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Patrocínio Apoio Institucional Novembro de 2010 Número 8 ÍNDICE Entrevista Luís Vasconcelos, RAR .............. pag. 1 Livro “Gestão de Org. Sem Fins Lucrativos” ......... pág. 3 Notícias .......................... pág. 4 e 5 Opinião .................................. pág. 5 Entrevista Ana Roque, Inspire ................................... pág. 6 Agenda .................................. pág. 6 NOVO LIVRO Impulso Positivo, UDIPSS-Porto e TESE lançam livro “Gestão de Organizações Sem Fins Lucrativos – o Desafio da Inovação Social” Ver aqui A Acembex, empresa de trading de produtos alimentares do grupo RAR, o maior operador português no ramo, de- senvolveu um projecto socialmente inovador envolvendo os seus par- ceiros. Trabalhando a cadeia de valor dos ce- reais que transacciona, conseguem já abastecer com diversos produtos alimentares duas casas da CrescerSer no Porto. A Vida Económica, atra- vés do Impulso Positivo (www.impulsopositivo. com), foi conhecer o projecto Mimo junto de Luís Sena de Vasconce- los, CEO da Acembex, e de Maria José Sequeira e Daniela Silva Melo. A Acembex é a empresa de trading de produtos alimentares do grupo RAR. É o maior operador português no ramo, transportando mais de um milhão de toneladas de cereais e oleaginosas, e com um volume de negócios superior a 160 milhões de euros. Mas a Acembex é tam- bém responsável por um inovador projecto de apoio à comunidade. Chama-se projecto Mimo, e para a sua construção a Acembex de- safiou um conjunto de empresas parceiras, que hoje contribuem, em articulação estreita, para parte da manutenção alimentar de duas casas da CrescerSer, uma organiza- ção sem fins lucrativos dedicada ao acolhimento de crianças e jovens. Tudo começou em 2003, quando a Acembex decidiu repensar os pre- sentes que oferecia aos clientes no Natal, que talvez tivessem pouca utilidade para quem os recebia. A gestão da Acembex decidiu, nesta altura, converter o valor gasto nes- ses presentes em apoio financeiro a uma instituição de apoio a crianças e jovens – a CrescerSer. “Fomos à Casa de Cedofeita, en- tramos em contacto com aquelas crianças, percebemos bem o con- ceito da casa e a partir daí escreve- mos uma carta aos nossos clientes a explicar o conceito – iríamos con- verter o valor dos presentes num apoio à CrescerSer”, como explicou Daniela Silva Melo. A adesão foi grande, tendo-se gerado uma ca- deia de solidariedade, uma vez que alguns clientes da Acembex come- çaram também eles a transformar os seus donativos em apoios à CrescerSer. Luís Sena Vasconcelos, CEO da Acembex, explicou que esta foi a génese do projecto Mimo, em 2003 e 2004, que nasceu “sem custos nenhuns, excepto tempo e massa cinzenta” e com “a particu- laridade do conceito ser partilhado com os nossos clientes.” (continua na página seguinte) Luís Sena Vasconcelos, CEO Acembex – grupo RAR LUÍS V ASCONCELOS, CEO DA ACEMBEX, EXPLICA COMO A INOVAÇÃO SOCIAL FAZ A DIFERENÇA Grupo RAR coloca criatividade ao serviço da sociedade ENTREVISTA “Tratar por tu o desenvolvimento sustentável.” Ver aqui Ana Roque, Inspire A inovação como a estratégia mais eficaz para enfrentar os desafios sociais mais urgentes.

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  • PatrocínioApoio Institucional

    Manual de Normas . Banco Espírito Santo 1.5 Reduções Máximas do Logótipo

    O logótipo só poderá ser reduzido até uma dimensão que não implique a perda total ou parcial da sua identificação visual.A redução máxima recomendada para o logótipo versão Vertical Centrada é de 5 mm para o símbolo, sendo os restantes elementos reduzidos proporcionalmente.

    Reduções Máximas do Logótipo - Versão Vertical Centrada

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    5mm

    Redução máxima

    Novembro de 2010Número 8

    Í N D I C EEntrevista Luís Vasconcelos, RAR .............. pag. 1

    Livro “Gestão de Org. Sem Fins Lucrativos” ......... pág. 3

    Notícias .......................... pág. 4 e 5

    Opinião .................................. pág. 5

    Entrevista Ana Roque, Inspire ................................... pág. 6

    Agenda .................................. pág. 6

    NOVO LIVRO

    Impulso Positivo, UDIPSS-Porto e TESE lançam livro “Gestão de Organizações Sem Fins Lucrativos – o Desafio da Inovação Social”

    Ver aqui

    A Acembex, empresa de trading de produtos alimentares do grupo RAR, o maior operador português no ramo, de-senvolveu um projecto socialmente inovador envolvendo os seus par-ceiros. Trabalhando a cadeia de valor dos ce-reais que transacciona, conseguem já abastecer com diversos produtos alimentares duas casas da CrescerSer no Porto. A Vida Económica, atra-vés do Impulso Positivo (www.impulsopositivo.com), foi conhecer o projecto Mimo junto de Luís Sena de Vasconce-los, CEO da Acembex, e de Maria José Sequeira e Daniela Silva Melo.

