benjamim a nova indústria de petróleo no brasil

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...... .ODEBRECHT: UMA REVISTA DE CULTURA EMPRESARIAL N°90 Novembro/Dezembro ~:~ ~ .. -., - -

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Page 1: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

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.ODEBRECHT:UMA REVISTA DE CULTURA EMPRESARIAL N°90 Novembro/Dezembro

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Page 2: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

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" Odebrecht Informame proporciona experiência agradável e estimulante.Reforça minha convicção de que sou parte integrante de uma força competente

e positiva para o desenvolvimento de uma sociedade rica, justa e em equilíbrio

com a natureza. ,,

Contribuição

Ao completar 10 anos de atuação no Equador, a CNO promoveu o concurso

Talentos Anônimos, no qual jomalistas relataram os desafios enfrentados por

pessoas que, sem esperar recompensa, se dedicam aos outros, proporcionando

verdadeiras lições de vida

ODEBRECHTi"'""

ItEVtSTA DE CUUURA EHf"fIE$AIUAL

Capa: foto de

Eneida Serrano

Matéria de CapaA inauguração, em 31 de agosto, do trecho final da Autopista deiOeste, a<hninistrada sob regime de concessão pelo GrupoConcesionario del Oeste - GCO, representa o fim do isolamento emque se encontrava toda a região oeste da Grande Buenos Aires

Anders Tosterud,Gerente de MeioAmbiente da VeracelCelulose

~~

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EnergiaCom entrada em operação prevista para 1999,Angra 2, a segunda usina nuclear brasileira,construída com a participação de equipes daCNO, vai melhorar o abastecimento energético noRio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais

Meio Ambiente ~ 2

Opi nião 4

Entrevista 12

Atualidades 14

Globalização 16

Terceiro Setor I 9

Organização 21

Educação 23

Memória 29

Flashes 3 1

Tecnologia Empresarial OdebrechtConheço, 00 longo do edição, alguns conceitos eprincípios do TEG.

Page 3: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

--editorialDesde as suas origens, há mais de 50 anos,

a Organização Odebrecht tem entre seusprincípios filosóficos fundamentais o reinves-timento produtivo dos resultados empresa-riais. Realizado continuamente, de modoequilibrado e com a necessária segurança, es-se reinvestimento produtivo gera novas opor-tunidades de trabalho, melhores e maiores ri-quezas na comunidade, bem como empresasmais fortes e dinâmicas.

Por isso, ao proferir palestra na IX Assem-bléia Plenária do Ceal - Conselho de Empre-sários da América Latina, em Punta deI Este,no Uruguai, no mês de setembro, EmílioOdebrecht, Presidente do Conselho de Admi-nistração da Odebrecht S.A., estava à vonta-

VOLTARAPRODUZIR

de para dizer aos diversos representantes la-tino-americanos ali presentes que os paísesda região precisam se preparar para forçar oreinvestimento útil aos interesses nacionais.De outro modo, toda a região ficará aindamais vulnerável.

Concentrada em temas como a globaliza-ção, o novo papel do Estado e o risco de des-nacionalização das economias dos países lati-no-americanos, a palestra de Emílio Ode-brecht, que esta edição de Odebrecht Infor-ma apresenta em resumo a partir da página16, traduz um sentimento cada vez mais pre-sente entre as principais lideranças dessespaíses: a necessária e urgente retomada daprodução.

Os fisiocratas, primeiros pensadores dahistória econômica, já atribuíam a origem detodo valor à tríade terra, capital e trabalho.Os complexos desdobramentos da economiamundial ao longo dos séculos XIX e XX fize-ram com que esse conceito inicial fosse sendoalterado, sem que, entretanto, se perdesse anoção de que é o esforço produtivo o únicocapaz de gerar bens e serviços voltados à sa-tisfação das necessidades humanas, consti-

tuindo, portanto, em última instância, umprocesso socioeconômico.

Recentemente, por razões similares, algunspaíses da América Latina, entre os quais oBrasil, se viram obrigados a priorizar políti-cas de estabilidade econômico-financeira e aarcar com a redução do nível da atividadeeconômica provocada por essas políticas. Foiuma etapa necessária na reorganização davida econômica do Brasil, mas que já dá osdevidos sinais de que precisa ser superadarumo a um novo momento. A meta da esta-bilidade foi alcançada. Agora, precisa ser fle-xibilizada para dar lugar ao que é essencialna vida econômica: a geração de bens e ser-viços, empregos e renda.

Isso significa que é necessário retomar ociclo clássico da produção, que começa coma existência de taxas de juros acessíveis, quepermitem a realização de investimentos, osquais, por sua vez, geram empregos e produ-tos, que geram renda, que geram consumo,que geram novos investimentos. E assim sedesdobra o círculo virtuoso da economia.

Além do mais, só com crescimento econô-mico é possível ser participante ativo na eco-nomia globalizada. E, para que isto se reali-ze, é imperativo fortalecer a empresa nacio-nal, possibilitando-lhe, por exemplo, melho-res condições para exportar. Hoje, em sua lu-ta para conquistar ou aprimorar a competiti-vidade de acordo com parâmetros mundiais,as empresas brasileiras enfrentam obstáculospara muitas intransponíveis, enquanto asempresas de outros países têm acesso a crédi-to barato e pagam muito menos impostos. Écrucial que as empresas brasileiras recebam,em seu país, um tratamento que lhes assegu-re igualdade de condições para competir comas que chegam de fora. Em outras palavras,como destacou Emílio Odebrecht, é precisoque haja "isonomia competitiva".

É certo que a retomada do crescimentoenvolve não apenas este, mas um complexoconjunto de procedimentos, alguns dos quaisse encontram hoje na dependência de delibe-ração na esfera política. Mais importante doque tudo isso, porém, é perceber a necessida-de urgente de recolocar o Brasil no caminhodo desenvolvimento, para que seu povo possausufruir de condições de vida dignas, domesmo modo que os povos dos países doPrimeiro Mundo.

IJ

Page 4: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

meio a'mbiente.Lixo que é um luxo

o surgimento de hábitos simples como transformar peças plásticasrecicláveis em brinquedos e objetos úteis é um dos resultados daimplantação de uma nova disciplina escolar: a Educação Ambiental

"A imagem que

importa e foz

diferença éaquela

construída

junto à

Comunidade,

com base na

satisfação de

cada Gente e no

a;mprrxreurrmto

com o bem-€star

da Comunidade"

2 Odebrecht Informa

Márcia Ferreira tem 10 anos e cur-sa a 3" série numa escola muni-cipal de Camaçari (BA), onde re-cebe as primeiras noções de Ma-temática, Ciências e Língua Por-

tuguesa. Neste segundo semestre, entretanto,uma nova matéria foi incluída no programa es-colar: Educação Ambiental. Assim, além de fa-zer contas e praticar acentuação, Márcia vaiaprender na sala de aula como e por que é im-portante preservar o meio ambiente mediante aadoção de hábitos simples e divertidos, comotransformar peças plásticas recicláveis em brin-quedos e objetos úteis.

"Estamos aprendendo a fazer coisas novas comobjetos que as pessoas jogam no lÜ:o", diz, alegre,a menina, enquanto corta uma garrafa plásticapara transformá-Ia em uma bolsa colorida.

A nova disciplina escolar faz parte do Progra-ma de Educação Ambiental - Arte com Plásticonas Escolas, iniciado em setembro e que resulta

.de uma parceria entre a Prefeitura de Camaçari,por meio da Secretaria de Educação, e as em-presas OPP Petroquímica e Trikem, com apoioda Engepack, fabricante de embalagens plásti-cas e cliente da OPP.

A escola de Márcia foi a primeira de um gru-po de 12 estabelecimentos municipais abrangi-dos pelo programa no segundo semestre de1998. Cerca de 10 mil alunos da 1" à 4" série se-rão beneficiados. O projeto inclui seminários decapacitação para educadores e oficinas de reci-clagem de plásticos, que estimulam a percepçãodas crianças e o seu envolvimento com a melho-ria da qualidade de vida.

Braços abertos"Diretores e professores estão de braços aber-

tos para essas iniciativas e a Secretaria de Edu-cação contribuirá ao m3...'{imo para que tenhamsucesso", afirma lere Normando, Secretária deEducação de Camaçari.

Os educadores receberam 2 mil exemplares doAtlas do Meio Ambiente do Brasil, uma publiea-ção da Embrapa reeditada com apoio da Opp eTrikem e que traz mn estudo completo da geogra-fia ambiental brasileira, apoiado no conceito de

desenvolvimento sustentável. Adaildes Santos, Di-retora da Escola Catu de Abrantes, observa: "Oatlas é um instrumento importante para a recicla-gem do educador, trazendo infonnações e concei-tos que emiquecem as aulas".

O programa, de um lado, capacita os profes-sores. De outro, cria no público infantil uma for-te conscientização ambiental, voltada sobretudopara a coleta seletiva e a reciclagem de materiaisplásticos. Cada uma dessas crianças vai promo-ver a mudança de hábitos dos seus pais, vizi-nhos e amigos.

Esse aprendizado é aplaudido por Paulo Ro-berto Santos de Oliveira, Juiz da Infância e daJtÍventude da Comarca de Camaçari. "A educa-ção é o caminho para o futuro e o maior investi-mento de um país. E quanto mais cedo a criançafor educa da, mais profundo será seu grau de en-volvimento".

Uma das pessoas mais empolga das com oprojeto é a professora Carmem Santana, que jávinha buscando, informalmente, despertar aconsciência ambiental de seus alunos. "As crian-ças se mostram receptivas e estimuladas com aprogramação extraclasse. Estão preocupadascom o destino do lixo e vêm recebendo orienta-ção mais direta nas oficinas de arte. Depois, nasala de aula, a conscientização se desenvolvemais rápido", diz a professora.

Sobrevi vênciaAlém de contribuir para o desenvolvimento

das comunidades, a atuação ambiental é cadavez mais considerada uma questão de sobrevi-vência para as empresas. "O ser humano é a ra-zão de existir de um negócio e a empresa quenão perceber isso vai acabar, pois a sociedadenão admitirá mais a existência de indústriasnão-comprometidas com a preservação ambien-tal. Dessa forma, o desempenho ambiental éparte de nossa estratégia de operação", enfatizaGuilherme Guaragna, Superintendente Regionalda OPP e Trikem na Bahia.

Este pensamento é compartilhado pela Enge-pack, que vem doando 2 mil garrafas plásticaspor semana para ser utilizadas pelas criançasnas oficinas de reciclagem. Luis Antonio Lisboa,

Nov/Dez 98

Page 5: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

Responsável pela Engepack na Bahia, afirmaque a participação em programas que estimu-lam o desenvolvimento socioeconômico e cultu-ral de uma comunidade é uma importante fun-ção social das empresas. "Iniciativa privada, go-vernos e sociedade devem se organizar em buscado desenvolvimento sustentável. Só assim é pos-sível garantir a cOlllinuidade de nossos negóciose melhorar a qualidade de vida de nossos filhose netos".

Para Vanda Moraes, Responsável por Marke-ting na OPP e Trikem, a responsabilidade am-biental é também uma exigência da aberturados mercados, que gera uma nova característicade competitividade priorizada por poucas em-presas. "Tornou-se necessário o desenvolvimen-to de produtos especiais, intangíveis, resultantesde posturas que, traduzidas em ações comunitá-rias e de interesse social, garantem a construçãoda imagem da empresa. O Programa de Educa-ção Ambiental - Arte com Plástico nas Escolas éum ótimo exemplo disso".

O fortalecimento do espírito de cidadania dapopulação, com base nos princípios e nas con-cepções filosóficas da Organização Odebrecht, éo objetivo destacado por Antônio Ailton AIHh'a-de, Responsável por Organização de Pessoal naRegional Camaçari. "O programa viabiliza umacontribuição relevante para o desenvolvimentosociocultural da comunidade", observa.

Nov/Dez 98

/

ReciclagemO programa é o ponto de partida para a ins-

talação de uma cooperativa de recic1agem de li-xo em Camaçari. "Inicialmente, estimulamosnas crianças e em seus familiares a criação dehábitos de coleta seletiva e reciclagem de resí-duos plásticos, para garantir a viabilidade dofuncionamento da cooperativa", relata VandaMoraes.

A geração de empregos e de receita também épriorizada. Material importante para garalllir oconf0l10 do nHUldo moderno, o plástico já se tor-nou um indicador do nível de desenvolvimento dopaís, por meio da mcdição de scu consmno per ca-píta. "Ncste sentido, Camaçari está sobre uma mi-na de ouro. Existe aqui um imp0l1ante pólo petro-químico, mn prefeito empreendedor e uma comu-nidade disposta a pal1icipar de novas experiênciasque venham a favorecê-Ia economicalnente", dizAIexaIH!Jino de Alencar, Responsável por Relaçõeslustitucionais na Opp e Trikem.

As empresas receberam do prefeito José Tudeo título de Antigo e Parceiro de Camaçari. "Elasestão continuamente desenvolvendo projetos deparceIia que representam melhoIia da qualidadede vida da população", diz José Tude. Ele lem-bra o sucesso da Operação Praia Limpa e daPromoção Arte na Praia durallle o verão, proje-tos que deram origem ao programa que está sen-do agora desenvolvido nas escolas. 'a

~Márcia Ferreira,

estudante da 3d

série: criatividade

para reaproveitar

objetos jogados no

lixo

Odebrecht Informa 3

Page 6: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

. . "",- opIDJao

A NOVA INDÚSTRIADE PETRÓLEO NO BRASIL

Roberto BenjaminI

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Aprodução brasileira de petróleo ~deverá passar de 1 milhão debarris/dia, em 1998, para 1,5milhão de barris/dia no ano

2000. Os investimentos no setor deverão,nos próximos cinco anos, ser elevados deUS$ 3 bilhões/US$ 3,5 bilhões ao ano aUS$ 6 bilhões/8 bilhões ao ano. Serãocriados cerca de 150 mil empregos diretosna indústria e outros 600 mil empregos in-diretos no comércio, nos bancos e nas pe-quenas empresas.

A perspectiva é de um período com gran-des oportunidades de negócios para os in-vestidores (oil cornpanies), para a indústriafornecedora de bens e serviços, para o Go-verno e, sobretudo, para o pais. Com basenessa perspectiva, nove entidades firmaramdocumento no qual formalizam seu integralapoio ao processo de abertura do setor petrolífero conduzidopelo Governo brasileiro, por meio da Agência Nacional dePetróleo - ANP. Fizeram, entretanto, uma ressalva: as em-presas fornecedoras de bens e serviços instaladas no Brasildevem ter uma oportunidade equânime de competir, sejanas contratações realizadas por companhias brasileiras e es-trangeiras, seja nas parcerias com a Petrobras ou direta-me,nte, em decorrência das concessões a serem feitas pelaANP.

As entidades que assinam o documento (ABCE, Abitam,Abdib, Abemi, Abrapet, Fieb, Firjan, Simme e Sina vaI),fundadoras do movimento Compete Brasil, argumentamque, apesar de as companhias de petróleo serem os grandesinvestidores, são as empresas de bens 'e serviços os maioresgeradores de empregos - 80% dos investimentos são orien-tados para estas empresas. E lembram que, em razão dasnovas formas de contratação - EPC, tum key, aliança e pro-jetos contratados de forma integrada -, a competição passoua ser muito mais acirrada.

De fato, o fortalecimento das empresas fornecedoras debens e serviços foi fundamental nas estratégias de algunspaises que conquistaram fatias importantes dos investimen-tos mundiais em petróleo, como Estados Unidos, Reino Uni-do, Noruega, França e Canadá. O grau de maturidade, com-petitividade e escala, somado a uma estratégia de governo,possibilitou que estes paises, por meio de suas empresas for-necedoras, passassem a exportar para a indústria interna-cional e conquistassem os benefícios econômicos, tecnológi-cos e sociais dai decorrentes.

Do mesmo modo, para permitir a colocação de contratos

4 Odebrecht Informa

Roberto Benjamin,

Engenheiro, integrante

da Odebrecht, é Vice-Presidente

do Comitê de Energia

da Câmara de Comércio

Bra.çil-Estados Unidos

no Brasil, a indústria local deve tornar-secompetitiva em relação aos fornecedores in-ternacionais. Dois conceitos precisam serapreendidos para que esta competitividadepossa ser compreendida em suas verdadeirasdimensões: 1) O objetivo do Governo e da in-dústria deve ser o de "máximo valor agrega-do pela indústria local", significando que nãose pretende a substituição completa das im-portações, mas a maximização paulatina daparticipação local. 2) As metas devem ser es-tabelecidas para que o valor agregado sejacrescente com o tempo.

A experiência internacional demonstraque o sucesso de uma indústria local passapor algumas pré-condições ou facilitadores,entre os quais a existência de bons projetosde investimento, de uma base empresarial deengenharia, suprimento, construção e monta-

gem, de recursos humanos qualificados e de um esforçocoordenado entre os órgãos do Governo e da indústria. NoBrasil, por certo, esse processo pode ocorrer, uma vez queessas condições existem.

Práticas protecionistas às empresas nacionais, entretanto,não devem se repetir. Pelo contrário. As empresas interna-cionais são bem-vindas para se instalar no pais e para com-petir pelos novos contratos, gerando riquezas para todos. Asempresas locais, todavia, devem ter oportunidades iguais.

Para isso, é essencial maximizar, dentro do país, as com-pras de equipamentos, partes e peças, bem como os serviçosligados à indústria do petróleo, em condições competitivas.A conquista desse objetivo seria assegurada mediante a cria-ção de um órgão articulador, ao qual caberá: atuar com aANP para permitir a plena implementação dos contratos deconcessão; atuar com o Banco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social - BNDES para disponibilização de li-nhas e de condições de financiamento competitivas; atuarcom o Ministério da Fazenda e a Receita Federal para ga-rantir a isonomia tributária no setor; e acompanhar o mer-cado internacional de equipamentos, peças e serviços, paradefinição de bases competitivas.

