erradicaÇÃo global da poliomielite estratÉgia … · divisão de virologia poliovírus selvagem...

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ERRADICAÇÃO GLOBAL DA POLIOMIELITE ESTRATÉGIA BRASILEIRA ADOTADA NO ESTADO DE SÃO PAULO PLANO DE CONTENÇÃO DO POLIOVÍRUS ESTRATÉGIA MUNDIAL PARA ELIMINAÇÃO E RECOMENDAÇÕES PARA OS LABORATÓRIOS - ESTRATÉGIA NO BRASIL Rita de Cássia Compagnoli Carmona Pesquisador Científico VI Diretor Técnico Núcleo de Doenças Entéricas Centro de Virologia Instituto Adolfo Lutz Responsável pela Vigilância Laboratorial das Paralisias Flácidas Agudas – PFA/ Poliomielite do Estado de São Paulo 27 de Abril de 2016

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ERRADICAÇÃO GLOBAL DA POLIOMIELITE ESTRATÉGIABRASILEIRA ADOTADA NO ESTADO DE SÃO PAULO

PLANO DE CONTENÇÃO DO POLIOVÍRUS ESTRATÉGIA MUNDIAL PARA ELIMINAÇÃO E RECOMENDAÇÕES PARA OS

LABORATÓRIOS -ESTRATÉGIA NO BRASIL

Rita de Cássia Compagnoli CarmonaPesquisador Científico VI

Diretor Técnico Núcleo de Doenças Entéricas Centro de VirologiaInstituto Adolfo Lutz

Responsável pela Vigilância Laboratorial das Paralisias Flácidas Agudas – PFA/ Poliomielite do Estado de São Paulo

27 de Abril de 2016

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Histórico

1994 – Brasil recebeu da Comissão Internacional para a Certificação de Erradicação da

Poliomielite OPAS/OMS a declaração que o certificou “País livre da circulação do

poliovírus selvagem”.

Critério obrigatório para obtenção de Certificado Internacional de Erradicação da

Poliomielite:

NECESSIDADE DE CONTENÇÃO DO POLIOVÍRUS EM LABORATÓRIOS

Infecção por poliovirus em ambiente laboratorial é um potencial transmissão a comunidade

Época pré-vacina: 1941 a 1976, 12 casos de poliomielite

Época pós-vacina: 1992, 02 casos provenientes de instalações de produção da VIP e Laboratório de Pesquisa

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68ª Assembleia Mundial da Saúde realizada em maio de 2015, Genebra -reuniu autoridades sanitárias de 194 países.

Foi definida uma nova Resolução (WHA68.3) - novos acordos sobre aerradicação da global poliomielite;

Reforçam que a erradicação só poderá ser alcançada por meio docompromisso global, que foi endossado pelos países membros.

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Plano Estratégico de Erradicação da Polio e Fase Final 2013-2018 - Objetivos

Certificação e Contenção - garantir contenção dos poliovírus - evitar a reintrodução do poliovírus selvagem, após a erradicação global

• Detectar e interromper a transmissão de todos os poliovírus1

• Reforçar os sistemas de vacinação, introduzir a vacina inativada da polio (VIP) e retirar todas as vacinas orais (VOP) começando pelo componente tipo 2

2

• Conter o poliovírus e certificar a interrupção da transmissão3

• Planejar o legado da pólio4

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O plano apresenta ações de vigilância epidemiológica,imunizações, contenção laboratorial, vigilância ambiental,comunicação social, entre outros.

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Vigilância Laboratorial

Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública- CGLAB/SVS/MS

Executar as atividades previstas no Plano de Contenção do Poliovírusem Laboratórios Brasileiros.

Realização o inventário do poliovírus selvagem e/ou vacinal

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Objetivos

Realizar o levantamento de todos os laboratórios brasileiros para identificar aqueles que possuem

materiais que contenham o poliovírus selvagem e/ou vacinal ou que sejam potencialmente infectantes

para o poliovírus selvagem e/ou vacinal e estimular o descarte de todo material desnecessário ou o envio

deste material ao LRN – Fiocruz/RJ ou para LRR – IEC/PA;

Monitorar o recebimento, encaminhamento, processamento e liberação em tempo oportuno de amostras

suspeitas de poliomielite após o switch da vacina ;

Atender a solicitação no cumprimento dos critérios da OMS para que o Brasil seja contemplado com o

Certificado Internacional de Erradicação da Poliomielite.