    A Acembex é a empresa de trading de produtos alimentares do grupo RAR. É o maior operador português no ramo, transportando mais de um milhão de toneladas de cereais e oleaginosas, e com um volume de negócios superior a 160 milhões de euros. Mas a Acembex é tam-bém responsável por um inovador projecto de apoio à comunidade. Chama-se projecto Mimo, e para a sua construção a Acembex de-safiou um conjunto de empresas parceiras, que hoje contribuem, em articulação estreita, para parte da manutenção alimentar de duas casas da CrescerSer, uma organiza-ção sem fins lucrativos dedicada ao

    acolhimento de crianças e jovens.Tudo começou em 2003, quando a Acembex decidiu repensar os pre-sentes que oferecia aos clientes no Natal, que talvez tivessem pouca utilidade para quem os recebia. A gestão da Acembex decidiu, nesta altura, converter o valor gasto nes-ses presentes em apoio financeiro a uma instituição de apoio a crianças e jovens – a CrescerSer. “Fomos à Casa de Cedofeita, en-tramos em contacto com aquelas crianças, percebemos bem o con-ceito da casa e a partir daí escreve-mos uma carta aos nossos clientes a explicar o conceito – iríamos con-verter o valor dos presentes num apoio à CrescerSer”, como explicou Daniela Silva Melo. A adesão foi grande, tendo-se gerado uma ca-deia de solidariedade, uma vez que alguns clientes da Acembex come-çaram também eles a transformar os seus donativos em apoios à CrescerSer. Luís Sena Vasconcelos, CEO da Acembex, explicou que esta foi a génese do projecto Mimo, em 2003 e 2004, que nasceu “sem custos nenhuns, excepto tempo e massa cinzenta” e com “a particu-laridade do conceito ser partilhado com os nossos clientes.”

    (continua na página seguinte)

    Luís Sena Vasconcelos, CEO Acembex – grupo RAR

    Luís VasconceLos, ceo da acembex, expLica como a inoVação sociaL faz a diferença

    Grupo RAR coloca criatividade ao serviço da sociedade

    ENTREVISTA

    “Tratar por tu o desenvolvimento sustentável.”

    Ver aqui

    Ana Roque, Inspire

    A inovação como a estratégia mais eficaz para enfrentar os

    desafios sociais mais urgentes.

    http://livraria.vidaeconomica.pt/12-gestao/259-gestao-de-organizacoes-sem-fins-lucrativos-o-desafio-da-inovacao-social.html

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    Novembro de 2010

    Mais tarde, com a criação de uma nova Casa no Porto – a Casa do Vale, para acolhimento de jovens, as necessidades da CrescerSer aumentaram. Foi aí que a Acembex começou a equacionar a oferta diária de pão. Mas faltavam ovos, fran-go, arroz, leite e cereais, tudo produtos que os clientes da Acembex produziam. Como Maria José Sequeira explicou, avaliaram previamente as necessidades das duas casas da CrescerSer e foram trabalhando para trás a cadeira de valor de dois dos cereais que transacciona - o trigo e o milho. O teste começou em 2008, com clientes com quem a empresa tinha um re-lacionamento mais próximo, e com um dos cereais que transacciona: o trigo. Como Luís Sena Vasconcelos explicou: “A Acembex transacciona cerca de 500 mil toneladas de trigo por ano. Com meia to-nelada de trigo cada um dos nossos dois clientes – a CERES e a Germen – produzem 350 kg de farinha cada um. Esta farinha é dada à Pada¬ria O Molete” e à A.A.M.J. Pa-daria & Paste¬laria Lda. que fazem pão para entregar todos os dias fresco às duas casas da CrescerSer do Porto. São 25.000 pães por ano feitos com uma tonelada, meia por cada cliente. Proximamente a InVivo / Sima-gir (empresa francesa) vai oferecer o trigo. A empresa de navios Peter Döhle (empresa alemã) já o transporta gratuitamente; a ETE – operador portuário e a empre-sa de camionagem Ponte Nova também oferecem o seu apoio na descarga e transporte.” A cadeia de solidariedade hoje já se estendeu, e o projecto Mimo tem dimensão internacional. O milho é outro produto âncora do Mimo, gerador de uma surpreendente ca-deia de solidariedade. Como Luís Vasconcelos explicou: “Transaccionamos 400 mil toneladas de milho por ano. Damos 1,2 toneladas (t) à Nutroton, produtora de ovos e ela dá 2160 ovos por ano à CrescerSer; damos 1,3 t à Lusiaves que