O esforço do Governo para aumentar a produção de pe- ,tróleo e derivados no pais promove o desenvolvimento, geraempregos e protege os interesses dos consumidores. Ou seja,é louvável sob todos os aspectos. Mas é preciso que esse es-forço estimule sempre a competição e a eficiência no setor.Somente desta forma será possível atrair investimentos econstruir uma indústria permanente e competitiva em âm-bito mundial. 'a

Nov/Dez98

Page 7: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

. energiÓ

Reforço nuclearCom início de operação previsto para 1999, Angra 2, a segunda usina nuclearbrasileira, vai gerar 10 bilhões de kWh/ano e melhorar o abastecimentoenergético no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais

~

Em apenas 30 anos, a produção

~ de energia elétrica de fonte nu-~ clear saiu de zero para 17% do~ total mundial, tornando-se a terceira~ mais importante, logo depois da ener-.§..gia hidrelétrica e da principal, a ter-~ melétrica (de outras fontes que não a~ nuclear) . Atualmente, existem no3. mundo 442 usinas nucleoelétricas emj operação e 36 em construção. Lituâ-

nia (83,4%), França (77,4%) e Bélgi-ca (55,5%) são os países que maisutilizam a energia nuclear. No Brasil,a participação, no consumo total, daenergia elétrica derivada da fissão doátomo é da ordem de 0,7%. Esse índi-ce, porém, crescerá no próximo ano,com a entrada em operação de Angra2, a segunda usina nuclear brasileira.

Por estar localizada nas proximida-des de grande centros consumidores,Angra 2 vai melhorar o abastecimentoenergético no triângulo Rio de Janei-ro, São Paulo e Minas Gerais, utili-zando as linhas de transmissão jáexistentes. "Com potência instaladade 1.309 MW (megawatts), Angra 2vai gerar 10 bilhões de k Wh (quilo-watts-hora)/ano, suficientes paraabastecer 1 milhão de residências, ou25% do consumo fluminense", afirmaEvaldo Oliveira Cezari, Diretor deConstrução da Eletronuclear, empresaresponsável pelo Programa Nuclearbrasileiro.

Qualidade e segurançaO projeto, a construção e a opera-

ção da usina obedecem aos mais ele-vados padrões internacionais de segu-rança e são monitorados por organis-mos como a AIEA - Agência Interna-cional de Energia Atômica e a Asso-ciação Mundial de Operadoras Nu-

Angra 2: os mais elevados padrõesinternacionais de segurança; no detalhe. aárea do reator da usina

Odebrecht Informa 5

Page 8: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

cleares, que supelYisionam as ativida- ~des nucleares em todos os países. No ~ .Brasil, a CNEN - Comissão Nacional ~de Energia Nuclear é o órgão do Go- ~

verllo que concede a licellça para aconstrução de usinas nucleares, acom-panha as obras e fiscaliza sua opera-ção permanentemente. Além disso, osorganismos de controle ambiental, fc-deral e cstadual - Ibama e Feema - sóconcedem licença para o funciona-mento dessas unidades após meticulo-sos estudos de impacto ambienta!.

A CNO - Construtora NorbertoOdebrecht, responsável pelas obras ci-vis de Angra 1 c Angra 2, trabalhacom o que existe dc mais moderno nomundo em matéria de normas de sc-gurança. A emprcsa aplica os 13 cri-térios do Qualil)' Assuraflce for SafeI)'in Nuclear Power Plarlls (desenvolvi-dos para assegurar a qualidade dosprogramas de segurança em usinasnucleares), cmitido pela AlEA.

Três quartos dos projetos de Angra2 foram dcsenvolvidos no Brasi!. Issofoi possível por ter sido implementadoem Angra 2 um processo de transfe-rência de tecnologia, que inclui a ca-pacitação dos técnicos brasileiros e da

Ronaldo Pavão Vieira, José Eduardo Costa

Mattos e Henrique Pessoa: atuação integrada

indÚstria nacional cnvolvidos com asatividades de projeto, cllgenharia, fa-hricação dc cquipamentos e cOllstru-ç.ão da usina. Esse proccsso tcve porbase 60 contratos com empresas alc-mãs, quc proporcionaram às empresasbrasileiras a participação em um in-tcnso programa dc qualificação dcpessoal, complctado por um treina-mento especial de 260 engcnheiros naAlcmanha.

Antonio Sergio Barbin, da Ode-brecht, Hcspollsável por Qual idade,obscrva que o rastreamento dos matc-riais utilizados na fabricação doscomponentcs de uma usina nuclear éum procedimcnto fundamental no

controlc de qualidade c scgurança.Esscs matcriais são adquiridos somcn-tc dc fornccedores qualificados c sãoavaliados pelo cIicnte e pelo InstitutoBrasileiro da Qualidade Nuclcar - ór-gão independente credcnciado pelaCNEN, tendo como referência as nor-mas da série ISO 9000.

"Quem participou da obra de An-gra 2 teve a oportuni dade rara deacompanhar um programa de quali-dade total, aplicado de forma global atodo o empreendimento, o que hoje éuma prática cada vez mais em uso liasprojetos contratados na modalidadeEPC (Eflgineering, Procllremenl andConslmctiofl - Projeto, Suprimento eConstrução)", saliellta I-Ienrique Pes-soa, da Odebrecht, Hesponsávcl porContrato.

Construção civilOcupando uma área de 75 mil m~,

Angra 2 é composta de cinco prédiosprincipais e várias estruturas auxilia-res. O edifício do reator, uma esferacom 62 m de diâmetro, é o maior de-les. As obras civis de Angra 2 foraminiciadas em 1976. Uma de suas etapasmais difíceis foi a das fundações. As

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ELETRONUCLEAR PREVÊ ENTRADA EM OPERAÇÃO DE ANGRA 3 PARA 2005

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Ronaldo Fabrício, Presidente da Eletronuclear, ~revela que o Rio de janeiro ainda é importador de ~energia elétrica dos estados vizinhos, o que leva a .~Eletrobras a prever a construção da usina nuclear ~Angra 3 para o inicio do próximo século.

Odebrecht Informa - Qual é o panorama do mercado

energético no eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais?

Ronaldo Fabricio -A Região Sudeste tem

apresentado, nos últimos anos, um crescimento do

consumo de eletricidade da ordem de 5,5% ao ano,

bem superior ao do PIB (Produto Interno Bruto),que tem oscilado entre 2% e 3%. A taxa de

crescimento do consumo de energia é fruto da

demanda reprimida no periodo anterior ao Plano

Real. Com a estabilidade monetária, iniciou-se novo ciclo de

investimentos, obrigando a Eletrobras, inclusive, a importar energia

de outros países.

Ronaldo Fabrício: novo

ciclo de investimentos

01 -Quais são os planos em relação ao Programa Nuclear?

RF -O plano de metas da Eletronuclear prevê para dezembro de 2005

a entrada em operação da usina nuclear de Angra 3. Hoje, a geraçãonuclear é muito importante para o estado do Rio de janeiro que,

apesar de grande exportador de petróleo, importa energia elétrica de

Minas Gerais e São Paulo. A usina Angra I representa 30% da potência

instalada do Rio de janeiro. Com Angra 2, essa participa-ção sobe para45%, o que atenderá à demanda até o ano 2000.

6 Odebrecht Informa

01 - O Brasil já domina todos os processos tecno/ógicos

de usinas nucleares?

RF -Os projetos de construção das usinas

Angra I e 2 foram conduzidos de tal maneira queas empresas brasileiras puderam absorver tanto atecnologia de projeto quanto a de construção,assim como a do ciclo do combustível.Os contratos de t~nsferência de tecnologiafirmados pela Odebrecht com a empresaamericana j. A. jones e a alemã Hochtief foramcumpridos integralmente. Além disso, a indústriabrasileira qualificou-se como fornecedora de usinasnucleares, o que torna o Brasil um país capaz dedesenvolver com autonomia o programa nuclear.

01 - Há recursos naturais e financeiros para isso?

RF -O Brasil possui a sexta reserva mundial de urânio (300 mil t),

suficiente para 40 usinas do porte de Angra 2. Com a entrada emoperação dessa usina, a Eletronuclear estima uma receita de R$600 milhões/ano, recursos que consideramos suficientes para darprosseguimento ao Programa Nuclear brasileiro. Como se sabe, oprocesso de privatização das geradoras de energia faz com que osaproveitamentos hidrelétricos já estudados passem a depender deinvestimentos privados. Estamos convencidos de que será cada vezmais necessário utilizar todas as fontes de energia, inclusive anuclear, até porque usinas nucleares não contribuem para oaumento do efeito estufa, como outras termelétricas.

Nov/Dez 98

Page 9: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

exigências do projeto e a formação "eo-] '

oogica do subsolo tornaram necessáJia a

cravação de 1.626 estacas de grandesdimensões, com cüâmetTo variando en-tTe 1,10 m, 1,30 mel ,80 m, a profwl-cüdades de até 70 111.

A obra envolveu desafios como amobüização de um grarlde conjunto deequipamentos especiais de constTução,reunindo, entre outros, 30 gruas e guin-dastes de esteira e de pneus, 14 perfu-ranizes rotativas e 14 campâ-nulas de ar comprimido.

A execução da mesa da tm-bina foi outra estrutura de ~

grarlde complexidade constru-tiva. Trata-se de uma grandelaje, de 12 m por 30 m e comespessura de 3 m, apoiada emmolas que funcionam comoamortecedores, para impedirque as vibrações sejam trans-mitidas ao restante da est:rutu-ra de geração de energia.

Este arIO, foi executado o úl-timo serviço de const:rução civilde vulto: a chaminé para des-carga de gases, que, com seus155 m de altura, diâmetTo de12,5 m na base e de 3,6 m notopo, é a maior do gênero nopaís. a trabalho foi concluídono tempo recorde de 60 dias,com fôrmas deslizantes de se-ção variável, para definir umperfil do tipo Venturi, que faci-lita a lilieração de gases.

Equipe Dirigente: Henrique Pessoa, José

Mário Bianconi, Valentim Gonçalves

Guimarães, Celso Stanzani, Sultan

Mattar Júnior e Antonio Sérgio Barbin

Como funciona uma usina nuclear--====:==-= ~ - --,. -::1~. P~dor ;:

~5~~~~"~~t,e~çã~Reator . ...

soldagem das tubulações, perfazendo150 mil soldas, exigiu o tTeinamento de500 soldadores e 150 inspetores dequalidade. a sistema de inspeção econtrole de qualidade das soldas deuorigem a 68 mil docmnentos, que con-têm acima de 1 milhão de registros,sendo necessáJia uma rede de 150 com-putadores para apoiá-lo.

a primeiro teste funcional a quenteda usina (ainda sem combustível nu-

clear) está programado parao fina] do primeiro trimesn'ede 1999. "A conclusão daobra de Angra 2 fecha umciclo privilegiado de maturi-dade e qualificação para aOdebrecht, inclusive quantoà gestão contratual na rela-ção com uÍn cliente extre-mamente capaz, a EletTonu-clear", destaca HenriquePessoa.

Na opinião de JoséEduardo Brayner CostaMattos, Chefe-adjunto daobra pela Eletronuclear, oprojeto incorpora todas asmodernas tecnologias deprocesso disponíveis nomundo. "Hoje, a Odebrechtpossui todos os certificadosinternacionais de qualida-de", diz ele. "E a indústrianacional qualificou-se comofornecedora da indústrianuclear, a qual exige o do-mínio das mais modernastecnologias existentes".

-- -Bomba principal de

- Circuitoprimário refrigeraçãodo reator1::8 Circuito secundárioCJ Sistema de água de refrigeração

o princípio científico de uma usina nuclear é semelhante ao de uma usina térmica

convencional: o calor gerado pela combustão do carvão. do óleo combustível ou do gás

natural transforma em vapor a água de uma caldeira. Esse vapor. a alta temperatura e a

elevada pressão. aciona uma turbina que está acoplada a um gerador. o qual. ao girar.

produz energia elétrica. Numa usina nuclear. o calor é produzido pela energia liberada

pela fissão (quebra) do núcleo do átomo de urânio no interior do reator. em sistema

hermeticamente fechado.

O reator da usina Angra 2 é do tipo PWR (Pressurized Water Reactory, o mais

utilizado no mundo - e considerado o mais seguro. É constituído por três circuitos:

primário. secundário e de água de refrigeração. A água do circuito primário é aquecida

pelo calor resultante da fissão nuclear. chegando a uma temperatura de 320' C. Em

seguida, é lançada no gerador de vapor. de onde vai acionar a turbina, a qual, por sua

. vez, movimentaráo geradorpara a produçãode eletricidade.

Para que a água do circuito primário não entre em ebulição. a pressão é mantida em

157 atmosferas - de onde se ori~na o nome do sistema: Reator de Água Pressurizada.

Montagemeletromecânica

A montagem eletTomecânicade Angra 2 foi iniciada em1993, com os primeiros n'aba-lhos de locação e instalação deequipamentos. De 1994 a1996, a Siemens e outTas em-presas fizeram a instalação de partes doreator, do sistema de ventilação, dosgeradores e das bombas. Mas foi em1996 que teve início a fase definitiva demontagem da usina, ao mesmo tempoem que era executado o acabamentodas obras. A responsabilidade pelamontagem foi assumida, então, pelo

. consórcio Unamon, formado pela Te-nenge (Odebrecht), EBE - EmpresaBrasi]eira de Elenicidade, Sade-Inepar,Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa,U1tTatec e Techint.

. Ronaldo Pavão Vieira, representarIteda adebrecht no consórcio, informa quea parie mecânica (reator de 490 t, qua-

Nov/Dez 98

n'o geradores de vapor de 425 t, quan'obombas de circulação de 126 t, pressu-rizador de 140 t, trocadores de calor econdensadores) já está totahnente con-cluída. Também já foram montadasmais de 4 mil t de tubulações, restando5% de serviços nas niliulações secwIdá-rias. a larlçmnento de cabos, as ügaçõese os testes integrados para atencümentodo sistema primário da usina, em fasefInal, já avarlçararn 85%.

Ritmo frenéticoPróximos da conclusão, os tTaballlOs

são realizados em ritmo frenético por 4mil pessoas. O serviço mais volumoso, a

~

o complexo nuclearLoca]izada na Praia de

ltaorna, no km 132 da BR101, a 45 km de Angra dosReis, a Central Nuclear Al-mirante Á]varo A]berto in-

clui a Usina Angra 1, em operação co-mercial desde 1985; Angra 2, em fasede conclusão; e Angra 3, ainda em fasede projeto, além de um conjunto deinstalações de apoio operacional: vilasresidenciais, laboratórios e centro detreinamento.

Angra 2 é a primeira usina resul-tante do Acordo Nuclear Brasil-Ale-manha. Foi desenvolvida e projetadapela empresa alemã Kraftwerk Union(K\VU), subsidiária da Siemens, e pelaNuclen Engenharia e Serviços, hojen'ansfonnada na EletTobras Termonu-clear - Eletronuclear, empresa inte-grante do Sistema Eletrobras. 'a

Odebrecht Informa 7

Page 10: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

. matéri'a de capa

CAMINHO LIVREConclusão do trecho

final da Autopista dei

Oeste representa o

fim do isolamento da

região oeste da

Grande Buenos Aires,

uma conquista

longamente

aguardada pela

comunidade e para a

qual contribuíram as

equipes do Grupo

Concesionario dei

Oeste - GCO

Autopista dei Oeste: empreendimento

administrado sob regime de concessõo,

com obras viabilizadas por meio de umproject finance

8 Odebrecht Informa

No Primeiro Plano Qüin-qüenal do Presidente

. Juán Domingo Perón, naArgentina da década de50, o acesso rodoviário à

cidade de Buenos Aires já recebia aten-ção. Tratava-se então do projeto deuma rede rodoviária concebida para seruma das maiores da América Latina einvolume de tráfego.

No dia 31 de agosto último, a inau-guração do trecho final da Autopista delOeste representou um importante passopara a conclusão do que foi planejadohá quase meio século. Significou tam-bém romper com o isolamento em quese encontrava toda a região oeste daGrande Buenos Aires e o atendimentode um antigo desejo da população local.

A rede, quando pronta, totalizará400 km de rodovias construídas emuma região onde se concentram cercade 50% da atividade econômica dopaís e mais de 75% do tráfego total daArgentina.

São quatro as rodovias que fonnama rede de acesso à cidade: Autopista del

Oeste, Autopista del Sol (acesso Norte),Autopista aI Sur (acesso Sudeste), eBuenos Aires-La Plata (ace~so Sul). Umquinto trecho completará a rede: a Au-topista Parque Presidente Perón, em fa-se final de licitação, que terá cerca de94 krn e constituirá o segundo anel deligação entre estas autopistas.

A Autopista del Oeste é um investi-mento realizado pelo Grupo Concesio-nario dei Oeste - GCO, fonnado pelasempresas Benito Roggio & Hijos, daArgentina, Grupo Mexicano de Desar-rolIo, IJM-Corporation Berhad, daMalásia, Odebrecht Serviços de Infra-estrutura - OSI, empresa da Organiza-ção Odebrecht que administra partici-pações em concessionárias. A respon-sabilidade pelas obras, num regime depreço global, foi das empresas BenitoRoggio & Hijos, CEPO Engenharia eGrupo Mexicano de Desarrollo, orga-nizadas em consórcio.

PrivatizaçãoAté o fInal dos anos 80, na Argentina,

o Governo era o único responsável pelo

o~~..'".~w

Page 11: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

setor de infra-estrutura rodoviária: proje-to, alocação de recursos, construção emanutenção de todas as rodovias do país.

