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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO PED-RMF Dezembro de 2017

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO

PED-RMF Dezembro de 2017

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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Neste Boletim, o Sistema PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego)

apresenta e analisa informações relacionadas ao estudo e trabalho dos jovens

residentes na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), no período compreendido

entre 2009 e 2016.

De acordo com dados do levantamento, a proporção de jovens com idade

entre 15 e 29 anos era, em 2016, de 27,4%, o que corresponde à parcela

significativa da população local.

Como apontam diversas análises, a circunstância educacional dos jovens na

sociedade brasileira caracteriza-se pela elevada distorção idade-série, ou seja, pela

defasagem entre a idade do aluno e a recomendada para a série que está

cursando1. Essa defasagem ocorre em função da dificuldade de parte expressiva

da juventude em conciliar os estudos com alguma atividade profissional, além da

situação de jovens que, pelas precárias condições socioeconômicas, dedicam-se

apenas ao trabalho ou não estudam e nem trabalham.

O contingente significativo da população nessa faixa etária e sua condição

em relação aos estudos revelam a importância da temática da juventude para a

elaboração e implementação de políticas públicas. A necessidade de que esse

segmento populacional seja mais e melhor considerado como alvo dessas políticas

implica, por sua vez, assumir que os jovens são sujeitos de direito e atores

estratégicos do desenvolvimento. Nesse sentido, é imprescindível que, além de

políticas específicas para a juventude, o conjunto das políticas públicas contemple

a perspectiva geracional.

Nota-se, pelos dados analisados, que parcela relevante de jovens (65,3%)

da RMF não estudava em 2016; e a maior parte dos que não estudavam –

1 No Brasil, consideram-se em situação de defasagem idade-série os alunos cuja idade é superior, em dois anos ou mais, à idade prevista para a série em que estuda.

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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equivalente a 48,4% do total - trabalhava ou procurava trabalho. Percebe-se,

ainda, que 16,9% não estudavam, não trabalhavam e nem procuravam trabalho.

A complexidade da situação juvenil, marcada por incertezas e instabilidade

na transição da escola para o mundo do trabalho e, para boa parte da população

brasileira, associa-se à necessidade de compatibilização entre educação e

trabalho, denota a relevância de uma agenda pública mais específica, voltada ao

segmento para o qual trabalho se faz presente de maneira intensa. A educação

deve ter prioridade para o conjunto da juventude, libertando-a do ingresso

precoce no mercado de trabalho, de modo a viabilizar a ampliação de sua

escolaridade e melhor preparo para o ingresso no mercado de trabalho.

Juventude e trabalho

As informações apuradas pelo Sistema PED indicam que percentual

expressivo da população juvenil metropolitana de 15 a 29 anos participa do

mercado de trabalho, por meio do engajamento ocupacional ou em busca de

oportunidade de trabalho remunerado, estudando simultaneamente ou não. Na

Região Metropolitana de Fortaleza, em 2016, esse contingente correspondia a

59,3% dos jovens em 2016.

GRÁFICO 1 Distribuição da população jovem com idade entre 15 e 29 anos, segundo a situação de estudo e trabalho Região Metropolitana de Fortaleza – 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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Por outro lado, no último ano, 23,8% dos jovens apenas estudavam. É

importante destacar que essa proporção vem aumentando ao longo dos vinte

anos que demarcam a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).

Em 2009, aproximadamente 20% da juventude residente na metrópole cearense

dedicava-se somente aos estudos.

Em 2016, os jovens que conciliavam estudo e trabalho e/ou procuravam

por trabalho na Região Metropolitana de Fortaleza correspondiam a 10,9% do

total, percentual inferior ao verificado em 2009, ano do início da série analisada,

quando equivalia a 14,9%. A partir de 2010, auge da reestruturação do mercado

de trabalho regional, verificaram-se reduções continuas nesse percentual até que

fosse alcançado o atual patamar.

A maior parcela da juventude, contudo, era composta pelo segmento

exclusivamente dedicado ao mercado de trabalho – em exercício profissional ou à

procura de ocupação remunerada. Em 2016, 48,4% dos rapazes e moças da RMF

encontravam-se nessa condição, compondo a força de trabalho regional e

afastados das rotinas estudantis. Ressalte-se que o patamar atual desse indicador

é apenas pouco inferior ao apurado em 2009 (50,1%).