    entrega 720 frangos por ano na CrescerSer; damos 2 t. de arroz, matéria prima que a Saludães transforma em 1600 kg de arroz que a Acembex faz chegar à CrescerSer. Isto corresponde às necessidades por ano das duas casas no Porto. Por mês são 60 frangos, são 1 caixa de 15 dúzias de ovos, 36 pacotes de arroz e mais de 2000 pães.” Dois novos parceiros juntaram-se recentemente ao projec-to Mimo para dar apoio em duas áreas determinantes. Na área da distribuição, a Rangel Distribuição e Logística, SA uma rede de entreposto para a recepção de produtos e apoio à distribuição em cada casa, e a PriceWaterhouseCoopers

    para a elaboração de um manual de opera-ções e acompanhamento fiscal e administra-tivo do processo.

    Nas palavras de Luís Sena Vasconcelos “está a ser encantadora a forma como o projecto está a evoluir”. Numa primeira fase, em 2008, testaram com o pão nas duas casas do Porto da CrescerSer. A segunda fase está a decor-rer com o alargamento aos vários alimentos derivados da fileira do milho às mesmas ca-sas. A Acembex está no presente em nego-ciações com possíveis fornecedores de leite e cereais. Em 2011 pretendem estender o projecto para as outras casas da CrescerSer no país, num total de sete casas. Para dar

    este salto a Acembex tem já o apoio da Invivo / Simagir que dará entre 5 a 20 toneladas de cereais e têm já o acordo de quem transporta. Como o CEO da Acembex atesta, “o conceito tem sido muitíssimo bem recebido,” além de ser uma “forma de responsabilidade social”, “cria empatia com os nossos clientes.” E conclui: “É altruísta e tem consequências benéficas para o negócio, porque fideliza os clientes, mobiliza os parceiros em torno de projectos que são interes-santes e estamos a mostrar que somos inovadores numa área que é de todos os tempos – sempre se comprou e vendeu comida.”

    Grupo RAR coloca criatividade ao serviço da sociedade (cont.)

    saiba mais

    A CrescerSer é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) sem fins lucrativos.Tem em funciona-mento 7 Centros de Acolhimento Temporário no país: Casa do Parque (Carnaxide), Casa da Encosta (Carcavelos), Casa do Infantado (Loures), Casa de Cedofeita (Porto), Casa da Ameixoeira (Lisboa), Casa do Vale (Porto) e a Casa do Canto (Leiria). O projecto Mimo iniciou-se com a CrescerSer no Porto, apoiando as suas casas de Cedofeita e do Vale. A Casa de Cedofeita faz acolhimento temporário de crianças em risco dos 0 aos 10 anos e tem lotação para 10 crianças. A estas crianças a CrescerSer procura proporcionar um acolhimento de qualidade, com conforto, cuidados e afecto, e todas as condições para que se desenvolvam de forma equilibrada. Procura também definir atem-

    padamente o projecto de vida de cada criança, bem como trabalhar com as famílias no sentido da reintegração da crianças. A Casa do Vale faz acolhimento temporário a rapazes dos 12 aos 18 anos e tem lotação para 13 jovens. Entre outros, os objectivos da CrescerSer na intervenção com estes jovens é construir relações positivas e significativas de confiança, proporcionar um ambiente estruturado e securizante, de regras doseadas com afecto, envolvê-los e implicá-los na gestão de decisões, quer relativamente aos seus projectos de vida, quer ao funcionamento da instituição e envolvê-los no processo de descoberta das suas potencialidades, valorizando-as na definição do seu projecto de vida.Se desejar apoiar a CrescerSer, veja www.crescerser.org.

    http://livraria.vidaeconomica.pt/gestao/154-gestao-do-risco-de-longevidade.html

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    Novembro de 2010

    Actualizada e tratada diariamente por uma equipa de juristas qualificados

    BD JURÍDICAbase de dados on-line

    Interligação entre Legislação, Jurisprudência, artigos de Análise e Minutas

    EXPERIMENTE

    AGORA

    “Face a um Estado social em falência, este século terá de ser o da solida-riedade”, sublinhou Emílio Rui Vilar, Presidente da Fundação Calouste Gul-benkian e autor do prefácio do livro «Gestão de Organizações sem Fins Lucrativos - o Desafio da Inovação Social», na apresentação desta obra, no passado dia 4 de Novembro, no Museu da Electricidade, em Lisboa.