O tema da privatização das rodoviasfoi prioridade da Lei Argentina de Re-forma do Estado, promulgada em1989, conseqüência da certeza de queas grandes obras que precisavam serfeitas no país só aconteceriam com aparticipação da iniciativa privada. Erapreciso, então, confiar na cri atividade ena capacidade de realização do setorprivado, que se tornaria responsávelpor toda e qualquer ação necessária àviabilização dos empreendimentos:aporte de recursos, obtenção de em-préstimos junto ao sistema financeiro,construção e operação. Ao Estado cabe-riam o planejamento e o controle.

Assim, com as primeiras concessõesfeitas no início da década de 90 paramelhoramento e conservação das rodo-vias existentes, a Argentina tornou-sepioneira na América Latina na transfe-rência da operação de serviços rodoviá-rios para as empresas privadas. Emuma primeira etapa, foram concessio-nados cerca de 10 mü km de rodovias;na segunda etapa, iniciada com o De-creto Marco Presidencial, de 29 de de-zembro de 1992, os projetos têm seconcentrado na rede de acessos à cidadede Buenos Aires.

A história recente mostra o acerto dadecisão, com a evidente melhoria de umsistema viário que estava deteriorado."Após a privatização das quatro rodo-vias que hoje formam a rede de acessos,o ritmo dos trabalhos teve uma intensi-ficação impressionante, pois as empre-sas precisam começar a arrecadar o pe-dágio o quanto antes, para poder pagarsuas dividas com os bancos e retomaraos seus acionistas o capital. O tempo ea qualidade das obras e serviços, por-tanto, passam a ser 'prioridade um' dasconcessionárias", analisa Roberto Cruz,Presidente do Ocraba - Órgão de Con-trole da Rede de Acessos à Cidade deBuenos Aires.

Essa também é a opinião de JoãoCox, Responsável por Finanças e peloinvestimento da OSI na concessão daAutopista del Oeste. Ele observa: "OGrupo Concesionario del Oeste investiuna qualidade das obras assegurandoum baixo custo de manutenção duranteo período da concessão. Continuará in-vestindo na qualidade dos serviços aousuário. Isto porque entendemos que éa satisfação do usuário o que, em Últi-ma instância, legitima a concessão".

Nov/Dez 98

Autopista deI Oeste ~O Grupo Concesionario dei Oeste ~

ganhou, em setembro de 1993, a con- ~corrência para melhoria, conservação,

W

manutenção, administração e opera-ção dos três trechos da Autopista deiOeste que já estavam prontos (N2, deMorón a Moreno; N3, de Moreno aLuján; e N4, que liga Luján ao inícioda Rodovia Nacional 5). A licitaçãoincluiu também a construção do tre-cho N1, para ligar Morón à AvenidaGeneral Paz, dentro de Buenos Aires -completando os 57 km de figação en-tre Buenos Aires e Luján.

Com um desenho moderno, a auto-pista tem trechos com uma, duas, trêse quatro faixas por sentido, dependen-do do ~olume de tráfego. Dispõe decanteiros centrais e muros centrais deconcreto - indispensáveis para evitaracidentes frontais -, acostamentos am-plos, iluminação a mercÚrio, pistasmarginais de acesso, sistema de telefo-nes SOS a cada 2 km no novo trechoN1 e a cada 4 km no restante, serviçode auxílio (a meta é que o tempo deespera do usuário seja de, no máximo,seis minutos durante a semana e 10minutos nos fins de semana), ambu-lância 24 horas por dia e uma rede defibra ótica que permite a transmissãode informações ao longo de toda a ro-dovia em tempo real. Por intermédiodo CeP AU - Centro Permanente deAtenção ao Usuário, a comunidade eos usuários têm uma via de comunica-ção const~mte com o GCO.

A capacidade de circulação é de 140mil veículos por dia, a uma velocidademédia de 110 km/h - a velocidade má-xima e a mínima permitidas são de 130kmfh e 60 km!h.

O pedágio pode ser pago manual-mente ou pelo sistema de telepedágio,que permite a passagem do veículosem necessidade de redução de veloci-dade ou de parada. Um chip magnéti-co instalado no automóvel regi§trfl o -débito diretamente na conta bancária ~do motorista. .~

No sistema de tclepedágio, foi feito <-

um convênio entre várias concessioná-rias para a utilização de um único apa-relho em cada carro, que serve, no mo-mento, para o pagamento do pedágioem sete rodovias. Cerca de 60 mil pes-soas já aderiram ao sistema.

"Está estabelecido em cláusula con-tratual que os usuários da estrada se-jam liberados de pagamento se o tempode espera na praça de pedágio passar

. Autopista

~~ dei Oeste

"Na medida em quecompreendermos anecessidade de trabalhar

juntos e de preservar ademocracia e a liberdade, aArgentina continuará sendoum dos países maisimportantes do mundo.O bom governantedeve respeitar as decisõesdo povo. Opovo optoupela construção desta. .

"autoplsta e a apoLOU ,

Carlos Menem, Presidenteda Argentina

Em pé, a partir da esquerda, José Kobiela(Relações com os Municfpios), Guil/ermo

Bermejo (Comunicações), HorácloVelasco (Engenharia), André Amaro

(Financeiro) e Cristian FemandezUurídico); sentados, a partir da esquerda,Edgardo Kutner (Administrativo), Ricardo

Ede/stein (Gerente Geral) e Eduardo

Coutinho (Operações): gerentes do GCO

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"Odebrecht Informa 9

Page 12: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

"Creio sinceramente que esteé o caminho do futuro: umEstado que estabelecediretrizes estratégicas demédio e longo prazos; umaintegração de esforçosprivados com a tecnologiamais moderna a serviço daotimização dos recursosdisponíveis e umaorientação fundamentalpara a promoção dodesenvolvimento social",

Aldo Roggio, Presidente daBenito Roggio & Hijos

de dois minutos ou se o número de car-ros na fila chegar a 15", relata EduardoCoutinho, Gerente de OpenH:ões doGCO. "Essa cláusula reforça nossocompromisso de atender sempre me-lhor. O atendimento com qualidade ga-rante a satisfação do cliente e o conse-qüente retomo do tráfego esperado".

Norma López, moradora de Buenosde Aires, faz todos os dias o trajeto atéGeneral Rodríguez, onde trabalha. Coma nova autopista, seu dia-a-dia vai serfacilitado. "E tão bom que é até difícilde acreditar", ela diz. "Vou poder per-correr a mesma distância em quasemeia hora menos!"

Principais desafiosCoube ao Grupo Concesionario deI

Oeste aportar os recursos necessáriospara o empreendimento, parte como ca-pital e o restante obtido no sistema fi-nanceiro. "Este foi apenas um dos gran-des desafios do projeto", salienta Ricar-do Edelstein, Gerente Geral do GCO.Ele destaca outros, como conseguir ter-minar os trabalhos de construção comos custos previstos e finalizar o processode liberação do trecho para o início daconstrução. O traçado, de quase 9 kmdentro do perímetro urbano, não estavatotalmente liberado na época da licita-ção e havia muitas desapropriações ain-da em fase de negociação.

"Foi um processo lento e difícil", re-corda Roberto Cruz, do Ocraba. "Partedas desapropriações tinham sido inicia-das há mais de 10 anos, passando por

§J:c]

~

8 pistas

Para atenuar o impacto ambienta!, a obra foi exewtada em "trincheira", ~to é, abaixo do nível da superficie,

o que resultou em grandes vantagens para os moradores.

A primeira delas é a dissipação de ruídos e gases para cima, evitando doenças. A segunda diz respeito à possibilidade de as

was vizinhas terem mta para os vazios verdes pniximos, que foram especialmente reflorestados. Isso obrigou a realização de

deslocamentos de terra de m~ de 1,5 milhâo de m', os quais exi~ram mais de 250 mil viagens de caminhões e a construção

de verdadeiros rios subterrâneos de até J m de diâmetro e 7 km de extensão, para evitar inundações.

IO Odebrecht Informa

todo o período da hiperinflação, o quedificultava os pagamentos do principale dos juros aos proprietários. Além dis-so, havia cerca de duas mil fanu1ias ile-gais, problema que o governo precisavasolucionar. Não podíamos simplesmenteexpulsá-Ias: precisávamos resolver aquestão com humanidade, sem impac-tos políticos 011sociais". Todas as famí-lias ilegais foram indenizadas com valo-res que variaram de acordo com o ta-manho de cada núcleo familiar.

A solução adotada, contudo, tevesérias conseqüências: os gastos adicio-nais com as desapropriações foramuma das causas mais importantes pa-ra o atraso do projeto, assim corno pa-ra o aumento do montante total a serinvestido, afirma André Amaro, Ge-rente Financeiro do GCO. "Essas des-pesas a mais representaram um atrasode dois anos e uma diferença de cercade US$ 26 milhões entre o valor pre-visto para as desapropriações e o efeti-vamente gasto", ele relata.

André lembra também, como fatorde impacto no orçamento original, a ne-cessidade de realizar obras adicionais,não-previstas: "Quando se conheceumelhor a realidade da região, se perce-beu a necessidade de antecipar algumasobras e de executar outras adicionais,para mitigar o impacto sobre as comu-nidades vizinhas. Só após o detalha-mento do projeto executivo das obrasdo novo trecho N1, por exemplo, foipossível realmente avaliar onde a popu-lação precisaria de passarelas: as pes-soas não poderiam alterar rotinas comolevar os filhos à escola, que ficava dooutro lado da autopista, onde não haviaprevisão de passarela".

Project FinanceComo conseqÜência das desapro-

priações e das obras não-previstas, anecessidade de recursos complementa-res atingiu a ordem dos US$ 100 mi-lhões. Isto levou o Grupo Concesionariodei Oeste a criar formas alternativas decaptação de recursos. A solução do pro-blema foi iniciada com a entrada daempresa malaia lJM-Corporation Be-rhad no Grupo Concesionario, em agos-to de 1996, o que permitiu novo aportede capital.

Uma outra solução adotada foi a co-brança, nos trechos que já estavam mo-dernizados, de uma taxa de "pedágioproporcional" aos investimentos reali-zados. Isto contribuiu para que o GrupoConcesionario del Oeste absorvesse uma

Nov/Dez 98

Page 13: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

parte da necessidade de recursos adicio-nais, diminuindo o capital e o montantede financiamento do projeto. Além dis-so, o "pedágio proporcional" evitou queos custos adicionais incidissem forte-mente na tarifa futura.

O volume total dos recursos invesri-dos foi de US$ 350 milhões. Os bancosRío de La Plata, Galícia e Francês fize-ram, em conjunto, um empréstimo deUS$ 192 milhões que, somado ao apor-te de US$ 80 milhões efetuado pelos só-cios, à arrecadação do "pedágio propor-cional" e à venda de direito de estaçõesde serviços (postos de gasolina e outrosestabelecimentos), viabilizou o em-preendimento.

O empréstimo feito pelos bancos tevecomo base um project finance, formade fmanciamento onde a garanria de re-pagamento vem do próprio fluxo decaixa do empreendimento. O financia-mento teve duas etapas: na primeira, osvencimentos eram mensais e os sóciosdeveriam cobrir eventuais desvios decustos de construção com capital pró-prio. "Esses desvios não aconteceram",infonna Ricardo Edelstein. "Os invesri-mentos adicionais decorreram basica-mente daB desapropriações e das obrasextras, e não de aumentos dos custosprevistos para as obras". Ele ressaltaainda que a construção foi concluídaquatro meses antes do tempo esrimado.

Terminada a execução das obras, adívida de US$ 192 milhões foi converri-da em um emprésrimo de longo prazo."Temos oito anos para pagar aos ban-cos. Os pagamentos serão feitos semes-tralmente, a uma taxa de 12,5% aoano, com 12 meses de carência paraamorrização do capital. E agora a ga-ranria do banco passou a ser a arreca-dação do pedágio. Os acionistas doGrupo Concesionario del Oeste estão li-berados de outras garanrias", ressaltaAndré Amaro. Há apenas uma possibi-lidade de os sócios. terem de aportarmais capital - garantia esta que venceem um ano: caso o trânsito no primeiroano seja pequeno ao ponto de inviabili-zar os pagamentos do serviço da dívida.Um mês após o ténnino da construção edo início da nova tarifa de pedágio, osresultados indicavam o contrário: o vo-lume de tráfego tem correspondido aoprevisto no project finance.

Horácio Sistack, Presidente do sindi-cato de bancos responsável pelo em-préstimo, acredita que este é um ripo definanciamento que dá certo: "Se acredi-tarmos no desempenho dos sócios, que

Nov/Dez 98

devem cumprir todas as condições téc- ~nicas (qualidade, tempo e especifica- -~ções técnicas); e se acreditarmos na se- ~riedade do Governo, que deve cumprirtodas as regras de desapropriação, so-bra aos bancos o risco do volume detráfego, que é o que vai pagar o em-préstimo. Na medida em que o usuáriopaga pelo que usa - seu benefício não éilusório - e na medida em que ele vêque a obra existe e é de boa qualidade,sua tendência é optar por usar a auto-pista. É nisso que apostamos. O quetambém inf1uencia a decisão dos ban-cos de investir em um projeto de longoprazo é a crença na estabilidade finan-ceira por que paBsa a Argenrina".

Culturas diversasApenas uma parte da história, po-

rém, está concluída. Há novos desa-fios para o sucesso do empreendimen-to, que deverão ser superados duranteos próximos 20 anos, período da con-cessão. Dentre eles, destaca-se o rela-cionamento entre pessoas de diversospaíses e entre os órgãos públicos e pri-vados, relação que se estreita sob aótica da concessão.

"Estamos conscientes de que, às ve-zes, a relação entre o empresário e oGoverno, que é o poder concedente,apresenta contraposição de interesses ede avaliações. Especificamente ~a con-cessão da Autopista del Oeste, a relaçãotem sido cordial", afirma Roberto Cruz.

Para os integrantes do consórcio,que re-íme quatro nacionalidades e cul-turas diferentes e que tem como carac-terísrica o fato de que as participaçõessocietárias são divididas na mesma pro-porção, o desafio da integração deve serconsciente e coridianamente perseguido."Em geral, em uma experiência comoesta, conclui-se que não é mais possíveltrabalhar como antes: é preciso mudara fonna de tomar decisões, procurandoentender as características de cadaum", enfariza Ricardo Edelnstein.

André Amaro acredita que o grandeinstrumento para a superação dessedesafio é um planejamento eficiente."Este é um projeto muito complexo,que exige a resolução de inúmerasquestões mulridisciplinares. Isso só se-rá possível se a equipe estiver integra-da. Por meio do planejanlCnto, que é aferramenta para o estabelecimento demetas, da definição de responsabilida-des e de seu acompanhamentQ, esta-mos conseguindo conquistar os resul-tados esperados". ':t

''A sinérgica associação degrupos de quatro diferentesnacionalidade~ - argentina,brasileira, mexicana e

.

malaia - para a viabilizaçãode um empreendimento comoo Acesso Oeste é uma provainconteste da realpossibilidade de a iniciativaprivada organizar esforços,construir e operarinfra-estruturas deserviçopúblico em harmônicaparceria com o Governo,proporcionando plenasatisfação ao usuário".

Luiz Villar, Uder Empresarial da OSI

EMPREENDIMENTORODOVIÁRIO DOANO

o Grupo Concesionario dei Oeste -GCO recebeu da Associação Argentinade Rodovias. AAC, dia 5 de outubro, nacapital argentina, o PrêmioEmpreendimento Rodoviário do Ano,pela construção do Acesso Oeste aBuenos Aires.

Em mensagem enviada ao GCO, oEngenheiro Pablo Gorostiaga,

. Presidente da AAC, afirma que a

concessionária é merecedora dadistinção por ter realizado, nos prazosacordados e com as características deexecução desejadas, uma obralongamente esperada.

Na cerimônia de 5 de outubro -Dia

da Estrada na Argentina"

a AAC,instituição filiada à International RoadFederation, presenteou o GCO comuma placa comemorativa.

Odebrecht Informa 1 1

Page 14: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

~e~ Álvaro Pereira Novis I

Em nome da marcaLeitor' assíduo de jornais e revistas especializadas em finanças,

~. Álvaro Pereira Novis considera a informação -"e a contra-informação" - um ingrediente essencial em seu ramo deatuação. Ele sempre pensou desta forma, desde meados

da década de 60, quando se formou em Administração,de Empresas, na Fundação Getulio Vargas, e em

Economia, na Universidade Federal do Rio deJaneiro, e quando começou a trabalhar noMinistério do Planejamento e Coordenação Geral.

Depois daquela primeira experiência profissional,dedicou-se por vários anos à atividade bancária,exercendo cargos de direção. Carioca, 55 anos,casado, uma filha que se forma em Direito ainda

este ano, Álvaro Novis passou a ser, em 10dejulho, Responsável por Finanças na Odebrecht S.A.,

deixando de exercer a mesma função na OdebrechtServiços de Infra-estrutura - OSI. Ele substitui Ruy

Lemos Sampaio, que assume como Responsável porFinanças na OPP Petroquímica e Trikem.

Observador atento, Álvaro Novis já conhecia bem aOdebrecht antes mesmo de ter ingressado nela, em

outubro de 1992, para ser Responsável por Finanças naCBPO.A partir de então, jamais perdeu uma oportunidade de

aprofundar seus conhecimentos sobre o conjunto das empresasda Organização, o que, por certo, será de extrema utilidade para o

cumprimento de sua atual missão. "A Odebrecht, líder nossetores em que atua, vem passando por grandes

transformações", ele observa. "Estamosavançando, firmes, na consolidação de uma

nova base empresarial, que ensejará umnovo ciclo de crescimento

sustentado".

Nesta entrevista, Álvaro Novis falasobre o mercado de concessões noBrasil, os efeitos da crise mundialdas bolsas sobre a economia e asempresas brasileiras e o momentoda Organização Odebrecht.

