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MISSÃO Participar das ações de vigilância em saúde, realizando análises laboratoriais com qualidade, coordenando a rede estadual de laboratórios e gerando informações para a melhoria da saúde pública . LABORATÓRIO CENTRAL DE SAÚDE PÚBLICA DR. GIOVANNI CYSNEIROS

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MISSÃOParticipar das ações de vigilância em saúde, realizando análises laboratoriais com

qualidade, coordenando a rede estadual de laboratórios e gerando informações para a melhoria da saúde pública .

LABORATÓRIO CENTRAL DE

SAÚDE PÚBLICA

DR. GIOVANNI CYSNEIROS

Coleta, conservação e transporte de amostras

• HAV, HEV

• ROTAVÍRUS

• PFA / POLIOVÍRUS

• SARAMPO E RUBÉOLA

• INFLUENZA

• MENINGITE VIRAL

VIGILÂNCIA LABORATORIAL EM EVENTOS DE MASSA

Amostras

A qualidade dos resultados dos exames laboratoriais estáintimamente relacionada à fase pré-analítica, que se inicia desde o preenchimento correto da requisição, preparação do paciente, coleta e identificação da amostra, armazenamento temporário da amostra no local de coleta, transporte ao laboratório, até o recebimento e cadastramento das amostras no Lacen.

Esta fase deve ser criteriosamente definida e constantemente monitorada em razão do impacto

significativo das atividades realizadas durante este processo sobre a qualidade do resultado liberado.

Amostras• Pontos críticos:

- Ficha de Investigação

- Cadastro no sistema GAL

- Características das amostras

- Coleta de amostras

- Volume das amostras

- Período entre coleta e envio

- Manuseio das amostras

Ficha de investigação

• Completamente preenchida

• Corretamente preenchida

• Dados necessários para a “investigação”

• Direciona a investigação

• Análise dos resultados (facilita)

Ficha de investigação

• Nome completo e endereço

• Data da coleta e início dos sintomas

• Sinais e sintomas

• Informações epidemiológicas

• Situação vacinal, exames inespecíficos

• Comunicantes e situações de risco (exposição)

• Solicitação de marcadores não cadastrados no sistema GAL

Cadastro no sistema GAL

• Acesso ao resultado imediatamente após liberado

• Possibilidade de retirar relatórios epidemiológicos

• Histórico do paciente

• Relação com outros resultados e exames diferenciais

Vigilância laboratorial

CONDIÇÕES ESPECÍFICAS PARA CADA AGRAVO

AtravAtravéés do diagns do diagnóóstico laboratorial stico laboratorial éé posspossíível:vel:

11-- detectar novos casos da doendetectar novos casos da doençça;a;

22-- realizar cobertura vacinal e demais medidas para controle realizar cobertura vacinal e demais medidas para controle

de epidemias;de epidemias;

33-- monitorar monitorar ááreas de transmissão de uma doenreas de transmissão de uma doençça;a;

44-- identificar o sorotipo de um videntificar o sorotipo de um víírus circulante ou introdurus circulante ou introduçção ão

de um novo sorotipo em determinada região.de um novo sorotipo em determinada região.

55-- vigilância sindrômicavigilância sindrômica

Hepatites A e E

• Não deve estar lipêmico

(fortemente)

• Não deve apresentar artefatos

• Livre de coágulos e fibrinas• Límpido

• Sem hemólise (fortemente)

• Centrifugado e separado (não enviar

no tubo com gel)

Características do soro:

Hepatite A e E• Após congelado descongelar no máximo por 2x

• Não guardar juntamente com materiais que não sejam

amostras biológicas

• Tampas adequadas para o tubo utilizado

• Evitar tubos de vidro (biossegurança)

• Não lacrar a tampa com esparadrapo

• Transportar sob refrigeração (2 a 8ºC)

• Enviar ao Lacen em até 15 dias após a coleta.

SURTO DE DTA

Amostra

Fezes “in natura” (5 gr)

ou em meio de transporte

Cary Blair; swab retal

em Cary Blair.

Envio em até 2 horas

ao LACEN (Seção de

Bacteriologia)

Pesquisa de Bactérias Enteropatogênicas

(Salmonella spp, Shigella spp,

Escherichia coli, Vibrio cholerae (O1 e

O139), Listeria monocytogenes,

Staphylococcus aureus, Yersinia

enterocolítica)

FIOCRUZ(Sorotipagem)

Fezes “in natura”

refrigerado a 4º C por no

máximo 5 dias (5 gr).

Virologia

Pesquisa de Rotavírus

Instituto Adolfo Lutz(Pesquisa de Norovírus)

Instituto Adolfo Lutz(Sequenciamento)

Fezes “in natura”

refrigerada por

até 48 horas

(5gr).