Associadas às informações sobre conciliação de estudos e inserção no

universo do trabalho mercantilizado vivenciada pela população de 15 a 29 anos,

esses dados - sobretudo por sua relativa estabilidade ao longo de anos - apontam

para a condição predominante de uma juventude trabalhadora. Por essa razão,

esse segmento não apenas se coloca demandante de políticas de educação e

sociais, mas também de iniciativas no âmbito das articulações públicas do mundo

do trabalho originadas na esfera governamental e no movimento sindical.

Ainda é importante pontuar que uma parcela menor, porém expressiva, da

juventude não participa dos circuitos da educação regular ou do trabalho

remunerado. Entre 2009 e 2016, esse percentual da população juvenil da RMF

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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avançou, passando de 14,9%, no primeiro ano da série, para os atuais 16,9% –

Gráfico 2.

GRÁFICO 2 Distribuição dos jovens com idade entre 15 e 29 anos, segundo situação de estudo e trabalho Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE

A escolaridade dos jovens

A juventude é a fase de transição da adolescência para a vida adulta. A

maior parte dos jovens procura prosseguir o ciclo educacional, postergando o

ingresso no mercado de trabalho para o momento em que estiver mais preparada

para disputar as melhores oportunidades de trabalho e renda, o que depende,

fundamentalmente, de graus mais elevados de escolaridade.

Os dados relativos à situação educacional dos jovens entre 2009 e 2016

mostram que houve aumento da proporção dos que ampliaram sua formação

escolar na Região Metropolitana de Fortaleza. Em 2009, 35,3% haviam

complementado o ensino médio, proporção que passou para 38,7%, em 2016.

20,223,8

10,9

50,1 48,4

14,916,9

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Só estuda Estuda e trabalha e/ou procura trabalho

Só trabalha ou procura trabalho Não estuda/ Não trabalha/ Não procura trabalho

em %

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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Também cresceu a proporção de ingressantes no ensino superior, que passou de

7,1% para 9,1; e dos que obtiveram o diploma universitário, que se elevou de 3,8%

para 4,3% – Gráfico 3.

Nessa trajetória de avanços, salienta-se o descenso na proporção dos

jovens retidos nas séries do ensino fundamental em contraposição ao volume dos

que concluíram o ensino médio. Ainda assim, percentual relevante da juventude

metropolitana continua contando apenas com o manejo básico da linguagem

escrita e da matemática e com rudimentos da ciência – componentes da grade

pedagógica do ensino fundamental (30,7%).

GRÁFICO 3 Distribuição dos jovens com idade entre 15 e 29 anos, segundo escolaridade concluída Região Metropolitana de Fortaleza – 2009-2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Inclui os alfabetizados sem escolaridade

Jovens que se dedicam exclusivamente aos estudos

Conforme apresentado anteriormente, no período de 2009 a 2016,

aumentou a parcela de jovens dedicados somente aos estudos: de 20,2% para

23,8% (Gráfico 2). O Gráfico 4, a seguir, mostra ainda mudança positiva no grau de

22,7

14,2 15,5

35,3

7,13,8

16,014,7

16,5

38,7

9,1

4,3

EnsinoFundamental

Incompleto (1)

EnsinoFundamental

Completo

Ensino MédioIncompleto

Ensino MédioCompleto

Ensino SuperiorIncompleto

Ensino SuperiorCompleto

2009 2016

em %

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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escolaridade. O ensino médio, em 2016, era frequentado por 53,3% dos jovens

com idade entre 15 e 29 anos, contra 52,1%, em 2009. Na modalidade ensino

fundamental, essa proporção reduziu-se de 28,8% para 23,5%; e no ensino

superior, em sentindo contrário, cresceu de 10,0% para 15,1%, o que representa

um incremento de 5,1 p.p. no período – Gráfico 4.

GRÁFICO 4 Proporção dos jovens com idade entre 15 e 29 anos que somente estudam, por escolaridade que frequentam Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE

Entre os jovens, o grupo dos mais novos é o que apresenta maior proporção

dos que se dedicam exclusivamente aos estudos. À medida que avança a idade,

observa-se acentuada diminuição dos que têm essa condição – Gráfico 5.

No segmento entre 15 e 17 anos, quase 80,0% apenas estudavam em 2016,

proporção que, em 2008 correspondia a cerca de 68%. Já na faixa de 18 a 24 anos,

esses percentuais equivaliam a 15,2% e a 11,9%, respectivamente; e na de 25 a 29

anos, a 3,5% e a 2,6%.