Nov/Dez98

Page 15: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

Odebrecht Informa - Como foi a experiência, na 051, de bus-car equacionamento financeiro para projetos de concessão?Que empreendimentos você destacaria nesta sua atuação?

Álvaro Novis -O meu ingresso na Organização se deu em função

do empreendimento da Ponte Vasco da Cama, a segunda traves-

sia sobre o Rio Tejo, em Lisboa, que era, em 1992, um projeto em

perspectiva, a ser viabilizado mediante a elaboração e implemen-

tação de um project finance (forma de financiamento de projetos

na qual a garantia de repagamento está centrada, principalmente,

na confiança dos bancos na qualidade do projeto e no fluxo de

caixa do próprio empreendimento). Com o tempo, minha atuação

foi sendo ampliada, apesar de continuar voltada a finanças corpo-

rativas. A Ponte Vasco da Cama, uma das maiores obras de infra-

estmtura já realizadas na Europa por meio de um project finance,

o Acesso Oeste a Buenos Aires e a Hidrelétrica de ltá foram expe-

riências especialmente motivadoras. Projetos de qualidade são

sempre financiáveis. A arte está na busca do equilíbrio de interes-

ses, qualificado na equação risco-retomo entre todos os agentes

que participam desses projetos.

~'A marca Odebrechté o traço de união

/ . / .entre os varIOS negocIos

jjem que atuamos

01 -Em que setores a participação da iniciativa privada vemsendo mais marcante no contexto das concessões no Brasil?AN -A partir de fevereiro de 1995, quando foi votada a Lei Fe-

deral de Concessões, e com.a consolidação do programa de priva-

tizações, a iniciativa privada nacional e a internacional se alinha-

ram em busca de oportunidades na área de infra-estrutura TIO

Brasil, com destaque pára o setor rodoviário. A Odebrecht é uma

das empresas com forte atuação neste setor, participando da ope-ração de diversas rodovias no país, por meio da presença da OSI

em empresas concessionárias. Os programas rodoviários no Brasil

projetam a concessão de 20 mil km, sendo que 7.900 km já são

hoje operados pela iniciativa privada.

01 - Como estimular a participação da iniciativa privada emprojetos de concessão no Brasil?AN -Antes de tudo, é preciso assegurar o ambiente adequado,que resulte do somatório de urna estrutura legal estável, estahili-

dade política e a possibilidade de estruturação de projetos de fi-

nanciamento de longo prazo com taxas de juros compatíveis comas expectativas de retomo do investimento. O desafio maior do

Brasil, ainda hoje, se refere à carência de fontes locais de financia-

mento de longo prazo, a custos aceitáveis. Ainda é muito grande a

dependência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social - BNDES, das agências multilaterais de desenvolvimento,

corno BID e lFC, e do mercado internacional de capitais. Fontesalternativas têm de ser criadas, aumentando a poupança interna,para o que a reforma da previdência poderá contribuir muito. I-láque se destacar também o papel dos fundos de pensão no merca-

Nov/Dez 98

do das concessões. Como investidores institucionais, eles são as

fontes mais legítimas e vocaeionadas, porque buscam a participa-ção de longo prazo e têm expectativas de retomo compatíveis. Os

fundos de pensão são uma indÚstria de quase US$ 100 bilhões no

Brasil. Somando-se Brasil, Chile e Argentina, chegamos a US$

180 bilhões. Os empresários precisam canalizar esse potencial.

01 - Como superar o desafio de preservar, na OrganizaçãoOdebrecht, o conceito de grupo e, ao mesmo tempo, valo-rizar as particularidades de cada empresa? Como obter acoesão entre empresas com caracteristicas de atuação tãodistintas?AN -É preciso que todos nos esforcemos para fortalecer a mar-

ca da Odebrecht. Todos temos um mesmo objetivo, que é asse-gurar o crescimento da Organização, com resultados para os

acionistas e a satisfação de nossos clientes. Sem dÚvida, o dese-

nho da Odebrecht está mudando e isso é essencial para que ela

aprimore sua capacidade de atuar em uma economia estável,

aberta e globalizada. Empresas mundiais estão se fundindo e

criando grandes conglomerados. A Odebrecht se prepara para

atuar nesse cenário. Nossa marca será o traço de união entre os

vários negócios em que atuamos.

01 - O Brasil sentiu intensamente os efeitos da crise mundialdas bolsas de valores, enfrentando, entre outros problemas,uma grande fuga de dólares. O que causou essa crise? Comoela afetou as empresas?

Ai\' - Em 1997, a crise asiática, que teve forte impacto nos paísesemergentes, como o Brasil, foi um sinal evidente de que um pro-

cesso de deterioração tinha se iniciado. Hoje todos sabem que o

Japão tem problemas de grande magnitude. Além disso, mais re-

centemente, a moratória russa sllIpreendeu o mercado. O Brasil

tem um plano econômico bem-sucedido, mas enfrenta um déficit

pÚblico que o deixa vulnerável. O mercado financeiro trabalha

com base em expectativas, antecipando-se, assim, aos fatos. O

Brasil precisa corrigir este desequilíbrio fiscal, apoiando medidas

concretas para o alcance dos ajustes necessários. Só assim o fllL'w

de capitais externos, que complementa nossa poupança interna,

voltará aos níveis anteriores. Com isso, é claro que as empresas

brasileiras serão fOlialecidas e terão condições de confirmar seusplanos de investimento.

01 . Em recente pesquisa realizada pela InterScience para arevista Carta Capital, a Organização Odebrecht foi aponta-da como uma das 40 empresas mais admiradas no pais. Aque o Sr. atribui isso?

AN - A Odebrecht se faz respeitar pela capacidade de trabalho epela vontade de crescer e de servir. É uma organização empresa-

rial admirada por sua gestão e sua capacidade de gerar riquezas.

O crescimento da empresa, seus valores, o trabalho de cOlIluni-

cação com o pÚblico interno e o externo - tudo isto chama a

atenção. Acho que a Odehrecht é uma empresa que estimula as

pessoas a desenvolver suas qualidades, o que resulta na geração

de um vetor de alto grau de eficácia na gestão. O grande produ-

to da Tecnologia Empresarial Odebrecht é a valorização do ser

humano naquilo que ele tem de melhor - nas suas qualidades, e

não nos seus defeitos. Esta é uma forma de canalizar energiasque gera enorme motivação. As pessoas sentem-se integralmente

responsáveis pelo que fazem. Estou convencido de que seremos

ainda mais admirados quando os resultados provenientes de UIIl

novo ciclo rle crescimento, em que ora estamos empenhados, co-

"1e~'an~1II a aparecer. 'a

Odebrecht Informa I 3

Page 16: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

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AMPLIADA LINHA 2 DO METRÔ DO RIO DE JANEIROOs trabalhos de constru-

ção e modernização da Li-nha 2 foram realizados emduas etapas, com início em1996 e conclusão no segun-do semestre de 1998. AOdebrecht, em consórciocom a C.R. Almeida, ex-ecutou a via férrea e a recu-peração das estações deTomás Coelho e de Vicentede Carvalho, estas naprimeira fase. Na segunda, aempresa reconstruiu a Es-tação de lrajá e construiu ade Colégio e parte da de

Estação do bairroColégioe, na foto menor, WaldemiroBento, da Odebrecht, e Coelho Neto. As estações deFranciscoPinto, Secretário Estadualde Transportes Acari, Rubens Paiva e Pavu-

na foram executadas pelaQueiroz Galvão.

"Entre as obras de maior complexidade, e queexigiram maior criatividade da equipe da Ode-brecht, destaca-se a da estação de Colégio", relataWaldemiro Bento, Responsável por Contrato. Emrazão do intenso tráfego no local e do elevado custodas desapropriações que pennitiriam a construçãodos viadutos necessários, a empresa e a equipe doMetrô alteraram o projeto, optando por fazer a es-tação em uma via elevada.

Outra decisão acertada foi a construção de umafábrica, em terreno do metrô, para a produção de126 vigas pré-moldadas de concreto protendido.Essa metodologia representou expressiva reduçãode prazos e custos na execução dos viadutos metro-viários.

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A Linha 2 do Metrô do Rio de Janeiro vai, ago-ra, do bairro de Estácio ao da Pavuna - antes só iaaté Irajá. Com isso, a estimativa é de que o total depassageiros transportados dobre, chegando a 100mil/dia. O trecho foi ampliado em duas etapas,com a implantação de 15,6 km de vias pennanen-tes e a revisão de outros 6,6 km. Oito estações fo-ram recuperadas, reconstruídas ou inteiramenteconstruídas.

O trecho que vai de Irajá à Pavuna, com 8,2 kmde extensão e seis estações, foi entregue à popula-ção pelo Governo do Rio de Janeiro em setembro eoutubro passados. Além do conforto - os trens,agora, são refrigerados - e da maior rapidez, a ex-pansão e modernização da Linha 2 impulsionará odesenvolvimento econômico da Baixada Fluminen-se e dos bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro.

PARQUE GRÁFICO DE O GLOBOENTRA EM OPERAÇÃO

O maior e mais moderno parque gráfico da América Latina entrou em opera-ção comercial no dia 5 de outubro, quando o primeiro conjunto de máquinas 1'0-tativas da nova gráfica de O Globo, em Duque de Caxias (RJ), imprimiu 150 milexemplares do jornal. Até novembro, mês em que o empreendimento será inau-gurado oficialmente, já estarão flllicionando os três conjuntos de in1pressoras.

As rotativas, dispostas em linha para aumentar a produtividade no corte e nadobra dos exemplares, têm capacidade para imprimir 210 mil exemplares porhora. A produção total é estimada em 600 mil exemplares nos dias úteis e até 1,5milhão aos domingos. A localização privilegiada da gráfica, às margens da Rodo-via Washington Luís (BR-040), pennitirá que o jornal chegue muito cedo às re-giões dos Lagos, Serrana e Sul Fluminense, bem como a Niterói, e ao centro, nor-te e sul do Rio de Janeiro.

Construídas pela Odebrecht, as novas instalações incluem três prédios com 45mil m2 de área útil total. O maior deles é o que abriga as rotativas, com 250 m deextensão e 100 m de largura; um outro, para estoque de bobinas, tem capacidadepara armazenar 20 mil t de papel; o terceiro é destinado à expedição e tem umsistema especial de transporte e carregamento.

14 Odebrecht Informa

DESEMPENHORECONHECIDO

A Unidade de Polipropileno da OPPPetroquímica no Pólo Petroquímico deTriunfo (RS) foi reconhecida pela MonteI!por seu desempenho operacional em 1997.A OPP, no ano passado, ultrapassou amédia mundial de aproveitamento doprocesso tecnológico, chegando ao índicede 98,1%.

A distinção é concedida pela MonteI! àsfábricas que se destacam entre as 42usuárias mundiais da tecnologia Spheripol,desenvolvida pela empresa, e é baseada noíndice Stream Factor, que afere odesempenho operacional.

Em 1997, os integrantes da RegionalTriunfo da OPP foram convidados pelaMonteI! a apoiar o início de operações deuma fábrica na Espanha -fato tambémconsiderado como um reconhecimento àcapacitação das equipes da OPP.

Nov/Dez 98

Page 17: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

Conjunto formadopor dois prédiosconstruídos pelaOdebrecht num dos

mais belos bairros de Salvador,o Horto Florestal, oCondomínio Chácara Suíçainclui uma reserva florestalprivativa com 14mil m2 ecompleta infra-estrutura delazer - com quadras de esporte,piscina e pista para cooper porentre árvores centenárias, alémde uma vista panorâmica dacidade. No dia 17de setembro,quando as chaves docondomínio foram entregues,79 das 80 unidades já estavamvendidas.

"Cada detalhe do ChácaraSuiça foi planejado paraoferecer conforto, segurança eprivacidade aos moradores. Ocompromisso da Odebrechtcom seus clientes foi cumpridoa cada passo da obra, inclusive

CHÁCARA SUíÇA: ENTREGA DAS CHAVES

na entrega das chaves com trêsdias de antecedência emrelação ao prazo contratualprevisto", afirma Djean Cruz,Responsável por Contrato.

Os apartamentos têm 400m2 de área privativa, incluemquatro suítes, três salas e trêsvarandas e dispõem de quatrogaragens. O condomíniomanteve o nome.da antigaChácara Suíça, recanto criado,nos anos 40, pelos suíços Ottoe Lucy Billian. Em homenagemao trabalho de preservaçãoambiental feito por eles, osdois prédios foram batizadoscom o nome do casal. "Oprojeto arquitetõnicoconservou as característicasnaturais, não interferindo noambiente bucólico construídopelos meus avós", diz DanielMüller, criado na chácara e,agora, morador e síndico docondomínio.

RECOMENDAÇÃO PARA QS 9000

As unidades de compostos da OPPPetroquímica no Pólo Petroquímico deTriunfo (RS) e em Itatiba (SP) foramrecomendadas à certificação QS 9000,criada para atender às exigências do se-tor automobilístico.

O processo de adaptação do Negóciode Especialidades da OPP aos requisitosda QS 9000 começou em fevereiro de1997, a partir da capacitação dos inte-grantes das duas unidades, tendo sidoconcluído em 3 de julho de 1998. A au-ditoria foi realizada pela ABS QualityEvaluations, que recomendou a OPPpara a certificação.

Com base na ISO 9001, a QS 9000foi elaborada pelas montadoras Ford,Daimler-Chrysler e General Motors,para qualificar seus fornecedores dematérias-primas e componentes. Hoje,75% dos compostos de polipropileno daOPP são absorvidos pelo segmento au-tomobilístico.

Marcelo Bianchi, Responsável peloNegócio de Especialidades na OPP, ob-serva: "A QS 9000 nos fortalece comofornecedores da GM e da Ford e abreperspectivas de exportações para estesclientes, aprimorando uma imagem dequalidade no mercado global".

Nov/Dez 98

Os dois prédios que formam o Condom(nio Chácara Su(ça, situado

no Horto Florestal, em Salvador

ACIONADAS AS MÁQUINAS DAaa LlNHAADUTORA

Cerca de 500 moradoresdas zonas sul e sudeste da ci-dade de São Paulo assistiramao acionamento das máqui-nas para o início das opera-ções da 8a Linha Adutora deÁgua Bruta da Companhiade Saneamento Básico deSão Paulo - Sabesp, em se-tembro.

As obras, executadas porum consórcio liderado pelaOdebrecht, asseguram o fimde um longo período de ra-cionamento de água na re-gião, que impunha à popula-ção incômodos rodízios noabastecimento. AriovaldoCarmignani, Presidente daSabesp, informou, na soleni-dade, que a 8a Linha benefi-

cia 3 milhões de habitantesda Região Metropolitana deSão Paulo.

A nova adutora captaágua na represa de Guarapi-ranga e a transporta poruma tubulação de 6 km até aestação de tratamento do Al-to da Boa Vista. A tubulaçãotem de 2 m a 2,5 m de diâ-metro, o que garante umavazão de 16 m3/s - equiva-lente a 30% da capacidadetotal de tratamento da Gran-de São Paulo. Márcio Pelle-grini Ribeiro, da Odebrecht,Responsável por Contrato,enfatizou "a satisfação daempresa em entregar rigoro-samente no prazo urna obrade tão elevado valor social".

Odebrecht Informa 15

Page 18: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

. globalização

INTERESSE NACIONALA G/oba/ização na América Latina foi o tema dapalestrade Emílio Odebrecht, Presidente doConselho de Administração da Odebrecht S.A., naIX Assembléia Plenária do Ceal- Conselho deEmpresários da América Latina, realizada nocentro de convenções do Hotel Conrad, em Puntadei Este, no Uruguai, dias 3 e 4 de setembro. Emsua exposição, Emílio fez uma análise crítica daglobalização, das responsabilidades do Estado e do

risco de desnacionalização do sistema produtivodos países latino-americanos. Entre os meios parasolucionar os problemas decorrentes dessesfenômenos, destacou os investimentos empesquisa e na melhoria da educação, a premênciade investimentos binacionais e a maiorinterdependência entre os países da AméricaLatina. Leia a seguir os principais pontosabordados na palestra.

I.QUANTO À GLOBALlZAÇÃO !~11~EMPRESAS BRASILEIRAS

EM DESVANTAGEM"Teoricamente, algumas caracterís-

ticas do fenômeno da globalização são:a liberalização e a desregulamentaçãode mercados, tanto os nacionais quan-to o internacional; a internacionaliza-ção de processos e decisões; e a transfe-rência tecnológica. Essas particularida-des fazem crer que a globalização estáestabelecendo wn mesmo conjunto deregras, oportunidades, restrições e va-lores para todos. Na prática, porém,não é isso que prevalece. Neste mo-mento, as empresas brasileiras estãoem desvantagem. Uma legislação dedefesa econômica dissociada da reali-dade mundial limita a concentração ea possibilidade de escala até na produ-ção de commodities. Em negócios comprodutos de consumo mundial, em ummercado de abrangência global, em se-tores de capital intensivo, é imperativaa existência de escala e concentraçãocomo requisitos para assegmar compe-titividade internacional e avanço tec-nológico" .

TERCEIRA GUERRA MUNDIAL"Ao fenômeno da globalização cabe

perfeitamente a metáfora de 'terceiraguelTa mundial'. Isso porque, mesmoque em nada se assemelhe às guelTasmundiais anteriores, lançou as basespara que haja predomínio entre os paí-ses, não mais pelas armas de fogo e,sim, pelo conhecimento. Se, portanto,no jogo da globalização há lugar paraos vencedores e para os vencidos, queposição nos está reservada?"