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DEFINIÇÃO DE MATERIAIS INFECTANTES QUE CONTÊM POLIOVÍRUS SELVAGEM E/OU VACINAL

Materiais clínicos oriundos de casos confirmados de infecção por poliovírus selvagens e Poliovirus Derivado da

Vacina (PVDV), amostras ambientais com água de esgoto ou in natura em que esses vírus estejam presentes, e

produtos de replicação desses vírus, incluindo:

Poliovírus isolados em cultivos celulares, cepas de referência, cepas para vacinas inativadas;

Animais infectados com poliovírus ou materiais clínicos oriundos desses animais;

Produtos de pesquisa em laboratório que possam conter as sequências do capsídeo dos poliovírus

selvagens;

Estrutura total do RNA ou cDNA que contêm sequências de capsídeos derivadas de poliovírus selvagem; e

Células continuamente infectadas com cepas de poliovírus, cujas sequências do capsídeo derivam de

poliovírus selvagem.

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DEFINIÇÃO DE MATERIAIS POTENCIALMENTE INFECTANTES PARA O POLIOVÍRUS SELVAGEM E/OUVACINAL

Fezes, secreções de orofaringe de humanos e amostras ambientais com águas de esgoto ou em natura de origem

desconhecida ou coletadas para qualquer fim no Brasil antes de 1991 ou em um dado momento em uma área geográfica

onde se suspeitava da presença do PVDV. Incluem-se ainda células adequadas para cultivo de poliovírus e/ou animais nos

quais foram inoculados materiais potencialmente infectantes, ou seja:

Amostras não testadas para poliovírus e enterovírus;

Cepas de enterovírus não-caracterizados;

Cepas de poliovírus indiferenciado .

Não se consideram infectantes ou potencialmente infectantes para o poliovírus selvagem as amostras de soro e de líquido

cefalorraquidiano oriundas de áreas endêmicas para pólio, assim como, os materiais clínicos ou ambientais que foram

estocados sem refrigeração por um período igual ou superior a três meses, refrigerados durante um ano ou mais,

inativados pelo calor, tratados com desinfetantes antivirais ou previamente testados e apresentando resultado negativo

para o enterovírus.

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Primeiro Inventário dos laboratórios que possuíam poliovírus selvagem ou materiais

infectantes – 2004

Histórico

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Apenas Instituições de Pesquisa, Ensino, Diagnóstico e de Produção de Vacinas -com maior probabilidade de estocagem de materiais infectantes oupotencialmente infectantes para poliovírus selvagem.

Questionário Impresso

Brasil: 289 Laboratórios

Primeiro Inventário dos laboratórios que possuíam poliovírus selvagem ou materiais

infectantes – 2004

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Quadro 1: Instituições e laboratórios brasileiros que afirmaram armazenar ou manipular poliovírus selvagemou material potencialmente infectante para poliovírus, 2004.

Instituição Laboratório Material

1- Fundação Osvaldo Cruz Laboratório Enterovírus Poliovírus selvagem Tipo 1, 2 e 3 e poliovírus vacinal (Sabin Tipo 1, 2 e 3)

2- Instituto Evandro Chagas (IEC/PA) Laboratório de Referencia Regional de Enterovírus

Poliovírus selvagem Tipo 1, 2 e 3 e poliovírus vacinal (Sabin Tipo 1, 2 e 3)

3- Laboratório Central de Saúde Públicade Pernambuco (LACEN/PE)

Divisão de Virologia Poliovírus selvagem Tipo 1, 2 e 3 e poliovírus vacinal (Sabin Tipo 1, 2 e 3)

4- Instituto Adolfo Lutz (IAL/SP) Setor de Microscopia Eletrônica Material potencialmente infectante

Virologia – Laboratório Vírus Entéricos Poliovírus selvagem Tipo 1, 2 e 3 e poliovírus vacinal (Sabin Tipo 1, 2 e 3)