28,8

23,5

52,1 53,3

10,0

15,1

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior

em %

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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GRÁFICO 5 Proporção dos jovens com idade entre 15 e 29 anos que somente estudam, por faixa etária Região Metropolitana de Fortaleza– 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE

Quando se observa a frequência escolar dos jovens de 15 a 17 anos entre

2009 e 2016, verifica-se diminuição da parcela daqueles que estavam cursando o

ensino fundamental – de 35,9% para 33,6% - e aumento da participação dos que

cursavam o ensino médio - de 61,7% para 64,9%. Esse percentual, no entanto, é

inferior ao estabelecido pela Meta 3 do Plano Nacional de Educação (PNE), cujo

objetivo é aumentar para 85%, até 2024, o total de jovens cursando o ensino

médio no grau adequado a esta faixa etária2. Ainda assim, o grupo apresentava a

melhor relação idade-série.

2 Brasil, 2015 INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA (INEP). Plano Nacional de Educação PNE 2014-2024: Linha de Base. Brasília, DF: Inep, 2015.

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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GRÁFICO 6 Proporção dos jovens com idade entre 15 e 17 anos que somente estudam, por escolaridade que frequentam Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE

A proporção de jovens com idade entre 18 e 24 anos que se dedicava

somente aos estudos também aumentou no período analisado, atingindo, em

2016, 15,2% do total desse segmento etário, conforme mostrou o Gráfico 5.

No Gráfico 7, a seguir, verifica-se que 35,4% frequentavam o ensino médio

em 2016, percentual ligeiramente superior ao registrado no início da série. Já os

que frequentavam cursos superiores correspondiam a 38,5% dessa faixa etária –

mais de 10 p.p. acima do verificado em 2009.

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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GRÁFICO 7 Proporção dos jovens com idade entre 18 e 24 anos que somente estudam, por escolaridade que frequentam Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE

Jovens que estudam e trabalham e/ou procuram trabalho

Como visto anteriormente, a maior parte da juventude trabalhava e/ou

procurava por trabalho em 2016 (Gráfico 1). Na Região Metropolitana de

Fortaleza, esse contingente equivalia a 59,3% do total de jovens entre 15 e 29 anos.

Desses, menos de 20% - ou cerca de 10% do total - conciliavam trabalho e/ou

procura por trabalho e estudo; e a grande maioria – mais de 80%, ou quase metade

do total - apenas trabalhava ou procurava ocupação remunerada.

Verifica-se que aproximadamente 1/3 da juventude estudante e

trabalhadora frequentava o ensino médio no período analisado e menos de 10%

cursavam o ensino fundamental. Em ambos os graus, houve redução de pouco

mais de 1 p.p. de sua proporção – Gráfico 8.

Já no grau superior de ensino, a participação desses jovens aumentou de

cerca de 40%, em 2009, para mais de 48%, em 2016.

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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GRÁFICO 8 Proporção dos jovens com idade entre 15 e 29 anos que estudam e trabalham e/ou procuram trabalho, por escolaridade que frequentam (1) Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Exclui aqueles que concluíram o ensino médio, mas ainda não ingressaram no ensino superior, e aqueles que concluíram o ensino superior

Em 2016, foram os jovens com idade entre 18 e 24 anos que mais

combinaram estudo e trabalho: 13,5% do total dessa faixa etária estavam nessa

condição. No segmento entre 15 e 17 anos, apesar da redução verificada ao longo

dos anos, ainda se registravam 8,0% de jovens trabalhando e estudando,

percentual próximo ao observado na faixa de 25 a 29 anos (8,5%) – Gráfico 9.

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GRÁFICO 9 Proporção dos jovens com idade entre 15 e 29 anos que estudam e trabalham e/ou procuram trabalho, por faixa etária Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE

No grupo etário de 15 e 17 anos, a escolaridade dos que estudam e

trabalham e/ou procuram trabalho é mais elevada do que a daqueles que se

dedicam apenas aos estudos. Em 2016, 74,1% dos que conciliavam estudo e

trabalho frequentavam o ensino médio (Gráfico 10) contra quase 65% dos que só

estudavam (Gráfico 6).