16 Odebrecht Informa

Emflio Odebrecht: "Ao fenômeno daglobalização cabe perfeitamente a

metáfora de 'terceira guerra mundial'"

o MUNDO EM PÂNICO

"Recentemente, o mundo viveumomentos de pânico. Os operadoresde fundos internacionais, mais queninguém, sentiram na pele como o di-nheiro que não tem pátria é volátil - ecomo, ao menor sinal de ameaça, sedesmancha no ar. Mas será que é ape-nas o capital especulativo que tem es-te caráter volúvel? Entre as minhasconvicções está a que diz que o quenão tem raiz, o que não tem origem,não é duradouro. E os grandes gruposintemacionais têm raízes, têm origense têm suas principais bases onde estãoseus principais acionistas e onde seconcentra sua maior força político-es-tratégica. Como as aves migratórias,saberão voltar ao local de abrigo deseus interesses principais, de seuscompromissos históricos - tão logo ascondições de permanência lhes pare-çam desvantajosas".

..,

11.QUANTO AO PAPELDO ESTADO

RESPONSABILIDADES BÁSICAS"Três convicções têm pautado nos-

sas decisões e ações na OrganizaçãoOdebrecht. Primeiro: só teremos umaeconomia forte quando tivermos em-presas igualmente fortes e qualificadaspara competir, dentro e fora de nossomercado, com as melhores empresasinternacionais. Segundo: não há em-presa forte em país fraco. Terceiro: umpaís, para ser forte, precisa:

. eleger como prioridade o cumpri-mento pleno das responsabilidadesbásicas do Estado, particularmentenos campos da Educação, da Saúdee da Segurança Pública;

. . concentrar seus recmsos em investi-mentos sociais, de modo a propor-cionar a todos os cidadãos oportuni-dades crescentes de trabalho e me-lhoria de qualidade de vida, comjustiça e equilíbrio social;

. modernizar os seus setores de pro-dução e integrar-se à comunidademundial;

. e ser capaz de conviver com padrõesinternacionais de competitividade".

VANTAGENS E DESVANTAGENSCOMPETITIVAS

"O velho conceito das vantagenscomparativas, baseado nas riquezasnaturais ou espontâneas, já não aten-de às nossas necessidades. Há vanta-gens competitivas que precisam ser

Nov/Dez 98

Page 19: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

criadas e desvantagens que precisamser eliminadas ou, pelo menos, mini-mizadas, por exemplo, com a reduçãodo custo do dinheiro, com o aumentodos investimentos em pesquisa, ciên-cia e tecnologia e com a melhoria daeducação nos seus diversos níveis. Nospaíses desenvolvidos, a busca do dife-rencial competitivo passa, entre ou-tras coisas, pelo uso da tecnologia, pe-la melhoria dos processos produtivos epela eficácia dos meios de divulgaçãoe comercialização de produtos, já quemuitas das demais condições forampreviamente atendidas. Nos países emdesenvolvimento, o alcance destasvantagens ainda exige ampla partici-pação do Estado".

OS DESAFIOS DAS EMPRESAS"As empresas estão conseguindo

superar seus próprios desafios, como oda melhoria da produtividade, me-diante a otimização gerencial, a quali-ficação dos trabalhadores, a reduçãode custos e o aprimoramento dos pro-cessos produtivos. Dificilmente, po-rém, alcançarão competitividade depadrão internacional em um contextode desvantagem competitiva, agrava-do pela crônica ineficiência do setorpúblico e pela precariedade 'da infra-estrutura, fator que dificulta o escoa-mento de nossa produção".

Projeto Chavimochic. no Peru: alianças

estratégicas para promover a sinergia no

rumo do fortalecimento e da

complementaridade

Nov/Dez 98

111. QUANTO AO RISCO DE

DESNACIONALlZAÇÃO

FRAGILIDADE DEGRUPOS NACIONAIS

"Há um ambiente bastante propíciopara uma ampla desnacionalização dosistema produtivo dos paises da Améri-ca Latina. Muitos de nossos grupos em-presariais, sem escala e fragilizados narelação com os concorrentes internacio-nais quanto a capital, tecnologia e cus-tos, ainda atuam de forma diversifica-da, um partido da década passada eque se tomou ineficaz. É grande o nú-mero de importantes empresas comproblemas societários e de sucessão. Háo inexorável fenômeno do envelheci-mento de acionistas e gestores princi-pais, que traz consigo a natural indis-posição para enfrentar novos desafios.E há, finalmente, a valorização dos ati-vos, a atrair investidores e concorrentesinternacionais dispostos a fazer ofertasbastante sedutoras".

PERDAS NO LONGO PRAZO

"A desnacionalização dos sistemasprodutivos dos países em desenvolvi-mento é mais uma questão política queeconômica. Sua principal conseqüênciade curto prazo é a mudança dos centrosdecisórios para pontos do planeta ondenão estão em pauta nossos problemasespecíficos. Entretanto, o maior proble-ma de uma ampla desnacionalização

g do setor produtivo está no longo prazo..~ No curto prazo, se o enfoque for opor-!. tunista e imediatista, o capital estran-

geiro tem valor. No longo prazo, semmecanismos de defesa e sem a criação,agora, de instrumentos de isonomiacompetitiva para dar chances a gruposempresariais locais, perderemos todos".

I!

ISONOMIA COMPETITIVA

"Não defendo protecionismos ilegíti-mos nem me movem nacionalismos ar-caicos. Não quero ver no futuro, entre-tanto, nossos filhos e netos trabalhandoexclusivamente em empresas multina-cionais - ou porque lhes faltarão opçõesou porque não soubemos preservar asempresas de nossos paises. O que é ne-cessário discutir não é a construção detrincheiras para defender nossas orga-nizações mas a constatação inequívocade que, em nossos paises, já não há iso-nomia competitiva e, pior, não se per-cebe qualquer movimento que vise cor-rigir este curso com prioridade e comeficácia" .

VULNERABILIDADE"Se nossos paises não se prepararem

para forçar o reinvestimento útil aos in-teresses nacionais, estaremos duplamen-te vulneráveis. Por um lado, pelo riscode haver um vácuo de investimentos,sempre que estes se subordinarem aconveniências próprias. Por outro, pelodespreparo que fatalmente ocorrerácom os grupos nacionais para preenchero vazio, como decorrência da perda deespaços vitais na economia local".

''Há um ambiente bastante

propício para uma ampla

desnacionalização do

sistema produtivo dos países

da América Latina"

ALIANÇAS ESTRATÉGICASNO MERCOSUL

"Devemos agir de maneira a estimu-lar alianças estratégicas que promovamsinergia no rumo do fortalecimento e dacomplementaridade, com vistas aocrescimento e ao desenvolvimento, comnovos investimentos. O Mercosul, porexemplo, é um bloco formado por pai-ses fronteiriços, sem rivalidades políti-cas, livre de conflitos étnico-culturais,integrado pelo compromisso de todos osseus membros com a democracia - lo-go, um espaço extraordinário para nos-so desenvolvimento. Precisamos desen-volver meios eficazes de tomar dura-douros estes processos de integração".

INVESTIMENTOS BINACIONAISE INfERDEPEND!?;NCIA

"Um dos caminhos para a integraçãoé conferir ênfase especial aos investimen-tos binacionais em transporte, energia etelecomunicação entre os países quecompõem blocos regionais. Outro, é a in-terdependência entre os blocos, entre ospaíses que os compõem e entre seusagentes produtivos. lnterdependênciadeve ser a palavra de ordem, de modoque, da comunicação eficaz entre estesparceiros, possam resultar benefícios pa-ra o cliente. Às empresas caberá o desa-fio de desenvolver a competência embuscar a informação, disseminá-Ia deforma qualificada quanto à velocidade eao conteúdo e transformá-Ia em conhe-cimento capaz de gerar resultados" .

Odebrecht Informa 17

Page 20: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

CAMINHADA SEMFRONTEIRAS

Em sua palestra, Emílio Odebrecht também falou sobre a atuaçãointernacional da Organização e sobre os balizamentos indispensáveis

à continuidade de seu crescimento

A ODEBREClIT EA ECONOMIA MUNDIAL

"A Odebrecht é uma das Organiza-ções brasileiras que mais atuam no ex-terior. Iniciamos esta trajetória há maisde 20 anos, quando a globalização nãoera tema de discussões e os blocos eco-nômicos não passavam de uma utopia.SaÚllos para aprender. Dominávamosas tecnologias e os processos nos cam-pos da engenharia civil e pesada e daperfuração para petróleo, mas não tí-nhamos experiência internacional. Oque nos movia era uma espécie de 'es-tado de espírito' voltado para a mu-dança e para o desenvolvimento delima nova IIwnlalidade, alH'rta para o1111111'I,," ,

BASES CONSOLIDADAS"Em mais de duas décadas de atua-

,;iio internacional, prestamos serviçosem mais de 20 países, na América, naEuropa, na Ásia e na África. Fixamosbases, já consolidadas, em mais de 10destes países, inclusive no chamadoPrimeiro Mundo. Conseguimos fazer

"'1111que nossos Empresários-Parceiros- que é como denominamos nossos(:ompanheiros de Empresa - pensas-~,'m globalmente e agissem localmente,

"11\ cada ambiente e em cada negócio,;(Ib sua responsabilidade. Enfrentamos,Iesafios de diferentes naturezas e, ob-,'iamente, amargamos alguns insuces-~",;. Recolhemos, contudo, experiências

'1111'nos têm sido muito importantes..\qni no Umguai, por exemplo, nos or-)!lIlhamos de ter participado, em con-

"O crescimento exige que a

Odebrecht mantenha o

seu partido organizacional

de grupo empresarial que

atua como confederação

de pequenas empresas,

ágeis e flexíveis, unidas

por uma referência ética e

cultural comum"

~,"reiocom a empresa argentina BenitoHoggio & Hijos, da constmção deste1111Iel onde estamos reunidos".

BALIZAMENfOS INDISPENSÁVEIS.,Para sobreviver e crescer nesta

I'1l1ni-nhada que desconhece frontei-ras, estabelecemos os seguintes baliza-11H'lItos, que nos parecem indispensá-'c-is: não perder o partido organiza-c'ional de grupo empresarial que atua,'omo uma confederação de pequenas"lI\presas; ágeis e flexíveis, unidas porlima referência ética e cultural co-IIllIm; e criar as condições e o estímu-10 para que nossos Empresários-Par-('eiras busquem permanentemente ou-Iros níveis de competência e de co-11hecimento, com crescente visãoIIlImdial" .

~'"~~o..o..oo>'5E"«

Unidade da Trikem em Camaçari (BA):empresas da área Quimica e Petroquimica

da Odebrecht são lideres nos mercados deresinas poliolefTnicas, PVC e cloro-soda naAmérica do Sul

RENOVAÇÃO EMPRESARIAL"É necessário enfatizar a importân-

cia da sucessão de gerações nos gmposempresariais, não apenas com vistas aocrescimento e à perpetuidade das Orga-nizações, mas também como respostaàs mudanças cada vez mais rápidasque o mundo vive neste nosso tempo.Os jovens é que têm a força para reno-var a disposição, a agressividade, a im-petuosidade e a competência que, com-binadas com a experiência das geraçõesanteriores remanescentes, servem deantídotos contra a acomodação e o con-servadorismo exagerados e criam avontade de viver novas experiências". 'a

"Empresariar é mais arte do que técnico; mais intuiçõo do que razõo; maissentimento do que ciência"

18 Odebrecht Informa Nov/Dez 98

Page 21: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

. . Iterceiro setor

Força emergenteReunidos no Terceiro Setor, diferentes segmentos sociais assumemnovos papéis na realização de projetos de interesse público

Oauditório do jornal Gazeta -5il1ercantil, em São Paulo, foi :ipequeno para acomodar as ~cerca de 400 pessoas que ali i

compareceram, no dia 28 de agosto, ~o

quando foi realizado o seminário A .~Contribuição do Terceiro Setor para o ~Desenvolvimento Sustentado do País,promovido pelo CIEE - Centro de In-tegração Empresa-Escola e pela Gaze-ta Mercantil. O grande interesse des-pertado pelo evento surpreendeu orga-nizadores e participantes, demonstran-do as possibilidades de crescimento doTerceiro Setor no Brasil.

O seminário foi dividido em duaspartes. Na primeira, o assunto foiabordado por Luiz Fernando Levy,Presidente da Gazeta Mercantil, An-tonio Jacinto Celeiro Palma, Presiden-te do Conselho de Administração doCIEE, e Edward Amadeo, Ministro doTrabalho, entre outros. Na segundaparte, que teve como tema O BalançoSocial das empresas e o novo conceitode filantropia, alguns convidadosprestaram depoimentos, entre eles oProfessor Adib Jatene, ex-Ministro daSaúde, e Sergio Foguel, Responsávelpor Planejamento e Desenvolvimentona Odebrecht S.A., membro do Con-selho Curador da Fundação Ode-brecht e Presidente do Instituto deHospitalidade.

Essência e benemerênciaSergio Foguel iniciou sua apresenta-

ção mostrando a necessidade do esta-be�ecimento de um consenso conceitual

.

sobre os temas tratados, em especialsobre o Balanço Social. Embora reco-nhecendo que nos últimos anos as dis-cussões avançaram, ele avaliou que oassunto ainda não está suficientementemaduro. Com o intuito de contribuirpara isso, salientou alguns pontos queconsidera decisivos. "Em primeiro lu-

Nov/Dez 98

Observado pelo ex-Ministro Adib Jatene,Sergio Foguel faz sua exposição noseminário: necessidade do estabelecimentode um consenso conceitual sobre oBalanço Social das empresas

gar, é preciso definir o que significa aresponsabilidade social de uma empre-sa ", observou.

Para os integrantes da Odebrecht,disse ele, cumprir com a responsabili-dade social é satisfazer os clientes comqualidade e produtividade nos serviçosprestados e produtos oferecidos, aten-dendo à legislação, sem gerar desperdí-cios ou prejudicar o meio ambiente.Significa ainda criar as condições, hoje,para continuar a fazê-Io no futuro,promovendo a capacitação e o desen-volvimento dos integrantes, a pesquisae o progresso tecnológico e o reinvesti-mento dos resultados.

"É necessário distinguir o que é aresponsabilidade essencial (inerente àcondição empresarial) e o que é bene-merência (contribuição voluntária eadicional da empresa)", destacou. Es-sa distinção, segundo ele, deveria es-tar refletida nos balanços sociais deempresas e organizações. Ele deu co-mo exemplo o anúncio "Destaques doBalanço Social - Odebrecht - 1997",

publicado em julho em jornais e revis-tas do país. Sergio mostrou que oanúncio foi concebido e estrutura dopara enfatizar o cumprimento das res-ponsabilidades essenciais da Ode-brecht, incluindo os indicadores dedesempenho, e para apresentar, demaneira complementar, a contribui-ção voluntária adicional.

A prática na OdebrechtEm seguida, Sergio Foguel abordou

a contribuição voluntária adicional daOrganização Odebrecht à sociedade.Informou que, na área da educação, acontribuição é efetivada por meio deprogramas conduzidos pela FundaçãoOdebrecht, enquanto na área da cultu-ra essa contribuição ocorre mediante opatrocínio de iniciativas culturais.

Ele desenvolveu um rápido históricoda Fundação Odebrecht, desde suacriação, em 1965, até 1988, quandoela passou a concentrar sua atuação naeducação de jovens para a vida. Salien-tou o esforço da Fundação Odebrechtna mobilização nacional pela melhoria

o QUE É TERCEIROSETOR

o ambiente socioeconômico pode serdividido em três setores. O primeiro éconstituído pelo Estado e as organizaçõesgovernamentais, que usam recursospúblicos para fins públicos. O segundousa recursos privados para fins privados;é formado pelas empresas eorganizações com fins lucrativos. Já oTerceiro Setor usa recursos privadospara fins públicos. É composto deorganizações não-governamentais e semfins lucrativos, como associações,fundações e institutos.

Odebrecht Informa 19

Page 22: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

FÓRUM DO GIFE DEBATE RELACIONAMENTOCOM EMPRESAS E GOVERNO

A Emergência do Terceiro Setor foitema de debate em setembro no IFórum Gife na Bahia. O evento foirealizado pelo Grupo de Institutos,Fundações e Empresas, em parceriacom a Federação das Indústrias deEstado da Bahia -Fieb e a Escola deAdministração da Universidade Federalda Bahia . UFBa.

"O fórum reuniu diferentessegmentos da sociedade, que seidentificam por terem decididodescruzar os braços e assumir papéisdiferenciados, realizando ações de cunholegitimamente social, dentro de umaconduta ética", afirma Neylar Vilar Lins,Presidente do Gife e Superintendente daFundação Odebrecht. O Gife congrega40 institutos e fundações,sistematizando a ação da áreaempresarial do Terceiro Setor.

Os cerca de 150 participantes dofórum discutiram o papel do TerceiroSetor na atualidade e a forma como elese relaciona com o Primeiro e o

da qualidade do ensino fundamentale destacou a criação do .lnstituto deHospitalidade, na Bahia, explicandoque a busca de uma educação de me-lhor qualidade deve ter continuidadeno apoio à criação de novas oportuni-dades de trabalho. A missão do insti-tuto é contribuir para a promoção daeducação e da cultura da hospitalida-de, visando ao aprimoramento do tu-rismo, em razão do gr~nde potencialdeste setor na geração de oportunida-des de trabalho, renda e melhoria da

20 Odebrecht Informa

-"uei:"oo'!:"~ Fórum do Gife:o.~ Ney/ar Vilar, da.( Fundação

Odebrecht, eTânia Fischer, daEscola deAdministração daUFBa, ouvem aexposição de LeoVoigt, daFundaçãoMaurício SirotskySobrinho

Segundo Setores (Governo e empresas).

"A consolidação do papel dasorganizações não-governamentais e aparticipação das organizações vinculadasàs empresas em projetos de interessepúblico formam hoje a mais promissoraparceria da sociedade", observa LeoVoigt, Vice-Presidentedo Gife.