1

2 3

Positivo

Negativo

Amostra in natura

Amostra Meio de TramsporteCary Balir

Fazer 2ª coleta

caso permaneçam

os sintomas por

mais de 5 dias

Hepatite A(IgM)

Virologia

Suspeita

Clinica

DDA Não DDA

IMUNO-

PARASITOLOGIA

Toxoplasmose

Botulismo

Envio em até 48 horas

ao LACEN (Seção de

Bacteriologia)

Tipo

Alimento

Congelado

Líquido

Coletar em sua

embalagem original.

Manter congelado

Coletar em

saco platico

esterilizado

Amostra

Fezes / Soro

Alimento

Água para consumo humano

Coletar em vidro

esterilizado fornecido

pelo LACEN

Resfriar e transportar

em até 6 horas após a

coleta (não congelar).

Transportar o mais

rápido e mantê-los

congelados

Coletar em frasco de vidro (200 ml)),

esterilizado, fornecido pelo LACEN.

Resfriar e enviar em

até 12 horas após a

coleta.

Sólido /

Pastoso

Divisão de Produtos

LACEN

Pesquisas

Parasitológicas

Soro mínimo 2

ml, conservar em

freezer a -20° C

IMUNO-

PARASITOLOGIA

SURTO DE DTA

Amostra

Fezes “in natura” (5 gr)

ou em meio de transporte

Cary Blair; swab retal

em Cary Blair.

Envio em até 2 horas

ao LACEN (Seção de

Bacteriologia)

Pesquisa de Bactérias Enteropatogênicas

(Salmonella spp, Shigella spp,

Escherichia coli, Vibrio cholerae (O1 e

O139), Listeria monocytogenes,

Staphylococcus aureus, Yersinia

enterocolítica)

FIOCRUZ(Sorotipagem)

Fezes “in natura”

refrigerado a 4º C por no

máximo 5 dias (5 gr).

Virologia

Pesquisa de Rotavírus

Instituto Adolfo Lutz(Pesquisa de Norovírus)

Instituto Adolfo Lutz(Sequenciamento)

Fezes “in natura”

refrigerada por

até 48 horas

(5gr).

1

2 3

Positivo

Negativo

Amostra in natura

Amostra Meio de TramsporteCary Balir

Fazer 2ª coleta

caso permaneçam

os sintomas por

mais de 5 dias

Hepatite A(IgM)

Virologia

Suspeita

Clinica

DDA Não DDA

IMUNO-

PARASITOLOGIA

Toxoplasmose

Botulismo

Envio em até 48 horas

ao LACEN (Seção de

Bacteriologia)

Tipo

Alimento

Congelado

Líquido

Coletar em sua

embalagem original.

Manter congelado

Coletar em

saco platico

esterilizado

Amostra

Fezes / Soro

Alimento

Água para consumo humano

Coletar em vidro

esterilizado fornecido

pelo LACEN

Resfriar e transportar

em até 6 horas após a

coleta (não congelar).

Transportar o mais

rápido e mantê-los

congelados

Coletar em frasco de vidro (200 ml)),

esterilizado, fornecido pelo LACEN.

Resfriar e enviar em

até 12 horas após a

coleta.

Sólido /

Pastoso

Divisão de Produtos

LACEN

Pesquisas

Parasitológicas

Soro mínimo 2

ml, conservar em

freezer a -20° C

IMUNO-

PARASITOLOGIA

Vigilância da diarreia por Rotavírus COLETA - fezes

•Período: até 10 dias do início da diarreia

•5 a 10mL / 5 gramas / 1 colher de chá

•Coletores universais secos. Identificar

•Acondicionar individualmente em saco plástico.

•“Compressas” hospitalares colocadas em fraldas:

– material sólido – coletar com espátula e colocar no frasco coletor.

– material líquido – acondicionar a

“compressa” embebida no frasco coletor.

•Swab retal – em caso de óbitos.

CONSERVAÇÃO

•Conservar em geladeira comum (2°a 8°C) ou no congelador por até 5 dias; após esse tempo conservar em freezer a -20°C.

TRANSPORTE

• Transportar sob refrigeração em caixa isotérmica com gelo reciclável.

Vigilância da diarreia por Rotavírus

PFA / Poliovírus

• Todo caso de paralisia flácida aguda (PFA) deve ser investigado, nas 48 horas após o conhecimento;

• Colher uma amostra de fezes do caso, preferencialmente até o 14º dia do início da deficiência motora, para investigação etiológica;

• Isolamento viral em amostra de fezes - sorotipo e sua origem, se vacinal ou selvagem.