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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GRÁFICO 10 Proporção dos jovens com idade entre 15 e 17 anos que estudam e trabalham e/ou procuram trabalho, por escolaridade que frequentam (1) Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Exclui aqueles que concluíram o ensino médio, mas ainda não ingressaram no ensino superior, e aqueles que concluíram o ensino superior

(2) A amostra não comporta desagregação para os jovens nesse segmento etário para os anos de 2013-2016

Em 2016, 13,5% dos jovens entre 18 e 24 anos conciliavam estudo e

trabalho e/ou procura por trabalho (Gráfico 10), percentual pouco superior ao

verificado entre os da mesma faixa etária que se dedicavam apenas a estudar -

15,2% – Gráfico 5.

Observa-se que, no início da série analisada, cerca de 1/3 dos jovens desse

segmento etário cursava o ensino superior; e 58,3%, o ensino médio (Gráfico 11).

No decorrer do período, houve ampliação da escolaridade desse grupo: em 2016,

quase metade - 45,3% - cursava o ensino superior, considerado o grau adequado

a essa faixa etária. Chama a atenção, no entanto, que outra metade desses jovens

- 48,2% - ainda frequentava o ensino médio.

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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GRÁFICO 11 Proporção dos jovens com idade entre 18 e 24 anos que estudam e trabalham e/ou procuram trabalho, por escolaridade que frequentam(1) Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Exclui aqueles que concluíram o ensino médio, mas ainda não ingressaram no ensino superior, e aqueles que concluíram o ensino superior

(2) A amostra não comporta desagregação para os jovens nesse segmento etário que frequentavam o ensino fundamental para 2011-2016

Entre os jovens com idade de 25 e 29 anos, 8,5% conciliavam estudos e

trabalho e/ou procura por trabalho em 2016 (Gráfico 9). Desses, 65,0% já haviam

concluído o ensino médio e frequentavam o ensino superior (Gráfico 12).

As informações analisadas mostram que, na medida em que a faixa etária

avança, há melhora da escolaridade entre os jovens que conciliavam estudo e

trabalho e/ou procura por trabalho: a proporção dos que ingressaram no ensino

superior entre os 25 e 29 anos é maior do que a do grupo etário de 18 a 24 anos

(45,3% - Gráfico 11). Isso indica que é expressiva a parcela de jovens que associam

estudos a uma jornada de trabalho regular e que persistem em acessar o ensino

superior, mesmo que as circunstâncias os conduzam ao ingresso tardio e/ou a

alongar o tempo para a conclusão do curso.

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

15

GRÁFICO 12 Proporção dos jovens com idade entre 25 e 29 anos, que estudam e trabalham e/ou procuram trabalho, por escolaridade que frequentam (1) Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Exclui aqueles que concluíram o ensino médio, mas ainda não ingressaram no ensino superior, e aqueles que concluíram o ensino superior

Jovens que somente trabalham ou procuram trabalho

Em 2016, a proporção de jovens entre 15 e 29 anos que somente

trabalhavam ou procuravam por trabalho era de 48,4% – Gráfico 1. Em 2009, esse

percentual era de 50,1%, o que representa redução de 1,7 p.p. em sua

participação no conjunto dos jovens - Gráfico 2.

Para esse segmento, diferentemente da análise sobre a escolaridade das

categorias “somente estuda” e “estuda e trabalha e/ou procura trabalho”, será

examinada apenas a escolaridade concluída.

Entre 2009 e 2016, é crescente a proporção de jovens desse segmento que

haviam concluído o ensino médio (58,2%, em 2016) – Gráfico 13. Observou-se, no

entanto, que, embora tenha sofrido redução expressiva no período, um grupo

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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significativo não finalizou o ensino fundamental (11,9%). Já o percentual de jovens

que possuíam o ensino fundamental completo, de cerca de 12%, praticamente não

se alterou nesse intervalo de tempo.

GRÁFICO 13 Distribuição dos jovens com idade entre 15 e 29 anos que somente trabalham ou procuram trabalho, por escolaridade concluída Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Inclui os alfabetizados sem escolaridade (2) A amostra não comporta a desagregação dessa categoria para o ano de 2016

A dedicação exclusiva ao trabalho e/ou à procura por ocupação perdeu

participação ao longo dos anos entre os jovens com idade entre 15 e 17 anos. Em

2009, esse grupo correspondia a 5,9% do total de jovens e, em 2016, em razão de

sua baixa participação, os dados coletados pela pesquisa não permitiram

dimensionar seu tamanho. O último ano em que a amostra foi suficiente para o

cálculo da proporção de jovens nessa condição foi 2015, quando correspondiam a

5,2% do conjunto.

