brant – Promotor de Justiça. 1914 – 12 de janeiro – dispensados os órfãos do Asilo e Liceu Casa dos Ottoni “em vista de confiar ao governo do Estado de Minas o patrimônio de 150 contos para a perpétua sustentação do referido instituto profissional”. 1914 – 29 de janeiro – bicentenário do Serro. Missa solene celebrada por Dom Joaquim Silvério de Souza, arcebispo de Diamantina, discurso de Nelson de Sena na Câmara dos vereadores. A comissão central dos festejos foi coordenada por Dr. Antônio Tolentino. Lançamento do Álbum do Bicentenário com impressão realizada na Imprensa Oficial em Belo Horizonte, trabalho coordenado por Alcibíades Nunes com fotografias de Antônio Lima da Costa (Nhô Costa). 1914 – 31 de janeiro – inauguração do Ginásio Nelson de Sena. Referências bibliográficas BRISKIEVICZ, Danilo Arnaldo. A arte da tipografia e seus periódicos. Serro: Tipographia Serrana, 2002. __________. A arte da crônica e suas anotações. Serro: Tipographia Serrana, 2008. Jornal A voz do Serro, coleção 1912-1914, IPHAN-Serro. NUNES, Alcibíades. Dos meus escritos. Niterói: Escolas Profissionais Salesianas, 1931.

Danilo Arnaldo Briskievicz, Janeiro de 2011.