5- LACEN/RS Instituto de Pesquisas Biológicas Amostras poliovirus vacinal

6- LACEN/DF Núcleo de Virologia Material com poliovírus

RECOMENDAÇÃO DA OMS: NECESSIDADE DE CONTEMPLAR TODOS OS LABORATÓRIOS PÚBLICOS E PRIVADOS

Fonte: Relatório das Atividades Realizadas para Contenção do Poliovírus Selvagem em Laboratórios Brasileiros CGLAB/DVEP/SVS/MS, 2009

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Inventário dos laboratórios que possuíam poliovírus selvagem ou materiais infectantes –

2008/2009

Laboratórios Clínicos – Setor da Saúde - CNESMinistério da Educação - UniversidadesMinistério do Meio AmbienteMinistério da DefesaMinistério da Agricultura

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Grupo de Trabalho: Coordenação CCD/SES. Constituído por Técnicos do CCD, IAL, CVE e CVS

Finalidade: Identificação dos Laboratórios mantinham estoques de poliovirus Selvagem ou material potencialmente infectante.

Comissão de Monitoramento : Coordenação CCD/SES. Constituido por Técnicos do CCD, IAL e CVS

Finalidade: Acompanhar e monitorar as adequações necessárias de biossegurança dasInstituições Identificadas.

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ANTECEDENTES PARA O INVENTÁRIO – 2008 / 2009

Brasil possui um Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde- CNES

Levantados 263.553 estabelecimentos cadastrados

Destes, 19.472 estabelecimentos de saúde ofereciam serviço próprio de diagnóstico anatomopatológico

e clínico.

Foram identificados no final cerca de 8.000 laboratórios para o inventário nacional pelo CNES e outros

laboratórios (Ministério da Defesa, Universidades e MAPA) pela equipe do subcomitê estadual

Fonte: Relatório das Atividades Realizadas para Contenção do Poliovírus Selvagem em Laboratórios Brasileiros CGLAB/DVEP/SVS/MS, 2009

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Tabela 1: Distribuição de laboratórios classificados como alta probabilidade e de alto risco, que responderam aoInventário, poir Unidade de Federação, 2009.

Fonte: Relatório das Atividades Realizadas para Contenção do Poliovírus Selvagem em Laboratórios Brasileiros CGLAB/DVEP/SVS/MS, 2009

?

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Quadro 2: Distribuição das Instituições e respectivos Laboratórios de alto risco, que informaram no Inventáriopossuir material Infectante ou potencialmente infectante para Poliovírus Selvagem, por UF- Brasil, 2009

Fonte: Relatório das Atividades Realizadas para Contenção do Poliovírus Selvagem em Laboratórios Brasileiros CGLAB/DVEP/SVS/MS, 2009

1

2

3

4

5

Foram identificados pelo inventário Nacional

13 laboratórios afirmaram possuir materiais infectantespara o poliovírus selvagem;

11 laboratórios afirmaram possuir materiais potencialmenteinfecciosos.

Considerados de alto risco para fins de visita técnica

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INSTITUIÇÃO LABORATÓRIOS

Instituto Adolfo Lutz (SP) 1- Laboratório Vírus Entéricos – Serviço deVirologia2- Lab Virus Respiratórios – Serviço de Virologia3- Seção de Microscopia Eletrônica

Fleury 4- Unidade Jabaquara

Universidade de São Paulo 5- Laboratório Vírus Entéricos Humanos e Animais

Instituto Butantan 6- Laboratório de Imunologia Viral

Universidade Federal de São Paulo –UNIFESP

7- Laboratório de Virologia

2009: As 5 Instituições (07 laboratórios) do estado de São Paulo receberam a visita dos Técnicos da Comissão Estadual e do Ministério da Saúde;

2011: Visita outras 03 Instituições, CETESB, USP (Lab. Virologia) e IMT/USP.