18,611,8

8,0

53,1

1,75,7

11,9 12,88,5

58,2

(2)

7,0

EnsinoFundamental

Incompleto (1)

EnsinoFundamental

Completo

Ensino MédioIncompleto

Ensino MédioCompleto

Ensino SuperiorIncompleto

Ensino SuperiorCompleto

2009 2016

em %

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

17

GRÁFICO 14 Proporção dos jovens com idade entre 15 e 29 anos, que somente trabalham ou procuram trabalho, por faixa etária Região Metropolitana de Fortaleza – 2006 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) A amostra não comporta a desagregação para os jovens nesse segmento etário para o ano de 2016

Para o segmento etário de 18 a 24 anos que se dedicava apenas ao trabalho

e/ou à procura por trabalho, que, em 2016 representava 52,5% do total da

juventude (Gráfico 14), constata-se que 61,7% concluíram a escolaridade básica

(Gráfico 15).

Neste grupo, houve redução da parcela que acessou o ensino fundamental

e não o concluiu; e, em sentido contrário, aumentou o segmento que finalizou o

ensino médio. No ensino superior, menos de 4% concluíra a graduação, o que

mostra ser reduzido o grupo de jovens que deu sequência aos estudos além do

ensino básico.

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

18

GRÁFICO 15

Distribuição da população com idade entre 18 e 24 anos que somente trabalha ou procura trabalho, por escolaridade concluída Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Inclui os alfabetizados sem escolaridade. (2) A amostra não comporta a desagregação dessa categoria

Assim como entre os jovens de 18 a 24 anos, a maioria dos que têm de 25

a 29 anos somente trabalha ou procura trabalho. Em 2016, esse grupo

representava quase 70% desta faixa etária (Gráfico 14).

Observa-se, no período em análise, avanço no grau de escolaridade desse

segmento, com aumento do percentual de conclusão tanto do ensino médio – de

51,0% para 55,2% -, como do ensino superior – de 9,5% para 11,5%. Além disso,

reduz-se a parcela dos que não concluíram o ensino fundamental, embora, em

2016, 11,5% ainda se encontrem nessa situação (Gráfico 16).

Page 19: JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO...JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016 5 avançou, passando de 14,9%, no primeiro ano da série, para os atuais 16,9%

JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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GRÁFICO 16 Distribuição da população com idade entre 25 e 29 anos que somente trabalha ou procura trabalho, por escolaridade concluída Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Inclui os alfabetizados sem escolaridade. (2) A amostra não comporta a desagregação dessa categoria

Jovens que não estudam, não trabalham e não procuram

trabalho

Na categoria “jovens que não estudam, não trabalham e não procuram

trabalho” - representada pela linha preta do Gráfico 17, a seguir - estão incluídos

os que se dedicam somente a cuidar dos afazeres domésticos (linha vermelha) e

os que estão em situações de intermitência entre trabalho e vida familiar (linha

verde).

Ao longo do período analisado, nota-se aumento da proporção do total de

jovens nessa condição, que corresponde a 16,9% em 2016.

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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GRÁFICO 17 Distribuição dos jovens com idade entre 15 e 29 anos que não estudam, não trabalham e não procuram trabalho Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE

Diferentemente e no sentido inverso do grupo de jovens que só estudavam,

as proporções daqueles que não estudavam, não trabalhavam e não procuravam

trabalho é mais elevada entre as faixas etárias mais avançadas: em 2016, eram

9,0% da parcela de 15 a 17 anos; 18,8% dos que tinham entre 18 e 24 anos e 18,7%

daqueles de 25 a 29 anos. (Gráfico 18).

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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GRÁFICO 18

Proporção dos jovens com idade entre 15 e 29 anos que não estuda, não trabalha ou procura trabalho, por faixa etária Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE

Os estudos sobre os jovens que vivem em situação de inatividade escolar e

ocupacional indicam que sua condição tem estreita relação com a origem familiar,

geralmente de baixa renda, com muitas dificuldades para acessar a escola e nela

permanecer.