    Por isso mesmo, e foi esta uma das principais conclusões extraídas desta sessão de apresentação, o 3º sector, “muitas vezes encarado como uma área de amadores, dependente apenas da boa vontade”, terá de “percorrer um caminho de qualificação das suas linhas de serviço e da sua própria gestão, além de abraçar a inovação social de forma ple-na”, explicou aquele responsável. Na sua perspectiva, esta profissionalização não quer dizer necessariamente maior volu-me de investimento de capital, mas uma maior aposta na qualidade de serviço e no empenho profissional.

    João Wengorius Meneses, coordenador do livro e presidente da TESE, acrescenta que, de facto, “continua a existir a ideia de que o 3º sector é amador”, sublinhan-do que, antes de mais, “este sector é com-posto por agentes de transformação hu-mana” e defendendo também que a qualificação é o caminho, até porque “temos que planear, ser eficientes e ganhar escala. Quanto mais eficiente, mais escala, e mais bem gerida e inovadora for a nossa organização, maior impacto social terá”.

    Em matéria de inovação social, criatividade, gestão e planeamento, os três sectores - público, privado e social - devem “aprender entre si com o que de melhor se faz em cada um deles”, alertou João Wengorius Meneses. De facto, como explicou Raquel Campos Franco, responsável pelo Impulso Positivo e também coordenadora do livro, “os três sectores devem comu-nicar entre si e este livro pretende estabelecer essa ponte de comunicação. Acima de tudo, é essencial trazer o debate da inovação social para o 3º

    sector, que aliás, é bastante pioneiro nessa área”.

    Para Emílio Rui Vilar, o sector social é precisamente um dos mais «ricos» em termos de inovação, pois “a inovação social surge em todos os locais e sec-tores, mesmo nos mais pobres e necessitados. Muitas vezes, a dificuldade aguça o engenho”.

    Livro pretende ser ferramenta prática

    Reunindo os contributos de cerca de 20 autores, o livro “Gestão de Organi-zações sem Fins Lucrativos: O Desafio da Inovação Social” foi coordenado por Raquel Campos Franco, responsável pelo Projecto Impulso Positivo, João Wengorius Meneses, da TESE, e Carlos Azevedo, da UDIPSS Porto. Integra duas partes distintas, desde logo um conjunto de textos de cariz mais “po-lítico e filosófico”, nas palavras de Emílio Rui Vilar, e uma segunda parte de âmbito mais prático, onde são apresentados alguns instrumentos e técnicas de gestão que poderão ser integradas por estas organizações. O projecto do

    livro nasceu na sequência de um con-gresso realizado pela UDIPSS Porto e pela TESE sobre este tema, que “gerou uma onda de entusiasmo”, com a criação de “orientações muito importantes”, referiu Carlos Azevedo, da UDIPSS, Porto, e que, nas palavras do mesmo, “teria que ter continuidade”.

    De acordo com Emílio Rui Vilar, a obra, publicada pela Vida Económica, permi-te “colmatar um espaço vazio”, já que “existe muito pouca literatura publicada sobre a gestão nas organizações sem fins lucrativos “, constituindo-se, assim, simultaneamente como “um instrumen-

    to de trabalho para todos que integram esta área” e como um “contributo para chamar a atenção da opinião pública para o 3º sector”.

    Artur Borges, da UDIPSS Porto, também convidado a comentar o livro, re-feriu que “é muito importante que este livro tenha alcance e que as pes-soas percebam a extensão do 3º sector”, pois as IPSS são actualmente, em muitos concelhos, segundos empregadores a seguir às autarquias”.

    João Wengorius Meneses acrescentou que a obra pretende ser uma “fer-ramenta prática”, destacando a necessidade de aplicar uma boa gestão à actividade de todas as organizações, especialmente as de cariz social, já que “quanto mais eficaz e bem gerida for a nossa organização, maior im-pacto social terá”.

    apresentação do LiVro «Gestão de orGanizações sem fins LucratiVos»

    Século da solidariedade exige 3º sector cada vez mais profissional e inovador

    http://www.vidaeconomica.pt/gen.pl?sid=ve.sections/51

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    Novembro de 2010

    Miau.pt leiloa artigos a favor da Fundação do Gil

    Entre os dias 2 e 16 de Novembro, o site de leilões miau.pt estão a leiloar mais de 30 artigos, rever-

    tendo o valor angariado a favor da Fundação do Gil. Esta é uma das acções promovidas pelo site no âmbito do seu 10º aniver-sário. Para licitação encontram-se vários objectos, entre os quais relógios autografados por vários jogadores da Selecção Nacional que participaram no campeonato do mundo de 2006, livros de José Luis Peixoto, fotobiografias de António Lobo Antunes, An-tónio Nobre e José Cardoso Pires, e uma caixa chinesa do Pedro Caldeira Cabral. As licitações iniciaram-se no dia 9 de Novembro. Para fazer a sua basta para tal aceder ao site www.miau.pt.