PFA / PoliovírusCOLETA

•8 gramas de fezes (2/3 da capacidade do coletor)

•Recipiente limpo (coletor universal), bem vedado e identificado por meio de etiqueta constando: pesquisa de poliovírus, nome do paciente, data da coleta, data do início da deficiência motora.

CONSERVAÇÃO

•Conservar em freezer a -20oC. Na impossibilidade da utilização do freezer, colocar em geladeira com temperatura entre (4 a 8 ºC) por no máximo 3 dias.

PFA / Poliovírus

TRANSPORTE

•Os frascos deverão ser colocados em sacos plásticos e acondicionados em caixas térmicas com gelo reciclável. A quantidade de gelo deverá ser suficiente para resistir ao período de tempo gasto até a sua entrega no LRN. A caixa térmica deve ser bem fechada e identificada como material biológico.

PFA / Poliovírus• Brasil se comprometeu internacionalmente em manter

altos índices de cobertura vacinal e de realizar a vigilância das PFA, monitorada pelos indicadores de qualidade: Taxa de Notificação; Coleta Oportuna de

Amostra de Fezes; Investigação Oportuna (em até 48 horas) e Informação Semanal de Notificação

Negativa/Positiva.

• metas OPAS/OMS pactuadas

por todas as UF.

Sarampo/Rubéola

SOROLOGIA

COLETA: Uma amostra, no primeiro contato com um caso suspeito.

Amostras oportunas são aquelas obtidas do 1º ao 28º dia do aparecimento do exantema.

Amostras tardias são aquelas colhidas após este período, mas deverão ser encaminhas para o laboratório.

Nome legível, data, identificar 1ª ou 2ª amostra.

CONSERVAÇÃO DO MATERIAL: (SORO)PERÍODO DE ATÉ 2 DIAS: Sob refrigeração (+ 4º C).APÓS ESTE PERÍODO: -20ºCEncaminhar ao Laboratório o mais rápido possível.•* Nenhum soro deverá ser estocado nos locais de coleta.•* Liberação de resultados: Sarampo – 4 dias; Rubéola – 7 dias.

Quando o IgM é positivo ou indeterminado para sarampo ou rubéola a segunda coleta de sangue é obrigatória (cerca de 20 dias após a data da primeira coleta).

A coleta de swab de nasofaringe também é obrigatória no momento dos resultados de Rubéola com IgM positivo para tentar isolar o vírus.

Sarampo/Rubéola

ISOLAMENTO VIRALURINA

• Coletar de maneira estéril, em até 7 dias do início do exantema.

• Manter em geladeira (4ºC) e enviar em caixa de isopor com gelo reciclável.

• Enviar ao Lacen em até 24h.

No Lacen a amostra será centrifugada e o sedimento ressuspendido com 2mL de meio de transporte de vírus e congelado a -70ºC.

Sarampo/Rubéola

Sarampo/RubéolaISOLAMENTO VIRALSECREÇÃO NASOFARÍNGEA

Para os casos de recém-nascidos com IgM Positivo1. Usar swab estéril.2. Coletar 3 swabs; um de cada narina ( parte posterior, perto da

nasofaringe) e um de garganta, friccionando a mucosa para obter um número adequado de células.

3. Colocar os 3 swabs em um mesmo tubo contendo 3 ml de meio de transporte viral, fornecido pelo laboratório.

4. Identificar o tubo com o nome do paciente e data de coleta.5. Conservar em geladeira até 24-48 horas. NÃO CONGELAR. Enviar ao

Lacen em caixa térmica, com gelo reciclável – até as 14:00h.

Sarampo/Rubéola

Principais erros no preenchimento da ficha.• Falta da data de coleta ( 1ª e 2ª amostra )• Falta das datas de:

- início de exantema, vacinas, nascimento• Falta de endereço, dados pessoais, especificações de sintomas, identificação de 2ª amostra e preenchimento do quadro de suspeita da doença.• Envio de 2ª amostra de recém-nascido com o nome da criança sem especificar o nome da mãe, e sem as datas das duas coletas (S1/S2).• 2ª Amostra deverá vir acompanhada da ficha epidemiológica indicando datas de coleta de S1 e S2.