Para Neylar Vilar, o !erceiro Setordeve se fortalecer ainda mais com aaprovação do projeto de lei que cria afigura da Organização da SociedadeCivil de Caráter Público. A proposta,que tramita no Congresso Nacional,representa o reconhecimento deinstituições que, embora não sejampúblicas, trabalham com fins públicos.

Participaram do fórum, comopalestrantes, Francisco de Assis deOliveira Azevedo, Presidente daFundação Acesita; Eduardo Szazi,colaborador do Gife; e Tânia Fischer,professora e pesquisadora da Escola deAdministração da UFBa.

Apresentou, como um dos resultadosdessa contribuição, o apoio à ediçãode mais de 70 livros de arte.

Para encerrar, retomou o início deseu depoimento e reiterou a necessi-dade de ser obtido um consenso ca-paz de reunir os diferentes pensa-mentos sobre os ternas, em particularsobre o Balanço Social. Ele concla-mou as diversas entidades interessa-das na questão do Terceiro Setor pa-ra buscar, junto com empresas e or-ganizações governamentais, o enten-dimento necessário, e enunciou umaagenda mínima de acordos para queo país dê um passo à frente no assun-to. O tópico principal dessa agenda éa definição de um referencial concei-tual comum, especialmente sobre res-ponsabilidade social e Balanço Social.Em coerência com esse referencial, ostópicos seguintes são o estabeleci-mento de diretrizes para a elaboraçãoe veiculação do Balanço Social e osparâmetros para premiações e reco-nhecimentos.

Empresa -ComunidadeBalanço Social na empresa priva-

da foi o tema de outra exposição deSergio Foguel, desta vez no seminárioEmpresa-Comunidade: Desenvolven-do a Cidadania Empresarial, promo-vido pela Câmara Americana de Co-mércio, como parte das comemora-ções dos 15 anos do Prêmio Eco. Oevento, realizado no dia 13 de agosto,reuniu 155 representantes de empre-sas, do Governo, da Imprensa, deuniversidades e de outras organiza-ções da sociedade civil.

O painel sobre Balanço Social teveainda a participação de ReinaldoPaes Barreto, Secretário-Geraldo Instituto Herbert Levy; AldaísaSposati, Vereadora da cidade de SãoPaulo, e Marta Suplicy, Deputa-da Federal. Em sua exposição, SergioFoguel mostrou o que é o BalançoSocial na prática, a partir do exem-plo das empresas da OrganizaçãoOdebrecht.

A realização do seminário e doPrêmio ECO 1998 teve o apoio daFundação Odebrecht. Além das cita-ções feitas pelo Presidente da CâmaraAmericana de Comércio, Jolm Mein,os projetos da Fundação serviram deexemplo para o jornalista GilbertoDimenstein, do jornal Folha de SãoPaulo, em sua participação comomoderador do seminário. I~

qualidade de vida. "Procuramos de-sencadear o círculo virtuoso no quala educação e a cultura promovem odesenvolvimento sustentado e este,por sua vez, promove a educação e acultura", explicou.

Quanto à contribuição cultural, in-formou que a Organização Odebrechté uma das pioneiras nesse campo noBrasil, pois desde 1959 patrocina ini-ciativas que visam resgatar valoresartístico-culturais e preservar o patri-mônio histórico das comunidades.

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Page 23: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

. .1

organlzaçaO

AM BI ENTESMOTIVADORES

A Odebrecht é uma das 50 organizaçõesempresariais que oferecem as melhores condiçõesde trabalho no Brasil, de acordo com guiaelaborado pela revista Exame

A PERCEPÇÃO DE QUE A EXISTÊNCIA DE rr--um ambiente positivo é, cada vez mais, um re- diquisito essencial para o crescimento das pessoas Je, conseqÜentemente, das empresas, levou a re-vista Exame a elaborar o guia As Melhores Em-presas para Você Trabalhar, no qual estão rela-cionadas as 50 empresas (veja quadro) que ofe-recem as melhores condiçÇjes de trabalho noBrasil.

Inspirado no livro The 100 Best Companiesto JVork (literalmente, "As 100 Melhores Em-presas para Trabalhar"), de autoria de RobertLevering, o trabalho foi realizado com o apoiode especialistas em Recursos Humanos e com aparceria de duas consultorias norte-americanas(Greàt Place to \Vork lnstitute, presidida porLevering, e He\vitt Associates).

O Guia Exame - As Melhores Empresas paraVocê Trabalhar teve como base um amplo e mi-nucioso levantamento feito entre abril e agostode 1998. A equipe de pesquisadores enviou car-tas para 800 empresas, com um mínimo de 400integrantes e pelo menos cinco anos de existên-cia no mercado brasileiro ou internacional, eobteve resposta de 208 delas.

Foram enviados a cada uma dessas empresasdois tipos de questionário: um para ser respon-

Comunicação e camaradagem: aspectos avaliados

no levantamento

"O Ser Humano é o medido de todos os valores no Organizaçõo"

Nov/Dez 98 Odebrecht Informa 21

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A copo do ediçãode Exame no qual épublicado o guio Asmelhores Empresasporo VocêTrabalhar:Informação eestimulo

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22 Odebrecht Informa

dido pelos diretores de Recursos Humanos e ou-tro destinado a 200 funcionários, escolhidos demaneira aleatória. Esses questionários conti-nham perguntas sobre as políticas formais deRecursos Humanos praticadas com relação asalários e benefícios; oportunidades de carreira;clareza e abertura na comunicação entre fun-cionários e chefias; segurança e confiança nagestão; orgulho do trabalho e da empresa; ca-maradagem no ambiente de trabalho; treina-mento e desenvolvimento; e inovação no siste-ma de trabalho. A cada item foram atribuídasnotas e pesos. O que mais contou na classifica-ção final foi a nota que os funcionários derampara a empresa.

"Há duas razões principais que trouxeram osnomes dessas 50 empresas para a lista das me-lhores para trabalhar", observa a jornalista Ma-ria Amalia Bernardi, autora do projeto do guia.

"Primeira: os dirigentes dessas corpo rações têmcomo prioridade efetiva, na sua missão profis-si~nal, criar uma força de trabalho satisfeita emotivada. Segunda: esse esforço é percebido pe-los funcionários".

Programa de A9ao,salários e beneflcios

A Odebrecht faz parte desse grupo de 50 or-ganizações empresariais que se destacam poroferecer as melhores condições de trabalho noBrasil. Foi a única, dentre as que atuam na áreade Engenharia, a figurar no grupo.

Um dos principais atrativos da Odebrechtapontado no guia é o Programa de Ação, pormeio do qual o integrante "sabe exatamente asmetas que deve cumprir". Assim, é avaliado erecompensado conforme os resultados, fator de-cisivo para que o profissional tenha orgulho do

seu trabalho e da empresa, o que ficou

ê evidente no levantamento, com relação à

:i Odebrecht.~ A política de salári,?s e benefícios tam-

~ bém recebeu alta pontuação. O guia sa-.& lienta o oferecimento de salários acima da~ média de mercado, a Remuneração Va-! riável (RV, que representa a participação

de cada um nos resultados do própriotrabalho, partilha que decorre do acordode parceria praticado na Organização),planos de saúde de grande abrangência eplanos de aposentadoria com grandesaportes da empresa.

Também mereceram destaque na pu-blicação o fato de a Odebrecht ter sido aorganização empresarial que mais admi-tiu trainees e a que mais enviou integran-tes para atuar em outros países, entre ju-lho de 1997 e julho de 1998.

A Odebrecht, a Ipiranga e o Bradesco fo-ram as únicas três organizações empresariaisque apareceram simultaneamente na relaçãodas 500 maiores empresas da revista Exame,na pesquisa realizada pela InterScience paraa revista Carta Capital sobre as empresasmais admiradas do país, e no guia As melho-res Empresas para VocêTmbalhar. ,~

AS SO MELHORES EMPRESAS PARA VOCÊ TRABALHAR(Relacionadas por ordem alfabética)

3M, Abril, Aceor, AGF, AmU, Arthur Andersen, BankBoston, Belgo Mineira, Boehringer Ingelheim, Bombril-Cirio,

Bradeseo, Brahma, Brasmotor, Bristol-Myers Squibb, Copesul*, Credicard, CST, De Nadai, Dow, DPasehoal,

DuPont, EIi Ully, Elma Chips, Embraer, Fras-Le, Gessy Lever, Goodyear, Hewlett Packard, IBM, Inepar, Ipiranga,

KPMG, Localiza, Magazine Luiza, McDonald's, Merck Sharp & Dohme, Meritor, Microsiga, Nestlé, Odebreeht,

Promon, Rhodia, Rhodia Farma, Samareo, Samitri, Siemens, Stihl, Tigre, Union Carbide e Xerox.

*Empresa na qual a Organização Odebrecht tem participação acionória

NovlDez 98

Page 25: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

. educação

TEO na academiaNorberto Odebrecht faz palestra na abertura do curso sobre aTecnologia Empresarial Odebrecht ministrado na UFBa

Aplatéia, formada em maior número porestudantes e jovens profissionais, ouviucom interesse o que Norberto Ode-brecht, Presidente de Honra da Ode-

brecht S.A., lhe apresentou em 70 minutos de ex-posição, no dia 24 de agosto, em Salvador. Mui-tas afirmações de Norberto, e muito do que eledisse no debate que se seguiu, despertaram a cu-riosidade dos inscritos no curso sobre Tecnolo!!ÍaoEmpresarial Odebrecht (TEO), promovido emconjunto pelo Centro de Estudos Baianos, a Esco-la de Administração da Universidade Federal daBahia - UFBa e a FIIlldação de Apoio à Pesquisae Extensão - Fapex.

Na palestra que abriu o curso, Norberto afir-mou em tom enfático: "É preciso ter a coragem deadnútir que os ininúgos dos empresários não estão

fora. Estão dentro de seu Ser e de sua Empresa".E acrescentou em seguida: "Quando o empresáriose dá por satisfeito com os resultados obtidos,acreditando viver no 'melhor dos mlmdos', toma-se se~o da vaidade, da arrogância e da prepotên-cia. E contra esses ininúgos que o empresário devepromover lUna guerra sem quartel".

Ele conduziu sua exposição de modo a resumir

a trajetória e as estratégias da Organização Ode-brecht, desde o início dos anos 40, quando consti-twu a empresa individual de construção que su-cedeu a de seu pai, até os dias atuais. Em meio aesse apanhado histórico, os 110 participantes docurso tomavam conhecimento de exemplos deaplicação prática da TEO. .

"A TEO é uma filosofia de vida que foi forjadatendo em vista as responsabilidades sociais de umtipo muito especial de Ser Humano; de um 'bichodiferente' chamado empresário", definiu Norber-to. Ele explicou que a TEO é fonnada pelas Con-cepções Filosóficas d~ Organização e pela práticaque delas decorre. E constituída de referênciasculturais e éticas que visam à sobrevivência, aocrescimento e à perpetuidade da Organização,por meio da identificação, conquista e satisf!.lçãodo cliente e dos que o servem.

Ferramenta universalUm dos participantes perguntou se o Progra-

ma de Ação (PA), peça-chave da Tecnologia Em-presarial Odebrecht, é ferramenta universal, ouseja, pode ser aplicado em outras organizações.Antes de responder afinnativamente, com a res-

Nov/Dez 98

Norberto Odebrecht

(segundo da direita

para esquerda)

profere palestra na

aula de abertura do

curso: "A TEO é umafilosofia de vida que

foi forjada tendo

em vista as

responsabilidades

sociais de um tipo

muito especial de

Ser Humano; de um

'bicho diferente'chamado

empresário"

Odebrecht Informa 23

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salva de que ajustes seriam necessários, Norbertoexplicou que o P A é uma sÚltese dos princípios,critérios e conceitos que formam a TEO, além deser um instrumento de comunicação.

A quem quis saber quando a prática de elabo-ração do P A foi introduzida na Odebrecht, elerespondeu: "Foi iniciada desde o primeiro dia,verbalmente, porque muitos dos antigos mestreseram analfabetos". E não perdeu a oportunidadepara dar um conselho aos jovens empresários:

zação. "Há mais de 50 anos Norberto Odebrechtia contra o taylorismo (centralização, relaçõeshierárquicas rígidas, oposição entre concepção eexecução do trabalho). O hábito de potencializaras pessoas, por meio da delegação planejada e dasatisfação do cliente, não era usual, pois nãoagregava valor ao produto", afirmou Banet.

Norberto tinha dado testemunho de que no úl-timo ano do curso de Engenharia Civil, em 1943,havia se dedicado a estudar a Teoria de Taylor,

mas que quatro ou cinco mesesdepois, ao assumir a empresado seu pai, aplicaria tudo deforma diferente. "Precisavaacreditar nos meus mestres.Acreditei na parceria, na des-centralização e na delegaçãoplanejada".

Aluno do curso e já com al-gum conhecimento da filosofiaempresarial da Odebrecht,Eduardo Santos, Diretor Regio-nal do Serviço Nacional deAprendizagem Industrial (Se-nai) na Bahia, informou ter ini-ciado a prática na entidade deum dos conceitos essenciais daTEO, a descentralização. Ex-tremamente centralizado, o Se-nai está trilhando na Bahia umcaminho no sentido inverso,agora seguido pelas regionaisde Minas Gerais, São Paulo eSanta Catarina. "Estamos dele-gando aos diretores de escola o

poder de decisão nas suas unidades", completaEduardo Santos. o

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Absolon Macêdoo

Júnior e Aluísio

Oriá Filho,

participantes do

curso: simplicidade

e valorização dorelacionamento

interpessoal

"Criem princípios, conceitos e critérios para suasempresas. Princípios e conceitos se aprendem,sobretudo, na família e na escola". A marca Ode-brecht, segundo ele, exige atitudes e comporta-mento típicos, tais corno espírito empresarial, es-pírito de servir, espírito de equipe, simplicidade,hmnildade, agilidade e flexibilidade na prestaçãode serviços.

Valorização das pessoas"Df. Norberto traz de volta conceitos como

simplicidade, humildade e perseverança dedica-das a uma causa", disse Absolon Macêdo Júnior,Coordenador da Qualidade na Refinaria Landul-pho Alves (RLAM) e participante do curso. ParaAluísio Viana Oriá Filho, também aluno e Super-visorde Suprimentos da Ceman - Central de Ma-nutenção Ltda., empresa do Pólo Petroquímicode Camaçari, o expositor teve a capacidade deantecipar o futuro, ao valorizar, por exemplo, orelacionamento interpessoal.

O Professor José Luís Banet, consultor de em-presas da Organização Odebrecht há 21 anos e aquem cabe/nesse curso dar sustentação acadêlni-ca aos asslliltos discutidos, entende que a TEO éum modelo de empresariamento que tem a suasÚltese no respeito ao ser humano e na sua valori-

24 Odebrecht Informa

Público universitárioOs estudantes, de acordo com o Professor Heo-

nir Rocha, Reitor da UFBa, podem beneficiar-sebastante com depoimentos como esse, importan-tes tanto para a universidade quanto para as em-presas. O Professor Osvaldo Barreto, Diretor daEscola de Administração da UFBa, ressalta que arealização do curso é urna oportunidade de gerarum debate em torno de uma visão empresarialbem-sucedida.

O curso sobre a TEO prossegue até 16 de no-vembro, ocupando as tardes de segunda-feira, noauditório da Escola de Adlninistração da UFBa.Luiz Almeida, membro do Conselho de Adlninis-tração da Odebrecht S.A., e Bernardo Gradin, Di-retor Superintendente da CNO - ConstrutoraNorberto Odebrecht para a Bahia e Sergipe, com-pletam, entre outros, o elenco de palestrantes.

"O sentido do curso é levar ao conhecimentode um público universitário a importância daTEO, que fez com que a Odebrecht viesse a serum exemplo de linha de atuação empresarial deêxito", disse o Professor Fernando da Rocha Pe-res, Diretor do Centro de Estudos Baianos. /~

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. educaç'ão

DE BEM COM O MUNDOCom uma abordagem criativa e lúdica, manual Aprendendo Q Sere Q Conviver, iniciativa da Fundação Odebrecht, propõe respostaspara questões relacionadas à educação do jovem para a vida

Corno educar para a vida os jovensque serão os responsáveis pelosrumos da sociedade no próximomilênio? A questão, que vem de-safiando educadores envolvidos na

formação das novas gerações, pode ser respondi-da no manual Aprendendo a Ser e a Conviver,que será lançado pela Fundação Odebrecht ain-da este ano.

"A publicação reúne, de forma inédita, teoriae prática", afirma Adenil Vieira, Gerente res-ponsável pelo projeto na Fundação Odebrecht."Apresenta conceitos, diretrizes e princípios,além de 140 dinâmicas para apoiar o educadorno processo de melhoria das relações do jovemconsigo mesmo e com o nmndo", ela acrescenta.

De maneira criativa e lúdica, são abordadasalgumas das temáticas básicas do desenvolvi-mento pessoal e social, como identidade, inte-gração, comunicação, família, sexualidade, ci-dadania e projeto de vida. "Não é um livro dereceitas", afirmam, em uníssono, as autorasMargarida Serrão e Maria Clarice Baleeiro. "Éum instrumento de educação para a convivên-cia e para a cidadania, onde as dinâmicas sãoescolhidas de acordo com a necessidade especÍ-fica de cada grupo. A proposta é fornecer subsí-dios para que o educador crie o seu próprio tra-balho, provocando mudanças nos jovens paraque se tornem melhores cidadãos", salientaMargarida Serrão. "

A iniciativa foi conseqüência da sistematiza-ção do conhecimento e dos resultados obtidosno trabalho educativo desenvolvido com trêsgrupos de adolescentes de comunidades popula-res em Salvador, entre 1994 e 1996. Os gruposforam o Crescer e Ser, da comunidade de Cou-tos, o Memorial Pirajá, do subúrbio ferroviário,e o Adolescência Criativa, da Escola CriativaOlodum, todos apoiados pela Fundação Ode-brecht.

