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Nós somos um jornal sem periodicidade. Tão novos quanto o público da aula magna. Talvez um pouco menos pontuais – veteranos entenderão. Somos um experimento quase acadêmico. Se houver uma segunda edição, é porque tivemos um bom retorno. Ou por sermos teimosos mesmo. Debutantes, não conhecemos os meandros da sua história. Mas podemos presumir a importância desse momento. Se ainda não devemos dizer que sua carreira profissional está assegurada, podemos traçar um paralelo: nas sociedades antigas, a vida adulta chegava às crianças através de algum ritual, desafio ou prova física; hoje, em muitos casos, este marco é a entrada na universidade. Nunca é demais lembrar: você é um privilegiado. Nove em cada dez brasileiros segue distante das bancas acadêmicas. É triste perceber tal perversidade: quem custeia a sua estadia por aqui sequer teve condições, muitas vezes, de pôr os próprios filhos na escola. É tempo, portanto, de assumir suas responsabilidades. Este será um ano intenso. O contexto é de forte ebulição política, com expressivas manifestações de rua e cortes de 30% no orçamento do Ministério da Educação. Dentre as maiores vítimas, o programa Jovens Talentos para Ciência teve redução em 64% das bolsas e o FIES viu bloqueados mais de R$ 1 bi. Na UFPE, estamos em meio a formulação de um novo estatuto, teremos eleições para reitor e os próximos capítulos do Diretório Central dos Estudantes, uma novela infindável que os calouros e calouras vão conhecer em breve. Certamente essa jornada reservará diversas dificuldades. Você não vai ter como escapar. Além de conhecer bastante gente, é bom buscar conhecer mais a nós mesmos É bom fugir dos estereótipos e prestar atenção na diversidade de nuances. De idéias, expressões e identidades.

"Boas vindas pra quem chegou. Boas vindas pra quem tá chegado!"

Aqui você vai passar grandes momentos de sua vida (querendo ou não!)

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O que eu gostaria de ter ouvido...

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Existem muitas opções na hora de comer, desde o Restaurante Universitário, passando por barraquinhas e cantinas, até restaurantes do bairro da Várzea. Se for no RU, chegar cedo evita a famosa fila. Depois das aulas, não é raro que alunos se encontrem nos bares do pinto ou do cavanhaque.

tro curso, basta f

Foi assim que podemos lhe entregar esse jornal que está na sua mão, provavelmente feito com papel da celulose de folhas de eucalipto cultivados no Rio Grande do Sul e gravado com tinta preta, possivelmente produzida na China, e graças ao trabalho do operador da copiadora que fica próxima ao CFCH. Pouco impor tam as d ivergênc ias religiosas, étnicas, culturais ou ideológicas. Mas para que essa cooperação possa existir, um mínimo de comunicação é necessário.

Quantas vezes um debate político entre amigos acabou lhe deixando desconfortável? No ano passado, com as divergências das eleições presidenciais, intensificadas pela polarização do segundo turno, este cenário tomou conta das redes sociais. Uma pena que não tenham ficado apenas por lá. Em botecos, restaurantes e até mesmo em salas de jantar familiares, a exaltação dos ânimos parecia inevitável. As pessoas se comportavam como torcedores fanáticos, mas sem o benefício da alegria que o esporte é capaz de trazer. Nelson Rodrigues dizia que, das coisas menos importantes da vida, o futebol era a mais importante de todas. Felizmente ou não, das coisas mais importantes da vida, embora afete a nossa vida todos os dias, política é a menos importante. As pessoas são mais importantes. Cada um de nós não é autossuficiente (e não estamos falando de petróleo). Deixados a sós ao relento da natureza, provavelmente teríamos sido extintos algumas dezenas de milhares de anos atrás. A cooperação e a capacidade de sentir empatia por nossos semelhantes foram o que nos salvou. É o que nos salva. Milhares de pessoas cooperam o tempo inteiro ao redor do mundo, às vezes sem sequer ter consciência disso.