    Seiscentos colaboradores de empresas trocam escritório por voluntariado por um dia

    O Projecto G.I.R.O – Grace, Intervir, Recuperar e Organizar, 5ª edição, que decorreu entre os dias 8 e 29 de Outubro, em Lisboa (8 e 15 de Outubro), Porto (22 de Outubro), Faro e Tavira (29 de Outubro), reuniu mais de 600 voluntários. Por um dia, os colaboradores de diversas empresas trocaram o seu trabalho no escritó-rio por um t r a b a l h o comunitá-rio em ins-t i tuições de solida-r i e d a d e social e em asso-ciações de base local, com o objectivo de “marcar a diferença”.Esta é uma iniciativa do GRACE – Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial – Associação e tem como finalidade a melho-ria da qualidade de vida de grupos em risco, enquadrados em zonas socialmente depri-midas ou em instituições de acolhimento, através de acções de requalificação e criação de espaços comunitários. Os voluntários rea-lizaram acções de reabilitação de vários espa-ços e equipamentos sociais, nomeadamente pintura de paredes e muros, colocação de

    pavimento, remodelação de pátios, coloca-ção de tectos falsos, contando, sempre que necessário, com a ajuda de alguns técnicos nas várias áreas, integrados nos quadros das empresas associadas do GRACE. Desde 2006, o projecto G.I.R.O. já reuniu mais de 2000 voluntários, cujo trabalho no terre-no beneficiou mais de 30 instituições e 8.000 pessoas em todo o país. Nesta mais recente edição, este projecto iniciou a sua acção de terreno na Alta de Lisboa, em oito associa-ções de base local, de cariz solidário e sem fins lucrativos. No Porto, as acções incluíram

    a Associa-ção Criança e Vida e os Serviços de Assistência O rg a n i z a-ções de Maria, insti-tuições que a c o l h e m crianças, jo-vens e ido-sos com di-

    ficuldades sociais e familiares. O G.I.R.O 2010 terminou em Faro, no Instituto D. Francisco Gomes - Casa dos Rapazes, que acolhe, edu-ca e integra na sociedade crianças e jovens privados de meio familiar estável; e em Tavi-ra, na Associação Uma Porta Amiga.Assinalando em 2010 o seu 10º aniversário, o GRACE integra actualmente 78 associa-dos, das mais diferentes áreas económicas e sociais, incluindo empresas, fundações ou particulares.

    A Associação Portuguesa de Éti-ca Empresarial (APEE) irá realizar a 1ª sessão de divulgação da ISO 26000, norma internacional de responsabilidade social, no dia 30 de Novembro, na Fundação Cida-de de Lisboa. A APEE pretende criar um espaço de partilha, co-nhecimento e esclarecimento, através do acesso privilegiado do guia aos peritos que participaram na elaboração da ISO 26000, publi-cada em Novembro de 2010, (ver detalhes desta norma). Esta norma visa incentivar a implementação de melhores práticas em responsa-

    bilidade social no mundo, através de um consenso internacional en-tre vários especialistas, contando com a participação de 100 países e 43 organizações internacionais. A elaboração desta norma repre-

    senta “um marco no p r o c e s s o de mudan-ça para um novo mo-

    delo de desenvolvimento assente na sustentabilidade”. Portugal par-ticipou activamente deste projec-to, representado através de uma delegação, da qual fazem parte os oradores desta sessão (Consultar programa)..

    O Núcleo Empre-endedor Liga-te, em parceria com a TESE – Associação para o Desenvolvi-mento está a reali-zar a quarta edição da iniciativa «Poder Empreender – IV Semana de Ideias e Negócios», nos dias 10, 11 e 12 de Novembro, no Fó-rum Picoas, em Lis-boa. O evento está