"A essas experiências foram agregados osconhecimentos de consultores e educadorespopulares, que adequaram a metodologia eampliaram a proposta, incluindo novos con- "~iteúdos", relata a assistente social Uma Oli-veira, Responsável pelo projeto no ServiçoSocial do Mosteiro de São Bento da Bama.

Nov/Dez 98

O manual subsidia a prática do educador emprocessos que visam à conquista de competên-cias pessoais e sociais e procura discutir com oadolescente questões do tipo "Quem sou eu?","De onde vim?", "Para onde vou?", "Qual omeu valor?" Uma Oliveira ressalta: "Neste tra-balho, o educador tem papel fundamental. Eleé a referência para o adolescente. O olhar do jo-vem muda de acordo com o olhar do educador,onde estão espelhadosos sentimentos deconfiança, respeito eauto-estima" .

Participantes dosgrupos Crescer e

Ser, Memorial

Pirajá e

Adolescência

Criativa:

desenvolvimento

de competênciaspessoais e sociais

Page 28: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

"Do confrontoentre o que

existe e o queprecisa serrealizado,

surgimonaturalmente

as prioridades"

L26 Odebrecht Informa

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f~.,".<

Da esquerda para a direita, lima Oliveira (Mosteiro de São Bento), Adenil Vieira (Fundação Odebrecht), Maria Clarice Baleeira

(autora do manual), He/der Tangino (Mosteiro de São Bento), Margarida Semio (autora) e Kátia Queiroz (Escola Criativa O/odum):

sintonia e contribuição

o desenvolvimento dos adolescentes envolvidospode ser medido pelos resultados alcançados nostrês grupos. "Percebemos, em um ano de traba-lho, ganhos valiosos na capacidade desses jovensde se expressar e de se relacionar com o mun-do", diz Adenil Vi eira.

Um bom exemplo é o de Lucineide Pinheiro,participante do grupo Crescer e Ser. "Eu achavaque valia pouco, me desvalorizava. Mas percebique nós adolescentes somos capazes, sim, devencer. Nossa responsabilidade aumenta à me-dida em que passamos a confiar em nós mes-mos, e este é o primeiro passo para que confiemna gente", afinna ela.

Para o educador Antonio Cados Gomes daCosta, o manual prefigura uma tendência quedeve se firmar de maneira irreversÍvel na edu-cação brasileira: "O desenvolvimento de compe-tências pessoais (aprender a ser) e sociais(aprender a conviver) dos nossos educandos".

Katia Queiroz, facilitadora do projeto da Es-cola Criativa Olodum, observa: "As vivênciaspropostas melhoram a capacidade dos jovens detrabalhar em grupo e de respeitar as diferençasindividuais e culturais, ensinando-os a se conhe-cer e a se compreender melhor, a descobrir mo-tivações e potenciais".

A teoria é repassada de forma didática, fi-cando bem próxima do educador popular. "Es-tamos diante de uma ferramenta capaz de nosajudar a construir a educação que a nossa ju-ventude, de forma tão dramática, necessita e re-quer para viver e trabalhar no século 21", enfa-tiza Antonio Cados Gomes da Costa.

Comunidade SolidáriaAprendendo (l Ser e a Conviver será lançado

pela Editora FTD, com tiragem inicial de 3 milexemplares, o que permitirá melhor difusão daproposta para os pontos mais distantes do país.Na avaliação de Lafayette Megale, Editor da1'TD, "o manual traz abordagens variadas, evi-tando que o trabalho de grupo se tome repetiti-vo, e contém sugestões de novas temáticas quedespertam o interesse dos jovens".

O manual também será utilizado no ProgramaCapacitação de Jovens, da Associação de Apoio aoPrograma Comunidade Solidái;a. "Trabalhar comadolescentes é urna tarefa compensadora, mas di-fIeil para qualquer educador. Por isso, ao saber-mos da publicação do Aprendendo a Ser e a Con-viver, organizado a partir de uma profwida pes-quisa e de um trabalho sério, solicitamos à Funda-ção Odebrecht a doação de exemplares para seremutilizados pelas organizações não-govemam~ntaisque participam do programa", diz Célia de Avila,Superintendente da Associação. A decisão é apoia-da pela Psicanalista Anna Verônica Mautner: "Oleque de objetivos do manual é amplo e pode pro-porcionar grande liberdade e tranqüilidade aquem vier a utilizá-lo, pois tem condições de aju-dar a vencer cüficuldades pessoais".

Apesar disso, as autoras mandam um recadoaos usuários: "Este livro nunca vai ficar total-mente completo, porque vai ser reescrito por todapessoa que o utilizar". Afinal, como diz o poemade Clarice Lispector reproduzido no fim do ma-nual, "O melhor ainda não foi escrito. O melhorestá nas elln.elillhas". ,~

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. contrib'uição

TALENTOS QUEERAM ANÔNIMOS

Ao completar 10 anos de atuação no Equador, CNO promove concurso dereportagens sobre pessoas que, no anonimato, se dedicam à coletividade

A "RODA Y" ARA A TERRA E RENOVA Osolo com o triplo da eficiência de outrasmáquinas, mas o sonho de Olmedo Yca-za virou projeto sem patente e sem pa-trocinador. Concebido para revolucionara agricultura, permanece um inventoanônimo, narra a jornalista Jenny MariaEstrada Huiz.

Mantém-se tão anônimo quanto otrabalho da educadora Lilian Alvaro,relatado por Simon Espinoza. Sem alar-de, Lilian levou computadores a 3.100m de altitude e lá ajuda a comunidadede índios Unguy a preservar sua cultu-ra, seus hábitos e suas tradições de maisde 2 mil anos. O sonho de Lilian étransformar o Monte Unguy, ao sul deQuito, em um parque ecológico, e fazerde seus alunos guias culturais, paracontar aos visitantes a história daquelepovo. A escola que montou, sem recur-sos, sobrevive esquecida entre as nuvensda Cordilheira dos Andes.

Assim corno esquecido também está osom da guitarra do mÚsico folcloristaSegundo Quintero, que já soou no Cen-tral Park, em Nova York, na Suécia eem Cuba, e hoje só é lembrado na devo-ção à Virgen de Ias Mercedes (Virgemdas Mercês), no longínquo povoado deEsmeraldas.

São histórias de talentos anônimos.

Gente que, sem esperar recompensa, de-dica parte da vida, ou toda ela, aos ou-tros. Lições de amor, de coragem e deobstinação de quem não esmorece, ape-sar da desesperança e da descrença demuitos. Talentos revelados nas reporta-gens dos jornalistas que aceitaram o de-safio proposto pela Odebrecht de trazerà luz esses exemplos, como parte das co-memorações dos 10 anos da empresa noEquador.

A festa de lançamento do livro Ta-lentos Anônimos, assim como a entregados prêmios aos três primeiros coloca-dos, aconteceu no dia 10 de setembro noTeatro Nacional de Quito. Na ocasião,Luiz Antonio Nlameri, Hesponsável pelaOdcbrecht no Equador, dissc: "A cm-presa sente-se feliz por tcr estimuladojornaljstas a divulgar o trabalho anôni-mo de dezenas de cidadãos, que só dese-jam a construção de uma sociedade maisjusta e mais equilibrada".

Resultado surpreendenteUm concurso de trabalhos inéditos,

contando histórias de contribuições tam-bém desconhecidas, é o que foi propostoaos profissionais de comunicação. O re-sultado foi surpreendente, pois pennitiumostrar que "há um país que vem debaixo, do povo, que trabalha e tem dig-

nidade, um Equador que não se entregadiante das dificuldades", como sinteti-zou Jorge Esteban Michelena, terceirocolocado com a reportagem sobre Se-gundo Quintero.

"Queríamos, e acho que consegui-.mos, mostrar que um país não se faz so-mente por meio de grandes empresas,grandes ações ou grandes empreendi-mentos. Faz-se, também, com iniciati-vas, nmitas vezes isoladas, de pessoasdesconhecidas", destacou Luiz Mameri.

A grande vencedora do concurso foiJenny Maria Estrada Ruiz. O segundolugar ficou com Simon Spinoza. Jorna-lista há 30 anos, Jenny Estrada Ruiz foia primeira mulher editorialista (no diá-rio EI Universo) em seu país. Escritoracom 13 livros publicados, não precisavado prêmio para ser reconhecida. Moveu-a o senso profissional, com garra e des-prendimento. "Coloquei toda minha fé eempenho nesse trabalho, mas o prêmio épara Olmedo Ycaza, ele merece", afinnaela. Ycasa é um homem preocupadocom o problema social do camponêsequatoriano. Só está frustrado porqueainda não encontrou interessados empatentear e produzir a "roda Y", embo-ra seu invento possa dar muito ao Equa-dor e a outros países do Terceiro Mun-do, conforme argumenta a escritora. A

O/medo Ycaza com Jenny Maria Estrada Ru;z e üI;an Alvaro com S;mon Esp;noza: revolução na agriculturo e computadores a 3.100 m de altitude

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Page 30: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

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Segundo Quintero com Jorge Estebon Michelena: apresentação no Centrol Par*. em Nova York; Luiz Mame";: sociedade mais justa e equilibrada

"roda Y" é uma estrutura metálica for-mada por duas rodas interligadas porfacas transversais com ligeira torção, Apeça é acoplada aos pneus do trator,realizando com muito mais eficiência aaração da terra.

Já a jovem Elizabeth Sofia GuerreroValencia, outra das 10 finalistas do con-curso, escolheu a história de Jairo Brio-nes Alcívar, o Jairito, defensor de pobrese injustiçados. Jairito começou a traba-lhar aos 16 anos. Preso e atirado a umcalabouço, surpreendeu os policiais pe-los conhecimentos revelados sobre os di-reitos e deveres do cidadão, que apren-dera em um livro que lera pouco antes.Sem jamais ter freqüentado um curso deDireito, defende os desprotegidos e ofe-rece mais bolsas para estagiários do queos próprios escritórios da Universidadede Guayaquil.

Auto-estimaO livro editado com os 10 trabalhos

mais "bem-classificados divulgará a his-tória de Segundo QuinteTO, escrita porJorge Esteban, que salienta: "As crian-ças poderão conhecer esse lado doEquador; não serão como eu, que nãosabia nada disso". Gustavo RamiroAbad, outro classificado, ressalta que oconcurso vai "melhorar a auto-estimados equatorianos e mostrar que eles sa-bem ser úteis à sociedade".

Para Fernando Pico, Assessor de Co-municação da Coordenação de Pesquisada Universidade Central do Equador,também colocado entre os 10, se as his-tórias interessaram aos jurados, certa-mente interessarão ao grande público eàs autoridades.

Outro exemplo de vida que mereceudestaque é o do médico pediatra Fabián

28 Odebrecht Informa

Vásconez, retratado em reportagem deAna Maldonado Robles, que exerce hojeo duplo papel de jornalista e Coordena-dora de Comunicação do Governo, fun-ção assumida em 27 de agosto. O médi-co Fabián Vásconez conseguiu, na Ma-ternidade Ysidro Ayora, a maior de Qui-to, reduzir a mortalidade infantil utili-zando o método da "mãe-canguru" - noqual ela jamais se afasta do filho recém-nascido.

Meninos de maA experiência do albergue Mi Caleta,

que abriga 1.500 meninos e meninas derua em oito cidades equatorianas, foi re-gistrada pelo jornalista Jaime RamiroDiez. Trata-se de mais um típico serviçohumanitário realizado silenciosamentepelo padre Eduardo Delgado, que não sedeixa abater pelas dificuldades: "Dizemque um pessimista é um otimista bem-informado e com experiência. Mas nãome deixo invadir pela desesperança. Aspessoas são como os aviões, alçam vôocontra o vento", diz o padre, confiante.

Outro qué não se intimida com obs-táculos é Germán Bastidas. Aos 74 anos,ainda faz pesquisas genéticas para me-lhorar espécies vegetais. Já criou 165 va-riedades de batatas no pequeno quintalde sua casa. A variedade Bastidas 20apresenta produtividade 10 vezes maiorque a média. Germán dá continuidadeao trabalho do pai, que desenvolveu 17espécies de trigo e 90 de batatas, etransmite seus conhecimentos para o fi-lho e a neta. O jornalista Gustavo Ordo-nez ficou impressionado com o prestígiodo pesquisador entre agrônomos e estu-dantes. "Ele vive em uma casa modestae nem mesmo tem um automóvel", rela-ta. Não bastasse, percorre a cavalo sítios

arqueológicos, para preservá-I os. Jamaisfreqüentou cursos regulares, e aprendeugenética e arqueologia em livros que elee seu pai adquiriram ao longo da vida.

Crianças deficientesAlícia Paulina Coronel descreveu co-

mo o padre José Managón fundou umauniversidade aos pés do vulcão Cotopa-xi, a 3.400 m de altitude, iniciando seutrabalho há 23 anos, enquanto GiselaRosalia Rayrnond Cornejo buscou inspi-ração em Margarita Villacrés, a meninacega e surda desde os 14 anos. Hoje,Margarita tem três títulos universitários:é socióloga, pedagoga e orientadora vo-cacional, dedicando-se à educação decrianças deficientes.

"Uma das estratégias para superar oatraso e a dependência é a produção deciência e de tecnologia adequadas às ne-cessidades nacionais", diz Fernando Pi-co. Por ter essa certeza, interessou-se pe-la importante pesquisa do médico imu-nologista Fernando Sempértegui Onta-neda, na Faculdade de Ciências Médicasda Universidade Central do Equador,sobre vacinas contra malária, e pela ex-periência com vitamina A para evitar in-fecções respiratórias nas crianças. Essese muitos outros trabalhos científicos sóforam reconhecidos no exterior.

Ao todo, foram 64 histórias. "O te-ma foi inovador e o saldo muito esti-mulante", avalia Luiz Mameri. "Sintoque há maior sintonia da Odebrechtcom a sociedade equatoriana, a partirda oportunidade que estamos tendo dedivulgar histórias tão densas como es-sas", ele acrescenta, convicto de que foiescolhida a maneira mais acertada paracomemorar os 10 anos da Odebrecht noEquador. ~

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Page 31: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

competitivaResponsável pelo apoio na cobertura de riscose garantias a todas as empresas da Odebrecht,a OCS completa 20 anos de atuação

Aocs - Odebrecht Administradora eCorretora de Seguros é a empresa daOrganização Odebrecht que tem como

objetivo principal a redução dos riscos que possamafetar o patrimônio e os negócios das empresas dogrupo e de seus integrantes. A partir de agosto desteano, com a reestruturação das áreas negociais daOdebrecht, a OCS passou a ser uma subsidiáriaintegral da CNO - Construtora Norberto Odebrecht,que reúne, como empresa líder do negócioEngenharia e Construção, a maior demanda deserviços da corretora. Como acontecia antes, porém,a OCS continua atendendo a todas as empresas daOrganização, no que tange a serviços de consultoria ecorretagem de seguros e resseguros nos mercadosnacional e internacional.

A OCS atua de maneira competitiva, oferecendoapoio estratégico em todos os tipos de cobertura deriscos e garantias, com custos e qualidade compatíveiscom o mercado. Suas equipes possuem formaçãoespecializada em gerenciamento de riscos dosnegócios da Organização Odebrecht: engenharia econstrução (incluindo obras civis e montagemeletromecânica), química e petroquímica, serviçospúblicos de infra-estrutura e celulose. Trabalha comum enfoque globalizado do mercado segurador emantém com a NASB- National Association ofSurety Bond uma associação que lhe permite, porexemplo, a obtenção de informações, em tempo real,sobre o que acontece no mercado de garantias dos

Estados Unidos. Além disso, para poder atuar emqualquer país, a OCS tem acordo de parceria com aJ&H Marsh & McLennan e com a AON, a maiorcorretora de seguros do mundo.

" P restamos um serviço diferenciado paratodas as empresas da Odebrecht, com umgrau de exigência considerado o melhor no

mundo", informa Marcos Lima, Responsável pelaOCS. A diretriz estabelecida permite que qualquerempresa da Organização recorra a uma estruturaoperacional própria para acompanhar suas apólices deseguros, caso considere que a OCS não a estáatendendo satisfatoriamente, acrescenta Marcos Lima.

Para realizar seu trabalho, a corretora possuiescritórios em Salvador (sede), Rio de Janeiro, SãoPaulo, Porto Alegre e Maceió; Buenos Aires, para oCone Sul; Miami, para os Estados Unidos; Lisboa, paraPortugal e África Austral; e Londres, para a Inglaterrae o restante da Europa. Outro fato decorrente dareestruturação é a concentração da empresa emseguros empresariais. Os serviços de corretagemdestinados aos integrantes das empresas, oferecidospela OCS até o ano passado, foram terceirizados.

Na busca de maior produtividade e,conseqüentemente, do aumento da competitividadepor parte das empresas da Odebrecht, a OCSrealizou, em setembro, um seminário em Teresóplis(RJ), visando ao alinhamento de suas equipes às novas

"Do passado e do presente deve ser preservado apenas o que for produtivo paro aconstruçõo do futuro"

Nov/Dez 98 Odebrecht Informa 29

Page 32: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

Participantes do

seminário

promovido pela

OCS em

Teresópolis (RJ):

alinhamento das

equipes às novas

diretrizes e metas

estratégicas da

empresa

30 Odebrecht Informa

diretrizes e metas estratégicas. O encontro fez partede uma programação iniciada em 1994, cuja meta é aintegração e o desenvolvimento das equipes. Naavaliação de Pedro Sá, Responsável porAdministração e Controle das GarantiasInternacionais, o encontro fortaleceu a unidadeconceitual em torno das prioridades da Odebrecht.