Quadro 3: Distribuição das Instituições e respectivos Laboratórios de alto risco, que informaram no Inventáriopossuir material Infectante ou potencialmente infectante para Poliovírus Selvagem, estado de São Paulo, 2009

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PLANO DE AÇÃO PARA CONTENÇÃO DE MATERIAL INFECTANTE

E POTENCIALMENTE INFECTANTE PARA POLIOVÍRUS

SELVAGEM E VACINAL – 2015/2016

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PLANO DE AÇÃO PARA CONTENÇÃO DO POLIOVÍRUS – CGLAB/SVS/MS

Etapas realizadas CGLAB/SVS/MS:

Comitê Nacional para a Contenção de Poliovírus em Laboratórios Brasileiros;

Levantamento dos laboratórios cadastrados no CNES - DATASUS e outros laboratórios (Ministério da

Defesa, Universidades e MAPA) e envio da planilhas CNES aos LACENs de cada estado;

Elaboração de formulário do Inquérito OPAS/OMS no modelo FormSUS (final de mês de dezembro 2015);

Envio dos formulários para os Laboratórios (Janeiro de 2016);

Identificação das Instituições que possuam material infectante e potencialmente infectante para o

Poliovírus Selvagem e Vacinal;

Oficio circular as Instituições: Destino final do material: destruição, contenção ou transferência para o

Laboratório Essencial (Abril de 2016);

Elaboração de documento legal (Portaria conjunta com ANVISA)

Visitas técnicas às Instituições consideradas de alto risco pelo fato de terem optado em continuar

armazenando na instalação materiais infectantes ou potencialmente infectantes.

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Tipos de Instituições onde é possível encontrar materiais que contenham poliovírus selvagem e/ou vacinalou que sejam potencialmente infectantes para poliovírus selvagem e/ou vacinal

Tipos de instituições

Instituições de Pesquisa Médica/Biomédica

Universidades

Hospitais/Clínicas

Laboratórios de Análises Clínicas

Produtores (biológicos/vacinas/desinfetantes)

Agências Ambientais (água/esgoto)

Agências para Controle Biológico

Agências Militares (saúde/pesquisa)

Agências de Saúde Pública

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Áreas de diagnóstico laboratorial onde é possível encontrar materiais que contenham poliovírus selvageme/ou vacinal ou que sejam potencialmente infectantes para poliovírus selvagem e/ou vacinal

Áreas de diagnóstico Laboratorial

Virologia

Bacteriologia

Parasitologia

Gastroenterologia

Patologia

Coleção de cultura

Biologia molecular

Nutrição

Genética veterinária

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27http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=23898.

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Grupo de Trabalho: Coordenação CCD/SES. Constituído por Técnicos do CCD, CVE, CVS e IAL.

Finalidade: Coordenar as ações para erradicação da poliomielite no estado de São Pauloperíodo de 2013 - 2018 - “Plano Estratégico para Erradicação da Poliomielite”, aprovado pela OMS.

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PLANO DE AÇÃO PARA CONTENÇÃO DO POLIOVÍRUS

Etapas realizadas no estado de São Paulo:

Constituído o Grupo Técnico para a coordenação das ações, no Estado de São Paulo,

referentes ao “Plano Estratégico para a Erradicação da Poliomielite” (Resolução SS – 25, de 16-3-2016);

Envio via IAL de Ofícios (OMS e MS) e orientações de preenchimento do FormSUS para os Laboratórios que

responderam ao Inventário 2008/2009 (endereçamento eletrônico cerca de 800 estabelecimentos);

Envio via CCD/SES de Ofícios e instruções impressos para as principais Instituições que responderam que

continham material infectante ou potencialmente infectante no Inventário de 2008/2009 (Instituições

consideradas prioritárias) e aos conselhos regionais.

Envio ofícios via CVS - GVSs

Prazos para o preenchimento do Inquérito no FormSUS:

1º : 25/01/2016;

2º : 11/03/2016;

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Inventário dos laboratórios no estado de São Paulo que possuem material infectante e potencialmente infectante para poliovírus

selvagem ou vacinal – 2016*

*Dados Preliminares

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CNES – 2.040 estabelecimentos de saúde no estado de São Paulo ~ 1.500 (Instituições e Laboratórios de Diagnóstico)

219 Laboratórios no estado de São Paulo responderam ao inquérito* (incluido Universidades e Ambiental) – (14,6%; 219/1.500)

Instituições consideradas Prioritárias no inventário de 2008/2009 – 100% responderam ao inquérito

05 Instituições informaram possuir as seguintes amostras*:1. Amostras Infectantes de Poliovirus Selvagem;2. Amostras Infectantes de Poliovírus Vacinal ;3. Amostras potencialmente infectantes de Poliovírus Selvagem e Derivado

da Vacina;4. Amostras potencialmente infectantes de Poliovírus Vacinal.

