lacan sem i primeiro resumo

LACAN Os escritos Técnicos de Freud 1953 -

1954.

Seminário I

Pags 16 a 23

Alunos: Ana Beatriz Ligabue

Daniel Nunes

OS ESCRITOS TÉCNICOS DE FREUD 1953 -1954.SEMINÁRIO I PAGS 16 A 23

Jacques Lacan (1986) inicia o primeiro capítulo deste seminário falando a respeito do método psicanalítico. Para ele, Freud fala a respeito do método em toda a sua obra, além dos artigos sobre a técnica. Segundo Lacan ( 1986), Freud na verdade, escreve a respeito da técnica em toda a sua obra. Não há obra que Freud não nos traga alguma coisa. Alguns exemplos por ele citados são: A Interpretação dos sonhos, Estudos sobre a Histeria, Análise terminável e interminável.


Lacan (1986) utiliza a metáfora do martelo, considerando que Freud oferece o instrumento para trabalhar, ou seja, a técnica. Não falta técnica nos textos freudianos, ou seja, não faltam instrumentos para os psicanalistas trabalharem.


Lacan considera a verdadeira necessidade de retornar à Freud! Fazer uma releitura de seus textos, pois existiam certos desvios em relação às técnicas propostas pelo pai da psicanálise até então.


Para Lacan, os psicanalistas da época, que enfatizavam o Eu, instância psíquica também conhecida como Ego, não estavam seguindo de acordo com a proposta freudiana. Para Lacan (1986), não seria esse o objetivo a ser atingido na análise. Não seria o fortalecimento do Eu.


Um dos pontos essenciais capturados neste estudo foi: A reconstituição completa da história do sujeito como algo que Freud deu importância. E Lacan trata deste tema, assume ele, durante um trimestre antes de iniciar o seminário I.


Lacan (1986) percebe nos textos de Freud a atenção dada a singularidade de cada caso, assim como a reconstrução da história de vida dos atendidos por Freud.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Mas o que seria uma reconstrução da história? Seria uma reconstrução daquilo que aconteceu?

Além da história de vida e o fato do passado ser historiado no presente, a importância não deve ser dada para aquilo que concretamente aconteceu. Não é o trabalho, o foco da análise simplesmente lembrar os conteúdos do passado, mas sim reelaborar. O importante é como que isso é reconstruído. Portanto, conceitos como fantasia e realidade psíquica tornam-se evidentemente importantes. Como o sujeito relata, como reelabora como lembra, diferente de como ocorreu verdadeiramente, deve ser o foco da atenção do trabalho analítico a ser realizado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Não se pode deixar de compreender Freud como ponto de ancoragem da psicanálise. O retorno aos seus escritos é fundamental para os estudiosos da psicanálise.

REFERÊNCIAS: JACQUES, Lacan. O Seminário, Livro 1:

Os escritos Técnicos de Freud 1953 -1954. Rio de Janeiro: Jorge Jahar, 1986.

SIGMUND, Freud. Compêndio de Psicanálise e outros escritos inacabados; Tradução Pedro Heliodoro Tavares. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

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