Marcos Lima observa: "A OCS está mais próximado negócio de Engenharia e Construção, queapresenta maior necessidade de seguros e garantias.Isto significa, também, que receberemos asinformações com maior detalhamento e em menortempo, o que permite elevar nossa eficiência e obtermenores custos. Nossa prioridade é oferecersoluções para todos os problemas e contratos, com amáxima segurança e sem perda do objetivoempresarial".

Criada em agosto de 1978, a OCS acompanhou,nas duas últimas décadas, o processo deinternacionalização da Odebrecht, sobretudo

das empresas de engenharia e construção. A partir de1990,com o apoio de um pool composto pelasseguradoras americanas AIG, Firesman Fund, St.

Paul/Seeboard e Cigna, a corretora colocou àdisposição da Odebrecht linhas de crédito degarantias internacionais (surety bonds), as quais, em1997, chegaram a um montante de US$ 2,5 bilhões, oque constitui importante instrumento para aviabilização de negócios e apoio a novas conquistas.

O adequado equacionamento do seguro-garantiafoi fundamental, por exemplo, para a aquisição da SLPEngineering, em 1991, na Inglaterra, o mesmoacontecendo na compra da Himont pela OPPPetroquímica, em 1995. Nesses casos, a OCSnegociou a garantia de cumprimento dos contratos decompra e venda, proporcionando total segurança aosvendedores. A atuação da corretora foi tambémdecisiva para a conquista do contrato da plataformade produção Petrobras-18, entre 1991e 1994.Operformance bond desse contrato, no valor de US$272 milhões, foi o maior do setor fora dos EstadosUnidos, na época.

A OCS tornou possível ainda a antecipação, em 18meses, da obra da Hidrelétrica de Itá, em construçãono sul do Brasil, ao oferecer garantias ao BNDES -Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial para um empréstimo-ponte, enquanto estavasendo estruturada a equação financeira do projeto. ,~

Nov/Dez 98

Page 33: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

FLASHESNORBERTO ODEBRECHT RECEBE

CONDECORAÇÃO DO LICEU

Norberto Odebrecht, Presidente de Honra da

Odebrecht SA. e Presidente do Conselho de

Curadores da Fundação Odebrecht, recebeu a

Medalha Liceu de Honra ao Trabalho, dia 16 de

setembro, em cerimônia realizada no Paço do

Saldanha, sede do Liceu de Artes e Ofícios da

Bahia, no Centro Histórico de Salvador. Norberto

foi o primeiro agraciado com a medalha, criada

pelo Liceu para homenagear, a cada dois anos,

personalidades que se destacam pelo exemplo de

dedicação ao trabalho.

Segundo Eufâmpia Santana Reiber, Presidente

do Conselho de Administração do Liceu, a

condecoração é o reconhecimento à trajetória de

Norberto, fundamentada em principios que

LIDERANÇADA FUNDAÇÃO

1':111I" .I.. -'I.It'II1I1..". .\"rI...,.,,, (1.1,.1,,,,,,,111

passo li Liagregar fUIlçÔes executivas às suas res-

ponsabilidades como Presidente do Conselho de

Curado..es da Fundação Odebrecht. Criador da

entidade em 1965, Norberto fica à freme da

Fnndação em paralelo à sua atuação como Pre-

sidente de !-Ioma da Odebrecht S.A.

Sergio F"h'uel, que exercia a Presidência da

Fundação, passa a ampliar sua dedicação ao

Instituto de Ilospitalidade, como Presidente do

Conselho e nas suas funções executivas de Pre-

sidente da entidade, em razão da implantação

de projetos e do crescente número de oportuni-

dades de contribuição no Instituto. Sergio eOllti-

nua eolaborando eom a Fundação Odehrecht na

qualidade de Conselheiro. O eargo de Presiden-

te da Fundação foi extinto.

As mudanças propieiarão à Fundação e ao

Instituto dar eontinuidade e avançar no apoio

ao desenvo";mento do país mediante a promo-

ção da edueação e da eultura da juventude. A

Fundação Odehreeht eom sua eoneentração na

formação das novas gerações de brasileiros por

meio da educação de adolescentes para a vi-

da. em três vertentes eomplementares: ensino

fundamental, edncação profissional e desenvol-

vimento pessoal e social; e o Institnto de Hospi-

talidade apoiando a criação 0110 novas oportu-

nidades de trabalho e carreira para os jo-

vens. Criado pela Fundação Odebrecht em de-

zembro de 1997, o Instituto tem eOlno missão

contribuir para a formação da eultura da hospi-

talidade, para o aprimoramento do turismo, vi-

sando o desenvo";mento social e eeonômico do

Brasil.

Nov/Dez 98

evidenciam o trabalho como agente

impulsionador do desenvolvimento do ser

humano.

A honraria também celebra a contribuição da

Odebrecht ao processo de revitaJização física e

institucional do Liceu, realizada entre 1989 e

1995. A Fundação Odebrecht e o Governo da

Bahia, em conjunto com o Programa de Obras

Sociais da CNO . Construtora Norberto

Odebrecht, promoveram a recuperação do Liceu,

destruído por um incêndio em 1968. A instituição,

que vem ampliando seu programa educacional de

adolescentes por meio da produção de bens e

serviços, completa 126 anos em 1998.

Benedicto Júnior no evento de premiação

PRÊMIO DOJORNAL DO COMMfRC/O

A Odebrecht foi distingui da com o prê-

mio Os Notáveis, concedido anualmente pe-

lo loma! do Commercio, do Rio de .laneiro, a

10 empresas e entidades e a 10 personalida-

des que se destacaram em 1997.

A cerimônia de entTega dos prêmios foi

realizada no Hotel Sheraton, no Rio de .la-

neiro. A Odebrecht foi representada por Be-

nedicto Barbosa da Silva' .Ir., Diretor-Supe-

rintendente da CNO - Construtora Norberto

Odebrecht (Brasil-Leste).

As outras empresas agraciadas foram a

Embraer, Braluna, Firjan, Itaú, Light, Sou-

za CrllZ, Varig, Wilson Sons e Hotel Clória.

As personalidades foram Benjamin Stein-

bmch (CSN), Cclina Borges Torrealba Carpi(Libra), Cláudio Bietolini (Generali), Dom

Eugênio Salles (Cardeal-Arcebispo do Rio

de .laneiro), Francisco Costa e Silva (CVM),

.loão Pedro Couvêa Vieira (Ipiranga), .loel

Mendes Rennó (Petrobras), Lázaro de Mello

Brandão (Bradesm), Luiz Lobão (Coca-Co-Ia) e Roberto Paulo Cezar de Andrade

(Brascan).

LíDER EMPRESARIALEmilio Odebrecht, Presidente do Conselho de

Administração da Odebrecht S.A., foi eleito Líder

Empresarial no setor de Química e Petroquímica

em 1998 pelos leitores do jornal Gazeta Mercantil.

A eleição dos maiores e melhores

empreendedores de 29 setores da economia

brasileira é promovida anualmente pela revista

Balanço Anual, editada pela Gazeta Mercantil.

Criado pelo Fórum Permanente de Líderes

Empresariais, em 1977, o prêmio é concedido de

acordo com as escolhas feitas pelos assinantes da

Gazeta Mercantil, que totalizam cerca de 100 mil.

O jornal não define critérios para a eleição dos

líderes setoriais e estaduais, apenas convida os

leitores a votar nos empresários que, em sua

opinião, mais se vêm destacando nas áreas de

atuação relacionadas.

Em 1997, ajustes na estrutura da Organização

Odebrecht levaram à integração operacional das

empresas da área Química e Petroquímica - a

OPP Petroquímica e a Trikem. O objetivo foi

criar condições para o contínuo aumento da

competitividade e a consolidação da liderança

que as empresas exercem nos mercados de

resinas poliolefínicas e de PVC e cloro-soda na

América do Sul, com ganhos para clientes e

investidores. A OPP e a Trikem, em f997,

produziram 2,3 milhões de t desses produtos.

EDUCAÇÃO BÁSICA

Onze integrantes da Odebrecht, que atuam

na ampliação da Copesul - Companhia Pe-

troquímica do Sul, em Triunfo (RS), con-

cluíram o curso de alfabetização. Dessegrupo, três completaram a 4" série, cinco ti

3" série, e três a 1" série do 1" Grau. O Pro-

grama de Educação Básica no canteiro de

obras, implementado por meio de uma

parceria entre a Odebrecht, a Prefeitura de

Triunfo e o Senai/Sesi do Rio Grande doSul, foi iniciado em novembro de 1997 e

encen'arIo em agosto deste ano.

Paralelamente, 73 cursos de treinamento e

de aperfeiçoamento foram ministrados atésetemhro, com foco no empreendimento,

beneficiando 7.200 trabalhadores. Algu-mas das disciplinas oferecidas foram: dese-

nho isométrico de tubulação; hidráulica

básica e industrial; leitura e interpretação

de desenhos; eletricidade básica e predial;

tubulação iridustrial e acessórios; processos

de soldagem; proteção radiológica; comba-

te a incêndio; ernpresariamento; desenvol-

vimento de lideranças; comunicação inter-na; e administração contratual.

Odebrecht Informa 3 I

Page 34: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

(L" A,...,. 1rr~',~IeA~IHI:~S

ENCONTRODEBATE.

ECOEFICIÊNCIAE LEGISLAÇÃO

Norberto Odebrecht, Presidente

da Honra da Odebrecht S.A., foi

palestrante na S' Reunião do

Conselho Empresarial Brasileiro

para o Desenvolvimento Sustentável

- CEBDS, realizada em julho, na

Federação das Indústrias do Estado

da Bahia -Fieb, em Salvador.

Em sua palestra, intitulada O

Desenvolvimento Sustentável, no

prático, Norberto Odebrecht

abordou casos que retratam o

impacto da ação irresponsável sobre

o meio ambiente e as formas como

esse tipo de postura se volta contra

o próprio homem. Ele apresentou

também alguns exemplos positivos

de harmonização entre

desenvolvimento e preservação

ambienta!.

Durante o encontro, foram

debatidos temas relacionados à

ecoeficiência e legislação, incluindo

gestão ambienta! das empresas,

indicadores de desempenho

ambienta!, mudanças climáticas e

implicações da questão para os

diversos setores empresariais

brasileiros. A reunião também

definiu o papel que o CEBDS irá

desempenhar na Conferência das

Partes, que acontece em novembro

em Buenos Aires, Argentina.

Participaram da mesa diretora

César Borges, Governador da Bahia;

Antônio Cartos Magalhães, Senador;

Antônio Imbassahy, Prefeito de

Salvador; José de Freitas

Mascarenhas, Presidente da Fieb;

Félix de Bulhões, Presidente do

CEBDS; Femando Almeida,

Secretário Executivo do Conselho;

Otto Perrone, Diretor-

Superintendente da Copene; Marco

Antônio Ebert, Presidente do

Conselho de Administração da

Cetrel S.A. - Empresa de Proteção

Ambienta!; e Alvaro Cunha,

Conselheiro do CEBDS e Uder

Empresarial da OPP Petroquímica e

Trikem.

32 Odebrecht Informa

RIO OIL & GAS

A Odebrecht Oil & Gas Services Ltd., empresada Odebrecht que atua em engenharia e constru-ção de equipamentos para produção de petróleo egás, participou da Rio Oil & Gas Expo AndConference'98, realizada de 5 a 8 de outubro nocentro de eventos do Riocentro, no Rio de Janeiro.Em um estande, foram apresentados aos visitan-tes, por meio de maquetes, filmes e painéis foto-gráficos, vários projetos, já realizados ou em reali-zação no Brasil e em outros países.

Joel Mendes Rennó, Presidente da Petrobras,além de vários empresários e executivos - entre elesdirigentes da empresa anglo-americana AmeradaHess e da argentina Yacimientos Petrolíferos Fisca-les - visitaram o estande da Odebrecht. Na oportu-nidade, conheceram os programas da empresa pa-ra o Brasil e para outros países.

Durante o evento, três dirigentes da OdebrechtOil & Gas - Femando Barbosa, Carlos AdolphoFriedheim e Renato Rodrigues - apresentaram, noespaço reservado às conferências técnicas, um estu-do sobre as etapas de concepção, projeto e constru-ção da plataforma semi-submersível Petrobras 26,construída pela Odebrecht no estaleiro da Aesa -AstiUerosEspaiíoles S.A., em Cádiz, na Espanha.

A Rio Oil & Gas é a maior e mais tradicionalexposição da América Latina sobre projetos, pro-dução e comercialização de petróleo e gás e seus

ADESÃO AO COPA TI

A Bacia do Rio Tibagi, no Paraná, abrange47 municípios, habitados por 1,5 milhão de pes-soas. Essas cidades compõem o Copati - Consór-cio Intermunicipal para a Proteção Ambiental daBacia do Rio Tibagi, entidade que tem a missãode preservar e recuperar o equilíbrio deste ecos-sistema, para garantir a qualidade e a sustenta-bilidade ambiental às futuras gerações. Suaatuação inclui pesquisas, ações de educação am-biental, reflorestamento e gestão de recursos hí-dricos.

Com o objetivo de contribuir para o aprimo-ramento da qualidade de vida da comunidade,por meio da busca de alternativas para preserva-ção do meio ambiente, a Rodonorte - Concessio-nária de Rodovias Integradas oficializou sua as-sociação ao Copati, em cerimônia realizada nodia 20 de agosto. O termo de adesão ao consór-cio foi assinado por José Queiroz, Diretor deObras da Rodonorte, empresa da qual participaa Odebrecht Serviços de Infra-estrutura - OSI."Estamos orgulhosos de nossa adesão ao Copati,que há 10 anos vem colecionando ações e con-quistas", afirmou ele.

.. ozu~'5CT

.'(

No estande da Odebrecht: Joel Rennó (quinto, apartir da esquerda) com Paulo Lacerda

(Odebrecht), Aurflio Lima (Petrobras), Nobuo

Oguri (Sindicato Nacional da Indústria Naval),

Natal Mendes e Rogério Araújo (Odebrecht)

derivados. Aproximadamente 470 empresas de to-dos os países da América Latina, de Portugal, Bél-gica, Canadá, China, Dinamarca, Espanha, Esta-dos Unidos, França, Holanda, Itália, Noruega eReino Unido expuseram seus produtos e serviços.Cerca de 25 mil especialistas e empresários passa-ram pelos diversos estandes distriblúdos por 15 milm2 do pavilhão de exposições.

EVENTO EMBUENOS AIRES

Ao participar do painel Triunfos da Amé-

rica Latina na Economia Global, no IV Mer-

cosur Economic Summit, evento organizadopelo World Economic Fonun, instituição suí-ça, César Souza, Responsável pela Odebrecht

of America, fez uma exposição intitulada As

Multinacionais Emergentes da América Lati-

na, na qual comparou o Mercosul a uma in-

cubadeira, "espécie de campo de treinamento

para que as empresas da região se preparem

para competir melhor na eventualidade de a

Alca (Associação de Livre Comércio das

Américas) vir a tomar-se uma realidade a

partir do ano 2005". Ele enfatizou que, no

momento, as deficiências na infra-estrutura

regional são as principais causas da baixa

competitividade dos produtos, das empresas e

dos países do Mercosul.

O evento, realizado em Buenos Aires, emjulho, contou com a presença dos presidentes

da Argentina, Car\os Menem; do Chile,

Eduardo Frei; e do Paraguai, Juan CarlosWasmosy; além dos minitros da Fazenda e da

Indústria e Comércio do Brasil, Pedra Malan

e José Botafogo Gonçalves, e do Presidente do

Banco Interamericano de Desenvolvimento -BlD, Enrique Iglesias. Cerca de 500 empresá-

rios e executivos dos Estados Unidos, da

América Latina e da União E~opéia estive-

ram presentes.

Nov/Dez 98

Page 35: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

RESPONSÁVEL PORCOMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Márcio Polidoro

COORDENADORES NAS EMPRESAS

Antônio Alberto PradoVeracel CeluloseJohnson SantosCNOMarta CastroFundação OdebrechtNelson RasoOSIVanda MoraesOPP e Trikem

. fotog;afia

Salvador, Bahia, outubro de 1973.

Ao mesmo tempo em que a

primeira edição de Odebrecht

Informa chegava às mãos dos

leitores, a Organização

Odebrecht dava seqüência a sua

estratégia de expansão para

outras regiões do Brasil. Era o

momento de consolidar a

presença em âmbito nacional.

Ao longo desses 25 anos de

existência - completadosexatamente nesta edição, de

número 90 -, Odebrecht Informa

vem registrando cada passo da

Organização em seu caminho de

crescimento. Registrando,

divulgando, documentando,

aprimorando-se, número após

número, como símbolo e

instrumento da integração das

pessoas que compõem a

Odebrecht.

ODEBRECHTIUMA REVISTA DE CULTURA EMPRESARIAL

Ano XXV - n090

Nov/Dez 1998

REDAÇÃOAV. MARECHALCÂMARA, 271

GRUPO 402 - CENTRO

20020-080

RIO DEJANEIRO-RJ BRASIL

TEL: (021) S32 7555

FAX: (021) 532 8855

E-mail: [email protected]

(@~ I~

COORDENAÇÃO EDITORIAL

Vereda Comunicação e Cultura

EDITORJosé Enrique Barreiro

FOTOLlTOS

A.P. Editora

IMPRESSÃO

Gráfica Jornal do Brasil

Publicação para divulgação interna

da Organização Odebrecht.

Editada pela Odebrecht SA

ODEBRECHTI_h.". .]~..I':-I:I

htq>:lIwww.odebrecht.com.br/oi.htm

Tiragem: 12.000 exemplares

Page 36: benjamim a nova indústria de petróleo no Brasil

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