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EM FAVOR DA EXPANSÃO DOS UNIVERSOS

um cargo e alguma determinada tarefa, enquanto a maior parte das pessoas compreende a palavra com o sentido de imperícia. A rigor, cada ser humano tem o seu próprio idioma. Isso acontece porque cada indivíduo é um universo em si. A interseção particular da miríade de qualidades coletivas que compõem a identidade dos sujeitos torna-o um exemplar único. O filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein defendia que os limites da realidade de cada um eram os limites de sua linguagem. Nesse sentido, se a universidade deve ajudar a expandir as nossas realidades, ela precisa ser um centro conector de universos. A questão é que a universidade não é uma instituição estática. Ela só existe através das pessoas que a compõem. E a grande maioria passa por ela apenas entre 4 e 6 anos de sua vida. É por isso, leitores e leitoras, que cada um de nós tem tanta responsabilidade na expansão de nossos universos. Somente através da cooperação e da empatia nos salvaremos de uma vida limitada por estereótipos e scripts rígidos e pré-moldados. Este é um apelo em direção à verdadeira pluralidade. Os rótulos são incompetentes.

Um dos conceitos de idioma é “expressão própria de um grupo”. Nesse sentido, podemos nos referir à existência de um idioma de economistas, outro de e n g e n h e i r o s e u m t e r c e i r o d e fisioterapeutas. Cada um deles possui um conjunto de palavras que lhes são próprias, com sentidos associados específicos a cada vernáculo. Há também parônimos, aquelas palavras que se assemelham, mas o sentido distoa por completo. Um bom exemplo é “incompetente”, que para juristas significa a inadequação entre

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A ilustração é uma contribuição de Julia de Belliacesse Humanos da UFPE no Facebook.

OU OS RÓTULOS SÃO INCOMPETENTES

Qual a sua afinidade política?

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O Governo deve regular a imprensa e a Internet.

O alistamento militar deve ser obrigatório.

Deve ser feita uma seleção dos estrangeiros que desejarem morar no Brasil.

A produção, comercialização e uso de drogas devem ser combatidos.

A discriminação deve ser considerada um crime.

O governo pode cobrar altos impostos se os serviços prestados forem adequados.

Deve haver salário mínimo determinado pelo governo.

O governo deve resgatar empresas em dificuldade financeira.

O governo deve criar agências para regular o setor privado.

O governo deve usar os impostos para fazer distribuição de renda.

Em cada uma das perguntas abaixo, responda Concordo (C), Talvez (T) ou Discordo (D).

Para cada D some 2 pontos e para cada T some 1 ponto (o C vale zero). Depois descubrasua posição no gráfico ao lado, colocando no eixo da esquerda os pontos das questõespessoais e no eixo da direita os pontos das questões econômicas. Onde as retas seencontrarem, segundo o teste, é sua posição política.

Questões Individuais

Questões Econômicas

Faça o teste do Diagrama de Nolan

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CENTRO DIREITA

LIBERAL

ESQUERDA

AUTORITÁRIO

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Eco

nôm

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Abrindo um leque de novas ideias Apesar deste teste não contemplar a complexidade de posicionamentos político-ideológicos de cada indivíduo, não deixa de ser uma iniciativa importante para romper com a dicotomia esquerda-direita, conceitos muito vagos nos tempos de hoje, ou como diria o próprio Nolan, criador deste diagrama:

"Não acredito que faça muito sentido tentar analisar a política do século 21 usando um modelo desenvolvido para descrever a organização dos assentos do Parlamento Francês de 220 anos atrás"

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Coletivo nabucoColetivo nabucoColetivo nabuco

Quem somos Inspirados nas ideias e na obra de Joaquim Nabuco, jurista e ativista formado na Faculdade de Direito do Recife, da nossa UFPE, o Coletivo Nabuco é um grupo de pessoas que atuam na defesa da liberdade, sem restrições.

Na feira, na cama ou na faculdade, defendemos a liberdade.

Nos vemos por aí.

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