*Atualização até 26 de abril de 2016 do FormSUS – CGLAB

*Dados Preliminares do estado de São Paulo

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Quadro 4: Instituições do estado de São Paulo que afirmaram armazenar material infectante de PoliovírusSelvagem e Vacinal, e material potencialmente infectante para Poliovírus Selvagem, Derivado da Vacina e Vacinal, 2016

INSTITUIÇÃO MATERIAL

1- Instituto Adolfo Lutz (SP) Amostras infectantes de Poliovirus Selvagem ePoliovírus vacinal;

Amostras potencialmente infectantes de PoliovirusSelvagem, Vacinal e Derivado da Vacinal.

2- CETESB Amostras Infectantes com Poliovírus Vacinal; Amostras potencialmente infectantes de Poliovírus

Vacinal.

3- UNICAMP Amostras potencialmente infectantes de PoliovírusSelvagem e Derivado da vacina;

Amostras potencialmente infectantes de PoliovírusVacinal.

4- Universidade de São Paulo (ICB II) Amostras Infectantes de Poliovírus Vacinal; Amostras potencialmente infectantes de Poliovírus

Vacinal.

5- Fleury Amostras potencialmente infectantes de PoliovírusVacinal.

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Requisitos de Biossegurança para Laboratórios que contêm Poliovírus selvagem e/ou vacinal na Fase Pós-Switch

Categorias Práticas Laboratoriais NB

Materiais que contêm o poliovírusselvagem e/ou vacinal

Todos os procedimentos incluindoarmazenamento

NB-3/pólio

Materiais potencialmente infectantespara o poliovírus selvagem e/ouvacinal

Procedimentos que envolvam animais oucélulas adequadas para cultivo de poliovírus

NB-3/pólio

Procedimentos envolvendo estoques demateriais clínicos e ambientais em que hárisco de respingo, derramamento ou formaçãode aerossóis

NB-2/ pólioem cabinesClasse II

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Novo prazo para o preenchimento do Inquérito no FormSUS:

1º : 25/01/2016

2º : 11/03/2016

3º : Agosto 2016 (Para aumentar o nº )*

*No Brasil até o momento 633 Laboratórios responderam ao Inquérito.

*Nova estratégia (força tarefa): contato telefônico com todos os Laboratórios da Federação.

*Estados em destaque no Levantamento até o momento:

Bahia

Espirito Santo

Pará

São Paulo (34,6%, n=219/633)

*Visitas técnicas às Instituições consideradas de alto risco pelo fato de terem optado em continuar armazenandona instalação materiais infectantes ou potencialmente infectantes .Cronograma de visitas elaborado.

São Paulo: IAL, USP, CETESB, UNICAMP

* Informes da 1º Reunião da Comissão Nacional de Certificação da Poliomielite: 25/04/2016 – Brasília, DF

*PRÓXIMAS AÇÕES PARA CONTENÇÃO DO POLIOVÍRUS - CGLAB/SVS/MS

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DESIGNAÇÃO DE LABORATÓRIO ESSENCIAL PARA CONTENÇÃO DO POLIOVÍRUS

É um instalação designada pelo Ministério da Saúde ou outro órgão ou organismo ou autoridade

nacional para servir em funções críticas nacionais ou internacionais que envolvam manejo e

armazenamento necessários de materiais infecciosos ou potencialmente infecciosos de poliovírus

nas condições previstas na norma “Documento de Trabajo Plan Regional de Contención de

Poliovirus en Las Américas (GAP-III Regional)”

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OBRIGADA!

Rita de Cássia Compagnoli CarmonaNúcleo de Doenças Entéricas – Centro de Virologia

Instituto Adolfo Lutz

[email protected]@ial.sp.gov.br

Tel: 11-3068-2909