A escolaridade desse segmento apresentou comportamento semelhante

ao observado nos demais, ou seja, aumentou a proporção dos que completaram

o ensino médio e reduziu-se a dos que não finalizaram o ensino fundamental. A

parcela daqueles que não concluíram o ensino fundamental, entretanto, é mais

expressiva do que a observada nos grupos dos que só estudam ou dos que

estudam e trabalham. Em 2016, entre os que não estudam, não trabalham e não

procuram por trabalho, a proporção dos que não concluíram o ensino

fundamental (23,2%) era superior à dos que o concluíram (16,8%). Observa-se,

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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também, que mais da metade deste segmento tem baixa escolaridade: 49,5% não

completaram a educação básica (Gráfico 19).

Deve-se ressaltar, porém, que, com todas as dificuldades que se impõem a

esse grupo para acesso e permanência na escola, parcela não desprezível (43,4%)

concluiu o ensino médio, o que representou um incremento de 8,4 p.p. em relação

a 2009, quando esse percentual era de 35,0%. Isso, contudo, não foi suficiente

para inseri-los no mercado de trabalho ou para que dessem sequência aos

estudos, mantendo-se sua situação de inatividade: sem trabalhar, sem procurar

trabalho e sem estudar.

GRÁFICO 19 Proporção dos jovens com idade entre 15 e 29 anos, que não estuda, não trabalha ou procura trabalho, por escolaridade concluída Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 a 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Inclui os alfabetizados sem escolaridade

Para o grupo com idade entre 15 e 17 anos que não estuda, não trabalha

e/ou não procura trabalho, assim como ocorreu com o mesmo segmento etário

dos que somente trabalham ou procuram trabalho, não foi possível verificar a

escolaridade concluída, em razão do seu tamanho reduzido. Nos dois outros

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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grupos - de 18 a 24 anos e de 25 a 29 anos -, não se observaram distinções

significativas em relação ao conjunto dos jovens, como pode ser verificado no

Gráfico 20, a seguir.

GRÁFICO 20 Distribuição dos jovens, que não estuda, trabalha ou procura trabalho, segundo faixa etária selecionada e escolaridade concluída Região Metropolitana de Fortaleza – 2009 e 2016

Fonte: PED-RMF – Convênio IDT/Sine-CE, STDS, DIEESE/SEADE e MTb/FAT Elaboração: DIEESE Nota: (1) Inclui os alfabetizados sem escolaridade

(2) A amostra não comporta a desagregação dessa categoria

Considerações finais

Entre 2009 e 2016, avançou a escolarização da juventude da Região

Metropolitana de Fortaleza, assim considerados os que têm entre 15 e 29 anos e

que correspondem a pouco mais de ¼ da população local. Observou-se, no

período, elevação dos jovens que completaram o ensino médio – de 35,3%, no ano

inicial, para 38,7%, no final; e, em menor intensidade, dos que concluíram o ensino

superior.

Apesar dessa evolução, nota-se a persistência da situação de distorção

idade-série, ou seja, de defasagem entre a idade do aluno e a recomendada para

a série que está cursando: cerca de 48% não complementaram o ensino básico.

Também é alta a parcela dos que não estudam – mais de 65% do total. Parte

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JUVENTUDE: ESTUDO E TRABALHO A experiência da juventude na RMF – 2016

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expressiva dessa juventude apenas trabalha (48,4%), o que aponta para a

necessidade de inclusão de políticas públicas específicas que lhes facilitem a

continuação dos estudos e criem possibilidades de conciliação entre estudo e

trabalho, bem como da incorporação da dimensão geracional no conjunto das

políticas públicas abrangentes.

Ainda é importante ressaltar a situação daqueles que não estudavam, não

trabalhavam e não procuravam trabalho, que correspondiam a 14,9 % do conjunto

de jovens, em 2009, e a 16,9%, em 2016. As informações aqui analisadas revelam

que, quanto mais avançada a idade, maior a parcela dos que se encontram nessa

condição, e que, quando comparado aos demais segmentos, este é o que

apresenta a mais baixa escolaridade. Enquanto cerca de 16,0% do total de jovens

não haviam concluído o ensino fundamental, entre aqueles que não estudavam,

não trabalhavam e não procuravam trabalho, essa proporção foi de 23,3%.

Também se observou neste grupo que, apesar de suas dificuldades para ingressar

e se manter na escola, é significativa a proporção dos que concluíram o ensino

médio – 43,4% -, o que não reverteu sua condição de inatividade ocupacional e

educacional.