RUBÉOLA

CLASSIFICAR RNSEGUNDO

DEFINIÇÕES DECASO

AVALIAÇÃOCLÍNICA

COLHER SECREÇÃONASOFARÍNGEA

IgM+

CONFIRMARINFECÇÃOCONGÊNITA

AVALIAÇÃOCLÍNICA

CLASSIFICAR

SE IgGPERSISTEELEVADA

DESCARTARINFECÇÃOCONGÊNITA

SE HOUVERQUEDA

ACENTUADADE IgG

2ª AMOSTRAAPÓS

03 MESES

IgG+

SE HOUVERMALFORMAÇÕES,

PESQUISAROUTRAS DOENÇAS

IgG-

AVALIAR IgG

IgM-

COLHER SANGUE DO RECÉM-NASCIDONO MOMENTO DO PARTO

NÃOACOMPANHAR

IMUNE

IgM-IgG+

MANTERACOMPANHAMENTO

GESTANTE ERECEM NASCIDO

SUSCEPTÍVELNO MOMENTODA VACINAÇÃO

IgM+IgG-

ou IgG+

MANTERACOMPANHAMENTO

GESTANTE ERECEM NASCIDO

NOS CASOS IgM- EIgG- REPETIR

SOROLOGIA COM15 DIAS

SUSCEPTÍVELNO MOMENTODA VACINAÇÃO

IgM-IgG-

MENOS DE 30 DIAS APÓS VACINA

VACINAR NOPÓS PARTO

NÃOACOMPANHAR

IgM-IgG-

MANTERACOMPANHAMENTO

GESTANTE ERECEM NASCIDO

SUSCEPTÍVELNO MOMENTODA VACINAÇÃO

IgM+IgG+

ou IgG-

NÃOACOMPANHAR

IGNORADO

IgM-IgG+

30 OU MAIS DIAS APÓS VACINA

COLETA DE AMOSTRA SANGUÍNEA PARA PESQUISA DE IgM E IgGENVIO PARA O LACEN

1. GESTANTES VACINADAS INADVERTIDAMENTE2. MULHERES QUE ENGRAVIDARAM DENTRO DE 30 DIAS APÓS VACINAÇÃO

RUBÉOLA

Influenza• Swab nasal/oral combinados ou aspirado de nasofaringe

(SNF).

• Preferencialmente até 3º dias de início de sintomas.

• Sucesso do diagnóstico: depende da qualidade da amostra coletada, do transporte e do armazenamento.

swab nasal swab oral

Coleta de swab combinado (SNF)

InfluenzaCOLETA, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE•Coleta com swab nasal/oral combinado:

–Devem ser coletados três swabs, um de orofaringe e dois swabs denasofaringe, sendo um de cada narina.

–Após a coleta, inserir os três swabs em um mesmo tubo contendo meio de transporte viral. Identificar adequadamente o frasco.

–Colocar em saco plástico e lacrar.

–Manter refrigerado de 2o a 8oC.

–Comunicar e enviar imediatamente ao LACEN (sob refrigeração).

Meningite viral

• Líquor: 1,5mL em criotubos.

– Conservar entre 4 e 8oC por no máximo 24h.

– Após 24h – nitrogênio líquido.

• Fezes: 4g em frascos estéreis de boca larga e tampa rosqueada.

– Conservar em freezer a -20oC por no máximo 72h.

• Enviar imediatamente para o Lacen.

• Não coletar fragmentos de cérebro (óbito).

Considerações finais

• Período entre coleta e envio da amostra para o Lacen:

– Condições de conservação

– Resultados duvidosos

– Garantia da qualidade das análises

– Agilidade na resposta

– Descarte das amostras

Considerações finais

• Manuseio das amostras:

– Não guardar juntamente com materiais que não sejam

amostras biológicas

– Tampas adequadas para o recipiente utilizado

– Evitar tubos de vidro (biossegurança)

– Não lacrar os recipientes com esparadrapo

– Usar recipiente adequado ao volume coletado

Considerações finais

• Manuseio das amostras:

– Não guardar juntamente com materiais que não sejam

amostras biológicas

– Tampas adequadas para o recipiente utilizado

– Evitar tubos de vidro (biossegurança)

– Não lacrar os recipientes com esparadrapo

– Usar recipiente adequado ao volume coletado

• Identificação das amostras

– Nome do exame

– Nome do paciente completo e por extenso

– Data da coleta, natureza da amostra e número da amostra (se 1°ou 2°)

– Usar etiquetas com tinta resistente aos meios de conservação e com letra legível

Considerações finais

• Rejeição de amostras

– Amostras mal tampadas, rosqueadas ou vazando

– Amostras sem identificação ou identificação ilegível

– Amostras sem a ficha de investigação

– Amostras acondicionadas fora da temperatura

– Amostras enviada com tempo excedente de acondicionamento

– Tubos quebrados ou apresentando rachaduras (vidro)

– Amostras sem cadastro no GAL

– Amostras enviadas após as 17:00h

Considerações finais

Considerações finais

“Para que o laboratório possa obter um resultado confiável,

não basta que execute as técnicas de forma correta; é

necessário que receba uma amostra adequada em

quantidade suficiente, em recipiente apropriado, bem

identificada, conservada e transportada corretamente”

Manual de Procedimentos, Lacen – revisão 2013

Obrigado!

Vinicius Lemes da SilvaSeção Virologia – [email protected]

(62) 3201-9683