    associado à Semana Global do Empreendedorismo e ao Ano Internacional da Juventude e conta com o alto patrocínio da primeira-dama, Maria Cavaco Silva. Esta iniciativa pretende promover o empreendedorismo, proporcionar o encontro e a partilha entre actores das diversas áreas da sociedade, criar espaços de promo-ção dos empreendedores e disseminar as práticas do Projecto Liga-te, através do trabalho em rede. Nesta edição, o empreendedorismo será abordado em dife-rentes perspectivas, nomeadamente o empreendedo-rismo social e inclusivo, materializado em diversas ini-ciativas ao longo dos 3 dias, através da Feira de Ideias e Negócios, amostra de negócios desenvolvidos pelos empreendedores apoiados pelo Liga-te, debates e con-ferências, acções de networking, workshops, etc. (veja programa). Estarão entidades e profissionais nacio-nais e internacionais, dos diferentes sectores, privado, público e terceiro sector, com um conjunto de vários parceiros, entre os quais se destacam a ANJE, Programa K’CIDADE (Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e Fun-dação Aga Khan), TESE - Associação para o Desenvol-vimento, GEBALIS EEM e Leonor Gomes, empresária e madrinha do projecto.

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    Novembro de 2010

    No dia 12 de Dezembro, Domingo, a par da Feira dos Livros Gulbenkian, a Fundação Calouste Gulbenkian vai abrir as suas portas entre as 11h00 e as 23h00 para uma série de concertos e recitais, filmes e en-contros imprevistos, todos de entrada livre. O pro-jecto é promovido pela Music Fund e o objectivo é recolher instrumentos musicais para Moçambique, no âmbito de um projecto vocacionado para o de-senvolvimento através da música. Vários intérpretes aderiram à iniciativa, desde a Orquestra e o Coro Gulbenkian, a Orquestra Geração, a Divino Suspiro, o grupo de percussão Drumming, os Tocá-Rufar, Mário Laginha Trio com os irmãos Moreira, Bernar-do Sassetti e Beatriz Batarda, Pedro Carneiro, Carlos Martins com os Sons da Lusofonia e Filipe Melo. A Fundação Gulbenkian associou-se ao projecto inserindo-o na programação da Gulbenkian Músi-ca. O projecto foi já realizado com sucesso em Paris, Bruxelas, Amesterdão e Madrid, tendo na capital es-panhola conseguido a recolha de 400 instrumentos.A Music Fund é uma instituição internacional sem fins lucrativos, fundada em 2005, que apoia a formação musical de jovens em zonas de menores recursos e distribuindo-os em instituições de ensino locais. Vá-rios instrumentos têm sido enviados para o Médio Oriente e África com o apoio de transportadoras, e de pessoas individuais que se oferecem para incluir na sua bagagem um dos instrumentos e o entregam depois em mão nas escolas parcerias da Music Fund.

    Música na Gulbenkian por uma causa

    Em 2010/2011 a Fundação Calouste Gulbenkian apoia 18 projectos-po-lito, 11 no Reino Unido e 7 em Portugal, no planeamento, teste e imple-mentação das suas ideias em novas áreas intergeracionais. Estes projec-tos foram seleccionados na sequência de concursos lançados nos dois países. Os vencedores tiveram a oportunidade de participar numa série de workshops sob coordenação da agência britânica de design Thinkpu-blic que as introduziu no conceito inovador de Design Social que utiliza as ferramentas do design de serviços como forma de melhorar o tercei-ro sector através do envolvimento dos beneficiários na concepção dos projectos e da prototipagem. Cada projecto desenvolverá um percurso único de procura de novas formas de projectar, pensar e actuar.Este projecto surge integrado no Programa de Desenvolvimento Hu-mano da Fundação Calouste Gulbenkian e na sua delegação do Reino Unido. A Fundação identificou o envelhecimento como uma prioridade, tendo lançado em 2008 um programa de acção conjunta. O valor das relações intergeracionais surgiu como uma área de o interesse prioritá-ria e é nesse âmbito que nasceu o EntreGerações | InterGenerationAll.

    Gulbenkian lança EntreGerações / InterGenerationAll

    www.impulsopositivo.com

    Há dias, numa conferência no Porto sobre o Papel das Empresas na Sociedade, organizada pela empresa Sair da Casca, e com o apoio do BCSD (www.bcsdportugal.org ), ouvi um testemunho da empresa de construção Soares da Costa que me perseguiu algum tempo: “Nada do que é caridade consta do nosso Relatório de Sustentabilidade. Apoiamos, mas não relatamos.”Porque não?, pensei eu.

    Partilhei esta minha interrogação com uma colega que reagiu assim: “Isso tem vindo a estabelecer-se como uma visão no meio das empresas que reflectem e trabalham sobre sustentabilidade e responsabilidade social.”E continuou: “Mais do que isso, tem vindo a verificar-se que, à medida que incorporam essa visão de responsabilidade social, tendem a retirar o apoio de carácter caritativo às organizações sem fins lucrativos que sempre apoiaram.” Então, será que a responsabilidade social afasta as empresas das organizações sem fins lucrativos? Não deveria. O que quererá então dizer-se com tudo isto?Provavelmente que as empresas deverão reorientar-se, no relacionamento com o terceiro sector (o das organizações sem fins lucrativos), para um tipo de apoio diferente do apoio caritativo. E é esse o sentido que eu dou ao que foi dito atrás. Portanto, a responsabilidade social não parece poder (nem dever) afastar as empresas das organizações sem fins lucra-tivos, mas desafia-as a trabalhar com elas de uma forma diferente e com um potencial de impacto social superior. Voltemos um pouco atrás, para seguirmos o raciocínio de forma mais detalhada. “Nada do que é caridade…”O que é caridade? Caridade é amor ao próximo, é apoio altruísta que se dá sem qualquer expectativa de retribuição. Apoios caritativos de uma empresa a uma instituição são nor-malmente doações, sob a forma de apoios financeiros pontuais que a empresa dá, muitas vezes durante anos, às mesmas instituições. Estas são, com frequência, geograficamente próximas. Este apoio é muitas vezes realizado sem qualquer exigência de prestação de contas, e a empresa não se envolve na sua aplicação. Eu chamo a isto filantropia.Talvez sejam estas as situações que a Soares da Costa não relata no seu relatório de sus-tentabilidade.

    Opinião: Caridade não entra nos Relatórios de Sustentabilidade

    Continuar a ler aqui

    Está em curso a segunda edição do Action for Age, um laboratório criativo vocacionado para a procu-ra de soluções de desgin que melhorem a quali-dade de vida dos idosos. Até Fevereiro de 2011 os estudantes e recém-licenciados das Escolas Superiores de Design podem candidatar-se, apresentando ideias inovadoras que promovam as relações intergeracionais como forma de combater o isolamento dos mais velhos. Os trabalhos serão apresentados na Experimentadesign 2011. A Action for Age, que partiu de um projecto da Royal Society for the Encouragement of Arts, Manufacturers and Commerce no Reino Unido, conta para esta inicia-tiva, com a parceria da Fundação Calouste Gulbenkian, a Experimentade-sign e a Santa Casa da Misericórdia.

    Design ao serviço da integração dos mais velhos

    Veja mais aqui Veja mais aqui e

    http://www.impulsopositivo.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1422:opiniao-caridade-nao-entra-nos-relatorios-de-sustentabilidade-novo&catid=112:opiniao&Itemid=563http://intergenerationall.org/?lang=pthttp://www.gulbenkian.org.uk/news/press-releases/2010/intergenerationall-launchhttp://www.experimentadesign.pt/actionforage/pt/AFA-02-0101.html

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    Novembro de 2010

    A G E N D A POBREZA É FICAR INDIFERENTE! JUNTOS POR UMA SOCIEDADE PARA TODOS

    ENCONTRO 4 — A MINHA CASA É A RUA

    Dia 18 de Novembro de 2010, 16h00

    Daniel Horta, Presidente da Associação Sem-Abrigo (ASA/Porto).Teresa Duarte, Coordenadora do Projecto Housing First da Associação para o Estudo e Integração Psicossocial (AEIPS).

    APEE – SESSÃO DE DIVULGAÇÃO DA ISO 26000

    Dia 30 de Novembro de 2010

    A Associação Portuguesa de Ética Empresarial (APEE) irá realizar a 1ª sessão de divulgação da ISO 26000, norma internacional de responsabili-dade social.

    Local: Fundação Cidade de Lisboa.

    MÚSICA NA GULBENKIAN POR UMA CAUSA

    Dia 12 de Dezembro de 2010, 11h00-23h00

    Concertos e recitais, filmes e encontros imprevistos, todos de entrada livre .Orquestra e Coro Gulbenkian, Orquestra Geração, Divino Suspiro, Drumming, Tocá-Rufar, Mário Laginha Trio com os irmãos Moreira, Bernardo Sassetti e Beatriz Batarda, Pedro Carneiro, Carlos Martins com os Sons da Lusofonia e Filipe Melo.

    Projecto promovido pela Music Fund com o objectivo de recolher instrumen-tos musicais para Moçambique.

    FICHA TÉCNICACoordenadora: Raquel Campos FrancoColaboradores: Rita Ribeiro e Elisabete MendesPaginação: Tiago DiasNewsletter mensal do projecto Impulso Positivo – Vida EconómicaPropriedade de Imoedições. Lda (Grupo Editorial Vida Económica)R. Gonçalo Cristóvão, 14 – 6º • 4000-263 Porto • NIPC: 507037219 www.impulsopositivo.com

    O desenvolvimento susten-tável não está no quotidia-no das pessoas e é encarado com frequência como uma coisa de especialistas. Esta é a percepção da Inspire, empresa de comunicação para o desenvolvimento sustentável, que quer que

    as pessoas tratem por “tu” a sustentabilidade. O projecto Impulso Positivo da Vida Económica foi falar com Ana Roque, partner da Inspire, para per-ceber as motivações e o trabalho que desenvolvem.

    Vida Económica / Impulso Positivo (VE/IP): Como é que surgiu na Inspire a ideia de fazer um Manual de Instru-ções que é uma agenda muito diferente do habitual?Ana Roque (AR): Houve vários pontos de partida. Um deles foi a percepção que era importante levar as questões do desenvolvimento sustentável para o quotidiano das pessoas. Ou seja, fazer algo de que se lembrassem todos os dias. Depois, também mostrar que o desenvolvimento sustentável não é só a parte ambiental, explicando-lhes porque é que o objectivo é ter um planeta viável, habitável e equitativo. Em terceiro ligar, tirar alguma cerimó-nia à questão do desenvolvimento sustentável. A percepção que nós tínhamos era que era uma coisa de grandes palavras, de conferências e de especialistas. E achámos que era preciso utilizar linguagem comum, tratar por “tu” o desenvolvimento sustentável. Aliás, não é por acaso que a agenda trata as pessoas por tu. E fala no que é que tu podes fazer pelo desenvolvimento sustentável.VE/IP: Então o enfoque é nas três áreas – económica, ambiental e social?AR: Sim, e tenta trazer as coisas para muito próximo. Por exemplo, a cultura faz parte do desenvolvimento sustentável. A Comissão Francesa de Desenvolvimen-to Sustentável diz que não é só a biodiversidade que se tem que preservar para as gerações futuras, mas também a cultura e o património cultural. Isso esteve na origem de uma das actividades da agenda do ano passado, que era “Sabe tudo sobre a tua avó”. A ideia era a pessoa tentar não perder as histórias da família e perceber que isso faz parte do desenvolvimento sustentável. No final de 2008 tínhamo-nos associado ao UNEP para fazer o estudo mundial sobre os jovens

    e os estilos de vida sustentáveis. Um dos resultados que produziu é que os jovens consideravam que havia imensa informação sobre desenvolvimento sustentá-vel. Quando perguntávamos que informação, falavam sempre de ambiente. Mas achavam que havia pouca informação relativa à acção. E esta agenda vem pre-cisamente levar à acção, vem dizer às pessoas aquilo que podem fazer. VE/IP: A agenda deste ano é diferente da do ano pas-sado?AR: A agenda deste ano, uma parceria exclusiva com a FNAC, tem uma abordagem diferente – resolvemos partir dos livros. Achamos que a leitura é uma ques-tão importante em Portugal. A proposta é que cada livro seja lido na perspectiva do desenvolvimento sustentável. Quando o Arturo Pérez-Reverte deu uma entrevista em Portugal, a propósito do lançamento de um livro, disse: “Aos 11 anos descobri que todos os li-vros falam de mim.” Partimos um pouco dessa ideia, não de que todos os livros falam de mim, mas de que todos os livros falam de desenvolvimento sustentá-vel de alguma forma. Quando lemos o Moby Dick e vemos toda a fúria em matar a baleia, um dos per-

    sonagens dizia “ela fez aquilo que estava na sua razão de ser, no seu instinto”. Pegamos nessa citação, mas também, em termos de ilustra-ção, numa coisa que mata baleias e peixes hoje, que são as ilhas de resí-duos que existem nos oceanos. Esta é uma forma moderna de matar as baleias e outros animais. Quando pegamos no Retrato de Dorian Gray do Oscar Wilde, de repente o

    que parece tão absurdo, que é nós querermos que seja o retrato a envelhecer e não a pessoa, vemos a relação que podemos estabelecer com uma questão fundamental do desenvolvimento sustentável que é o envelhecimento. Isso serve-nos de exemplo para fa-larmos de cidades sustentáveis nessa perspectiva, da nossa aceitação de que estamos a envelhecer. Quan-do é que deixamos de dizer que estamos a envelhe-cer? Quando olhamos para o Ensaio sobre a Cegueira e chegamos àquele momento em que chega a comi-da, e se fala em dividi-la toda por igual, mas no fim se apercebem que uns ficam com muito mais que ou-tros, pensamos que já ouvimos a história algures. Os relatórios da FAO dizem que há comida suficiente no mundo para alimentar toda a gente. Então, se é assim, porque é que há tanta fome?

    TRATAR POR “TU” O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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